1) Os hospitais públicos de Caxias sofrem com falta de higiene, infraestrutura precária e superlotação, colocando em risco a saúde de pacientes e funcionários.
2) A Maternidade Carmosina Coutinho tem problemas graves como falta constante de água, infiltrações, centro cirúrgico em péssimas condições e falta de atendimento médico adequado às parturientes.
3) O Hospital Infantil também apresenta problemas como falta de pediatras, exames médicos realizados de forma aleat
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Jornal do trabalhador
1. Informativo do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais de Caxias Nº 31 l junho/2013
Afalta de higiene não está
só na água. Você acredita
que foi encontrado barata na sopa?
Que o teto do centro cirúrgico está
rachado e tem goteiras? Quando
chove é uma verdadeira agonia, ou
se tira os pacientes do lugar ou se
fica com bacias sob as goteiras para
não molhar os pacientes. A ilumina-
ção é péssima, uma lâmpada acesa
e outra apagada. O ar-condicionado
não funciona. Falta lençol e não tem
camisola para as mães, elas entram
no Centro Cirúrgico com a mesma
roupa que chega ao hospital e per-
manece com a mesma roupa até o
dia de voltar para casa.
Os trabalhadores correm riscos,
principalmente, os técnicos e auxi-
liares de enfermagem porque são
obrigados a acompanhar cirurgias
de pacientes com soro positivo sem
proteção porque faltam luvas, pro-
pé, óculos de proteção e material de
limpeza, correndo o risco de espa-
lhar uma infecção hospitalar.
No pré-parto tem que abrir a ja-
nela porque não tem ventilador e
Maternidade Carmosina Coutinho é só fachada
Parir em casa corre menos risco que na Maternidade Carmosina
OSINTRAP na edição N° 30 mostrou o Hospital Infantil
por dentro e agora chegou a vez de revelar a podridão
da Maternidade Carmosina Coutinho. Assim como os demais
hospitais de Caxias a situação desta maternidade representa um
risco à vida dos pacientes e profissionais da saúde.
A situação é de causar horror. Falta água constantemente e
quando tem o gosto é ruim e fede, essa água é utilizada para
tudo, inclusive para preparar as refeições e beber para não mor-
rer de sede, os funcionários são obrigados a levar água de casa
ou comprar água mineral. Suspeita-se que o mau cheiro seja uma
infiltração da fossa para a cisterna, nunca mais houve limpeza.
Devido à falta de água para entrar no centro cirúrgico os funcio-
nários utilizam soro fisiológico para lavar as mãos.
ar- condicionado e as mu-
lheres parem fora da sala
de parto por falta de aten-
dimento médico. Os mé-
dicos ficam no repouso e
não permitem serem incomodados,
tem obstetra que só quer sair do re-
pouso quando acumula a partir de
cinco pacientes na espera. Na troca
de plantão, tem médico que fica até
4 dias consecutivos dentro do hos-
pital, o resultado é o péssimo aten-
dimento ao povo e a grosseria com
os parceiros de trabalho, chegando
ao ponto de médico quebrar duas
portas no Hospital. Este mesmo
médico foi denunciado por deixar
de atender na emergência da Ma-
ternidade em seus dias de plantões
para ir atender na Fundação Hum-
berto Coutinho.
Em uma UTI lotada de recém-
-nascidos é mantida apenas com
um pediatra a semana inteira dia
e noite e outro que tira os plantões
nos finais de semana.
Foi dito que o Hospital foi feito
para atender o município de Ca-
xias e cidades circunvizinhas, mas
sequer consegue atender a deman-
da de Caxias, a prova disso é a falta
de leitos. Os banheiros estão que-
brados e entupidos. A Maternida-
de não tem sistema de segurança a
ponto de bandidos em perseguição
adentrar o hospital pela facilidade
que dispõem na frente e no fundo.
Devido a quantidade de fun-
cionários ser insuficiente, quem
trabalha neste hospital tem uma
escala de trabalho apertada (ro-
jão) e excessiva, o pior é que nem
lanche tem, só servem o café puro
matinal, trabalham com a barriga
doendo de fome. Mesmo quando é
escalado para dobrar o turno não é
fornecido comida. Esse absurdo se
estende às pacientes, que depois de
12h de jejum para parir (parto nor-
mal), famintas, recebem apenas um
copo de leite com três biscoitos.
As gratificações que os funcio-
nários recebiam, antes dos Mari-
nhos eram de um salário mínimo,
com os Marinhos foi reduzido para
um terço do salário mínimo, valor
que os Coutinhos continuaram a
pagar, nos oito anos de governo
sem fezer nenhum reajuste, e com
o Leo não é diferente.
Mesmo com tanto sofrimento que
passa esses funcionários são pressio-
nados a não revelar a precariedade
desta unidade de saúde e o nível de
exploração que vivem, quem arrisca
é punido com transferência. O mais
revoltante é que o Ministério Público
esteve por lá e não viu esta realidade,
porque não visitou as instalações que
revelamos nesta matéria. E só apa-
receu mediante denuncia de um pai
que teve seu filho morto nesta unida-
de de saúde.
Todo apoio às manifestações de
rua no País.
Tudo poder ao povo,
Todo incentivo à rebeldia juvenil.
Caxienses, venham todos às ruas
protestar contra à corrupção e
reivindicar melhorias sociais.
Manifesto na página 4
2. 2 Informativo SINTRAP
O funcionamento do Hospi-
tal Infantil é sempre motivo de
muitas denúncias. As escalas
dos plantões só reduziu depois
que o SINTRAP fez denúncias
e organizou reuniões com os
trabalhadores. Entretanto, a
coordenadora geral da Saúde
Alessandra Daniel continua a
amedrontar em casos de licen-
ças prêmios ou férias, só tira
quem tem um substituto para
apresentar. Isso é mais que imo-
ral, a responsabilidade sobre a
substituição é de quem contrata,
ou seja, a Secretária de Saúde. A
denúncia que chegou ao Sindi-
cato é que mesmo sendo ilegal,
é comum neste Hospital funcio-
nários que reside em Teresina/
PI sempre pagar, com um preço
bem menor, um substituto para
tirar seus plantões.
Outra denúncia refere-se ao
fato das crianças serem trata-
das com negligência: como o
Hospital no momento não está
fazendo exames para diagnos-
ticar as doenças são receitados
remédios aleatoriamente para
as crianças. Ou, ainda, como
não tem funcionário específico
para fazer a coleta de material
(sangue, fezes, urina) as técnicas
se sobrecarregam de trabalho,
acumulando suas atividades e
as de coletar. E, também, o mais
grave, é que algumas mães estão
fazendo a coleta e o material co-
letado não está recebendo a eti-
queta de identificação. Assim, os
funcionários precisam adivinhar
a qual criança pertence o mate-
rial entregue no laboratório, ou
então, sair perguntando para
as mães acompanhantes, afim
de não cometerem um enga-
no fatal. Direção e coordenação
“brincam” de fazer saúde e com
a vida de crianças!
Um dos lamentos dos funcio-
nários ao verem as crianças mor-
rerem por falta de atendimen-
to é que os pediatras que vêm
trabalhar em Caxias não ficam
porque não têm condições de
trabalho e o Governo não paga o
salário justo. Devido a falta des-
tes profissionais é que em uma
semana foi transferido para Te-
resina 5 crianças em caso grave
de calazar.
E, ainda, só existe uma clíni-
ca que faz os exames do hospital
pelo SUS, é a BIODIAGNOSTI-
COS, de propriedade do Secre-
tário de Saúde, Vinícius Leitão.
Então, se essa clinica realizar um
exame urgente, ótimo, senão,
ou a família dispõe de recursos
para fazer particular ou então o
exame não será feito.
No Hospital Infantil
Desrespeito ao trabalhador e às crianças
Nepotismo no Hospital Geral
representa risco vida
Os Coutinhos não se conten-
taram em matar o povo de Caxias
com baixos salários, merenda es-
colar estragada, remédios venci-
dos, esperando atendimento em
longas filas e outros males, ago-
ra emprega a família Coutinho
em peso no Hospital Geral. De
acordo com denúncias, quem vai
à procura de atendimento neste
Hospital corre sério risco de vida
porque os Coutinhos cometem er-
ros primários em procedimentos
mais simples. A situação de des-
preparo é tão grande que são cha-
mados de “analfabetos”. Como se
não bastasse a população sofrer
diariamente com a precariedade
do Hospital Geral é obrigada a
conviver com o nepotismo ven-
do parentes dos Coutinhos: ir-
mãos, primos, cunhada e sobri-
nhos, ocuparem funções apenas
pelos os laços sanguíneos, mas
que não possuem o mínimo de
conhecimento técnico para de-
sempenhar suas funções. Mui-
tos desconfiam que não fizeram
sequer estágios devido comete-
rem erros grosseiros.
ceami – Precariedade e autoritarismo
A população de Caxias parece que
está condenada a morrer nas filas dos
hospitais por falta de atendimento ou
por receber atendimento inadequado.
Não há um local em Caxias que tenha
as condições mínimas de oferecer um
atendimento de qualidade, nem para
realizar sequer os procedimentos mais
simples. São a essas condições que
funcionários e pacientes estão subme-
tidos diariamente.
O alvo das denúncias pelo SIN-
TRAP da irresponsabilidade do gover-
no com a saúde de Caxias é o CEAMI
(Centro Especializado em Atendimen-
to Materno Infantil), que padece do
mesmo mal que assola os demais hos-
pitais de Caxias: a precariedade nas
condições de trabalho e de atendimen-
to resultado dos desvios de recursos
praticados pelo governo como já foi
inúmeras vezes denunciado em outras
edições do jornal.
No ambiente de atendimento e de
trabalho do CEAMI tanto os pacientes
quanto os servidores passam por inú-
meros constrangimentos, chegando
mesmo a ser humilhante. O atendi-
mento aos pacientes não é de qualida-
de, e a culpa não é do servidor efetivo,
mas de alguns, indicados por vereado-
res, que assumem funções de direção
e acham que podem mandar como se
estivessem em suas casas, tratando
os pacientes com tamanha grosseria.
Agem como carrascos porque suas
posições não os submetem às mesmas
condições de trabalho dos demais fun-
cionários.
Os servidores efetivos exercem
suas funções no limite da precarieda-
de, pois há falta até de materiais bási-
cos como os de primeiros socorros, por
exemplo: escapo, soro, etc. e que, tam-
bém, falta uma sala apropriada para
realizar os atendimentos de urgência.
Os auxiliares e os técnicos precisam es-
terilizar os instrumentos de trabalho que
ainda restam devido a ausência de um
funcionário específico para tal serviço. A
farmácia apesar de ter alguns remédios,
os mais simples, permanece o tempo
todo fechada, pois a pessoa encarregada
da mesma vive dentro da sala da direção
e quando se precisa pegar algum remé-
dio tem que ir atrás dela.
O banheiro destinado aos funcio-
nários também fica sempre fechado,
simplesmente se apoderou da chave,
pois faz do banheiro sua proprieda-
de, não cedendo a chave para os fun-
cionários. Então, quem sentir alguma
necessidade fisiológica tem que se
segurar até o momento de terminar
seu turno e ir para casa. Essa situação
não é só humilhante, é também muito
grave, pois teve uma funcionária que
não pôde se conter e aliviou-se junto
à porta fechada do banheiro. Ainda,
como trabalham em regime de horário
corrido, com exceção de quem faz par-
te da diretoria, não têm nem um lan-
che, sequer um cafezinho para repor a
energia gasta durante os atendimen-
tos, ficam com fome, arriscando-se a
contrair doenças estomacais provoca-
das pelos ácidos gástricos que agem
quando o estômago se encontra vazio.
Essa situação não deve ser aceita como
normal, pois caracteriza escravidão.
E, ainda, é vergonhoso um Centro
de atendimento como o CEAMI ter 05
(cinco) pediatras e nenhuma sala de
nebulização, profissionais exercendo
outra atividade lucrativa em seu horá-
rio de serviço, vendedores ambulantes
quase dentro das salas do prédio.
Na saúde Licença
Prêmio é negada
com ameaças
A Coordenadora Alessandra ameaça
retirar a gratificação dos servidores da
saúde, caso estes entrem de Licença Prê-
mio. Porém este é um direito assegurado
no Art. 57 do Regime Jurídico Único de
Caxias: “Após cada quinquênio de efeti-
vo exercício o servidor fará jus a 03(três)
meses de licença, a título de prêmio por
assiduidade, sem prejuízo de sua renu-
meração.” Mas este direito está sendo
negado aos trabalhadores da saúde de
Caxias pelo governo Coutinho.
Os Coutinhos têm apertado os tra-
balhadores da saúde de todas as formas:
sem reajuste salarial, aumento na car-
ga horária de trabalho, corte do lanche
e refeições nos plantões, negação dos
direitos de férias, insalubridade, licen-
ça saúde, e como se não bastasse, vem
tentando fundar um Sindicato pelego
para estes servidores e assim impedir e
se prevenir de possíveis manifestações
que possa surgir na Saúde.
Com um salário miserável, quem
arrisca perder algum centavo em troca
de descanso? Com a ameaça de retirada
da gratificação, do direito à Licença Prê-
mio, estes se submetem a trabalhar até
a exaustão, às vezes fazendo hora-extra
pela necessidade de receber um pou-
co mais e, ainda, são enganados, pois
trabalham e não recebem nada e ficam
acumulando doenças que podem levar
à morte, ao mesmo tempo, que põe em
risco a vida dos pacientes.
Mas há uma saída contra os Couti-
nhos: participando, organizando e de-
nunciando nos movimentos este gover-
no ditador.
C H A M A D I N HA
POSTO DE SAÚDE DA FAZENDINHA I
Funcionários convivem a mais de cinco anos
com bebedouro quebrado, pra não morrerem de
cede levam água de casa e colocam na geladeira
que o vigia cedeu para o Posto. O gás também já
foi cortado pela Secretaria de Saúde e para sair
o cafezinho os funcionários compram através de
“vaquinhas”.
POSTO DA FAZENDINHA II
Durante a reforma do Posto os funcionários
são obrigados a cumprirem horário em meio à
obra, porque a Prefeitura se nega a alugar um
local para manter o atendimento da população.
E ainda chega o descaramento de mandar uma
equipe de filmagem pra filmar apenas a fachada
do posto, sendo que o banheiro está quebrado e
o consultório dentário só começou a funcionar
agora, depois de três meses parado.
AMEAÇAS
Os profissionais da saúde vêm constante-
mente recebendo ameaças de remoção e demis-
são para não revelar as péssimas condições de
trabalho e atendimento nos Postos e Hospitais.A
extensão das ameaças chega ao absurdo de ten-
tar impedir que os trabalhadores se mobilizarem
e filiem-se em seu Sindicato.
GOZAÇÃO
Entre o grupo de vereadores que rompeu
recentemente com os Coutinhos e, se posiciona
agora como oposição, é motivo de gozação entre
eles o discurso que Humberto Coutinho usa nas
reuniões com seu grupo: a população votou em
um Prefeito e ganhou dois.
3. 3Informativo SINTRAP
O Prefeito de Caxias está bem
representado no Conselho do
FUNDEB com três vereadores de
sua base de Governo, que mesmo
em seu primeiro mandato mos-
tram habilidades bem avançadas
na politicagem para tirar provei-
to em causa própria. Um deles é
o líder do Governo na Câmara,
isso garante aprovar as prestações
de contas com uma maioria folga-
da. As atitudes do Presidente do
Conselho, Jerônimo, um dos vere-
adores, são bem claras, ele deixa
transparecer que está ali para im-
pedir ou atrapalhar os trabalhos
de quem vai fazer fiscalização dos
gastos dos recursos do FUNDEB.
Quando a representação do Sin-
dicato entrega um ofício no Conse-
lho solicitando esclarecimentos so-
bre determinada irregularidade, o
Presidente defende imediatamente
o Governo tentando desqualificar
o documento e a representação dos
professores, desvia o assunto, grita,
bate na mesa, tenta impedir e inti-
midar os conselheiros que questio-
nam, fiscalizam e cobram respostas
satisfatórias dos gastos com os re-
cursos da Educação.
O Presidente, Vereador Jerônimo,
sempre se comportou como inimigo
de professores e anti-Sindicato. An-
tes de compor o Conselho, como Di-
retor da APAE, tentou impedir por
várias vezes o Sindicato de entrar na
escola pública para entregar jornal e
falar com os professores; perseguiu
professores que participavam de
greves legítimas por reajustes sala-
riais e condições dignas de trabalho,
descendo faltas sem justificar, ge-
rando um péssimo relacionamento
interno a ponto de vários professo-
res pedirem remoção coletivamente
da APAE.
Este comportamento se justi-
fica porque Jerônimo recebia do
município salário como professor
cedido e nunca esteve em sala de
aula com alunos, portanto jamais
vai defender um professor. Para
justificar os salários pagos a cer-
tos Diretores de escola acima de
R$ 5.000,00, muito maior que os
pagos a professores e outros Dire-
tores, Jerônimo chegou ao ridícu-
lo de falar que os professores de
Caxias ganham pouco porque não
tem formação e esses “Diretores”
ganham mais porque trabalham
mais e tem formação.
Jerônimo como Vereador e Pre-
sidente do Conselho se cumprisse
com sua obrigação de fiscalizar a
folha de pagamento que o Governo
envia ao Conselho encontraria mais
de 95% dos professores do municí-
pio de Caxias com formação supe-
rior e desses professores 80% com
especialização, esse percentual não
é maior porque as mudanças de ní-
vel não acontecem como manda a
Lei.
Se o Governo valorizasse a for-
mação do professor cumpriria a
dispersão entre as classes como
determina o Plano de Carreira do
Magistério de Caxias. Isso escapa
aos olhos do Presidente porque está
empenhado apenas na defesa do
Governo.
Conselho do fundeb mais
um controle dos Coutinhos
São inúmeras as denúncias feitas pelo SINTRAP sobre as péssimas condições
das Escolas Comunitárias em Caxias, mesmo assim, ao longo de todo Governo
de Humberto Coutinho, esses espaços foram alugados para funcionar salas de
aulas. Essa prática viciosa, além de desviar dinheiro público diretamente para o
setor privado, compromete o Ensino tornando-o cada vez mais deficiente, pois são
espaços com a estrutura física tão precária quanto o estado da maioria das escolas
oficiais do município.
A maioria das escolas comunitárias funcionam em antigas residências, onde
as paredes de algumas salas não atingem o teto, em outros escolas as salas são
divididas com compensado, de modo que, o barulho de uma sala atrapalha a outra,
prejudicando o ensino e adoecendo os professores; salas pequenas, escuras e sem
ventilação que dificulta o desenvolvimento das atividades. Em alguns casos as
professoras precisam levar ventiladores de casa para não morrer de calor.
Nesse aspecto o sofrimento dos professores é triplicado para atender as co-
branças das coordenadoras em realizar as atividades dos programas adotados pelo
município. Tiram do próprio bolso para comprar material, revelar fotos, utilizam
quintal dos vizinhos próximo a escola para realizar as atividades de brincadei-
ras, realizam rodas de leitura fora da escola porque o barulho das outras salas
atrapalha; se algum professor se recusa a desenvolver essas atividades é taxado
pelos coordenadores como descompromissado com Educação e os contratados são
ameaçados de perder emprego.
O mais revoltante é que essas atividades estão servindo apenas para preencher
álbuns de fotos para mostrar que o Governo tem algum comprometimento com a
educação. Mas todos sabem que essa é uma forma descarada de camuflar a verda-
deira realidade, pois nesses espaços, que servem apenas de depósito de pessoas, não
há menor possibilidade de funcionar salas de aula. Até a higiene pessoal das crian-
ças é comprometida porque são obrigadas a fazer suas necessidades em banheiros
danificados e sujos. O governo não fornece material de limpeza, as zeladoras são
obrigadas a comprar material de limpeza tirando do seu mísero salário.
Devemos intensificar as denúncias e as nossas ações para tentar acabar com
essa forma negligente do Governo de fazer educação e pressioná-lo para aplicar
devidamente os recursos destinados ao município para a construção de escolas,
tanto para garantir vagas que atenda toda a demanda de alunos como oferecer
espaço adequando para alunos e professores.
Desafio de lecionar nas
escolas comunitárias
Mais uma vez podemos teste-
munhar a precariedade das escolas
de Caxias que há muito tempo não
vem oferecendo às mínimas con-
dições para que se possa garantir
segurança, espaço adequado e um
ensino minimamente digno aos
alunos, além de comprometer a
saúde dos professores. Essa prática
vem se mantendo no atual gover-
no: sucateando as escolas oficiais
para forçar o aluguel de espaços
privados com recursos públicos,
desta forma, a prática viciosa dos
alugueis se perpetua.
As aulas na Creche Rosalina Bar-
ros foram iniciadas com atraso no
Centro Paroquial da Igreja de Nossa
Senhora de Nazaré, simplesmente
porque a estrutura física da escola
encontra-se seriamente comprome-
tida e ameaça desabar. São paredes
e colunas rachadas e com buracos, o
teto comprometido, pias, lavande-
rias e banheiros quebrados.
As professoras esgotaram sua
criatividade para tentar superar
os limites impostos pela estrutura
física deficiente. Para melhorar o
Escolas são desativadas por falta
de condições de funcionamento
aspecto das paredes, professores e
estagiárias gastaram de seu bolso
comprando TNT para esconder os
buracos. Lamentavelmente, essa
prática dos professores assumirem
as responsabilidades do governo
tornou-se tão recorrente que já se
naturalizou, de modo que, entre os
docentes persistem a crença de que
os problemas da escola são de intei-
ra responsabilidade do professor.
Essa prática, “do jeitinho” é
do governo para fugir das suas
responsabilidades e, portanto,
não pode ser assumida por pro-
fessores. A tarefa é denunciar
para mudar essa realidade. Os
professores e alunos da Creche
Rosalina Barros estão em outro
prédio que não tem a menor con-
dição de funcionar como sala de
aula e o prédio oficial nunca ini-
ciou a construção, simplesmente
para manter o vício do Governo
de pagar mais aluguel com os re-
cursos do FUNDEB, uma prática
recorrente desta administração,
e o Ministério Público não toma
nenhuma providência
Para a manutenção do po-
der, os Coutinhos mantêm as
velhas práticas dos governos
anteriores de forma mais aper-
feiçoadas, mais fortes e eficien-
tes. Veja algumas que mantém
o controle e o poder dos Couti-
nhos sobre os trabalhadores:
• Os salários são rebaixados
para submeter os trabalhado-
res à outra jornada de trabalho
exaustiva sem condições de
perceber o nível de exploração
e o assalto que fazem de seus
direitos;
• Cargos vitalícios para dire-
tores sem realizar eleição;
• Um “grupo de operações
especiais – GOE” na Secretaria
para atuar diante da menor re-
sistência da categoria;
• Aumento do número de
contratos e outros substituídos
Mecanismo de controle do
poder sobre os trabalhadores
por dobras, para esconder o ta-
manho da irregularidade;
• Retirada de alguns tra-
balhadores do trabalho des-
gastante da sala de aula para
colocá-los como carrascos dos
outros;
• Realização de concursos
que não atende toda a deman-
da de funcionários no serviço
público;
• Manutenção de uma Se-
cretária que aceita assumir
toda responsabilidade pelo
serviço sujo, protegendo o Pre-
feito “Bibelô”;
• Manutenção da fidelidade
de Vereadores a preço de ouro;
• Controla alguns conse-
lheiros para não desempenhar
seu papel de fiscalizar as recei-
tas e despesas dos recursos da
Educação;
4. 4 Informativo SINTRAP
Jornalista/Diagramador
Giovani Castro
Contatos: (86) 8817-6606 / 9473-7039
E-mail: wanlenyo@bol.com.br
• Silvana Moura • Nazaré Lima • Carla
de Nazaré • Suiany Freitas • Arimatéia
Rocha • Creuzimar
EXPEDIENTE
“Verás que um filho teu não foge à
luta;” “Queremos Hospitais no Padrão
Fifa;” “Professor te desejo um salário
de um deputado e um prestígio de um
jogador de futebol.” Foi assim que mi-
lhares de brasileiros se manifestaram e
engrossaram as manifestações de rua
que percorreram o Brasil, e que foram
notícias em várias partes do mundo.
Um movimento de protesto que se
iniciou em São Paulo contra o aumento
de 20 centavos na passagem dos trans-
portes coletivos, que tomou proporções
gigantescas em um piscar de olhos,
como se a população brasileira até en-
tão adormecida e anestesiada desper-
tasse com vontade de lutar e colocar
para fora todos os anos de desrespeito
com as questões sociais, com uma cor-
rupção escancarada e desavergonhada
nos Governos e Poderes Legislativos
que leva à falência da Saúde e Educa-
ção públicas.
Com o descaso dos serviços essen-
ciais, e tantos outros males presentes
em nossa sociedade em função da ma-
nutenção do poder de uma classe que
sempre se enriqueceu com o trabalho e
o suor de quem verdadeiramente pro-
duz e sustenta a riqueza do “País”: OS
TRABALHADORES BRASILEIROS.
Essas manifestações, demonstram a
insatisfação dos brasileiros, principal-
mente a dos estudantes que compõe a
maioria dos que protestam.
O que precisa ser questionado e
refletido nessas manifestações é a ati-
tude fascista do antipartidarismo e do
antisindicalismo, uma vez que os au-
tênticos partidos políticos e sindicatos
de esquerda, combativos, inseridos na
manifestações de rua
no brasil
“Há homens que lutam um dia e são bons,
Há homens que lutam um ano e são melhores,
Há outros que lutam muitos anos e são muito
bons,
Mas há os que lutam toda a vida e estes são im-
prescindíveis.”
Bertold Brecht
luta diária da classe trabalhadora con-
tra a exploração do sistema capitalista,
são lugares de organização, de forma-
ção política e da luta histórica emanci-
patória dos trabalhadores.
O que precisa ser questionado e re-
fletido nessas manifestações é a falta e
a negação das bandeiras de lutas, pois
são elas que vão dar a identidade de
classe oprimida, explorada e o rumo
histórico de um movimento que rei-
vindique um projeto radical que trans-
forme as estruturas de poder em nosso
País dominado pela classe burguesa,
concentradora de propriedades e de ri-
quezas.
O que precisa ser questionado é a
idolatria da Pátria, o culto à bandeira
e ao hino nacional presente no movi-
mento, pois a Pátria esconde os interes-
ses antagônicos, opostos, na socieda-
de entre os que trabalham e os que se
apropriam da riqueza produzida pelos
trabalhadores (os capitalistas), a Pátria
esconde a violenta desigualdade social,
esconde a exploração da classe traba-
lhadora pelos capitalistas, o sentimento
da Pátria é utilizado como instrumen-
to de dominação e alienação do povo.
E em nome da Pátria se cometeram os
maiores genocídios da história da hu-
manidade com as guerras, motivadas
pelos interesses expansionistas do capi-
talismo, o imperialismo.
As manifestações precisam então
definir-se enquanto classe oprimida e
explorada, precisa reivindicar um pro-
jeto histórico que supere o capitalismo,
causador de todos os males sociais, da
violência e da degradação do ambien-
te planetário, precisa de liberdade de
expressão, precisa de democracia, para
contemplar todos os lutadores e todas
as bandeiras de lutas por um outro País,
verdadeiramente democrático, com
igualdade e justiça social.
Todo o poder ao povo, todo incen-
tivo à rebeldia juvenil. Venham às ruas
fortalecer o movimento.
- reforma PolÍtIca jÁ, com
financiamento público das eleições,
com barateamento e limite dos gas-
tos, com o fim das contratações de
cabos eleitorais, com igualdade de
tempo na na televisão e com igualda-
de de recursos financeiros;
- PrISÃo ImedIata aoS
condenadoS do menSalÃo;
- eleIÇÕeS GeraIS em todo
o PaÍS;
- denuncIar e InveStIGar
a corruPÇÃo do Governo
dIlma, nas obras dos aeroportos e
estádios, com devolução do dinheiro
do superfaturamento e dos desvios
das obras aos cofres públicos, com a
prisão e perda de mandato dos res-
ponsáveis;
- fIm do Senado;
- SalÁrIo mÍnImo de r$
2.500,00;
- PISo SalarIal do ProfeS-
Sor de r$ 5.000,00 Para uma
jornada de 20 horaS;
- SuSPenSÃo do PaGa-
mento da dÍvIda externa e
Interna, com oS recurSoS
deStInadoS À Saúde e edu-
caÇÃo PúblIcaS;
- reforma aGrÁrIa Sob
controle doS trabalhado-
reS e com a extInÇÃo do la-
tIfúndIo;
- enSIno PúblIco Inte-
Gral;
- aPoSentadorIa com 30
anoS de contrIbuIÇÃo.
ação de insalubridade
dos trabalhadores
da Saúde
A Direção do SINTRAP tem luta-
do por todos os meios para defender
os direitos de todos os trabalhadores
públicos municipais. Infelizmente, as
instituições que foram criadas para
proteger os interesses dos poderosos
(patrões, opressores, exploradores),
mas se apresentam como defensoras de
todas e de todos, não têm feito sequer o
seu papel (dissimulado) de imparciali-
dade. Em Caxias salta aos olhos a ação
(e também omissão) efetiva do judici-
ário em defesa dos Coutinhos, assim,
como outrora fizera dos Marinhos.
Em setembro de 2011 o Sindicato
promoveu Ação Judicial requerendo
que o Juiz da Vara da Fazenda Pública
(Sidarta Gautama) determinasse que a
Prefeitura de Caxias cumprisse o Direi-
to Constitucional – ratificado no Regi-
mento Jurídico dos Servidores Públicos
Municipais – referente ao pagamento
de ADICIONAL DE INSALUBRIDA-
DE devido aos trabalhadores da saúde
(Agente de Saúde Bucal, Auxiliares de
Enfermagem e Técnicos de Enferma-
gem) que atenderam o chamado do
Sindicato e compareceram munidos
dos documentos necessários ao ajuiza-
mento da Ação.
Contudo, somente agora, depois
de dois anos de várias pressões, o
Juiz designou a Audiência de Con-
ciliação, que aconteceu no dia 19 de
Junho de 2013, onde estavam pre-
sentes dois representantes de cada
categoria dos processos, representan-
tes e advogados do SINTRAP e dois
representantes do município. O mu-
nicípio não apresentou proposta de
conciliação e o Juiz reconheceu que
esta ação seria desnecessária devido
ao fato de esse adicional já consiste
em um direito adquirido no Art. 57
do Regime Jurídico Único do Muni-
cípio, ainda assim determinou que
fosse feita a perícia, que já tinha sido
requerida pelas partes, para definir a
escala de insalubridade por quais os
servidores sofrem e nomeou o médi-
co Dr. José Raimundo Pereira Filho
como perito.
Entretanto, diante da observação ne-
gativa por parte dos representantes do
município sobre o referido profissional,
a expectativa é que o município entre
com uma ação pedindo a suspensão
do perito, e o que é pior, que esta ação
seja deferida pelo mesmo Juiz, agindo
assim de forma a dar mais tempo para
a Prefeitura negar esse direito aos ser-
vidores da saúde. Mas, o SINTRAP vai
continuar pressionando os poderes,
continuar a defender os interesses dos
trabalhadores, não vai dar trégua en-
quanto esse direito não for concedido.
Assim como também está pressionan-
do a ação do direito do adicional notur-
no para os outros servidores que traba-
lham a noite, como vigilantes e mesmo
funcionários da saúde.
Propõe-se ao
Movimento: