O documento discute a relação entre criatividade arquitetônica e proteção contra incêndios, sugerindo que um equilíbrio pode ser alcançado por meio do "Performance Based Design", que avalia o desempenho do edifício em situações de incêndio usando simulações e testes, em vez de impor soluções prescritivas. Isso permite soluções alternativas que atendam aos requisitos de segurança, promovendo inovação com justificativa técnica.
2. A proteção contra incêndios e o
Design Arquitetônico
Regulamentação da proteção contra incêndios
Leis
Normas técnicas
Manuais técnicos
Bom senso
Design Arquitetônico
Liberdade Criativa
Eficiência energética
Planejamento Urbano
Adequabilidade de materiais
3. Regulamentação da Proteção contra
Incêndios
No Brasil
Nível Nacional
Normas da ABNT - nível nacional
Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho
Normas das Companhias Seguradoras
Nível estadual
Códigos de segurança contra incêndios
Nível municipal
Regulamentação do planejamento urbano
4. Nível Estadual
No Estado de São Paulo
Lei Estadual
LEI COMPLEMENTAR Nº 1.257, DE 6 DE JANEIRO DE 2015
Estabelece Código Estadual de Proteção Contra Incêndios e Emergências
Decreto Estadual
DECRETO Nº 63.911, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2018
Regulamento de Segurança Contra Incêndios das edificações e áreas de
risco
Portarias do Comandante do Corpo de Bombeiros –
Fixa as Instruções Técnicas Normativas
Regulamenta Comissões Técnicas Especiais
6. O design pela visão da proteção contra
incêndios
Materiais construtivos e de acabamento Incombustíveis
Rotas de escape abundantes e isoladas do corpo principal da edificação
Decoração resistente ao fogo
Baixa taxa de ocupação humana
Pequena altura predial
Fachadas protegidas contra propagação de incêndios (pouca área em vidro)
Abas e platibandas com mais de 1.2 metros
Compartimentação interna (pequenos espaços)
Separação entre andares
7. Design pela visão da liberdade criativa
arquitetônica
Materiais construtivos e de acabamento ecológicos e visualmente agradáveis
Acesso fácil integrado ao espaço interno
Decoração sensitiva, com eficiência energética e ecologicamente correta
Utilização dos espaços de forma socialmente eficiente e sustentável
Melhor desempenho de ocupação urbana dos espaços
Fachadas com aproveitamento energético e térmico (muita área com
transparência e amplitude virtual)
Amplos compartimentos internos
Andares abertos e comunicantes, Átrios e galerias
9. E um problema mundial e atual em todas as
cidades modernas. Foram resolvidos :
Europa
Reino Unido
Estado Unidos
Asia
Oriente médio
10. Performance Based Design
O Performance-Based Building Design é uma abordagem para o projeto de
qualquer complexidade de construção, desde casas unifamiliares até e incluindo
arranha-céus residenciais e de escritórios. Um edifício construído desta forma deve
atender a certos requisitos de desempenho mensuráveis ou previsíveis, como
eficiência energética ou resistência estrutural ou capacidade de evacuação humana.
11. Como fazer?
Isso é conseguido substituindo as disposições prescritivas
mandatórias (regulamentos, normas, resumos de projeto)
por requisitos de desempenho.
Permitindo que se forneçam soluções alternativas que
atendam aos requisitos descritos como necessários,
permitindo assim a escolha de soluções mais adequadas por
meio de análise de custo/benefício ou avaliação de
custo/ciclo de vida da edificação, otimização ou outras
ferramentas.
12. Performance-Based Design
Avaliação de comportamento predial em
situação de incêndios.
Como Funciona:
Desenvolvimento e métodos de ensaio de novos materiais
Engenharia e tecnologia de segurança contra incêndios ( Dinâmica do fogo,
Comportamento Humano, Análise de risco, Analise Estrutural sob condições
extremas)
Análise computacional de comportamento de estruturas sob condições de
calor (CFD, FDS, ABACUS/Analise pelo método de Elementos Finitos)
Simulação digital de comportamento humano em situação de emergências (A-
EVAC, EXODUS, STEPS, SIMULEX, EVACSIM, EVACNET, EVACUATION-PLANNER)
Simulação digital do comportamento do incêndio , calor e fumaça (B Risk,
FDS+SMOKEVIEW, Branz, NIST, ASCOS, BREAK1, FUMEFX, Energy2D)
13. Viabilidade do design com justificação
cientifica
Apresentação de embasamento técnico de que o projeto alcançará equivalente
nível de segurança contra incêndios ao estabelecido na regulamentação.
Estudo de evacuação do prédio assegurando que a evacuação e possível ser
realizada sem exposição a condições suportáveis para seres humanos, e no tempo
previsto da resistência estrutural da edificação
Ensaios e certificação por institutos qualificados de resistência ao fogo de novos
materiais ou novas utilizações
Comprovação científica da resistência estrutural sob calor e contra a propagacao
do incêndio
Instalação de proteção ativa contra incêndios de alta performance e
automatizadas (Chuveiros automáticos- “Sprinklers”, Neblina - “Water mist”,
Controle de fumaça, ventilação mecânica, Sistema automático com gases inertes,
etc.)
14. Performance Based design /
Projeto baseado na performance
O “Performance-based design” esta regulamentado no mundo através de
normativas mundiais, estabelecidas por órgãos regulamentadores como:
NFPA – National Fire Protection Association (Estados Unidos)
SFPE – Society of Fire Protection Engineers (Organização mundial)
IFE – Instituto of Fire Engineers (Reino Unido)
Normativas:
British Standard 9999 – normalização e aplicabilidade da abordagem alternativa de
segurança de incêndio
Euro Codes equivalência de resultados
International Code Council Performance Code for Buildings and Facilities (International
Code Council)
NFPA 5000
SFPE Engineering Guide to Performance-Based Fire Protection
15. O Regulamento de Proteção contra Incêndios
do Estado de são Paulo, admite:
Artigo 11 - A apresentação de norma técnica ou literatura estrangeira, deverá
ser acompanhada de tradução juramentada ou tradução pela entidade de
origem da norma, a fim de ser verificada sua aplicabilidade e a sua
compatibilidade com os objetivos deste Regulamento.
Artigo 12 - Os casos que necessitem de soluções técnicas diversas daquelas
previstas neste Regulamento serão objeto de análise por uma Comissão
Técnica.
16. A liberdade criativa com
responsabilidade técnica e científica
“Primeiro e mais importante, será a prática de pensar e trabalhar em termos de
comportamento desejado e não da forma de obter - lo.
Os administradores e regulamentadores devem preocupar-se como que um edifício ou
material de construção deve se comportar em caso de incêndio e como deve responder a
situações criticas, e não simplesmente ditar como deve ser construído ou projetado
limitando assim a capacidade criativa, desenvolvimento de novos materiais e designs
arrojados”.
E.J. Gibson
Conselho Internacional para
Pesquisa e Inovação na Construção Civil
Roterdã/Holanda 1982