Zenão defendeu os ensinamentos de Parmênides usando argumentos dialéticos que mostravam o absurdo nas teses opostas ao eleatismo. Sócrates acreditava que suas ideias deveriam ser transmitidas oralmente através do diálogo, não por escrito. Os escritos sobre Sócrates de seus discípulos nem sempre concordam e é difícil distinguir o que era de fato de Sócrates ou interpretações posteriores de Platão.
1. PRÉ-VESTIBULAR COMUNITÁRIO Data: 27/03/2014
DISCIPLINA: Filosofia
PROF.: Bernardo Boelsums
Aula: Pré-socráticos e Sócrates
ZENÃO E A DIALÉTICA
Coleção Os pensadores (pré-socráticos)
"Assim, Zenão enfrentou de peito aberto as refutações dos adversários e as tentativas de
colocar Parmênides no ridículo. O procedimento por ele adotado consistiu em fazer ver que as
consequências derivadas dos argumentos apresentados para refutar Parmênides eram ainda
mais contraditórias e ridículas do que as teses que visavam refutar. Ou seja, Zenão descobriu a
refutação da refutação, isto é, a demonstração por absurdo: mostrando o absurdo em que
caíam as teses opostas ao eleatismo, estava defendendo o próprio eleatismo. Desse modo,
Zenão fundou o método da dialética, usando-o com tal habilidade que maravilhou os antigos".
SÓCRATES E O PENSAMENTO FALADO
REALE, GIOVANNI (A história da filosofia, vol I).
"Sócrates não escreveu nada, considerando que sua mensagem era transmissível pela palavra
viva, através do diálogo e da 'oralidade dialética', como já se disse muito bem. Seus discípulos
fixaram por escrito uma série de doutrinas a ele atribuídas. Mas tais doutrinas frequentemente
não concordam entre si e, por vezes, até se contradizem [...]. Na maior parte de seus diálogos,
Platão idealiza Sócrates e o faz porta-voz também de suas próprias doutrinas: desse modo, é
dificílimo saber o que é exatamente Sócrates nesses textos e o que, ao contrário, representa
repensamentos e reelaborações de Platão".