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A quel e pr édi o de apar tamentos er a
 um bom lugar par a se mor ar , com
mor ador es de classe medi a, pessoas
    de boa educação, ami gávei s e de
 i dades var i adas, que convi vi am em
har moni a; al guns mor ador es ti nham
 a companhi a de pequenos ani mai s,
    como gatos e cachor r i nhos, mas
  ni nguém i mpl i cava com os al egr es
 bi chi nhos, vi vi am e dei xavam vi ver .
No ter cei r o andar do pr édi o vi vi a A na
   M ar i a com seu mar i do, suas fi lhas
pequenas e a cadel i nha L i l a; a vi da da
famí li a er a cal ma, sem pr oblemas, não
 i ncomodavam os vi zi nhos e não er am
i ncomodados por eles e assi m vi ver am
    naquela tr anqüi l i dade por al guns
    anos, mas de r epente uma vi zi nha
 r esolveu vender seu apar tamento e se
    mudar da ci dade e ai compl i cou.
A compr ador a do apar tamento er a
uma senhor a vi úva e que mor ava só e
   logo na chegada ela di sse par a o
 si ndi co do pr édi o, que não tol er ava
  bar ul ho e nem ani mai s, que não se
   mi stur ava com vi zi nhos e exi gi a o
maxi mo r espei to; o si ndi co expl i cou a
ela que com todo o r espei to ela podi a
 contar , mas algum bar ulho el a ter i a
que ouvi r , por que lá mor avam vi vos.
E m pouco tempo a vi úva Z ar i fa acabou
com a paz daquel e pr édi o e sua vi ti ma
  pr edi l eta er a A na M ar i a, por que a
  velhota i mpl i cou com os l ati dos da
cadel i nha L i l a; cada vez que L i la l ati a,
   a mulher r eclamava aos gr i tos e a
 paci ente A na M ar i a pedi a desculpas,
mas como a chati ce er a todos os di as, a
 moça encer r ou o assunto, di zendo: A
    L i la l ate por que não sabe fal ar .
Z ar i fa passou a ol har fei o par a a
 cadel i nha, mas ela não sabi a que os
   ani mai s conhecem os i ni mi gos e se
vi ngam e todos os di as L i l a escapava e
     fazi a cocô no tapete da por ta do
apar tamento da r anzi nza senhor a e a
     i r ada cr i atur a se descabelava e
xi ngava, mas não ti nha jei to, ali er a o
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a velha já er a chamada de a B r uxa do
                        75.
Cansada de tudo aqui lo, A na M ar i a
r esolveu se mudar e dei xar a B r uxa do
   75 em paz, mas antes da mudança se
    concr eti zar , a vel ha Z ar i fa cai u no
     cor r edor e quebr ou o fêmur , mas
   ni nguém vi u e ela fi cou l á desmai ada
até a cadeli nha L i la escapar e encontr á-
 l a; a cachor r i nha cor r eu par a dentr o e
   puxou A na M ar i a pela sai a até onde
             estava caí da Z ar i fa.
A pós ser socor r i da a i nsupor tável i dosa
soube que o socor r o for a pr ovi denci ado
por L i la; a i ni mi zade ter mi nou, por que
  ao ser bem tr atada pela velhota L i l a
    nunca mai s sujou seu tapete e se
  tor nar am gr andes ami gas; mai s uma
      vez se pr ovou que os ani mai s
 r econhecem seus ami gos e abomi nam
  seus i ni mi gos e a paz vol tou a r ei nar
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CR É D I T OS
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  • 2. A quel e pr édi o de apar tamentos er a um bom lugar par a se mor ar , com mor ador es de classe medi a, pessoas de boa educação, ami gávei s e de i dades var i adas, que convi vi am em har moni a; al guns mor ador es ti nham a companhi a de pequenos ani mai s, como gatos e cachor r i nhos, mas ni nguém i mpl i cava com os al egr es bi chi nhos, vi vi am e dei xavam vi ver .
  • 3. No ter cei r o andar do pr édi o vi vi a A na M ar i a com seu mar i do, suas fi lhas pequenas e a cadel i nha L i l a; a vi da da famí li a er a cal ma, sem pr oblemas, não i ncomodavam os vi zi nhos e não er am i ncomodados por eles e assi m vi ver am naquela tr anqüi l i dade por al guns anos, mas de r epente uma vi zi nha r esolveu vender seu apar tamento e se mudar da ci dade e ai compl i cou.
  • 4. A compr ador a do apar tamento er a uma senhor a vi úva e que mor ava só e logo na chegada ela di sse par a o si ndi co do pr édi o, que não tol er ava bar ul ho e nem ani mai s, que não se mi stur ava com vi zi nhos e exi gi a o maxi mo r espei to; o si ndi co expl i cou a ela que com todo o r espei to ela podi a contar , mas algum bar ulho el a ter i a que ouvi r , por que lá mor avam vi vos.
  • 5. E m pouco tempo a vi úva Z ar i fa acabou com a paz daquel e pr édi o e sua vi ti ma pr edi l eta er a A na M ar i a, por que a velhota i mpl i cou com os l ati dos da cadel i nha L i l a; cada vez que L i la l ati a, a mulher r eclamava aos gr i tos e a paci ente A na M ar i a pedi a desculpas, mas como a chati ce er a todos os di as, a moça encer r ou o assunto, di zendo: A L i la l ate por que não sabe fal ar .
  • 6. Z ar i fa passou a ol har fei o par a a cadel i nha, mas ela não sabi a que os ani mai s conhecem os i ni mi gos e se vi ngam e todos os di as L i l a escapava e fazi a cocô no tapete da por ta do apar tamento da r anzi nza senhor a e a i r ada cr i atur a se descabelava e xi ngava, mas não ti nha jei to, ali er a o pi ni co da cachor r i nha e a essa al tur a a velha já er a chamada de a B r uxa do 75.
  • 7. Cansada de tudo aqui lo, A na M ar i a r esolveu se mudar e dei xar a B r uxa do 75 em paz, mas antes da mudança se concr eti zar , a vel ha Z ar i fa cai u no cor r edor e quebr ou o fêmur , mas ni nguém vi u e ela fi cou l á desmai ada até a cadeli nha L i la escapar e encontr á- l a; a cachor r i nha cor r eu par a dentr o e puxou A na M ar i a pela sai a até onde estava caí da Z ar i fa.
  • 8. A pós ser socor r i da a i nsupor tável i dosa soube que o socor r o for a pr ovi denci ado por L i la; a i ni mi zade ter mi nou, por que ao ser bem tr atada pela velhota L i l a nunca mai s sujou seu tapete e se tor nar am gr andes ami gas; mai s uma vez se pr ovou que os ani mai s r econhecem seus ami gos e abomi nam seus i ni mi gos e a paz vol tou a r ei nar naquel e pr édi o.
  • 9. CR É D I T OS TE XTO D E VÓ F I A F OR M A T A ÇÃ O D E V Ó F I A M USI CA -CA NÇÃ O P A R A A NA NE P OM UCE NO M G
  • 10. A gor a mesmo são 15:10 e hoj e é Sexta-fei r a, 22 de J unho de 2012.