SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 97
Baixar para ler offline
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
1
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
2
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
3
10 - Risco Aviário
17 - Bird strike
21- Riesgo Aviario
5 – Quem Sou eu * Who am I * Quien soy yo
7 - Editorial
10 – Falcoaria no Paraguai
17 - Falconry in Paraguay
21- Cetreria en Paraguay
Matéria de Capa
Entrevista com Tatiana Maria Rivarola
Quevedo e Raul German Palacios
Princigalli da Empresa RAPTOR
Índice - Summary
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
4
Entrevistas * Interviews
Junior Abreu
CEPAR
Gustavo Trainini
HAYABUSA
Fernando Féas
IAF
92 - Por dentro das Espécies
94 - All about the species
95 - Conociendo a las especies
46
53
60
67
71
76
81
85
88
97 – Apoio – Support - Apoyo
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
5
Quem sou eu
Meu nome é Kátia Boroni, sou formada e
pós graduada em Letras, atuo
profissionalmente como professora de
inglês e espanhol e tradutora. Sou
especialista em Jornalismo digital e a
responsável pelos blogs Diário de Falcoaria
e Corujando por aí.
A paixão pelas aves de rapina, em especial
as corujas, foi o que me motivou a me
tornar uma blogueira no assunto. Meu
objetivo é contribuir na Educação ambiental
e ajudar na divulgação da Falcoaria no
Brasil.
O site Diário de Falcoaria é um espaço
dedicado à divulgação da Falcoaria, com
entrevistas com falcoeiros do Brasil e do
exterior, assim como resumos, reportagens
e traduções sobre esta Arte Milenar. Nele
você também encontra a tradução para o
Português do livro "American Kestrel´s in
Modern Falconry" de Matthew Mullenix, e
também a Revista Diário de Falcoaria,
ambos com download gratuito. E a
educação ambiental com aves de rapina
também está presente neste site, assim
como no blog Corujando por aí.
Sejam bem vindos!
Kátia Boroni
Who am I
My name is Kátia Boroni, I have a major in
Linguistics and Literature as well as many
specializations in this area, and I work
professionally as a teacher of English and
Spanish and as a translator. I am specialized
in digital journalism and I am the
responsible for the websites Diário de
Falcoaria (Falconry Journal) and Corujando
por aí (“Owndering around”)
The passion for the birds of prey, especially
owls, was what motivated me to become a
blogger on this subject. My goal is to
contribute to environmental education and
help in the dissemination of Falconry in
Brazil.
The Diário de Falcoaria website is a space
dedicated to the dissemination of Falconry,
with interviews with falconers from Brazil
and abroad, as well as summaries, reports
and translations on this Millenary Art. In the
site you will also find the Portuguese
translation of the book "American Kestrels
in Modern Falconry" by Matthew Mullenix,
as well as the Magazine Falconry Journal,
both with free download. And the
environmental education with birds of prey
is also present on this site, as well as in the
blog Corujando por aí (“Owndering
around”).
Welcome!
Kátia Boroni
Quien soy yo
Mi nombre es Katia Boroni, soy licenciada y
posgraduada en Filología y Literatura, actúo
profesionalmente como profesora de Inglés
y español y traductora. Soy especializada en
periodismo digital y soy la responsable por
los blogs Diário de Falcoaria (Diario de
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
6
Cetreria) y Corujando por aí (Lechuzando
por allí).
La pasión por las aves de presa, en
particular por los búhos, fue lo que me
motivó a convertirse en un blogger sobre el
tema. Mi objetivo es contribuir a la
educación ambiental y contribuir a la
difusión de la cetrería en Brasil. El sitio y el
blog Diario de Cetrería es un espacio
dedicado a la difusión de la cetrería,
entrevistas con los cetreros en Brasil y en el
extranjero, así como resúmenes, informes y
traducciones en este arte milenario. En el
encontrarás también la traducción al
portugués del libro "American Kestrels in
Modern Falconry" Matthew Mullenix, y
también la Revista Diário de Falcoaria, los
dos con descarga gratuita. Y la educación
ambiental con aves de presa también está
presente en este sitio, así como el blog
Corujando por aí.
¡Sean bienvenidos!
Katia Boroni
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
7
Editorial
A importância do controle aviário com o uso
da Falcoaria é o tema desta edição.
Começamos com uma reportagem especial
sobre o controle de fauna aliado à falcoaria,
onde ficam claros os motivos que levam
este uso da falcoaria ser considerado uma
alternativa eficaz e ecológica de se realizar
o controle de fauna nociva, assim como
evitar o temido birdstrike.
Como matéria de capa vamos conhecer a
empresa Raptor, do casal de falcoeiros
Tatiana Maria Rivarola Quevedo e Raul
German Palacios Princigalli. Raul é
veterinário e falcoeiro e realiza o controle
de fauna nociva com aves de rapina no
aeroporto Internacional Silvio Pettirossi há
cinco anos. Recentemente ele importou da
Eslováquia uma águia dourada da
subespécie daphanea chamada Tyga, que
será utilizada no aeroporto. A chegada de
Tyga é muito significativa, por se tratar da
primeira águia dourada na América do Sul e
América central. Na entrevista inédita eles
contam como foi todo o processo de
importação, assim como comentam sobre a
popularização da falcoaria no Paraguai, e
discutem sobre a importância do uso da
falcoaria no controle aviário.
Há também a republicação das entrevistas
de Júnior Abreu, um dos sócios da empresa
CEPAR, responsável pelo controle no
aeroporto Internacional Galeão-RJ, e do
Gustavo Trainini da empresa Hayabusa,
responsável pelo controle no Aeroporto
Internacional Salgado Filho, de Porto
Alegre/RS. Relembramos também a
entrevista de um dos mais importantes
falcoeiros espanhóis e membro da IAF
Fernando Féas, tradutor para o espanhol da
grande obra da Falcoaria Moderna
“Understanding the Bird of prey” de Nick
Fox, e muito atuante em causas ambientais.
E não haveria controle sem o uso do
magnífico falcão peregrino, o animal mais
rápido do planeta que pode alcançar uma
velocidade acima de 300 hm/h ao perseguir
sua presa, e é ele o tema do por dentro das
espécies desta edição.
Aproveitem a leitura!
Um grande abraço,
Kátia Boroni
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
8
Editorial
The importance of bird abatement with the
use of Falconry is the theme of this edition.
We begin with a special report on bird
abatement allied to falconry, where it is
clear the reasons why this use of falconry is
considered an effective and ecological
alternative to control the harmful fauna, as
well as a way to avoid the dangerous
birdstrike.
In the cover article we will meet the
company Raptor, from the falconer’s couple
Tatiana Maria Rivarola Quevedo and Raul
German Palacios Princigalli. Raul is a
veterinarian and falconer, and has worked
with bird abatement with falconry at Silvio
Pettirossi International Airport for five
years. He recently imported from Slovakia a
golden eagle of the subspecies daphanea
called Tyga, which will be used at the
airport. The arrival of Tyga is very significant
because it is the first golden eagle in South
and Central America. In their exclusive
interview they tell how the whole import
process was, as well as comment on the
popularization of falconry in Paraguay, and
discuss the importance of using falconry in
bird control.
There is also the republishing of the
interviews of Júnior Abreu, one of the
partners of the company CEPAR,
responsible for controlling the International
Airport Galeão, RJ/RJ, and Gustavo Trainini
from the company Hayabusa, responsible
for the control at the International Airport
Salgado Filho, Porto Alegre / RS. We also
recall the interview of one of the most
important Spanish falconers and IAF
member Fernando Féas, translator for the
Spanish of the great work of Modern
Falconry "Understanding the Bird of prey"
from Nick Fox, and very active in
environmental causes.
And there would be no control without the
use of the magnificent peregrine falcon, the
fastest animal on the planet that can reach
a speed above 300 km/h while chasing its
prey, and it is the subject of the All about
the species within this edition.
Enjoy your reading!
Hugs,
Kátia Boroni
Editorial
La importancia del control aviar con el uso
de la cetrería es el tema de esta edición.
Comenzamos con un informe especial sobre
el control de la fauna utilizando la cetrería,
donde se aclaran las razones por las que
este uso de la cetrería es considerado como
una alternativa eficaz y respetuosa al medio
ambiente para realizar el control de fauna
nociva, y evitar el peligroso Birdstrike.
En el reportaje de portada vámonos a
conocer la empresa Raptor, de la pareja
cetrera Tatiana María Rivarola Quevedo y
Raul German Palacios Princigalli. Raúl es
veterinario y cetrero y realiza control de
fauna nociva con aves de presa en el
aeropuerto internacional Silvio Pettirossi
hace cinco años. Recientemente ha sido
importada desde Eslovaquia un águila real
de la subespecie daphanea llamada Tyga,
que será utilizada en el aeropuerto. La
llegada de Tyga es muy significativa, ya que
es la primera águila real en América del Sur
y Central. En la entrevista exclusiva ellos nos
cuentan cómo fue todo el proceso de
importación, así como comentan sobre la
popularización de la cetrería en Paraguay, y
discuten la importancia de la utilización de
la cetrería en el control aviario.
También hay la reedición de las entrevistas
de Júnior Abreu, socio de la empresa
CEPAR, responsable por el control en el
Aeropuerto Internacional Galeão-RJ/RJ, y
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
9
Gustavo Trainini de la compañía Hayabusa,
responsable por el control en el Aeropuerto
Internacional Salgado Filho, en Porto
Alegre/ RS. Recordamos también la
entrevista de uno de los cetreros españoles
más importantes y miembro de la IAF
Fernando Féas, traductor al español de la
obra maestra "Comprender el ave de presa"
de Nick Fox, y que además es muy activo en
las causas ambientales.
Y no sería posible el control sin el uso del
magnífico halcón peregrino, el animal más
rápido del planeta que puede alcanzar una
velocidad superior a 300 km/h cuando
persigue a sus presas, y él es el objeto
Conociendo a las especies de esta edición.
¡Que disfruten de la lectura!
Un gran abrazo,
Kátia Boroni.
Revista Diário de Falcoaria
RESPONSÁVEL: Kátia Boroni
REVISTA GRATUITA – download pelo site www.diariodefalcoaria.com
CONTATO: diariodefalcoaria@gmail.com
ANÚNCIOS: diariodefalcoaria@gmail.com
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
10
Controle de fauna
aliado à Falcoaria
Photo By Hansueli Krapf. Fonte: Wikimedia Commons
O controle de fauna é essencial para evitar
o fenômeno conhecido como Bird strike,
colisões entre aves e aeronaves nos
momentos do pouso e decolagem, que é
quando a velocidade e altitude dos aviões
permitem a colisão com aves que são
sugadas pelas turbinas ou colidem com
partes da aeronave. Os danos além de
materiais podem também levar à queda do
avião e a morte dos passageiros.
"Risco aviário ou, atualmente, risco de
fauna (em inglês Bird/wildlife strike risk) é,
na aviação, o risco de colisão entre
uma aeronave e uma ou mais aves. Desde
2012, a Organização de Aviação Civil
Internacional (sigla em inglês ICAO)
aumentou o leque dessa definição, incluindo
morcegos e, principalmente, animais
terrestres que se envolvem em colisões nas
áreas de pouso de aeronaves em todo o
mundo (Doc 9137 AN/898 Part 3). Essas
colisões, quase sempre fatais para os
animais, continuam causando acidentes
aéreos que, por vezes, incluem fatalidades.
A ocorrência de acidentes com vítimas
fatais envolvendo aeronaves de transporte
comercial de passageiros é relativamente
baixa: um caso por cada bilhão de horas de
voo.[1] Cerca de 65% das colisões com aves
causam pouco ou nenhum dano aos
aparelhos.[2] Entretanto, acidentes mais
sérios podem ocorrem se o animal se chocar
com alguma parte da aeronave que não seja
certificada para resistir ao impacto, como,
por exemplo, o para-brisas de aeronaves
menores ou mesmo se ocorrer a ingestão do
animal pelo motor de aeronave de maior
porte, como ocorreu em Nova Iorque, em
2009, no evento conhecido como o Milagre
do Hudson. Fato é que colisões com fauna
envolvendo aviões civis geram, anualmente,
prejuízos estimados de US$ 1.2 bilhão,
segundo dados publicados em 2000."
Fonte: Wikipédia
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
11
Para evitar as colisões várias medidas são
adotadas pelos aeroportos de todo o
mundo, como o uso de armas de fogo,
fogos de artifício, entre outras técnicas que
ajudam, mas não solucionam o problema.
Colisão com ave - aeronave AMX - Força Aérea Brasileira. Fonte: Wikicommons
C-130 depois de uma colisão com uma ave de rapina. Fonte: Wikicommons
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
12
Fotos: RAPTOR Paraguay
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
13
Como os aeroportos são locais
descampados e longe de grandes centros
urbanos, normalmente próximos a áreas
verdes e com ausência de predadores,
muitas aves são atraídas para os seus
entornos e acabam se colocando em rota de
colisão com as aeronaves.
No final de 1940 foram utilizados falcões
pela primeira vez para dispersar pássaros
em uma base aérea da Escócia (Wright
1963, Blokpoel 1976 apud SANTOS 2013). A
Falcoaria é uma boa solução para controlar
estas aves que podem causar danos as
aeronaves, e seu uso assim se justifica:
“O sucesso deste método de controle de
aves é baseado no fato de que muitas
aves tem um medo natural de falcões e
gaviões como predadores, e que a sua
presença na área, encoraja as espécies-
problema a se dispersar. A reação
natural da maioria das aves é formar
um bando e tentar voar acima dos
falcões. Se isto não funcionar, eles
tentarão voar para longe deixando a
área (TRANSPORT CANADA, 1984, apud
SANTOS 2013).
Apesar disso a utilização da falcoaria não é
totalmente eficaz, visto que os falcões e
gaviões não podem ser voados a noite, ou
quando estão em muda (troca de penas),
durante tempestades, vento forte, chuva, e
precisam descansar não podendo trabalhar
por longas horas e nem depois de terem se
alimentado totalmente naquele dia. O uso
da falcoaria no controle é uma solução cara,
segundos dados apurados por SANTOS
2013, os custos de um controle pela
falcoaria em um aeroporto nos EUA pode
custar por volta de U$$ 25.000 por ano,
chegando até U$$ 150.000.
A falcoaria não é o único método utilizado
no controle, sendo normalmente mais
eficaz quando utilizada em conjunto com
outras técnicas mais tradicionais como o
uso de rojões, ultrassom, abate por tiro,
armadilhas, etc. No Brasil são vários os
aeroportos que já contam com o controle
de aves através da Falcoaria, entre eles:
Galeão RJ, Confins e Pampulha BH-MG,
Eurico de Aguiar Salles Vitória-ES e o
Salgado Filho em Porto Alegre.
É necessário que se utilizem diferentes
espécies de aves de rapina para o controle
nos aeroportos, como gaviões e falcões de
grande porte, já que cada espécie de
rapinante é melhor para caçar diferentes
tipos de aves problema. As aves hoje mais
utilizadas no mundo para o controle são: os
gaviões asa de telha e os açores, e os
falcões sacre, peregrino e gyr. No Brasil as
espécies mais utilizadas no controle são os
gaviões asa de telha, os falcões de coleira e
os falcões peregrinos.
As aves que mais oferecem risco são as
gaivotas (Laurus sp.), patos (Anas sp.),
gansos (Anser sp.) e biguás (Phalacrocorax),
assim como aves que formam grandes
bandos como os estorninhos. (SANTOS,
2013).
Gustavo Trainini da empresa Hayabusa, foi
um dos primeiros a implementar o controle
de fauna utilizando a falcoaria em um
aeroporto Brasileiro. Ele nos fala dos
desafios no início deste trabalho:
“Em 2009 a Hayabusa ganhou a primeira
licitação cujo Objeto de contratação era
“falcoaria”, o manejo de fauna envolvendo
a falcoaria ocorreu simultaneamente no
aeroporto da Pampulha através da Biocev,
ou seja, as duas empresas começaram
praticamente juntas a implantar a Falcoaria
em aeroportos Brasileiros. O trabalho
começou dia 29 de janeiro de 2009, e eu
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
14
tinha como objetivo pessoal mostrar para a
Infraero e para o IBAMA que a falcoaria era
o melhor método de controle de aves. Neste
contrato nós trabalhávamos mais de 18 hrs
por dia, pois tínhamos a parte técnica
(Relatórios) operacional (falcoaria) e
administrativa para cumprir. Lembro que
foram muitos meses de desgaste
psicológico, pois a falcoaria envolvia todos
setores do aeroporto (Torre, segurança,
engenharia, Administrativo, Financeiro,
controle de tráfego aéreo, SGSO, segurança
do Trabalho, etc), e ninguém tinha a menor
ideia de como fazer isso.”
Junior Abreu, um dos sócios da empresa
CEPAR, responsável pelo controle no
aeroporto do Galeão no Rio, comenta sobre
as dificuldades da utilização da falcoaria
para evitar as colisões:
“O maior desafio, é que você nunca poderá
afirmar que não haverá colisão, pois foge do
seu controle, mas você pode minimizar os
riscos de colisão, porém somos cobrados
diariamente para que não haja colisão, e
isso é algo que foge um pouco no nosso
controle e me deixa de cabelos brancos.”
Apesar de parecer um trabalho altamente
lucrativo, não é assim que Gustavo Trainini
da Hayabusa pensa:
“O lucro maior de uma empresa que presta
serviço de controle de Fauna esta nos
contratos pequenos como controle de
pombos em empresas, esses sim dão lucro!
Ja contratos grandes como o de aeroportos
envolve muito investimento por parte da
empresa contratada e este investimento
deve ser amortizado em 60 meses (período
de um contrato contínuo) e a margem de
lucro é apenas 5%, ou seja vc investe R$
100.000,00 e recebe R$ 105.000,00 no final
do mês, isso se der tudo certo e não perder
ave ou tiver algum custo adicional naquele
mês.”
Apesar de sua eficácia, a falcoaria necessita
ter um uso contínuo para surtir efeito e
manter a diminuição das colisões.
“A falcoaria é um método considerado
eficaz para o controle de aves em territórios
indesejados, porém, os efeitos são de curta
duração, isto porque as aves pragas devem
ser mantidas afastadas durante todo o ano
por profissionais treinados e eficazes,
processo que ocasiona muitas despesas.”
(MATYJASIAK, 2008, apud SANTOS 2013)
Nos Estados Unidos a empresa Falcon Force
trabalha com o controle de aves através da
Falcoaria, e Kalen Pearson falcoeira da
Falcon Force fala da importância do uso da
Falcoaria no controle, e como fomos nós os
seres humanos que causamos o
desequilíbrio ambiental que levas as aves a
se comportarem de maneira a colocar vidas
humanas em risco.
“O controle de fauna hoje em dia é
extremamente importante. Nós construímos
cidades onde havia florestas, e aramos
terreno agrícola onde havia planícies e
sálvia. Temos empurrado a natureza e seus
habitantes para os cantos mais distantes do
nosso país, dando-lhes pequenas parcelas
de terra para viver, longe da sociedade
moderna. Mas a realidade é, as coisas
podem sair do controle quando você jogar
um monte de macacos em uma pequena
sala juntos e esperar que eles se comportem
e sejam felizes. Os números das espécies
crescem e caem dependendo dos danos que
tivermos feito, o clima anormal, doenças e
todos esses tipos de coisas. A natureza não
tem apenas que se acomodar para
distúrbios naturais, mas o homem cria
ocorrências também, e há consequências
para isso. O maior problema que a
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
15
sociedade enfrenta agora, é que nós temos
que manter o equilíbrio, uma vez que nós
perturbamos o equilíbrio e jogamos outro
cozinheiro na cozinha. Por exemplo, sem o
equilíbrio da população de coiotes, temos
danos significativos para o número de
coelhos e roedores, eles vêm ainda mais
longe para as áreas residenciais, comem os
seus gatos e galinhas, remexem o seu lixo, o
risco de raiva, etc. Assim, o equilíbrio deve
ser restabelecido para compensar a vida
moderna tomando a natureza. O mesmo
vale para as espécies invasoras que são de
fato uma realidade devastadora para os
seres humanos e para a natureza. O
estorninho comum, por exemplo, é
prejudicial não só para outras espécies, mas
para a nossa produção de alimentos. Eles
podem vir em enxames na casa dos milhares
e consumir até 70% da safra de um
fazendeiro em uma temporada. E eles são
ladrões de ninho, eles pirateiam ninhos de
aves muito especiais, como pica-paus e as
andorinhas azuis (progne subis), podem
colocar até 8 ovos e seus filhotes voam em
menos de um mês. É fácil para os animais
como estes ficarem fora de controle,
destruir habitats, impedir que outras
espécies prosperem, e fazendo com que os
fazendeiros precisem aumentar os preços de
culturas para que recuperem
financeiramente as grandes perdas de suas
colheitas.”
A falcoaria é também utilizada no controle
de aves, principalmente pombos e pardais,
em galpões de empresas em geral, sendo as
alimentícias as que mais recorrem a esta
técnica que é altamente eficaz e ecológica,
já que não provoca danos ao meio
ambiente como outras técnicas como o uso
de veneno. Kalen Pearson enfatiza como o
controle de fauna pela falcoaria está em
ascensão nos estados unidos, e como a
falcoaria ajuda a diminuir as espécies
invasoras nos mais diversos ambientes,
como centros comerciais e até mesmo nas
plantações.
“O Controle Fauna, ou abatimento de
pássaros como chamamos nos EUA, está em
ascensão. Mais do que nunca, o abatimento
é uma importante necessidade e está
atualmente em alta demanda. No Falcon
Force, somos capazes de combater as
pragas em quase todos os ambientes desde
resorts, centros comerciais, campos de
golfe, parques de diversões, vinhas,
pomares e outras culturas que estejam com
necessidade desesperada de alívio de
espécies de pragas. Realmente não há fim
para a lista de indústrias que precisam de
nossa ajuda.
A vida moderna produz um monte de lixo,
há pessoas que deixam cair batatas fritas no
chão, latas de lixo transbordando com
restos de comida, os lixões e aterros estão
transbordando com comida. Os humanos
tornaram incrivelmente fácil para os
catadores comerem e florescerem
rapidamente. Há uma fonte inesgotável de
alimentos para que eles consumam, e essas
criaturas nunca vão embora quando há uma
oferta tão abundante de alimento a sendo
desperdiçado todos os dias, construções
para viverem e fazerem ninho, e sua
adaptação à vida em um ambiente urbano
os protege de seus predadores naturais,
usando basicamente os seres humanos
como um escudo. Mais notavelmente
estorninhos, pombos e gaivotas sendo os
infratores primários. É onde as aves de
rapina intervém e encerram o show, os
infratores têm de ir para outro lugar.”
Podemos concluir que a Falcoaria evoluiu, e
além de um esporte ela é hoje uma
ferramenta de controle ecológico limpa e
eficaz, e que não causa ainda mais danos ao
meio ambiente. Através do controle de
espécies invasoras a falcoaria salva vidas,
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
16
evitando por exemplo quedas de aviões ou
contaminação nos alimentos nas industrias
alimentícias. #DF
Referências:
ABREU, Junior. Entrevista. Disponível em: <
https://www.diariodefalcoaria.com/#!Entre
vista-Interview-Junior-
Abreu/cjds/56dc43970cf249e9dfd49f6f>
Acesso em: 13/03/2017
PEARSON, Kalen. Entrevista. Disponível em:
<
http://diariodefalcoaria.wix.com/diariodefal
coaria#!Entrevista-Interview-Kalen-
Pearon/cjds/F07B76BB-3AF8-409F-AE32-
6374F0B5DC7D> Acesso em: 13/03/2017
MATYJASIAK,P. Methods of Bird Control at
Airports, 2008, Warsaw, Poland, 33p.
SANTOS JUNIOR, Hilário Perestrelo dos.
Revisão de literatura sobre a eficácia da
técnica da falcoaria para o controle de aves.
São José dos Campos, 2013. Monografia de
conclusão de curso de Ciências Biológicas
da Faculdade de educação e artes da
Universidade do Vale da Paraíba.
TRAININI, Gustavo. Entrevista. Disponível
em:
<https://www.diariodefalcoaria.com/#!Entr
evista-Gustavo-
Trainini/cjds/568675f80cf20a60e3b04b83>
Acesso em: 13/03/2017
TRANSPORT CANADA, Wildlife control
procedures manual. Transport Canada.
Aerodrome Safety Branch. Publication TP
11050E, Otawwa, Ontorio, Canada, 2002, In:
Proceedings of Bird Strike Comitee Europe.
BSCE22/WP-27, Vienna, pp. 196-189.
<hhttp://www.int-birdstrike.org>
RIBEIRO, Valter. Como fazer citações
da internet, 2014. Disponível em:<
http://www.estudoadministracao.com.br/l
er/16-11-2014-como-fazer-citacoes-
internet />. Acesso em: 16 de nov. 2014
Foto: RAPTOR
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
17
Bird
abatment
using
Falconry
Fauna control is essential to avoid the
phenomenon known as Bird strike,
collisions between birds and aircraft at
landing and takeoff times, which is when
the speed and altitude of the aircraft allow
the collision with birds that are sucked by
the turbines or collide with parts of the
aircraft. Besides material damage, bird
strike can also cause a plane crash and
death of people.
A bird strike—sometimes
called birdstrike, bird ingestion (for an
engine), bird hit,
or BASH (for Bird Aircraft Strike Hazard)—
is a collision between an airborne animal
(usually a bird or bat[1]) and a human-made
vehicle, especially aircraft. The term is also
used for bird deaths resulting from
collisions with human-made structures such
as power lines, towers and wind turbines
(see Bird-skyscraper
collisions and Towerkill). Bird strikes are a
significant threat to flight safety, and have
caused a number of accidents with human
casualties.[3] The number of major accidents
involving civil aircraft is quite low and it
has been estimated that there is only about
1 accident resulting in human death in one
billion (109) flying hours.[4] The majority of
bird strikes (65%) cause little damage to
the aircraft; however the collision is usually
fatal to the bird(s) involved. Most accidents
occur when there is a collision involving a
bird (or birds) and the windscreen or a bird
(or birds) is sucked into the engines of
mechanical aircraft. These cause annual
damages that have been estimated at $400
million[3] within the United States of
America alone and up to $1.2 billion to
commercial aircraft worldwide.[6] In
addition to property damage, collisions
between man-made structures and
conveyances and birds is a contributing
factor, among many others, to the
worldwide decline of many avian species.
The International Civil Aviation
Organization (ICAO) reported 65,139 bird
strikes for 2011-14, and the Federal
Aviation Authority counted 177,269 wildlife
strike reports on civil aircraft between 1990
and 2015, growing 38% in 7 years from
2009 to 2015. Birds accounted for 97%.
Source: Wikipedia.
To avoid collisions several measures are
adopted by airports around the world, such
as the use of firearms, fireworks, among
other techniques that help but do not solve
the problem. As airports are in wilderness
locations and far from large urban centers,
usually close to green areas and due to the
lack of predators around, many birds are
attracted to their surroundings and end up
getting on a collision course with an aircraft.
In the late 1940s, falcons were first used to
disperse birds at an air base in Scotland
(Wright 1963, Blokpoel 1976 apud SANTOS
2013). Falconry is a good solution to control
these birds that can cause damages to the
aircraft, and their use is justified:
"The success of this method of bird control is
based on the fact that many birds have a
natural fear of falcons and hawks as
predators, and that their presence in the
area encourages problem species to
disperse. The natural reaction of most birds
is to form a flock and try to fly above the
falcons. If this does not work, they will try to
fly away leaving the area.” (TRANSPORT
CANADA, 1984, apud SANTOS 2013).
Even though the use of falconry is not
entirely effective, since falcons and hawks
cannot be flown at night, or when they are
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
18
moulting, during storms, strong wind, rain,
and need to rest and cannot work for long
hours or even after they had fully fed that
day. The use of falconry in bird control is an
expensive solution, according to data from
SANTOS 2013, the cost of an aviary control
by falconry in an airport in the USA can cost
around U$$ 25,000 per year, reaching up to
U$$ 150,000.
Falconry is not the only method used in
bird control, and is usually more effective
when used in conjunction with other more
traditional techniques such as the use of
rockets, ultrasound, shooting, traps, etc. In
Brazil there are several airports that already
use bird control through Falconry, among
them: Galeão RJ, Confins and Pampulha BH-
MG, Eurico de Aguiar Salles Vitória-ES and
Salgado Filho in Porto Alegre.
It is necessary to use different species of
birds of prey for bird control at airports,
such as hawks and large falcons, since each
species of predator is best to hunt different
types of target birds. The most commonly
used birds in the world for bird abatement
are: Harris’s hawks and goshawks, and the
saker, peregrine and gyr falcons. In Brazil,
the most commonly used species in control
are the Harris’s Hawks, the aplomado falcon
the peregrine falcons.
The most threatening birds are seagulls
(Laurus sp.), Ducks (Anas sp.), Geese (Anser
sp.) and cormorants (Phalacrocorax), as well
as birds that form large flocks like starlings.
(SANTOS, 2013).
Gustavo Trainini from the company
Hayabusa, was one of the first to implement
the bird control falconry at a Brazilian
airport. He tells us about the challenges at
the beginning of this work:
“In 2009 Hayabusa won the first bidding
whose hiring object was "hawking". The
wildlife management involving falconry
occurred simultaneously in Pampulha
Airport (BH-MG) by Biocev, so the two
companies began almost together
implementing Falconry at Brazilian
airports. The work began on January 29,
2009, and I had as a personal goal to show
Infraero and IBAMA that falconry was the
best bird control method. In this contract we
worked over 18 hours a day, because we
had the technical part (reports) Operating
(falconry) and administrative to fulfill. I
remember that there were many months of
psychological strain, as falconry involved all
Airport sectors (tower, security, engineering,
management, financial, air traffic control,
SGSO, work security, etc) , and no one had a
clue how do it.”
Junior Abreu, one of the partners of the
company CEPAR, responsible for bird
control at Galeão airport in Rio, comments
on the difficulties of using falconry to avoid
collisions:
“The biggest challenge is that you can never
say that there won´t be a collision, it
escapes from your control, but you can
minimize the risk of collision, but we are
charged on a daily basis so there is no
collision, and this is something that runs off
a little in our control and makes me get grey
hair.”
Although it seems a highly profitable job,
this is not how Gustavo Trainini of Hayabusa
thinks:
“The higher profit for company that
provides fauna control service are in small
contracts such as pigeon control in
companies, these are the profitable
works! Major contracts such as in airports
involves a lot of investment by the
contractor and this investment should be
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
19
amortized over 60 months (period of a
continuing contract) and the profit margin is
only 5%, i.e. if you invest R$100,000.00
(25.270,39 dollars) and only receives R$
105,000.00 (26.533,91 dollars) in the end of
the month, if all goes well and you don´t
lose a bird or have any additional cost that
month.”
In spite of its effectiveness, falconry needs
to have a continuous use to take effect and
maintain the reduction of collisions.
"Falconry is a method considered effective
for the control of birds in undesired
territories, but the effects are short-lived,
because pest birds must be kept away
throughout the year by trained and effective
professionals, a process that causes many
expenses. (MATYJASIAK, 2008, apud
SANTOS 2013)
In the United States Falcon Force works
with bird abatement using Falconry, and
Kalen Pearson, a falconer in Falcon Force,
speaks about the importance of using
Falconry in bird control, and how we
humans were the ones that caused the
environmental imbalance that are making
birds behave in ways that put human lives
at risk.
“Fauna control in today's age is incredibly
important. We have built cities where there
were forests, and plowed farm land where
there were plains and sage. We have
pushed nature and its inhabitants to the
furthest corners of our country, giving them
little plots of land to live on, away from
modern society. But the reality is, things can
get out of hand when you throw a bunch of
monkeys in a small room together and
expect them to behave and be happy.
Species numbers rise and fall depending on
damage we have done, freak weather,
disease and all these kinds of things. Nature
not only has to accommodate for natural
disturbances, but man made occurrences
too, and there are consequences to that.
The biggest problem society faces now, is
that we have to maintain the balance, since
we have disrupted the balance and thrown
another cook into the kitchen. For instance,
without balancing the coyote population,
we have significant damage to the numbers
of rabbits and rodents, they come further
into residential areas, eating your cats and
chickens, getting into your garbage, rabies
risks, etc. So the balance must be
reestablished to compensate for modern
living overtaking the nature. The same goes
for invasive species that are indeed a
devastating reality to humans and nature,
the European Starling for example is
detrimental not only to other species, but to
our food crops. They can swarm in the
thousands and consume somewhere in the
number of up to 70% of a farmer's crop in
one season. And they are nest stealers, they
pirate nests of very special birds like
woodpeckers and purple martins (progne
subis) , can lay up to 8 eggs and have their
young flying in less than a month. It is easy
for animals like this to get way out of
control, destroy habitats, prevent other
species from flourishing, and causing
farmer's to increase prices of crops to
financially recover from the major losses of
their harvest.”
Falconry is also used in the control of birds,
mainly pigeons and sparrows, in sheds of
companies in general, and the food
companies are the ones that demands more
this technique that is highly effective and
ecological, since it does not cause damages
to the environment like other techniques
such as the use of poison. Kalen Pearson
emphasizes how bird abatement with
falconry is on the rise in the United States,
and how falconry helps reduce invasive
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
20
species in a variety of environments, such as
shopping centers and even farms.
“Fauna control, or bird abatement as we call
it in the US, is on the rise. More than ever,
abatement is a major necessity and is
currently in high demand. At Falcon Force,
we are able to combat pests in almost every
environment from resorts, shopping centers,
golf courses, entertainment parks,
vineyards, orchards and other crops in
desperate need of relief from pest species.
There really is no end to the list of industries
that need our help. Modern living produces
a lot of waste, we've got people dropping
French fries on the ground, trash cans over
flowing with left over food, the garbage
dumps and land fills are overflowing with
food. Humans have made it incredibly easy
for scavengers to eat and flourish rapidly.
There is a never ending supply of food for
them to consume, and these creatures will
never go away when there is such an
abundant supply of food being left out every
day, buildings to nest in, and their adaption
to living in an urban environment protects
them from their natural predators, basically
using humans as a shield. Most notably
starlings, pigeons and seagulls being the
primary offenders. That's where raptors
step in and shut down the show, the
offenders have to go somewhere else.”
We can conclude that Falconry has evolved,
and besides being a sport, it is today a clean
and effective ecological control tool, which
does not cause even more damage to the
environment. Through the control of
invasive species, falconry saves lives,
avoiding, for example, aircraft crashes or
food contamination in food industries. #DF
References:
ABREU, Junior. Entrevista. Disponível em: <
https://www.diariodefalcoaria.com/#!Entrevista
-Interview-Junior-
Abreu/cjds/56dc43970cf249e9dfd49f6f> Acesso
em: 13/03/2017
PEARSON, Kalen. Entrevista. Disponível em: <
http://diariodefalcoaria.wix.com/diariodefalcoar
ia#!Entrevista-Interview-Kalen-
Pearon/cjds/F07B76BB-3AF8-409F-AE32-
6374F0B5DC7D> Acesso em: 13/03/2017
MATYJASIAK,P. Methods of Bird Control at
Airports, 2008, Warsaw, Poland, 33p.
SANTOS JUNIOR, Hilário Perestrelo dos.
Revisão de literatura sobre a eficácia da técnica
da falcoaria para o controle de aves. São José
dos Campos, 2013. Monografia de conclusão de
curso de Ciências Biológicas da Faculdade de
educação e artes da Universidade do Vale da
Paraíba.
TRAININI, Gustavo. Entrevista. Disponível em:
<https://www.diariodefalcoaria.com/#!Entrevist
a-Gustavo-
Trainini/cjds/568675f80cf20a60e3b04b83>
Acesso em: 13/03/2017
TRANSPORT CANADA, Wildlife control
procedures manual. Transport Canada.
Aerodrome Safety Branch. Publication TP
11050E, Otawwa, Ontorio, Canada, 2002, In:
Proceedings of Bird Strike Comitee Europe.
BSCE22/WP-27, Vienna, pp. 196-189.
<hhttp://www.int-birdstrike.org>
RIBEIRO, Valter. Como fazer citações da
internet, 2014. Disponível em:<
http://www.estudoadministracao.com.br/ler/1
6-11-2014-como-fazer-citacoes-internet />.
Acesso em: 16 de nov. 2014
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
21
Cetrería en el
Control
aviario
El control de la fauna es esencial para evitar
el fenómeno conocido como el impacto de
aves, las colisiones entre aves y aviones en
tiempos de despegue y aterrizaje, que es
cuando la velocidad y la altitud de la
aeronave permiten colisión con aves que
son aspiradas a través de las turbinas o
chocan con piezas aeronave. El daño
también material también puede conducir a
la caída y muerte de los pasajeros.
Las medidas de Control del peligro aviario y
fauna son aquellas que se ejecutan con la intención
de reducir el riesgo que supone la presencia
de aves y todo tipo de fauna para las aeronaves, sus
operaciones en los aeropuertos e inmediaciones, que
pueden desencadenar accidentes aéreos que podrían
involucrar vidas humanas. Muchos aeropuertos
forman parte de ecosistemas semi-antrópicos en los
que habita fauna silvestre. Los animales buscan
alimento, agua, abrigo y muchas veces encuentran
estos elementos esenciales en el predio
aeroportuario. Esto ocasiona la convivencia de fauna
y aeronaves dentro de un mismo espacio, lo que
genera altas probabilidades de choques de aves con
aviones (motores, parabrisas, etc.) y provocando así
incidentes y/o accidentes principalmente en los
momentos de despegue y aterrizaje. El peligro
potencial que representa la presencia de fauna debe
ser evaluado y controlado con el objeto de
minimizarlo y de esta manera preservar la integridad
de las personas y reducir perdidas económicas. Se
busca eliminar factores de atracción de fauna dentro
de un aeropuerto como medida fundamental para el
efectivo control de la misma. Wikipedia
Para evitar colisiones distintas medidas
adoptadas por los aeropuertos de todo el
mundo, tales como el uso de armas de
fuego, fuegos artificiales, entre otras
técnicas que ayudan, pero no resuelve el
problema. A medida que los aeropuertos
son espacios abiertos locales y lejos de los
grandes centros urbanos, por lo general
cerca de las zonas verdes y ausencia de
depredadores, muchas aves se sienten
atraídos por sus alrededores, y terminan
poniendo en curso de colisión con la
aeronave.
A finales de la década de 1940 se utilizaron
por primera halcones para dispersar las
aves en una base aérea en Escocia (Wright
1963 Blokpoel 1976 apud SANTOS 2013). La
cetrería es una buena solución para
controlar estas aves que pueden dañar la
aeronave, y por lo tanto su uso justificado:
"El éxito de este método de control de aves se
basa en el hecho de que muchas aves tienen un
miedo natural de halcones y halcones como los
depredadores, y que su presencia en la zona
alienta solucionadores de las especies a
dispersarse. La reacción natural de la mayoría
de las aves es la de formar una banda y tratar de
volar por encima de los halcones. Si esto no
funciona, tratan de volar lejos de abandonar la
zona (Transport Canada, 1984 apud junior
2013).
Sin embargo, el uso de la cetrería no es
plenamente eficaz, ya que los halcones y
halcones no se pueden volar por la noche, o
cuando están cambiando (muda), durante
las tormentas, viento fuerte, lluvia, y
necesitan descansar y no pueden trabajar
por largas horas e incluso después de haber
sido alimentados por completo ese día. El
uso de la cetrería en control es una solución
cara, de acuerdo con los datos reportados
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
22
por SANTOS 2013, los costes de un control
utilizando la cetrería en un aeropuerto de
los EE.UU. puede costar alrededor de U$$
25.000 por año, alcanzando hasta U$$
150.000.
La cetrería no es el único método utilizado
en el control y por lo general es más eficaz
cuando se utiliza junto con las técnicas más
tradicionales, tales como el uso de fuegos
de artificio, ultrasonido, disparos, trampas,
etc. En Brasil hay varios aeropuertos que ya
tienen el control de aves con la cetrería,
incluyendo: Galeão RJ, Confins y Pampulha
BH-MG, Eurico de Aguiar Salles Vitória-ES y
Salgado Filho, en Porto Alegre.
Es necesario el uso de diferentes especies
de aves rapaces para el control en los
aeropuertos, tales como gavilanes y gran
halcones, ya que cada tipo de rapaz es
mejor para cazar diferentes tipos de aves.
Las aves de presa más utilizadas en el
control en aeropuertos son Agüillas de
Harris y azores, los halcones sacre,
peregrino y gyr. En Brasil, la especies más
comúnmente utilizadas en el control son las
aguillas de Harris y los halcones aplomados
y peregrinos.
Las aves que ofrecen más riesgo son: Larus
(Laurus sp.), Patos (Anas sp.), Gansos (Anser
sp.) Y biguás (Phalacrocorax) y aves que
forman grandes bandadas de aves como los
estorninos. (SANTOS, 2013).
Gustavo Trainini la compañía Hayabusa, fue
uno de los primeros en poner en práctica el
control de fauna mediante la cetrería en un
aeropuerto de Brasil. El habla de los
desafíos al comienzo de este trabajo:
“En 2009 Hayabusa ganó la primera
licitación, cuyo objeto era la contratación de
"cetrería". El manejo de vida silvestre de la
cetrería se produjo simultáneamente en el
aeropuerto de Pampulha por Biocev (Bh-
MG), es decir, las dos compañías
comenzaron casi al mismo tiempo a poner
en práctica la cetrería en los aeropuertos
brasileños. Los trabajos comenzaron el 29
de enero de 2009, y yo tenía como objetivo
personal mostrar a Infraero y al IBAMA que
la cetrería era el mejor método de control
de aves. En este contrato trabajábamos más
de 18 horas al día, porque teníamos
la parte técnica (Informes) la operacional
(cetrería) y administrativa para cumplir.
Recuerdo que fueron muchos meses de
tensión psicológica, ya que la cetrería
involucraba todos los sectores del
aeropuerto (Torre, seguridad, ingeniería,
administrativo, Financiero, control de tráfico
aéreo, SGSO, seguridad en el trabajo y otros
...) y nadie tenía ni idea de cómo hacer todo
eso.”
Junior Abreu, socio de la empresa CEPAR,
responsable del control del aeropuerto de
Galeão, en Río, comenta sobre las
dificultades de uso de la cetrería para evitar
colisiones:
“El mayor desafío es que nunca se puede
decir que no habrá colisión, ya que eso
escapa a su control, pero se puede
minimizar el riesgo de colisión, pero a diario
somos cobrados para que no haya colisión, y
esto es algo que se escapa un poco en
nuestro control y me salen cañas por eso.”
A pesar de parecer un trabajo muy
lucrativo, no es tan Gustavo Trainini
Hayabusa piensa:
“El mayor lucro para una empresa de
control de fauna son en los pequeños
contractos como el control de palomas en
empresas, estos son los trabajos que dan
más dinero! Ya los importantes contratos
como en los aeropuertos implica una gran
inversión por parte del contratista y esta
inversión se amortiza en 60 meses (período
de un contrato continuo) y el margen de
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
23
lucro es sólo el 5%, es decir, usted invierte
R$ 100.000,00 (25.270,39 dolares) y recibe
R$ 105,000.00 (26.533,91 dólares) a finales
del mes, si todo va bien y usted no pierde
aves ni tiene ningún costo adicional en este
mes.”
A pesar de su eficacia, la cetrería necesidad
de tener un uso continuo para tener efecto
y mantener la reducción de las colisiones.
"La cetrería es un método considerado
eficaz para el control de aves en zonas no
deseadas, sin embargo, los efectos son de
corta duración, esto porque las plagas de
aves deben mantenerse alejados durante
todo el año por profesionales capacitados y
eficientes, un proceso que hace que muchos
de los gastos . (MATYJASIAK 2008 apud
junior 2013)
En los Estados Unidos la empresa Falcon
Force trabaja con las aves control por
Cetrería, y Kalen Pearson cetrera de Falcon
Force habla de la importancia del uso de la
cetrería en el control, y cómo fueron los
seres humanos que hemos provocado
desequilibrios ambientales que llevaron las
aves a comportarse de una manera que
pone en peligro vidas humanas.
“El control de fauna en la época actual es
increíblemente importante. Hemos
construido ciudades donde había bosques y
arado la tierra agrícola donde había
llanuras y salvia. Hemos impulsado la
naturaleza y sus habitantes hasta el último
rincón de nuestro país, dándoles pequeñas
parcelas de tierra para vivir, lejos de la
sociedad moderna. Pero la realidad es, las
cosas pueden salir del control cuando se
lanza un montón de monos en una pequeña
habitación juntos y se espera que se
comporten bien y sean felices. Los números
de las especies números ascienden y
descienden en función de los daños que
hemos hecho, el clima anormal, la
enfermedad y todo este tipo de cosas. La
naturaleza no sólo tiene que adaptarse a las
perturbaciones naturales, pero el hombre
interfirió también, y hay consecuencias a
eso. El mayor problema que la sociedad
enfrenta ahora, es que tenemos que
mantener el equilibrio, ya que hemos roto el
equilibrio y puesto otro cocinero en la
cocina. Por ejemplo, sin el equilibrio de la
población de coyotes, tenemos un daño
significativo a la cantidad de conejos y
roedores, ellos llegan más lejos en las zonas
residenciales, comen sus gatos y gallinas,
revuelven la basura, hay el riesgo de la
rabia, etc. Así que el equilibrio debe ser
restablecido para compensar la vida
moderna tomando la naturaleza. Lo mismo
ocurre con las especies invasoras que son de
hecho una realidad devastadora para los
seres humanos y la naturaleza, el estornino
europeo (sturnus vulgaris), por ejemplo, es
perjudicial no sólo para otras especies, pero
a nuestros cultivos alimentarios. Ellos
pueden pulular en los miles y consumir
hasta el 70% de la cosecha de un granjero
en una temporada. Y son ladrones de nidos,
que piratean nidos de aves muy especiales
como pájaros carpinteros y las golondrinas
purpureas, pueden poner hasta 8 huevos y
sus crías vuelan en menos de un mes. Es
fácil para los animales como este llegaren
fuera de control, destruyeren hábitats,
impedir que otras especies florezcan, y
hacen que los agricultores tengan que
aumentar los precios de los cultivos para
que se recuperen económicamente de las
grandes pérdidas de sus cosechas.”
La Cetrería también se utiliza en el control
de las aves, en su mayoría palomas y
gorriones, en los depósitos de las empresas
en general, y especialmente de empresas
alimenticias, ya que el uso de la cetrería es
muy eficaz y respetuoso al medio ambiente,
ya que no causa daños como otras técnicas
como el uso de veneno. Kalen Pearson hace
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
24
hincapié en cómo el control de la fauna por
la cetrería está en aumento en los Estados
Unidos, y cómo la cetrería ayuda a reducir
las especies invasoras en diversos entornos,
como centros comerciales e incluso en las
plantaciones.
“El Control de fauna, o reducción de aves
como la llamamos en los EE.UU., está en
aumento. Más que nunca, la reducción es
una necesidad importante y tiene
actualmente una gran demanda. En Falcon
Force, somos capaces de combatir las
plagas en casi todos los ambientes, desde
resorts, centros comerciales, campos de
golf, parques de entretenimiento, viñedos,
frutales y otros cultivos en necesidad
desesperada de alivio de especies de plagas.
Realmente no hay fin a la lista de industrias
que necesitan de nuestra ayuda. La vida
moderna produce muchos residuos, la gente
deja caer las patatas fritas en el suelo, botes
de basura, los basureros transbordan con
restos de comida y los rellenos de tierra
están llenos de comida. Los seres humanos
han hecho que sea increíblemente fácil para
los carroñeros coman y florezcan
rápidamente. Hay una cantidad
interminable de alimentos para que ellos
consuman, y estas criaturas nunca
desaparecen cuando hay un suministro tan
abundante de comida que se tira todos los
días, edificios para anidarse, y su
adaptación a la vida en un entorno urbano
los protege de sus depredadores naturales,
básicamente utilizando los seres humanos
como un escudo. Los estorninos, palomas y
gaviotas son los delincuentes primarios más
notables. Ahí es donde las aves rapaces
intervienen y cierran el show, los
delincuentes tienen que ir a otro lugar.”
Podemos concluir que la cetrería ha
evolucionado, y al igual que un deporte es
hoy en día una herramienta de control
ecológico limpia y eficaz, y no causar más
daño al medio ambiente. A través del
control de las especies invasoras salva vidas
cetrería, evitando por ejemplo, accidentes
de avión o contaminación en los alimentos
en la industria alimentaria. #DF
Referências
ABREU, Junior. Entrevista. Disponível em: <
https://www.diariodefalcoaria.com/#!Entrevista
-Interview-Junior-
Abreu/cjds/56dc43970cf249e9dfd49f6f> Acesso
em: 13/03/2017
PEARSON, Kalen. Entrevista. Disponível em: <
http://diariodefalcoaria.wix.com/diariodefalcoar
ia#!Entrevista-Interview-Kalen-
Pearon/cjds/F07B76BB-3AF8-409F-AE32-
6374F0B5DC7D> Acesso em: 13/03/2017
MATYJASIAK,P. Methods of Bird Control at
Airports, 2008, Warsaw, Poland, 33p.
SANTOS JUNIOR, Hilário Perestrelo dos.
Revisão de literatura sobre a eficácia da técnica
da falcoaria para o controle de aves. São José
dos Campos, 2013. Monografia de conclusão de
curso de Ciências Biológicas da Faculdade de
educação e artes da Universidade do Vale da
Paraíba.
TRAININI, Gustavo. Entrevista. Disponível em:
<https://www.diariodefalcoaria.com/#!Entrevist
a-Gustavo-
Trainini/cjds/568675f80cf20a60e3b04b83>
Acesso em: 13/03/2017
TRANSPORT CANADA, Wildlife control
procedures manual. Transport Canada.
Aerodrome Safety Branch. Publication TP
11050E, Otawwa, Ontorio, Canada, 2002, In:
Proceedings of Bird Strike Comitee Europe.
BSCE22/WP-27, Vienna, pp. 196-189.
<hhttp://www.int-birdstrike.org>
RIBEIRO, Valter. Como fazer citações da
internet, 2014. Disponível em:<
http://www.estudoadministracao.com.br/ler/1
6-11-2014-como-fazer-citacoes-internet />.
Acesso em: 16 de nov. 2014
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
25
Matéria de Capa:
Falcoaria no Paraguai
Entrevista Tatiana Maria Rivarola Quevedo e
Raul German Palacios Princigalli
A Falcoaria no Paraguai cresce a cada dia, e agora tem ao seu lado uma águia dourada para
ajudar no controle aviário no Aeroporto Internacional de Assunção. Para saber mais sobre a
falcoaria no Paraguai e também sobre TYGA, a águia dourada, entrevistei Raul Princigalli e
Tatiana Quevedo, um casal de falcoeiros que trabalham com dedicação, esforço e
profissionalismo contribuindo com o crescimento da falcoaria no seu país.
Quem são eles?
Tatiana Quevedo Maria Rivarola é arquiteta,
mora em Assunção Paraguai e é casada com
Raul há um ano. Ela conheceu a Falcoaria
graças ao seu marido, e a pratica desde que
o conheceu há 5 anos. Ela sempre teve um
grande amor pelas aves e o sonho de poder
pousá-las em sua mão. O amor pelas aves
esteve presente em seu casamento, que foi
realizado com o tema da Idade Média, com
falcões e corujas na igreja. O que ela mais
ama na falcoaria é o forte vínculo criado
com o falcão, a confiança mútua entre um
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
26
animal selvagem com o ser humano, a
satisfação de caçar com eles.
Raul German Palacios Princigalli é
veterinário e falcoeiro, de Assunção
Paraguai. Ele tem uma empresa chamada
Raptor que realiza controle de Fauna no
aeroporto internacional de Assunção há 5
anos, e em outras empresas também. O que
ele mais ama na falcoaria é a interação
entre predador e presa.
Início na Falcoaria
Tatiana começou há 5 anos quando
conheceu Raul e imediatamente se
apaixonou pelo mundo da falcoaria. Suas
primeiras aves foram uma coruja (Otus
choliba) e um falcão quiriquiri (Falco
sparverius) com o qual ela caçou sua
primeira presa silvestre.
O interesse de Raul pela falcoaria começou
quando ele era muito pequeno, aos 11
anos, quando ele leu em uma enciclopédia
o significado da palavra falcoaria, e isso foi
como um chamado especial para ele, e
assim ele percebeu que era isso o que ele
queria fazer para o resto de sua vida. Foi
assim que ele pesquisou sobre o assunto,
entrou em fóruns internacionais de
falcoaria e aos 16 anos teve seu primeiro
falcão, um quiriquiri (Falco sparverius) com
o qual apenas caçou insetos, logo ele teve
um falcão de coleira (Falco femoralis) com o
qual já conseguiu realmente caçar.
Aves
Tatiana já voou muitas aves em seus cinco
anos como falcoeira, e ela nos conta sobre a
sua experiência:
"Eu voei falcões, corujas de várias
espécies, falcão de coleira e agora
estou treinando um falcão
morcegueiro (Falco rufigularis), os
quais são muito nervosos e tem um
metabolismo super-acelerado, mas
eles são extremamente ágeis e
caçadores excelentes".
A ave de rapina mais difícil que Raul já voou
foi um falcão peregrino pálido, com o qual
ele viveu muitas histórias:
"A ave mais difícil que eu já voei foi
um falcão peregrino pálido, foi
difícil já que ele não parava de voar
se afastando e percorria grandes
distancias. Em uma ocasião o
rastreei por 40km. Esta é uma das
várias histórias que passei com este
falcão, como em uma oportunidade
que ele também voou longe, foi
capturado por algumas pessoas e o
encontrei amarrado em uma janela
da casa de um aldeão perto do
aeroporto".
Hoje Tatiana voa um falcão morcegueiro
(Falco rufigularis) e um falcão quiriquiri
(Falco sparverius) e ela tem o desejo de voa
um peregrino no futuro: "Minha idéia é
voar falcões peregrinos, mas antes
quer praticar bastante com aves
mais fáceis, já que um peregrino
exige muito tempo e dedicação. Mas
eu sempre me esforço para poder
trabalhar e no meu tempo livre
praticar a falcoaria."
Raul atualmente está voando um falcão
morcegueiro, um peregrino pálido, uma
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
27
águia chilena, e está amansando um açor e
uma águia real. E ele tem mais planos para
o futuro: "Já que graças a Deus meu
trabalho é com a falcoaria eu posso
dedicar muito tempo às aves. E
algum dia eu gostaria de poder
manejar um accipiter bicolor."
Falcoaria no Paraguai
Como é a falcoaria no Paraguai e quais
são os principais desafios para o
crescimento da Falcoaria no seu país?
A Falcoaria no Paraguai está se tornando
conhecida, Raul introduziu a falcoaria no
Paraguai, antes ninguém conhecia o tema e
confundiam com outras coisas como
costura (sastrería em espanhol) ou cestaria
(cestería em Espanhol), (risos). Atualmente
temos um grupo de pessoas simpatizantes e
que querem aprender. Os principais
desafios são a conscientização das pessoas
sobre as aves de rapina, já que não existem
leis para apoiar esta arte, muitas pessoas
acreditam que um falcão pode ser um
animal de estimação e o
capturam da natureza de forma
irresponsável, inclusive os vendem
ilegalmente. Nós queremos que leis sejam
criadas para apoiar a prática e a
conservação em nosso país.
Como é a aceitação do grande público
em relação à falcoaria no seu país?
A falcoaria gera um grande interesse no
nosso país, a maioria das pessoas fica
encantada com ela, se surpreendem e
querem conhecer mais sobre o tema, por
isso estamos constantemente realizando
palestras, eventos, festivais medievais com
demonstrações de caça, etc. Nós
difundimos em todos os meios possíveis de
comunicação e auxiliamos os interessados
na prática.
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
28
Educação ambiental
Eu percebi que vocês se preocupam muito com a educação ambiental com aves de
rapina, e promovem muitos eventos para as crianças. Como vocês avaliam a
importância da educação ambiental com aves de rapina em seu país?
]
A educação ambiental e de conservação é
extremamente importante em nosso país.
Desde pequenos é importante sensibilizar e
capacitar às crianças e pessoas sobre o
tema, através do contato direto com as
aves de rapina, mostrando seu modo de
vida, habitat e modo de caça. Já que hoje
em dia muitos capturam da natureza para
vender em mercados como animais de
estimação. Também é muito importante
divulgar a sua alimentação, já que muitos
acreditam que devem comer carne de vaca,
alimentando-as com isso e ocasionando
assim a morte do animal. Através da difusão
da falcoaria que temos realizado já há
vários anos, nós vamos criando consciência
às pessoas, tanto sobre a conservação das
aves como a do seu ambiente.
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
29
Controle de Fauna
Como é o trabalho da empresa Raptor
hoje no Paraguai. Além do controle no
aeroporto, que tipo de serviços vocês
oferecem?
Graças à falcoaria surgiu a empresa Raptor,
com a qual iniciamos com o controle
biológico de aves no Aeroporto
Internacional Silvio Pettirossi nos últimos 5
anos, antes disso não existia um método de
controle de aves lá. Graças à importância
deste trabalho e seus bons resultados,
surgiu o interesse de fábricas, armazéns,
edifícios, casas, etc. de solucionar o
problema que tinham com pombos
(Columba livia), porque os métodos
existentes não forneciam uma solução bem
sucedida para o problema. Então
idealizamos técnicas de controle que são
utilizadas com sucesso e com 100% de
eficácia conforme o caso.
O método de trabalho é o seguinte: se
realiza uma visita ao local de infestação, se
avalia e logo uma proposta adequada é
encaminhada. Desenvolvemos vários
métodos de bloqueio com malhas anti-
pombas e uma fita que emite impulsos
elétricos que se aderem à superfície, então
quando a pomba pousa, recebe a descarga
e já não volta mais a pousar naquele local.
Quais são as vantagens do uso da
falcoaria para o controle de fauna
nociva nos aeroportos?
Através do voo periódico dos falcões,
momentos antes e após o pouso e
decolagem das aeronaves, se consegue
dissipar e afugentar uma grande quantidade
de bandos de aves que atravessam a pista
ou se instalam nas proximidades,
especialmente na época de migração, além
do que a falcoaria é um método totalmente
orgânico, não é prejudicial aos seres
humanos e não produz ruído excessivo,
como bombas ou foguetes. É a solução
comprovadamente mais eficaz.
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
30
A águia real TYGA
O que significa o nome TYGA e porque
escolheram este nome?
Tyga significa Thank You God Always
(acrónimo em inglês), em português
significa “Obrigada Deus para sempre”,
em homenagem a Deus, uma vez que as
chances de ser capaz de importar uma
águia real ao Paraguai eram quase
nulas, e com muito esforço e, é claro,
muita fé que conseguimos que tudo se
resolvesse para que a trouxéssemos.
Por que vocês decidiram importar uma
águia dourada para o uso em controle
de aves nos aeroportos? Que tipo de
presas a Tyga caçará? Vocês acreditam
que a águia dourada é uma boa escolha
para empresas de controle em
aeroportos em todo o mundo?
Além de ser um sonho realizado poder
manejar uma águia real, é um desafio
completo. O uso que daremos a ela no
aeroporto é de marcar território e
assustar as aves de grande porte, tanto
nas instalações do aeroporto como nos
seus arredores, especialmente na época
da migração, na qual registramos
grandes bandos de aves que não se
assustam com a presença de falcões
menores, e até mesmo os irritam, como
o Carcará (Caracara plancus) e o kara
kara e o urubu de cabeça preta (yryvu
em guaraní, Coragyps atratus), assim
como mamíferos e répteis de médio
porte que circulam pelos arredores.
Queremos inovar e melhorar sempre
nosso serviço, e por isso e é por isso que
estamos comprometidos com a
introdução da águia para controlar estas
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
31
espécies. O seu uso em outros
aeroportos do mundo pode ser muito
útil para as mesmas razões, já que o
maior problema se dá nas épocas de
migração de pássaros e muitas são de
grande porte.
Como vocês avaliam a importância da
chegada de Tyga para a falcoaria no
Paraguai e na América do Sul?
É muito importante a nível nacional e
regional, a chegada de Tyga chamou
muita atenção na mídia e nas redes
sociais, onde a sua chegada se tornou
viral, é um passo muito grande para a
falcoaria no Paraguai, porque pela
primeira vez um falcoeiro paraguaio
adquire uma ave deste porte, e a nível
da América central e do Sul acreditamos
que abrirá portas deixando um
precedente tanto de importação como
de manejo e de adaptação ao clima da
região. Um exemplo de luta,
perseverança e fé em Deus.
Como é o temperamento de Tyga?
Quais são as maiores diferenças de
temperamento entre a águia chilena e
a águia dourada?
Tyga é uma águia parental, mas que
podia ver as pessoas, então ela cresceu
de uma forma que estava acostumada a
ver pessoas. Ela chegou semi amansada,
e atualmente a estamos amansando e
aclimatando, mas não é tão simples já
que ela pesa 6 kg com peso cheio, e é da
subespécie daphanea, por exemplo, na
primeira vez que ela debateu ela me
impulsionou para frente e conseguiu me
fazer levantar da cadeira. Ela também
aperta fortíssimo a luva deixando várias
marcas de suas garras, parece que ela
vai quebrar o seu osso.
Por outro lado a águia chilena que
temos é imprintada e é extremamente
gentil e dócil, é muito apegada aos seres
humanos, é um macho e pesa 1,6 kg,
mas é muito agradável com as pessoas,
deixa qualquer pessoa manejá-lo e tocá-
lo, é especialmente usado em
exposições já que seu voo é imponente
e não é perigoso.
Tyga foi importada da Eslováquia.
Porque decidiram importa-la deste país
e como foi o processo de importação?
Nós a trouxemos da Eslováquia já que
fizemos nossas investigações e nos
recomendaram trazê-la de lá, porque o
filhote do criatório de onde a trouxemos
é um dos melhores (parental, os pais o
alimentam mas o filhote pode ver
pessoas. ), é de linhagem caçadora e é
da subespécie daphanea originária do
Cazaquistão, ou seja ela é da maior
subespécie de águias douradas do
mundo, a sua beleza, plumagem escura
e coroa dourada que já pode ser
apreciada desde os exemplares jovens,
é digna de admiração.
O processo, tanto para obter uma águia
assim, a papelada e para conseguir uma
companhia aérea que pudesse
transportá-la foi difícil, demorou muito
tempo desde que nós decidimos trazê-la
até que fosse possível trazê-la. Para ser
sincero até três dias antes da sua
chegada nos disseram que não seria
possível e por isso nos consideramos um
milagre, tudo o que se relacionava com
sua importação foi muito complicado,
tive que realizar vários voos e
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
32
providenciar muita papelada, e é por
isso que agradecemos a Deus pela sua
chegada, foi um milagre que tenha
chegado bem. Ela voou da Eslováquia
para Espanha, ali ela teve que ficar
vários meses e com a ajuda de um
falcoeiro espanhol que cuidou dela até
que todos os documentos fossem
requeridos no Paraguai, outra
complicação foi a companhia aérea, já
que não existem voos diretos que
transportem aves de rapina da Espanha
para o Paraguai, e ela teve que fazer
uma escala na Colômbia para depois vir
até Assunção, foi uma verdadeira
Odisséia. #DF
Contato: http://raptor.com.py/
Facebook: Raptor Paraguay
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
33
Entrevista Tatiana Maria Rivarola Quevedo
y Raul German Palacios Princigalli
La cetrería en Paraguay crece a cada día, y ahora tiene a su lado un águila real para ayudar en
el control aviar en el aeropuerto Internacional de Asunción. Para que conozcamos más de la
cetrería en Paraguay y también de TYGA, el águila real, entrevisté Raúl Princigalli y Tatiana
Quevedo, una pareja cetrera que trabaja con dedicación, esfuerzo y profesionalismo y
contribuyen en el crecimiento de la cetrería en su país.
¿Quiénes son?
Tatiana Maria Rivarola Quevedo es
arquitecta, vive en Asunción Paraguay y
está casada con Raúl hace un año. Conoció
a la cetrería gracias a su esposo, y la
practica desde que lo conoció hace 5 años.
Siempre tuvo un gran amor por las aves y el
sueño de poder posarlas en su mano. El
amor por las aves estuvo presente en su
boda, que fue temática de La Edad Media
con los halcones y Búhos en la iglesia. Para
ella lo que más le encanta en la cetrería es
el fuerte vínculo que se crea con el halcón,
la confianza mutua entre un animal salvaje
y con el ser humano, la satisfacción de
poder cazar con ellas.
Raul German Palacios Princigalli es
veterinario y cetrero, de Asunción Paraguay.
Él tiene una empresa de control aviar
llamada Raptor y que realiza trabajos en el
aeropuerto Internacional de Asunción hace
ya 5 años, además de otras empresas. Para
él lo que más le encanta en la cetrería es la
interacción entre el depredador y su presa.
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
34
Início en la cetrería
Tatiana empezó hace 5 años cuando le
conoció a Raúl e inmediatamente se
apasionó por el mundo de la cetrería. Sus
primeras aves fueron un búho (Otus
choliba) y un cernícalo americano (Falco
sparverius) con el que cazó su primera presa
silvestre.
El interés de Raúl por la cetrería comenzó
de muy pequeño, a los 11 años cuando leyó
en una enciclopedia el significado de la
palabra cetrería, eso fue como un llamado
especial para él y se dio cuenta de que eso
era lo que quería hacer por el resto de su
vida. Así fue como él investigó sobre el
tema, ingresó a foros internacionales de
cetrería y a los 16 años tuvo su primer
halcón, un cernícalo americano (Falco
sparverius) con el que solo cazó insectos,
luego tuvo un halcón aplomado (Falco
femoralis) con el que ya logró cazar.
Aves
Tatiana ya voló muchas aves en sus cinco
años como cetrera, y ella nos cuenta su
experiencia:
“He volado cernícalos, Lechuzas,
Búhos, halcón aplomado y ahora
estoy entrenando un halcón
murcielaguero, los cuales son muy
nerviosos y tienen el metabolismo
súper acelerado, pero son
extremadamente ágiles y excelentes
cazadores.”
El ave más difícil que Raul ha volado fue un
halcón peregrino pálido, con lo cual ha
pasado muchas historias:
“ el ave más difícil que ya he volado
fue un halcón peregrino pálido, fue
difícil ya que no paraba de volar
alejándose y recorría largas
distancias, en una ocasión le rastree
por 40 km. Esta y varias historias
que pasé con este halcón, como en
una oportunidad que también voló
muy lejos, fue capturado por unas
personas y lo encontré atado en una
ventana de la casa de un poblador
cercano al aeropuerto.”
Hoy Tatiana vuela un halcón murcielaguero
(falco rufigularis) y un cernícalo americano
(falco sparverius) y ella tiene el deseo de
volar un peregrino en el futuro: “ Mi idea
es poder volar halcones peregrinos,
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
35
pero antes practicar bastante con
aves más fáciles, ya que un
peregrino requiere mucho tiempo y
dedicación. Pero me ingenio siempre
para poder trabajar y en mi tiempo
libre practicar cetrería.”
Raúl actualmente está volando un halcón
murcielaguero, un peregrino pálido, un
águila mora, un aplomado, y está
amansando un azor y un águila real. Y tiene
más planes para el futuro: “Ya que
gracias a Dios mi trabajo es con la
cetrería puedo dedicar mucho
tiempo a las aves. Y algún día me
gustaría poder manejar un accipíter
bicolor.”
Cetrería en Paraguay
¿Cómo es la cetrería en Paraguay?
¿Cuáles son los mayores retos para el
crecimiento de la Cetrería en su país?
La cetrería en Paraguay se está conociendo,
Raúl introdujo la cetrería en Paraguay, antes
nadie conocía del tema y confundían con
otras cosas como ¨sastrería¨ o
¨cestería¨(risas). Actualmente tenemos un
grupo de personas simpatizantes y que
quieren aprender. Los principales retos son
la concientización de las personas con
respecto a las aves de presa, ya que no
existen leyes que apoyen éste arte, muchas
personas creen que un halcón puede ser
una mascota y agarran de la naturaleza en
forma irresponsable, incluso venden
ilegalmente. Nosotros queremos llegar a
poder impulsar leyes que respalden la
práctica y conservación en nuestro país.
¿Cómo es la aceptación del gran
público acerca de la cetrería en su país?
La cetrería genera muchísimo interés en
nuestro país, a la mayoría de las personas
les encanta, les sorprende, quieren conocer
más del tema, para ello nosotros realizamos
constantemente charlas, eventos, festivales
medievales con demostraciones de caza,
etc. Difundimos en todos los medios de
comunicación posible y asistimos a las
personas interesadas en la práctica.
Educación ambiental
Yo percibí que ustedes se preocupan
mucho con la educación ambiental con
aves rapaces, y promueven muchos
eventos para niños. ¿Cómo ustedes
evalúan la importancia de la educación
ambiental con las rapaces en su país?
La educación ambiental y de conservación
es sumamente importante en nuestro país.
Desde pequeños es importante crear
conciencia y capacitar a los niños y personas
sobre el tema, mediante el contacto directo
con las rapaces, mostrando su forma de
vida, hábitat y forma de caza. Ya que hoy en
día muchos agarran de la naturaleza para
vender en mercados como mascotas.
También es muy importante dar a conocer
la alimentación ya que muchos creen que
deben comer carne de vaca, alimentándoles
con eso, llevando la misma a la muerte del
animal. Mediante la difusión de la cetrería
que venimos realizando hace varios años,
vamos creando conciencia a las personas
tanto en la conservación de aves como de
su medio.
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
36
Control de Fauna
Cómo es el trabajo de la empresa
Raptor hoy en Paraguay? Además del
control en el aeropuerto, ¿qué tipo de
servicios ofrecen?
Gracias a la cetrería se dio origen a la
empresa Raptor que iniciamos con el
control biológico de aves en el Aeropuerto
Internacional Silvio Pettirossi desde hace ya
5 años, anterior a esto no existía un método
de control de aves allí. A raíz de la
importancia de dicha labor y sus buenos
resultados, surgió el interés por parte de
fábricas, galpones, edificios, viviendas, etc.
De solucionar el problema que tenían con
las palomas (Columba livia) ya que los
métodos existentes no proveían una
solución acertada al problema. Entonces
ideamos técnicas de control que se utilizan
exitosamente y con 100% de efectividad
según el caso.
El método de trabajo es el siguiente: se
realiza una visita al lugar de infestación, se
evalúa y luego se pasa una propuesta
adecuada.
Desarrollamos varios métodos de bloqueo
con mallas anti palomas y una cinta que
emite impulsos eléctricos que se adhiere a
la superficie, entonces cuando la paloma se
posa, recibe la descarga y ya no vuelve a
posarse en ese lugar.
¿Cuáles son las ventajas del uso de la
cetrería para el control de fauna nociva
en los aeropuertos?
Mediante el vuelo periódico de los
halcones, previo y posterior al aterrizaje y
despegue de las aeronaves se logran
despejar y ahuyentar gran cantidad de
bandos de aves que atraviesan la pista o se
instalan en los alrededores, sobre todo en
época de migración, además que la cetrería
es un método totalmente ecológico, no es
nocivo para el ser humano y no produce
molestias sonoras como bombas o
petardos. Es la solución más efectiva
comprobada.
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
37
La águila real TYGA
Tyga es la primera águila real de Sudamérica Y Centroamérica, y será utilizada en el
control de plagas de aves en el aeropuerto Silvio Pettirossi.
¿qué significa TYGA y porqué han
escogido este nombre?
Tyga significa Thank You God Always (sigla
en inglés) o Gracias Dios Siempre, en honor
a Dios, ya que las posibilidades de poder
importar un águila Real a Paraguay eran casi
imposibles, y con mucho esfuerzo y por
supuesto mucha fé logramos que todo se
alineé para poder traerla.
¿Por qué han decidido importar un
águila real para su utilización en el
control de aves en aeropuertos? ¿Qué
tipo de presa Tyga cazará? Creen que el
águila real es una buena opción para
las empresas de control en aeropuertos
en todo el mundo?
Además de ser un sueño hecho realidad
poder manejar un Aguila Real, es todo un
desafío, el uso que se le dará en el
aeropuerto es el de marcar territorio y
poder ahuyentar aves de gran porte tanto
en el predio del aeropuerto como en sus
alrededores, sobre todo en la época de
migración en la que registramos grandes
bandos de aves que no se asustan con la
presencia de halcones más pequeños e
incluso los molestan, como los kara kara y el
yryvu, así como también mamíferos y
reptiles de tamaño medio grande que
circundan en la zona. Queremos innovar y
mejorar siempre nuestro servicio y es por
eso que apostamos a la introducción del
águila para el control de dichas especies. El
uso en otros aeropuertos del mundo puede
ser muy útil por las mismas razones, ya que
el mayor problema se da en épocas de
migración de aves y muchas son de gran
tamaño.
¿Cómo ustedes evalúan la importancia
de la llegada de Tyga para la cetrería en
Paraguay y Sudamérica?
Es demasiado importante a nivel nacional y
regional, a su llegada Tyga tuvo muchísima
atención en los medios de prensa y en las
redes sociales en donde se viralizó su
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
38
llegada, es un paso muy grande para la
cetrería en Paraguay, ya que por primera
vez un cetrero paraguayo adquiere un
ejemplar de este porte, y a nivel de centro y
Sudamérica creemos que abre las puertas
dejando un precedente tanto en la
importación como en el manejo y la
adaptación al clima de la región. Un ejemplo
de lucha, perseverancia y fé en Dios.
¿Cómo es el temperamento de Tyga?
¿Ya han empezado su entrenamiento?
¿Cuáles son las mayores diferencias en
el temperamento del águila mora y del
águila real?
Tyga es un águila que tuvo crianza parental
pero podia ver a las personas, entonces se
crió de una manera en la que se
acostumbró a ver a la gente. Llegó semi
amansada, y actualmente la estamos
amansando y aclimatando, pero no es tan
simple, ya que pesa 6kg en gorda y es de la
sub especie daphanea, por ejemplo, la
primera vez que se debatió me impulsó
hacia adelante y logró levantarme de la silla,
también apretar fortísimo el guante
dejando varias impresiones de sus garras, se
siente como que te va a romper el hueso.
Por otro lado el águila mora que tenemos es
improntada y es extremadamente mansa y
dócil, es muy apegada al ser humano, es un
macho y pesa 1,6kg, pero es muy agradable
con las personas, se deja manejar y tocar
por cualquiera, es especial para
exhibiciones ya que su vuelo es imponente
y no es peligrosa.
Tyga fue importada de Eslovaquia, ¿Por
qué eligieron importar un águila de
este país? ¿Cómo fue el proceso de
importación? (¿difícil, tardó mucho…?)
La trajimos de Eslovaquia ya que hicimos
nuestras averiguaciones y nos
recomendaron de allí, porque la crianza en
el criadero de donde la trajimos es una de
las mejores, (crianza parental, los padres la
alimentan pero puede ver a las personas) de
linaje cazador y es de la sub especia
daphanea de origen Kazakhstan, o sea que
es de la sub especie de águilas reales más
grandes del mundo, su belleza, plumaje
oscuro y corona dorada ya se puede
apreciar desde los ejemplares jóvenes,
digna de admiración.
El proceso tanto de conseguir un águila así,
los tramites y conseguir una aerolínea que
quiera transportarla fue muy difícil,
tardamos muchísimo tiempo desde que nos
decidimos a traerla hasta poder traerla,
sinceramente hasta 3 días antes de su
llegada nos dijeron que no iba a ser posible
y por eso lo consideramos un milagro, todo
lo que implicó su importación fue muy
complicado, tuvo que tomar varios vuelos y
muchísimo papeleo, es por eso que
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
39
agradecemos a Dios su llegada, fue un
milagro que llegue bien. Realizó un vuelo de
Eslovaquia a España, allí tuvo que pasar
varios meses y con la ayuda de un cetrero
español que la cuidó hasta que estén todos
los papeles requeridos por Paraguay, otra
complicación fue la línea aérea, ya que no
hay vuelos directos que trasladen rapaces
de España a Paraguay, y tuvo que hacer
escala en Colombia para luego venir a
Asunción, una verdadera odisea. #DF
Contacto: http://raptor.com.py/
Facebook: Raptor Paraguay
Diferencia de tamaño entre el Águila Mora (izq) y el Águila Real (der)
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
40
Interview Tatiana Maria Rivarola Quevedo
and Raul German Palacios Princigalli
Falconry in Paraguay grows every day, and now there is a golden eagle to assist in avian
control at Asuncion International Airport. To get to know more about falconry in Paraguay and
also about TYGA, the golden eagle, I interviewed Raúl Princigalli and Tatiana Quevedo, a
falconry couple who work with dedication, effort and professionalism and contribute to the
growth of falconry in their country.
Who are they?
Tatiana Maria Rivarola Quevedo is an
architect, lives in Asunción Paraguay and is
married to Raúl for a year. She met falconry
thanks to her husband, and she has
practiced it since she met him 5 years ago.
She has always loved birds and had the
dream of being able to put them in her
hand. The love for the birds was present in
their wedding, that was with the theme of
the Medieval Age, with falcons and Owls in
the church. In falconry she admires the
most the bond that is built between the
man and the falcon, the mutual trust
between a wild animal and the human
being, and the satisfaction of being able to
hunt with these birds.
Raul German Palacios Princigalli is a
veterinarian and falconer from Asunción
Paraguay. He has an avian control company
called Raptor and has been working in
Asunción International Airport for 5 years,
in addition to other companies. For him,
what he loves most about falconry is the
interaction between the predator and its
prey.
Beginning in falconry
Tatiana began in falconry five years ago
when she met Raúl and immediately
became passionate about the world of
falconry. Her first birds were an owl (Otus
choliba) and an American kestrel (Falco
sparverius) with which she hunted her first
wild prey.
Raul's interest in falconry began when he
was very young, at age 11 when he read in
an encyclopedia the meaning of the word
falconry, that was like a special call to him
and he realized that it was what he wanted
to do for the rest of his life. And then he
started to investigate about the subject,
entered in international forums of falconry
and at age 16 she had his first falcon, an
American kestrel (Falco sparverius) with
which he only hunted insects, then he had
an aplomado falcon (Falco femoralis) with
which he could hunt.
Birds
Tatiana has already flown many birds of
prey in her five years as a falconer, and she
tells us about her experience:
"I have flown kestrels, many species
of owls, an aplomado falcon, and
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
41
now I am training a bat falcon (falco
rufigularis), which is very nervous
and has a super fast metabolism,
but they are extremely agile and
excellent hunters."
The most difficult bird that Raul has flown
was a pale peregrine falcon, with whom he
has many stories to talk about:
"The most difficult bird I have ever
flown was a pale peregrine falcon, it
was difficult as it kept flying away
and traveled long distances, once
turning away for 40 km. This was
one of several stories that I passed
with this hawk, as in an opportunity
that he also flew very far, was
captured by some people and I found
him tied in a window of the house of
a settler near the airport.”
Today Tatiana flies a bat falcon (falco
rufigularis) and an American kestrel (Falco
sparverius) and she has the desire to fly a
peregrine falcon in the future: "My idea is
to be able to fly peregrine falcons, but
before this I need practicing a lot with
easier birds, as a peregrine requires a lot of
time and dedication. But I always do my
best to work and in my free time practice
falconry."
Raúl is currently flying a bat falcon, a pale
peregrine, a black-chested buzzard-
eagle (Geranoaetus melanoleucus), an
aplomado falcon, and he is taming a
goshawk and a golden eagle. And he has
more plans for the future: "As thanks to God
I work with falconry, I can dedicate a lot of
time to birds. And someday I wish I could
handle a bicoloured hawk (Accipiter
bicolor) . "
Falconry in Paraguay
How is falconry in Paraguay? What are
the biggest challenges for the growth of
falconry in your country?
The falconry in Paraguay is becoming
popular, Raul introduced falconry in
Paraguay, before him nobody knew about
the subject and confused it with other
things like sastrería or cestería* (laughs).
We currently have a group of people who
are interested and want to learn about it.
The main challenges are people's awareness
regarding birds of prey, since there are no
laws that support this art here, many
people believe that a hawk can be a pet and
irresponsibly trap them from nature, even
selling these birds illegally. We want to be
able to promote laws that support the
practice of falconry and conservation in our
country.
In Spanish falconry is called Cetrería, so
people misunderstood the name of this art
with "sastrería” tailoring or “cestería”
Basket weaving.
What is the acceptance of the general
public about falconry in your country?
Falconry generates a lot of interest in our
country, most people love it, it surprises
them, they want to know more about the
subject, and because of this we constantly
hold talks, events, medieval festivals with
hunting demonstrations, etc. We
disseminate falconry in all possible medias
and assist people interested in its practice.
Enviromental Education
Yo percibí que ustedes se preocupan mucho
con la educación ambiental con aves
rapaces, y promueven muchos eventos para
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
42
niños. ¿Cómo ustedes evalúan la
importancia de la educación ambiental con
las rapaces en su país?
I noticed that you are very concerned
about environmental education with
birds of prey, and you promote many
events for children. How do you
evaluate the importance of
environmental education with raptors
in your country?
Environmental education and conservation
is extremely important in our country. Since
childhood it is important to raise awareness
and train children and people on the
subject, through direct contact with raptors,
showing their way of life, habitat and
hunting, as nowadays many people grab
them from nature to sell in markets as pets.
It is also very important to talk about how
to feed them properly, as many believe that
they must eat beef, feeding them with that,
and thus killing the animal.
Through the dissemination of falconry that
we have been doing for several years, we
are creating awareness in people both
about bird conservation as about their
environment.
Bird abatement
How is the work of the company
Raptor today in Paraguay? In addition
to the bird abatement at the airport,
what kind of services do you offer?
Thanks to falconry the company Raptor was
created, and we have been working with
the biological control of birds at the
International Airport Silvio Pettirossi for 5
years, before this there was no method of
bird control there. Due to the importance of
this work and to its good results, people got
interested and we have clients in factories,
sheds, buildings, houses, etc. interested in
solving the problem they have with the
pigeons (Columba livia) since the existing
methods do not provide a correct solution
to the problem. Then we devise control
techniques that are used successfully, and
with 100% effectiveness depending on the
case.
Our working method is the following: a visit
is made to the site of infestation, it is
evaluated and then an appropriate proposal
is made.
We developed several blocking methods
with anti-pigeon meshes and a tape that
emits electrical impulses that adheres to
the surface, so when the pidgeon comes to
perch, it receives the discharge and no
longer perches in that place.
What are the advantages of using
falconry to control wildlife at airports?
By means of the periodic flight of the
hawks, before and after the landing and
taking-off of the aircrafts, they are able to
clear and drive away large numbers of birds
that cross the runway or settle in the area,
especially during the migration season.
Falconry is a totally ecological method; it is
not harmful to the human being and does
not produce noise annoyances like bombs
or firecrackers. It is the most effective
solution tested.
The golden eagle TYGA
Tyga is the first golden eagle of South
America and Central America, and she will
be used to bird abatement at Silvio
Pettirossi Airport.
what does TYGA mean and why did you
choose this name?
Tyga means Thank You God Always
(acronym in English), in honor to God, since
the possibilities of being able to import a
golden eagle to Paraguay were almost
impossible, and with much effort and of
course much faith we could do everything
necessary so it was possible to bring her.
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
43
Why have you decided to import a
golden eagle for using it in bird control
at airports? What kind of prey will Tyga
hunt? Do you think that the golden
eagle is a good choice for control
companies at airports around the
world?
In addition to being a dream coming true to
be able to train a golden eagle, it is a
challenge, we will use her at the airport to
mark territory and being able to chase away
large birds both on airport building and in
its surroundings, especially in the time of
migration when we record large flocks of
birds that are not frightened by the
presence of smaller hawks, and even bother
the hawks, such as southern crested
caracara (Caracara plancus) and black
vulture (Coragyps atratus), as well as
mammals and reptiles of medium size that
encircle in the area. We want to innovate
and always improve our service and that is
why we bet on the introduction of the
golden eagle to control these species. Its
use in other airports in the world can be
very useful for the same reasons, since the
biggest problem occurs during the
migration season and the birds are very big.
How do you evaluate the importance of
Tyga's arrival for falconry in Paraguay
and South America?
It is extremely important at the national and
regional level, Tyga had a great deal of
attention in the news media and in the
social networks where her arrival was
viralized. This is a very big step for falconry
in Paraguay, since for the first time a
Paraguayan falconer acquired a bird of this
magnitude, and at the level of center and
South America we believe that it opens the
doors leaving a precedent both in the
importation as in the manning and the
adaptation to the climate of the region. An
example of struggle, perseverance and faith
in God.
How is Tyga's behaviour like? What are
the major differences in the
temperament of the black chested
eagle and the golden eagle?
Tyga is an eagle that had parental
upbringing but could see people, so she
grew up in a way she got used to seeing
people. She arrived semi-tamed, and we are
currently taming and acclimatizing her, but
it is not so simple, since her full weight is
6kg and she is of the sub species daphanea.
In the first time she debated she propelled
me forward and managed to make me
stand up from the chair, she also squeezes
the glove very strongly, leaving several
marks of her claws, it feels like she´s going
to break the bone.
On the other hand the black eagle that we
have was imprinted and is extremely gentle
and docile, he is very attached to the
human being, is a male and weighs 1.6kg,
but is very nice with people, he allows
everyone to handle and touch him. He is
used especially for exhibitions since his
flight is imposing and he is not dangerous.
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
44
Tyga was imported from Slovakia, why
did you choose to import an eagle from
this country and how was the
importation process?
We brought her from Slovakia since we
made our inquiries and they recommended
us there, because the fledged in this
breeding center where we brought her is
one of the best ones ( she is parental, her
parents feed her but she could see people
around) she comes from a hunter lineage
and is of the sub species daphanea,
originated in Kazakhstan, which means she
is from the biggest golden eagle sub species
of the world, her beauty, dark plumage and
golden crown can already be appreciated
since youth, it´s worthy of admiration.
The process of getting such an eagle as well
the burocracy and getting an airline that
was interested in transporting her was very
difficult, it took us a lot of time since we
decided to bring her up until we could really
brought her, honestly up to 3 days before
her arrival we were told it was not going to
be possible and that is why we consider it a
miracle. Everything that implied her
importation was very complicated, she had
to take several flights and a lot of
paperwork was necessary, that is why we
thank God for her arrival, it was a miracle
that she arrived well. She took a flight from
Slovakia to Spain, there she had to spend
several months where a Spanish falconer
took care of her, until we could get all
documents required by Paraguay. Another
complication was with the airline, since
there are no direct flights that transfer
Raptors from Spain to Paraguay, and she
had to stop in Colombia and then come to
Asuncion, a true odyssey. #DF
Contacto: http://raptor.com.py/
Facebook: Raptor Paraguay
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
45
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
46
Entrevista Júnior Abreu - CEPAR
Publicada originalmente em 10/03/ 2016
Por Kátia Boroni
Junior Abreu é sócio, juntamente com Marcus Estevan, da empresa CePAR (Centro de
Preservação de Aves de Rapina), responsável pelo controle no aeroporto do Galeão. Sua
trajetória na falcoaria começou com muita dificuldade e obstáculos, mas ele é a prova de que
para quem é determinado nenhum problema é insuperável. Com paciência, esforço, estudo e
muita boa vontade ele conseguiu não apenas se tornar um falcoeiro como ser uma referência na
falcoaria brasileira. Agradeço imensamente a entrevista e por nos contar a sua bela trajetória de
vida.
Background
Sou nascido em Salvador/ba, porém moro
no Rio de janeiro há 03 anos, tenho 31 anos,
sou formado em enfermagem, porém não
exerço mais a profissão, devido a
necessidade da dedicação exclusiva a minha
empresa Centro de Preservação de Aves de
Rapina- CePAR, na qual o Marcus Estevan é
meu sócio. Hoje moro no Rio de Janeiro por
conta do trabalho em que realizamos para o
Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro –
Galeão, que iniciou em abril/2013 após
ganharmos a pela Infraero, e com a
privatização do aeroporto, a RioGaleão
assumiu, mantendo nossa equipe devido a
qualidade do trabalho que realizamos
durante um ano e três meses na
administração da Infraero, com isso já se
vão 03 anos de serviço no aeroporto do
galeão. Paralelo a isso, realizamos controle
de pombos em diversos estados do Brasil.
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
47
Definição de Falcoaria
Então, este tema é bastante complexo e
gera muitas discussões, porém a minha
opinião é que falcoaria nada mais é que a
caça com aves de rapina, dando chances
iguais para o predador e para a presa, sendo
algo justo e leal. Educação ambiental, voos
ao punho, apresentações não considero
falcoaria. No Brasil, a “falcoaria” vem
crescendo muito e muito rápido, porém de
uma forma equivocada e
preocupante. Quando uma pessoa inicia os
estudos do tema falcoaria, ela se espelha
nos mais antigos, e estes mais antigos se
intitulam “falcoeiros ou mestre falcoeiros”
pelo simples fato de ter uma ave de rapina
e chamar no punho, com isso formamos
novos “falcoeiros” no qual se intitularam
“falcoeiros”, deturpando completamente o
significado da palavra “falcoaria e
falcoeiro”. Eu acredito que no futuro
perderemos a essência da falcoaria que é
algo que foi preservado por milhares de
anos.
Quanto a controle de fauna e reabilitação,
como falei anteriormente, sendo justo e
leal, dando chances iguais para ambos,
considero sim falcoaria. Carhawking,
falcoaria noturna, não é falcoaria pois é algo
injusto e desleal. No caso da reabilitação,
ela tem de ser realizada de forma que o
predador capture sua presa em estado
selvagem, para que quando seja reabilitado,
tenha condições de sobreviver caçando
naturalmente, e falcoaria é isso, ter a sua
ave capaz de capturar presas selvagens, se
igualando a seu estado natural. Em algumas
situações no controle de fauna, os lances
são justos e leais dando chances para
ambos de êxito para um e frustração para o
outro, essa é a evolução em ambiente
natural, e falcoaria é isso o mais natural
possível. O predador vai aprender com os
erros, e estes erros serão corrigidos e
aperfeiçoados, assim como a presa.
Como surgiu a sua paixão pela
falcoaria? Como foram seus primeiros
passos e dificuldades?
A minha primeira ave foi um filhote de
carijó, que comprei com um destes
falcoeiros, porém logo em seguida tive o
privilégio de mesmo ainda não ser
associado da ABFPAR, comparecer no meu
primeiro encontro de falcoaria na cidade de
Juiz de Fora/MG, realizado pela ABFPAR. Lá
eu vi que não estava agindo da forma
correta em ter adquirido aquele filhote de
gavião. Entrei em contato no próprio
encontro com o Sr. Leo Fukui, que tinha
aves disponíveis para venda e assim eu
adquiri minha primeira ave realmente de
falcoaria, uma fêmea de Parabuteo
chamada Iris. O carijó ainda não havia
completado as penas e o devolvi para a
pessoa que havia me vendido. Então minha
primeira ave de rapina foi este filhote de
carijó e minha primeira ave de falcoaria foi
a Iris, gavião asa de telha.
Minha maior dificuldade foi por eu estar no
nordeste, e o Nordeste na época não tinha
a força que tem hoje, eu necessitava
participar de encontros para trocar
informações com outros falcoeiros,
presenciar outras aves sendo voadas, e
analisar os níveis dos falcoeiros que ali se
encontravam. Dificuldades estas que me
fizeram dormir em praças devido ao fato de
que, por questões financeiras, ter de
comprar a passagem mais barata para
Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017
48
conseguir ir ao encontro e chegar com
antecedência, andar quilômetros com caixa
de transporte e mala, pois já era difícil
conseguir comprar a passagem e alugar
carro e pegar taxi era inviável. Porém a
maior dificuldade era que tinha que
aprender com meus erros, pois na época
existiam muitos grupos fechados, então as
informações que eu tinha eram básicas, só
um norte para iniciar, diferente de hoje que
temos pessoas sempre dispostas a
esclarecer qualquer dúvida e antecipar os
erros para que não sejam cometidos,
visando aumentar o nível da falcoaria
nacional.
No seu início na falcoaria você teve o
apoio de alguém? Como conseguiu
aprender sobre a arte?
Então, como falei anteriormente, algumas
pessoas me ajudaram neste início, na época
até para algum deles a falcoaria era muito
nova e com poucas informações e
experiência. O José Percilio foi uma pessoa
que me ensinou muito sobre aves de rapina,
o Adson Nascimento e o Alisson também
me deixaram vivenciar a sua rotina de
treinos e sou muito grato a eles por terem
me dado este Norte em relação ao início de
parte das técnicas de falcoaria. Para se ter
uma ideia na época não se era utilizado
nem balança, e isso foi uma das coisas que
citei acima como aprendizado do que não
se deveria fazer, pois já havia lido sobre
controle de peso com a utilização da
balança, e logo em seguida conseguimos
difundir no grupo a utilização da balança e
sua importância no controle de peso. E
assim fui buscando informações,
praticando, marcando presença em
encontros, tirando dúvidas, lendo bastante,
e praticando muito. Eu cheguei a levar
minhas aves para o consultório que atendia,
pois após a conclusão dos atendimentos
seguia para o campo que era próximo de
onde atendia, de roupa branca e sapato
social, e assim aperfeiçoando cada vez mais
a técnica, com isso consegui pegar as
informações que me eram passadas e defini
com a pratica que vivenciava o que
realmente estava correto ou não.
Quais são suas referências na falcoaria
brasileira e mundial? Eles influenciam
de alguma forma a sua prática da
falcoaria?
Então, não costumo buscar muitas
referências fora do meu país, pois com toda
certeza o Brasil é bastante diferente de
outros países, portanto a realidade é muito
diferente fazendo com que o resultado
obtido em outros países não seja o mesmo
obtido no Brasil utilizando a mesma técnica,
por isso acredito muito no feeling e na
vivencia da nossa realidade. Os falcoeiros
com que tenho como referência e admiro
são o Sr Leo Fukui, Alex Teixeira, Ronivon
Viana e Henrique Rezende, com toda
certeza estes são uma referência para mim,
e me tiraram muitas dúvidas principalmente
nas espécies as quais mais me dediquei:
Parabuteo, femoralis e peregrino. Além de
terem me dado puxões de orelha de como
se comportar e evitar certas atitudes hehe.
Quais aves você tem hoje e qual a sua
espécie favorita?
Hoje tenho estas três espécies (Falco
peregrino, Falco femoralis e Parabuteo
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria
Control aviario con falcoaria

Mais conteúdo relacionado

Destaque (16)

Utah falconry slideshow
Utah falconry slideshowUtah falconry slideshow
Utah falconry slideshow
 
Camel racing
Camel racingCamel racing
Camel racing
 
Falconry
FalconryFalconry
Falconry
 
Presentation sport
Presentation sportPresentation sport
Presentation sport
 
Falconry sport in the uae
Falconry sport in the uaeFalconry sport in the uae
Falconry sport in the uae
 
Camel
CamelCamel
Camel
 
Camel racing
Camel racing Camel racing
Camel racing
 
Falconry
FalconryFalconry
Falconry
 
Falconry 1 muhanad
Falconry 1  muhanadFalconry 1  muhanad
Falconry 1 muhanad
 
Camel racing
Camel racingCamel racing
Camel racing
 
Animals in Sport
Animals in SportAnimals in Sport
Animals in Sport
 
UAE Culture ppt
UAE Culture pptUAE Culture ppt
UAE Culture ppt
 
Saudi culture, traditions and Art
Saudi culture, traditions and ArtSaudi culture, traditions and Art
Saudi culture, traditions and Art
 
Najran, Saudi Arabia 2014
Najran, Saudi Arabia 2014Najran, Saudi Arabia 2014
Najran, Saudi Arabia 2014
 
Camel presentation
Camel presentationCamel presentation
Camel presentation
 
Camel racing (1)
Camel racing (1)Camel racing (1)
Camel racing (1)
 

Mais de Kátia Boroni

World cup official song Russia 2018
World cup official song Russia 2018World cup official song Russia 2018
World cup official song Russia 2018Kátia Boroni
 
Revista corujando por ai 2ª Edição, novembro de 2017 - por Kátia Boroni
Revista corujando por ai 2ª Edição,  novembro de 2017 - por Kátia BoroniRevista corujando por ai 2ª Edição,  novembro de 2017 - por Kátia Boroni
Revista corujando por ai 2ª Edição, novembro de 2017 - por Kátia BoroniKátia Boroni
 
Entrevista criatório paradijs vogel
Entrevista criatório paradijs vogelEntrevista criatório paradijs vogel
Entrevista criatório paradijs vogelKátia Boroni
 
O uso de corujas de igreja (Tyto alba javanica) no controle de fauna nociva n...
O uso de corujas de igreja (Tyto alba javanica) no controle de fauna nociva n...O uso de corujas de igreja (Tyto alba javanica) no controle de fauna nociva n...
O uso de corujas de igreja (Tyto alba javanica) no controle de fauna nociva n...Kátia Boroni
 
Diferenças entre falcões, gaviões e águias
Diferenças entre falcões, gaviões e águiasDiferenças entre falcões, gaviões e águias
Diferenças entre falcões, gaviões e águiasKátia Boroni
 
Revista kátia boroni idiomas edição 2 julho 2017
Revista kátia boroni idiomas edição 2 julho 2017Revista kátia boroni idiomas edição 2 julho 2017
Revista kátia boroni idiomas edição 2 julho 2017Kátia Boroni
 
Revista corujando por ai maio 2017
Revista corujando por ai maio 2017Revista corujando por ai maio 2017
Revista corujando por ai maio 2017Kátia Boroni
 
Revista kátia boroni idiomas edição 1 abril 2017
Revista kátia boroni idiomas edição 1 abril 2017Revista kátia boroni idiomas edição 1 abril 2017
Revista kátia boroni idiomas edição 1 abril 2017Kátia Boroni
 
O falcão quiriquiri na falcoaria moderna traduzido por kátia boroni
O falcão quiriquiri na falcoaria moderna traduzido por kátia boroniO falcão quiriquiri na falcoaria moderna traduzido por kátia boroni
O falcão quiriquiri na falcoaria moderna traduzido por kátia boroniKátia Boroni
 
Verb to be a1 - Kátia boroni idiomas
Verb to be a1 -  Kátia boroni idiomasVerb to be a1 -  Kátia boroni idiomas
Verb to be a1 - Kátia boroni idiomasKátia Boroni
 
O ensino do tuteo e do voseo - kátia boroni
O ensino do tuteo e do voseo  -  kátia boroniO ensino do tuteo e do voseo  -  kátia boroni
O ensino do tuteo e do voseo - kátia boroniKátia Boroni
 

Mais de Kátia Boroni (14)

Waka waka english
Waka waka englishWaka waka english
Waka waka english
 
World cup official song Russia 2018
World cup official song Russia 2018World cup official song Russia 2018
World cup official song Russia 2018
 
Revista corujando por ai 2ª Edição, novembro de 2017 - por Kátia Boroni
Revista corujando por ai 2ª Edição,  novembro de 2017 - por Kátia BoroniRevista corujando por ai 2ª Edição,  novembro de 2017 - por Kátia Boroni
Revista corujando por ai 2ª Edição, novembro de 2017 - por Kátia Boroni
 
Entrevista criatório paradijs vogel
Entrevista criatório paradijs vogelEntrevista criatório paradijs vogel
Entrevista criatório paradijs vogel
 
O uso de corujas de igreja (Tyto alba javanica) no controle de fauna nociva n...
O uso de corujas de igreja (Tyto alba javanica) no controle de fauna nociva n...O uso de corujas de igreja (Tyto alba javanica) no controle de fauna nociva n...
O uso de corujas de igreja (Tyto alba javanica) no controle de fauna nociva n...
 
Diferenças entre falcões, gaviões e águias
Diferenças entre falcões, gaviões e águiasDiferenças entre falcões, gaviões e águias
Diferenças entre falcões, gaviões e águias
 
Revista kátia boroni idiomas edição 2 julho 2017
Revista kátia boroni idiomas edição 2 julho 2017Revista kátia boroni idiomas edição 2 julho 2017
Revista kátia boroni idiomas edição 2 julho 2017
 
Revista corujando por ai maio 2017
Revista corujando por ai maio 2017Revista corujando por ai maio 2017
Revista corujando por ai maio 2017
 
Revista kátia boroni idiomas edição 1 abril 2017
Revista kátia boroni idiomas edição 1 abril 2017Revista kátia boroni idiomas edição 1 abril 2017
Revista kátia boroni idiomas edição 1 abril 2017
 
O falcão quiriquiri na falcoaria moderna traduzido por kátia boroni
O falcão quiriquiri na falcoaria moderna traduzido por kátia boroniO falcão quiriquiri na falcoaria moderna traduzido por kátia boroni
O falcão quiriquiri na falcoaria moderna traduzido por kátia boroni
 
Verbo tener
Verbo tenerVerbo tener
Verbo tener
 
Verb to be a1 - Kátia boroni idiomas
Verb to be a1 -  Kátia boroni idiomasVerb to be a1 -  Kátia boroni idiomas
Verb to be a1 - Kátia boroni idiomas
 
Actividad facebook
Actividad facebookActividad facebook
Actividad facebook
 
O ensino do tuteo e do voseo - kátia boroni
O ensino do tuteo e do voseo  -  kátia boroniO ensino do tuteo e do voseo  -  kátia boroni
O ensino do tuteo e do voseo - kátia boroni
 

Control aviario con falcoaria

  • 1. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 1
  • 2. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 2
  • 3. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 3 10 - Risco Aviário 17 - Bird strike 21- Riesgo Aviario 5 – Quem Sou eu * Who am I * Quien soy yo 7 - Editorial 10 – Falcoaria no Paraguai 17 - Falconry in Paraguay 21- Cetreria en Paraguay Matéria de Capa Entrevista com Tatiana Maria Rivarola Quevedo e Raul German Palacios Princigalli da Empresa RAPTOR Índice - Summary
  • 4. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 4 Entrevistas * Interviews Junior Abreu CEPAR Gustavo Trainini HAYABUSA Fernando Féas IAF 92 - Por dentro das Espécies 94 - All about the species 95 - Conociendo a las especies 46 53 60 67 71 76 81 85 88 97 – Apoio – Support - Apoyo
  • 5. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 5 Quem sou eu Meu nome é Kátia Boroni, sou formada e pós graduada em Letras, atuo profissionalmente como professora de inglês e espanhol e tradutora. Sou especialista em Jornalismo digital e a responsável pelos blogs Diário de Falcoaria e Corujando por aí. A paixão pelas aves de rapina, em especial as corujas, foi o que me motivou a me tornar uma blogueira no assunto. Meu objetivo é contribuir na Educação ambiental e ajudar na divulgação da Falcoaria no Brasil. O site Diário de Falcoaria é um espaço dedicado à divulgação da Falcoaria, com entrevistas com falcoeiros do Brasil e do exterior, assim como resumos, reportagens e traduções sobre esta Arte Milenar. Nele você também encontra a tradução para o Português do livro "American Kestrel´s in Modern Falconry" de Matthew Mullenix, e também a Revista Diário de Falcoaria, ambos com download gratuito. E a educação ambiental com aves de rapina também está presente neste site, assim como no blog Corujando por aí. Sejam bem vindos! Kátia Boroni Who am I My name is Kátia Boroni, I have a major in Linguistics and Literature as well as many specializations in this area, and I work professionally as a teacher of English and Spanish and as a translator. I am specialized in digital journalism and I am the responsible for the websites Diário de Falcoaria (Falconry Journal) and Corujando por aí (“Owndering around”) The passion for the birds of prey, especially owls, was what motivated me to become a blogger on this subject. My goal is to contribute to environmental education and help in the dissemination of Falconry in Brazil. The Diário de Falcoaria website is a space dedicated to the dissemination of Falconry, with interviews with falconers from Brazil and abroad, as well as summaries, reports and translations on this Millenary Art. In the site you will also find the Portuguese translation of the book "American Kestrels in Modern Falconry" by Matthew Mullenix, as well as the Magazine Falconry Journal, both with free download. And the environmental education with birds of prey is also present on this site, as well as in the blog Corujando por aí (“Owndering around”). Welcome! Kátia Boroni Quien soy yo Mi nombre es Katia Boroni, soy licenciada y posgraduada en Filología y Literatura, actúo profesionalmente como profesora de Inglés y español y traductora. Soy especializada en periodismo digital y soy la responsable por los blogs Diário de Falcoaria (Diario de
  • 6. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 6 Cetreria) y Corujando por aí (Lechuzando por allí). La pasión por las aves de presa, en particular por los búhos, fue lo que me motivó a convertirse en un blogger sobre el tema. Mi objetivo es contribuir a la educación ambiental y contribuir a la difusión de la cetrería en Brasil. El sitio y el blog Diario de Cetrería es un espacio dedicado a la difusión de la cetrería, entrevistas con los cetreros en Brasil y en el extranjero, así como resúmenes, informes y traducciones en este arte milenario. En el encontrarás también la traducción al portugués del libro "American Kestrels in Modern Falconry" Matthew Mullenix, y también la Revista Diário de Falcoaria, los dos con descarga gratuita. Y la educación ambiental con aves de presa también está presente en este sitio, así como el blog Corujando por aí. ¡Sean bienvenidos! Katia Boroni
  • 7. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 7 Editorial A importância do controle aviário com o uso da Falcoaria é o tema desta edição. Começamos com uma reportagem especial sobre o controle de fauna aliado à falcoaria, onde ficam claros os motivos que levam este uso da falcoaria ser considerado uma alternativa eficaz e ecológica de se realizar o controle de fauna nociva, assim como evitar o temido birdstrike. Como matéria de capa vamos conhecer a empresa Raptor, do casal de falcoeiros Tatiana Maria Rivarola Quevedo e Raul German Palacios Princigalli. Raul é veterinário e falcoeiro e realiza o controle de fauna nociva com aves de rapina no aeroporto Internacional Silvio Pettirossi há cinco anos. Recentemente ele importou da Eslováquia uma águia dourada da subespécie daphanea chamada Tyga, que será utilizada no aeroporto. A chegada de Tyga é muito significativa, por se tratar da primeira águia dourada na América do Sul e América central. Na entrevista inédita eles contam como foi todo o processo de importação, assim como comentam sobre a popularização da falcoaria no Paraguai, e discutem sobre a importância do uso da falcoaria no controle aviário. Há também a republicação das entrevistas de Júnior Abreu, um dos sócios da empresa CEPAR, responsável pelo controle no aeroporto Internacional Galeão-RJ, e do Gustavo Trainini da empresa Hayabusa, responsável pelo controle no Aeroporto Internacional Salgado Filho, de Porto Alegre/RS. Relembramos também a entrevista de um dos mais importantes falcoeiros espanhóis e membro da IAF Fernando Féas, tradutor para o espanhol da grande obra da Falcoaria Moderna “Understanding the Bird of prey” de Nick Fox, e muito atuante em causas ambientais. E não haveria controle sem o uso do magnífico falcão peregrino, o animal mais rápido do planeta que pode alcançar uma velocidade acima de 300 hm/h ao perseguir sua presa, e é ele o tema do por dentro das espécies desta edição. Aproveitem a leitura! Um grande abraço, Kátia Boroni
  • 8. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 8 Editorial The importance of bird abatement with the use of Falconry is the theme of this edition. We begin with a special report on bird abatement allied to falconry, where it is clear the reasons why this use of falconry is considered an effective and ecological alternative to control the harmful fauna, as well as a way to avoid the dangerous birdstrike. In the cover article we will meet the company Raptor, from the falconer’s couple Tatiana Maria Rivarola Quevedo and Raul German Palacios Princigalli. Raul is a veterinarian and falconer, and has worked with bird abatement with falconry at Silvio Pettirossi International Airport for five years. He recently imported from Slovakia a golden eagle of the subspecies daphanea called Tyga, which will be used at the airport. The arrival of Tyga is very significant because it is the first golden eagle in South and Central America. In their exclusive interview they tell how the whole import process was, as well as comment on the popularization of falconry in Paraguay, and discuss the importance of using falconry in bird control. There is also the republishing of the interviews of Júnior Abreu, one of the partners of the company CEPAR, responsible for controlling the International Airport Galeão, RJ/RJ, and Gustavo Trainini from the company Hayabusa, responsible for the control at the International Airport Salgado Filho, Porto Alegre / RS. We also recall the interview of one of the most important Spanish falconers and IAF member Fernando Féas, translator for the Spanish of the great work of Modern Falconry "Understanding the Bird of prey" from Nick Fox, and very active in environmental causes. And there would be no control without the use of the magnificent peregrine falcon, the fastest animal on the planet that can reach a speed above 300 km/h while chasing its prey, and it is the subject of the All about the species within this edition. Enjoy your reading! Hugs, Kátia Boroni Editorial La importancia del control aviar con el uso de la cetrería es el tema de esta edición. Comenzamos con un informe especial sobre el control de la fauna utilizando la cetrería, donde se aclaran las razones por las que este uso de la cetrería es considerado como una alternativa eficaz y respetuosa al medio ambiente para realizar el control de fauna nociva, y evitar el peligroso Birdstrike. En el reportaje de portada vámonos a conocer la empresa Raptor, de la pareja cetrera Tatiana María Rivarola Quevedo y Raul German Palacios Princigalli. Raúl es veterinario y cetrero y realiza control de fauna nociva con aves de presa en el aeropuerto internacional Silvio Pettirossi hace cinco años. Recientemente ha sido importada desde Eslovaquia un águila real de la subespecie daphanea llamada Tyga, que será utilizada en el aeropuerto. La llegada de Tyga es muy significativa, ya que es la primera águila real en América del Sur y Central. En la entrevista exclusiva ellos nos cuentan cómo fue todo el proceso de importación, así como comentan sobre la popularización de la cetrería en Paraguay, y discuten la importancia de la utilización de la cetrería en el control aviario. También hay la reedición de las entrevistas de Júnior Abreu, socio de la empresa CEPAR, responsable por el control en el Aeropuerto Internacional Galeão-RJ/RJ, y
  • 9. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 9 Gustavo Trainini de la compañía Hayabusa, responsable por el control en el Aeropuerto Internacional Salgado Filho, en Porto Alegre/ RS. Recordamos también la entrevista de uno de los cetreros españoles más importantes y miembro de la IAF Fernando Féas, traductor al español de la obra maestra "Comprender el ave de presa" de Nick Fox, y que además es muy activo en las causas ambientales. Y no sería posible el control sin el uso del magnífico halcón peregrino, el animal más rápido del planeta que puede alcanzar una velocidad superior a 300 km/h cuando persigue a sus presas, y él es el objeto Conociendo a las especies de esta edición. ¡Que disfruten de la lectura! Un gran abrazo, Kátia Boroni. Revista Diário de Falcoaria RESPONSÁVEL: Kátia Boroni REVISTA GRATUITA – download pelo site www.diariodefalcoaria.com CONTATO: diariodefalcoaria@gmail.com ANÚNCIOS: diariodefalcoaria@gmail.com
  • 10. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 10 Controle de fauna aliado à Falcoaria Photo By Hansueli Krapf. Fonte: Wikimedia Commons O controle de fauna é essencial para evitar o fenômeno conhecido como Bird strike, colisões entre aves e aeronaves nos momentos do pouso e decolagem, que é quando a velocidade e altitude dos aviões permitem a colisão com aves que são sugadas pelas turbinas ou colidem com partes da aeronave. Os danos além de materiais podem também levar à queda do avião e a morte dos passageiros. "Risco aviário ou, atualmente, risco de fauna (em inglês Bird/wildlife strike risk) é, na aviação, o risco de colisão entre uma aeronave e uma ou mais aves. Desde 2012, a Organização de Aviação Civil Internacional (sigla em inglês ICAO) aumentou o leque dessa definição, incluindo morcegos e, principalmente, animais terrestres que se envolvem em colisões nas áreas de pouso de aeronaves em todo o mundo (Doc 9137 AN/898 Part 3). Essas colisões, quase sempre fatais para os animais, continuam causando acidentes aéreos que, por vezes, incluem fatalidades. A ocorrência de acidentes com vítimas fatais envolvendo aeronaves de transporte comercial de passageiros é relativamente baixa: um caso por cada bilhão de horas de voo.[1] Cerca de 65% das colisões com aves causam pouco ou nenhum dano aos aparelhos.[2] Entretanto, acidentes mais sérios podem ocorrem se o animal se chocar com alguma parte da aeronave que não seja certificada para resistir ao impacto, como, por exemplo, o para-brisas de aeronaves menores ou mesmo se ocorrer a ingestão do animal pelo motor de aeronave de maior porte, como ocorreu em Nova Iorque, em 2009, no evento conhecido como o Milagre do Hudson. Fato é que colisões com fauna envolvendo aviões civis geram, anualmente, prejuízos estimados de US$ 1.2 bilhão, segundo dados publicados em 2000." Fonte: Wikipédia
  • 11. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 11 Para evitar as colisões várias medidas são adotadas pelos aeroportos de todo o mundo, como o uso de armas de fogo, fogos de artifício, entre outras técnicas que ajudam, mas não solucionam o problema. Colisão com ave - aeronave AMX - Força Aérea Brasileira. Fonte: Wikicommons C-130 depois de uma colisão com uma ave de rapina. Fonte: Wikicommons
  • 12. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 12 Fotos: RAPTOR Paraguay
  • 13. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 13 Como os aeroportos são locais descampados e longe de grandes centros urbanos, normalmente próximos a áreas verdes e com ausência de predadores, muitas aves são atraídas para os seus entornos e acabam se colocando em rota de colisão com as aeronaves. No final de 1940 foram utilizados falcões pela primeira vez para dispersar pássaros em uma base aérea da Escócia (Wright 1963, Blokpoel 1976 apud SANTOS 2013). A Falcoaria é uma boa solução para controlar estas aves que podem causar danos as aeronaves, e seu uso assim se justifica: “O sucesso deste método de controle de aves é baseado no fato de que muitas aves tem um medo natural de falcões e gaviões como predadores, e que a sua presença na área, encoraja as espécies- problema a se dispersar. A reação natural da maioria das aves é formar um bando e tentar voar acima dos falcões. Se isto não funcionar, eles tentarão voar para longe deixando a área (TRANSPORT CANADA, 1984, apud SANTOS 2013). Apesar disso a utilização da falcoaria não é totalmente eficaz, visto que os falcões e gaviões não podem ser voados a noite, ou quando estão em muda (troca de penas), durante tempestades, vento forte, chuva, e precisam descansar não podendo trabalhar por longas horas e nem depois de terem se alimentado totalmente naquele dia. O uso da falcoaria no controle é uma solução cara, segundos dados apurados por SANTOS 2013, os custos de um controle pela falcoaria em um aeroporto nos EUA pode custar por volta de U$$ 25.000 por ano, chegando até U$$ 150.000. A falcoaria não é o único método utilizado no controle, sendo normalmente mais eficaz quando utilizada em conjunto com outras técnicas mais tradicionais como o uso de rojões, ultrassom, abate por tiro, armadilhas, etc. No Brasil são vários os aeroportos que já contam com o controle de aves através da Falcoaria, entre eles: Galeão RJ, Confins e Pampulha BH-MG, Eurico de Aguiar Salles Vitória-ES e o Salgado Filho em Porto Alegre. É necessário que se utilizem diferentes espécies de aves de rapina para o controle nos aeroportos, como gaviões e falcões de grande porte, já que cada espécie de rapinante é melhor para caçar diferentes tipos de aves problema. As aves hoje mais utilizadas no mundo para o controle são: os gaviões asa de telha e os açores, e os falcões sacre, peregrino e gyr. No Brasil as espécies mais utilizadas no controle são os gaviões asa de telha, os falcões de coleira e os falcões peregrinos. As aves que mais oferecem risco são as gaivotas (Laurus sp.), patos (Anas sp.), gansos (Anser sp.) e biguás (Phalacrocorax), assim como aves que formam grandes bandos como os estorninhos. (SANTOS, 2013). Gustavo Trainini da empresa Hayabusa, foi um dos primeiros a implementar o controle de fauna utilizando a falcoaria em um aeroporto Brasileiro. Ele nos fala dos desafios no início deste trabalho: “Em 2009 a Hayabusa ganhou a primeira licitação cujo Objeto de contratação era “falcoaria”, o manejo de fauna envolvendo a falcoaria ocorreu simultaneamente no aeroporto da Pampulha através da Biocev, ou seja, as duas empresas começaram praticamente juntas a implantar a Falcoaria em aeroportos Brasileiros. O trabalho começou dia 29 de janeiro de 2009, e eu
  • 14. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 14 tinha como objetivo pessoal mostrar para a Infraero e para o IBAMA que a falcoaria era o melhor método de controle de aves. Neste contrato nós trabalhávamos mais de 18 hrs por dia, pois tínhamos a parte técnica (Relatórios) operacional (falcoaria) e administrativa para cumprir. Lembro que foram muitos meses de desgaste psicológico, pois a falcoaria envolvia todos setores do aeroporto (Torre, segurança, engenharia, Administrativo, Financeiro, controle de tráfego aéreo, SGSO, segurança do Trabalho, etc), e ninguém tinha a menor ideia de como fazer isso.” Junior Abreu, um dos sócios da empresa CEPAR, responsável pelo controle no aeroporto do Galeão no Rio, comenta sobre as dificuldades da utilização da falcoaria para evitar as colisões: “O maior desafio, é que você nunca poderá afirmar que não haverá colisão, pois foge do seu controle, mas você pode minimizar os riscos de colisão, porém somos cobrados diariamente para que não haja colisão, e isso é algo que foge um pouco no nosso controle e me deixa de cabelos brancos.” Apesar de parecer um trabalho altamente lucrativo, não é assim que Gustavo Trainini da Hayabusa pensa: “O lucro maior de uma empresa que presta serviço de controle de Fauna esta nos contratos pequenos como controle de pombos em empresas, esses sim dão lucro! Ja contratos grandes como o de aeroportos envolve muito investimento por parte da empresa contratada e este investimento deve ser amortizado em 60 meses (período de um contrato contínuo) e a margem de lucro é apenas 5%, ou seja vc investe R$ 100.000,00 e recebe R$ 105.000,00 no final do mês, isso se der tudo certo e não perder ave ou tiver algum custo adicional naquele mês.” Apesar de sua eficácia, a falcoaria necessita ter um uso contínuo para surtir efeito e manter a diminuição das colisões. “A falcoaria é um método considerado eficaz para o controle de aves em territórios indesejados, porém, os efeitos são de curta duração, isto porque as aves pragas devem ser mantidas afastadas durante todo o ano por profissionais treinados e eficazes, processo que ocasiona muitas despesas.” (MATYJASIAK, 2008, apud SANTOS 2013) Nos Estados Unidos a empresa Falcon Force trabalha com o controle de aves através da Falcoaria, e Kalen Pearson falcoeira da Falcon Force fala da importância do uso da Falcoaria no controle, e como fomos nós os seres humanos que causamos o desequilíbrio ambiental que levas as aves a se comportarem de maneira a colocar vidas humanas em risco. “O controle de fauna hoje em dia é extremamente importante. Nós construímos cidades onde havia florestas, e aramos terreno agrícola onde havia planícies e sálvia. Temos empurrado a natureza e seus habitantes para os cantos mais distantes do nosso país, dando-lhes pequenas parcelas de terra para viver, longe da sociedade moderna. Mas a realidade é, as coisas podem sair do controle quando você jogar um monte de macacos em uma pequena sala juntos e esperar que eles se comportem e sejam felizes. Os números das espécies crescem e caem dependendo dos danos que tivermos feito, o clima anormal, doenças e todos esses tipos de coisas. A natureza não tem apenas que se acomodar para distúrbios naturais, mas o homem cria ocorrências também, e há consequências para isso. O maior problema que a
  • 15. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 15 sociedade enfrenta agora, é que nós temos que manter o equilíbrio, uma vez que nós perturbamos o equilíbrio e jogamos outro cozinheiro na cozinha. Por exemplo, sem o equilíbrio da população de coiotes, temos danos significativos para o número de coelhos e roedores, eles vêm ainda mais longe para as áreas residenciais, comem os seus gatos e galinhas, remexem o seu lixo, o risco de raiva, etc. Assim, o equilíbrio deve ser restabelecido para compensar a vida moderna tomando a natureza. O mesmo vale para as espécies invasoras que são de fato uma realidade devastadora para os seres humanos e para a natureza. O estorninho comum, por exemplo, é prejudicial não só para outras espécies, mas para a nossa produção de alimentos. Eles podem vir em enxames na casa dos milhares e consumir até 70% da safra de um fazendeiro em uma temporada. E eles são ladrões de ninho, eles pirateiam ninhos de aves muito especiais, como pica-paus e as andorinhas azuis (progne subis), podem colocar até 8 ovos e seus filhotes voam em menos de um mês. É fácil para os animais como estes ficarem fora de controle, destruir habitats, impedir que outras espécies prosperem, e fazendo com que os fazendeiros precisem aumentar os preços de culturas para que recuperem financeiramente as grandes perdas de suas colheitas.” A falcoaria é também utilizada no controle de aves, principalmente pombos e pardais, em galpões de empresas em geral, sendo as alimentícias as que mais recorrem a esta técnica que é altamente eficaz e ecológica, já que não provoca danos ao meio ambiente como outras técnicas como o uso de veneno. Kalen Pearson enfatiza como o controle de fauna pela falcoaria está em ascensão nos estados unidos, e como a falcoaria ajuda a diminuir as espécies invasoras nos mais diversos ambientes, como centros comerciais e até mesmo nas plantações. “O Controle Fauna, ou abatimento de pássaros como chamamos nos EUA, está em ascensão. Mais do que nunca, o abatimento é uma importante necessidade e está atualmente em alta demanda. No Falcon Force, somos capazes de combater as pragas em quase todos os ambientes desde resorts, centros comerciais, campos de golfe, parques de diversões, vinhas, pomares e outras culturas que estejam com necessidade desesperada de alívio de espécies de pragas. Realmente não há fim para a lista de indústrias que precisam de nossa ajuda. A vida moderna produz um monte de lixo, há pessoas que deixam cair batatas fritas no chão, latas de lixo transbordando com restos de comida, os lixões e aterros estão transbordando com comida. Os humanos tornaram incrivelmente fácil para os catadores comerem e florescerem rapidamente. Há uma fonte inesgotável de alimentos para que eles consumam, e essas criaturas nunca vão embora quando há uma oferta tão abundante de alimento a sendo desperdiçado todos os dias, construções para viverem e fazerem ninho, e sua adaptação à vida em um ambiente urbano os protege de seus predadores naturais, usando basicamente os seres humanos como um escudo. Mais notavelmente estorninhos, pombos e gaivotas sendo os infratores primários. É onde as aves de rapina intervém e encerram o show, os infratores têm de ir para outro lugar.” Podemos concluir que a Falcoaria evoluiu, e além de um esporte ela é hoje uma ferramenta de controle ecológico limpa e eficaz, e que não causa ainda mais danos ao meio ambiente. Através do controle de espécies invasoras a falcoaria salva vidas,
  • 16. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 16 evitando por exemplo quedas de aviões ou contaminação nos alimentos nas industrias alimentícias. #DF Referências: ABREU, Junior. Entrevista. Disponível em: < https://www.diariodefalcoaria.com/#!Entre vista-Interview-Junior- Abreu/cjds/56dc43970cf249e9dfd49f6f> Acesso em: 13/03/2017 PEARSON, Kalen. Entrevista. Disponível em: < http://diariodefalcoaria.wix.com/diariodefal coaria#!Entrevista-Interview-Kalen- Pearon/cjds/F07B76BB-3AF8-409F-AE32- 6374F0B5DC7D> Acesso em: 13/03/2017 MATYJASIAK,P. Methods of Bird Control at Airports, 2008, Warsaw, Poland, 33p. SANTOS JUNIOR, Hilário Perestrelo dos. Revisão de literatura sobre a eficácia da técnica da falcoaria para o controle de aves. São José dos Campos, 2013. Monografia de conclusão de curso de Ciências Biológicas da Faculdade de educação e artes da Universidade do Vale da Paraíba. TRAININI, Gustavo. Entrevista. Disponível em: <https://www.diariodefalcoaria.com/#!Entr evista-Gustavo- Trainini/cjds/568675f80cf20a60e3b04b83> Acesso em: 13/03/2017 TRANSPORT CANADA, Wildlife control procedures manual. Transport Canada. Aerodrome Safety Branch. Publication TP 11050E, Otawwa, Ontorio, Canada, 2002, In: Proceedings of Bird Strike Comitee Europe. BSCE22/WP-27, Vienna, pp. 196-189. <hhttp://www.int-birdstrike.org> RIBEIRO, Valter. Como fazer citações da internet, 2014. Disponível em:< http://www.estudoadministracao.com.br/l er/16-11-2014-como-fazer-citacoes- internet />. Acesso em: 16 de nov. 2014 Foto: RAPTOR
  • 17. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 17 Bird abatment using Falconry Fauna control is essential to avoid the phenomenon known as Bird strike, collisions between birds and aircraft at landing and takeoff times, which is when the speed and altitude of the aircraft allow the collision with birds that are sucked by the turbines or collide with parts of the aircraft. Besides material damage, bird strike can also cause a plane crash and death of people. A bird strike—sometimes called birdstrike, bird ingestion (for an engine), bird hit, or BASH (for Bird Aircraft Strike Hazard)— is a collision between an airborne animal (usually a bird or bat[1]) and a human-made vehicle, especially aircraft. The term is also used for bird deaths resulting from collisions with human-made structures such as power lines, towers and wind turbines (see Bird-skyscraper collisions and Towerkill). Bird strikes are a significant threat to flight safety, and have caused a number of accidents with human casualties.[3] The number of major accidents involving civil aircraft is quite low and it has been estimated that there is only about 1 accident resulting in human death in one billion (109) flying hours.[4] The majority of bird strikes (65%) cause little damage to the aircraft; however the collision is usually fatal to the bird(s) involved. Most accidents occur when there is a collision involving a bird (or birds) and the windscreen or a bird (or birds) is sucked into the engines of mechanical aircraft. These cause annual damages that have been estimated at $400 million[3] within the United States of America alone and up to $1.2 billion to commercial aircraft worldwide.[6] In addition to property damage, collisions between man-made structures and conveyances and birds is a contributing factor, among many others, to the worldwide decline of many avian species. The International Civil Aviation Organization (ICAO) reported 65,139 bird strikes for 2011-14, and the Federal Aviation Authority counted 177,269 wildlife strike reports on civil aircraft between 1990 and 2015, growing 38% in 7 years from 2009 to 2015. Birds accounted for 97%. Source: Wikipedia. To avoid collisions several measures are adopted by airports around the world, such as the use of firearms, fireworks, among other techniques that help but do not solve the problem. As airports are in wilderness locations and far from large urban centers, usually close to green areas and due to the lack of predators around, many birds are attracted to their surroundings and end up getting on a collision course with an aircraft. In the late 1940s, falcons were first used to disperse birds at an air base in Scotland (Wright 1963, Blokpoel 1976 apud SANTOS 2013). Falconry is a good solution to control these birds that can cause damages to the aircraft, and their use is justified: "The success of this method of bird control is based on the fact that many birds have a natural fear of falcons and hawks as predators, and that their presence in the area encourages problem species to disperse. The natural reaction of most birds is to form a flock and try to fly above the falcons. If this does not work, they will try to fly away leaving the area.” (TRANSPORT CANADA, 1984, apud SANTOS 2013). Even though the use of falconry is not entirely effective, since falcons and hawks cannot be flown at night, or when they are
  • 18. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 18 moulting, during storms, strong wind, rain, and need to rest and cannot work for long hours or even after they had fully fed that day. The use of falconry in bird control is an expensive solution, according to data from SANTOS 2013, the cost of an aviary control by falconry in an airport in the USA can cost around U$$ 25,000 per year, reaching up to U$$ 150,000. Falconry is not the only method used in bird control, and is usually more effective when used in conjunction with other more traditional techniques such as the use of rockets, ultrasound, shooting, traps, etc. In Brazil there are several airports that already use bird control through Falconry, among them: Galeão RJ, Confins and Pampulha BH- MG, Eurico de Aguiar Salles Vitória-ES and Salgado Filho in Porto Alegre. It is necessary to use different species of birds of prey for bird control at airports, such as hawks and large falcons, since each species of predator is best to hunt different types of target birds. The most commonly used birds in the world for bird abatement are: Harris’s hawks and goshawks, and the saker, peregrine and gyr falcons. In Brazil, the most commonly used species in control are the Harris’s Hawks, the aplomado falcon the peregrine falcons. The most threatening birds are seagulls (Laurus sp.), Ducks (Anas sp.), Geese (Anser sp.) and cormorants (Phalacrocorax), as well as birds that form large flocks like starlings. (SANTOS, 2013). Gustavo Trainini from the company Hayabusa, was one of the first to implement the bird control falconry at a Brazilian airport. He tells us about the challenges at the beginning of this work: “In 2009 Hayabusa won the first bidding whose hiring object was "hawking". The wildlife management involving falconry occurred simultaneously in Pampulha Airport (BH-MG) by Biocev, so the two companies began almost together implementing Falconry at Brazilian airports. The work began on January 29, 2009, and I had as a personal goal to show Infraero and IBAMA that falconry was the best bird control method. In this contract we worked over 18 hours a day, because we had the technical part (reports) Operating (falconry) and administrative to fulfill. I remember that there were many months of psychological strain, as falconry involved all Airport sectors (tower, security, engineering, management, financial, air traffic control, SGSO, work security, etc) , and no one had a clue how do it.” Junior Abreu, one of the partners of the company CEPAR, responsible for bird control at Galeão airport in Rio, comments on the difficulties of using falconry to avoid collisions: “The biggest challenge is that you can never say that there won´t be a collision, it escapes from your control, but you can minimize the risk of collision, but we are charged on a daily basis so there is no collision, and this is something that runs off a little in our control and makes me get grey hair.” Although it seems a highly profitable job, this is not how Gustavo Trainini of Hayabusa thinks: “The higher profit for company that provides fauna control service are in small contracts such as pigeon control in companies, these are the profitable works! Major contracts such as in airports involves a lot of investment by the contractor and this investment should be
  • 19. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 19 amortized over 60 months (period of a continuing contract) and the profit margin is only 5%, i.e. if you invest R$100,000.00 (25.270,39 dollars) and only receives R$ 105,000.00 (26.533,91 dollars) in the end of the month, if all goes well and you don´t lose a bird or have any additional cost that month.” In spite of its effectiveness, falconry needs to have a continuous use to take effect and maintain the reduction of collisions. "Falconry is a method considered effective for the control of birds in undesired territories, but the effects are short-lived, because pest birds must be kept away throughout the year by trained and effective professionals, a process that causes many expenses. (MATYJASIAK, 2008, apud SANTOS 2013) In the United States Falcon Force works with bird abatement using Falconry, and Kalen Pearson, a falconer in Falcon Force, speaks about the importance of using Falconry in bird control, and how we humans were the ones that caused the environmental imbalance that are making birds behave in ways that put human lives at risk. “Fauna control in today's age is incredibly important. We have built cities where there were forests, and plowed farm land where there were plains and sage. We have pushed nature and its inhabitants to the furthest corners of our country, giving them little plots of land to live on, away from modern society. But the reality is, things can get out of hand when you throw a bunch of monkeys in a small room together and expect them to behave and be happy. Species numbers rise and fall depending on damage we have done, freak weather, disease and all these kinds of things. Nature not only has to accommodate for natural disturbances, but man made occurrences too, and there are consequences to that. The biggest problem society faces now, is that we have to maintain the balance, since we have disrupted the balance and thrown another cook into the kitchen. For instance, without balancing the coyote population, we have significant damage to the numbers of rabbits and rodents, they come further into residential areas, eating your cats and chickens, getting into your garbage, rabies risks, etc. So the balance must be reestablished to compensate for modern living overtaking the nature. The same goes for invasive species that are indeed a devastating reality to humans and nature, the European Starling for example is detrimental not only to other species, but to our food crops. They can swarm in the thousands and consume somewhere in the number of up to 70% of a farmer's crop in one season. And they are nest stealers, they pirate nests of very special birds like woodpeckers and purple martins (progne subis) , can lay up to 8 eggs and have their young flying in less than a month. It is easy for animals like this to get way out of control, destroy habitats, prevent other species from flourishing, and causing farmer's to increase prices of crops to financially recover from the major losses of their harvest.” Falconry is also used in the control of birds, mainly pigeons and sparrows, in sheds of companies in general, and the food companies are the ones that demands more this technique that is highly effective and ecological, since it does not cause damages to the environment like other techniques such as the use of poison. Kalen Pearson emphasizes how bird abatement with falconry is on the rise in the United States, and how falconry helps reduce invasive
  • 20. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 20 species in a variety of environments, such as shopping centers and even farms. “Fauna control, or bird abatement as we call it in the US, is on the rise. More than ever, abatement is a major necessity and is currently in high demand. At Falcon Force, we are able to combat pests in almost every environment from resorts, shopping centers, golf courses, entertainment parks, vineyards, orchards and other crops in desperate need of relief from pest species. There really is no end to the list of industries that need our help. Modern living produces a lot of waste, we've got people dropping French fries on the ground, trash cans over flowing with left over food, the garbage dumps and land fills are overflowing with food. Humans have made it incredibly easy for scavengers to eat and flourish rapidly. There is a never ending supply of food for them to consume, and these creatures will never go away when there is such an abundant supply of food being left out every day, buildings to nest in, and their adaption to living in an urban environment protects them from their natural predators, basically using humans as a shield. Most notably starlings, pigeons and seagulls being the primary offenders. That's where raptors step in and shut down the show, the offenders have to go somewhere else.” We can conclude that Falconry has evolved, and besides being a sport, it is today a clean and effective ecological control tool, which does not cause even more damage to the environment. Through the control of invasive species, falconry saves lives, avoiding, for example, aircraft crashes or food contamination in food industries. #DF References: ABREU, Junior. Entrevista. Disponível em: < https://www.diariodefalcoaria.com/#!Entrevista -Interview-Junior- Abreu/cjds/56dc43970cf249e9dfd49f6f> Acesso em: 13/03/2017 PEARSON, Kalen. Entrevista. Disponível em: < http://diariodefalcoaria.wix.com/diariodefalcoar ia#!Entrevista-Interview-Kalen- Pearon/cjds/F07B76BB-3AF8-409F-AE32- 6374F0B5DC7D> Acesso em: 13/03/2017 MATYJASIAK,P. Methods of Bird Control at Airports, 2008, Warsaw, Poland, 33p. SANTOS JUNIOR, Hilário Perestrelo dos. Revisão de literatura sobre a eficácia da técnica da falcoaria para o controle de aves. São José dos Campos, 2013. Monografia de conclusão de curso de Ciências Biológicas da Faculdade de educação e artes da Universidade do Vale da Paraíba. TRAININI, Gustavo. Entrevista. Disponível em: <https://www.diariodefalcoaria.com/#!Entrevist a-Gustavo- Trainini/cjds/568675f80cf20a60e3b04b83> Acesso em: 13/03/2017 TRANSPORT CANADA, Wildlife control procedures manual. Transport Canada. Aerodrome Safety Branch. Publication TP 11050E, Otawwa, Ontorio, Canada, 2002, In: Proceedings of Bird Strike Comitee Europe. BSCE22/WP-27, Vienna, pp. 196-189. <hhttp://www.int-birdstrike.org> RIBEIRO, Valter. Como fazer citações da internet, 2014. Disponível em:< http://www.estudoadministracao.com.br/ler/1 6-11-2014-como-fazer-citacoes-internet />. Acesso em: 16 de nov. 2014
  • 21. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 21 Cetrería en el Control aviario El control de la fauna es esencial para evitar el fenómeno conocido como el impacto de aves, las colisiones entre aves y aviones en tiempos de despegue y aterrizaje, que es cuando la velocidad y la altitud de la aeronave permiten colisión con aves que son aspiradas a través de las turbinas o chocan con piezas aeronave. El daño también material también puede conducir a la caída y muerte de los pasajeros. Las medidas de Control del peligro aviario y fauna son aquellas que se ejecutan con la intención de reducir el riesgo que supone la presencia de aves y todo tipo de fauna para las aeronaves, sus operaciones en los aeropuertos e inmediaciones, que pueden desencadenar accidentes aéreos que podrían involucrar vidas humanas. Muchos aeropuertos forman parte de ecosistemas semi-antrópicos en los que habita fauna silvestre. Los animales buscan alimento, agua, abrigo y muchas veces encuentran estos elementos esenciales en el predio aeroportuario. Esto ocasiona la convivencia de fauna y aeronaves dentro de un mismo espacio, lo que genera altas probabilidades de choques de aves con aviones (motores, parabrisas, etc.) y provocando así incidentes y/o accidentes principalmente en los momentos de despegue y aterrizaje. El peligro potencial que representa la presencia de fauna debe ser evaluado y controlado con el objeto de minimizarlo y de esta manera preservar la integridad de las personas y reducir perdidas económicas. Se busca eliminar factores de atracción de fauna dentro de un aeropuerto como medida fundamental para el efectivo control de la misma. Wikipedia Para evitar colisiones distintas medidas adoptadas por los aeropuertos de todo el mundo, tales como el uso de armas de fuego, fuegos artificiales, entre otras técnicas que ayudan, pero no resuelve el problema. A medida que los aeropuertos son espacios abiertos locales y lejos de los grandes centros urbanos, por lo general cerca de las zonas verdes y ausencia de depredadores, muchas aves se sienten atraídos por sus alrededores, y terminan poniendo en curso de colisión con la aeronave. A finales de la década de 1940 se utilizaron por primera halcones para dispersar las aves en una base aérea en Escocia (Wright 1963 Blokpoel 1976 apud SANTOS 2013). La cetrería es una buena solución para controlar estas aves que pueden dañar la aeronave, y por lo tanto su uso justificado: "El éxito de este método de control de aves se basa en el hecho de que muchas aves tienen un miedo natural de halcones y halcones como los depredadores, y que su presencia en la zona alienta solucionadores de las especies a dispersarse. La reacción natural de la mayoría de las aves es la de formar una banda y tratar de volar por encima de los halcones. Si esto no funciona, tratan de volar lejos de abandonar la zona (Transport Canada, 1984 apud junior 2013). Sin embargo, el uso de la cetrería no es plenamente eficaz, ya que los halcones y halcones no se pueden volar por la noche, o cuando están cambiando (muda), durante las tormentas, viento fuerte, lluvia, y necesitan descansar y no pueden trabajar por largas horas e incluso después de haber sido alimentados por completo ese día. El uso de la cetrería en control es una solución cara, de acuerdo con los datos reportados
  • 22. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 22 por SANTOS 2013, los costes de un control utilizando la cetrería en un aeropuerto de los EE.UU. puede costar alrededor de U$$ 25.000 por año, alcanzando hasta U$$ 150.000. La cetrería no es el único método utilizado en el control y por lo general es más eficaz cuando se utiliza junto con las técnicas más tradicionales, tales como el uso de fuegos de artificio, ultrasonido, disparos, trampas, etc. En Brasil hay varios aeropuertos que ya tienen el control de aves con la cetrería, incluyendo: Galeão RJ, Confins y Pampulha BH-MG, Eurico de Aguiar Salles Vitória-ES y Salgado Filho, en Porto Alegre. Es necesario el uso de diferentes especies de aves rapaces para el control en los aeropuertos, tales como gavilanes y gran halcones, ya que cada tipo de rapaz es mejor para cazar diferentes tipos de aves. Las aves de presa más utilizadas en el control en aeropuertos son Agüillas de Harris y azores, los halcones sacre, peregrino y gyr. En Brasil, la especies más comúnmente utilizadas en el control son las aguillas de Harris y los halcones aplomados y peregrinos. Las aves que ofrecen más riesgo son: Larus (Laurus sp.), Patos (Anas sp.), Gansos (Anser sp.) Y biguás (Phalacrocorax) y aves que forman grandes bandadas de aves como los estorninos. (SANTOS, 2013). Gustavo Trainini la compañía Hayabusa, fue uno de los primeros en poner en práctica el control de fauna mediante la cetrería en un aeropuerto de Brasil. El habla de los desafíos al comienzo de este trabajo: “En 2009 Hayabusa ganó la primera licitación, cuyo objeto era la contratación de "cetrería". El manejo de vida silvestre de la cetrería se produjo simultáneamente en el aeropuerto de Pampulha por Biocev (Bh- MG), es decir, las dos compañías comenzaron casi al mismo tiempo a poner en práctica la cetrería en los aeropuertos brasileños. Los trabajos comenzaron el 29 de enero de 2009, y yo tenía como objetivo personal mostrar a Infraero y al IBAMA que la cetrería era el mejor método de control de aves. En este contrato trabajábamos más de 18 horas al día, porque teníamos la parte técnica (Informes) la operacional (cetrería) y administrativa para cumplir. Recuerdo que fueron muchos meses de tensión psicológica, ya que la cetrería involucraba todos los sectores del aeropuerto (Torre, seguridad, ingeniería, administrativo, Financiero, control de tráfico aéreo, SGSO, seguridad en el trabajo y otros ...) y nadie tenía ni idea de cómo hacer todo eso.” Junior Abreu, socio de la empresa CEPAR, responsable del control del aeropuerto de Galeão, en Río, comenta sobre las dificultades de uso de la cetrería para evitar colisiones: “El mayor desafío es que nunca se puede decir que no habrá colisión, ya que eso escapa a su control, pero se puede minimizar el riesgo de colisión, pero a diario somos cobrados para que no haya colisión, y esto es algo que se escapa un poco en nuestro control y me salen cañas por eso.” A pesar de parecer un trabajo muy lucrativo, no es tan Gustavo Trainini Hayabusa piensa: “El mayor lucro para una empresa de control de fauna son en los pequeños contractos como el control de palomas en empresas, estos son los trabajos que dan más dinero! Ya los importantes contratos como en los aeropuertos implica una gran inversión por parte del contratista y esta inversión se amortiza en 60 meses (período de un contrato continuo) y el margen de
  • 23. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 23 lucro es sólo el 5%, es decir, usted invierte R$ 100.000,00 (25.270,39 dolares) y recibe R$ 105,000.00 (26.533,91 dólares) a finales del mes, si todo va bien y usted no pierde aves ni tiene ningún costo adicional en este mes.” A pesar de su eficacia, la cetrería necesidad de tener un uso continuo para tener efecto y mantener la reducción de las colisiones. "La cetrería es un método considerado eficaz para el control de aves en zonas no deseadas, sin embargo, los efectos son de corta duración, esto porque las plagas de aves deben mantenerse alejados durante todo el año por profesionales capacitados y eficientes, un proceso que hace que muchos de los gastos . (MATYJASIAK 2008 apud junior 2013) En los Estados Unidos la empresa Falcon Force trabaja con las aves control por Cetrería, y Kalen Pearson cetrera de Falcon Force habla de la importancia del uso de la cetrería en el control, y cómo fueron los seres humanos que hemos provocado desequilibrios ambientales que llevaron las aves a comportarse de una manera que pone en peligro vidas humanas. “El control de fauna en la época actual es increíblemente importante. Hemos construido ciudades donde había bosques y arado la tierra agrícola donde había llanuras y salvia. Hemos impulsado la naturaleza y sus habitantes hasta el último rincón de nuestro país, dándoles pequeñas parcelas de tierra para vivir, lejos de la sociedad moderna. Pero la realidad es, las cosas pueden salir del control cuando se lanza un montón de monos en una pequeña habitación juntos y se espera que se comporten bien y sean felices. Los números de las especies números ascienden y descienden en función de los daños que hemos hecho, el clima anormal, la enfermedad y todo este tipo de cosas. La naturaleza no sólo tiene que adaptarse a las perturbaciones naturales, pero el hombre interfirió también, y hay consecuencias a eso. El mayor problema que la sociedad enfrenta ahora, es que tenemos que mantener el equilibrio, ya que hemos roto el equilibrio y puesto otro cocinero en la cocina. Por ejemplo, sin el equilibrio de la población de coyotes, tenemos un daño significativo a la cantidad de conejos y roedores, ellos llegan más lejos en las zonas residenciales, comen sus gatos y gallinas, revuelven la basura, hay el riesgo de la rabia, etc. Así que el equilibrio debe ser restablecido para compensar la vida moderna tomando la naturaleza. Lo mismo ocurre con las especies invasoras que son de hecho una realidad devastadora para los seres humanos y la naturaleza, el estornino europeo (sturnus vulgaris), por ejemplo, es perjudicial no sólo para otras especies, pero a nuestros cultivos alimentarios. Ellos pueden pulular en los miles y consumir hasta el 70% de la cosecha de un granjero en una temporada. Y son ladrones de nidos, que piratean nidos de aves muy especiales como pájaros carpinteros y las golondrinas purpureas, pueden poner hasta 8 huevos y sus crías vuelan en menos de un mes. Es fácil para los animales como este llegaren fuera de control, destruyeren hábitats, impedir que otras especies florezcan, y hacen que los agricultores tengan que aumentar los precios de los cultivos para que se recuperen económicamente de las grandes pérdidas de sus cosechas.” La Cetrería también se utiliza en el control de las aves, en su mayoría palomas y gorriones, en los depósitos de las empresas en general, y especialmente de empresas alimenticias, ya que el uso de la cetrería es muy eficaz y respetuoso al medio ambiente, ya que no causa daños como otras técnicas como el uso de veneno. Kalen Pearson hace
  • 24. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 24 hincapié en cómo el control de la fauna por la cetrería está en aumento en los Estados Unidos, y cómo la cetrería ayuda a reducir las especies invasoras en diversos entornos, como centros comerciales e incluso en las plantaciones. “El Control de fauna, o reducción de aves como la llamamos en los EE.UU., está en aumento. Más que nunca, la reducción es una necesidad importante y tiene actualmente una gran demanda. En Falcon Force, somos capaces de combatir las plagas en casi todos los ambientes, desde resorts, centros comerciales, campos de golf, parques de entretenimiento, viñedos, frutales y otros cultivos en necesidad desesperada de alivio de especies de plagas. Realmente no hay fin a la lista de industrias que necesitan de nuestra ayuda. La vida moderna produce muchos residuos, la gente deja caer las patatas fritas en el suelo, botes de basura, los basureros transbordan con restos de comida y los rellenos de tierra están llenos de comida. Los seres humanos han hecho que sea increíblemente fácil para los carroñeros coman y florezcan rápidamente. Hay una cantidad interminable de alimentos para que ellos consuman, y estas criaturas nunca desaparecen cuando hay un suministro tan abundante de comida que se tira todos los días, edificios para anidarse, y su adaptación a la vida en un entorno urbano los protege de sus depredadores naturales, básicamente utilizando los seres humanos como un escudo. Los estorninos, palomas y gaviotas son los delincuentes primarios más notables. Ahí es donde las aves rapaces intervienen y cierran el show, los delincuentes tienen que ir a otro lugar.” Podemos concluir que la cetrería ha evolucionado, y al igual que un deporte es hoy en día una herramienta de control ecológico limpia y eficaz, y no causar más daño al medio ambiente. A través del control de las especies invasoras salva vidas cetrería, evitando por ejemplo, accidentes de avión o contaminación en los alimentos en la industria alimentaria. #DF Referências ABREU, Junior. Entrevista. Disponível em: < https://www.diariodefalcoaria.com/#!Entrevista -Interview-Junior- Abreu/cjds/56dc43970cf249e9dfd49f6f> Acesso em: 13/03/2017 PEARSON, Kalen. Entrevista. Disponível em: < http://diariodefalcoaria.wix.com/diariodefalcoar ia#!Entrevista-Interview-Kalen- Pearon/cjds/F07B76BB-3AF8-409F-AE32- 6374F0B5DC7D> Acesso em: 13/03/2017 MATYJASIAK,P. Methods of Bird Control at Airports, 2008, Warsaw, Poland, 33p. SANTOS JUNIOR, Hilário Perestrelo dos. Revisão de literatura sobre a eficácia da técnica da falcoaria para o controle de aves. São José dos Campos, 2013. Monografia de conclusão de curso de Ciências Biológicas da Faculdade de educação e artes da Universidade do Vale da Paraíba. TRAININI, Gustavo. Entrevista. Disponível em: <https://www.diariodefalcoaria.com/#!Entrevist a-Gustavo- Trainini/cjds/568675f80cf20a60e3b04b83> Acesso em: 13/03/2017 TRANSPORT CANADA, Wildlife control procedures manual. Transport Canada. Aerodrome Safety Branch. Publication TP 11050E, Otawwa, Ontorio, Canada, 2002, In: Proceedings of Bird Strike Comitee Europe. BSCE22/WP-27, Vienna, pp. 196-189. <hhttp://www.int-birdstrike.org> RIBEIRO, Valter. Como fazer citações da internet, 2014. Disponível em:< http://www.estudoadministracao.com.br/ler/1 6-11-2014-como-fazer-citacoes-internet />. Acesso em: 16 de nov. 2014
  • 25. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 25 Matéria de Capa: Falcoaria no Paraguai Entrevista Tatiana Maria Rivarola Quevedo e Raul German Palacios Princigalli A Falcoaria no Paraguai cresce a cada dia, e agora tem ao seu lado uma águia dourada para ajudar no controle aviário no Aeroporto Internacional de Assunção. Para saber mais sobre a falcoaria no Paraguai e também sobre TYGA, a águia dourada, entrevistei Raul Princigalli e Tatiana Quevedo, um casal de falcoeiros que trabalham com dedicação, esforço e profissionalismo contribuindo com o crescimento da falcoaria no seu país. Quem são eles? Tatiana Quevedo Maria Rivarola é arquiteta, mora em Assunção Paraguai e é casada com Raul há um ano. Ela conheceu a Falcoaria graças ao seu marido, e a pratica desde que o conheceu há 5 anos. Ela sempre teve um grande amor pelas aves e o sonho de poder pousá-las em sua mão. O amor pelas aves esteve presente em seu casamento, que foi realizado com o tema da Idade Média, com falcões e corujas na igreja. O que ela mais ama na falcoaria é o forte vínculo criado com o falcão, a confiança mútua entre um
  • 26. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 26 animal selvagem com o ser humano, a satisfação de caçar com eles. Raul German Palacios Princigalli é veterinário e falcoeiro, de Assunção Paraguai. Ele tem uma empresa chamada Raptor que realiza controle de Fauna no aeroporto internacional de Assunção há 5 anos, e em outras empresas também. O que ele mais ama na falcoaria é a interação entre predador e presa. Início na Falcoaria Tatiana começou há 5 anos quando conheceu Raul e imediatamente se apaixonou pelo mundo da falcoaria. Suas primeiras aves foram uma coruja (Otus choliba) e um falcão quiriquiri (Falco sparverius) com o qual ela caçou sua primeira presa silvestre. O interesse de Raul pela falcoaria começou quando ele era muito pequeno, aos 11 anos, quando ele leu em uma enciclopédia o significado da palavra falcoaria, e isso foi como um chamado especial para ele, e assim ele percebeu que era isso o que ele queria fazer para o resto de sua vida. Foi assim que ele pesquisou sobre o assunto, entrou em fóruns internacionais de falcoaria e aos 16 anos teve seu primeiro falcão, um quiriquiri (Falco sparverius) com o qual apenas caçou insetos, logo ele teve um falcão de coleira (Falco femoralis) com o qual já conseguiu realmente caçar. Aves Tatiana já voou muitas aves em seus cinco anos como falcoeira, e ela nos conta sobre a sua experiência: "Eu voei falcões, corujas de várias espécies, falcão de coleira e agora estou treinando um falcão morcegueiro (Falco rufigularis), os quais são muito nervosos e tem um metabolismo super-acelerado, mas eles são extremamente ágeis e caçadores excelentes". A ave de rapina mais difícil que Raul já voou foi um falcão peregrino pálido, com o qual ele viveu muitas histórias: "A ave mais difícil que eu já voei foi um falcão peregrino pálido, foi difícil já que ele não parava de voar se afastando e percorria grandes distancias. Em uma ocasião o rastreei por 40km. Esta é uma das várias histórias que passei com este falcão, como em uma oportunidade que ele também voou longe, foi capturado por algumas pessoas e o encontrei amarrado em uma janela da casa de um aldeão perto do aeroporto". Hoje Tatiana voa um falcão morcegueiro (Falco rufigularis) e um falcão quiriquiri (Falco sparverius) e ela tem o desejo de voa um peregrino no futuro: "Minha idéia é voar falcões peregrinos, mas antes quer praticar bastante com aves mais fáceis, já que um peregrino exige muito tempo e dedicação. Mas eu sempre me esforço para poder trabalhar e no meu tempo livre praticar a falcoaria." Raul atualmente está voando um falcão morcegueiro, um peregrino pálido, uma
  • 27. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 27 águia chilena, e está amansando um açor e uma águia real. E ele tem mais planos para o futuro: "Já que graças a Deus meu trabalho é com a falcoaria eu posso dedicar muito tempo às aves. E algum dia eu gostaria de poder manejar um accipiter bicolor." Falcoaria no Paraguai Como é a falcoaria no Paraguai e quais são os principais desafios para o crescimento da Falcoaria no seu país? A Falcoaria no Paraguai está se tornando conhecida, Raul introduziu a falcoaria no Paraguai, antes ninguém conhecia o tema e confundiam com outras coisas como costura (sastrería em espanhol) ou cestaria (cestería em Espanhol), (risos). Atualmente temos um grupo de pessoas simpatizantes e que querem aprender. Os principais desafios são a conscientização das pessoas sobre as aves de rapina, já que não existem leis para apoiar esta arte, muitas pessoas acreditam que um falcão pode ser um animal de estimação e o capturam da natureza de forma irresponsável, inclusive os vendem ilegalmente. Nós queremos que leis sejam criadas para apoiar a prática e a conservação em nosso país. Como é a aceitação do grande público em relação à falcoaria no seu país? A falcoaria gera um grande interesse no nosso país, a maioria das pessoas fica encantada com ela, se surpreendem e querem conhecer mais sobre o tema, por isso estamos constantemente realizando palestras, eventos, festivais medievais com demonstrações de caça, etc. Nós difundimos em todos os meios possíveis de comunicação e auxiliamos os interessados na prática.
  • 28. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 28 Educação ambiental Eu percebi que vocês se preocupam muito com a educação ambiental com aves de rapina, e promovem muitos eventos para as crianças. Como vocês avaliam a importância da educação ambiental com aves de rapina em seu país? ] A educação ambiental e de conservação é extremamente importante em nosso país. Desde pequenos é importante sensibilizar e capacitar às crianças e pessoas sobre o tema, através do contato direto com as aves de rapina, mostrando seu modo de vida, habitat e modo de caça. Já que hoje em dia muitos capturam da natureza para vender em mercados como animais de estimação. Também é muito importante divulgar a sua alimentação, já que muitos acreditam que devem comer carne de vaca, alimentando-as com isso e ocasionando assim a morte do animal. Através da difusão da falcoaria que temos realizado já há vários anos, nós vamos criando consciência às pessoas, tanto sobre a conservação das aves como a do seu ambiente.
  • 29. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 29 Controle de Fauna Como é o trabalho da empresa Raptor hoje no Paraguai. Além do controle no aeroporto, que tipo de serviços vocês oferecem? Graças à falcoaria surgiu a empresa Raptor, com a qual iniciamos com o controle biológico de aves no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi nos últimos 5 anos, antes disso não existia um método de controle de aves lá. Graças à importância deste trabalho e seus bons resultados, surgiu o interesse de fábricas, armazéns, edifícios, casas, etc. de solucionar o problema que tinham com pombos (Columba livia), porque os métodos existentes não forneciam uma solução bem sucedida para o problema. Então idealizamos técnicas de controle que são utilizadas com sucesso e com 100% de eficácia conforme o caso. O método de trabalho é o seguinte: se realiza uma visita ao local de infestação, se avalia e logo uma proposta adequada é encaminhada. Desenvolvemos vários métodos de bloqueio com malhas anti- pombas e uma fita que emite impulsos elétricos que se aderem à superfície, então quando a pomba pousa, recebe a descarga e já não volta mais a pousar naquele local. Quais são as vantagens do uso da falcoaria para o controle de fauna nociva nos aeroportos? Através do voo periódico dos falcões, momentos antes e após o pouso e decolagem das aeronaves, se consegue dissipar e afugentar uma grande quantidade de bandos de aves que atravessam a pista ou se instalam nas proximidades, especialmente na época de migração, além do que a falcoaria é um método totalmente orgânico, não é prejudicial aos seres humanos e não produz ruído excessivo, como bombas ou foguetes. É a solução comprovadamente mais eficaz.
  • 30. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 30 A águia real TYGA O que significa o nome TYGA e porque escolheram este nome? Tyga significa Thank You God Always (acrónimo em inglês), em português significa “Obrigada Deus para sempre”, em homenagem a Deus, uma vez que as chances de ser capaz de importar uma águia real ao Paraguai eram quase nulas, e com muito esforço e, é claro, muita fé que conseguimos que tudo se resolvesse para que a trouxéssemos. Por que vocês decidiram importar uma águia dourada para o uso em controle de aves nos aeroportos? Que tipo de presas a Tyga caçará? Vocês acreditam que a águia dourada é uma boa escolha para empresas de controle em aeroportos em todo o mundo? Além de ser um sonho realizado poder manejar uma águia real, é um desafio completo. O uso que daremos a ela no aeroporto é de marcar território e assustar as aves de grande porte, tanto nas instalações do aeroporto como nos seus arredores, especialmente na época da migração, na qual registramos grandes bandos de aves que não se assustam com a presença de falcões menores, e até mesmo os irritam, como o Carcará (Caracara plancus) e o kara kara e o urubu de cabeça preta (yryvu em guaraní, Coragyps atratus), assim como mamíferos e répteis de médio porte que circulam pelos arredores. Queremos inovar e melhorar sempre nosso serviço, e por isso e é por isso que estamos comprometidos com a introdução da águia para controlar estas
  • 31. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 31 espécies. O seu uso em outros aeroportos do mundo pode ser muito útil para as mesmas razões, já que o maior problema se dá nas épocas de migração de pássaros e muitas são de grande porte. Como vocês avaliam a importância da chegada de Tyga para a falcoaria no Paraguai e na América do Sul? É muito importante a nível nacional e regional, a chegada de Tyga chamou muita atenção na mídia e nas redes sociais, onde a sua chegada se tornou viral, é um passo muito grande para a falcoaria no Paraguai, porque pela primeira vez um falcoeiro paraguaio adquire uma ave deste porte, e a nível da América central e do Sul acreditamos que abrirá portas deixando um precedente tanto de importação como de manejo e de adaptação ao clima da região. Um exemplo de luta, perseverança e fé em Deus. Como é o temperamento de Tyga? Quais são as maiores diferenças de temperamento entre a águia chilena e a águia dourada? Tyga é uma águia parental, mas que podia ver as pessoas, então ela cresceu de uma forma que estava acostumada a ver pessoas. Ela chegou semi amansada, e atualmente a estamos amansando e aclimatando, mas não é tão simples já que ela pesa 6 kg com peso cheio, e é da subespécie daphanea, por exemplo, na primeira vez que ela debateu ela me impulsionou para frente e conseguiu me fazer levantar da cadeira. Ela também aperta fortíssimo a luva deixando várias marcas de suas garras, parece que ela vai quebrar o seu osso. Por outro lado a águia chilena que temos é imprintada e é extremamente gentil e dócil, é muito apegada aos seres humanos, é um macho e pesa 1,6 kg, mas é muito agradável com as pessoas, deixa qualquer pessoa manejá-lo e tocá- lo, é especialmente usado em exposições já que seu voo é imponente e não é perigoso. Tyga foi importada da Eslováquia. Porque decidiram importa-la deste país e como foi o processo de importação? Nós a trouxemos da Eslováquia já que fizemos nossas investigações e nos recomendaram trazê-la de lá, porque o filhote do criatório de onde a trouxemos é um dos melhores (parental, os pais o alimentam mas o filhote pode ver pessoas. ), é de linhagem caçadora e é da subespécie daphanea originária do Cazaquistão, ou seja ela é da maior subespécie de águias douradas do mundo, a sua beleza, plumagem escura e coroa dourada que já pode ser apreciada desde os exemplares jovens, é digna de admiração. O processo, tanto para obter uma águia assim, a papelada e para conseguir uma companhia aérea que pudesse transportá-la foi difícil, demorou muito tempo desde que nós decidimos trazê-la até que fosse possível trazê-la. Para ser sincero até três dias antes da sua chegada nos disseram que não seria possível e por isso nos consideramos um milagre, tudo o que se relacionava com sua importação foi muito complicado, tive que realizar vários voos e
  • 32. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 32 providenciar muita papelada, e é por isso que agradecemos a Deus pela sua chegada, foi um milagre que tenha chegado bem. Ela voou da Eslováquia para Espanha, ali ela teve que ficar vários meses e com a ajuda de um falcoeiro espanhol que cuidou dela até que todos os documentos fossem requeridos no Paraguai, outra complicação foi a companhia aérea, já que não existem voos diretos que transportem aves de rapina da Espanha para o Paraguai, e ela teve que fazer uma escala na Colômbia para depois vir até Assunção, foi uma verdadeira Odisséia. #DF Contato: http://raptor.com.py/ Facebook: Raptor Paraguay
  • 33. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 33 Entrevista Tatiana Maria Rivarola Quevedo y Raul German Palacios Princigalli La cetrería en Paraguay crece a cada día, y ahora tiene a su lado un águila real para ayudar en el control aviar en el aeropuerto Internacional de Asunción. Para que conozcamos más de la cetrería en Paraguay y también de TYGA, el águila real, entrevisté Raúl Princigalli y Tatiana Quevedo, una pareja cetrera que trabaja con dedicación, esfuerzo y profesionalismo y contribuyen en el crecimiento de la cetrería en su país. ¿Quiénes son? Tatiana Maria Rivarola Quevedo es arquitecta, vive en Asunción Paraguay y está casada con Raúl hace un año. Conoció a la cetrería gracias a su esposo, y la practica desde que lo conoció hace 5 años. Siempre tuvo un gran amor por las aves y el sueño de poder posarlas en su mano. El amor por las aves estuvo presente en su boda, que fue temática de La Edad Media con los halcones y Búhos en la iglesia. Para ella lo que más le encanta en la cetrería es el fuerte vínculo que se crea con el halcón, la confianza mutua entre un animal salvaje y con el ser humano, la satisfacción de poder cazar con ellas. Raul German Palacios Princigalli es veterinario y cetrero, de Asunción Paraguay. Él tiene una empresa de control aviar llamada Raptor y que realiza trabajos en el aeropuerto Internacional de Asunción hace ya 5 años, además de otras empresas. Para él lo que más le encanta en la cetrería es la interacción entre el depredador y su presa.
  • 34. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 34 Início en la cetrería Tatiana empezó hace 5 años cuando le conoció a Raúl e inmediatamente se apasionó por el mundo de la cetrería. Sus primeras aves fueron un búho (Otus choliba) y un cernícalo americano (Falco sparverius) con el que cazó su primera presa silvestre. El interés de Raúl por la cetrería comenzó de muy pequeño, a los 11 años cuando leyó en una enciclopedia el significado de la palabra cetrería, eso fue como un llamado especial para él y se dio cuenta de que eso era lo que quería hacer por el resto de su vida. Así fue como él investigó sobre el tema, ingresó a foros internacionales de cetrería y a los 16 años tuvo su primer halcón, un cernícalo americano (Falco sparverius) con el que solo cazó insectos, luego tuvo un halcón aplomado (Falco femoralis) con el que ya logró cazar. Aves Tatiana ya voló muchas aves en sus cinco años como cetrera, y ella nos cuenta su experiencia: “He volado cernícalos, Lechuzas, Búhos, halcón aplomado y ahora estoy entrenando un halcón murcielaguero, los cuales son muy nerviosos y tienen el metabolismo súper acelerado, pero son extremadamente ágiles y excelentes cazadores.” El ave más difícil que Raul ha volado fue un halcón peregrino pálido, con lo cual ha pasado muchas historias: “ el ave más difícil que ya he volado fue un halcón peregrino pálido, fue difícil ya que no paraba de volar alejándose y recorría largas distancias, en una ocasión le rastree por 40 km. Esta y varias historias que pasé con este halcón, como en una oportunidad que también voló muy lejos, fue capturado por unas personas y lo encontré atado en una ventana de la casa de un poblador cercano al aeropuerto.” Hoy Tatiana vuela un halcón murcielaguero (falco rufigularis) y un cernícalo americano (falco sparverius) y ella tiene el deseo de volar un peregrino en el futuro: “ Mi idea es poder volar halcones peregrinos,
  • 35. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 35 pero antes practicar bastante con aves más fáciles, ya que un peregrino requiere mucho tiempo y dedicación. Pero me ingenio siempre para poder trabajar y en mi tiempo libre practicar cetrería.” Raúl actualmente está volando un halcón murcielaguero, un peregrino pálido, un águila mora, un aplomado, y está amansando un azor y un águila real. Y tiene más planes para el futuro: “Ya que gracias a Dios mi trabajo es con la cetrería puedo dedicar mucho tiempo a las aves. Y algún día me gustaría poder manejar un accipíter bicolor.” Cetrería en Paraguay ¿Cómo es la cetrería en Paraguay? ¿Cuáles son los mayores retos para el crecimiento de la Cetrería en su país? La cetrería en Paraguay se está conociendo, Raúl introdujo la cetrería en Paraguay, antes nadie conocía del tema y confundían con otras cosas como ¨sastrería¨ o ¨cestería¨(risas). Actualmente tenemos un grupo de personas simpatizantes y que quieren aprender. Los principales retos son la concientización de las personas con respecto a las aves de presa, ya que no existen leyes que apoyen éste arte, muchas personas creen que un halcón puede ser una mascota y agarran de la naturaleza en forma irresponsable, incluso venden ilegalmente. Nosotros queremos llegar a poder impulsar leyes que respalden la práctica y conservación en nuestro país. ¿Cómo es la aceptación del gran público acerca de la cetrería en su país? La cetrería genera muchísimo interés en nuestro país, a la mayoría de las personas les encanta, les sorprende, quieren conocer más del tema, para ello nosotros realizamos constantemente charlas, eventos, festivales medievales con demostraciones de caza, etc. Difundimos en todos los medios de comunicación posible y asistimos a las personas interesadas en la práctica. Educación ambiental Yo percibí que ustedes se preocupan mucho con la educación ambiental con aves rapaces, y promueven muchos eventos para niños. ¿Cómo ustedes evalúan la importancia de la educación ambiental con las rapaces en su país? La educación ambiental y de conservación es sumamente importante en nuestro país. Desde pequeños es importante crear conciencia y capacitar a los niños y personas sobre el tema, mediante el contacto directo con las rapaces, mostrando su forma de vida, hábitat y forma de caza. Ya que hoy en día muchos agarran de la naturaleza para vender en mercados como mascotas. También es muy importante dar a conocer la alimentación ya que muchos creen que deben comer carne de vaca, alimentándoles con eso, llevando la misma a la muerte del animal. Mediante la difusión de la cetrería que venimos realizando hace varios años, vamos creando conciencia a las personas tanto en la conservación de aves como de su medio.
  • 36. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 36 Control de Fauna Cómo es el trabajo de la empresa Raptor hoy en Paraguay? Además del control en el aeropuerto, ¿qué tipo de servicios ofrecen? Gracias a la cetrería se dio origen a la empresa Raptor que iniciamos con el control biológico de aves en el Aeropuerto Internacional Silvio Pettirossi desde hace ya 5 años, anterior a esto no existía un método de control de aves allí. A raíz de la importancia de dicha labor y sus buenos resultados, surgió el interés por parte de fábricas, galpones, edificios, viviendas, etc. De solucionar el problema que tenían con las palomas (Columba livia) ya que los métodos existentes no proveían una solución acertada al problema. Entonces ideamos técnicas de control que se utilizan exitosamente y con 100% de efectividad según el caso. El método de trabajo es el siguiente: se realiza una visita al lugar de infestación, se evalúa y luego se pasa una propuesta adecuada. Desarrollamos varios métodos de bloqueo con mallas anti palomas y una cinta que emite impulsos eléctricos que se adhiere a la superficie, entonces cuando la paloma se posa, recibe la descarga y ya no vuelve a posarse en ese lugar. ¿Cuáles son las ventajas del uso de la cetrería para el control de fauna nociva en los aeropuertos? Mediante el vuelo periódico de los halcones, previo y posterior al aterrizaje y despegue de las aeronaves se logran despejar y ahuyentar gran cantidad de bandos de aves que atraviesan la pista o se instalan en los alrededores, sobre todo en época de migración, además que la cetrería es un método totalmente ecológico, no es nocivo para el ser humano y no produce molestias sonoras como bombas o petardos. Es la solución más efectiva comprobada.
  • 37. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 37 La águila real TYGA Tyga es la primera águila real de Sudamérica Y Centroamérica, y será utilizada en el control de plagas de aves en el aeropuerto Silvio Pettirossi. ¿qué significa TYGA y porqué han escogido este nombre? Tyga significa Thank You God Always (sigla en inglés) o Gracias Dios Siempre, en honor a Dios, ya que las posibilidades de poder importar un águila Real a Paraguay eran casi imposibles, y con mucho esfuerzo y por supuesto mucha fé logramos que todo se alineé para poder traerla. ¿Por qué han decidido importar un águila real para su utilización en el control de aves en aeropuertos? ¿Qué tipo de presa Tyga cazará? Creen que el águila real es una buena opción para las empresas de control en aeropuertos en todo el mundo? Además de ser un sueño hecho realidad poder manejar un Aguila Real, es todo un desafío, el uso que se le dará en el aeropuerto es el de marcar territorio y poder ahuyentar aves de gran porte tanto en el predio del aeropuerto como en sus alrededores, sobre todo en la época de migración en la que registramos grandes bandos de aves que no se asustan con la presencia de halcones más pequeños e incluso los molestan, como los kara kara y el yryvu, así como también mamíferos y reptiles de tamaño medio grande que circundan en la zona. Queremos innovar y mejorar siempre nuestro servicio y es por eso que apostamos a la introducción del águila para el control de dichas especies. El uso en otros aeropuertos del mundo puede ser muy útil por las mismas razones, ya que el mayor problema se da en épocas de migración de aves y muchas son de gran tamaño. ¿Cómo ustedes evalúan la importancia de la llegada de Tyga para la cetrería en Paraguay y Sudamérica? Es demasiado importante a nivel nacional y regional, a su llegada Tyga tuvo muchísima atención en los medios de prensa y en las redes sociales en donde se viralizó su
  • 38. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 38 llegada, es un paso muy grande para la cetrería en Paraguay, ya que por primera vez un cetrero paraguayo adquiere un ejemplar de este porte, y a nivel de centro y Sudamérica creemos que abre las puertas dejando un precedente tanto en la importación como en el manejo y la adaptación al clima de la región. Un ejemplo de lucha, perseverancia y fé en Dios. ¿Cómo es el temperamento de Tyga? ¿Ya han empezado su entrenamiento? ¿Cuáles son las mayores diferencias en el temperamento del águila mora y del águila real? Tyga es un águila que tuvo crianza parental pero podia ver a las personas, entonces se crió de una manera en la que se acostumbró a ver a la gente. Llegó semi amansada, y actualmente la estamos amansando y aclimatando, pero no es tan simple, ya que pesa 6kg en gorda y es de la sub especie daphanea, por ejemplo, la primera vez que se debatió me impulsó hacia adelante y logró levantarme de la silla, también apretar fortísimo el guante dejando varias impresiones de sus garras, se siente como que te va a romper el hueso. Por otro lado el águila mora que tenemos es improntada y es extremadamente mansa y dócil, es muy apegada al ser humano, es un macho y pesa 1,6kg, pero es muy agradable con las personas, se deja manejar y tocar por cualquiera, es especial para exhibiciones ya que su vuelo es imponente y no es peligrosa. Tyga fue importada de Eslovaquia, ¿Por qué eligieron importar un águila de este país? ¿Cómo fue el proceso de importación? (¿difícil, tardó mucho…?) La trajimos de Eslovaquia ya que hicimos nuestras averiguaciones y nos recomendaron de allí, porque la crianza en el criadero de donde la trajimos es una de las mejores, (crianza parental, los padres la alimentan pero puede ver a las personas) de linaje cazador y es de la sub especia daphanea de origen Kazakhstan, o sea que es de la sub especie de águilas reales más grandes del mundo, su belleza, plumaje oscuro y corona dorada ya se puede apreciar desde los ejemplares jóvenes, digna de admiración. El proceso tanto de conseguir un águila así, los tramites y conseguir una aerolínea que quiera transportarla fue muy difícil, tardamos muchísimo tiempo desde que nos decidimos a traerla hasta poder traerla, sinceramente hasta 3 días antes de su llegada nos dijeron que no iba a ser posible y por eso lo consideramos un milagro, todo lo que implicó su importación fue muy complicado, tuvo que tomar varios vuelos y muchísimo papeleo, es por eso que
  • 39. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 39 agradecemos a Dios su llegada, fue un milagro que llegue bien. Realizó un vuelo de Eslovaquia a España, allí tuvo que pasar varios meses y con la ayuda de un cetrero español que la cuidó hasta que estén todos los papeles requeridos por Paraguay, otra complicación fue la línea aérea, ya que no hay vuelos directos que trasladen rapaces de España a Paraguay, y tuvo que hacer escala en Colombia para luego venir a Asunción, una verdadera odisea. #DF Contacto: http://raptor.com.py/ Facebook: Raptor Paraguay Diferencia de tamaño entre el Águila Mora (izq) y el Águila Real (der)
  • 40. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 40 Interview Tatiana Maria Rivarola Quevedo and Raul German Palacios Princigalli Falconry in Paraguay grows every day, and now there is a golden eagle to assist in avian control at Asuncion International Airport. To get to know more about falconry in Paraguay and also about TYGA, the golden eagle, I interviewed Raúl Princigalli and Tatiana Quevedo, a falconry couple who work with dedication, effort and professionalism and contribute to the growth of falconry in their country. Who are they? Tatiana Maria Rivarola Quevedo is an architect, lives in Asunción Paraguay and is married to Raúl for a year. She met falconry thanks to her husband, and she has practiced it since she met him 5 years ago. She has always loved birds and had the dream of being able to put them in her hand. The love for the birds was present in their wedding, that was with the theme of the Medieval Age, with falcons and Owls in the church. In falconry she admires the most the bond that is built between the man and the falcon, the mutual trust between a wild animal and the human being, and the satisfaction of being able to hunt with these birds. Raul German Palacios Princigalli is a veterinarian and falconer from Asunción Paraguay. He has an avian control company called Raptor and has been working in Asunción International Airport for 5 years, in addition to other companies. For him, what he loves most about falconry is the interaction between the predator and its prey. Beginning in falconry Tatiana began in falconry five years ago when she met Raúl and immediately became passionate about the world of falconry. Her first birds were an owl (Otus choliba) and an American kestrel (Falco sparverius) with which she hunted her first wild prey. Raul's interest in falconry began when he was very young, at age 11 when he read in an encyclopedia the meaning of the word falconry, that was like a special call to him and he realized that it was what he wanted to do for the rest of his life. And then he started to investigate about the subject, entered in international forums of falconry and at age 16 she had his first falcon, an American kestrel (Falco sparverius) with which he only hunted insects, then he had an aplomado falcon (Falco femoralis) with which he could hunt. Birds Tatiana has already flown many birds of prey in her five years as a falconer, and she tells us about her experience: "I have flown kestrels, many species of owls, an aplomado falcon, and
  • 41. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 41 now I am training a bat falcon (falco rufigularis), which is very nervous and has a super fast metabolism, but they are extremely agile and excellent hunters." The most difficult bird that Raul has flown was a pale peregrine falcon, with whom he has many stories to talk about: "The most difficult bird I have ever flown was a pale peregrine falcon, it was difficult as it kept flying away and traveled long distances, once turning away for 40 km. This was one of several stories that I passed with this hawk, as in an opportunity that he also flew very far, was captured by some people and I found him tied in a window of the house of a settler near the airport.” Today Tatiana flies a bat falcon (falco rufigularis) and an American kestrel (Falco sparverius) and she has the desire to fly a peregrine falcon in the future: "My idea is to be able to fly peregrine falcons, but before this I need practicing a lot with easier birds, as a peregrine requires a lot of time and dedication. But I always do my best to work and in my free time practice falconry." Raúl is currently flying a bat falcon, a pale peregrine, a black-chested buzzard- eagle (Geranoaetus melanoleucus), an aplomado falcon, and he is taming a goshawk and a golden eagle. And he has more plans for the future: "As thanks to God I work with falconry, I can dedicate a lot of time to birds. And someday I wish I could handle a bicoloured hawk (Accipiter bicolor) . " Falconry in Paraguay How is falconry in Paraguay? What are the biggest challenges for the growth of falconry in your country? The falconry in Paraguay is becoming popular, Raul introduced falconry in Paraguay, before him nobody knew about the subject and confused it with other things like sastrería or cestería* (laughs). We currently have a group of people who are interested and want to learn about it. The main challenges are people's awareness regarding birds of prey, since there are no laws that support this art here, many people believe that a hawk can be a pet and irresponsibly trap them from nature, even selling these birds illegally. We want to be able to promote laws that support the practice of falconry and conservation in our country. In Spanish falconry is called Cetrería, so people misunderstood the name of this art with "sastrería” tailoring or “cestería” Basket weaving. What is the acceptance of the general public about falconry in your country? Falconry generates a lot of interest in our country, most people love it, it surprises them, they want to know more about the subject, and because of this we constantly hold talks, events, medieval festivals with hunting demonstrations, etc. We disseminate falconry in all possible medias and assist people interested in its practice. Enviromental Education Yo percibí que ustedes se preocupan mucho con la educación ambiental con aves rapaces, y promueven muchos eventos para
  • 42. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 42 niños. ¿Cómo ustedes evalúan la importancia de la educación ambiental con las rapaces en su país? I noticed that you are very concerned about environmental education with birds of prey, and you promote many events for children. How do you evaluate the importance of environmental education with raptors in your country? Environmental education and conservation is extremely important in our country. Since childhood it is important to raise awareness and train children and people on the subject, through direct contact with raptors, showing their way of life, habitat and hunting, as nowadays many people grab them from nature to sell in markets as pets. It is also very important to talk about how to feed them properly, as many believe that they must eat beef, feeding them with that, and thus killing the animal. Through the dissemination of falconry that we have been doing for several years, we are creating awareness in people both about bird conservation as about their environment. Bird abatement How is the work of the company Raptor today in Paraguay? In addition to the bird abatement at the airport, what kind of services do you offer? Thanks to falconry the company Raptor was created, and we have been working with the biological control of birds at the International Airport Silvio Pettirossi for 5 years, before this there was no method of bird control there. Due to the importance of this work and to its good results, people got interested and we have clients in factories, sheds, buildings, houses, etc. interested in solving the problem they have with the pigeons (Columba livia) since the existing methods do not provide a correct solution to the problem. Then we devise control techniques that are used successfully, and with 100% effectiveness depending on the case. Our working method is the following: a visit is made to the site of infestation, it is evaluated and then an appropriate proposal is made. We developed several blocking methods with anti-pigeon meshes and a tape that emits electrical impulses that adheres to the surface, so when the pidgeon comes to perch, it receives the discharge and no longer perches in that place. What are the advantages of using falconry to control wildlife at airports? By means of the periodic flight of the hawks, before and after the landing and taking-off of the aircrafts, they are able to clear and drive away large numbers of birds that cross the runway or settle in the area, especially during the migration season. Falconry is a totally ecological method; it is not harmful to the human being and does not produce noise annoyances like bombs or firecrackers. It is the most effective solution tested. The golden eagle TYGA Tyga is the first golden eagle of South America and Central America, and she will be used to bird abatement at Silvio Pettirossi Airport. what does TYGA mean and why did you choose this name? Tyga means Thank You God Always (acronym in English), in honor to God, since the possibilities of being able to import a golden eagle to Paraguay were almost impossible, and with much effort and of course much faith we could do everything necessary so it was possible to bring her.
  • 43. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 43 Why have you decided to import a golden eagle for using it in bird control at airports? What kind of prey will Tyga hunt? Do you think that the golden eagle is a good choice for control companies at airports around the world? In addition to being a dream coming true to be able to train a golden eagle, it is a challenge, we will use her at the airport to mark territory and being able to chase away large birds both on airport building and in its surroundings, especially in the time of migration when we record large flocks of birds that are not frightened by the presence of smaller hawks, and even bother the hawks, such as southern crested caracara (Caracara plancus) and black vulture (Coragyps atratus), as well as mammals and reptiles of medium size that encircle in the area. We want to innovate and always improve our service and that is why we bet on the introduction of the golden eagle to control these species. Its use in other airports in the world can be very useful for the same reasons, since the biggest problem occurs during the migration season and the birds are very big. How do you evaluate the importance of Tyga's arrival for falconry in Paraguay and South America? It is extremely important at the national and regional level, Tyga had a great deal of attention in the news media and in the social networks where her arrival was viralized. This is a very big step for falconry in Paraguay, since for the first time a Paraguayan falconer acquired a bird of this magnitude, and at the level of center and South America we believe that it opens the doors leaving a precedent both in the importation as in the manning and the adaptation to the climate of the region. An example of struggle, perseverance and faith in God. How is Tyga's behaviour like? What are the major differences in the temperament of the black chested eagle and the golden eagle? Tyga is an eagle that had parental upbringing but could see people, so she grew up in a way she got used to seeing people. She arrived semi-tamed, and we are currently taming and acclimatizing her, but it is not so simple, since her full weight is 6kg and she is of the sub species daphanea. In the first time she debated she propelled me forward and managed to make me stand up from the chair, she also squeezes the glove very strongly, leaving several marks of her claws, it feels like she´s going to break the bone. On the other hand the black eagle that we have was imprinted and is extremely gentle and docile, he is very attached to the human being, is a male and weighs 1.6kg, but is very nice with people, he allows everyone to handle and touch him. He is used especially for exhibitions since his flight is imposing and he is not dangerous.
  • 44. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 44 Tyga was imported from Slovakia, why did you choose to import an eagle from this country and how was the importation process? We brought her from Slovakia since we made our inquiries and they recommended us there, because the fledged in this breeding center where we brought her is one of the best ones ( she is parental, her parents feed her but she could see people around) she comes from a hunter lineage and is of the sub species daphanea, originated in Kazakhstan, which means she is from the biggest golden eagle sub species of the world, her beauty, dark plumage and golden crown can already be appreciated since youth, it´s worthy of admiration. The process of getting such an eagle as well the burocracy and getting an airline that was interested in transporting her was very difficult, it took us a lot of time since we decided to bring her up until we could really brought her, honestly up to 3 days before her arrival we were told it was not going to be possible and that is why we consider it a miracle. Everything that implied her importation was very complicated, she had to take several flights and a lot of paperwork was necessary, that is why we thank God for her arrival, it was a miracle that she arrived well. She took a flight from Slovakia to Spain, there she had to spend several months where a Spanish falconer took care of her, until we could get all documents required by Paraguay. Another complication was with the airline, since there are no direct flights that transfer Raptors from Spain to Paraguay, and she had to stop in Colombia and then come to Asuncion, a true odyssey. #DF Contacto: http://raptor.com.py/ Facebook: Raptor Paraguay
  • 45. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 45
  • 46. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 46 Entrevista Júnior Abreu - CEPAR Publicada originalmente em 10/03/ 2016 Por Kátia Boroni Junior Abreu é sócio, juntamente com Marcus Estevan, da empresa CePAR (Centro de Preservação de Aves de Rapina), responsável pelo controle no aeroporto do Galeão. Sua trajetória na falcoaria começou com muita dificuldade e obstáculos, mas ele é a prova de que para quem é determinado nenhum problema é insuperável. Com paciência, esforço, estudo e muita boa vontade ele conseguiu não apenas se tornar um falcoeiro como ser uma referência na falcoaria brasileira. Agradeço imensamente a entrevista e por nos contar a sua bela trajetória de vida. Background Sou nascido em Salvador/ba, porém moro no Rio de janeiro há 03 anos, tenho 31 anos, sou formado em enfermagem, porém não exerço mais a profissão, devido a necessidade da dedicação exclusiva a minha empresa Centro de Preservação de Aves de Rapina- CePAR, na qual o Marcus Estevan é meu sócio. Hoje moro no Rio de Janeiro por conta do trabalho em que realizamos para o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro – Galeão, que iniciou em abril/2013 após ganharmos a pela Infraero, e com a privatização do aeroporto, a RioGaleão assumiu, mantendo nossa equipe devido a qualidade do trabalho que realizamos durante um ano e três meses na administração da Infraero, com isso já se vão 03 anos de serviço no aeroporto do galeão. Paralelo a isso, realizamos controle de pombos em diversos estados do Brasil.
  • 47. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 47 Definição de Falcoaria Então, este tema é bastante complexo e gera muitas discussões, porém a minha opinião é que falcoaria nada mais é que a caça com aves de rapina, dando chances iguais para o predador e para a presa, sendo algo justo e leal. Educação ambiental, voos ao punho, apresentações não considero falcoaria. No Brasil, a “falcoaria” vem crescendo muito e muito rápido, porém de uma forma equivocada e preocupante. Quando uma pessoa inicia os estudos do tema falcoaria, ela se espelha nos mais antigos, e estes mais antigos se intitulam “falcoeiros ou mestre falcoeiros” pelo simples fato de ter uma ave de rapina e chamar no punho, com isso formamos novos “falcoeiros” no qual se intitularam “falcoeiros”, deturpando completamente o significado da palavra “falcoaria e falcoeiro”. Eu acredito que no futuro perderemos a essência da falcoaria que é algo que foi preservado por milhares de anos. Quanto a controle de fauna e reabilitação, como falei anteriormente, sendo justo e leal, dando chances iguais para ambos, considero sim falcoaria. Carhawking, falcoaria noturna, não é falcoaria pois é algo injusto e desleal. No caso da reabilitação, ela tem de ser realizada de forma que o predador capture sua presa em estado selvagem, para que quando seja reabilitado, tenha condições de sobreviver caçando naturalmente, e falcoaria é isso, ter a sua ave capaz de capturar presas selvagens, se igualando a seu estado natural. Em algumas situações no controle de fauna, os lances são justos e leais dando chances para ambos de êxito para um e frustração para o outro, essa é a evolução em ambiente natural, e falcoaria é isso o mais natural possível. O predador vai aprender com os erros, e estes erros serão corrigidos e aperfeiçoados, assim como a presa. Como surgiu a sua paixão pela falcoaria? Como foram seus primeiros passos e dificuldades? A minha primeira ave foi um filhote de carijó, que comprei com um destes falcoeiros, porém logo em seguida tive o privilégio de mesmo ainda não ser associado da ABFPAR, comparecer no meu primeiro encontro de falcoaria na cidade de Juiz de Fora/MG, realizado pela ABFPAR. Lá eu vi que não estava agindo da forma correta em ter adquirido aquele filhote de gavião. Entrei em contato no próprio encontro com o Sr. Leo Fukui, que tinha aves disponíveis para venda e assim eu adquiri minha primeira ave realmente de falcoaria, uma fêmea de Parabuteo chamada Iris. O carijó ainda não havia completado as penas e o devolvi para a pessoa que havia me vendido. Então minha primeira ave de rapina foi este filhote de carijó e minha primeira ave de falcoaria foi a Iris, gavião asa de telha. Minha maior dificuldade foi por eu estar no nordeste, e o Nordeste na época não tinha a força que tem hoje, eu necessitava participar de encontros para trocar informações com outros falcoeiros, presenciar outras aves sendo voadas, e analisar os níveis dos falcoeiros que ali se encontravam. Dificuldades estas que me fizeram dormir em praças devido ao fato de que, por questões financeiras, ter de comprar a passagem mais barata para
  • 48. Revista Diário de Falcoaria nº4 – Março 2017 48 conseguir ir ao encontro e chegar com antecedência, andar quilômetros com caixa de transporte e mala, pois já era difícil conseguir comprar a passagem e alugar carro e pegar taxi era inviável. Porém a maior dificuldade era que tinha que aprender com meus erros, pois na época existiam muitos grupos fechados, então as informações que eu tinha eram básicas, só um norte para iniciar, diferente de hoje que temos pessoas sempre dispostas a esclarecer qualquer dúvida e antecipar os erros para que não sejam cometidos, visando aumentar o nível da falcoaria nacional. No seu início na falcoaria você teve o apoio de alguém? Como conseguiu aprender sobre a arte? Então, como falei anteriormente, algumas pessoas me ajudaram neste início, na época até para algum deles a falcoaria era muito nova e com poucas informações e experiência. O José Percilio foi uma pessoa que me ensinou muito sobre aves de rapina, o Adson Nascimento e o Alisson também me deixaram vivenciar a sua rotina de treinos e sou muito grato a eles por terem me dado este Norte em relação ao início de parte das técnicas de falcoaria. Para se ter uma ideia na época não se era utilizado nem balança, e isso foi uma das coisas que citei acima como aprendizado do que não se deveria fazer, pois já havia lido sobre controle de peso com a utilização da balança, e logo em seguida conseguimos difundir no grupo a utilização da balança e sua importância no controle de peso. E assim fui buscando informações, praticando, marcando presença em encontros, tirando dúvidas, lendo bastante, e praticando muito. Eu cheguei a levar minhas aves para o consultório que atendia, pois após a conclusão dos atendimentos seguia para o campo que era próximo de onde atendia, de roupa branca e sapato social, e assim aperfeiçoando cada vez mais a técnica, com isso consegui pegar as informações que me eram passadas e defini com a pratica que vivenciava o que realmente estava correto ou não. Quais são suas referências na falcoaria brasileira e mundial? Eles influenciam de alguma forma a sua prática da falcoaria? Então, não costumo buscar muitas referências fora do meu país, pois com toda certeza o Brasil é bastante diferente de outros países, portanto a realidade é muito diferente fazendo com que o resultado obtido em outros países não seja o mesmo obtido no Brasil utilizando a mesma técnica, por isso acredito muito no feeling e na vivencia da nossa realidade. Os falcoeiros com que tenho como referência e admiro são o Sr Leo Fukui, Alex Teixeira, Ronivon Viana e Henrique Rezende, com toda certeza estes são uma referência para mim, e me tiraram muitas dúvidas principalmente nas espécies as quais mais me dediquei: Parabuteo, femoralis e peregrino. Além de terem me dado puxões de orelha de como se comportar e evitar certas atitudes hehe. Quais aves você tem hoje e qual a sua espécie favorita? Hoje tenho estas três espécies (Falco peregrino, Falco femoralis e Parabuteo