1. EMPRESA ABANDONA A PONTE PONTAL/ILHÉUS
É triste mais é uma verdade. Por que as coisas acontecem desta maneira?
Talvez pelo fato de algumas empresas saberem que tudo se resolve na justiça
lenta do nosso país.
Fizemos aqui uma alerta, sobre o trabalho de péssima qualidade até aquela
data, desenvolvida pela empresa responsável pela locação e fixação dos novos
postes de iluminação, da ponte Lomanto Júnior.
O nosso amigo secretário Isaac Albagli, nos deu razão, com relação ao alerta,
e garantiu que a empresa teria que refazer tudo de novo.
O que aconteceu de lá pra cá? O que vimos foi à continuação do serviço, por
mais uma semana e depois disso parou de vez, sem que saibamos o que
verdadeiramente aconteceu.
Imaginamos que, a referida empresa tenha sido
notificada e abandonou a obra. Esta seria a
explicação mais lógica. Se verdadeiramente for
isso, a prefeitura, através de sua Secretaria de
Obras, tem nas
mãos, mais um
“entulho” para

2. resolver, no pior das hipóteses na justiça.
É bom salientar, que todo serviço com a paralisação foi comprometida,
restando apenas à nova licitada, ou até mesmo a mesma empresa,
desmanchar tudo e começar da “estaca zero”, senão será mais um serviço
apenas de fachada.
Bom, para quem pensou que com o título, nós iríamos falar da nova ponte, não
se enganou, pois iremos também discorrer alguns comentários sobre ela, que
caminha a passos de tartaruga, pelo governo do estado.
Quem leu ou ouviu na imprensa de um modo geral, está baseado oficialmente
que a firma está de braços cruzados, esperando agora um parecer do IPHAN
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que de uma hora para
outra, descobriu depois de quase um século, que valia apena, na hora errada,
catalogar os restos dos navios, resultante de naufrágios e ou acidentes, na
nossa barra do Rio Cachoeira adentrando o mar.
Fui procurado na nossa residência, pelos responsáveis do levantamento, e
ficamos surpresos com tudo que ouvimos. Sabemos da importância de um
levantamento como este, agora da forma que ele veio, é que de estranhar.
Lamentavelmente nossa Capitania dos Portos (Marinha), quase nada ou nada,
tem de registros dos naufrágios acontecidos em Ilhéus.
Nós por questões de gostar do nosso passado, e ser um saudosista,
registramos em nosso livro editado recentemente com o título: “Pontal – Entre o
Passado e o Presente”, informações sobre tais naufrágios ou acidentes, de
forma memorialista e pesquisa falada sobre os navios Itacaré (23/08/1939- Na
entrada da barra) Urubatan (09/04/1959- No cais do Porto - Incêndio) e Areia
Branca (1958 - A deriva na Praia do Acuípe), este dois últimos sem registro na
marinha. O que agora foi fornecido por nós.
Como sempre tivemos a boa vontade de fornecer todos os dados sobre estes
naufrágios ou acidentes, incluindo aí os navios, Nossa Senhora de Lourdes
(1959 – navio de gado, naufragou na Baía do Pontal, nas mediações da atual
ponte Lomanto Júnior), Jangadeiro (nos arrecifes do Morro de Pernambuco),
Iris (1924- Coroa do Morro de Pernambuco), Ludmar (Arrecifes antes da barra
do Pontal), Comandatuba (1922 – Na pedra do Rapa), e o Rebocador Sampaio
Ferraz (Na Pedra de Ilhéus).

3. Diante disso, fica a pergunta no ar: Por que agora? Teria alguém do atraso,
querendo barrar o que já estava lento? Seria mais uma manobra política para
deixar para mais perto das eleições o começo das obras? Ou realmente só
agora o IPHAN, viu o valor histórico deste levantamento?
José Rezende Mendonça.