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UEM – CTC – DEC
Hidráulica II
DEC 2577
PROFA. DRA. CLÁUDIA TELLES BENATTI
PROF. DR. PAULO FERNANDO SOARES
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
CAPÍTULO 13 [PORTO]
Aula 21
ESCOAMENTO PERMANENTE
GRADUALMENTE VARIADO
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Conteúdo da aula
• Introdução ao escoamento gradualmente variado
• Equação diferencial do EPGV
• Introdução a análise da superfície líquida
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Escoamento gradualmente variado
Escoamento permanente é gradualmente variado quando os parâmetros hidráulicos variam
de uma maneira progressiva ao longo da corrente.
• Se estende a distâncias significativas da singularidade que lhe deu origem, em contraste
com o escoamento bruscamente variado, que se manifesta em um trecho curto do canal.
31/03/2022
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Escoamento gradualmente variado
Uma barragem em canal de fraca declividade interfere no tirante d’água
• Ocorre uma sobrelevação do nível d´água que pode se estender por quilômetros à
montante
Seção no Escoamento
Permanente Seção no Escoamento
Variado
𝑦0
𝑦
1
2
31/03/2022
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Escoamento gradualmente variado
Uma barragem em canal de fraca declividade interfere no tirante d’água
• Nova linha d’água a montante chamada de curva de remanso
Seção no Escoamento
Permanente Seção no Escoamento
Variado
𝑦0
𝑦
1
2
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Escoamento gradualmente variado
Uma barragem em canal de fraca declividade interfere no tirante d’água
• A diferença entre a altura d’água no escoamento variado 𝑦 e a altura no escoamento
uniforme 𝑦0 é chamada de remanso
Seção no Escoamento
Permanente Seção no Escoamento
Variado
𝑦0
𝑦
1
2
31/03/2022
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Escoamento gradualmente variado
Uma barragem em canal de fraca declividade interfere no tirante d’água
• Dependendo das características do canal e das condições de extremidades, a diferença
pode ser positiva ou negativa
• A curva de remanso pode ficar acima ou abaixo do nível normal
Seção no Escoamento
Permanente Seção no Escoamento
Variado
𝑦0
𝑦
1
2
31/03/2022
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Equação diferencial do EPGV
Dedução realizada usando hipóteses simplificadoras
a) Declividade do canal
• Canal de pequena declividade
• Altura d’água medida perpendicularmente em relação ao fundo pode ser confundida com
a altura medida na vertical
b) Seção do canal
• Canal prismático
• Seção é constante na forma e nas dimensões
c) Distribuição de pressão
• Distribuição hidrostática
• Escoamento paralelo entre as linhas de corrente do escoamento
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Equação diferencial do EPGV
Dedução realizada usando hipóteses simplificadoras
d) Distribuição de velocidade
• Distribuição de velocidade é fixa na seção, com coeficiente 𝛼 de Coriolis unitário
• Canais de fraca declividade apresentam pequena carga cinética quando comparada à
altura d´água
• Caso a distribuição se afaste significativamente da unidade, deve ser considerado o
coeficiente de Coriolis
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Determinação da equação diferencial para uma seção qualquer
A energia disponível por unidade de peso do líquido, em uma seção S, em relação a um
referencial arbitrário:
𝐻 = 𝑧 + 𝑦 +
𝑉2
2𝑔
= 𝑧 + 𝐸
Equação diferencial do EPGV

𝑦
𝑦
𝑧
𝑉2
/2𝑔 L.C.E.
L.P.E.

𝑥
Seção S
P.R.H.
0
Q
(13.1)
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Equação diferencial do EPGV
𝐻 = 𝑧 + 𝑦 +
𝑉2
2𝑔
= 𝑧 + 𝐸
Diferenciando em relação a 𝑥
𝑑𝐻
𝑑𝑥
=
𝑑𝑧
𝑑𝑥
+
𝑑𝐸
𝑑𝑥
(13.1)
(13.2)
??? ???
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Devido a orientação do eixo 𝑥:
𝑑𝐻
𝑑𝑥
é sempre negativa e
𝑑𝐻
𝑑𝑥
= −𝐼𝑓
em que,
𝐼𝑓 é a declividade da linha de energia
Equação diferencial do EPGV

𝑦
𝑦
𝑧
𝑉2/2𝑔
L.C.E.
L.P.E.

𝑥
P.R.H.
0
𝑄
𝐼𝑓
𝐼𝑎
𝐼0
Seção S
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Equação diferencial do EPGV
𝑑𝑧
𝑑𝑥
é igual ao seno do ângulo que o fundo do canal faz com a horizontal:
𝑑𝑧
𝑑𝑥
é sempre negativa e
𝑑𝑧
𝑑𝑥
= −𝐼0
em que,
𝐼0 é a declividade de fundo do canal

𝑦
𝑦
𝑧
𝑉2/2𝑔 L.C.E.
L.P.E.

𝑥
P.R.H.
0
𝑄
𝑑𝑧
𝑠𝑒𝑛𝜃 =
𝑑𝑧
𝑑𝑥
𝐼𝑓
𝐼𝑎
𝐼0
Seção S
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Equação diferencial do EPGV
Então, analisando a Eq. (13.2)
𝑑𝐻
𝑑𝑥
=
𝑑𝑧
𝑑𝑥
+
𝑑𝐸
𝑑𝑥
−𝐼𝑓 = −𝐼0 +
𝑑𝐸
𝑑𝑥
𝑑𝐸
𝑑𝑥
= 𝐼0 − 𝐼𝑓
𝑑𝑍
𝑑𝑥
= −𝐼0
Sempre negativa
𝑑𝐻
𝑑𝑥
= −𝐼𝑓
Sempre negativa
(13.3)
(13.2)
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Equação diferencial do EPGV
Combinando as Eq. (10.41) e (10.43)
𝐸 = 𝑦 +
𝑄2
2𝑔𝐴2
𝑒
𝑑𝐸
𝑑𝑦
= 1 −
𝑄2
𝑔𝐴3
𝑑𝐴
𝑑𝑦
𝑑𝐸
𝑑𝑦
= 1 −
𝑄2𝐵
𝑔𝐴3
e
𝐹𝑟2 =
𝑄2𝐵
𝐴3𝑔
𝑑𝐸
𝑑𝑦
= 1 − 𝐹𝑟2
(10.41)
(10.43)
(13.4)
𝐵
𝑦
𝑑𝑦 𝑑𝐴 = 𝐵𝑑𝑦
𝐴
𝑑𝐴
𝑑𝑦
= 𝐵
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Combinando as Eq. (13.3) e (13.4)
𝑑𝐸
𝑑𝑥
= 𝐼0 − 𝐼𝑓 ∴ 𝑑𝐸 = 𝐼0 − 𝐼𝑓 𝑑𝑥
𝑑𝐸
𝑑𝑦
= 1 − 𝐹𝑟2 ∴ 𝑑𝐸 = 1 − 𝐹𝑟2 𝑑𝑦
𝐼0 − 𝐼𝑓 𝑑𝑥 = 1 − 𝐹𝑟2 𝑑𝑦
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0 − 𝐼𝑓
1 − 𝐹𝑟2
Equação diferencial do EPGV
(13.4)
(13.3)
A integral 𝑦 = 𝑓(𝑥) é a Eq. da curva de remanso, em geral
não possui solução explícita mas pode ser resolvida por
métodos numéricos
(13.5)
Declividade da
superfície livre
Eq. diferencial do EPGV
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Classificação dos Perfis
Eq. de Chezy:
𝑄 = 𝐶𝐴 𝑅ℎ𝐼0 ∴ 𝐼0 =
Q2
𝐶2𝐴2𝑅ℎ
= 𝐼𝑓
Número de Froude:
𝐹𝑟2
=
𝑄2𝐵
𝑔𝐴3
Logo, pela Eq. (13.5)
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0 − 𝐼𝑓
1 − 𝐹𝑟2
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0 −
Q2
𝐶2𝐴2𝑅ℎ
1 −
𝑄2𝐵
𝑔𝐴3
(13.6)
𝐴 = 𝑓(𝑦)
𝑅ℎ = 𝑓(𝑦)
(13.5)
31/03/2022
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Classificação dos Perfis
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0 − 𝐼𝑓
1 − 𝐹𝑟2
em que,
𝐴 = 𝑓(𝑦)
𝑅ℎ = 𝑓(𝑦)
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0 −
Q2
𝐶2𝐴2𝑅ℎ
1 −
𝑄2𝐵
𝑔𝐴3
(13.6)
(13.5)
Para certa 𝑄 , os termos 𝐼𝑓 e 𝐹𝑟2 variam de forma
inversamente proporcional à altura d´água 𝑦
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Classificação dos Perfis
Para o estudo das curvas de remanso→ analisar os sinais do numerador e do denominador
da Eq. (13.5)
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0 − 𝐼𝑓
1 − 𝐹𝑟2
→ depende de 𝑦 e 𝑦0
→ depende de 𝑦 e 𝑦𝐶
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𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0 − 𝐼𝑓
1 − 𝐹𝑟2
Classificação dos Perfis
→ depende de 𝑦 e 𝑦0
→ depende de 𝑦 e 𝑦𝐶
Condição Resultado Observação
Numerador 𝑦 = 𝑦0 𝐼𝑓 = 𝐼0 Escoamento uniforme
𝑦 > 𝑦0 𝐼𝑓 < 𝐼0
𝑦 < 𝑦0 𝐼𝑓 > 𝐼0
Denominador 𝑦 = 𝑦𝑐 𝐹𝑟2 = 1 Escoamento crítico
𝑦 > 𝑦𝑐 𝐹𝑟2 < 1
𝑦 < 𝑦𝑐 𝐹𝑟2 > 1
Relações fundamentais para estudar o sinal da derivada
𝑑𝑦
𝑑𝑥
e
as propriedades das curvas de remanso
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0 −
Q2
𝐶2𝐴2𝑅ℎ
1 −
𝑄2𝐵
𝑔𝐴3
31/03/2022
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As curvas de remanso são classificadas em função da declividade de fundo 𝐼0, sendo 𝑦0 e 𝑦𝑐
as profundidades normal e crítica
𝐼0 > 0 𝐼0 = 0
Classificação do fundo do canal
Fonte:
Gribbin (2009)
Declividade fraca, M (mild)
Declividade forte, S (steep)
Declividade crítica, C (critical)
Declividade adversa, A (adverse)
Não há profundidade normal
𝑦𝑐
Declividade nula, H (horizontal)
A profundidade normal é infinita
𝐼0 < 0
31/03/2022
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Análise dos perfis da superfície líquida
Para cada categoria de canal (declividade fraca, forte, crítica, nula ou adversa), as linhas
representando 𝑦𝑐 e 𝑦0 (quando existente) dividem o fluxo em três regiões: A, B e C
Declividade fraca, M (mild) Declividade forte, S (steep)
A
B
C
A
B
C
31/03/2022
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Análise dos perfis da superfície líquida
Para cada categoria de canal (declividade fraca, forte, crítica, nula ou adversa), as linhas
representando 𝑦𝑐 e 𝑦0 (quando existente) dividem o fluxo em três regiões: A, B e C
Declividade crítica,
C (critical)
Declividade adversa,
A (adverse)
A
C
B
C
𝑦𝑐
Declividade nula,
H (horizontal)
B
C
31/03/2022
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Análise dos perfis da superfície líquida
Dependendo da categoria do canal e da região do fluxo, o perfil da lâmina d´água apresenta
um formato característico.
• Um perfil do EGV pode ser crescente ou decrescente na direção do fluxo se o termo
𝑑𝑦
𝑑𝑥
da
Eq. (13.5) se apresentar positivo ou negativo.
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0 − 𝐼𝑓
1 − 𝐹𝑟2
𝑑𝑦
𝑑𝑥
é positivo se:
• O numerador > 0 e o denominador > 0
• O numerador < 0 e o denominador < 0
(13.5)
𝑦0 𝑦
𝑦𝑐
𝑑𝑦
𝑑𝑥
> 0
A
B
C
Declividade fraca, M (mild)
31/03/2022
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Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: 𝑦 > 𝑦0 > 𝑦C → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
+
> 0 (Perfil M1)
Região B: 𝑦0 > 𝑦 > 𝑦C → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
+
< 0 (Perfil M2)
Região C: 𝑦0 > 𝑦C > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil M3)
Canais de declividade fraca
𝑦0
𝑦𝐶
A
B
C
M1
M2
M3
Horiz.
𝐼0 < 𝐼C
Região A:
𝑦 → 𝑦0 ∴ 𝐼𝑓 → 𝐼0 e
𝑑𝑦
𝑑𝑥
→ 0 (lâmina d´água se
aproxima assintoticamente da linha 𝑦0)
𝑦 →  ∴ 𝐼𝑓 → 0, 𝐹𝑟 → 0 e
𝑑𝑦
𝑑𝑥
→ 𝐼0 (lâmina
d´água atinge uma grande profundidade como
uma assíntota horizontal)
31/03/2022
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Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: 𝑦 > 𝑦0 > 𝑦C → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
+
> 0 (Perfil M1)
Região B: 𝑦0 > 𝑦 > 𝑦C → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
+
< 0 (Perfil M2)
Região C: 𝑦0 > 𝑦C > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil M3)
Canais de declividade fraca
M1: Curva de remanso que ocorre a montante
de uma barragem e quando um trecho longo
submerge em um reservatório de
profundidade > 𝑦0
𝐼0 < 𝐼C
M1
M1
𝑦0
𝑦𝐶
A
B
C
M1
M2
M3
Horiz.
𝐼0 < 𝐼C
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: 𝑦 > 𝑦0 > 𝑦C → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
+
> 0 (Perfil M1)
Região B: 𝑦0 > 𝑦 > 𝑦C → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
+
< 0 (Perfil M2)
Região C: 𝑦0 > 𝑦C > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil M3)
Canais de declividade fraca
𝑦0
𝑦𝐶
A
B
C
M1
M2
M3
Horiz.
𝐼0 < 𝐼C
Região B:
𝑦 → 𝑦0 ∴ 𝐼𝑓 → 𝐼0 e
𝑑𝑦
𝑑𝑥
→ 0 (lâmina d´água se
aproxima assintoticamente da linha 𝑦0)
𝑦 → 𝑦𝑐 ∴ 𝐹𝑟 → 1 e
𝑑𝑦
𝑑𝑥
→ ∞ (lâmina d´água se
aproxima da linha 𝑦𝑐 verticalmente)
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: 𝑦 > 𝑦0 > 𝑦C → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
+
> 0 (Perfil M1)
Região B: 𝑦0 > 𝑦 > 𝑦C → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
+
< 0 (Perfil M2)
Região C: 𝑦0 > 𝑦C > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil M3)
M2: Curva de remanso que
ocorre a montante de uma
queda brusca
Canais de declividade fraca
𝑦0
𝑦𝐶
A
B
C
M1
M2
M3
Horiz.
𝐼0 < 𝐼C 𝐼0 < 𝐼C
M3 M2
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: 𝑦 > 𝑦0 > 𝑦C → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
+
> 0 (Perfil M1)
Região B: 𝑦0 > 𝑦 > 𝑦C → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
+
< 0 (Perfil M2)
Região C: 𝑦0 > 𝑦C > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil M3)
Canais de declividade fraca
𝑦0
𝑦𝐶
A
B
C
M1
M2
M3
Horiz.
𝐼0 < 𝐼C
Região C:
𝑦 → 0 ∴ 𝐼𝑓 → ∞, 𝐹𝑟 → ∞ e
𝑑𝑦
𝑑𝑥
→ 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑜 (a
curva tem início em uma seção de altura finita)
𝑦 → 𝑦𝑐 ∴ 𝐹𝑟 → 1 e
𝑑𝑦
𝑑𝑥
→ ∞ (lâmina d´água se
aproxima da linha 𝑦𝑐 verticalmente)
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: 𝑦 > 𝑦0 > 𝑦C → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
+
> 0 (Perfil M1)
Região B: 𝑦0 > 𝑦 > 𝑦C → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
+
< 0 (Perfil M2)
Região C: 𝑦0 > 𝑦C > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil M3)
Canais de declividade fraca
𝑦0
𝑦𝐶
A
B
C
M1
M2
M3
Horiz.
𝐼0 < 𝐼C
M3: ocorre a jusante de uma
comporta com abertura < 𝑦C
para a vazão descarregada ou em
certas mudanças de inclinação
𝐼0 < 𝐼C
M3 M2
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Canais de declividade fraca
• Nas proximidade de 𝑦𝑐 as linhas d corrente não são mais retas e paralelas, as hipóteses
iniciais deixam de existir → as linhas são desenhadas tracejadas.
Obs.:
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: 𝑦 > 𝑦C > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
+
> 0 (Perfil S1)
Região B: 𝑦C > 𝑦 > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
−
< 0 (Perfil S2)
Região C: 𝑦C > 𝑦0 > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil S3)
Canais de declividade forte
Horiz.
𝐼0 > 𝐼C
Região A:
𝑦 → 𝑦𝑐 ∴ 𝐹𝑟 → 1 e
𝑑𝑦
𝑑𝑥
→ ∞ (lâmina d´água se
aproxima da linha 𝑦𝑐 verticalmente)
𝑦 →  ∴ 𝐼𝑓 → 0, 𝐹𝑟 → 0 e
𝑑𝑦
𝑑𝑥
→ 𝐼0 (lâmina
d´água atinge uma grande profundidade como
uma assíntota horizontal)
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Canais de declividade forte
Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: 𝑦 > 𝑦C > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
+
> 0 (Perfil S1)
Região B: 𝑦C > 𝑦 > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
−
< 0 (Perfil S2)
Região C: 𝑦C > 𝑦0 > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil S3)
Horiz.
𝐼0 > 𝐼C 𝐼0 > 𝐼C
S3
S1
S2
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Canais de declividade forte
Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: 𝑦 > 𝑦C > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
+
> 0 (Perfil S1)
Região B: 𝑦C > 𝑦 > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
−
< 0 (Perfil S2)
Região C: 𝑦C > 𝑦0 > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil S3)
Horiz.
𝐼0 > 𝐼C
Região B:
𝑦 → 𝑦0 ∴ 𝐼0 → 𝐼𝑓 e
𝑑𝑦
𝑑𝑥
→ 0 (lâmina d´água se
aproxima assintoticamente da linha 𝑦0)
𝑦 → 𝑦𝑐 ∴ 𝐹𝑟 → 1 e
𝑑𝑦
𝑑𝑥
→ ∞ (lâmina d´água se
aproxima da linha 𝑦𝑐 verticalmente)
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Canais de declividade forte
𝐼0 > 𝐼C
S2
Seção de
alargamento
Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: 𝑦 > 𝑦C > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
+
> 0 (Perfil S1)
Região B: 𝑦C > 𝑦 > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
−
< 0 (Perfil S2)
Região C: 𝑦C > 𝑦0 > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil S3)
Horiz.
𝐼0 > 𝐼C
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Canais de declividade forte
Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: 𝑦 > 𝑦C > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
+
> 0 (Perfil S1)
Região B: 𝑦C > 𝑦 > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
−
< 0 (Perfil S2)
Região C: 𝑦C > 𝑦0 > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil S3)
Horiz.
𝐼0 > 𝐼C
Região C:
𝑦 → 0 ∴ 𝐼𝑓 → ∞, 𝐹𝑟 → ∞ e
𝑑𝑦
𝑑𝑥
→ 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑜 (a
curva tem início em uma seção de altura finita)
𝑦 → 𝑦0 ∴ 𝐼0 → 𝐼𝑓 e
𝑑𝑦
𝑑𝑥
→ 0 (lâmina d´água se
aproxima assintoticamente da linha 𝑦0)
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Canais de declividade forte
𝐼0 > 𝐼C
S3
S1
Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: 𝑦 > 𝑦C > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
+
> 0 (Perfil S1)
Região B: 𝑦C > 𝑦 > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
−
< 0 (Perfil S2)
Região C: 𝑦C > 𝑦0 > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil S3)
Horiz.
𝐼0 > 𝐼C
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: 𝑦 > 𝑦C = 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
+
+
> 0 (Perfil C1)
Região C: 𝑦 < 𝑦C = 𝑦0 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil C3)
Canais de declividade crítica
C1
𝐼0 = 𝐼C
𝐼0 < 𝐼C
C3
𝐼0 > 𝐼C
𝐼0 = 𝐼C
𝑦0 = 𝑦𝐶
A
C C3
Horiz.
𝐼0 = 𝐼C
C1
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Canais de declividade crítica
A curva C2, que corresponderia a alturas de água compreendidas entre o regime uniforme e o
crítico não existe (𝑦 = 𝑦0 = yc)
Obs.:
C2
𝑦𝑁 = 𝑦𝐶
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: Não se define regime uniforme
Região B: 𝑦 > 𝑦C → 𝐼0 = 0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
+
< 0 (Perfil H2)
Região C: 𝑦 < 𝑦C → 𝐼0 = 0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil H3)
Canais horizontais
𝑦0 = 
𝑦𝐶
B
C
H2
H3
𝐼0 = 0
Região B e C:
Tipos H2 e H3 ocorrem em situações
análogas às dos tipos M2 e M3
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: Não se define regime uniforme
Região B: 𝑦 > 𝑦C → 𝐼0 = 0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
+
< 0 (Perfil H2)
Região C: 𝑦 < 𝑦C → 𝐼0 = 0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil H3)
Canais horizontais
𝑦0 = 
𝑦𝐶
B
C
H2
H3
𝐼0 = 0 𝐼0 = 0
H3
H2
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: Não se define regime uniforme
Região B: 𝑦 > 𝑦C → 𝐼0 < 0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
+
< 0 (Perfil A2)
Região C: 𝑦 < 𝑦C → 𝐼0 < 0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil A3)
Canais em aclive (declividade adversa)
𝑦𝐶
B
C
A2
A3
𝐼0 < 0
Região B e C:
Tipos A2 e A3 Ocorrem em situações
análogas às dos tipos H2 e H3
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Canais em aclive (declividade adversa)
𝐼0 < 0
A3
A2
yC
B
C
A2
A3
𝐼0 < 0
Eq. (13.5):
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0−𝐼𝑓
1−𝐹𝑟2
Região A: Não se define regime uniforme
Região B: 𝑦 > 𝑦C → 𝐼0 < 0 e 𝐹𝑟 < 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
+
< 0 (Perfil A2)
Região C: 𝑦 < 𝑦C → 𝐼0 < 0 e 𝐹𝑟 > 1 
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
−
−
> 0 (Perfil A3)
(tipos A2 e A3 ocorrem em situação análogas aos tipos H2 e H3)
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Canal (𝐼0 < 𝐼C) Canal (𝐼0 > 𝐼C) Canal (𝐼0 = 𝐼C) Canal (𝐼0 = 0) Canal (𝐼0 < 0)
Declividade do canal Regime Fluvial Regime Crítico Regime Torrencial
Fraca (𝐼0 < 𝐼C ) M1, M2, Uniforme - M3
Forte (𝐼0 > 𝐼C ) S1 - S2, S3, Uniforme
Crítica (𝐼0 = 𝐼C ) C1 Uniforme C3
Nula (𝐼0 = 0) H2 - H3
Adversa (𝐼0 < 0) A2 - A3
Tipos básicos de perfis de linha d´água
Horiz.
𝑦0
𝑦𝐶
A
B
M1
M2
M3
C
Horiz. 𝑦0 = 
𝑦𝐶 B
C
H2
H3
𝑦𝐶 B
C
A2
A3
Horiz.
A
C C3
C1
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti 31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Exemplo 4.1 [Subramanya] Um canal de seção retangular de 4,0 m de largura, declividade
𝐼0 = 0,0008 m/m, 𝑛 = 0,016, apresenta uma vazão de 1,5 m3/s. Em um escoamento
gradualmente variado no canal, a profundidade d’água em uma determinada localização é de
0,30 m. Identifique as curvas formadas no EPGV.
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti 31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Exemplo 4.1 [Subramanya] Um canal de seção retangular de 4,0 m de largura, declividade
𝐼0 = 0,0008 m/m, 𝑛 = 0,016, apresenta uma vazão de 1,5 m3/s. Em um escoamento
gradualmente variado no canal, a profundidade d’água em uma determinada localização é de
0,30 m. Identifique as curvas formadas no EPGV.
Dados:
𝐵 m = 4,0
𝐼0[m/m] = 0,0008
𝑛 𝑠/m1/3 = 0,016
𝑄 m3/s = 1,5
𝑦 m = 0,3
𝑦0
𝑏 = 4,0
𝑦0
𝑦 = 0,3 m
A
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti 31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Exemplo 13.1 [Porto] Respostas
A partir da Eq. de Manning para a seção retangular dada determina-se a altura normal 𝑦0 =
0,426 m
Para a seção retangular dada, determina-se a altura crítica 𝑦𝑐 = 0,243 m
Como 𝑦0 = 0,426 > 𝑦𝑐 = 0,243, tem-se escoamento fluvial e o canal é de declividade fraca,
M (mild)
A
B
C
𝑦0 = 0,426 m
𝑦𝑐 = 0,243 m 𝑦 = 0,3 m
A
𝐼0 < 𝐼C
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti 31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Exemplo 13.1 [Porto] Respostas
Portanto para o canal tem-se
Como 𝑦0 = 0,426 > 𝑦𝑐 = 0,243 → canal de declividade fraca (curvas M)
Como y0 > 𝑦 = 0,3 > 𝑦𝑐, tem-se curva do tipo M2
𝑦0
𝑦𝐶
A
B
M1
M2
M3
C
Horiz.
A
B
C
𝑦0 = 0,426 m
𝑦𝑐 = 0,243 m 𝑦 = 0,3 m
A
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
O que foi destaque na aula
Remanso
• Equação diferencial do EPGV
𝑑𝑦
𝑑𝑥
=
𝐼0 − 𝐼𝑓
1 − 𝐹𝑟2
• Análise da superfície líquida
Canal (𝐼0 < 𝐼C) Canal (𝐼0 > 𝐼C) Canal (𝐼0 = 𝐼C) Canal (𝐼0 = 0) Canal (𝐼0 < 0)
Horiz.
𝑦0
𝑦𝐶
A
B
M1
M2
M3
C
Horiz. 𝑦0 = 
𝑦𝐶 B
C
H2
H3
𝑦𝐶 B
C
A2
A3
Horiz.
A
C C3
C1
31/03/2022
DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti
Bibliografia para consulta
• Porto, R.M. Hidráulica Básica, São Carlos: EESC-USP, 2006. (Livro texto)
• Baptista, M. Lara, M., Fundamentos de Engenharia Hidráulica, 4. ed. Belo Horizonte: editora UFMG, 2018.
• Chadwick, A. et al. Hidráulica para engenharia civil e ambiental, 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
• Gribbin, J.E. Introdução à Hidráulica, Hidrologia e Gestão de Águas Pluviais, 3.ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2009.
• Chow, Ven Te. Open-channel Hydraulics. New York: McGraw-Hill, 1959.
• Subramanya, K. Flow in open channels. 4. ed. New Delhi: McGraw Hill, 2015.
• Ávila, G.S. Hidráulica de canales. México: UNAM, 2002.
• Chaudry, M. H. Open-channel flow. 2. ed. New York: Springer Verlag, 2007.
• White, F.M. Mecânica dos fluidos, 6. ed. Porto Alegre: AMGH, 2011.
• Çengel, Y.A.; Cimbala, J.M. Mecânica dos fluidos: fundamentos e aplicações. 3. ed. Porto Alegre: AMGH,
2015.

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  • 1. UEM – CTC – DEC Hidráulica II DEC 2577 PROFA. DRA. CLÁUDIA TELLES BENATTI PROF. DR. PAULO FERNANDO SOARES
  • 2. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti CAPÍTULO 13 [PORTO] Aula 21 ESCOAMENTO PERMANENTE GRADUALMENTE VARIADO
  • 3. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Conteúdo da aula • Introdução ao escoamento gradualmente variado • Equação diferencial do EPGV • Introdução a análise da superfície líquida
  • 4. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Escoamento gradualmente variado Escoamento permanente é gradualmente variado quando os parâmetros hidráulicos variam de uma maneira progressiva ao longo da corrente. • Se estende a distâncias significativas da singularidade que lhe deu origem, em contraste com o escoamento bruscamente variado, que se manifesta em um trecho curto do canal.
  • 5. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Escoamento gradualmente variado Uma barragem em canal de fraca declividade interfere no tirante d’água • Ocorre uma sobrelevação do nível d´água que pode se estender por quilômetros à montante Seção no Escoamento Permanente Seção no Escoamento Variado 𝑦0 𝑦 1 2
  • 6. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Escoamento gradualmente variado Uma barragem em canal de fraca declividade interfere no tirante d’água • Nova linha d’água a montante chamada de curva de remanso Seção no Escoamento Permanente Seção no Escoamento Variado 𝑦0 𝑦 1 2
  • 7. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Escoamento gradualmente variado Uma barragem em canal de fraca declividade interfere no tirante d’água • A diferença entre a altura d’água no escoamento variado 𝑦 e a altura no escoamento uniforme 𝑦0 é chamada de remanso Seção no Escoamento Permanente Seção no Escoamento Variado 𝑦0 𝑦 1 2
  • 8. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Escoamento gradualmente variado Uma barragem em canal de fraca declividade interfere no tirante d’água • Dependendo das características do canal e das condições de extremidades, a diferença pode ser positiva ou negativa • A curva de remanso pode ficar acima ou abaixo do nível normal Seção no Escoamento Permanente Seção no Escoamento Variado 𝑦0 𝑦 1 2
  • 9. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Equação diferencial do EPGV Dedução realizada usando hipóteses simplificadoras a) Declividade do canal • Canal de pequena declividade • Altura d’água medida perpendicularmente em relação ao fundo pode ser confundida com a altura medida na vertical b) Seção do canal • Canal prismático • Seção é constante na forma e nas dimensões c) Distribuição de pressão • Distribuição hidrostática • Escoamento paralelo entre as linhas de corrente do escoamento
  • 10. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Equação diferencial do EPGV Dedução realizada usando hipóteses simplificadoras d) Distribuição de velocidade • Distribuição de velocidade é fixa na seção, com coeficiente 𝛼 de Coriolis unitário • Canais de fraca declividade apresentam pequena carga cinética quando comparada à altura d´água • Caso a distribuição se afaste significativamente da unidade, deve ser considerado o coeficiente de Coriolis
  • 11. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Determinação da equação diferencial para uma seção qualquer A energia disponível por unidade de peso do líquido, em uma seção S, em relação a um referencial arbitrário: 𝐻 = 𝑧 + 𝑦 + 𝑉2 2𝑔 = 𝑧 + 𝐸 Equação diferencial do EPGV  𝑦 𝑦 𝑧 𝑉2 /2𝑔 L.C.E. L.P.E.  𝑥 Seção S P.R.H. 0 Q (13.1)
  • 12. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Equação diferencial do EPGV 𝐻 = 𝑧 + 𝑦 + 𝑉2 2𝑔 = 𝑧 + 𝐸 Diferenciando em relação a 𝑥 𝑑𝐻 𝑑𝑥 = 𝑑𝑧 𝑑𝑥 + 𝑑𝐸 𝑑𝑥 (13.1) (13.2) ??? ???
  • 13. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Devido a orientação do eixo 𝑥: 𝑑𝐻 𝑑𝑥 é sempre negativa e 𝑑𝐻 𝑑𝑥 = −𝐼𝑓 em que, 𝐼𝑓 é a declividade da linha de energia Equação diferencial do EPGV  𝑦 𝑦 𝑧 𝑉2/2𝑔 L.C.E. L.P.E.  𝑥 P.R.H. 0 𝑄 𝐼𝑓 𝐼𝑎 𝐼0 Seção S
  • 14. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Equação diferencial do EPGV 𝑑𝑧 𝑑𝑥 é igual ao seno do ângulo que o fundo do canal faz com a horizontal: 𝑑𝑧 𝑑𝑥 é sempre negativa e 𝑑𝑧 𝑑𝑥 = −𝐼0 em que, 𝐼0 é a declividade de fundo do canal  𝑦 𝑦 𝑧 𝑉2/2𝑔 L.C.E. L.P.E.  𝑥 P.R.H. 0 𝑄 𝑑𝑧 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑑𝑧 𝑑𝑥 𝐼𝑓 𝐼𝑎 𝐼0 Seção S
  • 15. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Equação diferencial do EPGV Então, analisando a Eq. (13.2) 𝑑𝐻 𝑑𝑥 = 𝑑𝑧 𝑑𝑥 + 𝑑𝐸 𝑑𝑥 −𝐼𝑓 = −𝐼0 + 𝑑𝐸 𝑑𝑥 𝑑𝐸 𝑑𝑥 = 𝐼0 − 𝐼𝑓 𝑑𝑍 𝑑𝑥 = −𝐼0 Sempre negativa 𝑑𝐻 𝑑𝑥 = −𝐼𝑓 Sempre negativa (13.3) (13.2)
  • 16. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Equação diferencial do EPGV Combinando as Eq. (10.41) e (10.43) 𝐸 = 𝑦 + 𝑄2 2𝑔𝐴2 𝑒 𝑑𝐸 𝑑𝑦 = 1 − 𝑄2 𝑔𝐴3 𝑑𝐴 𝑑𝑦 𝑑𝐸 𝑑𝑦 = 1 − 𝑄2𝐵 𝑔𝐴3 e 𝐹𝑟2 = 𝑄2𝐵 𝐴3𝑔 𝑑𝐸 𝑑𝑦 = 1 − 𝐹𝑟2 (10.41) (10.43) (13.4) 𝐵 𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝐴 = 𝐵𝑑𝑦 𝐴 𝑑𝐴 𝑑𝑦 = 𝐵
  • 17. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Combinando as Eq. (13.3) e (13.4) 𝑑𝐸 𝑑𝑥 = 𝐼0 − 𝐼𝑓 ∴ 𝑑𝐸 = 𝐼0 − 𝐼𝑓 𝑑𝑥 𝑑𝐸 𝑑𝑦 = 1 − 𝐹𝑟2 ∴ 𝑑𝐸 = 1 − 𝐹𝑟2 𝑑𝑦 𝐼0 − 𝐼𝑓 𝑑𝑥 = 1 − 𝐹𝑟2 𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0 − 𝐼𝑓 1 − 𝐹𝑟2 Equação diferencial do EPGV (13.4) (13.3) A integral 𝑦 = 𝑓(𝑥) é a Eq. da curva de remanso, em geral não possui solução explícita mas pode ser resolvida por métodos numéricos (13.5) Declividade da superfície livre Eq. diferencial do EPGV
  • 18. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Classificação dos Perfis Eq. de Chezy: 𝑄 = 𝐶𝐴 𝑅ℎ𝐼0 ∴ 𝐼0 = Q2 𝐶2𝐴2𝑅ℎ = 𝐼𝑓 Número de Froude: 𝐹𝑟2 = 𝑄2𝐵 𝑔𝐴3 Logo, pela Eq. (13.5) 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0 − 𝐼𝑓 1 − 𝐹𝑟2 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0 − Q2 𝐶2𝐴2𝑅ℎ 1 − 𝑄2𝐵 𝑔𝐴3 (13.6) 𝐴 = 𝑓(𝑦) 𝑅ℎ = 𝑓(𝑦) (13.5)
  • 19. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Classificação dos Perfis 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0 − 𝐼𝑓 1 − 𝐹𝑟2 em que, 𝐴 = 𝑓(𝑦) 𝑅ℎ = 𝑓(𝑦) 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0 − Q2 𝐶2𝐴2𝑅ℎ 1 − 𝑄2𝐵 𝑔𝐴3 (13.6) (13.5) Para certa 𝑄 , os termos 𝐼𝑓 e 𝐹𝑟2 variam de forma inversamente proporcional à altura d´água 𝑦
  • 20. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Classificação dos Perfis Para o estudo das curvas de remanso→ analisar os sinais do numerador e do denominador da Eq. (13.5) 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0 − 𝐼𝑓 1 − 𝐹𝑟2 → depende de 𝑦 e 𝑦0 → depende de 𝑦 e 𝑦𝐶
  • 21. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0 − 𝐼𝑓 1 − 𝐹𝑟2 Classificação dos Perfis → depende de 𝑦 e 𝑦0 → depende de 𝑦 e 𝑦𝐶 Condição Resultado Observação Numerador 𝑦 = 𝑦0 𝐼𝑓 = 𝐼0 Escoamento uniforme 𝑦 > 𝑦0 𝐼𝑓 < 𝐼0 𝑦 < 𝑦0 𝐼𝑓 > 𝐼0 Denominador 𝑦 = 𝑦𝑐 𝐹𝑟2 = 1 Escoamento crítico 𝑦 > 𝑦𝑐 𝐹𝑟2 < 1 𝑦 < 𝑦𝑐 𝐹𝑟2 > 1 Relações fundamentais para estudar o sinal da derivada 𝑑𝑦 𝑑𝑥 e as propriedades das curvas de remanso 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0 − Q2 𝐶2𝐴2𝑅ℎ 1 − 𝑄2𝐵 𝑔𝐴3
  • 22. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti As curvas de remanso são classificadas em função da declividade de fundo 𝐼0, sendo 𝑦0 e 𝑦𝑐 as profundidades normal e crítica 𝐼0 > 0 𝐼0 = 0 Classificação do fundo do canal Fonte: Gribbin (2009) Declividade fraca, M (mild) Declividade forte, S (steep) Declividade crítica, C (critical) Declividade adversa, A (adverse) Não há profundidade normal 𝑦𝑐 Declividade nula, H (horizontal) A profundidade normal é infinita 𝐼0 < 0
  • 23. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Análise dos perfis da superfície líquida Para cada categoria de canal (declividade fraca, forte, crítica, nula ou adversa), as linhas representando 𝑦𝑐 e 𝑦0 (quando existente) dividem o fluxo em três regiões: A, B e C Declividade fraca, M (mild) Declividade forte, S (steep) A B C A B C
  • 24. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Análise dos perfis da superfície líquida Para cada categoria de canal (declividade fraca, forte, crítica, nula ou adversa), as linhas representando 𝑦𝑐 e 𝑦0 (quando existente) dividem o fluxo em três regiões: A, B e C Declividade crítica, C (critical) Declividade adversa, A (adverse) A C B C 𝑦𝑐 Declividade nula, H (horizontal) B C
  • 25. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Análise dos perfis da superfície líquida Dependendo da categoria do canal e da região do fluxo, o perfil da lâmina d´água apresenta um formato característico. • Um perfil do EGV pode ser crescente ou decrescente na direção do fluxo se o termo 𝑑𝑦 𝑑𝑥 da Eq. (13.5) se apresentar positivo ou negativo. 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0 − 𝐼𝑓 1 − 𝐹𝑟2 𝑑𝑦 𝑑𝑥 é positivo se: • O numerador > 0 e o denominador > 0 • O numerador < 0 e o denominador < 0 (13.5) 𝑦0 𝑦 𝑦𝑐 𝑑𝑦 𝑑𝑥 > 0 A B C Declividade fraca, M (mild)
  • 26. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: 𝑦 > 𝑦0 > 𝑦C → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + + > 0 (Perfil M1) Região B: 𝑦0 > 𝑦 > 𝑦C → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − + < 0 (Perfil M2) Região C: 𝑦0 > 𝑦C > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil M3) Canais de declividade fraca 𝑦0 𝑦𝐶 A B C M1 M2 M3 Horiz. 𝐼0 < 𝐼C Região A: 𝑦 → 𝑦0 ∴ 𝐼𝑓 → 𝐼0 e 𝑑𝑦 𝑑𝑥 → 0 (lâmina d´água se aproxima assintoticamente da linha 𝑦0) 𝑦 →  ∴ 𝐼𝑓 → 0, 𝐹𝑟 → 0 e 𝑑𝑦 𝑑𝑥 → 𝐼0 (lâmina d´água atinge uma grande profundidade como uma assíntota horizontal)
  • 27. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: 𝑦 > 𝑦0 > 𝑦C → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + + > 0 (Perfil M1) Região B: 𝑦0 > 𝑦 > 𝑦C → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − + < 0 (Perfil M2) Região C: 𝑦0 > 𝑦C > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil M3) Canais de declividade fraca M1: Curva de remanso que ocorre a montante de uma barragem e quando um trecho longo submerge em um reservatório de profundidade > 𝑦0 𝐼0 < 𝐼C M1 M1 𝑦0 𝑦𝐶 A B C M1 M2 M3 Horiz. 𝐼0 < 𝐼C
  • 28. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: 𝑦 > 𝑦0 > 𝑦C → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + + > 0 (Perfil M1) Região B: 𝑦0 > 𝑦 > 𝑦C → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − + < 0 (Perfil M2) Região C: 𝑦0 > 𝑦C > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil M3) Canais de declividade fraca 𝑦0 𝑦𝐶 A B C M1 M2 M3 Horiz. 𝐼0 < 𝐼C Região B: 𝑦 → 𝑦0 ∴ 𝐼𝑓 → 𝐼0 e 𝑑𝑦 𝑑𝑥 → 0 (lâmina d´água se aproxima assintoticamente da linha 𝑦0) 𝑦 → 𝑦𝑐 ∴ 𝐹𝑟 → 1 e 𝑑𝑦 𝑑𝑥 → ∞ (lâmina d´água se aproxima da linha 𝑦𝑐 verticalmente)
  • 29. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: 𝑦 > 𝑦0 > 𝑦C → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + + > 0 (Perfil M1) Região B: 𝑦0 > 𝑦 > 𝑦C → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − + < 0 (Perfil M2) Região C: 𝑦0 > 𝑦C > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil M3) M2: Curva de remanso que ocorre a montante de uma queda brusca Canais de declividade fraca 𝑦0 𝑦𝐶 A B C M1 M2 M3 Horiz. 𝐼0 < 𝐼C 𝐼0 < 𝐼C M3 M2
  • 30. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: 𝑦 > 𝑦0 > 𝑦C → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + + > 0 (Perfil M1) Região B: 𝑦0 > 𝑦 > 𝑦C → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − + < 0 (Perfil M2) Região C: 𝑦0 > 𝑦C > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil M3) Canais de declividade fraca 𝑦0 𝑦𝐶 A B C M1 M2 M3 Horiz. 𝐼0 < 𝐼C Região C: 𝑦 → 0 ∴ 𝐼𝑓 → ∞, 𝐹𝑟 → ∞ e 𝑑𝑦 𝑑𝑥 → 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑜 (a curva tem início em uma seção de altura finita) 𝑦 → 𝑦𝑐 ∴ 𝐹𝑟 → 1 e 𝑑𝑦 𝑑𝑥 → ∞ (lâmina d´água se aproxima da linha 𝑦𝑐 verticalmente)
  • 31. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: 𝑦 > 𝑦0 > 𝑦C → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + + > 0 (Perfil M1) Região B: 𝑦0 > 𝑦 > 𝑦C → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − + < 0 (Perfil M2) Região C: 𝑦0 > 𝑦C > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil M3) Canais de declividade fraca 𝑦0 𝑦𝐶 A B C M1 M2 M3 Horiz. 𝐼0 < 𝐼C M3: ocorre a jusante de uma comporta com abertura < 𝑦C para a vazão descarregada ou em certas mudanças de inclinação 𝐼0 < 𝐼C M3 M2
  • 32. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Canais de declividade fraca • Nas proximidade de 𝑦𝑐 as linhas d corrente não são mais retas e paralelas, as hipóteses iniciais deixam de existir → as linhas são desenhadas tracejadas. Obs.:
  • 33. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: 𝑦 > 𝑦C > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + + > 0 (Perfil S1) Região B: 𝑦C > 𝑦 > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + − < 0 (Perfil S2) Região C: 𝑦C > 𝑦0 > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil S3) Canais de declividade forte Horiz. 𝐼0 > 𝐼C Região A: 𝑦 → 𝑦𝑐 ∴ 𝐹𝑟 → 1 e 𝑑𝑦 𝑑𝑥 → ∞ (lâmina d´água se aproxima da linha 𝑦𝑐 verticalmente) 𝑦 →  ∴ 𝐼𝑓 → 0, 𝐹𝑟 → 0 e 𝑑𝑦 𝑑𝑥 → 𝐼0 (lâmina d´água atinge uma grande profundidade como uma assíntota horizontal)
  • 34. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Canais de declividade forte Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: 𝑦 > 𝑦C > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + + > 0 (Perfil S1) Região B: 𝑦C > 𝑦 > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + − < 0 (Perfil S2) Região C: 𝑦C > 𝑦0 > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil S3) Horiz. 𝐼0 > 𝐼C 𝐼0 > 𝐼C S3 S1 S2
  • 35. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Canais de declividade forte Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: 𝑦 > 𝑦C > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + + > 0 (Perfil S1) Região B: 𝑦C > 𝑦 > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + − < 0 (Perfil S2) Região C: 𝑦C > 𝑦0 > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil S3) Horiz. 𝐼0 > 𝐼C Região B: 𝑦 → 𝑦0 ∴ 𝐼0 → 𝐼𝑓 e 𝑑𝑦 𝑑𝑥 → 0 (lâmina d´água se aproxima assintoticamente da linha 𝑦0) 𝑦 → 𝑦𝑐 ∴ 𝐹𝑟 → 1 e 𝑑𝑦 𝑑𝑥 → ∞ (lâmina d´água se aproxima da linha 𝑦𝑐 verticalmente)
  • 36. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Canais de declividade forte 𝐼0 > 𝐼C S2 Seção de alargamento Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: 𝑦 > 𝑦C > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + + > 0 (Perfil S1) Região B: 𝑦C > 𝑦 > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + − < 0 (Perfil S2) Região C: 𝑦C > 𝑦0 > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil S3) Horiz. 𝐼0 > 𝐼C
  • 37. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Canais de declividade forte Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: 𝑦 > 𝑦C > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + + > 0 (Perfil S1) Região B: 𝑦C > 𝑦 > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + − < 0 (Perfil S2) Região C: 𝑦C > 𝑦0 > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil S3) Horiz. 𝐼0 > 𝐼C Região C: 𝑦 → 0 ∴ 𝐼𝑓 → ∞, 𝐹𝑟 → ∞ e 𝑑𝑦 𝑑𝑥 → 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑜 (a curva tem início em uma seção de altura finita) 𝑦 → 𝑦0 ∴ 𝐼0 → 𝐼𝑓 e 𝑑𝑦 𝑑𝑥 → 0 (lâmina d´água se aproxima assintoticamente da linha 𝑦0)
  • 38. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Canais de declividade forte 𝐼0 > 𝐼C S3 S1 Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: 𝑦 > 𝑦C > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + + > 0 (Perfil S1) Região B: 𝑦C > 𝑦 > 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + − < 0 (Perfil S2) Região C: 𝑦C > 𝑦0 > 𝑦 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil S3) Horiz. 𝐼0 > 𝐼C
  • 39. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: 𝑦 > 𝑦C = 𝑦0 → 𝐼𝑓 < 𝐼0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = + + > 0 (Perfil C1) Região C: 𝑦 < 𝑦C = 𝑦0 → 𝐼𝑓 > 𝐼0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil C3) Canais de declividade crítica C1 𝐼0 = 𝐼C 𝐼0 < 𝐼C C3 𝐼0 > 𝐼C 𝐼0 = 𝐼C 𝑦0 = 𝑦𝐶 A C C3 Horiz. 𝐼0 = 𝐼C C1
  • 40. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Canais de declividade crítica A curva C2, que corresponderia a alturas de água compreendidas entre o regime uniforme e o crítico não existe (𝑦 = 𝑦0 = yc) Obs.: C2 𝑦𝑁 = 𝑦𝐶
  • 41. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: Não se define regime uniforme Região B: 𝑦 > 𝑦C → 𝐼0 = 0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − + < 0 (Perfil H2) Região C: 𝑦 < 𝑦C → 𝐼0 = 0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil H3) Canais horizontais 𝑦0 =  𝑦𝐶 B C H2 H3 𝐼0 = 0 Região B e C: Tipos H2 e H3 ocorrem em situações análogas às dos tipos M2 e M3
  • 42. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: Não se define regime uniforme Região B: 𝑦 > 𝑦C → 𝐼0 = 0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − + < 0 (Perfil H2) Região C: 𝑦 < 𝑦C → 𝐼0 = 0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil H3) Canais horizontais 𝑦0 =  𝑦𝐶 B C H2 H3 𝐼0 = 0 𝐼0 = 0 H3 H2
  • 43. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: Não se define regime uniforme Região B: 𝑦 > 𝑦C → 𝐼0 < 0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − + < 0 (Perfil A2) Região C: 𝑦 < 𝑦C → 𝐼0 < 0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil A3) Canais em aclive (declividade adversa) 𝑦𝐶 B C A2 A3 𝐼0 < 0 Região B e C: Tipos A2 e A3 Ocorrem em situações análogas às dos tipos H2 e H3
  • 44. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Canais em aclive (declividade adversa) 𝐼0 < 0 A3 A2 yC B C A2 A3 𝐼0 < 0 Eq. (13.5): 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0−𝐼𝑓 1−𝐹𝑟2 Região A: Não se define regime uniforme Região B: 𝑦 > 𝑦C → 𝐼0 < 0 e 𝐹𝑟 < 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − + < 0 (Perfil A2) Região C: 𝑦 < 𝑦C → 𝐼0 < 0 e 𝐹𝑟 > 1  𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − − > 0 (Perfil A3) (tipos A2 e A3 ocorrem em situação análogas aos tipos H2 e H3)
  • 45. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Canal (𝐼0 < 𝐼C) Canal (𝐼0 > 𝐼C) Canal (𝐼0 = 𝐼C) Canal (𝐼0 = 0) Canal (𝐼0 < 0) Declividade do canal Regime Fluvial Regime Crítico Regime Torrencial Fraca (𝐼0 < 𝐼C ) M1, M2, Uniforme - M3 Forte (𝐼0 > 𝐼C ) S1 - S2, S3, Uniforme Crítica (𝐼0 = 𝐼C ) C1 Uniforme C3 Nula (𝐼0 = 0) H2 - H3 Adversa (𝐼0 < 0) A2 - A3 Tipos básicos de perfis de linha d´água Horiz. 𝑦0 𝑦𝐶 A B M1 M2 M3 C Horiz. 𝑦0 =  𝑦𝐶 B C H2 H3 𝑦𝐶 B C A2 A3 Horiz. A C C3 C1
  • 46. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Exemplo 4.1 [Subramanya] Um canal de seção retangular de 4,0 m de largura, declividade 𝐼0 = 0,0008 m/m, 𝑛 = 0,016, apresenta uma vazão de 1,5 m3/s. Em um escoamento gradualmente variado no canal, a profundidade d’água em uma determinada localização é de 0,30 m. Identifique as curvas formadas no EPGV.
  • 47. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Exemplo 4.1 [Subramanya] Um canal de seção retangular de 4,0 m de largura, declividade 𝐼0 = 0,0008 m/m, 𝑛 = 0,016, apresenta uma vazão de 1,5 m3/s. Em um escoamento gradualmente variado no canal, a profundidade d’água em uma determinada localização é de 0,30 m. Identifique as curvas formadas no EPGV. Dados: 𝐵 m = 4,0 𝐼0[m/m] = 0,0008 𝑛 𝑠/m1/3 = 0,016 𝑄 m3/s = 1,5 𝑦 m = 0,3 𝑦0 𝑏 = 4,0 𝑦0 𝑦 = 0,3 m A
  • 48. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Exemplo 13.1 [Porto] Respostas A partir da Eq. de Manning para a seção retangular dada determina-se a altura normal 𝑦0 = 0,426 m Para a seção retangular dada, determina-se a altura crítica 𝑦𝑐 = 0,243 m Como 𝑦0 = 0,426 > 𝑦𝑐 = 0,243, tem-se escoamento fluvial e o canal é de declividade fraca, M (mild) A B C 𝑦0 = 0,426 m 𝑦𝑐 = 0,243 m 𝑦 = 0,3 m A 𝐼0 < 𝐼C
  • 49. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Exemplo 13.1 [Porto] Respostas Portanto para o canal tem-se Como 𝑦0 = 0,426 > 𝑦𝑐 = 0,243 → canal de declividade fraca (curvas M) Como y0 > 𝑦 = 0,3 > 𝑦𝑐, tem-se curva do tipo M2 𝑦0 𝑦𝐶 A B M1 M2 M3 C Horiz. A B C 𝑦0 = 0,426 m 𝑦𝑐 = 0,243 m 𝑦 = 0,3 m A
  • 50. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti O que foi destaque na aula Remanso • Equação diferencial do EPGV 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐼0 − 𝐼𝑓 1 − 𝐹𝑟2 • Análise da superfície líquida Canal (𝐼0 < 𝐼C) Canal (𝐼0 > 𝐼C) Canal (𝐼0 = 𝐼C) Canal (𝐼0 = 0) Canal (𝐼0 < 0) Horiz. 𝑦0 𝑦𝐶 A B M1 M2 M3 C Horiz. 𝑦0 =  𝑦𝐶 B C H2 H3 𝑦𝐶 B C A2 A3 Horiz. A C C3 C1
  • 51. 31/03/2022 DEC2577 Profa. Dra. Cláudia Telles Benatti Bibliografia para consulta • Porto, R.M. Hidráulica Básica, São Carlos: EESC-USP, 2006. (Livro texto) • Baptista, M. Lara, M., Fundamentos de Engenharia Hidráulica, 4. ed. Belo Horizonte: editora UFMG, 2018. • Chadwick, A. et al. Hidráulica para engenharia civil e ambiental, 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. • Gribbin, J.E. Introdução à Hidráulica, Hidrologia e Gestão de Águas Pluviais, 3.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009. • Chow, Ven Te. Open-channel Hydraulics. New York: McGraw-Hill, 1959. • Subramanya, K. Flow in open channels. 4. ed. New Delhi: McGraw Hill, 2015. • Ávila, G.S. Hidráulica de canales. México: UNAM, 2002. • Chaudry, M. H. Open-channel flow. 2. ed. New York: Springer Verlag, 2007. • White, F.M. Mecânica dos fluidos, 6. ed. Porto Alegre: AMGH, 2011. • Çengel, Y.A.; Cimbala, J.M. Mecânica dos fluidos: fundamentos e aplicações. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015.