Este poema reflete sobre os sete desejos internos que mantêm as pessoas presas a uma visão limitada de si mesmas. Um beijo da plenitude, representando a aceitação total do seu verdadeiro eu, é o único desejo que pode despertar alguém para perceber que não ser é um sonho e que o verdadeiro estado é o de ser.

1. Espelho meu,
Vinde do espaço profundo
E vem dizer se há no mundo
Aquilo que eu desejo ter,
Aquilo que eu desejo ser?

2. Atrás das sete colinas,
Na casa dos sete desejos
Aquilo que verdadeiramente buscas
Desde sempre vive,
Para sempre viverá
Mas não queres vê-lo,
Nem tê-lo,
Nem sê-lo!
Queres, sem querer sabê-lo,
Matá-lo por medo de sê-lo.

3. Mas…
O que há
por tráz
dos meus
sete desejos?

4. Atrás das sete colinas
Acreditas seres um anão…
E assim deixastes de ser
Tua plenitude,
Tua imensidão.
Preencher o teu vazio
É, dos teus sete desejos,
A principal função.

5. Maldito é o teu desejo
de não seres quem tu és,
Maldita é a maçã
que te fez adormecer…

6. Quizeste ser
o não ser,
eis aí
a tua questão.

7. Mergulhastes num sono profundo,
e nele há um mar de sonhos,
a que chamaste de mundo.
Deseja de coração,
Por trás dos teus sete desejos:
Sete sonhos a desejar,
O teu único desejo são:
O beijo da plenitude que te fará despertar.O beijo da plenitude que te fará despertar.

8. Ser ou não ser
é sempre a
questão infinda
Mas somente é
colocada
para aquele
que dorme ainda

9. À tal questão infinda, um fim ele dará.
Seu próprio Ser é dia e à luz responderá:
Mas quem por um beijo pleno,
Desperta ou despertará

10. Não ser era um sonho,
Ser é despertar.
Sergio CondéSergio Condé
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