Um jovem monge questiona o mestre sobre como evitar o aborrecimento com os defeitos dos outros. O mestre aconselha o discípulo a viver como as flores, que extraem o que é útil do esterco onde nascem mas não permitem que o azedume o afete, e a não se importar com os vícios alheios que não são seus.
1. Em um antigoEm um antigo
mosteiromosteiro
budista,budista,
um jovem mongeum jovem monge
questiona o mestre ...questiona o mestre ...
2. Mestre, comoMestre, como
faço para nãofaço para não
me aborrecer?me aborrecer?
Algumas pessoas falam demais,Algumas pessoas falam demais,
outras são ignorantes.outras são ignorantes.
4. - Pois viva como as flores!- Pois viva como as flores!
- advertiu o mestre.- advertiu o mestre.
- Como é viver como as- Como é viver como as
flores? - perguntou oflores? - perguntou o
discípulo.discípulo.
5. Repare nas flores, continuou o mestre, apontandoRepare nas flores, continuou o mestre, apontando
os lírios que cresciam no jardim.os lírios que cresciam no jardim.
6. Elas nascem no esterco,Elas nascem no esterco,
entretanto, são puras e perfumadas.entretanto, são puras e perfumadas.
7. Extraem do adubo malcheiroso tudo queExtraem do adubo malcheiroso tudo que
lhes é útil e saudável...lhes é útil e saudável...
...mas não permitem que o azedume da terra...mas não permitem que o azedume da terra
manche o frescor de suas pétalas.manche o frescor de suas pétalas.
8. É justo angustiar-se com as próprias culpas,É justo angustiar-se com as próprias culpas,
mas não é sábio permitir que os víciosmas não é sábio permitir que os vícios
dos outros o importunem.dos outros o importunem.
9. Os defeitos deles sãoOs defeitos deles são
deles e não seus.deles e não seus.
Se não são seus, não há razão para aborrecimento.Se não são seus, não há razão para aborrecimento.
10. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todoExercite, pois, a virtude de rejeitar todo
mal que vem de fora.mal que vem de fora.
Isso é viver como as flores.Isso é viver como as flores.