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Pierre Monnet
Comunicações Extraterrestres
Relatos Inéditos de Contatos Alienígenas
Tradução
Luca Albuquerque
Título original:
Contacts D´Outre espace
Copyright 1994 Amrita Éditions
Dedico inicialmente este livro a J. C. de N,, um ser maravilhoso a
quem amo bastante e cujos laços afetivos recíprocos vão além de
qualquer expressão conhecida até hoje; um amor fora do comum, que
não precisa de nenhuma base material para existir e manifestar-se...
Dedico-o igualmente a todos os homens e mulheres de boa vontade,
que compreenderam que só o amor prodigaliza a vida... a verdadeira...
A ti, ser humano transbordante de amor e afeição, que não podes
exteriorizar nem comunicar-te com o homem agressivo que representa
a maioria que cerca o ambiente em
que vives. Neste meio, tu se sentes isolado, sem poder levá-lo a
compreender que tu o amas e que gostaria de ensiná-lo a amar
novamente.
Dedico ainda estas páginas aos presentes e futuros cavaleiros da
Ordem da Cavalaria da Estrela de Prata, que depositam e continuarão
depositando em mim confiança na missão que me determinaram os
extraterrestres que entram em contato comigo desde 1951.
Pierre Monnet
Índice
PREFÁCIO................................................................................................................................................... 7
Apresentação do Editor Francês................................................................................................................. 11
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................... 13
A MEUS LEITORES ................................................................................................................................. 17
Primeira Parte Primeiros Encontros .......................................................................................................... 25
1951 – Meu primeiro contato físico com quatro seres humanos vindos de além espaço......................... 27
Em face das portas do insólito.................................................................................................................... 39
A extraordinária presença de certas proteções ao longo da minha vida..................................................... 51
O veículo do contactado usado pelos extraterrestres durante dez minutos a 110 quilômetros horários..... 57
As atribulações de um contactado na França.............................................................................................. 63
Segunda Parte Os Contatos ....................................................................................................................... 77
Os extraterrestres que me contatam............................................................................................................ 79
Eles me deram a prova de que estão entre nós ........................................................................................... 91
No interior da nave..................................................................................................................................... 95
Eu viajei em torno do sistema de Vega ...................................................................................................... 99
A conjuração mundial e as declarações de alguns cientistas.................................................................... 109
As declarações dos cosmonautas.............................................................................................................. 119
O chefe de estado que conversou com cinco extraterrestres –
Os contactados e os diferentes tipos de contatos...................................................................................... 125
Viajantes do futuro e do passado.............................................................................................................. 137
Algumas respostas às cartas de meus leitores........................................................................................... 141
Terceira Parte As Mensagens .................................................................................................................. 159
Quarta Parte Ensinamentos e Iniciação ................................................................................................... 191
O tempo não existe................................................................................................................................... 193
Algumas páginas de uma história antiquíssima........................................................................................ 199
As civilizações dos tempos antigos até as glaciações terrestres............................................................... 201
Como os terráqueos transformaram a verdade ......................................................................................... 207
A destruição de nosso mundo................................................................................................................... 209
O homem, o céu, as religiões e a Terra .................................................................................................... 213
As ondas-pensamentos ............................................................................................................................. 217
Para que possamos nos juntar aos extraterrestres..................................................................................... 221
Algumas indicações para os pesquisadores.............................................................................................. 225
Do amor à décima potência ...................................................................................................................... 233
6 Pierre Monnet
PREFÁCIO
Com esta obra, Pierre Monnet toma a feliz iniciativa de completar o
relato de sua prodigiosa odisséia espacial desde o seu re-encontro com
extraterrestres, seres dotados de supertecnologia e de poderes
psíquicos de ordem superior, semelhantes, por assim dizer, aos dos
grandes iniciados da Antiguidade, cujo último entre eles (last but not
least) foi o iniciador da era cristã atual.
Ainda que pareça espantoso ou absurdo aos olhos do leitor profano,
este livro deve ser lido e meditado em todos os seus detalhes. Com
efeito, cada elemento é importante e imbrica-se num quebra-cabeça
complexo capaz de colocar-nos na pista de nossos insólitos viajantes
espaciais.
Por um lado, minha longa experiência na matéria (GEPA)1
, bem como
os conhecimentos que adquiri a partir de informações e depoimentos
dignos de fé, autorizam-me a confirmar sua autenticidade; por outro
lado, minhas entrevistas aprofundadas com Pierre Monnet permitem-
me testemunhar em favor de sua perfeita probidade intelectual, assim
como de sua boa fé, e solicitar para ele um posicionamento favorável
por parte do leitor – principalmente porque o autor teve a idéia, ao
mesmo tempo judiciosa e original, de incorporar ao relato as
observações e declarações de cosmonautas americanos e russos, cujo
equilíbrio mental não poderia ser posto em dúvida. Aliás, sem precisar
1
Em francês: Groupement d´Etude dês Phénomènes Aériens et Spatiaux (Grupo de Estudos de
Fenômenos Aéreos e Espaciais) (N. do T.)
8 Pierre Monnet
remontar aos tempos bíblicos, a história do nosso mundo até os dias
atuais acha-se repleta de exemplos incontestáveis de reiterados
contatos entre os visitantes do espaço e os habitantes do nosso
planeta2
. O aparecimento dos OVNIs constitui por si mesmo o maior
enigma dos tempos modernos, e eu penso na companhia do ufólogo
Guy Tarade, que os contatos com os seus pilotos serão o sinal de uma
explosão psicológica que abalará os fundamentos filosóficos e
religiosos de nosso velho mundo.
Não raro, porém, por ocasião de contatos do terceiro grau, os próprios
contactados recusam-se a divulgar sua inacreditável aventura por
medo de serem ridicularizados e marginalizados, sem falar que, tanto
na Europa quanto nos Estados Unidos, os governos e seus poderes
públicos tudo fizeram para ocultar os fatos e sufocá-los sob o peso da
ignorância e da má fé. Estes últimos chegaram a criar pseudo-
organismos de estudo do fenômeno, que, a exemplo dos “buracos
negros galácticos”, onde a luz desaparece sem retorno, não ofereceram
quaisquer dados concretos, a não ser informações sistematicamente
preocupadas em ridicularizar e desacreditar depoimentos e
contactados.
Ao oferecer aos leitores privilegiados sua extraordinária aventura,
Pierre Monnet apresenta um esclarecimento novo e revelador, para
não dizer “iniciático”, ao mesmo tempo em que cobre um vasto campo
de investigação. Com efeito, o próprio lugar em que se desenrola o seu
contato parece uma permanente pista de aterrissagem3
, uma região do
nosso globo onde os extraterrestres realizam missões que ainda não
compreendemos e a cujo respeito o autor faz revelações-chave.
De minha modesta parte, espero que meus colegas cientistas e os
pesquisadores autênticos não bloqueados por estruturas universitárias
ultrapassadas concentrem sua abertura de espírito sobre a “referência
grande ângulo”, com vistas a uma investigação profunda sobre esta
tecnologia de sonho de que dispõem os extraterrestres desde a noite
2
Jacques Vallée em Autres Dimensions, Editions Robert Laffont, 1989.
3
Ver Phénomènes Spatiaux, no. 9, 3º trimestre, 1966, p. 10: “Valensole serait-il um haut lieu de
tourisme insolite?” (O caso de Maurice Masse, 1965.)
Comunicações Extraterrestres 9
dos tempos e minuciosamente descrita por Frank Seully4
, a qual lhes
permite “brincar de carniça” com a constante de Plank combinada
com o espaço-tempo, e aniquilar, ao fazê-lo, nosso soberbo raciocínio
cartesiano.
Henri Perret
Doutor em Engenharia
Premiado pela Academia das Ciências
Prêmio Edouard Belin 1968
N.B: Em todos os casos de contatos do terceiro grau de que temos
conhecimento, ficou mais ou menos claro que eles não eram fortuitos
NE devidos ao acaso, mas sempre “programados” e determinados; os
contactados ficavam como que “imantados” e dirigidos para pontos
previamente determinados.
4
Frank Seully, Le mystère dês soucoupes volantes, Editions Delduca, 1951.
Apresentação do Editor Francês
Ao publicar um livro como o de Pierre Monnet, todo editor sabe muito
bem o que terá pela frente: desdém, zombarias, insultos, intimidações e até
mesmo ameaças.
Foi assim, com plena consciência, que as Editions Amrita resolveram dar a
forma de livro àquilo que, faz algum tempo, esperava prudentemente sob a
rubrica “manuscrito”.
Por que tal decisão? Porque às vezes é preciso ter a coragem de ir além de
tudo quanto se faz “razoavelmente” e também porque temos a íntima
convicção de que o depoimento de Pierre Monnet é perfeitamente
autêntico.
Sem dúvida, é um trabalho que incomoda, que chega a irritar, mas tem em
compensação a espontaneidade da experiência vivida... e o recuo de uma
experiência fora do comum que já vai para mais de quarenta anos.
Pierre Monnet não é um escritor. Ele mesmo vive repetindo isso, mas o
seu relato tem a força do coração, o coração de um homem que sofreu, e
ainda sofre a incompreensão dos seus semelhantes. O leitor o achará às
vezes desajeitado, mas tivemos de conservá-lo assim, pois o seu
depoimento nos coloca diante de um fenômeno e de uma tomada de
consciência a que já não podemos fazer vista grossa.
O editor
INTRODUÇÃO
Não importa que livro é este... Ele foi escrito por um homem que teve
contatos extraterrestres. O autor não faz outra coisa senão retransmitir
a mensagem deles à nossa civilização.
Portanto, o ensinamento que esta obra contém é dedicado aos seres
humanos de nosso planeta que procuram o caminho e a voz da
verdade, pela reflexão simples e lógica sobre a natureza que os cerca e
lhes “fala”, a fim de fazê-los compreender o respeito pelas leis
propícias ao desenvolvimento de seu bem-estar e pela continuidade da
vida na sabedoria universal.
As palavras e as frases contidas neste volume não são a obra de um
escritor de ficção científica, de um religioso ou de um demente;
apenas revelações de um ser que conhece por experiência certas
coisas.
Esta obra explica como a iniciação de alguns homens puros foi
deformada pelas religiões, que fizeram disso um mito com fins
vilmente especulativos; o autor mostra o entrave assim feito à
evolução normal da espécie humana, deformação que acabou por
ocultar três quartos da verdade.
Ele relata com força e detalhes os dois contatos físicos que teve com
os extraterrestres.
Sua maior parte representa a tradução decodificada em linguagem
inteligível, e na língua original do autor, de algumas revelações que
14 Pierre Monnet
lhe fizeram os “galácticos” que o contatam.
O autor deixa igualmente claro que uma grande parcela deste livro
permanece de difícil compreensão para ele e que não pode, portanto,
desenvolver detalhes precisos nos planos científico, psicológico e
ideológico; isto pela razão maior de que este volume foi redigido sob
o impulso exterior dos seres que lhe transmitem “telepaticamente” as
informações.
Assim como Georges Adamski (EUA), Howard Menger (EUA) e
alguns outros contactados humanos de nosso planeta, Pierre Monnet
assimilou as informações e as mensagens recebidas dos representantes
de uma civilização extraterrestre muito mais adiantada que a nossa...
Transmitiu por sua vez essa soma de informações sem deformá-las,
sem manchá-las com sua própria personalidade, sem filtrá-las através
de suas imperfeições pessoais, convicções religiosas, políticas, etc. Ele
retransmite a mensagem de modo cabal, claro e autêntico, tal como
lhe foi pedido.
De 1951 a 1972, esse foi para Pierre Monnet um longo período de
assimilação e de “tradução” reveladora das informações. Era preciso
passar os ”impulsos telepáticos” recebidos para as palavras de nossa
linguagem, até que chegou o momento (1972) em que ele pôde
cumprir a promessa feita aos extraterrestres. Esses “irmãos
galácticos”...
Com efeito, estes haviam dito ao seu contactado: “Fale, escreva...
Faça saber quem somos e o que somos...”
Pierre Monnet pôs mãos à obra, guiado e influenciado por eles.
Criticado, incompreendido, chamado de louco, lunático e até mesmo
de trapaceiro, ele não recuou diante do dever de transmitir a
mensagem. Ao risco de perder tudo – a mulher, os amigos, o emprego
e a consideração alheia -, ele falou e escreveu. Apareceu várias vezes
na televisão e no rádio em quase todos os países francófonos, onde
também deu numerosas entrevistas coletivas, conferências secretas e
públicas, durante as quais tentou reunir os humanos dispostos a amar,
como seus “irmãos do alto” lhe tinham pedido,
Comunicações Extraterrestres 15
Com o seu primeiro livro5
, as conferências, os programas de rádio e
televisão, e a imprensa, Pierre Monnet, desde 1979, pôde dirigir-se a
milhões de seres humanos.
Depois de certa desaceleração devida ao desencoraja-mento diante do
homem que não ouve, o autor da presente obra retoma o cajado do
peregrino e volta a partir em “cruzada”...
Malgrado os obstáculos que se erguem, Pierre Monnet assume a sua
missão de informação pública, e, sobretudo a maravilhosa missão de
amar e de ensinar o ser humano a amar novamente, a fim de evitar a
catástrofe que nos espreita.
Espinhosa missão, realmente falar de amor ao homem do século XX,
em meio a pensamentos, palavras e atos negativos baseados nas
noções de violência, sexo, drogas, energia nuclear e dinheiro...
Pierre Monnet lança assim um novo apelo à humanidade inteira...
Possa esse apelo ser ouvido, pois ele é maravilhoso de pureza. Esse
apelo fala de Amor... Amor... Amor à décima potência! Pois o tempo
urge...
P.M
5
Les Extra-terrestres m´ont dit...
A MEUS LEITORES
Não sou escritor. Não tenho, aliás, a intenção de me tornar um
escritor, e isso por várias razões. Em primeiro lugar, a mediocridade
de minha instrução escolar, que não me deixa exprimir-me de maneira
muito “literária”. Falo e escrevo de modo simples e sem ornamento,
utilizando apenas a linguagem do coração e da sinceridade. Outra
razão é que não disponho de muito tempo e tenho realmente coisas e
mais coisas para fazer. Além disso, estou sempre dando prova de
negligência por não ser constante em meus trabalhos de escrita. Não
sendo um intelectual, escrever é bastante fastidioso para mim. Enfim,
não tenho a intenção de contar o que quer que seja apenas para cobrir
folhas em branco e chegar, aos trancos e barrancos, ao número de
páginas previsto para que os meus rabiscos se tornem um “verdadeiro
livro”. Tudo o que o leitor tem diante dos olhos é, portanto, coisa
vivida. Não enfeito nem invento nada.
Não! O leitor pode ficar tranqüilo. A obra que tem em mãos relata
uma história autêntica, que retransmite uma certa iniciação recebida
quando de meus contatos com os representantes de uma civilização
extraterrestre originária de um sistema solar bastante conhecido dos
astrônomos do mundo inteiro, já que se trata de Vega, estrela da
constelação de Lira. Paralelamente aos meus contatos físicos, o leitor
encontrará nesta obra os numerosos relatórios telepáticos que recebi
de 1974 a 1981, sendo este último o ano em que essas informações
vindas de “outro lugar” foram interrompidas para finalmente serem
retomadas em 1984.
18 Pierre Monnet
Estas páginas guardam igualmente o relato de certa parte de minha
vida insólita passada ao lado de minha mãe, que era médium. Aqui
poderão ser encontrados os comentários mais ou menos humorísticos
sobre os numerosos programas de rádio e de televisão e sobre as
conferências que dei em quase todos os países francófonos.
O relato dessas pequenas conferências relaxará o leitor, mostrando que
um verdadeiro contactado por extraterrestres não é forçosamente um
indivíduo triste ou “sério”, mas um homem como todo mundo, que
gosta de rir de suas aventuras terrestres. Deus sabe que a vida presente
é curta e que precisamos saber aproveitá-la com alegria, amor e bom
humor. As coisas mais importantes e mais graves devem ser ditas e
feitas com serenidade, alegria e sorrisos.
Desde a publicação de meu primeiro livro (esgotado em 1979), recebi
cartas do mundo inteiro, inclusive da antiga União Soviética. Fiquei
feliz por ler mais de quarenta mil cartas, sentindo-me encorajado em
prosseguir em minha “missão”. Para mitigar o fato de que não tenha
podido responder senão a um milhar dessas cartas, escrevi nesta obra
um longo capítulo onde respondo às questões mais recorrentes que me
fizeram nessa gigantesca correspondência.
Em geral, o ser humano sabe ou não sabe de certas coisas essenciais
que se acham recalcadas no mais profundo de si mesmo desde suas
origens mais longínquas e mais misteriosas.
O saber hereditário adormecido no inconsciente transmite-se pelo
código genético sem que o indivíduo possa suspeitar dessa
transmissão. De acordo com o grau de evolução e de predisposição
natural de cada um, o subconsciente intervém ativamente, fazendo
ressurgir esse saber, permitindo assim compreender, crer e afirmar a
autenticidade de certas revelações que lhe são feitas no decorrer de sua
vida. Vejamos um exemplo pessoal, a fim de ilustrar o parágrafo
anterior:
Com a idade de quatro ou cinco anos, ainda matriculado no maternal,
eu observava meus colegas com bastante perplexidade. Durante as
recreações, sentava-me num banco e pensava profundamente na
Comunicações Extraterrestres 19
imensidão do universo. Enquanto via meus colegas brincando, erguia
os olhos para o céu e pensava: “Que fazem as outras consciências nos
outros mundos?”
Sempre a propósito de meus colegas de escola, eu pensava também:
“Porque costumam brincar de maneira tão desordenada, incoerente e
agressiva? Eles não pensam. O cérebro deles está embaralhado. São
cascas vazias.”
Esse modo de pensar para uma criança de quatro anos deve parecer ao
leitor algo impossível!
Posso garantir que não estou inventando nada.
Pode-se atribuir essa angústia latente, essa nostalgia de um “outro
lugar vivido”, a influxos intuitivos? Aos restos de memórias saídos de
vidas anteriores? Nunca se saberá...
Sou um “pesquisador” que não sente a menor repugnância pela
meditação. Durante toda a minha vida, apliquei-me a buscar o porquê
das coisas e dos seres. Vejo-me agora recompensado. Nisso reside a
verdadeira riqueza do homem: ter compreendido que esse prisioneiro
das trevas que é o ser humano ainda não sabe se o quiser
verdadeiramente, pode ser o mais rico do mundo pelo conhecimento
interior. Pois o humano que descobriu e compreendeu o essencial da
vida, a verdadeira vida, é mais rico que aquele que acumulou bens
materiais...
Claro, isso não é nada fácil, e eu passei por muitos tormentos. Não se
conquista o conhecimento sem duras penas. Precisamos inicialmente
desembaraçar-nos do “velho homem” que está dentro de nós e aplicar
esse saber essencial na vida de todos os dias.
Quando falo de conhecimento, não pretendo ter recebido a “ciência
infusa”. Refiro-me, claro, a esse conhecimento universal latente que se
acha impresso em todo ser e que, dependendo de nossa vontade, pode
ressurgir das profundezas mais secretas das menores fibras do ser: o
conhecimento do coração...
Trata-se realmente de reencontrar sua consciência cósmica; de
20 Pierre Monnet
compreender a verdadeira significação da vida e porque a perdemos
tão tolamente. Pois o ser humano, em vez de progredir rumo às alturas
de sua evolução original cósmica, rola pelos caminhos da inexistência.
O homem retarda e anula a própria meta de sua vida, a ponto de não se
lembrar mais que essa meta existe.
Se eu fosse um desequilibrado, um louco, não estaria em liberdade.
Embora, diga-se de passagem, nem todos os loucos se encontram
trancafiados... e a prova:
Livres se acham os loucos que atiçam milhões de homens contra
outros milhões de homens em guerras abomináveis. Livres se acham
os loucos que aceitam isso. Livres se acham os loucos que destroem a
natureza que os faz viver. Livres se acham os loucos que inventam e
mandam fabricar e ainda aqueles que aceitam a tarefa de fabricar as
bombas de napalm, as bombas atômicas, as bombas de hidrogênio, as
bombas bacteriológicas, a bomba de nêutrons, e tantos outros
engenhos inventados para destruir toda a vida na superfície do globo.
Todos esses loucos se acham em liberdade!
Que se espera para reagir contra a loucura dos homens do planeta
Terra?
Não faz muito ouvi de um escritor num programa de rádio: “Nenhum
Deus será capaz de curar o homem de sua loucura; o homem não será
verdadeiramente um homem senão quando for educado e iniciado por
um ser superior.”
Encontrei esses seres superiores. São os galácticos que entram em
contato comigo. Aliás, sempre estiveram em comunicação conosco e
muitas vezes mudaram a orientação de nossas civilizações sucessivas
ao longo do tempo. Mas quando se faz o cálculo do número de seres
superiores que vieram educar e iniciar o homem em todos esses
milênios, sem querer bancar o pessimista, penso que há motivos para
alarme. Embora nada ainda esteja definitivamente perdido, já que eles
voltaram em nossa época.
Alguns amigos, pois ainda tenho amigos, aconselharam-me a começar
Comunicações Extraterrestres 21
minha obra situando-me aos olhos dos leitores. Curvo-me de bom
grado a essa convenção literária e aproveito a oportunidade para
assinalar que minha situação social modesta não influiu em nada do
que escrevo. Isso, a fim de acertar as coisas, desde o início, com os
tortuosos psicólogos que quiserem dar-se o trabalho de demolir a
veracidade de minhas palavras.
Situar-me... é o que farei da maneira mais breve possível, pois minha
vida de “terráqueo” nada tem de extraordinário, a não ser que se possa
dizer tal coisa sobre o fato de tê-la passado estudando o
comportamento da sociedade humana em que me vejo inserido.
Sou filho de médium e por isso mesmo vivi, apesar de tudo,
momentos pouco comuns para a maioria dos mortais. Este livro tem
um capítulo especial a tal respeito.
Sou, portanto, filho de médium, proveniente de uma família de
operários pobres, mas ligeiramente acima da média, e me sentia feliz
nesse meio.
Deixei a escola aos quatorze anos (limite facultativo legal da época)
para trabalhar numa vidraçaria aonde rapidamente cheguei a gravador
de vidro. A arte de fazer vidro me atraía porque eu sempre tiver a
inclinação por todas as formas de arte em que se pudesse dar vazão à
criatividade. Infelizmente, fui obrigado a largar esse belo ofício para
servir o Exército. Não o retomei mais. Mesmo porque, um pouco mais
para frente, recebi “ordens do alto”. Fui, por assim dizer, orientado
para uma missão bem precisa: visitar outros continentes, estudar de
perto outros costumes, outras nações, outros homens. Além da
duração legal do serviço militar, voltei a sentar praça três vezes; não
por espírito militarista, mas para poder assumir minha “missão do
alto”.
Com efeito, acho-me em contato latente com extraterrestres desde a
idade de quatro anos, a partir de quando elem me deram sinais de sua
existência. Aos 21, por ocasião de meu desligamento do Exército, eles
me confiaram minha primeira missão de “observação” a fim de que eu
conhecesse melhor meus congêneres terráqueos e a sociedade
22 Pierre Monnet
terráquea na qual eu tinha sido colocado. Além disso, antes do
Exército cheguei a filiar-me a uma religião, a uma seita e a um partido
político. Depois dessa “missão de estudo”, julgo saber o que é o
homem da Terra.
Retornando à vida civil, “vegetei” enquanto exercia esse e aquele
ofício para ganhar minha vida, depois me estabilizei numa profissão
que me propiciou algum tempo para pensar e escrever, fora da
confusão incoerente daquilo que o homem chama de vida. Aposentado
desde 1º de Julho de 1992, pude finalmente ocupar-me com o presente
manuscrito, cujo primeiro esboço data de 1985 e que agora posso
burilar, corrigir e completar.
As diferentes profissões que exerci ao longo da vida nunca me
atrapalharam. Os seres humanos com quem eu convivia é que me
davam e me dão condições de meditar sobre o homem e sobre o que
ele faz de sua vida.
Pouco a pouco, mudei de estado interior e, mesmo vivendo no meio
dos homens, “afastei-me” dos seres humanos a fim de observá-los
melhor, de apreciá-los melhor e amá-los dentro de sua justa medida.
Sempre me senti estimulado a buscar o conhecimento das verdades
universais por meio de profundas reflexões.
O objetivo real da vida do ser humano sempre foi para mim um
importante problema para o qual eu mesmo não pude encontrar
solução satisfatória. Até o dia em que obtive uma resposta quando
menos esperava, em julho de 1951, época do meu primeiro contato
com extraterrestres.
Imagine o leitor minha surpresa: Pierre Monnet, contactado “do
alto”... Que reviravolta!
Por que eu, que não sou nada? Meditei bastante sobre isso, e não pude
atribuir tal privilégio se não a essa sede de conhecimento espiritual e
cósmico que me acompanha e certo grau de mediunidade deixado por
minha mãe, mediunidade graças à qual, acho eu, os extraterrestres
puderam me contatar. Deverão existir outros critérios, que
Comunicações Extraterrestres 23
desconheço. Malgrado o caráter extraordinário de que se reveste meu
“contato do terceiro grau”, quero reafirmar que esse primeiro contato
e os outros eram bastante reais e não fruto de uma alucinação, como
costumam alegar aqueles que não acreditam em OVNIs. Tenho
comigo várias provas que me permitirão demonstrar cientificamente a
verdade de minhas “aventuras cósmicas”. Meus escritos contêm (por
menos que os cientistas saibam ler entre as linhas de alguns capítulos)
sinais que falam por si mesmos, que os verdadeiros pesquisadores não
deixarão de reconhecer à passagem, pois eles são de tal ordem
científica, que nem o mais malicioso contador de histórias poderia
inventar.
Que necessidade teria eu de simular? Só teria a perder montando uma
farsa. Perder o que? Perguntaria o leitor. Ora, minha reputação como
um sujeito sensato, meus amigos, meu emprego, minha mulher, e
tantas outras coisas. Pois acabei arriscando tudo isso, e apesar da
verdade contida em meus escritos, não pude evitar essas perdas...!
Mas se assumi todos esses riscos sem nenhuma hesitação e sofri suas
conseqüências, não creia o leitor que minha decisão de falar sobre os
meus contatos com alienígenas foi tomada irrefletidamente.
Existe na vida pelo menos um instante em que se precisa saber
escolher. Minha opção foi, portanto, retransmitir as informações e a
mensagem de amor dos seres que me contatam. E eu sei em quem
acreditei...
Se resolvi escrever este livro a partir dos meus encontros e contatos
com seres vindos de outro lugar, isso se deve a que esse caso de
“discos” é dos mais sérios e merece ser estudado. Os fatos são os
seguintes:
Uma civilização extraterrestre bastante evoluída pretende entrar em
contato com todos os terráqueos; ela tem coisas importantíssimas a
nos dizer e ensinar.
O poder psíquico e técnico desses seres é simplesmente colossal. Não
é menos verdade que tal poder é pacífico – posso assegurá-lo sem
risco de erro, pois estou em contato com eles.
24 Pierre Monnet
Gostaria de render homenagem aos numerosos pesquisadores e
escritores que freqüentemente estiveram muito perto da verdade sobre
os OVNIs e seus ocupantes. Pesquisadores como Franck Edwards, J.
Allen Hyneck, Von Danicken, Henri Durrant, Desmond Leslie, Jimmy
Guieu, Guy Tarade, Brisley Le Poer Trench, James Chuchward, T.
Lobsang Rampa, Jean Sendy, Jean-Gérard Dhomen, Robert Charroux,
entre tantos outros que deixo de citar para não tornar a lista
demasiadamente longa.
Primeira Parte
Primeiros
Encontros
-
1951 –
Meu primeiro contato físico com quatro seres
humanos vindos de
além espaço
Foi numa noite de Julho. Eu estava em Courthezón, uma cidadezinha
da Provença, situada a dezoito quilômetros de Avignon. Achava-me
no acostamento da antiga Nacional 7, que atravessa a cidade e
contorna uma pracinha em cujo centro eleva-se uma fonte circular.
Não longe dali, podia ver uma porta medieval onde se incrustava um
pêndulo elétrico que marcava, no começo de minha aventura 1h30.
Nesse período do ano, e por causa da época, o movimento de carros
era relativamente intenso: vivia-se a estação turística, além da abertura
do festival de Orange, minha cidade natal, situada a sete quilômetros
dali.
A estrada entre Courthezón e Orange é reta a partir do primeiro
quilômetro. Eu a percorria habitualmente em quinze ou vinte minutos,
às vezes menos, de acordo com o meu humor e a minha coragem no
momento. Nessa época, eu tinha apenas uma bicicleta. Fazia o
percurso duas vezes por semana, nos mesmos dias e mais ou menos
nas mesmas horas, para visitar minha noiva, com quem casei depois.
Preocupado em verificar meu desempenho entre a partida e a chegada,
aonde quer que eu fosse, sempre regulava meu relógio de pulso com o
28 Pierre Monnet
relógio dos lugares em que me achava; tinha-se tornado um hábito. Os
jovens estão sempre procurando superar sua própria marca, nem que
seja para poder vangloriar-se junto aos amigos de que o recorde da
véspera foi batido.
Nesse dia não foi diferente, e depois das verificações habituais, montei
na bicicleta. As coisas, entretanto, tomaram outro rumo.
Tive a extraordinária surpresa de ser instantaneamente “tele-
transportado” cinco quilômetros mais longe, sempre no acostamento
da estrada Nacional 7, à entrada de uma vasta, sinuosa e profunda
cascalheira. Eu conhecia o local, mas nunca tinha posto os pés ali.
Ficava ao lado da estrada, a três ou quatro quilômetros de Orange. A
distância da estrada à cascalheira podia ser de uns quinze metros, e
entre as duas erguia-se um matagal, com arbustos de pouca
importância.
Esse “tele-transporte” instantâneo me deixou atônito. Sentia meu
cérebro vazio. Estava boquiaberto. Depois, à maneira de um homem
vencido pelos acontecimentos, mas ainda assim consciente da
realidade da situação e de mim mesmo, como se estivesse sendo
arrastado por uma força irresistível, peguei a ladeira que descia uns
dez metros na direção da cascalheira sinuosa. Ao chegar lá embaixo,
no ponto mais fundo da cascalheira, não sei por quê, desmontei e
continuei o caminho a pé, empurrando a bicicleta.
Sentia-me extremamente leve. Tinha a impressão de que meus pés não
tocavam o solo. Estava muito calmo e descontraído, apesar do insólito
da situação. Sentia-me como alguém que sabe que algo está para
acontecer. Não experimentava qualquer sinal de cansaço. A emoção
suspendia-me o fôlego, e meu coração batia mais rápido. Mas não
estava com medo; ao contrário, experimentava dentro de mim certa
paz.
Curiosamente, quanto mais prosseguia, maior era aquela impressão
que a gente tem quando entra na água pela primeira vez; ou seja, uma
leve opressão nos pulmões. E, coisa esquisita, de maneira progressiva
os sons exteriores iam sumindo à medida que em penetrava mais na
Comunicações Extraterrestres 29
cascalheira, como se soubesse com precisão onde estava indo.
Numa pequena curva, uns sessenta metros diante de mim e atrás de
um dos vários montes de areia que as escavadeiras tinham empilhado,
percebi um clarão... Continuei me aproximando, e, a uns dez metros
ou mais de distância, vi diante de mim, “flutuando”, pairando a mais
de meio metro do chão, um disco em forma de lentilha, medindo cerca
de vinte metros de diâmetro.
O disco era encimado por uma proeminência central em forma de
cúpula. Da base ao cume, o engenho podia medir uns três metros de
altura. Pulsava lentamente, irradiando uma cor “branco-azul prateada”
iluminando com nitidez os paredões da cascalheira distantes uma
dezena de metros. A irradiação parecia ter como fonte o próprio metal
insólito de que parecia feito esse engenho extraordinário e de uma
beleza fascinante. Emanava do disco um poder dificilmente
concebível para quem não o viu com os próprios olhos.
O “metal” do disco parecia ao mesmo tempo material e imaterial, ou
pelo menos guardava uma estrutura atômica interna constantemente
em movimento. Quase uma coisa viva. Era a um tempo
impressionante, inquietante e belo...
Lentamente, muito lentamente, aproximei-me dessa coisa que me
atraía. Em seguida, quando já me achava bastante perto (a uns seis ou
sete metros), percebi que um silencia total se estabelecera há muito em
volta de mim. Não ouvia mais o barulho da circulação de automóveis
na estrada, que não podia estar distante dali mais de cinqüenta metros.
Não ouvia mais o canto dos pássaros noturnos e dos grilos, o som dos
meus passos, nem o crepitar dos pneus da bicicleta no cascalho. Esse
silêncio total me deu a impressão de que me haviam colocado dentro
de uma redoma, completamente isolado. Eu só escutava o ruído de
minha respiração, as batidas do coração e a circulação do sangue nas
veias.
Apesar de tudo, sentia-me bem. Maravilhado pelo que estava vendo,
eu continuava em frente. Muito calmo. Provavelmente muito
fascinado pelo engenho, não me dei conta que ao lado dele e um
30 Pierre Monnet
pouco à frente achavam-se de pé quatro seres humanos não-terrestres.
Vestiam uma roupa colante feita de um “tecido” flexível prateado e
luminescente formado de “escamas”. A roupa iluminava o chão em
volta num diâmetro de uns cinco metros.
Desviei-me um pouco para a direita ao percebê-los. Enquanto os
examinava, avancei calmamente até ficar a uns três metros de
distância desses quatro seres magníficos.
Não sentia mais meu corpo. Imóvel diante deles, deitei minha bicicleta
no chão, perto de mim, e contemplei os quatro seres vivos de aspecto
perfeitamente humano, embora não fossem de origem terrestre; isso eu
sabia! Não me perguntem por quê; eu seria incapaz de dar uma
resposta.
Eles estavam “descalços”, não usavam luvas nem qualquer capacete
de respiração. Eram altos, atléticos. Podiam medir cerca de um metro
e oitenta de altura (não me animei a medi-los de perto, eles poderiam
ficar envergonhados... humm!). OS quatro eram parecidos. Bem
proporcionado e de igual constituição, verdadeiras duplicatas. Seus
cabelos eram ao mesmo tempo louros e brancos, descendo de maneira
regular pelos ombros. O rosto era bonito e fino. Podiam ter cerca de
trinta anos de idade. O olhar guardava um brilho, uma suavidade e
uma franqueza que nunca vi entre nossos semelhantes, os terráqueos.
Vendo que me aproximava, sorriram para mim. Eram tão delicados e
tão belos, que na hora, à parte da ausência de seios (no sentido
feminino do termo), nos primeiros segundos achei difícil determinar
se pertenciam ao sexo feminino ou masculino. Mas, depois de alguma
hesitação, não pude mais enganar-me quanto a isso: eram realmente
“machos”. Irradiava-se deles uma impressão geral de grande força a
um só tempo interior e exterior; eram talhados como atletas e sorriam,
revelavam tranqüilidade, gentileza e bondade. Parecia habitá-los uma
paz profunda. O aspecto simpático desses alienígenas era
comunicativo; eu tinha vontade de me jogar nos braços deles, como se
já os conhecesse há muito.
Em seguida, levantaram o braço direito em minha direção,
horizontalmente, a palma da mão voltada para o alto. Fizeram esse
Comunicações Extraterrestres 31
movimento quase juntos e sempre no mais perfeito silêncio.
Essa atitude, no mínimo simpática, me deu confiança. Acabavam de
fazer o mesmo gesto que faríamos para encorajar um visitante a entrar
em nossa casa.
Entretanto, fiz um movimento de recuo, e um grande calafrio me
percorreu dos pés À cabeça, pois eles tinham-se expressado em mim
sem ter aberto a boca! Eu ouvia poderosamente seus pensamentos no
interior de meu cérebro e de todo o meu ser! Algo de uma nitidez, de
uma clareza extraordinária. Ao mesmo tempo, logo percebi que os
pensamentos não se traduziam em palavras, eram antes como
impulsos codificados misturados com imagens e conceitos profundos
que me eram estranhos, embora familiares. Eles me faziam participar,
pela primeira vez, de um processo de comunicação telepática a que
não estava habituado e cujo “mecanismo” não compreendia; processo
que, segundo eles, era a coisa mais natural do mundo, existente desde
o começo dos tempos, mas que foi “esquecido” pelo homem de nosso
planeta quando ele se afastou das leis universais. O “mecanismo”
desse processo permitia, por assim dizer, uma superimpressão dos
elementos fonéticos de meu vocabulário sobre os pensamentos
emitidos por esses seres que eu não tardaria a qualificar de
“maravilhosos”.
Mesmo admitindo que encontrássemos em nossa pobre linguagem as
palavras precisas capazes de traduzir perfeitamente o que me foi
“dito” (expressado é uma palavra mais adequada), a quantidade do
que me revelaram, no exíguo espaço de uns vinte minutos, exigiria
horas e mais horas para ser vertida na nossa linguagem. Horas?
Calculo que levaríamos um ou dois anos para cada oito horas de
discurso.
Encontro, por um lado, dificuldade para traduzir o que foi impresso
em mim, por causa da pobreza de nosso vocabulário, e, por outro,
julgo impossível dizer tudo na hora atual. Deixo ao leitor o cuidado de
imaginar o número de volumes que eu precisaria escrever para que a
retransmissão fosse realmente completa. Deveria esperar um
“desbloqueamento lingüístico” ulterior? Confesso humildemente que
32 Pierre Monnet
por enquanto estou no máximo de minhas possibilidades, coisa que
lamento bastante. Não se usaram palavras, mas algo como
pensamentos e conceitos codificados, sob forma de impulsos para os
quais não tenho encontrado os vocábulos certos senão de maneira
muito lenta, com o passar dos anos; com exceção de algumas frases
isoladas que pude traduzir instantaneamente, porque isso era
necessário em tais ou quais situações urgentes quando de alguns
contatos.
A tradução dos conceitos que foram registrados em mim no dia desse
primeiro contato físico só começou a ser feita dois anos depois. Passo
ao leitor algumas frases esparsas que pude compreender
imediatamente no momento em que foram emitidas:
“Sentimos que você está com medo. Não tenha medo. Queremos o
bem de todo ser vivo, sobretudo se ele não for violento.”
“Não se aproxime muito de nosso veículo; ele é perigoso para
qualquer ser vivo que não se ache em sintonia com sua amplitude de
ondas. As vibrações que ele emite destruiriam as células do seu
corpo.”
Esta entrevista conosco poderá causar-lhe indisposições que influirão
em sua saúde; você terá problemas nervosos durante algum tempo,
mas isso passará. “Depois do que, nossa conversa se tornará mais
clara e você poderá transmitir aos homens do planeta o que lhe
dissemos.”
“Sabemos que vocês empregam a linguagem por intermédio da
escrita. Se esta maneira lhe parece mais rápida, use-a, mas cuidado
para não adotar os seus conceitos habituais; isso poderia deformar a
nossa mensagem, tornando-a falsa.”
“Falamos longamente com você. Você levará muito tempo traduzindo,
mas quando acabar, diga aos homens de seu planeta aquilo que lhe é
permitido dizer.”
“Estamos aqui pelo bem dos homens desse planeta. Faça com que eles
compreendam isso.”
Comunicações Extraterrestres 33
“Esta mensagem está registrada em você de maneira indelével. Saiba
servir-se dela com prudência e ficaremos felizes com a sua
colaboração.”
“Você não é o único do planeta que conversou conosco. Infelizmente,
a maioria recusa-se a falar de nós, e os outros não são levados a sério
pelos seus.”
“À medida que você for traduzindo, escreva e faça saber quem somos
e o que somos.”
“Não tenha medo, mas seja prudente junto aos seus semelhantes ao
falar de nós.”
“Nós o protegeremos da melhor maneira possível, desde que entre
sempre em contato conosco do modo como lhe ensinamos.”
“A duração da sua vida não nos parede suficientemente longa. Por
isso, propomos-lhe regenerar as células de seu corpo a fim de que
você possa chegar aos 120 anos, pela contagem de vocês. É o máximo
que podemos fazer por você. Faremos essa regeneração dentro de
nosso veículo. Queira nos perdoar: julgamos necessário agir dessa
forma. Você não se lembrará da operação.”
Os seres interromperam a emissão de pensamentos. Muito preocupado
até ali em “recebê-los”, não tinha percebido que uma abertura se fizera
na frente do domo. Podia dar passagem a dois homens. Lá dentro
imperava uma luz branco-alaranjada que feria os olhos. Os quatro
seres continuavam ali, à minha frente, sorridentes e silenciosos.
Foi então que, sem me despedir, peguei minha bicicleta, fiz meia volta
e subi a pé até a estrada. Alcançando a Nacional 7, montei e pela
segunda vez vi-me instantaneamente teletransportado à entrada da
cidade de Orange, onde eu morava.
Instintivamente, consultei meu relógio e fiquei estupefato ao ver que
ainda marcava 1h30. Ora, ora, meu relógio teria parado nesse meio
tempo? Cartesiano e curioso como era, quis tirar a limpo aquilo tudo!
Pedalando desta vez, percorri o quilômetro e meio que faltava para a
prefeitura e pude constatar que o relógio do prédio e o meu marcavam
34 Pierre Monnet
1h35.
Desde o começo de minha aventura, posso assegurar ao leitor que me
belisquei várias vezes para confirmar se não estava sonhando.
“Tudo aquilo era para mim uma coisa impensável! E além do mais
não me lembrava do trajeto dos quase oito quilômetros; exatamente
como se não os tivesse feito; não me achava cansado nem sem fôlego
depois da “viagem”... Para piorar, não me dera conta de nada: o
desfilar da paisagem, os faróis dos carros que habitualmente me
incomodavam bastante, os pássaros noturnos, os grilos... Nada.
Eu devia naturalmente concluir: “O tempo material não tinha
escoado...”, mas ainda duvidava. Em meu espírito, nada disso podia
ser possível. Para convencer-me de que não estivera sonhando, eu
precisava de provas! Diante do relógio da prefeitura, decidi refazer o
trajeto Orange-Courthézon-Orange. Desta vez pedalando, pois não fui
mais teletransportado (era bem prático). Chegando à porta medieval
de Courthézon, comparei o pêndulo elétrico e meu relógio, ambos
marcando 1h55. Voltei, portanto ao relógio na frente da prefeitura de
Orange para constatar que ele e o meu marcavam 2h25. Verifiquei na
ocasião que para o retorno a Orange eu tinha levado mais tempo, pois
então sentia-me cansado. Sendo de natureza muito objetiva, a prova
do tempo que não escoara não me bastava; era preciso outra coisa.
Pois a aventura que tinha acabado de viver era muito fantástica para
não ser simplesmente fruto de um sonho. Pensei então numa astúcia
que consistiu no seguinte: para ter certeza de que não tinha sonhado,
naquela noite (eu deveria dizer “naquela manhã”), entrando em casa,
fiz barulho de propósito para acordar minha mãe e inventei um
pretexto qualquer para justificar esse despertar intempestivo.
Alimentava a secreta esperança de que no dia seguinte levaria uma
bronca por ter acordado toda a casa. E foi o que aconteceu. Tinha,
portanto “minha prova” de que não havia sonhado. Tudo que tinha
acabado de experimentar – teletransporte, contato com extraterrestres,
reteletransporte, e o tempo material que não tinha escoado – era de tal
modo estupidificante, que eu precisava escorar-me em alguma coisa
“palpável”. Todo mundo sabe a diferença, enorme, sob todos os
pontos de vista, que existe entre o sonho e a realidade. O que me
Comunicações Extraterrestres 35
aconteceu não pode ser comparado a um sonho. E não acredito que os
movimentos dos relógios sonhem!
Por muitos dias e longas noites de insônia, refleti com intensidade
naquilo que realmente ocorrera comigo. Todo tipo de hipóteses veio-
me naturalmente ao espírito:
Ter dormido na bicicleta ao longo daqueles oito quilômetros era
impensável. Teria sido massacrado na estrada ou acordado num valão
ou no hospital. De qualquer modo, há o “caso” do tempo que não
transcorreu.
A amnésia momentânea, duas vezes seguidas; aí também há o “caso”
do tempo que não transcorreu... e depois a memória completa da
maior parte do contato com esses seres vindos de além-espaço, que
permanece em meu espírito como se tivesse acontecido ontem. Só a
hipótese da amnésia momentânea durante o trajeto podia ser
eliminada,
Por ocasião das numerosas conferências que dei na época da
publicação de meu primeiro livro, organizadas entre 1979 e 1981 por
centros de pesquisas e institutos de parapsicologia, faziam-me não
raro a seguinte pergunta: “Você sentiu que teria podido tocar os quatro
seres à sua frente? Pareciam-lhe sólidos?” Eu respondia sempre que
esses seres achavam-se realmente ali, diante de mim, em carne e osso.
Mas, refletindo melhor, e levando em conta o fantástico avanço
científico que eu reconhecia neles, meu contato de 1951 poderia ter
sido não mais que uma projeção tridimensional perfeita num certo
espaço ambiente artificial e fora do tempo terrestre. Isso pode ter uma
relação direta com o tempo que, para mim, não tinha escoado, pois
meu corpo provavelmente fora projetado para fora do tempo terrestre,
em outra dimensão vibratória, em um ponto determinado na superfície
da Terra (o lugar de meu contato). Não sou cientista, e isso não passa
de mera hipótese de explicação do tempo que se congelou enquanto eu
vivia a minha aventura de contato do terceiro grau.
Sei que tal hipótese é perturbadora, mas ela nos coloca diante do
poder psíquico e científico de que são dotados os seres cósmicos. Em
36 Pierre Monnet
nosso planeta relativamente subdesenvolvido, as pessoas têm
dificuldade em acreditar nessas coisas, pois elas ultrapassam seu
entendimento e as noções que lhes impingiu “a intelligentsia
mundial”, fazendo-as considerar tudo isso pura “ficção científica”.
Contudo, eu sei... que é muito grande o número de pesquisadores e
estudiosos oficiais de nosso mundo que conhecem a verdade sobre os
extraterrestres. Sim, nossos sábios oficiais tem as provas concretas e
absolutas dessa realidade e sabem, como decorrência de poderosos
cálculos de probabilidades matemáticas e técnicas, que, em algum
lugar à nossa volta, a realidade vai muito além de toda a “ficção” que
se pode encontrar nas livrarias...
Voltando ainda ao assunto de meu primeiro contato físico em 1951, no
caso de uma projeção, mesmo em três dimensões (ou holograma),
como teria sido possível recorrer a aparelhagens “fantasmas” para
praticar em mim a regeneração celular de que me falaram? Devemos
escolher:
Aterrissagem real.
Projeção real da matéria.
Projeção visual por intermédio de uma certa telepatia a distância. Mas
nesse caso os seres não teriam podido praticar regeneração celular em
mim no interior de sua nave espacial.
Meu caso de contato interessa muito aos “ufólogos” e aos céticos.
Devo abrir para estes últimos um parêntese sobre dois parágrafos que
dizem respeito à “conversa” com “meus” extraterrestres. Esses
parágrafos retraçam dois pontos precisos de meu primeiro contato
físico, pontos que não deixarão de ter interesse para os leitores
“ufólogos” ou pesquisadores isolados que elegeram a tarefa de
demolir a veracidade de meus contatos.
Com efeito, desde o começo da entrevista com os quatro magníficos
seres que eu tinha á minha frente, eles me disseram:
“Não se aproxime muito de nosso veículo; ele é perigoso para
qualquer ser vivo que não se ache em sintonia com sua amplitude de
Comunicações Extraterrestres 37
ondas. As vibrações que ele emite destruiriam as células do seu
corpo...”
O leitor pode ainda ler mais adiante:
“...propomos-lhe regenerar as células de seu corpo, a fim de que você
possa chegar aos 120 anos, pela contagem de vocês. (...) Faremos essa
regeneração dentro de nosso veículo.”
Este parágrafo parece em flagrante contradição com o mencionado
linhas atrás. Realmente:
Não posso aproximar-me do engenho sem correr o risco de morte.
Submeto-me à regeneração celular no próprio interior da nave.
O cético logo pensará que o suposto contactado se contradiz em seu
relato, portanto tudo isso não passa de invenção.
E vocês, queridos leitores... O que pensam?
O homem de espírito aberto dirá: “Nossos cosmonautas começam a
viajar no espaço. Em breve sairão do sistema solar e irão certamente
mais além na galáxia. Não podemos ser os únicos humanos no cosmo.
Então, o que sabemos nós das possibilidades científicas de eventuais
‘extraterrestres’ que nos visitariam?”
Quanto aos próprios contactados (em número de setecentos mil), eles
não pensam nada.
No que diz respeito, a aventura que vivi e tantas outras que ainda vivo
pareceram-me absolutamente normais e lógicas; uma normalidade e
uma lógica que decorrem da colossal evolução de tudo o que vive,
mexe-se e vibra no cosmo para assegurar a vida no espaço e no tempo.
Eu sou um dos numerosos contactados que existem na Terra e que
viveram, mais ou menos bem, a maravilhosa experiência de um
contato do terceiro grau com extraterrestres para os quais nada,
absolutamente nada, é cientificamente impossível. Então, por que
esses seres não teriam podido fazer-me entrar em sua nave sem
qualquer risco para mim? Se eu tivesse me aventurado sozinho e sem
38 Pierre Monnet
precauções a uma certa proximidade do veículo, teria encontrado a
morte! Daí a advertência que me fizeram. Eles disseram a mesma
coisa a Moisés no dia em que este recebeu as tábuas da lei (escritas e
recortadas a laser na própria nave). À luz da tecnologia atual, já não
cabem dúvidas de que as visões de Ezequiel e as viagens aéreas de
Elias e Enoque foram para cada um deles um contato importante com
alienígenas, representando os “exércitos do Eterno”. Leiam o que se
acha escrito na Bíblia:
Salmos 68-18: “Os carros de Deus são vinte milhares, milhares de
milhares. O Senhor está entre eles...”
Isaías 13-5: “Já vem duma terra de longe, desde a extremidade do
céu...”
Notemos, de passagem, que toda essa “gente” vinda do céu ganhou
nomes como “arcanjos”, “anjos”, “querubins”, etc. Tenhamos em
mente que “querubim” em hebreu quer dizer “cheio de saber”. De
fato, os extraterrestres que nos visitam através de “carros de fogo”,
discos voadores e outras naves espaciais, são “cheios de saber”. Em
todo caso, no que diz respeito aos que me contatam, eles tem mais de
quinze mil anos de avanço científico e tecnológico sobre nós.
Os seres galácticos que encontrei várias vezes em pessoa contatam-me
freqüentemente desde 1974, mas não os vejo mais; os contatos são
unicamente telepáticos. Não posso duvidar da realidade dessas
comunicações à distância.
Tudo isso é, para mim, a aventura mais extraordinária que possa viver
um habitante da Terra, malgrado os inconvenientes que tudo isso
comporta em relação aos céticos em geral. Tenho, contudo, a
esperança de que aquilo que vivi e afirmo venha a ser experimentado
por outras pessoas, e em breve. Com efeito, alguma coisa começa a
“mexer-se” entre os cientistas oficiais e a mídia.
Ainda que tenha a aparência de uma ficção científica, meu relato, que
é autêntico, contém a promessa de um futuro melhor, muito próximo,
para a humanidade.
Em face das portas do insólito
Nunca deixei de me perguntar por que fui escolhido para ser
contactado. A palavra “escolhido”, aliás, não me convém; dá a idéia
de alguma coisa ligada a seitas, religiões, gurus e fanatismo.
Por que eu?...
Recuando no tempo, ao longo de profundas reflexões sobre minha
vida passada, por associação de idéias, acabei entendendo...
Este capítulo tenciona esclarecer o leitor sobre esse “por que eu?”
Muitos correspondentes fizeram-me a seguinte pergunta: Quem era
Pierre Monnet antes de seu primeiro contato? De fato, como já dei a
entender, fui contactado desde a mais tenra infância, sem saber que
era “isso”, contatos.
Tentarei, portanto, responder a essa pergunta sem, contudo,
transgredir as leis do respeito de minha vida privada. Procuremos
satisfazer o desejo que tem o leitor de me conhecer melhor.
Nasci em 27 de Junho de 1932, às 21h.
Por mais extraordinário que possa parecer, tornei-me filho único,
embora sendo o quinto de seis irmãos, quase todos natimortos. Os
outros morreram dias ou semanas depois de nascerem. Por que tantos
falecimentos? Nunca ficou explicado, mas, de qualquer modo, a
medicina na época não era o que é hoje. Ainda se morria de uma
40 Pierre Monnet
simples apendicite. Confesso que o fato de ter sobrevivido levou-me a
fazer interrogações correlatas com minhas aventuras com
extraterrestres; tal sobrevivência teria sido prevista “do alto”?...
Continuemos a deslocar-nos no tempo até os dias de hoje. Tudo isso
se passou em duas casas geminadas que tinham acabado de ser
construídas. Eu devia andar pelos meus sete ou oito anos. Meus pais,
que não recuavam diante do trabalho duro para ganharem
honestamente a vida, atarefavam-se, depois da passagem dos
pedreiros, pintores, tapeceiros e vidraceiros, em limpar o chão das
duas moradias, situadas exatamente do lado oeste do Arco do Triunfo
de Orange.
Naquele dia, enquanto meus pais “penavam” no primeiro andar, eu
brincava no jardim de uma das casas. Foi então que testemunhei um
fenômeno insólito que me causou um grande pavor. Eu estava sentado
junto a um muro, à sombra, pois fazia calor. Imóvel e compenetrado.
Absorto por não sei que reflexão de criança, meu olhar fitava adiante
um lagarto aquecendo-se ao Sol, completamente estirado sobre um
tijolo esquecido numa mureta situada a cinco ou seis metros.
Fiquei apreciando o lagarto por um bom momento, quando
subitamente ele pulou do tijolo. Em seguida, saiu correndo, como se
alguma coisa o tivesse incomodado. Ao perder o réptil de vista, meus
olhos deram com o tijolo onde ele estivera. Eu estava calmo e
relaxado, e o tempo realmente estava muito quente.
Para meu espanto, vi então o tijolo erguer-se lentamente quase meio
metro do chão. Ficou levitando durante dois ou três segundos, depois
desceu para retomar o lugar exato que ocupava antes.
A estupefação e o medo foram tão grandes, que fiquei absolutamente
bloqueado, imóvel, incapaz de soltar um grito. Os olhos presos no
tijolo, meu medo só fazia aumentar. Um calafrio percorreu-me da
cabeça aos pés, depois me levantei de um salto. Subi rapidamente até
o andar onde meus pais trabalhavam. Atravessei o cômodo correndo,
escorregando de bunda na espuma do sabão que minha mãe estava
usando para a limpeza das janelas. Na passagem, derrubei um balde
Comunicações Extraterrestres 41
cheio de água suja e derrubei uma vassoura que veio cair em minha
cabeça. Agarrei-me às pernas de mamãe. Chorava e gritava: “Mamãe,
eu vi... Mamãe, eu vi... a pedra que voava sozinha. Mamãe, estou com
medo, não quero mais brincar no jardim.”
Parece que eu estava pálido, e meus olhos nunca estiveram tão
escancarados de pavor. Mamãe me consolou, prometendo explicar-me
mais tarde o que tinha acontecido. Aparentemente, a situação que eu
tinha acabado de viver não pareceu afetá-la de maneira especial. Mas
ela só explicou aquilo alguns anos depois. Segundo ela, desse modo
eu poderia entender melhor as coisas.
Na idade de seis ou oito anos, o fato de minha mãe ser “médium” não
me dizia praticamente nada.
Não consigo recordar a época de minha vida em que ela me explicou
que todos esses fenômenos seguiam-na por toda parte. Eu lhe disse:
“Mas no dia em que aquilo me aconteceu, eu não estava com você.
Então, porque coisas como o tijolo e tantas outras ocorrem sem que
você esteja por perto, perto de mim? Ela me respondeu que isso
acontecia porque eu era seu filho, carne de sua carne, que essas coisas
se manifestavam, e aquilo não era tudo, eu ainda veria muitas outras...
Eu não sabia se devia regozijar-me pelo futuro que me aguardava ou,
ao contrário... Com efeito, fui testemunha de muitos outros fenômenos
paranormais com os quais acabei me familiarizando. Tínhamos muitas
moradias na comunidade de Orange. Em cada uma delas ocorriam
manifestações insólitas. As portas abriam-se sozinhas, como para dar
passagem a uma pessoa. Páginas de livros viravam sozinhas diante
dos olhos de minha mãe, que não fazia o menor gesto para ler certas
obras. Eram em geral obras que tratavam de amor universal ou de
fraternidade humana. Nessa época, eu ainda não tinha aberto nenhum
desses livros, mas conhecia-lhes o conteúdo pelos títulos que aparecia
quando um deles arrastava-se na mesa.
Mamãe lia muito. Suas leituras eram instrutivas e tratavam de tudo o
que chamamos de parapsicologia. Ela lia livros sobre “a vida depois
da morte” (já se falava nisso) ou que tivessem relação com os
42 Pierre Monnet
fenômenos de levitação, hipnose, estados catalépticos das pessoas
hipnotizadas, fenômenos de aparição de “fantasmas” ou ectoplasmas,
comunicação pelo espírito com os desaparecidos... Em suma, leituras
ricas de ensinamentos que não me interessavam nem um pouquinho e
que eu não entendia muito bem.
Para azar de mamãe, nada disso me atraía. Eu a escutava porque ela
era a minha mãe e porque meu pequeno cérebro de criança pensava
que essas coisas realmente existiam, mas não queria interessar-me por
elas e menos ainda manipulá-las, pois isso ia além do meu
entendimento e me causava um pouco de medo. Algo como o medo de
alguém que se encontrasse sozinho numa floresta em noite de
tempestade. Mas também um medo respeitoso das coisas
desconhecidas, que, apesar de tudo, eu queria sufocar.
Entretanto, eu contrapunha a esse medo do desconhecido o espírito
cartesiano, que diz: “Só acreditarei realmente quando puder verificar e
tocar com o dedo.”
Uma noite, ainda nessa jovem idade, quando realmente sentia que
minha mãe resolvera comigo mesma iniciar-me em todos esses
“mistérios”, ouvi-a dizendo-me o seguinte: “Você não deve temer a
morte, pois depois dela você voltará à Terra para viver uma nova vida
no corpo de outra criança. Isso acontecerá numerosas vezes.”
Nessa noite, ela me explicou todo o processo da reencarnação e suas
conseqüências. Eu não compreendia nada, mas estava interessado;
aquilo não entrava muito bem na minha cabeça, mas me seduzia.
Sentia haver certa lógica... Durante essa “iniciação”, ela fazia-me
conhecer um Deus diferente, bem mais agradável e humano do que
aquele que me era descrito nas aulas de catecismo.
Escrevo à medida que as recordações acorrem-me ao espírito, e uma
delas ficou intensamente gravada:
Era noite de inverno. Morávamos no terceiro andar de um velho
imóvel de Orange. Lá fora nevava e ouviam-se os passos surdos de
alguns raros transeuntes perdidos naquela hora tardia. Meia-noite e
meia. Na cozinha familiar, onde eu dormia numa cama encostada
Comunicações Extraterrestres 43
contra a parede, fazia uma quentura gostosa. Minha mãe lia até tarde,
como sempre, sobretudo nessa estação. Ela tinha os pés sobre a porta
aberta do compartimento de serviço de nossa velha cozinheira. Lá
dentro havia dois ferros de passar, alguns pedaços de lixa, alguns
panos e... Kai-Kai. Tínhamos dado esse nome à nossa magnífica gata
siamesa preta e branca, manchada de amarelo e ruço. Esse local era,
portanto, sua residência de inverno. Tratava-se de uma gata muito
inteligente, que conversava telepaticamente com minha mãe e às vezes
comigo. Não ria, por favor! As personagens religiosas do Egito antigo
veneravam o gato como símbolo do conhecimento e da
espiritualidade. Esses animais, pelo que parece, correspondiam-se
telepaticamente com os grandes iniciados para transmitir-lhes
informações do além e de outros mundos. Por que não? Nós, gente
supostamente civilizada, estamos longe de conhecer tudo...
Naquela noite, tudo estava tranqüilo dentro de casa. Só ouvíamos o
ronronar da gata e o lento tique-taque do pêndulo de nosso velho
relógio provençal. Kai-Kai tinha o hábito de seguir com uma
expressão engraçada o balanço desse pesado disco de cobre. Eu me
achava deitado, saboreando o ambiente calmo da vida em família
quando fazia muito frio lá fora.
Em certo momento, mamãe descansou o livro sobre os joelhos e a gata
deixou precipitadamente o seu abrigo. Nosso gentil felino colocou-se
a pouco menos de um metro da parede, de frente para ela, olhando-a
com insistência. Tinha as patas imóveis, o dorso erguido, o pêlo
eriçado e os olhos quase fora das órbitas. Grunhia e respirava forte na
direção da parede. Aparentemente não havia nada ali. Minha mãe
dizia-me então: “Não tenha medo, é ‘fulano’, desaparecido há mais de
dez anos, que vem nos fazer uma visita.” Depois dessas palavras, os
olhos de minha mãe caíram no vazio e ela se pôs a conversar com o
desaparecido invisível. Já estava começando a me acostumar com esse
tipo de situação, mas posso assegurar-lhes que era uma coisa
impressionante para um simples garoto. Passava-se manifestamente
algo de invisível, mas ativo e muito real, considerando a atitude da
gata, que devia realmente sentir e até mesmo “ver” a presença desse
personagem insólito na casa. Minha mãe conversava com ele e, ainda
44 Pierre Monnet
por cima, falava de mim!
Para minha sorte, ela me informava progressivamente de todas essas
coisas estranhas que podiam acontecer em qualquer tempo ou lugar,
sobretudo nas horas calmas da noite. Habituei-me aos poucos a tais
situações, e isso começou inclusive a se transformar num jogo; um
jogo em que eu só queria ser espectador, sem ter parte ativa na
experiência, como teria desejado minha mãe. Apesar de tudo, a
atração pelo insólito que desapontava em mim era tingida por uma
suspeita de temor. Isso não me impedia de brincar de detetive, pois
uma parte de mim não queria ouvir que essas coisas extraordinárias
pudessem realmente existir. Então, fiquei à espreita...
Os “desaparecidos” visitavam mamãe freqüentemente, e as
“conversas” corriam bem entre eles. Tudo isso me intrigava, e eu me
esforçava por achar uma trapaça qualquer que teria explicado todos
esses fenômenos que iam além de meu entendimento. Por falta de
sorte, o caçador de fantasmas em que eu me transformara nunca
conseguiu descobrir o menor truque. Isso me deixou por muito tempo
perplexo.
Por amor, mamãe passou grande parte de sua vida fazendo-me colocar
o dedo nisso que o comum dos mortais chama de “o invisível”, “o
insólito”, “o oculto”, coisas a que se fecham os ouvidos por medo
supersticioso.
Enquanto viveu, ela sempre voltava à carga para explicar-me o que se
passa “depois”. Apesar de minhas reticências em acreditar naquilo que
me ultrapassava, ela não perdia a confiança e fazia o seu trabalho de
formiga, estocando em meu subconsciente aquilo que supostamente eu
viria a compreender mais tarde.
Foi assim que um dia ela me disse: “Tudo que lhe explico é
importante e existe realmente. Quando o corpo morre, nosso
verdadeiro ‘eu’ eleva-se e prepara-se para uma vida nova. Ao morrer,
não fazemos outra coisa senão largar uma roupa que está nos
incomodando porque se tornou inútil; pois somos imortais. No
momento, ainda é difícil para você compreender isso, mas quando eu
Comunicações Extraterrestres 45
‘partir’ provarei o que estou dizendo hoje.”
Quando de seu falecimento, fiquei surpreso ao dar-me conta de que
não estava triste e tudo isso era natural. Ao olhar o caixão onde ela
supostamente se achava descansando, tive o sentimento profundo de
que aquela caixa de madeira estava vazia... absolutamente vazia. E
então compreendi que mamãe tinha-me iniciado para que eu
aprendesse a não dar qualquer importância às coisas materiais. E tinha
conseguido, porque efetivamente, eu não conferia nenhuma
importância a nada que, desde o meu nascimento, tivesse aparência
física. A fúnebre caixa de madeira estava, para mim, inteiramente
vazia. Mamãe achava-se em outro lugar, que é ao mesmo tempo nosso
passado, nosso presente e nosso futuro; daí a explicação, pelos meus
amigos extraterrestres, da inexistência do tempo.
Um ano exato depois do falecimento de minha mãe, às três horas da
manhã, levantei-me para trabalhar. Preparei café, estava contente e
longe de pensar nela. EM certo momento, atravessei a cozinha e, num
lugar preciso, experimentei em todo o corpo uma impressão de frio
glacial. Entretanto, fazia calor no cômodo. Uma impressão de frio
glacial num cômodo quente teria que me parecer anormal, mas não dei
atenção especial a isso. Disse apenas para mim mesmo que era
esquisito, só isso... Entrei numa despensa sob a escada para apanhar
um salsichão e voltei à cozinha, para me ver cara a cara com a visão
efetiva, nítida e precisa, embora levemente transparente à primeira
abordagem, de minha mãe, de pé diante de mim, bem viva e
sorridente, que me olhava. Essa visão de volume em três dimensões
situava-se exatamente no lugar onde eu tinha experimentado a
sensação de frio glacial. O senti medo; já fazia algum tempo que o
insólito não me assustava. A aparição estava ligeiramente luminosa,
quase cintilante. Mamãe estava vestida como de costume, radiante. Eu
podia jurar que ela se achava viva, em carne e osso, não fosse o
aspecto luminoso ligeiramente cintilante. Olhava-me com doçura e
com aquele fiapo de malícia que havia em seu olhar e em seu sorriso.
Pouco tempo depois da aparição, ouvi-lhe a voz em minha mente: “Eu
lhe disse que provaria que depois não era o fim.” EM seguida, a visão
perdeu rapidamente os contornos e desapareceu.
46 Pierre Monnet
Uma outra experiência insólita. Foi em 1941. Eu tinha nove anos e
meio. Mamãe lia à mesa da cozinha. Eu estava sentado em minha
mesa de trabalho. Como de hábito, por volta das dez horas da noite
mamãe folheava livros, a gata ronronava em minha cama e nosso
velho relógio provençal ritmava o silêncio.
Eu estava fazendo os deveres da escola para o dia seguinte. Tudo
estava ali: livros, cadernos, tinteiro, régua e esquadro, borracha e
apontador. Em minha mesa podia-se sentir o cheiro da sala de aula.
Estava sublinhando de tempos em tempos uma ou outra palavra e as
frases de um texto que eu examinava com uma atenção especial.
Sem afastar os olhos do livro, estendi o braço direito para pegar a
régua, quando senti sob a mão um objeto que não fazia parte do
material da escola. Surpreso, sem coragem para levantar os olhos e ver
afinal o que tinha tocado, tateei suavemente o objeto estranho, que se
deixava enrolar em meus dedos. Ergui por fim a cabeça e vi na mão
um objeto esférico, duro e leve. Parecia uma liga de alumínio, de cor
prateada, fosca. Mas o mais insólito e mais impressionante ao mesmo
tempo, era que o objeto emitia uma fonte de doce calor e uma ínfima
vibração. Aquilo começava a me dar medo. Com a ajuda da
imaginação, fiz a mim mesmo perguntas do tipo: de onde saiu esta
esfera de metal, como apareceu ali de repente em minha mesa, e por
quê?... Tantas perguntas, que faziam nascer em mim algum medo.
A verdade é que logo devolvi o objeto ao lugar onde aparecera morto
de medo, sobretudo quando percebi que mamãe tinha deixado a mesa,
indo deitar-se.
Decidi, portanto, corajosamente, tentar esquecer a situação e voltar
aos meus deveres. Já não podia, porém fixar a atenção no trabalho;
como evitar examinar o objeto misterioso com o canto dos olhos?
Depois, entre duas linhas de leitura, o objeto aproveitou para
desaparecer, sem que eu tivesse notado. Procurei-o por toda a parte:
embaixo dos livros, dos cadernos, em minha pasta que estava aberta
junto à mesa. Procurei-o por todo o cômodo e não o achei.
Comunicações Extraterrestres 47
Continuei, portanto meu trabalho sem me ocupar mais do “caso”.
Ao cabo de meia hora, absorvido pelo estudo, já não pensava na
esfera, e aconteceu-me repetir o gesto de estender o braço, tateando
para pegar a régua. Tive dessa vez a surpresa de encontrar em minha
mão não uma esfera, mas um cubo! Um cubo da mesma matéria,
mesmo calor e mesmas vibrações que a esfera... Ergui então a cabeça
para vê-lo, guardei-o na mão, senti-o realmente ali dentro, firme,
quente e vibrante, e em seguida depositei-o sobre a mesa. Foi então
que sob meus olhos, lentamente, ele apagou-se e desapareceu
totalmente. Dessa vez senti menos medo, mas resolvi ir para a cama,
porque aquilo já era demais!
Quem disse que eu conseguia pegar no sono? Nunca falei sobre isso a
ninguém, pois era muito fantástico, e não acreditariam em mim.
Em julho de 1957, aos 25 anos de idade, eram seis e meia da manhã
quando senti uma vontade irresistível de ir ao passeio público, onde
tantas vezes brincara na infância e na adolescência.
Era uma manhã a um só tempo de primavera e verão. Os mesmos
perfumes das árvores, os mesmos perfumes das flores que conhecera
na infância exalavam por toda a parte. Não havia ninguém no jardim
àquela hora. Eu estava sentado num banco, sentindo-me ótimo. Atirara
a cabeça para trás, fechara os olhos e me deixara invadir pelos raios do
Sol matinal. Ouvia os passarinhos cantando e, suavemente,
lentamente, respirava o ar da manhã. Queria que aquele momento se
eternizasse... Em seguida, pouco a pouco, percebi inicialmente de
modo atenuado uma música; um canto de uma harmonia, de uma
pureza e de uma perfeição que nunca tinha ouvido em minha vida.
Essa música, essa sinfonia, parecia vir do alto e de toda parte ao
mesmo tempo e até de dentro de mim. Isso me proporcionou uma paz
e uma serenidade desconhecidas até então. Achava-me bem e não
ousava mexer um cílio, com medo de que aquilo acabasse. Considerei
que todas essas coisas estavam acontecendo por causa da minha
presença ali, fora do mundo, sozinho com Deus, pois me surpreendi
falando mentalmente com ele, agradecendo-lhe por me dar coisas
deliciosas, por fazer-me experimentar essas sensações sublimes que
48 Pierre Monnet
pareciam regenerar-me, agradecendo-lhe pela oportunidade de estar
em comunhão perfeita com a natureza, tão bela.
Ouvi um trinado no espaldar metálico do banco. Abri um olho, oh!...
surpresa e alegria, um passarinho achava-se ali, a meio metro de meu
rosto. Ele me olhava e parecia não ter medo. Retive a respiração,
temendo que ele saísse dali voando.
A música harmoniosa que vinha de toda parte e de lugar nenhum
aumentava de volume e me enchia inteiramente. Mais atento, abri os
dois olhos, endireitei o torso; o pássaro voou. Pus-me de pé a fim de
detectar o lugar de onde vinha a harmonia sublime e senti-me
subitamente leve e feliz. As coisas à minha volta eram mais belas,
mais luminosas e ligeiramente irisadas.
Para minha estupefação, vi que eu levitava suavemente e que não
tinha qualquer medo desse fenômeno insólito. Via o azul do céu, que
também se iluminava. Eu estava subindo, de pé, verticalmente. Ao
cabo de um tempo, dei-me conta de que meus pés achavam-se à altura
do cume das árvores, ou seja, quase dez ou quinze metros acima do
solo. E ali, inesperadamente, ouvi no mais profundo de mim uma voz
que me falava, dizendo-me “Bem aventurado filho da Terra... Eu o
enchi com Meu espírito. Saiba servir-se dele e conservá-lo de
verdade... Que assim seja.”
E foi tudo. Eu nunca tinha sentido uma felicidade tão grande como
aquela. As lágrimas desceram; lágrimas de intensa alegria, pois eu
sabia que o espírito de Deus tinha entrado em mim. O tempo parecia
ter parado. Depois de alguns minutos, ou segundos, suspenso entre
céu e terra na altura do cume das árvores, desci como tinha subido,
todo sonhador, todo trêmulo de alegria, todo emocionado. Desci com
extrema lentidão. Nunca tinha experimentado tamanho bem estar. O ar
era bom, ainda fresco e vivificante, e enchia meu ser. Eu continuava
ouvindo a música e os passarinhos. Durante minha descida,
continuava vendo tudo que se encontrava à minha volta, irisado, quase
luminescente, quase cintilante. Sentia interiormente a presença de
Deus; o bem estar que isso me proporcionava era intenso... imenso...
Comunicações Extraterrestres 49
Já com os pés no chão, o “encanto” rompeu-se. Eu estava ali, de pé,
embasbacado com o que tinha acabado de me acontecer, mas feliz.
Nunca esquecerei aquele momento.
Eis outra história pouco banal, que me deixou uma grande impressão:
Estamos em 27 de Outubro de 1984. São 18h15, estou em minha casa
em Aix-em-Provence. Contrariamente ao hábito, e pela primeira vez
então com amigos me visitando, sinto subitamente a vontade de ir até
Aix, a cerca de três quilômetros do meu domicílio. Faz bom tempo, e
penso que ir até lá a pé seria algo bastante agradável. Sinto-me bem,
calmo e em forma. Depois de ter percorrido sem qualquer cansaço
físico os três quilômetros, chego à cidade, sobre a larga calçada da
Avenida Mirabeau, lado direito em relação à grande fonte Rotonde,
que se acha atrás de mim.
A noite tinha acabado de cair. As calçadas da Avenida Mirabeau e das
outras ruas populares da cidade fervilhavam de transeuntes. As luzes
multicoloridas das lojas e dos postes de iluminação pública, assim
como os faróis dos automóveis, davam à cidade de Aix um jeito de
cidade americana em plena efervescência.
Descontraído, tinha acabado de percorrer a terça parte da Mirabeau,
quando subitamente... Tomo a consciência de que saí inteiramente de
meu corpo, e, estranhamente, embora a situação fosse insólita, tudo
me parece normal. Não me questiono. Hoje compreendo que, sim, em
determinado momento tive realmente a impressão de sair do corpo. A
partir desse instante, durante a experiência, a visão das coisas em volta
efetuava-se como se meu olhar, um olhar sem corpo, se achasse
situado a quase três metros de altura. Eu me dava conta de que a
função de enxergar já não era preenchida pelo corpo e que meus olhos
de carne de nada valiam ali, pois eu contemplava meu próprio corpo
deambular uns cinco metros para “trás”. Estava cercado por uma aura
prateada muito luminosa que ninguém parecia perceber, exceto um
menino de seus cinco ou seis anos que puxava a saia da mãe, dizendo-
lhe: “Mamãe... Olhe esse moço...” A criança tinha os olhos
escancarados. Era então o único na multidão capaz de perceber
alguma coisa estranha sobre mim?
50 Pierre Monnet
Pela primeira vez na vida, eu me via a mim mesmo semo auxílio de
um espelho, e completamente separado de meu “eu”, que flutuava no
espaço cinco metros à “frente” e a quase três metros de altura. Quando
digo que meu corpo estava completamente independente de meu “eu”,
isto quer dizer na verdade que esse corpo tinha vida própria, passeava,
relaxado, sorrindo, e apreciava as vitrines como qualquer outro
transeunte por ali.
Meu “eu” sem corpo, que passeava o olhar à sua volta, podia abarcar
todas as direções ao mesmo tempo e podia também ver o que meus
olhos físicos percebiam através das vitrines. Meu “eu” sem corpo
tinha consciência de sua própria existência independente do corpo
físico afastado. Meu “eu” sem corpo pensava e tinha sensações
diversas. Para ele, o barulho da cidade tinha desaparecido
completamente, assim como as sensações de temperatura, de
higrometria e de frescura da noite. Meu “eu” sem corpo já não sentia
as vibrações negativas emitidas pelas formas e pensamentos das
pessoas que andavam na rua. Para esse “eu” invisível, tudo era belo e
positivo. Todas as pessoas eram desprovidas de pensamentos
negativos e agressivos. O negativo não existia; de qualquer modo, não
podia atingir-me.
Eu era “eu” mais todos os seres humanos. Eu estava em todos e eles
estavam em “mim”, como se cada indivíduo fosse eu mesmo; como se
fôssemos um único e mesmo ser, uma única e mesma substância. Era
agradável, era bom, era “Tudo”. Era um bem estar sublime em que o
tempo e a morte já não existiam, onde tudo era de essência eterna,
onde tudo era vida verdadeira, onde tudo era Deus...
Quando o fenômeno chegou a seu termo, senti um mal estar muito
grande; como se estivesse apertado, prisioneiro dentro de uma roupa
que me sufocava. Tinha a impressão de que o corpo reintegrado era-
me estranho, e o detestava, como se não me pertencesse. Uma intensa
emoção tomou conta de mim. Uma certa nostalgia invadiu-me;
nostalgia de um estado sublime vivido e passado, acompanhado do
arrependimento de ter voltado ao meu corpo...
A extraordinária presença de certas proteções ao
longo da minha vida
Há todo um contexto no mínimo incomum que me tem acompanhado
por toda a vida; no caso presente, o fato de sentir junto a mim,
permanentemente, a presença de certas proteções vindas da parte de
meus amigos extraterrestres.
Teriam esses seres previsto, durante uma de minhas vidas anteriores,
um programa preciso de ação na qualidade de contactado na Terra?
Deve ser isso; vários acontecimentos perturbadores permitiram-me,
graças a uma proteção “intuitiva”, evitar em diversas ocasiões a morte
física. Houve pelo menos três situações realmente impressionantes.
Primeiro salvamento. Ocorreu quando eu era aprendiz de vidraceiro
em Orange, numa vidraçaria situada na Avenida do Arco do Triunfo.
Meu patrão tinha duas oficinas; uma quase em frente à outra, à
esquerda e à direita dessa avenida, que era uma via de grande
circulação, já que se tratava da Nacional 7. Eu tinha quinze ou
dezesseis anos. Atravessava a avenida quase trinta vezes por dia para
ir de uma oficina à outra. Naquele dia, distraído como todo garoto na
minha idade, passei por trás de um caminhão estacionado e atravessei
sem olhar. O leitor pode imaginar... Certas placas ferroviárias dizem:
Não atravesse, um trem pode esconder outro. Naquela ocasião, eu
teria precisado de uma placa como essa adaptada à estrada, pois me vi
52 Pierre Monnet
cara a cara com um Citroën a toda velocidade e que só parou uns
cinqüenta metros mais adiante, depois de uma espetacular freada.
Onde estava o jovem afoito que eu era? Bem, ele não foi tomado por
qualquer pânico e teve a surpresa de sentir o seu corpo erguer-se como
se uma mão invisível o tivesse pegado pela cintura e o colocado com
os pés sobre o pára-choque do veículo, o rosto de frente para o
motorista, mais morto que vivo pelo medo que havia sentido. Fiz,
portanto, cinqüenta metros debruçado sobre o capô, as mãos agarradas
às abas laterais de ventilação. Não me ficou mais que uma marca azul
sobre o umbigo, só isso!
Se naquele tempo eu tivesse contado que uma mão invisível me
levantara e salvara, as pessoas me teriam encarado como ainda hoje
encaram os contactados quando estes falam dos OVNIs. O leitor sabe
o que quero dizer...
Segundo salvamento: Neste caso, fui salvo por um cinto, a respeito do
qual devo algumas explicações. Eu o tinha comprado numa loja
americana. Era um tipo de cinto de seis centímetros de largura, em
pano trançado, espesso e duro, assim como extensível graças a um
passador de cobre, munido de um fecho de pára-quedas. Agradeço ao
“acaso” e à “sorte” que me levaram a comprá-lo, pois sem ele o leitor
não estaria me lendo agora.
Eu estava com dois colegas de trabalho sobre o telhado da casa de um
cliente. Trocávamos vidraças de uma clarabóia que encimava o vão da
escada da casa. Achávamo-nos acima do quinto andar, de onde se via
a rampa descer em espiral retangular em torno de um vão de vinte
metros, com a forma de um retângulo de três metros por quatro.
Tínhamos, erradamente, como muitos vidraceiros muito seguros de si,
o hábito de andar sobre as armações de ferro para aplicar a massa nas
traves que iam receber as folhas longas de vidro trabalhado. Eu me
achava, portanto, de pé, apoiando-me nas armações e acabava de me
endireitar para pôr um pouco de massa na mão.
Subitamente meus pés escorregaram. Passei entre duas armações sem
poder me agarrar, pois tinha as mãos cheias de óleo.
Comunicações Extraterrestres 53
Era a queda livre, o corpo vertical num vazio pavoroso que pareceu
aspirar-me como o olho de um turbilhão gigantesco. Não havia como
me agarrar a nada. Uma queda vertical no vazio, do alto dessa casa de
cinco andares. Eu caía a uma velocidade vertiginosa, como a maçã de
Newton, justamente no centro do vão da escada. Posso dizer que em
tal velocidade não se pode sequer esboçar a primeira palavra de uma
prece antes de estatelar no chão lá embaixo.
Mas eis que chegamos ao momento mais estranho desse acidente.
Antes de cair, eu não tinha visto um grosso cabo de ferro de uma
seção de aproximadamente dois centímetros e terminando em forma
de gancho. Ele media a altura de quatro andares. A posição desse cabo
rígido era central no vão da escada, portanto paralela à minha
trajetória. O cabo devia outrora ter servido de sustentação de um
lustre, como era comum em velhas casas burguesas. Eu já tinha
percorrido três andares, quando, durante minha queda, o gancho
prendeu-se ao meu cinto americano. Este subiu até debaixo de meus
braços com um choque doloroso ao longo de minhas costelas e
vértebras dorsais. O gancho não chegou a tocar-me a pele nem me
rasgou a camisa. Agora, em retrospectiva, vejo que isso não é lógico.
Minha camisa e minha carne teriam que ficar consideravelmente
rasgadas. Sobre um plano de estudo mecânico dos fatos, sou tentado a
dizer que foi um milagre eu não ter morrido desmembrado, arrancado,
deslocado pelo gancho e pelo choque da parada brusca durante a
queda. Embora seja verdade que depois desse dia passei a ter alguns
problemas de coluna, a qual nunca recebeu cuidados.
Vi-me, portanto, suspenso como um animal no abatedouro, até que
viram desenganchar-me. Pedi aos colegas que não falassem desse caso
a meu patrão, pois tinha medo de ser mandado embora. O certo é que
depois daquele dia, meus colegas de trabalho e eu mesmo passamos a
utilizar a prancha tradicional do vidraceiro, prancha que se coloca
perpendicularmente às armações de ferro e onde o vidraceiro se deita
para fazer o serviço.
Conservei por muito tempo o cinto americano como lembrança do
grande pavor que tive com ele. Cinto providencial que por muito
54 Pierre Monnet
pouco não teria comprado naquela ocasião.
Foi durante o terceiro acidente que me dei conta da existência de um
“guia invisível”. Aquele que me soprou bons conselhos durante toda a
minha vida. Alguns grupos de espiritualistas acreditam que cada ser
humano tem um guia pessoal que o ajuda sempre que necessário. No
momento atual não só me acho convencido disso, como o sei. Sei que
essa presença invisível está sempre ali. Essa presença aconselha,
ordena e sugere por meio de uma voz nítida e precisa que raciocina no
interior de mim independentemente de minhas elucubrações mentais!
Mas como explicar uma coisa tão impalpável como a presença na vida
de cada um de nós desse guia que as religiões, com ou sem razão,
chamam de “anjo da guarda”?
Estávamos em 1955. Eu servia o Exército e fora designado para uma
imensa base no seio da qual se acotovelavam todas as armas. Esta
base, situada no Extremo Oriente, chamava-se Than-Son-Yut (um
bairro de Saigon).
A septuagésima quinta esquadrilha de helicópteros, onde eu servia,
achava-se numa das extremidades de Than-Son-Yut,e o bar da
esquadrilha vizinha, aonde eu tinha o hábito de ir duas vezes por dia,
encontrava-se na outra extremidade. A totalidade da base, um grande
terreno vazio e plano, era cortada por numerosas estradas desertas e
alguns prédios velhos, abandonados por causa dos perigos de
desabamento.
Eu sempre usava a mesma estrada de ligação, e nunca outra qualquer.
Ao longo dessa artéria, achava-se um prédio abandonado. Era uma
construção de dois andares, de concreto, aparentemente não construída
pelo Exército, mas que lhe tinha servido durante um certo tempo. Eu
caminhava sempre pela calçada do prédio, nunca passava por outro
lugar. Durante quinze meses, fiz esse trajeto duas vezes por dia.
Naquele dia, chegado ao cruzamento, que me teria permitido escolher
outro caminho do quadrilátero, peguei a estrada habitual. Não sei por
que, senti um “incômodo”, uma impressão interior esquisita, como
alguma coisa me dizendo que nesse dia era preciso fazer um outro
Comunicações Extraterrestres 55
itinerário. Esse sentimento tornou-se muito forte em mim e senti
pouco a pouco minha resistência a essa injunção debilitar-se, tanto
mais que essa impressão tinha se tornado rapidamente uma voz
interior que me ordenava em palavras precisas e imperativas. Dei
meia-volta e refiz em sentido inverso os quarenta metros que tinha
acabado de percorrer para pegar a artéria paralela. Senti-me melhor
fazendo isso. Enquanto caminhava, ia pensando nessa impressão
estranha que tomara conta de mim. Eu sou formal, era realmente uma
presença invisível, uma voz exterior que ressoava em mim e me
habitava.
Eu não tinha caminhado cinqüenta metros na nova estrada, quando
ouvi um estrondo terrível. Virei a cabeça e desloquei-me para ver de
onde vinha o barulho.
Vi então uma grande nuvem de poeira destacando-se de um
amontoado de ruínas no chão. Já havia no lugar alguns militares
curiosos que apreciavam o desastre. O que tinha acabado de acontecer
não fora outra coisa senão o desmoronamento completo do prédio por
onde eu deveria passar.
Perturbador, não é mesmo?
Eu poderia mencionar muitos outros fatos, como esses que acabo de
escrever, e que ocorreram durante a minha vida, mas não quero tornar
pesado o conteúdo dessa obra.
O veículo do contactado usado pelos
extraterrestres durante dez minutos a 110
quilômetros horários
Embora não faça parte do período de minha vida anterior a 1951,
durante o qual se produziram vários fatos insólitos, seria uma pena
silenciar sobre o que conto a seguir.
Certamente esta aventura não é muito recente, mas é pouco banal. Eu
poderia mencionar sua data precisa e citar o nome das pessoas
presentes em meu veículo, mas isso não me parece de utilidade
absoluta; por um lado, porque a maioria dessas testemunhas espalhou-
se geograficamente; por outro, porque muitas delas estão em “guerra
fria” comigo por múltiplas razões, e isso já há muitos anos.
Os fatos seguintes deram-se durante o primeiro semestre do ano de
1980.
No curso dos vários deslocamentos em todos os sentidos que eu
efetuava nessa época, conheci pessoas notáveis no domínio da
percepção extrassensorial, entre as quais uma senhora, médium
relativamente dotada, com quem mantive por muito tempo contatos
estreitos que poderiam ser qualificados de “paraprofissionais”. Essa
senhora, já em idade avançada e de nobre lastro social, tinha me
convidado para passar alguns dias em Nice, acompanhado de uma
amiga.
58 Pierre Monnet
Durante uma dessas visitas, éramos em número de sete na sala de
estar, quando a velha senhora, em transe natural, recebeu uma
mensagem telepática de uma entidade extraterrestre que falava por sua
boca. Todo mundo no recinto tinha ouvido a mensagem, menos eu!
Com efeito, durante esse tempo aconteceu de também eu me achar em
condicionamento para a recepção de outra mensagem. Meu
condicionamento durou dez minutos, ocasião em que a médium
transmitiu a sua própria mensagem. Não ouvi, portanto, nada do que
foi dito, apesar da mobilidade dos seus lábios. Esse fenômeno era
tanto mais insólito para mim quanto, durante esse tempo, eu percebia
à minha volta o tilintar das colheres nas xícaras e o barulho dos carros
passando lá fora. Tudo, exceto a mensagem da médium! Quando esta
acabou de ser transmitida, os extraterrestres que me contatavam
imobilizaram-me (com exceção do braço direito) e me fizeram
escrever o que tinham transmitido através de mim em velocidade
extrema. Tive de usar uma página inteira formato 21 x 29,7 em menos
de meio minuto. Só me dei conta disso quando voltei a mim, a caneta
na mão, exatamente depois de ter escrito a última palavra.
No outro dia, anda na casa da médium, achávamo-nos à mesa e podia
ser meio-dia e trinta, quando ela caiu em transe e transmitiu outra
mensagem de além-espaço. Mas aí se produziu um fenômeno estranho
e diferente. Durante a passagem do texto por sua boca, não ouvi
absolutamente nada vindo do exterior. Isso era impressionante para
mim, pois não somente eu via os lábios da médium se mexendo, mas
também ouvia sua mensagem no interior do meu corpo, como se
aquilo estivesse nascendo em mim a partir do plexo solar.
Naquela mesa, fui a única pessoa que recebeu a mensagem dessa
maneira. Os demais convivas a ouviam do modo mais normal do
mundo, enquanto viam meus lábios mexendo-se, sem me ouvirem. No
entanto, quando eu transmitia a mensagem da médium, ouvia o som
de minha voz. Os outros convidados sentiam bem, vendo-me com
aquela expressão estranha que se pintava em meu rosto, que nesse
momento preciso eu não me achava inteiramente m meu estado
habitual. Fiquei tão impressionado pela experiência, que não consegui
mais falar e pus-me a chorar de emoção.
Comunicações Extraterrestres 59
Esses poucos dias em Nice chegavam ao fim. Minha amiga e eu
preparávamo-nos para retomar a estrada rumo a Montélimar.
Deixamos, portanto, a velha senhora e os outros convivas para
apanhar as bagagens, que tinham ficado na casa dos pais de minha
amiga, quando subitamente esta foi tomada por um grande mal estar.
Apesar disso, ela insistiu em que tomássemos a estrada. Eu estava
muito preocupado com ela, pois tínhamos pela frente 350 quilômetros.
Quanto a mim, minhas dores na coluna (dores desaparecidas há
muitos meses) tinham voltado a dar sinal de vida na véspera de nossa
partida. Eu estava tão mal quanto minha amiga.
Mas mesmo assim partimos. Na estrada, ela queixou-se de fortes dores
na barriga. Já não podia esconder o sofrimento. Tinha-se estirado no
banco do carona, que eu reclinara para proporcionar-lhe mais
conforto. Não conseguia mais abrir os olhos, crispada pelo sofrimento,
incapaz de falar. Eu respeitava-lhe o silêncio, embora estivesse
preocupado. Tinha pressa em chegar.
Coberto um terço do percurso, ambos tivemos uma impressão
esquisita. Olhamo-nos pensando a mesma coisa. Tínhamos o hábito...
Nós sabíamos de quê, ou antes, de quem se tratava. Sentíamos uma
presença no carro, atrás de nós. Claro que não havia ninguém; quer
dizer, ninguém visível.
Eu disse então à amiga: “Não está sentindo nada?” Ela me respondeu
que também estava percebendo essa presença.
Passaram-se alguns minutos e, de repente, parei de sentir as dores
lombares. Depois, foi a vez de minha amiga sentir-se súbita e
rapidamente bem. Seu rosto iluminou-se. Retomou de imediato as
cores, e nos sentimos repletos de vibrações por todo o corpo.
Vibrações insignificantes, embora perceptíveis, que logo nos tiraram o
cansaço, para não dizer instantaneamente. Sentimo-nos regenerados.
A partir desse minuto, passamos a experimentar um bem-estar
extraordinariamente agradável. Ficamos em plena forma sem deixar
de sentir a presença no carro. Não ousávamos mais falar, de tanto que
estávamos bem.
60 Pierre Monnet
Rodávamos a 110 quilômetros horários na estrada há coisa de uma
hora, quando tive outra impressão esquisita. Como se um pedaço do
trajeto tivesse desaparecido de minha memória. Conheço
perfeitamente a estrada Nice-Avignon, por tê-la percorrido várias
vezes quando de minhas visitas a meu primeiro editor, cujo escritório
fica em Nice.
Quando se conhece bem um percurso, recorda-se com facilidade a
situação geográfica em que se está, sabendo onde se acaba de passar e
o que falta percorrer. Ora, parecia-me que me faltavam uns quinze
quilômetros no trajeto que acabava de efetuar. Isso me deixou tão
intrigado, que senti uma vontade imperiosa de comentar o problema
com minha amiga.
Depois de explicar-lhe o que tinha sentido, vi que ela me olhava de
maneira estranha, um pouco como se fosse cúmplice de alguma coisa
que me dissesse respeito e que tinha acontecido sem o meu
conhecimento. Ela me disse: “Sim... eu sei...”, gratificando-me com
um meio sorriso enigmático. Então me contou... Que subitamente eu
ficara de olhos fixos, no mais total vazio. As cores do meu rosto
tinham mudado, e minha expressão se tornara grave e severa. Tinha
também, parece, o maxilar inferior caído. Vendo-me nesse estado,
minha amiga me chamara várias vezes sem que eu atendesse aos seus
apelos. Eu estava indiscutivelmente ausente; ela tinha tido a sensação
real de que meu corpo estava vazio e sem qualquer reação. Não sentia
mais a minha presença.
Rodávamos sobre um trecho da estrada que tinha muitas curvas. Eu
tinha os olhos atônitos, mas também a parte inferior dos punhos
simplesmente colocada no alto do volante, as mãos inertes e “mortas”.
A velocidade era constante, e as curvas foram feitas normalmente.
Minha amiga constatou que esse fenômeno insólito tinha durado dez
minutos. Depois de certo tempo de pânico, vendo que, apesar de tudo,
o carro se movimentara com a maior precisão, ela parou de se
preocupar. A velocidade do carro estava estabilizada em sessenta ou
setenta quilômetros por hora.
A partir desse fato insólito, não pudemos deixar de pensar na presença
Comunicações Extraterrestres 61
dos extraterrestres no carro e na recepção de ondas de condução do
veículo ao curso de um contato particular, durante o qual lhes foi
necessário dissociar-me de meu corpo. No início, talvez para nos
causar prazer, os galácticos nos desembaraçaram do mal-estar e das
dores. Em muitos outros casos ainda, fizeram-nos sentir a existência
deles e sua presença no invisível, sobre outro plano de consciência,
numa outra dimensão.
Hoje contamos com setecentos mil contactados no planeta; por que
não querem nos ouvir, escutar e compreender? Poderíamos despertar
em vocês aquilo que o seu ser profundo já sabe e que não foi
conscientizado...
As atribulações de um contactado na França
Ninguém desconhece que a França é o país cartesiano por excelência.
Como querem então que um provençal, a quem não raro qualificam de
“galego” por ser primo, com os marselheses, de nosso saudoso Marcel
Pagnol, possa ser levado a sério quando declara, com todo aquele
sotaque do Sul, que esteve em contato com extraterrestres? Parece
cômico... No espírito francês, isso só pode fazer pensar na história da
célebre sardinha que entupiu o velho porto de Marselha. Entendem o
que eu quero dizer?...
A primeira coisa que dizem quando falamos de contatos com
extraterrestres é o seguinte: “Só acredito no que vejo. Só acreditarei
em discos voadores quando vir algum.”
Para poder acreditar na existência das naves espaciais extraterrestres,
cada cético desejaria ver seu pequeno OVNI diante de sua porta todas
as manhãs.
E se tal ocorresse, finalmente acreditariam? Pois quando alguma coisa
“mexe” conosco, a má-fé é tão grande, que se faz todo o possível para
encontrar uma desculpa suficientemente razoável para não
confessarmos nossa crença.
Para ilustrar o que acabo de dizer, basta recordar aquilo que um certo
cientista declarou num programa de entrevistas na televisão: “Se ao
acordar eu visse um engenho espacial de origem extraterrestre em meu
jardim, já que isso não me interessa, voltaria tranquilamente para
64 Pierre Monnet
dentro de casa, pois tal coisa na pode existir.”
Depois de uma resposta como essa por parte de um pesquisador de
renome internacional, dando prova de um espírito tão pouco
científico, tudo é possível vindo dessa gente.
O provérbio está certo: “Ninguém é profeta em sua própria terra.” Em
minha família mesmo (com exceção dos meus filhos, que sempre se
abstiveram de qualquer comentário, embora, ao que me parece,
estejam atentos às minhas atividades), quando falo desses contatos
passo por um indivíduo que não é inteiramente normal.
De tempos em tempos, entretanto, vingo-me de certas pessoas com
convicções religiosas relativamente arraigadas. Seu ceticismo forçado
torna-as demasiadamente peremptórias em suas opiniões. Costumo
responder-lhes: “Acreditam em Deus? Já o viram? Então por que
acreditam...” Não está escrito na Bíblia: “Existem muitas moradas no
reino de meu Pai?” Era o que dizia Jesus, e se os crentes não
entenderam a parábola, seriam dignos da visita de nossos “primos”
galácticos, que querem nos ajudar a recobrar a razão?
Com um pouquinho de inteligência e lógica, qualquer um se daria
conta de que, se governos como os dos Estados Unidos e da Rússia
gastam fortunas para pesquisar os Objetos Voadores Não
Identificados, não é por simples diversão.
Não obstante a importância das informações recebidas da parte desses
seres do espaço, levei muito tempo para me referir a eles. Em 1951,
quando de meu primeiro contato físico com os ocupantes das naves
espaciais, as pessoas não se achavam preparadas para aceitar a
possibilidade de contatos extraterrestres com alguém encontrado por
“acaso” sobre o nosso planeta. Ainda hoje é muito difícil para muitos
terráqueos aceitar a presença de uma vida inteligente fora da Terra.
Entretanto, vários cientistas reconhecem finalmente que, na região
galáctica mais próxima de nós, muitos milhares de planetas
apresentam todas as características necessárias para produzir a vida. É,
portanto bastante provável que vários milhões entre eles contenham
humanóides. Partindo do fato de que a maioria desses planetas é muito
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  • 1. Pierre Monnet Comunicações Extraterrestres Relatos Inéditos de Contatos Alienígenas Tradução Luca Albuquerque
  • 2. Título original: Contacts D´Outre espace Copyright 1994 Amrita Éditions
  • 3. Dedico inicialmente este livro a J. C. de N,, um ser maravilhoso a quem amo bastante e cujos laços afetivos recíprocos vão além de qualquer expressão conhecida até hoje; um amor fora do comum, que não precisa de nenhuma base material para existir e manifestar-se... Dedico-o igualmente a todos os homens e mulheres de boa vontade, que compreenderam que só o amor prodigaliza a vida... a verdadeira... A ti, ser humano transbordante de amor e afeição, que não podes exteriorizar nem comunicar-te com o homem agressivo que representa a maioria que cerca o ambiente em que vives. Neste meio, tu se sentes isolado, sem poder levá-lo a compreender que tu o amas e que gostaria de ensiná-lo a amar novamente. Dedico ainda estas páginas aos presentes e futuros cavaleiros da Ordem da Cavalaria da Estrela de Prata, que depositam e continuarão depositando em mim confiança na missão que me determinaram os extraterrestres que entram em contato comigo desde 1951. Pierre Monnet
  • 4.
  • 5. Índice PREFÁCIO................................................................................................................................................... 7 Apresentação do Editor Francês................................................................................................................. 11 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................... 13 A MEUS LEITORES ................................................................................................................................. 17 Primeira Parte Primeiros Encontros .......................................................................................................... 25 1951 – Meu primeiro contato físico com quatro seres humanos vindos de além espaço......................... 27 Em face das portas do insólito.................................................................................................................... 39 A extraordinária presença de certas proteções ao longo da minha vida..................................................... 51 O veículo do contactado usado pelos extraterrestres durante dez minutos a 110 quilômetros horários..... 57 As atribulações de um contactado na França.............................................................................................. 63 Segunda Parte Os Contatos ....................................................................................................................... 77 Os extraterrestres que me contatam............................................................................................................ 79 Eles me deram a prova de que estão entre nós ........................................................................................... 91 No interior da nave..................................................................................................................................... 95 Eu viajei em torno do sistema de Vega ...................................................................................................... 99 A conjuração mundial e as declarações de alguns cientistas.................................................................... 109 As declarações dos cosmonautas.............................................................................................................. 119 O chefe de estado que conversou com cinco extraterrestres – Os contactados e os diferentes tipos de contatos...................................................................................... 125 Viajantes do futuro e do passado.............................................................................................................. 137 Algumas respostas às cartas de meus leitores........................................................................................... 141 Terceira Parte As Mensagens .................................................................................................................. 159 Quarta Parte Ensinamentos e Iniciação ................................................................................................... 191 O tempo não existe................................................................................................................................... 193 Algumas páginas de uma história antiquíssima........................................................................................ 199 As civilizações dos tempos antigos até as glaciações terrestres............................................................... 201 Como os terráqueos transformaram a verdade ......................................................................................... 207 A destruição de nosso mundo................................................................................................................... 209 O homem, o céu, as religiões e a Terra .................................................................................................... 213 As ondas-pensamentos ............................................................................................................................. 217 Para que possamos nos juntar aos extraterrestres..................................................................................... 221 Algumas indicações para os pesquisadores.............................................................................................. 225 Do amor à décima potência ...................................................................................................................... 233
  • 7. PREFÁCIO Com esta obra, Pierre Monnet toma a feliz iniciativa de completar o relato de sua prodigiosa odisséia espacial desde o seu re-encontro com extraterrestres, seres dotados de supertecnologia e de poderes psíquicos de ordem superior, semelhantes, por assim dizer, aos dos grandes iniciados da Antiguidade, cujo último entre eles (last but not least) foi o iniciador da era cristã atual. Ainda que pareça espantoso ou absurdo aos olhos do leitor profano, este livro deve ser lido e meditado em todos os seus detalhes. Com efeito, cada elemento é importante e imbrica-se num quebra-cabeça complexo capaz de colocar-nos na pista de nossos insólitos viajantes espaciais. Por um lado, minha longa experiência na matéria (GEPA)1 , bem como os conhecimentos que adquiri a partir de informações e depoimentos dignos de fé, autorizam-me a confirmar sua autenticidade; por outro lado, minhas entrevistas aprofundadas com Pierre Monnet permitem- me testemunhar em favor de sua perfeita probidade intelectual, assim como de sua boa fé, e solicitar para ele um posicionamento favorável por parte do leitor – principalmente porque o autor teve a idéia, ao mesmo tempo judiciosa e original, de incorporar ao relato as observações e declarações de cosmonautas americanos e russos, cujo equilíbrio mental não poderia ser posto em dúvida. Aliás, sem precisar 1 Em francês: Groupement d´Etude dês Phénomènes Aériens et Spatiaux (Grupo de Estudos de Fenômenos Aéreos e Espaciais) (N. do T.)
  • 8. 8 Pierre Monnet remontar aos tempos bíblicos, a história do nosso mundo até os dias atuais acha-se repleta de exemplos incontestáveis de reiterados contatos entre os visitantes do espaço e os habitantes do nosso planeta2 . O aparecimento dos OVNIs constitui por si mesmo o maior enigma dos tempos modernos, e eu penso na companhia do ufólogo Guy Tarade, que os contatos com os seus pilotos serão o sinal de uma explosão psicológica que abalará os fundamentos filosóficos e religiosos de nosso velho mundo. Não raro, porém, por ocasião de contatos do terceiro grau, os próprios contactados recusam-se a divulgar sua inacreditável aventura por medo de serem ridicularizados e marginalizados, sem falar que, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, os governos e seus poderes públicos tudo fizeram para ocultar os fatos e sufocá-los sob o peso da ignorância e da má fé. Estes últimos chegaram a criar pseudo- organismos de estudo do fenômeno, que, a exemplo dos “buracos negros galácticos”, onde a luz desaparece sem retorno, não ofereceram quaisquer dados concretos, a não ser informações sistematicamente preocupadas em ridicularizar e desacreditar depoimentos e contactados. Ao oferecer aos leitores privilegiados sua extraordinária aventura, Pierre Monnet apresenta um esclarecimento novo e revelador, para não dizer “iniciático”, ao mesmo tempo em que cobre um vasto campo de investigação. Com efeito, o próprio lugar em que se desenrola o seu contato parece uma permanente pista de aterrissagem3 , uma região do nosso globo onde os extraterrestres realizam missões que ainda não compreendemos e a cujo respeito o autor faz revelações-chave. De minha modesta parte, espero que meus colegas cientistas e os pesquisadores autênticos não bloqueados por estruturas universitárias ultrapassadas concentrem sua abertura de espírito sobre a “referência grande ângulo”, com vistas a uma investigação profunda sobre esta tecnologia de sonho de que dispõem os extraterrestres desde a noite 2 Jacques Vallée em Autres Dimensions, Editions Robert Laffont, 1989. 3 Ver Phénomènes Spatiaux, no. 9, 3º trimestre, 1966, p. 10: “Valensole serait-il um haut lieu de tourisme insolite?” (O caso de Maurice Masse, 1965.)
  • 9. Comunicações Extraterrestres 9 dos tempos e minuciosamente descrita por Frank Seully4 , a qual lhes permite “brincar de carniça” com a constante de Plank combinada com o espaço-tempo, e aniquilar, ao fazê-lo, nosso soberbo raciocínio cartesiano. Henri Perret Doutor em Engenharia Premiado pela Academia das Ciências Prêmio Edouard Belin 1968 N.B: Em todos os casos de contatos do terceiro grau de que temos conhecimento, ficou mais ou menos claro que eles não eram fortuitos NE devidos ao acaso, mas sempre “programados” e determinados; os contactados ficavam como que “imantados” e dirigidos para pontos previamente determinados. 4 Frank Seully, Le mystère dês soucoupes volantes, Editions Delduca, 1951.
  • 10.
  • 11. Apresentação do Editor Francês Ao publicar um livro como o de Pierre Monnet, todo editor sabe muito bem o que terá pela frente: desdém, zombarias, insultos, intimidações e até mesmo ameaças. Foi assim, com plena consciência, que as Editions Amrita resolveram dar a forma de livro àquilo que, faz algum tempo, esperava prudentemente sob a rubrica “manuscrito”. Por que tal decisão? Porque às vezes é preciso ter a coragem de ir além de tudo quanto se faz “razoavelmente” e também porque temos a íntima convicção de que o depoimento de Pierre Monnet é perfeitamente autêntico. Sem dúvida, é um trabalho que incomoda, que chega a irritar, mas tem em compensação a espontaneidade da experiência vivida... e o recuo de uma experiência fora do comum que já vai para mais de quarenta anos. Pierre Monnet não é um escritor. Ele mesmo vive repetindo isso, mas o seu relato tem a força do coração, o coração de um homem que sofreu, e ainda sofre a incompreensão dos seus semelhantes. O leitor o achará às vezes desajeitado, mas tivemos de conservá-lo assim, pois o seu depoimento nos coloca diante de um fenômeno e de uma tomada de consciência a que já não podemos fazer vista grossa. O editor
  • 12.
  • 13. INTRODUÇÃO Não importa que livro é este... Ele foi escrito por um homem que teve contatos extraterrestres. O autor não faz outra coisa senão retransmitir a mensagem deles à nossa civilização. Portanto, o ensinamento que esta obra contém é dedicado aos seres humanos de nosso planeta que procuram o caminho e a voz da verdade, pela reflexão simples e lógica sobre a natureza que os cerca e lhes “fala”, a fim de fazê-los compreender o respeito pelas leis propícias ao desenvolvimento de seu bem-estar e pela continuidade da vida na sabedoria universal. As palavras e as frases contidas neste volume não são a obra de um escritor de ficção científica, de um religioso ou de um demente; apenas revelações de um ser que conhece por experiência certas coisas. Esta obra explica como a iniciação de alguns homens puros foi deformada pelas religiões, que fizeram disso um mito com fins vilmente especulativos; o autor mostra o entrave assim feito à evolução normal da espécie humana, deformação que acabou por ocultar três quartos da verdade. Ele relata com força e detalhes os dois contatos físicos que teve com os extraterrestres. Sua maior parte representa a tradução decodificada em linguagem inteligível, e na língua original do autor, de algumas revelações que
  • 14. 14 Pierre Monnet lhe fizeram os “galácticos” que o contatam. O autor deixa igualmente claro que uma grande parcela deste livro permanece de difícil compreensão para ele e que não pode, portanto, desenvolver detalhes precisos nos planos científico, psicológico e ideológico; isto pela razão maior de que este volume foi redigido sob o impulso exterior dos seres que lhe transmitem “telepaticamente” as informações. Assim como Georges Adamski (EUA), Howard Menger (EUA) e alguns outros contactados humanos de nosso planeta, Pierre Monnet assimilou as informações e as mensagens recebidas dos representantes de uma civilização extraterrestre muito mais adiantada que a nossa... Transmitiu por sua vez essa soma de informações sem deformá-las, sem manchá-las com sua própria personalidade, sem filtrá-las através de suas imperfeições pessoais, convicções religiosas, políticas, etc. Ele retransmite a mensagem de modo cabal, claro e autêntico, tal como lhe foi pedido. De 1951 a 1972, esse foi para Pierre Monnet um longo período de assimilação e de “tradução” reveladora das informações. Era preciso passar os ”impulsos telepáticos” recebidos para as palavras de nossa linguagem, até que chegou o momento (1972) em que ele pôde cumprir a promessa feita aos extraterrestres. Esses “irmãos galácticos”... Com efeito, estes haviam dito ao seu contactado: “Fale, escreva... Faça saber quem somos e o que somos...” Pierre Monnet pôs mãos à obra, guiado e influenciado por eles. Criticado, incompreendido, chamado de louco, lunático e até mesmo de trapaceiro, ele não recuou diante do dever de transmitir a mensagem. Ao risco de perder tudo – a mulher, os amigos, o emprego e a consideração alheia -, ele falou e escreveu. Apareceu várias vezes na televisão e no rádio em quase todos os países francófonos, onde também deu numerosas entrevistas coletivas, conferências secretas e públicas, durante as quais tentou reunir os humanos dispostos a amar, como seus “irmãos do alto” lhe tinham pedido,
  • 15. Comunicações Extraterrestres 15 Com o seu primeiro livro5 , as conferências, os programas de rádio e televisão, e a imprensa, Pierre Monnet, desde 1979, pôde dirigir-se a milhões de seres humanos. Depois de certa desaceleração devida ao desencoraja-mento diante do homem que não ouve, o autor da presente obra retoma o cajado do peregrino e volta a partir em “cruzada”... Malgrado os obstáculos que se erguem, Pierre Monnet assume a sua missão de informação pública, e, sobretudo a maravilhosa missão de amar e de ensinar o ser humano a amar novamente, a fim de evitar a catástrofe que nos espreita. Espinhosa missão, realmente falar de amor ao homem do século XX, em meio a pensamentos, palavras e atos negativos baseados nas noções de violência, sexo, drogas, energia nuclear e dinheiro... Pierre Monnet lança assim um novo apelo à humanidade inteira... Possa esse apelo ser ouvido, pois ele é maravilhoso de pureza. Esse apelo fala de Amor... Amor... Amor à décima potência! Pois o tempo urge... P.M 5 Les Extra-terrestres m´ont dit...
  • 16.
  • 17. A MEUS LEITORES Não sou escritor. Não tenho, aliás, a intenção de me tornar um escritor, e isso por várias razões. Em primeiro lugar, a mediocridade de minha instrução escolar, que não me deixa exprimir-me de maneira muito “literária”. Falo e escrevo de modo simples e sem ornamento, utilizando apenas a linguagem do coração e da sinceridade. Outra razão é que não disponho de muito tempo e tenho realmente coisas e mais coisas para fazer. Além disso, estou sempre dando prova de negligência por não ser constante em meus trabalhos de escrita. Não sendo um intelectual, escrever é bastante fastidioso para mim. Enfim, não tenho a intenção de contar o que quer que seja apenas para cobrir folhas em branco e chegar, aos trancos e barrancos, ao número de páginas previsto para que os meus rabiscos se tornem um “verdadeiro livro”. Tudo o que o leitor tem diante dos olhos é, portanto, coisa vivida. Não enfeito nem invento nada. Não! O leitor pode ficar tranqüilo. A obra que tem em mãos relata uma história autêntica, que retransmite uma certa iniciação recebida quando de meus contatos com os representantes de uma civilização extraterrestre originária de um sistema solar bastante conhecido dos astrônomos do mundo inteiro, já que se trata de Vega, estrela da constelação de Lira. Paralelamente aos meus contatos físicos, o leitor encontrará nesta obra os numerosos relatórios telepáticos que recebi de 1974 a 1981, sendo este último o ano em que essas informações vindas de “outro lugar” foram interrompidas para finalmente serem retomadas em 1984.
  • 18. 18 Pierre Monnet Estas páginas guardam igualmente o relato de certa parte de minha vida insólita passada ao lado de minha mãe, que era médium. Aqui poderão ser encontrados os comentários mais ou menos humorísticos sobre os numerosos programas de rádio e de televisão e sobre as conferências que dei em quase todos os países francófonos. O relato dessas pequenas conferências relaxará o leitor, mostrando que um verdadeiro contactado por extraterrestres não é forçosamente um indivíduo triste ou “sério”, mas um homem como todo mundo, que gosta de rir de suas aventuras terrestres. Deus sabe que a vida presente é curta e que precisamos saber aproveitá-la com alegria, amor e bom humor. As coisas mais importantes e mais graves devem ser ditas e feitas com serenidade, alegria e sorrisos. Desde a publicação de meu primeiro livro (esgotado em 1979), recebi cartas do mundo inteiro, inclusive da antiga União Soviética. Fiquei feliz por ler mais de quarenta mil cartas, sentindo-me encorajado em prosseguir em minha “missão”. Para mitigar o fato de que não tenha podido responder senão a um milhar dessas cartas, escrevi nesta obra um longo capítulo onde respondo às questões mais recorrentes que me fizeram nessa gigantesca correspondência. Em geral, o ser humano sabe ou não sabe de certas coisas essenciais que se acham recalcadas no mais profundo de si mesmo desde suas origens mais longínquas e mais misteriosas. O saber hereditário adormecido no inconsciente transmite-se pelo código genético sem que o indivíduo possa suspeitar dessa transmissão. De acordo com o grau de evolução e de predisposição natural de cada um, o subconsciente intervém ativamente, fazendo ressurgir esse saber, permitindo assim compreender, crer e afirmar a autenticidade de certas revelações que lhe são feitas no decorrer de sua vida. Vejamos um exemplo pessoal, a fim de ilustrar o parágrafo anterior: Com a idade de quatro ou cinco anos, ainda matriculado no maternal, eu observava meus colegas com bastante perplexidade. Durante as recreações, sentava-me num banco e pensava profundamente na
  • 19. Comunicações Extraterrestres 19 imensidão do universo. Enquanto via meus colegas brincando, erguia os olhos para o céu e pensava: “Que fazem as outras consciências nos outros mundos?” Sempre a propósito de meus colegas de escola, eu pensava também: “Porque costumam brincar de maneira tão desordenada, incoerente e agressiva? Eles não pensam. O cérebro deles está embaralhado. São cascas vazias.” Esse modo de pensar para uma criança de quatro anos deve parecer ao leitor algo impossível! Posso garantir que não estou inventando nada. Pode-se atribuir essa angústia latente, essa nostalgia de um “outro lugar vivido”, a influxos intuitivos? Aos restos de memórias saídos de vidas anteriores? Nunca se saberá... Sou um “pesquisador” que não sente a menor repugnância pela meditação. Durante toda a minha vida, apliquei-me a buscar o porquê das coisas e dos seres. Vejo-me agora recompensado. Nisso reside a verdadeira riqueza do homem: ter compreendido que esse prisioneiro das trevas que é o ser humano ainda não sabe se o quiser verdadeiramente, pode ser o mais rico do mundo pelo conhecimento interior. Pois o humano que descobriu e compreendeu o essencial da vida, a verdadeira vida, é mais rico que aquele que acumulou bens materiais... Claro, isso não é nada fácil, e eu passei por muitos tormentos. Não se conquista o conhecimento sem duras penas. Precisamos inicialmente desembaraçar-nos do “velho homem” que está dentro de nós e aplicar esse saber essencial na vida de todos os dias. Quando falo de conhecimento, não pretendo ter recebido a “ciência infusa”. Refiro-me, claro, a esse conhecimento universal latente que se acha impresso em todo ser e que, dependendo de nossa vontade, pode ressurgir das profundezas mais secretas das menores fibras do ser: o conhecimento do coração... Trata-se realmente de reencontrar sua consciência cósmica; de
  • 20. 20 Pierre Monnet compreender a verdadeira significação da vida e porque a perdemos tão tolamente. Pois o ser humano, em vez de progredir rumo às alturas de sua evolução original cósmica, rola pelos caminhos da inexistência. O homem retarda e anula a própria meta de sua vida, a ponto de não se lembrar mais que essa meta existe. Se eu fosse um desequilibrado, um louco, não estaria em liberdade. Embora, diga-se de passagem, nem todos os loucos se encontram trancafiados... e a prova: Livres se acham os loucos que atiçam milhões de homens contra outros milhões de homens em guerras abomináveis. Livres se acham os loucos que aceitam isso. Livres se acham os loucos que destroem a natureza que os faz viver. Livres se acham os loucos que inventam e mandam fabricar e ainda aqueles que aceitam a tarefa de fabricar as bombas de napalm, as bombas atômicas, as bombas de hidrogênio, as bombas bacteriológicas, a bomba de nêutrons, e tantos outros engenhos inventados para destruir toda a vida na superfície do globo. Todos esses loucos se acham em liberdade! Que se espera para reagir contra a loucura dos homens do planeta Terra? Não faz muito ouvi de um escritor num programa de rádio: “Nenhum Deus será capaz de curar o homem de sua loucura; o homem não será verdadeiramente um homem senão quando for educado e iniciado por um ser superior.” Encontrei esses seres superiores. São os galácticos que entram em contato comigo. Aliás, sempre estiveram em comunicação conosco e muitas vezes mudaram a orientação de nossas civilizações sucessivas ao longo do tempo. Mas quando se faz o cálculo do número de seres superiores que vieram educar e iniciar o homem em todos esses milênios, sem querer bancar o pessimista, penso que há motivos para alarme. Embora nada ainda esteja definitivamente perdido, já que eles voltaram em nossa época. Alguns amigos, pois ainda tenho amigos, aconselharam-me a começar
  • 21. Comunicações Extraterrestres 21 minha obra situando-me aos olhos dos leitores. Curvo-me de bom grado a essa convenção literária e aproveito a oportunidade para assinalar que minha situação social modesta não influiu em nada do que escrevo. Isso, a fim de acertar as coisas, desde o início, com os tortuosos psicólogos que quiserem dar-se o trabalho de demolir a veracidade de minhas palavras. Situar-me... é o que farei da maneira mais breve possível, pois minha vida de “terráqueo” nada tem de extraordinário, a não ser que se possa dizer tal coisa sobre o fato de tê-la passado estudando o comportamento da sociedade humana em que me vejo inserido. Sou filho de médium e por isso mesmo vivi, apesar de tudo, momentos pouco comuns para a maioria dos mortais. Este livro tem um capítulo especial a tal respeito. Sou, portanto, filho de médium, proveniente de uma família de operários pobres, mas ligeiramente acima da média, e me sentia feliz nesse meio. Deixei a escola aos quatorze anos (limite facultativo legal da época) para trabalhar numa vidraçaria aonde rapidamente cheguei a gravador de vidro. A arte de fazer vidro me atraía porque eu sempre tiver a inclinação por todas as formas de arte em que se pudesse dar vazão à criatividade. Infelizmente, fui obrigado a largar esse belo ofício para servir o Exército. Não o retomei mais. Mesmo porque, um pouco mais para frente, recebi “ordens do alto”. Fui, por assim dizer, orientado para uma missão bem precisa: visitar outros continentes, estudar de perto outros costumes, outras nações, outros homens. Além da duração legal do serviço militar, voltei a sentar praça três vezes; não por espírito militarista, mas para poder assumir minha “missão do alto”. Com efeito, acho-me em contato latente com extraterrestres desde a idade de quatro anos, a partir de quando elem me deram sinais de sua existência. Aos 21, por ocasião de meu desligamento do Exército, eles me confiaram minha primeira missão de “observação” a fim de que eu conhecesse melhor meus congêneres terráqueos e a sociedade
  • 22. 22 Pierre Monnet terráquea na qual eu tinha sido colocado. Além disso, antes do Exército cheguei a filiar-me a uma religião, a uma seita e a um partido político. Depois dessa “missão de estudo”, julgo saber o que é o homem da Terra. Retornando à vida civil, “vegetei” enquanto exercia esse e aquele ofício para ganhar minha vida, depois me estabilizei numa profissão que me propiciou algum tempo para pensar e escrever, fora da confusão incoerente daquilo que o homem chama de vida. Aposentado desde 1º de Julho de 1992, pude finalmente ocupar-me com o presente manuscrito, cujo primeiro esboço data de 1985 e que agora posso burilar, corrigir e completar. As diferentes profissões que exerci ao longo da vida nunca me atrapalharam. Os seres humanos com quem eu convivia é que me davam e me dão condições de meditar sobre o homem e sobre o que ele faz de sua vida. Pouco a pouco, mudei de estado interior e, mesmo vivendo no meio dos homens, “afastei-me” dos seres humanos a fim de observá-los melhor, de apreciá-los melhor e amá-los dentro de sua justa medida. Sempre me senti estimulado a buscar o conhecimento das verdades universais por meio de profundas reflexões. O objetivo real da vida do ser humano sempre foi para mim um importante problema para o qual eu mesmo não pude encontrar solução satisfatória. Até o dia em que obtive uma resposta quando menos esperava, em julho de 1951, época do meu primeiro contato com extraterrestres. Imagine o leitor minha surpresa: Pierre Monnet, contactado “do alto”... Que reviravolta! Por que eu, que não sou nada? Meditei bastante sobre isso, e não pude atribuir tal privilégio se não a essa sede de conhecimento espiritual e cósmico que me acompanha e certo grau de mediunidade deixado por minha mãe, mediunidade graças à qual, acho eu, os extraterrestres puderam me contatar. Deverão existir outros critérios, que
  • 23. Comunicações Extraterrestres 23 desconheço. Malgrado o caráter extraordinário de que se reveste meu “contato do terceiro grau”, quero reafirmar que esse primeiro contato e os outros eram bastante reais e não fruto de uma alucinação, como costumam alegar aqueles que não acreditam em OVNIs. Tenho comigo várias provas que me permitirão demonstrar cientificamente a verdade de minhas “aventuras cósmicas”. Meus escritos contêm (por menos que os cientistas saibam ler entre as linhas de alguns capítulos) sinais que falam por si mesmos, que os verdadeiros pesquisadores não deixarão de reconhecer à passagem, pois eles são de tal ordem científica, que nem o mais malicioso contador de histórias poderia inventar. Que necessidade teria eu de simular? Só teria a perder montando uma farsa. Perder o que? Perguntaria o leitor. Ora, minha reputação como um sujeito sensato, meus amigos, meu emprego, minha mulher, e tantas outras coisas. Pois acabei arriscando tudo isso, e apesar da verdade contida em meus escritos, não pude evitar essas perdas...! Mas se assumi todos esses riscos sem nenhuma hesitação e sofri suas conseqüências, não creia o leitor que minha decisão de falar sobre os meus contatos com alienígenas foi tomada irrefletidamente. Existe na vida pelo menos um instante em que se precisa saber escolher. Minha opção foi, portanto, retransmitir as informações e a mensagem de amor dos seres que me contatam. E eu sei em quem acreditei... Se resolvi escrever este livro a partir dos meus encontros e contatos com seres vindos de outro lugar, isso se deve a que esse caso de “discos” é dos mais sérios e merece ser estudado. Os fatos são os seguintes: Uma civilização extraterrestre bastante evoluída pretende entrar em contato com todos os terráqueos; ela tem coisas importantíssimas a nos dizer e ensinar. O poder psíquico e técnico desses seres é simplesmente colossal. Não é menos verdade que tal poder é pacífico – posso assegurá-lo sem risco de erro, pois estou em contato com eles.
  • 24. 24 Pierre Monnet Gostaria de render homenagem aos numerosos pesquisadores e escritores que freqüentemente estiveram muito perto da verdade sobre os OVNIs e seus ocupantes. Pesquisadores como Franck Edwards, J. Allen Hyneck, Von Danicken, Henri Durrant, Desmond Leslie, Jimmy Guieu, Guy Tarade, Brisley Le Poer Trench, James Chuchward, T. Lobsang Rampa, Jean Sendy, Jean-Gérard Dhomen, Robert Charroux, entre tantos outros que deixo de citar para não tornar a lista demasiadamente longa.
  • 26.
  • 27. 1951 – Meu primeiro contato físico com quatro seres humanos vindos de além espaço Foi numa noite de Julho. Eu estava em Courthezón, uma cidadezinha da Provença, situada a dezoito quilômetros de Avignon. Achava-me no acostamento da antiga Nacional 7, que atravessa a cidade e contorna uma pracinha em cujo centro eleva-se uma fonte circular. Não longe dali, podia ver uma porta medieval onde se incrustava um pêndulo elétrico que marcava, no começo de minha aventura 1h30. Nesse período do ano, e por causa da época, o movimento de carros era relativamente intenso: vivia-se a estação turística, além da abertura do festival de Orange, minha cidade natal, situada a sete quilômetros dali. A estrada entre Courthezón e Orange é reta a partir do primeiro quilômetro. Eu a percorria habitualmente em quinze ou vinte minutos, às vezes menos, de acordo com o meu humor e a minha coragem no momento. Nessa época, eu tinha apenas uma bicicleta. Fazia o percurso duas vezes por semana, nos mesmos dias e mais ou menos nas mesmas horas, para visitar minha noiva, com quem casei depois. Preocupado em verificar meu desempenho entre a partida e a chegada, aonde quer que eu fosse, sempre regulava meu relógio de pulso com o
  • 28. 28 Pierre Monnet relógio dos lugares em que me achava; tinha-se tornado um hábito. Os jovens estão sempre procurando superar sua própria marca, nem que seja para poder vangloriar-se junto aos amigos de que o recorde da véspera foi batido. Nesse dia não foi diferente, e depois das verificações habituais, montei na bicicleta. As coisas, entretanto, tomaram outro rumo. Tive a extraordinária surpresa de ser instantaneamente “tele- transportado” cinco quilômetros mais longe, sempre no acostamento da estrada Nacional 7, à entrada de uma vasta, sinuosa e profunda cascalheira. Eu conhecia o local, mas nunca tinha posto os pés ali. Ficava ao lado da estrada, a três ou quatro quilômetros de Orange. A distância da estrada à cascalheira podia ser de uns quinze metros, e entre as duas erguia-se um matagal, com arbustos de pouca importância. Esse “tele-transporte” instantâneo me deixou atônito. Sentia meu cérebro vazio. Estava boquiaberto. Depois, à maneira de um homem vencido pelos acontecimentos, mas ainda assim consciente da realidade da situação e de mim mesmo, como se estivesse sendo arrastado por uma força irresistível, peguei a ladeira que descia uns dez metros na direção da cascalheira sinuosa. Ao chegar lá embaixo, no ponto mais fundo da cascalheira, não sei por quê, desmontei e continuei o caminho a pé, empurrando a bicicleta. Sentia-me extremamente leve. Tinha a impressão de que meus pés não tocavam o solo. Estava muito calmo e descontraído, apesar do insólito da situação. Sentia-me como alguém que sabe que algo está para acontecer. Não experimentava qualquer sinal de cansaço. A emoção suspendia-me o fôlego, e meu coração batia mais rápido. Mas não estava com medo; ao contrário, experimentava dentro de mim certa paz. Curiosamente, quanto mais prosseguia, maior era aquela impressão que a gente tem quando entra na água pela primeira vez; ou seja, uma leve opressão nos pulmões. E, coisa esquisita, de maneira progressiva os sons exteriores iam sumindo à medida que em penetrava mais na
  • 29. Comunicações Extraterrestres 29 cascalheira, como se soubesse com precisão onde estava indo. Numa pequena curva, uns sessenta metros diante de mim e atrás de um dos vários montes de areia que as escavadeiras tinham empilhado, percebi um clarão... Continuei me aproximando, e, a uns dez metros ou mais de distância, vi diante de mim, “flutuando”, pairando a mais de meio metro do chão, um disco em forma de lentilha, medindo cerca de vinte metros de diâmetro. O disco era encimado por uma proeminência central em forma de cúpula. Da base ao cume, o engenho podia medir uns três metros de altura. Pulsava lentamente, irradiando uma cor “branco-azul prateada” iluminando com nitidez os paredões da cascalheira distantes uma dezena de metros. A irradiação parecia ter como fonte o próprio metal insólito de que parecia feito esse engenho extraordinário e de uma beleza fascinante. Emanava do disco um poder dificilmente concebível para quem não o viu com os próprios olhos. O “metal” do disco parecia ao mesmo tempo material e imaterial, ou pelo menos guardava uma estrutura atômica interna constantemente em movimento. Quase uma coisa viva. Era a um tempo impressionante, inquietante e belo... Lentamente, muito lentamente, aproximei-me dessa coisa que me atraía. Em seguida, quando já me achava bastante perto (a uns seis ou sete metros), percebi que um silencia total se estabelecera há muito em volta de mim. Não ouvia mais o barulho da circulação de automóveis na estrada, que não podia estar distante dali mais de cinqüenta metros. Não ouvia mais o canto dos pássaros noturnos e dos grilos, o som dos meus passos, nem o crepitar dos pneus da bicicleta no cascalho. Esse silêncio total me deu a impressão de que me haviam colocado dentro de uma redoma, completamente isolado. Eu só escutava o ruído de minha respiração, as batidas do coração e a circulação do sangue nas veias. Apesar de tudo, sentia-me bem. Maravilhado pelo que estava vendo, eu continuava em frente. Muito calmo. Provavelmente muito fascinado pelo engenho, não me dei conta que ao lado dele e um
  • 30. 30 Pierre Monnet pouco à frente achavam-se de pé quatro seres humanos não-terrestres. Vestiam uma roupa colante feita de um “tecido” flexível prateado e luminescente formado de “escamas”. A roupa iluminava o chão em volta num diâmetro de uns cinco metros. Desviei-me um pouco para a direita ao percebê-los. Enquanto os examinava, avancei calmamente até ficar a uns três metros de distância desses quatro seres magníficos. Não sentia mais meu corpo. Imóvel diante deles, deitei minha bicicleta no chão, perto de mim, e contemplei os quatro seres vivos de aspecto perfeitamente humano, embora não fossem de origem terrestre; isso eu sabia! Não me perguntem por quê; eu seria incapaz de dar uma resposta. Eles estavam “descalços”, não usavam luvas nem qualquer capacete de respiração. Eram altos, atléticos. Podiam medir cerca de um metro e oitenta de altura (não me animei a medi-los de perto, eles poderiam ficar envergonhados... humm!). OS quatro eram parecidos. Bem proporcionado e de igual constituição, verdadeiras duplicatas. Seus cabelos eram ao mesmo tempo louros e brancos, descendo de maneira regular pelos ombros. O rosto era bonito e fino. Podiam ter cerca de trinta anos de idade. O olhar guardava um brilho, uma suavidade e uma franqueza que nunca vi entre nossos semelhantes, os terráqueos. Vendo que me aproximava, sorriram para mim. Eram tão delicados e tão belos, que na hora, à parte da ausência de seios (no sentido feminino do termo), nos primeiros segundos achei difícil determinar se pertenciam ao sexo feminino ou masculino. Mas, depois de alguma hesitação, não pude mais enganar-me quanto a isso: eram realmente “machos”. Irradiava-se deles uma impressão geral de grande força a um só tempo interior e exterior; eram talhados como atletas e sorriam, revelavam tranqüilidade, gentileza e bondade. Parecia habitá-los uma paz profunda. O aspecto simpático desses alienígenas era comunicativo; eu tinha vontade de me jogar nos braços deles, como se já os conhecesse há muito. Em seguida, levantaram o braço direito em minha direção, horizontalmente, a palma da mão voltada para o alto. Fizeram esse
  • 31. Comunicações Extraterrestres 31 movimento quase juntos e sempre no mais perfeito silêncio. Essa atitude, no mínimo simpática, me deu confiança. Acabavam de fazer o mesmo gesto que faríamos para encorajar um visitante a entrar em nossa casa. Entretanto, fiz um movimento de recuo, e um grande calafrio me percorreu dos pés À cabeça, pois eles tinham-se expressado em mim sem ter aberto a boca! Eu ouvia poderosamente seus pensamentos no interior de meu cérebro e de todo o meu ser! Algo de uma nitidez, de uma clareza extraordinária. Ao mesmo tempo, logo percebi que os pensamentos não se traduziam em palavras, eram antes como impulsos codificados misturados com imagens e conceitos profundos que me eram estranhos, embora familiares. Eles me faziam participar, pela primeira vez, de um processo de comunicação telepática a que não estava habituado e cujo “mecanismo” não compreendia; processo que, segundo eles, era a coisa mais natural do mundo, existente desde o começo dos tempos, mas que foi “esquecido” pelo homem de nosso planeta quando ele se afastou das leis universais. O “mecanismo” desse processo permitia, por assim dizer, uma superimpressão dos elementos fonéticos de meu vocabulário sobre os pensamentos emitidos por esses seres que eu não tardaria a qualificar de “maravilhosos”. Mesmo admitindo que encontrássemos em nossa pobre linguagem as palavras precisas capazes de traduzir perfeitamente o que me foi “dito” (expressado é uma palavra mais adequada), a quantidade do que me revelaram, no exíguo espaço de uns vinte minutos, exigiria horas e mais horas para ser vertida na nossa linguagem. Horas? Calculo que levaríamos um ou dois anos para cada oito horas de discurso. Encontro, por um lado, dificuldade para traduzir o que foi impresso em mim, por causa da pobreza de nosso vocabulário, e, por outro, julgo impossível dizer tudo na hora atual. Deixo ao leitor o cuidado de imaginar o número de volumes que eu precisaria escrever para que a retransmissão fosse realmente completa. Deveria esperar um “desbloqueamento lingüístico” ulterior? Confesso humildemente que
  • 32. 32 Pierre Monnet por enquanto estou no máximo de minhas possibilidades, coisa que lamento bastante. Não se usaram palavras, mas algo como pensamentos e conceitos codificados, sob forma de impulsos para os quais não tenho encontrado os vocábulos certos senão de maneira muito lenta, com o passar dos anos; com exceção de algumas frases isoladas que pude traduzir instantaneamente, porque isso era necessário em tais ou quais situações urgentes quando de alguns contatos. A tradução dos conceitos que foram registrados em mim no dia desse primeiro contato físico só começou a ser feita dois anos depois. Passo ao leitor algumas frases esparsas que pude compreender imediatamente no momento em que foram emitidas: “Sentimos que você está com medo. Não tenha medo. Queremos o bem de todo ser vivo, sobretudo se ele não for violento.” “Não se aproxime muito de nosso veículo; ele é perigoso para qualquer ser vivo que não se ache em sintonia com sua amplitude de ondas. As vibrações que ele emite destruiriam as células do seu corpo.” Esta entrevista conosco poderá causar-lhe indisposições que influirão em sua saúde; você terá problemas nervosos durante algum tempo, mas isso passará. “Depois do que, nossa conversa se tornará mais clara e você poderá transmitir aos homens do planeta o que lhe dissemos.” “Sabemos que vocês empregam a linguagem por intermédio da escrita. Se esta maneira lhe parece mais rápida, use-a, mas cuidado para não adotar os seus conceitos habituais; isso poderia deformar a nossa mensagem, tornando-a falsa.” “Falamos longamente com você. Você levará muito tempo traduzindo, mas quando acabar, diga aos homens de seu planeta aquilo que lhe é permitido dizer.” “Estamos aqui pelo bem dos homens desse planeta. Faça com que eles compreendam isso.”
  • 33. Comunicações Extraterrestres 33 “Esta mensagem está registrada em você de maneira indelével. Saiba servir-se dela com prudência e ficaremos felizes com a sua colaboração.” “Você não é o único do planeta que conversou conosco. Infelizmente, a maioria recusa-se a falar de nós, e os outros não são levados a sério pelos seus.” “À medida que você for traduzindo, escreva e faça saber quem somos e o que somos.” “Não tenha medo, mas seja prudente junto aos seus semelhantes ao falar de nós.” “Nós o protegeremos da melhor maneira possível, desde que entre sempre em contato conosco do modo como lhe ensinamos.” “A duração da sua vida não nos parede suficientemente longa. Por isso, propomos-lhe regenerar as células de seu corpo a fim de que você possa chegar aos 120 anos, pela contagem de vocês. É o máximo que podemos fazer por você. Faremos essa regeneração dentro de nosso veículo. Queira nos perdoar: julgamos necessário agir dessa forma. Você não se lembrará da operação.” Os seres interromperam a emissão de pensamentos. Muito preocupado até ali em “recebê-los”, não tinha percebido que uma abertura se fizera na frente do domo. Podia dar passagem a dois homens. Lá dentro imperava uma luz branco-alaranjada que feria os olhos. Os quatro seres continuavam ali, à minha frente, sorridentes e silenciosos. Foi então que, sem me despedir, peguei minha bicicleta, fiz meia volta e subi a pé até a estrada. Alcançando a Nacional 7, montei e pela segunda vez vi-me instantaneamente teletransportado à entrada da cidade de Orange, onde eu morava. Instintivamente, consultei meu relógio e fiquei estupefato ao ver que ainda marcava 1h30. Ora, ora, meu relógio teria parado nesse meio tempo? Cartesiano e curioso como era, quis tirar a limpo aquilo tudo! Pedalando desta vez, percorri o quilômetro e meio que faltava para a prefeitura e pude constatar que o relógio do prédio e o meu marcavam
  • 34. 34 Pierre Monnet 1h35. Desde o começo de minha aventura, posso assegurar ao leitor que me belisquei várias vezes para confirmar se não estava sonhando. “Tudo aquilo era para mim uma coisa impensável! E além do mais não me lembrava do trajeto dos quase oito quilômetros; exatamente como se não os tivesse feito; não me achava cansado nem sem fôlego depois da “viagem”... Para piorar, não me dera conta de nada: o desfilar da paisagem, os faróis dos carros que habitualmente me incomodavam bastante, os pássaros noturnos, os grilos... Nada. Eu devia naturalmente concluir: “O tempo material não tinha escoado...”, mas ainda duvidava. Em meu espírito, nada disso podia ser possível. Para convencer-me de que não estivera sonhando, eu precisava de provas! Diante do relógio da prefeitura, decidi refazer o trajeto Orange-Courthézon-Orange. Desta vez pedalando, pois não fui mais teletransportado (era bem prático). Chegando à porta medieval de Courthézon, comparei o pêndulo elétrico e meu relógio, ambos marcando 1h55. Voltei, portanto ao relógio na frente da prefeitura de Orange para constatar que ele e o meu marcavam 2h25. Verifiquei na ocasião que para o retorno a Orange eu tinha levado mais tempo, pois então sentia-me cansado. Sendo de natureza muito objetiva, a prova do tempo que não escoara não me bastava; era preciso outra coisa. Pois a aventura que tinha acabado de viver era muito fantástica para não ser simplesmente fruto de um sonho. Pensei então numa astúcia que consistiu no seguinte: para ter certeza de que não tinha sonhado, naquela noite (eu deveria dizer “naquela manhã”), entrando em casa, fiz barulho de propósito para acordar minha mãe e inventei um pretexto qualquer para justificar esse despertar intempestivo. Alimentava a secreta esperança de que no dia seguinte levaria uma bronca por ter acordado toda a casa. E foi o que aconteceu. Tinha, portanto “minha prova” de que não havia sonhado. Tudo que tinha acabado de experimentar – teletransporte, contato com extraterrestres, reteletransporte, e o tempo material que não tinha escoado – era de tal modo estupidificante, que eu precisava escorar-me em alguma coisa “palpável”. Todo mundo sabe a diferença, enorme, sob todos os pontos de vista, que existe entre o sonho e a realidade. O que me
  • 35. Comunicações Extraterrestres 35 aconteceu não pode ser comparado a um sonho. E não acredito que os movimentos dos relógios sonhem! Por muitos dias e longas noites de insônia, refleti com intensidade naquilo que realmente ocorrera comigo. Todo tipo de hipóteses veio- me naturalmente ao espírito: Ter dormido na bicicleta ao longo daqueles oito quilômetros era impensável. Teria sido massacrado na estrada ou acordado num valão ou no hospital. De qualquer modo, há o “caso” do tempo que não transcorreu. A amnésia momentânea, duas vezes seguidas; aí também há o “caso” do tempo que não transcorreu... e depois a memória completa da maior parte do contato com esses seres vindos de além-espaço, que permanece em meu espírito como se tivesse acontecido ontem. Só a hipótese da amnésia momentânea durante o trajeto podia ser eliminada, Por ocasião das numerosas conferências que dei na época da publicação de meu primeiro livro, organizadas entre 1979 e 1981 por centros de pesquisas e institutos de parapsicologia, faziam-me não raro a seguinte pergunta: “Você sentiu que teria podido tocar os quatro seres à sua frente? Pareciam-lhe sólidos?” Eu respondia sempre que esses seres achavam-se realmente ali, diante de mim, em carne e osso. Mas, refletindo melhor, e levando em conta o fantástico avanço científico que eu reconhecia neles, meu contato de 1951 poderia ter sido não mais que uma projeção tridimensional perfeita num certo espaço ambiente artificial e fora do tempo terrestre. Isso pode ter uma relação direta com o tempo que, para mim, não tinha escoado, pois meu corpo provavelmente fora projetado para fora do tempo terrestre, em outra dimensão vibratória, em um ponto determinado na superfície da Terra (o lugar de meu contato). Não sou cientista, e isso não passa de mera hipótese de explicação do tempo que se congelou enquanto eu vivia a minha aventura de contato do terceiro grau. Sei que tal hipótese é perturbadora, mas ela nos coloca diante do poder psíquico e científico de que são dotados os seres cósmicos. Em
  • 36. 36 Pierre Monnet nosso planeta relativamente subdesenvolvido, as pessoas têm dificuldade em acreditar nessas coisas, pois elas ultrapassam seu entendimento e as noções que lhes impingiu “a intelligentsia mundial”, fazendo-as considerar tudo isso pura “ficção científica”. Contudo, eu sei... que é muito grande o número de pesquisadores e estudiosos oficiais de nosso mundo que conhecem a verdade sobre os extraterrestres. Sim, nossos sábios oficiais tem as provas concretas e absolutas dessa realidade e sabem, como decorrência de poderosos cálculos de probabilidades matemáticas e técnicas, que, em algum lugar à nossa volta, a realidade vai muito além de toda a “ficção” que se pode encontrar nas livrarias... Voltando ainda ao assunto de meu primeiro contato físico em 1951, no caso de uma projeção, mesmo em três dimensões (ou holograma), como teria sido possível recorrer a aparelhagens “fantasmas” para praticar em mim a regeneração celular de que me falaram? Devemos escolher: Aterrissagem real. Projeção real da matéria. Projeção visual por intermédio de uma certa telepatia a distância. Mas nesse caso os seres não teriam podido praticar regeneração celular em mim no interior de sua nave espacial. Meu caso de contato interessa muito aos “ufólogos” e aos céticos. Devo abrir para estes últimos um parêntese sobre dois parágrafos que dizem respeito à “conversa” com “meus” extraterrestres. Esses parágrafos retraçam dois pontos precisos de meu primeiro contato físico, pontos que não deixarão de ter interesse para os leitores “ufólogos” ou pesquisadores isolados que elegeram a tarefa de demolir a veracidade de meus contatos. Com efeito, desde o começo da entrevista com os quatro magníficos seres que eu tinha á minha frente, eles me disseram: “Não se aproxime muito de nosso veículo; ele é perigoso para qualquer ser vivo que não se ache em sintonia com sua amplitude de
  • 37. Comunicações Extraterrestres 37 ondas. As vibrações que ele emite destruiriam as células do seu corpo...” O leitor pode ainda ler mais adiante: “...propomos-lhe regenerar as células de seu corpo, a fim de que você possa chegar aos 120 anos, pela contagem de vocês. (...) Faremos essa regeneração dentro de nosso veículo.” Este parágrafo parece em flagrante contradição com o mencionado linhas atrás. Realmente: Não posso aproximar-me do engenho sem correr o risco de morte. Submeto-me à regeneração celular no próprio interior da nave. O cético logo pensará que o suposto contactado se contradiz em seu relato, portanto tudo isso não passa de invenção. E vocês, queridos leitores... O que pensam? O homem de espírito aberto dirá: “Nossos cosmonautas começam a viajar no espaço. Em breve sairão do sistema solar e irão certamente mais além na galáxia. Não podemos ser os únicos humanos no cosmo. Então, o que sabemos nós das possibilidades científicas de eventuais ‘extraterrestres’ que nos visitariam?” Quanto aos próprios contactados (em número de setecentos mil), eles não pensam nada. No que diz respeito, a aventura que vivi e tantas outras que ainda vivo pareceram-me absolutamente normais e lógicas; uma normalidade e uma lógica que decorrem da colossal evolução de tudo o que vive, mexe-se e vibra no cosmo para assegurar a vida no espaço e no tempo. Eu sou um dos numerosos contactados que existem na Terra e que viveram, mais ou menos bem, a maravilhosa experiência de um contato do terceiro grau com extraterrestres para os quais nada, absolutamente nada, é cientificamente impossível. Então, por que esses seres não teriam podido fazer-me entrar em sua nave sem qualquer risco para mim? Se eu tivesse me aventurado sozinho e sem
  • 38. 38 Pierre Monnet precauções a uma certa proximidade do veículo, teria encontrado a morte! Daí a advertência que me fizeram. Eles disseram a mesma coisa a Moisés no dia em que este recebeu as tábuas da lei (escritas e recortadas a laser na própria nave). À luz da tecnologia atual, já não cabem dúvidas de que as visões de Ezequiel e as viagens aéreas de Elias e Enoque foram para cada um deles um contato importante com alienígenas, representando os “exércitos do Eterno”. Leiam o que se acha escrito na Bíblia: Salmos 68-18: “Os carros de Deus são vinte milhares, milhares de milhares. O Senhor está entre eles...” Isaías 13-5: “Já vem duma terra de longe, desde a extremidade do céu...” Notemos, de passagem, que toda essa “gente” vinda do céu ganhou nomes como “arcanjos”, “anjos”, “querubins”, etc. Tenhamos em mente que “querubim” em hebreu quer dizer “cheio de saber”. De fato, os extraterrestres que nos visitam através de “carros de fogo”, discos voadores e outras naves espaciais, são “cheios de saber”. Em todo caso, no que diz respeito aos que me contatam, eles tem mais de quinze mil anos de avanço científico e tecnológico sobre nós. Os seres galácticos que encontrei várias vezes em pessoa contatam-me freqüentemente desde 1974, mas não os vejo mais; os contatos são unicamente telepáticos. Não posso duvidar da realidade dessas comunicações à distância. Tudo isso é, para mim, a aventura mais extraordinária que possa viver um habitante da Terra, malgrado os inconvenientes que tudo isso comporta em relação aos céticos em geral. Tenho, contudo, a esperança de que aquilo que vivi e afirmo venha a ser experimentado por outras pessoas, e em breve. Com efeito, alguma coisa começa a “mexer-se” entre os cientistas oficiais e a mídia. Ainda que tenha a aparência de uma ficção científica, meu relato, que é autêntico, contém a promessa de um futuro melhor, muito próximo, para a humanidade.
  • 39. Em face das portas do insólito Nunca deixei de me perguntar por que fui escolhido para ser contactado. A palavra “escolhido”, aliás, não me convém; dá a idéia de alguma coisa ligada a seitas, religiões, gurus e fanatismo. Por que eu?... Recuando no tempo, ao longo de profundas reflexões sobre minha vida passada, por associação de idéias, acabei entendendo... Este capítulo tenciona esclarecer o leitor sobre esse “por que eu?” Muitos correspondentes fizeram-me a seguinte pergunta: Quem era Pierre Monnet antes de seu primeiro contato? De fato, como já dei a entender, fui contactado desde a mais tenra infância, sem saber que era “isso”, contatos. Tentarei, portanto, responder a essa pergunta sem, contudo, transgredir as leis do respeito de minha vida privada. Procuremos satisfazer o desejo que tem o leitor de me conhecer melhor. Nasci em 27 de Junho de 1932, às 21h. Por mais extraordinário que possa parecer, tornei-me filho único, embora sendo o quinto de seis irmãos, quase todos natimortos. Os outros morreram dias ou semanas depois de nascerem. Por que tantos falecimentos? Nunca ficou explicado, mas, de qualquer modo, a medicina na época não era o que é hoje. Ainda se morria de uma
  • 40. 40 Pierre Monnet simples apendicite. Confesso que o fato de ter sobrevivido levou-me a fazer interrogações correlatas com minhas aventuras com extraterrestres; tal sobrevivência teria sido prevista “do alto”?... Continuemos a deslocar-nos no tempo até os dias de hoje. Tudo isso se passou em duas casas geminadas que tinham acabado de ser construídas. Eu devia andar pelos meus sete ou oito anos. Meus pais, que não recuavam diante do trabalho duro para ganharem honestamente a vida, atarefavam-se, depois da passagem dos pedreiros, pintores, tapeceiros e vidraceiros, em limpar o chão das duas moradias, situadas exatamente do lado oeste do Arco do Triunfo de Orange. Naquele dia, enquanto meus pais “penavam” no primeiro andar, eu brincava no jardim de uma das casas. Foi então que testemunhei um fenômeno insólito que me causou um grande pavor. Eu estava sentado junto a um muro, à sombra, pois fazia calor. Imóvel e compenetrado. Absorto por não sei que reflexão de criança, meu olhar fitava adiante um lagarto aquecendo-se ao Sol, completamente estirado sobre um tijolo esquecido numa mureta situada a cinco ou seis metros. Fiquei apreciando o lagarto por um bom momento, quando subitamente ele pulou do tijolo. Em seguida, saiu correndo, como se alguma coisa o tivesse incomodado. Ao perder o réptil de vista, meus olhos deram com o tijolo onde ele estivera. Eu estava calmo e relaxado, e o tempo realmente estava muito quente. Para meu espanto, vi então o tijolo erguer-se lentamente quase meio metro do chão. Ficou levitando durante dois ou três segundos, depois desceu para retomar o lugar exato que ocupava antes. A estupefação e o medo foram tão grandes, que fiquei absolutamente bloqueado, imóvel, incapaz de soltar um grito. Os olhos presos no tijolo, meu medo só fazia aumentar. Um calafrio percorreu-me da cabeça aos pés, depois me levantei de um salto. Subi rapidamente até o andar onde meus pais trabalhavam. Atravessei o cômodo correndo, escorregando de bunda na espuma do sabão que minha mãe estava usando para a limpeza das janelas. Na passagem, derrubei um balde
  • 41. Comunicações Extraterrestres 41 cheio de água suja e derrubei uma vassoura que veio cair em minha cabeça. Agarrei-me às pernas de mamãe. Chorava e gritava: “Mamãe, eu vi... Mamãe, eu vi... a pedra que voava sozinha. Mamãe, estou com medo, não quero mais brincar no jardim.” Parece que eu estava pálido, e meus olhos nunca estiveram tão escancarados de pavor. Mamãe me consolou, prometendo explicar-me mais tarde o que tinha acontecido. Aparentemente, a situação que eu tinha acabado de viver não pareceu afetá-la de maneira especial. Mas ela só explicou aquilo alguns anos depois. Segundo ela, desse modo eu poderia entender melhor as coisas. Na idade de seis ou oito anos, o fato de minha mãe ser “médium” não me dizia praticamente nada. Não consigo recordar a época de minha vida em que ela me explicou que todos esses fenômenos seguiam-na por toda parte. Eu lhe disse: “Mas no dia em que aquilo me aconteceu, eu não estava com você. Então, porque coisas como o tijolo e tantas outras ocorrem sem que você esteja por perto, perto de mim? Ela me respondeu que isso acontecia porque eu era seu filho, carne de sua carne, que essas coisas se manifestavam, e aquilo não era tudo, eu ainda veria muitas outras... Eu não sabia se devia regozijar-me pelo futuro que me aguardava ou, ao contrário... Com efeito, fui testemunha de muitos outros fenômenos paranormais com os quais acabei me familiarizando. Tínhamos muitas moradias na comunidade de Orange. Em cada uma delas ocorriam manifestações insólitas. As portas abriam-se sozinhas, como para dar passagem a uma pessoa. Páginas de livros viravam sozinhas diante dos olhos de minha mãe, que não fazia o menor gesto para ler certas obras. Eram em geral obras que tratavam de amor universal ou de fraternidade humana. Nessa época, eu ainda não tinha aberto nenhum desses livros, mas conhecia-lhes o conteúdo pelos títulos que aparecia quando um deles arrastava-se na mesa. Mamãe lia muito. Suas leituras eram instrutivas e tratavam de tudo o que chamamos de parapsicologia. Ela lia livros sobre “a vida depois da morte” (já se falava nisso) ou que tivessem relação com os
  • 42. 42 Pierre Monnet fenômenos de levitação, hipnose, estados catalépticos das pessoas hipnotizadas, fenômenos de aparição de “fantasmas” ou ectoplasmas, comunicação pelo espírito com os desaparecidos... Em suma, leituras ricas de ensinamentos que não me interessavam nem um pouquinho e que eu não entendia muito bem. Para azar de mamãe, nada disso me atraía. Eu a escutava porque ela era a minha mãe e porque meu pequeno cérebro de criança pensava que essas coisas realmente existiam, mas não queria interessar-me por elas e menos ainda manipulá-las, pois isso ia além do meu entendimento e me causava um pouco de medo. Algo como o medo de alguém que se encontrasse sozinho numa floresta em noite de tempestade. Mas também um medo respeitoso das coisas desconhecidas, que, apesar de tudo, eu queria sufocar. Entretanto, eu contrapunha a esse medo do desconhecido o espírito cartesiano, que diz: “Só acreditarei realmente quando puder verificar e tocar com o dedo.” Uma noite, ainda nessa jovem idade, quando realmente sentia que minha mãe resolvera comigo mesma iniciar-me em todos esses “mistérios”, ouvi-a dizendo-me o seguinte: “Você não deve temer a morte, pois depois dela você voltará à Terra para viver uma nova vida no corpo de outra criança. Isso acontecerá numerosas vezes.” Nessa noite, ela me explicou todo o processo da reencarnação e suas conseqüências. Eu não compreendia nada, mas estava interessado; aquilo não entrava muito bem na minha cabeça, mas me seduzia. Sentia haver certa lógica... Durante essa “iniciação”, ela fazia-me conhecer um Deus diferente, bem mais agradável e humano do que aquele que me era descrito nas aulas de catecismo. Escrevo à medida que as recordações acorrem-me ao espírito, e uma delas ficou intensamente gravada: Era noite de inverno. Morávamos no terceiro andar de um velho imóvel de Orange. Lá fora nevava e ouviam-se os passos surdos de alguns raros transeuntes perdidos naquela hora tardia. Meia-noite e meia. Na cozinha familiar, onde eu dormia numa cama encostada
  • 43. Comunicações Extraterrestres 43 contra a parede, fazia uma quentura gostosa. Minha mãe lia até tarde, como sempre, sobretudo nessa estação. Ela tinha os pés sobre a porta aberta do compartimento de serviço de nossa velha cozinheira. Lá dentro havia dois ferros de passar, alguns pedaços de lixa, alguns panos e... Kai-Kai. Tínhamos dado esse nome à nossa magnífica gata siamesa preta e branca, manchada de amarelo e ruço. Esse local era, portanto, sua residência de inverno. Tratava-se de uma gata muito inteligente, que conversava telepaticamente com minha mãe e às vezes comigo. Não ria, por favor! As personagens religiosas do Egito antigo veneravam o gato como símbolo do conhecimento e da espiritualidade. Esses animais, pelo que parece, correspondiam-se telepaticamente com os grandes iniciados para transmitir-lhes informações do além e de outros mundos. Por que não? Nós, gente supostamente civilizada, estamos longe de conhecer tudo... Naquela noite, tudo estava tranqüilo dentro de casa. Só ouvíamos o ronronar da gata e o lento tique-taque do pêndulo de nosso velho relógio provençal. Kai-Kai tinha o hábito de seguir com uma expressão engraçada o balanço desse pesado disco de cobre. Eu me achava deitado, saboreando o ambiente calmo da vida em família quando fazia muito frio lá fora. Em certo momento, mamãe descansou o livro sobre os joelhos e a gata deixou precipitadamente o seu abrigo. Nosso gentil felino colocou-se a pouco menos de um metro da parede, de frente para ela, olhando-a com insistência. Tinha as patas imóveis, o dorso erguido, o pêlo eriçado e os olhos quase fora das órbitas. Grunhia e respirava forte na direção da parede. Aparentemente não havia nada ali. Minha mãe dizia-me então: “Não tenha medo, é ‘fulano’, desaparecido há mais de dez anos, que vem nos fazer uma visita.” Depois dessas palavras, os olhos de minha mãe caíram no vazio e ela se pôs a conversar com o desaparecido invisível. Já estava começando a me acostumar com esse tipo de situação, mas posso assegurar-lhes que era uma coisa impressionante para um simples garoto. Passava-se manifestamente algo de invisível, mas ativo e muito real, considerando a atitude da gata, que devia realmente sentir e até mesmo “ver” a presença desse personagem insólito na casa. Minha mãe conversava com ele e, ainda
  • 44. 44 Pierre Monnet por cima, falava de mim! Para minha sorte, ela me informava progressivamente de todas essas coisas estranhas que podiam acontecer em qualquer tempo ou lugar, sobretudo nas horas calmas da noite. Habituei-me aos poucos a tais situações, e isso começou inclusive a se transformar num jogo; um jogo em que eu só queria ser espectador, sem ter parte ativa na experiência, como teria desejado minha mãe. Apesar de tudo, a atração pelo insólito que desapontava em mim era tingida por uma suspeita de temor. Isso não me impedia de brincar de detetive, pois uma parte de mim não queria ouvir que essas coisas extraordinárias pudessem realmente existir. Então, fiquei à espreita... Os “desaparecidos” visitavam mamãe freqüentemente, e as “conversas” corriam bem entre eles. Tudo isso me intrigava, e eu me esforçava por achar uma trapaça qualquer que teria explicado todos esses fenômenos que iam além de meu entendimento. Por falta de sorte, o caçador de fantasmas em que eu me transformara nunca conseguiu descobrir o menor truque. Isso me deixou por muito tempo perplexo. Por amor, mamãe passou grande parte de sua vida fazendo-me colocar o dedo nisso que o comum dos mortais chama de “o invisível”, “o insólito”, “o oculto”, coisas a que se fecham os ouvidos por medo supersticioso. Enquanto viveu, ela sempre voltava à carga para explicar-me o que se passa “depois”. Apesar de minhas reticências em acreditar naquilo que me ultrapassava, ela não perdia a confiança e fazia o seu trabalho de formiga, estocando em meu subconsciente aquilo que supostamente eu viria a compreender mais tarde. Foi assim que um dia ela me disse: “Tudo que lhe explico é importante e existe realmente. Quando o corpo morre, nosso verdadeiro ‘eu’ eleva-se e prepara-se para uma vida nova. Ao morrer, não fazemos outra coisa senão largar uma roupa que está nos incomodando porque se tornou inútil; pois somos imortais. No momento, ainda é difícil para você compreender isso, mas quando eu
  • 45. Comunicações Extraterrestres 45 ‘partir’ provarei o que estou dizendo hoje.” Quando de seu falecimento, fiquei surpreso ao dar-me conta de que não estava triste e tudo isso era natural. Ao olhar o caixão onde ela supostamente se achava descansando, tive o sentimento profundo de que aquela caixa de madeira estava vazia... absolutamente vazia. E então compreendi que mamãe tinha-me iniciado para que eu aprendesse a não dar qualquer importância às coisas materiais. E tinha conseguido, porque efetivamente, eu não conferia nenhuma importância a nada que, desde o meu nascimento, tivesse aparência física. A fúnebre caixa de madeira estava, para mim, inteiramente vazia. Mamãe achava-se em outro lugar, que é ao mesmo tempo nosso passado, nosso presente e nosso futuro; daí a explicação, pelos meus amigos extraterrestres, da inexistência do tempo. Um ano exato depois do falecimento de minha mãe, às três horas da manhã, levantei-me para trabalhar. Preparei café, estava contente e longe de pensar nela. EM certo momento, atravessei a cozinha e, num lugar preciso, experimentei em todo o corpo uma impressão de frio glacial. Entretanto, fazia calor no cômodo. Uma impressão de frio glacial num cômodo quente teria que me parecer anormal, mas não dei atenção especial a isso. Disse apenas para mim mesmo que era esquisito, só isso... Entrei numa despensa sob a escada para apanhar um salsichão e voltei à cozinha, para me ver cara a cara com a visão efetiva, nítida e precisa, embora levemente transparente à primeira abordagem, de minha mãe, de pé diante de mim, bem viva e sorridente, que me olhava. Essa visão de volume em três dimensões situava-se exatamente no lugar onde eu tinha experimentado a sensação de frio glacial. O senti medo; já fazia algum tempo que o insólito não me assustava. A aparição estava ligeiramente luminosa, quase cintilante. Mamãe estava vestida como de costume, radiante. Eu podia jurar que ela se achava viva, em carne e osso, não fosse o aspecto luminoso ligeiramente cintilante. Olhava-me com doçura e com aquele fiapo de malícia que havia em seu olhar e em seu sorriso. Pouco tempo depois da aparição, ouvi-lhe a voz em minha mente: “Eu lhe disse que provaria que depois não era o fim.” EM seguida, a visão perdeu rapidamente os contornos e desapareceu.
  • 46. 46 Pierre Monnet Uma outra experiência insólita. Foi em 1941. Eu tinha nove anos e meio. Mamãe lia à mesa da cozinha. Eu estava sentado em minha mesa de trabalho. Como de hábito, por volta das dez horas da noite mamãe folheava livros, a gata ronronava em minha cama e nosso velho relógio provençal ritmava o silêncio. Eu estava fazendo os deveres da escola para o dia seguinte. Tudo estava ali: livros, cadernos, tinteiro, régua e esquadro, borracha e apontador. Em minha mesa podia-se sentir o cheiro da sala de aula. Estava sublinhando de tempos em tempos uma ou outra palavra e as frases de um texto que eu examinava com uma atenção especial. Sem afastar os olhos do livro, estendi o braço direito para pegar a régua, quando senti sob a mão um objeto que não fazia parte do material da escola. Surpreso, sem coragem para levantar os olhos e ver afinal o que tinha tocado, tateei suavemente o objeto estranho, que se deixava enrolar em meus dedos. Ergui por fim a cabeça e vi na mão um objeto esférico, duro e leve. Parecia uma liga de alumínio, de cor prateada, fosca. Mas o mais insólito e mais impressionante ao mesmo tempo, era que o objeto emitia uma fonte de doce calor e uma ínfima vibração. Aquilo começava a me dar medo. Com a ajuda da imaginação, fiz a mim mesmo perguntas do tipo: de onde saiu esta esfera de metal, como apareceu ali de repente em minha mesa, e por quê?... Tantas perguntas, que faziam nascer em mim algum medo. A verdade é que logo devolvi o objeto ao lugar onde aparecera morto de medo, sobretudo quando percebi que mamãe tinha deixado a mesa, indo deitar-se. Decidi, portanto, corajosamente, tentar esquecer a situação e voltar aos meus deveres. Já não podia, porém fixar a atenção no trabalho; como evitar examinar o objeto misterioso com o canto dos olhos? Depois, entre duas linhas de leitura, o objeto aproveitou para desaparecer, sem que eu tivesse notado. Procurei-o por toda a parte: embaixo dos livros, dos cadernos, em minha pasta que estava aberta junto à mesa. Procurei-o por todo o cômodo e não o achei.
  • 47. Comunicações Extraterrestres 47 Continuei, portanto meu trabalho sem me ocupar mais do “caso”. Ao cabo de meia hora, absorvido pelo estudo, já não pensava na esfera, e aconteceu-me repetir o gesto de estender o braço, tateando para pegar a régua. Tive dessa vez a surpresa de encontrar em minha mão não uma esfera, mas um cubo! Um cubo da mesma matéria, mesmo calor e mesmas vibrações que a esfera... Ergui então a cabeça para vê-lo, guardei-o na mão, senti-o realmente ali dentro, firme, quente e vibrante, e em seguida depositei-o sobre a mesa. Foi então que sob meus olhos, lentamente, ele apagou-se e desapareceu totalmente. Dessa vez senti menos medo, mas resolvi ir para a cama, porque aquilo já era demais! Quem disse que eu conseguia pegar no sono? Nunca falei sobre isso a ninguém, pois era muito fantástico, e não acreditariam em mim. Em julho de 1957, aos 25 anos de idade, eram seis e meia da manhã quando senti uma vontade irresistível de ir ao passeio público, onde tantas vezes brincara na infância e na adolescência. Era uma manhã a um só tempo de primavera e verão. Os mesmos perfumes das árvores, os mesmos perfumes das flores que conhecera na infância exalavam por toda a parte. Não havia ninguém no jardim àquela hora. Eu estava sentado num banco, sentindo-me ótimo. Atirara a cabeça para trás, fechara os olhos e me deixara invadir pelos raios do Sol matinal. Ouvia os passarinhos cantando e, suavemente, lentamente, respirava o ar da manhã. Queria que aquele momento se eternizasse... Em seguida, pouco a pouco, percebi inicialmente de modo atenuado uma música; um canto de uma harmonia, de uma pureza e de uma perfeição que nunca tinha ouvido em minha vida. Essa música, essa sinfonia, parecia vir do alto e de toda parte ao mesmo tempo e até de dentro de mim. Isso me proporcionou uma paz e uma serenidade desconhecidas até então. Achava-me bem e não ousava mexer um cílio, com medo de que aquilo acabasse. Considerei que todas essas coisas estavam acontecendo por causa da minha presença ali, fora do mundo, sozinho com Deus, pois me surpreendi falando mentalmente com ele, agradecendo-lhe por me dar coisas deliciosas, por fazer-me experimentar essas sensações sublimes que
  • 48. 48 Pierre Monnet pareciam regenerar-me, agradecendo-lhe pela oportunidade de estar em comunhão perfeita com a natureza, tão bela. Ouvi um trinado no espaldar metálico do banco. Abri um olho, oh!... surpresa e alegria, um passarinho achava-se ali, a meio metro de meu rosto. Ele me olhava e parecia não ter medo. Retive a respiração, temendo que ele saísse dali voando. A música harmoniosa que vinha de toda parte e de lugar nenhum aumentava de volume e me enchia inteiramente. Mais atento, abri os dois olhos, endireitei o torso; o pássaro voou. Pus-me de pé a fim de detectar o lugar de onde vinha a harmonia sublime e senti-me subitamente leve e feliz. As coisas à minha volta eram mais belas, mais luminosas e ligeiramente irisadas. Para minha estupefação, vi que eu levitava suavemente e que não tinha qualquer medo desse fenômeno insólito. Via o azul do céu, que também se iluminava. Eu estava subindo, de pé, verticalmente. Ao cabo de um tempo, dei-me conta de que meus pés achavam-se à altura do cume das árvores, ou seja, quase dez ou quinze metros acima do solo. E ali, inesperadamente, ouvi no mais profundo de mim uma voz que me falava, dizendo-me “Bem aventurado filho da Terra... Eu o enchi com Meu espírito. Saiba servir-se dele e conservá-lo de verdade... Que assim seja.” E foi tudo. Eu nunca tinha sentido uma felicidade tão grande como aquela. As lágrimas desceram; lágrimas de intensa alegria, pois eu sabia que o espírito de Deus tinha entrado em mim. O tempo parecia ter parado. Depois de alguns minutos, ou segundos, suspenso entre céu e terra na altura do cume das árvores, desci como tinha subido, todo sonhador, todo trêmulo de alegria, todo emocionado. Desci com extrema lentidão. Nunca tinha experimentado tamanho bem estar. O ar era bom, ainda fresco e vivificante, e enchia meu ser. Eu continuava ouvindo a música e os passarinhos. Durante minha descida, continuava vendo tudo que se encontrava à minha volta, irisado, quase luminescente, quase cintilante. Sentia interiormente a presença de Deus; o bem estar que isso me proporcionava era intenso... imenso...
  • 49. Comunicações Extraterrestres 49 Já com os pés no chão, o “encanto” rompeu-se. Eu estava ali, de pé, embasbacado com o que tinha acabado de me acontecer, mas feliz. Nunca esquecerei aquele momento. Eis outra história pouco banal, que me deixou uma grande impressão: Estamos em 27 de Outubro de 1984. São 18h15, estou em minha casa em Aix-em-Provence. Contrariamente ao hábito, e pela primeira vez então com amigos me visitando, sinto subitamente a vontade de ir até Aix, a cerca de três quilômetros do meu domicílio. Faz bom tempo, e penso que ir até lá a pé seria algo bastante agradável. Sinto-me bem, calmo e em forma. Depois de ter percorrido sem qualquer cansaço físico os três quilômetros, chego à cidade, sobre a larga calçada da Avenida Mirabeau, lado direito em relação à grande fonte Rotonde, que se acha atrás de mim. A noite tinha acabado de cair. As calçadas da Avenida Mirabeau e das outras ruas populares da cidade fervilhavam de transeuntes. As luzes multicoloridas das lojas e dos postes de iluminação pública, assim como os faróis dos automóveis, davam à cidade de Aix um jeito de cidade americana em plena efervescência. Descontraído, tinha acabado de percorrer a terça parte da Mirabeau, quando subitamente... Tomo a consciência de que saí inteiramente de meu corpo, e, estranhamente, embora a situação fosse insólita, tudo me parece normal. Não me questiono. Hoje compreendo que, sim, em determinado momento tive realmente a impressão de sair do corpo. A partir desse instante, durante a experiência, a visão das coisas em volta efetuava-se como se meu olhar, um olhar sem corpo, se achasse situado a quase três metros de altura. Eu me dava conta de que a função de enxergar já não era preenchida pelo corpo e que meus olhos de carne de nada valiam ali, pois eu contemplava meu próprio corpo deambular uns cinco metros para “trás”. Estava cercado por uma aura prateada muito luminosa que ninguém parecia perceber, exceto um menino de seus cinco ou seis anos que puxava a saia da mãe, dizendo- lhe: “Mamãe... Olhe esse moço...” A criança tinha os olhos escancarados. Era então o único na multidão capaz de perceber alguma coisa estranha sobre mim?
  • 50. 50 Pierre Monnet Pela primeira vez na vida, eu me via a mim mesmo semo auxílio de um espelho, e completamente separado de meu “eu”, que flutuava no espaço cinco metros à “frente” e a quase três metros de altura. Quando digo que meu corpo estava completamente independente de meu “eu”, isto quer dizer na verdade que esse corpo tinha vida própria, passeava, relaxado, sorrindo, e apreciava as vitrines como qualquer outro transeunte por ali. Meu “eu” sem corpo, que passeava o olhar à sua volta, podia abarcar todas as direções ao mesmo tempo e podia também ver o que meus olhos físicos percebiam através das vitrines. Meu “eu” sem corpo tinha consciência de sua própria existência independente do corpo físico afastado. Meu “eu” sem corpo pensava e tinha sensações diversas. Para ele, o barulho da cidade tinha desaparecido completamente, assim como as sensações de temperatura, de higrometria e de frescura da noite. Meu “eu” sem corpo já não sentia as vibrações negativas emitidas pelas formas e pensamentos das pessoas que andavam na rua. Para esse “eu” invisível, tudo era belo e positivo. Todas as pessoas eram desprovidas de pensamentos negativos e agressivos. O negativo não existia; de qualquer modo, não podia atingir-me. Eu era “eu” mais todos os seres humanos. Eu estava em todos e eles estavam em “mim”, como se cada indivíduo fosse eu mesmo; como se fôssemos um único e mesmo ser, uma única e mesma substância. Era agradável, era bom, era “Tudo”. Era um bem estar sublime em que o tempo e a morte já não existiam, onde tudo era de essência eterna, onde tudo era vida verdadeira, onde tudo era Deus... Quando o fenômeno chegou a seu termo, senti um mal estar muito grande; como se estivesse apertado, prisioneiro dentro de uma roupa que me sufocava. Tinha a impressão de que o corpo reintegrado era- me estranho, e o detestava, como se não me pertencesse. Uma intensa emoção tomou conta de mim. Uma certa nostalgia invadiu-me; nostalgia de um estado sublime vivido e passado, acompanhado do arrependimento de ter voltado ao meu corpo...
  • 51. A extraordinária presença de certas proteções ao longo da minha vida Há todo um contexto no mínimo incomum que me tem acompanhado por toda a vida; no caso presente, o fato de sentir junto a mim, permanentemente, a presença de certas proteções vindas da parte de meus amigos extraterrestres. Teriam esses seres previsto, durante uma de minhas vidas anteriores, um programa preciso de ação na qualidade de contactado na Terra? Deve ser isso; vários acontecimentos perturbadores permitiram-me, graças a uma proteção “intuitiva”, evitar em diversas ocasiões a morte física. Houve pelo menos três situações realmente impressionantes. Primeiro salvamento. Ocorreu quando eu era aprendiz de vidraceiro em Orange, numa vidraçaria situada na Avenida do Arco do Triunfo. Meu patrão tinha duas oficinas; uma quase em frente à outra, à esquerda e à direita dessa avenida, que era uma via de grande circulação, já que se tratava da Nacional 7. Eu tinha quinze ou dezesseis anos. Atravessava a avenida quase trinta vezes por dia para ir de uma oficina à outra. Naquele dia, distraído como todo garoto na minha idade, passei por trás de um caminhão estacionado e atravessei sem olhar. O leitor pode imaginar... Certas placas ferroviárias dizem: Não atravesse, um trem pode esconder outro. Naquela ocasião, eu teria precisado de uma placa como essa adaptada à estrada, pois me vi
  • 52. 52 Pierre Monnet cara a cara com um Citroën a toda velocidade e que só parou uns cinqüenta metros mais adiante, depois de uma espetacular freada. Onde estava o jovem afoito que eu era? Bem, ele não foi tomado por qualquer pânico e teve a surpresa de sentir o seu corpo erguer-se como se uma mão invisível o tivesse pegado pela cintura e o colocado com os pés sobre o pára-choque do veículo, o rosto de frente para o motorista, mais morto que vivo pelo medo que havia sentido. Fiz, portanto, cinqüenta metros debruçado sobre o capô, as mãos agarradas às abas laterais de ventilação. Não me ficou mais que uma marca azul sobre o umbigo, só isso! Se naquele tempo eu tivesse contado que uma mão invisível me levantara e salvara, as pessoas me teriam encarado como ainda hoje encaram os contactados quando estes falam dos OVNIs. O leitor sabe o que quero dizer... Segundo salvamento: Neste caso, fui salvo por um cinto, a respeito do qual devo algumas explicações. Eu o tinha comprado numa loja americana. Era um tipo de cinto de seis centímetros de largura, em pano trançado, espesso e duro, assim como extensível graças a um passador de cobre, munido de um fecho de pára-quedas. Agradeço ao “acaso” e à “sorte” que me levaram a comprá-lo, pois sem ele o leitor não estaria me lendo agora. Eu estava com dois colegas de trabalho sobre o telhado da casa de um cliente. Trocávamos vidraças de uma clarabóia que encimava o vão da escada da casa. Achávamo-nos acima do quinto andar, de onde se via a rampa descer em espiral retangular em torno de um vão de vinte metros, com a forma de um retângulo de três metros por quatro. Tínhamos, erradamente, como muitos vidraceiros muito seguros de si, o hábito de andar sobre as armações de ferro para aplicar a massa nas traves que iam receber as folhas longas de vidro trabalhado. Eu me achava, portanto, de pé, apoiando-me nas armações e acabava de me endireitar para pôr um pouco de massa na mão. Subitamente meus pés escorregaram. Passei entre duas armações sem poder me agarrar, pois tinha as mãos cheias de óleo.
  • 53. Comunicações Extraterrestres 53 Era a queda livre, o corpo vertical num vazio pavoroso que pareceu aspirar-me como o olho de um turbilhão gigantesco. Não havia como me agarrar a nada. Uma queda vertical no vazio, do alto dessa casa de cinco andares. Eu caía a uma velocidade vertiginosa, como a maçã de Newton, justamente no centro do vão da escada. Posso dizer que em tal velocidade não se pode sequer esboçar a primeira palavra de uma prece antes de estatelar no chão lá embaixo. Mas eis que chegamos ao momento mais estranho desse acidente. Antes de cair, eu não tinha visto um grosso cabo de ferro de uma seção de aproximadamente dois centímetros e terminando em forma de gancho. Ele media a altura de quatro andares. A posição desse cabo rígido era central no vão da escada, portanto paralela à minha trajetória. O cabo devia outrora ter servido de sustentação de um lustre, como era comum em velhas casas burguesas. Eu já tinha percorrido três andares, quando, durante minha queda, o gancho prendeu-se ao meu cinto americano. Este subiu até debaixo de meus braços com um choque doloroso ao longo de minhas costelas e vértebras dorsais. O gancho não chegou a tocar-me a pele nem me rasgou a camisa. Agora, em retrospectiva, vejo que isso não é lógico. Minha camisa e minha carne teriam que ficar consideravelmente rasgadas. Sobre um plano de estudo mecânico dos fatos, sou tentado a dizer que foi um milagre eu não ter morrido desmembrado, arrancado, deslocado pelo gancho e pelo choque da parada brusca durante a queda. Embora seja verdade que depois desse dia passei a ter alguns problemas de coluna, a qual nunca recebeu cuidados. Vi-me, portanto, suspenso como um animal no abatedouro, até que viram desenganchar-me. Pedi aos colegas que não falassem desse caso a meu patrão, pois tinha medo de ser mandado embora. O certo é que depois daquele dia, meus colegas de trabalho e eu mesmo passamos a utilizar a prancha tradicional do vidraceiro, prancha que se coloca perpendicularmente às armações de ferro e onde o vidraceiro se deita para fazer o serviço. Conservei por muito tempo o cinto americano como lembrança do grande pavor que tive com ele. Cinto providencial que por muito
  • 54. 54 Pierre Monnet pouco não teria comprado naquela ocasião. Foi durante o terceiro acidente que me dei conta da existência de um “guia invisível”. Aquele que me soprou bons conselhos durante toda a minha vida. Alguns grupos de espiritualistas acreditam que cada ser humano tem um guia pessoal que o ajuda sempre que necessário. No momento atual não só me acho convencido disso, como o sei. Sei que essa presença invisível está sempre ali. Essa presença aconselha, ordena e sugere por meio de uma voz nítida e precisa que raciocina no interior de mim independentemente de minhas elucubrações mentais! Mas como explicar uma coisa tão impalpável como a presença na vida de cada um de nós desse guia que as religiões, com ou sem razão, chamam de “anjo da guarda”? Estávamos em 1955. Eu servia o Exército e fora designado para uma imensa base no seio da qual se acotovelavam todas as armas. Esta base, situada no Extremo Oriente, chamava-se Than-Son-Yut (um bairro de Saigon). A septuagésima quinta esquadrilha de helicópteros, onde eu servia, achava-se numa das extremidades de Than-Son-Yut,e o bar da esquadrilha vizinha, aonde eu tinha o hábito de ir duas vezes por dia, encontrava-se na outra extremidade. A totalidade da base, um grande terreno vazio e plano, era cortada por numerosas estradas desertas e alguns prédios velhos, abandonados por causa dos perigos de desabamento. Eu sempre usava a mesma estrada de ligação, e nunca outra qualquer. Ao longo dessa artéria, achava-se um prédio abandonado. Era uma construção de dois andares, de concreto, aparentemente não construída pelo Exército, mas que lhe tinha servido durante um certo tempo. Eu caminhava sempre pela calçada do prédio, nunca passava por outro lugar. Durante quinze meses, fiz esse trajeto duas vezes por dia. Naquele dia, chegado ao cruzamento, que me teria permitido escolher outro caminho do quadrilátero, peguei a estrada habitual. Não sei por que, senti um “incômodo”, uma impressão interior esquisita, como alguma coisa me dizendo que nesse dia era preciso fazer um outro
  • 55. Comunicações Extraterrestres 55 itinerário. Esse sentimento tornou-se muito forte em mim e senti pouco a pouco minha resistência a essa injunção debilitar-se, tanto mais que essa impressão tinha se tornado rapidamente uma voz interior que me ordenava em palavras precisas e imperativas. Dei meia-volta e refiz em sentido inverso os quarenta metros que tinha acabado de percorrer para pegar a artéria paralela. Senti-me melhor fazendo isso. Enquanto caminhava, ia pensando nessa impressão estranha que tomara conta de mim. Eu sou formal, era realmente uma presença invisível, uma voz exterior que ressoava em mim e me habitava. Eu não tinha caminhado cinqüenta metros na nova estrada, quando ouvi um estrondo terrível. Virei a cabeça e desloquei-me para ver de onde vinha o barulho. Vi então uma grande nuvem de poeira destacando-se de um amontoado de ruínas no chão. Já havia no lugar alguns militares curiosos que apreciavam o desastre. O que tinha acabado de acontecer não fora outra coisa senão o desmoronamento completo do prédio por onde eu deveria passar. Perturbador, não é mesmo? Eu poderia mencionar muitos outros fatos, como esses que acabo de escrever, e que ocorreram durante a minha vida, mas não quero tornar pesado o conteúdo dessa obra.
  • 56.
  • 57. O veículo do contactado usado pelos extraterrestres durante dez minutos a 110 quilômetros horários Embora não faça parte do período de minha vida anterior a 1951, durante o qual se produziram vários fatos insólitos, seria uma pena silenciar sobre o que conto a seguir. Certamente esta aventura não é muito recente, mas é pouco banal. Eu poderia mencionar sua data precisa e citar o nome das pessoas presentes em meu veículo, mas isso não me parece de utilidade absoluta; por um lado, porque a maioria dessas testemunhas espalhou- se geograficamente; por outro, porque muitas delas estão em “guerra fria” comigo por múltiplas razões, e isso já há muitos anos. Os fatos seguintes deram-se durante o primeiro semestre do ano de 1980. No curso dos vários deslocamentos em todos os sentidos que eu efetuava nessa época, conheci pessoas notáveis no domínio da percepção extrassensorial, entre as quais uma senhora, médium relativamente dotada, com quem mantive por muito tempo contatos estreitos que poderiam ser qualificados de “paraprofissionais”. Essa senhora, já em idade avançada e de nobre lastro social, tinha me convidado para passar alguns dias em Nice, acompanhado de uma amiga.
  • 58. 58 Pierre Monnet Durante uma dessas visitas, éramos em número de sete na sala de estar, quando a velha senhora, em transe natural, recebeu uma mensagem telepática de uma entidade extraterrestre que falava por sua boca. Todo mundo no recinto tinha ouvido a mensagem, menos eu! Com efeito, durante esse tempo aconteceu de também eu me achar em condicionamento para a recepção de outra mensagem. Meu condicionamento durou dez minutos, ocasião em que a médium transmitiu a sua própria mensagem. Não ouvi, portanto, nada do que foi dito, apesar da mobilidade dos seus lábios. Esse fenômeno era tanto mais insólito para mim quanto, durante esse tempo, eu percebia à minha volta o tilintar das colheres nas xícaras e o barulho dos carros passando lá fora. Tudo, exceto a mensagem da médium! Quando esta acabou de ser transmitida, os extraterrestres que me contatavam imobilizaram-me (com exceção do braço direito) e me fizeram escrever o que tinham transmitido através de mim em velocidade extrema. Tive de usar uma página inteira formato 21 x 29,7 em menos de meio minuto. Só me dei conta disso quando voltei a mim, a caneta na mão, exatamente depois de ter escrito a última palavra. No outro dia, anda na casa da médium, achávamo-nos à mesa e podia ser meio-dia e trinta, quando ela caiu em transe e transmitiu outra mensagem de além-espaço. Mas aí se produziu um fenômeno estranho e diferente. Durante a passagem do texto por sua boca, não ouvi absolutamente nada vindo do exterior. Isso era impressionante para mim, pois não somente eu via os lábios da médium se mexendo, mas também ouvia sua mensagem no interior do meu corpo, como se aquilo estivesse nascendo em mim a partir do plexo solar. Naquela mesa, fui a única pessoa que recebeu a mensagem dessa maneira. Os demais convivas a ouviam do modo mais normal do mundo, enquanto viam meus lábios mexendo-se, sem me ouvirem. No entanto, quando eu transmitia a mensagem da médium, ouvia o som de minha voz. Os outros convidados sentiam bem, vendo-me com aquela expressão estranha que se pintava em meu rosto, que nesse momento preciso eu não me achava inteiramente m meu estado habitual. Fiquei tão impressionado pela experiência, que não consegui mais falar e pus-me a chorar de emoção.
  • 59. Comunicações Extraterrestres 59 Esses poucos dias em Nice chegavam ao fim. Minha amiga e eu preparávamo-nos para retomar a estrada rumo a Montélimar. Deixamos, portanto, a velha senhora e os outros convivas para apanhar as bagagens, que tinham ficado na casa dos pais de minha amiga, quando subitamente esta foi tomada por um grande mal estar. Apesar disso, ela insistiu em que tomássemos a estrada. Eu estava muito preocupado com ela, pois tínhamos pela frente 350 quilômetros. Quanto a mim, minhas dores na coluna (dores desaparecidas há muitos meses) tinham voltado a dar sinal de vida na véspera de nossa partida. Eu estava tão mal quanto minha amiga. Mas mesmo assim partimos. Na estrada, ela queixou-se de fortes dores na barriga. Já não podia esconder o sofrimento. Tinha-se estirado no banco do carona, que eu reclinara para proporcionar-lhe mais conforto. Não conseguia mais abrir os olhos, crispada pelo sofrimento, incapaz de falar. Eu respeitava-lhe o silêncio, embora estivesse preocupado. Tinha pressa em chegar. Coberto um terço do percurso, ambos tivemos uma impressão esquisita. Olhamo-nos pensando a mesma coisa. Tínhamos o hábito... Nós sabíamos de quê, ou antes, de quem se tratava. Sentíamos uma presença no carro, atrás de nós. Claro que não havia ninguém; quer dizer, ninguém visível. Eu disse então à amiga: “Não está sentindo nada?” Ela me respondeu que também estava percebendo essa presença. Passaram-se alguns minutos e, de repente, parei de sentir as dores lombares. Depois, foi a vez de minha amiga sentir-se súbita e rapidamente bem. Seu rosto iluminou-se. Retomou de imediato as cores, e nos sentimos repletos de vibrações por todo o corpo. Vibrações insignificantes, embora perceptíveis, que logo nos tiraram o cansaço, para não dizer instantaneamente. Sentimo-nos regenerados. A partir desse minuto, passamos a experimentar um bem-estar extraordinariamente agradável. Ficamos em plena forma sem deixar de sentir a presença no carro. Não ousávamos mais falar, de tanto que estávamos bem.
  • 60. 60 Pierre Monnet Rodávamos a 110 quilômetros horários na estrada há coisa de uma hora, quando tive outra impressão esquisita. Como se um pedaço do trajeto tivesse desaparecido de minha memória. Conheço perfeitamente a estrada Nice-Avignon, por tê-la percorrido várias vezes quando de minhas visitas a meu primeiro editor, cujo escritório fica em Nice. Quando se conhece bem um percurso, recorda-se com facilidade a situação geográfica em que se está, sabendo onde se acaba de passar e o que falta percorrer. Ora, parecia-me que me faltavam uns quinze quilômetros no trajeto que acabava de efetuar. Isso me deixou tão intrigado, que senti uma vontade imperiosa de comentar o problema com minha amiga. Depois de explicar-lhe o que tinha sentido, vi que ela me olhava de maneira estranha, um pouco como se fosse cúmplice de alguma coisa que me dissesse respeito e que tinha acontecido sem o meu conhecimento. Ela me disse: “Sim... eu sei...”, gratificando-me com um meio sorriso enigmático. Então me contou... Que subitamente eu ficara de olhos fixos, no mais total vazio. As cores do meu rosto tinham mudado, e minha expressão se tornara grave e severa. Tinha também, parece, o maxilar inferior caído. Vendo-me nesse estado, minha amiga me chamara várias vezes sem que eu atendesse aos seus apelos. Eu estava indiscutivelmente ausente; ela tinha tido a sensação real de que meu corpo estava vazio e sem qualquer reação. Não sentia mais a minha presença. Rodávamos sobre um trecho da estrada que tinha muitas curvas. Eu tinha os olhos atônitos, mas também a parte inferior dos punhos simplesmente colocada no alto do volante, as mãos inertes e “mortas”. A velocidade era constante, e as curvas foram feitas normalmente. Minha amiga constatou que esse fenômeno insólito tinha durado dez minutos. Depois de certo tempo de pânico, vendo que, apesar de tudo, o carro se movimentara com a maior precisão, ela parou de se preocupar. A velocidade do carro estava estabilizada em sessenta ou setenta quilômetros por hora. A partir desse fato insólito, não pudemos deixar de pensar na presença
  • 61. Comunicações Extraterrestres 61 dos extraterrestres no carro e na recepção de ondas de condução do veículo ao curso de um contato particular, durante o qual lhes foi necessário dissociar-me de meu corpo. No início, talvez para nos causar prazer, os galácticos nos desembaraçaram do mal-estar e das dores. Em muitos outros casos ainda, fizeram-nos sentir a existência deles e sua presença no invisível, sobre outro plano de consciência, numa outra dimensão. Hoje contamos com setecentos mil contactados no planeta; por que não querem nos ouvir, escutar e compreender? Poderíamos despertar em vocês aquilo que o seu ser profundo já sabe e que não foi conscientizado...
  • 62.
  • 63. As atribulações de um contactado na França Ninguém desconhece que a França é o país cartesiano por excelência. Como querem então que um provençal, a quem não raro qualificam de “galego” por ser primo, com os marselheses, de nosso saudoso Marcel Pagnol, possa ser levado a sério quando declara, com todo aquele sotaque do Sul, que esteve em contato com extraterrestres? Parece cômico... No espírito francês, isso só pode fazer pensar na história da célebre sardinha que entupiu o velho porto de Marselha. Entendem o que eu quero dizer?... A primeira coisa que dizem quando falamos de contatos com extraterrestres é o seguinte: “Só acredito no que vejo. Só acreditarei em discos voadores quando vir algum.” Para poder acreditar na existência das naves espaciais extraterrestres, cada cético desejaria ver seu pequeno OVNI diante de sua porta todas as manhãs. E se tal ocorresse, finalmente acreditariam? Pois quando alguma coisa “mexe” conosco, a má-fé é tão grande, que se faz todo o possível para encontrar uma desculpa suficientemente razoável para não confessarmos nossa crença. Para ilustrar o que acabo de dizer, basta recordar aquilo que um certo cientista declarou num programa de entrevistas na televisão: “Se ao acordar eu visse um engenho espacial de origem extraterrestre em meu jardim, já que isso não me interessa, voltaria tranquilamente para
  • 64. 64 Pierre Monnet dentro de casa, pois tal coisa na pode existir.” Depois de uma resposta como essa por parte de um pesquisador de renome internacional, dando prova de um espírito tão pouco científico, tudo é possível vindo dessa gente. O provérbio está certo: “Ninguém é profeta em sua própria terra.” Em minha família mesmo (com exceção dos meus filhos, que sempre se abstiveram de qualquer comentário, embora, ao que me parece, estejam atentos às minhas atividades), quando falo desses contatos passo por um indivíduo que não é inteiramente normal. De tempos em tempos, entretanto, vingo-me de certas pessoas com convicções religiosas relativamente arraigadas. Seu ceticismo forçado torna-as demasiadamente peremptórias em suas opiniões. Costumo responder-lhes: “Acreditam em Deus? Já o viram? Então por que acreditam...” Não está escrito na Bíblia: “Existem muitas moradas no reino de meu Pai?” Era o que dizia Jesus, e se os crentes não entenderam a parábola, seriam dignos da visita de nossos “primos” galácticos, que querem nos ajudar a recobrar a razão? Com um pouquinho de inteligência e lógica, qualquer um se daria conta de que, se governos como os dos Estados Unidos e da Rússia gastam fortunas para pesquisar os Objetos Voadores Não Identificados, não é por simples diversão. Não obstante a importância das informações recebidas da parte desses seres do espaço, levei muito tempo para me referir a eles. Em 1951, quando de meu primeiro contato físico com os ocupantes das naves espaciais, as pessoas não se achavam preparadas para aceitar a possibilidade de contatos extraterrestres com alguém encontrado por “acaso” sobre o nosso planeta. Ainda hoje é muito difícil para muitos terráqueos aceitar a presença de uma vida inteligente fora da Terra. Entretanto, vários cientistas reconhecem finalmente que, na região galáctica mais próxima de nós, muitos milhares de planetas apresentam todas as características necessárias para produzir a vida. É, portanto bastante provável que vários milhões entre eles contenham humanóides. Partindo do fato de que a maioria desses planetas é muito