1) O documento descreve um templo chamado "Grande Coração" em uma metrópole espiritual.
2) Embora as cidades espirituais sejam altamente evoluídas, ainda há traços de costumes terrenos como liturgias, porém de forma sublimada.
3) O templo representa o coração do povo e é uma fonte de luz que absorve raios celestiais.
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CAPÍTULO 5
O templo do “Grande Coração”
PERGUNTA: — Em diversas comunicações mediúnicas,
temos encontrado informações de que nas cidades astrais
existem templos onde se devociona a Divindade. Porventu-
ra, em ambientes tão espiritualizados, como seja o da
metrópole que nos descreveis, ainda se cogita de liturgias ou
ofícios religiosos, em lugar do elevado entendimento espiri-
tual que já deve predominar entre os seus habitantes?
ATANAGILDO: — Repito-vos: aqui ainda cultivamos o
produto de nossas criações e condicionamentos na Terra,
sem violentarmos o gradativo progresso espiritual, que só
se efetua pela libertação lenta das formalidades dos mun-
dos materiais. Embora em nossa esfera ainda se note a ana-
logia com os costumes terrenos, isso já se manifesta de
modo sublimado em sua substância, mais intimamente liga-
da ao santuário do nosso espírito. Na realidade, o nosso
cenário, se o compararmos com o da Terra, mostra em sua
harmonia “exterior” o exato equivalente de nossa aprimo-
rada vontade “interior”. O nosso ambiente astral resulta
exatamente de nossa maior capacidade espiritual. Aqui no
Além, vivemos o fruto de nossas idealizações terrenas, mas
já em sentido sublimado, buscando apoio em expressões
cada vez mais altas, que correspondem perfeitamente aos
ideais superiores esposados na vida material. Daí o fato de
os verdugos, os avaros, os egocêntricos ou os celerados
situarem-se especificamente nas zonas abismais e nos pân-
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2. Ramatís
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tanos fétidos do astral inferior, pois a natureza repugnante
do cenário em que se colocam também lhes afina a própria
intimidade da alma subvertida! Enquanto isso acontece,
outros espíritos mais evoluídos, ao se despirem do seu
envoltório carnal, alçam vôo às esferas luminosas, à procu-
ra de luz, que significa o alimento apropriado à sua natu-
reza angélica. Não vos deve ser estranha, portanto, a exis-
tência desses templos, que são verdadeiros “oásis” de luzes
e bênçãos nas regiões do astral renovado pelos pensamen-
tos superiores. Em nossa metrópole do Grande Coração, o
templo significa o envoltório emotivo do coração do pró-
prio povo, que permanece em incessante atividade para a
conquista do Supremo Bem Espiritual! A estrutura alabastri-
na desse templo, que se ergue como a mais bela configu-
ração da cidade, significa a Fonte Imperecível que capta e
absorve os raios de luz ofertados pelas regiões celestiais!
PERGUNTA: — Existe, porventura, semelhança entre
esse templo e outros santuários edificados na Terra?
ATANAGILDO:— Embora eu esteja a repetir o que
algumas vezes já tenho dito, é no “lado de cá” que realmen-
te se planejam as formas, as edificações e demais ativida-
des do mundo terreno, sempre em perfeita concordância
com os espíritos superiores que operam no limiar do plano
mental e da substância astral. A vossa pergunta sobre se há
semelhança entre nossos edifícios ou templos e as mesmas
construções no mundo físico, seria melhor formulada
assim: “Há semelhança dos nossos edifícios e templos com
as edificações originais da metrópole em que viveis?”
PERGUNTA: — O templo da vossa metrópole foi cons-
truído em alguma zona de fluidos superiores aos de outro
local?
ATANAGILDO: — O magnífico santuário foi edificado
exatamente no centro do gigantesco e formoso jardim já
descrito anteriormente, e que forma o coração florido de
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