Cupido faz uma partida com Apolo, fazendo-o apaixonar-se pela ninfa Dafne, que não o corresponde. Quando Apolo está prestes a alcançar Dafne, seu pai transforma-a em loureiro para salvá-la. Apolo declara o loureiro como sua planta preferida em homenagem ao seu amor por Dafne.
2. Narrador – Vamos contar-vos uma história que se passou há muitos anos atrás, na Grécia.
3. Narrador – Na montanha mais alta deste país, o Olimpo, viviam doze deuses.
4. Apolo –Eu sou o mais belo dos deuses do Olimpo. Sou o senhor da Arte, da Música e da Medicina. Apolo –Além de ser muito belo, manejo muito bem o meu arco de prata. E sabem o que vou fazer com ele?
5. Vou matar a terrível serpente Piton, porque ela, da sua caverna, no Monte Parnaso, assusta todas as pessoas desta terra.
6. Narrador –Mas Cupido, o deus do Amor, irritado com toda esta vaidade, decidiu fazer-lhe uma partida.
7. Cupido – Vou mostrar-lhe como eu sou superior a ele. Para lhe mostrar a superioridade das minhas flechas, vou atirar duas.
8. Cupido –Uma, a de ouro, vou atirá-la a Apolo e vou fazer com que ele fique apaixonado.
9. Cupido –A outra, de chumbo, que afasta o amor, vou atirá-la sobre a bela ninfa Dafne Cupido –Assim, ele ficará apaixonado por ela e ela não o vai querer.
10. Apolo – Ai, fui ferido por uma flecha! E estou a sentir-me apaixonado! Sinto...sinto-me apaixonado por Dafne! Vou conquistá-la, estou tão apaixonado!
11. Dafne – Que horror, não quero saber dele! Eu não quero namorados!
13. Apolo – Não me fujas, Dafne Querida. Deixa-me tocar-te, deixa-me beijar-te. Amo-te muito. Narrador - Apolo corria imenso e Dafne fugia, cada vez mais desesperada.
14. Dafne - Ele está quase a apanhar-me. Já me sinto sem forças.
15. Narrador – De repente, Dafne viu o pai entre as árvores
16. Dafne – Pai, salva-me, muda-me a forma do meu corpo para que ele me deixe em paz. Narrador – O pai fez o que a filha pediu.
19. Dafne – Estou a sentir-me estranha. Ah! Os meus membros e o meu corpo estão a revestir-se de casca! Dafne –Os meus cabelos transformaram-se em folhas, os meus braços mudaram-se em ramos e galhos, os meus pés cravaram-se na terra, como raízes.
20. Apolo – Minha amada, estás a transformar-te em arbusto. Estás a transformar-te ... …em loureiro!
21. Narrador - Apolo abraçou-se aos ramos e beijou ardentemente a casca.
22. Apolo - Já que não podes ser minha esposa, serás a minha planta preferida e eternamente me acompanharás.
23. Apolo -Usarei as tuas folhas sempre verdes como coroa e participarás em todos os meus triunfos, consagrando com a tua verdura perfumada todos os heróis.
24. Narrador - Foi assim que o loureiro ficou associado ao belo e luminoso deus, símbolo do seu amor pela ninfa Dafne.