Baile da Saudade / Loja Maçônica Segredo, Força e União de Juazeiro Ba
A16
1. A16 Vida
%HermesFileInfo:A-16:20120502:
QUARTA-FEIRA, 2 DE MAIO DE 2012 O ESTADO DE S. PAULO
}
ENSOLARADO
Manifestante se fantasiou de Sol para pedir
o uso de energia solar em vez de carvão,
mais poluente. O protesto ocorreu na frente FM 92,9 – AM 700
PLANETA do Parlamento em Sydney, na Austrália.
GREG WOOD/AFP
Acompanhe o Planeta
Estadão, sexta-feira, às 14h30
Para ONU, economia verde ditará Rio+20
Alto funcionário diz que entidade busca acordo que mobilize recursos para transição de modelo; custo anual, até 2050, seria de US$ 1,3 tri
Jamil Chade no consumo em países ricos, a “O sucesso do Rio será medi- mas semanas será o de conven- missões é de que coloquem suas ciador da ONU ao Estado.
CORRESPONDENTE / GENEBRA estimativa é de que multinacio- do na quantidade de recursos cer governos a deixar detalhes diferenças de lado para que haja, O secretário-geral da ONU,
naisestariamsentadassobrecer- que o setor privado conseguirá do acordo final para os dias do o quanto antes, um acordo de BanKi-moon, porém,estáoti-
A Conferência das Nações ca de US$ 6 trilhões a US$ 8 tri- mobilizar nos próximos dois encontro e tentar fechar o mais princípios. A esperança é de que mista. Em conversa com um
UnidassobreDesenvolvimen- lhões. Na avaliação da cúpula da anos e como vai determinar a es- rapidamentepossívelas grandes isso crie um clima de confiança grupodejornalistas em Gene-
to Sustentável,a Rio+20, mar- diplomaciadaONU,nãohádúvi- trutura da economia mundial linhas do compromisso final. no setor privado de que a confe- bra,hápoucosdias,eleassegu-
cada para junho, terá êxito se das de que parte desse dinheiro por décadas”, indicou o alto fun- Em Genebra e Nova York, nin- rência terminará com pelo me- rou que a Rio+20 será um su-
conseguir fechar um acordo migrará para oportunidades de cionário da ONU. guém duvida de que a negocia- nos algum êxito para, portanto, cesso. “Não é exagero dizer
que mobilize recursos para fi- negócios na economia verde, ção chegou em seu momento anunciar seus investimentos. que será a conferência mais
nanciar uma transição nos uma vez estabelecido o arcabou- Acordo. Diante desse cenário, a mais crítico. “Chegou o momento crítico da importante da história da
próximosanosdoatualmode- ço do acordo. prioridade da ONU nas próxi- Mas o apelo de Ban a todas as negociação”, alertou um nego- ONU”, assegurou.
lo econômico para a chamada
economia verde.
Oalerta éde umaltofuncio-
nárioda ONU, que não quis se
identificar,ao Estado. Segun- Céticos do
do ele, está claro que a maior
parte desses recursos não virá clima apelam
de governos, e sim do setor
privado. Cálculos do Pnuma, às nuvens
o programa da ONU para o
meio ambiente, indicam que
ocustopoderiaserdepelome- LAMONT, OKLAHOMA
nos US$ 1,3 trilhão por ano,
até 2050. Pordécadas,umpequenogru-
O investimento de 2% do po de cientistas dissidentes
PIB mundial durante quatro tentou encontrar furos na
décadas, segundo a ONU, fi- ciência dominante sobre mu-
nanciará amaior revolução na dança climática. Com o tem-
estrutura da sociedade pro- po, quase todos os seus argu-
movidapelo homemem sécu- mentosforam derrubadospe-
los. Nenhuma área será pou- lo acúmulo de evidências, e
pada:essatransiçãoexigirá re- pesquisas indicam que 97%
formas na produção indus- dos cientistas climáticos em
trial, agricultura, transporte, ação hoje veem o aquecimen-
educação, no combate à po- to global como um sério risco.
breza e no estilo de vida dos Nos últimos anos, porém,
países mais ricos. os céticos em relação à mu-
Se o custo é alto, a ONU dança climática se aferraram
estima que a Rio+20 pode sig- a um último argumento que
nificar também a abertura de não pode ser facilmente igno-
novasoportunidadesdenegó- rado. Sua teoria é de que as
cios. Nos bastidores da enti- nuvens nos salvarão.
dade, multinacionais, grupos Elesreconhecemquealibe-
privados e fundos já procura- ração humana de gases-estu-
ramo secretário-geralda enti- fa fará o planeta aquecer. Mas
dade, Ban Ki-moon, para aler- afirmam que as nuvens – que
tar que estariam prontos para podem aquecer ou esfriar a
anunciar investimentos im- Terra adepender do seu tipo e
portantes durante o evento localização – mudarão de tal
no Rio de Janeiro. forma a contrabalançar boa
Mas, para isso, alertam que parte do esperado aumento
precisarão obter dos gover- de temperatura e preservarão
nos um compromisso de co- o clima uniforme do qual de-
mo ocorrerá essa transição, pende a civilização.
quaisas metase o nível de res- Sua teoria explora o maior
ponsabilidade de cada grupo mistério remanescente na
de países. ciência climática, a dificulda-
No gabinete de Ban, a cons- de que os pesquisadores têm
tatação é de que, duas déca- tido de prever como as nu-
das após a Conferência do Rio vens mudarão. A maioria dos
em 1992, o novo encontro cientistas acredita que as nu-
mostraráque“ocentrodegra- vens terão efeito neutro ou
vidade” para realizar a transi- até reforçarão o aquecimen-
ção para uma economia verde to, mas faltam provas.
passoudosgovernosparaose- Richard Lindzen, professor
torprivado.“Hámuitodinhei- de meteorologia no Massa-
roesperandoadefiniçãodere- chusetts Institute of Techno-
gras para ser investido na eco- logy (MIT), é o principal pro-
nomia verde”, admitiu um al- ponenteda visãode queas nu-
to funcionário da ONU. vens salvarão o mundo. Ele
Diante das incertezas na dizque,numplanetaemaque-
economia mundial e da queda cimento,umamenorcobertu-
ra por nuvens altas nos trópi-
cos permitirá que mais calor
PARA LEMBRAR escape para o espaço. Outros
cientistascitam erros em seus
A Conferência das Nações trabalhos e cobram provas.
Unidas sobre Desenvolvi- Políticos que buscam ra-
mento Sustentável, a zões para não enfrentar a
Rio+20, acontece de 13 a 22 questão adotaram Lindzen e
de junho, no Rio, com a parti- outros céticos, fortalecendo
cipação de mais de 90 chefes seu papel no debate público.
de governo. A Rio+20 terá Para Christopher Brether-
dois temas principais: a eco- ton, da Universidade de Wa-
nomia verde no contexto da shington,Lindzen está“seali-
sustentabilidade e da erradi- mentando de um público que
cação da pobreza; e a estrutu- Representante Oficial no Brasil quer ouvir uma certa mensa-
ra institucional para o desen- 0800-022-7442 | www.hstern.com.br gem por pessoas com reputa-
volvimento sustentável. ção científica”. / N Y T .
TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK
DIVULGAÇÃO
participaçãodos haitianos.A Ca- terremoto. As casas, de 40 me-
Caritas investe R$ 9,6 mi ritasnão deslocoupessoal para o
Haiti, porque seus projetos são
trosquadrados,têmcincocômo-
dos,combanheiroecisterna. Fo-
em projetos no Haiti executados pela Caritas local,
mas a CNBB apoiou o envio de
religiosos – frades e freiras – em
ram erguidas também dez esco-
las. O saldo da campanha de
2010 – quase R$ 3 milhões – é
José Maria Mayrink Depois de assistir a um vídeo parceria com a Conferência dos suficiente para custear os proje-
sobre os projetos e de ouvir a Religiosos do Brasil (CRB) e o tos em andamento.
A Caritas Brasileira, organismo prestação de contas feita pela di- Conselho Missionário Nacional Os haitianos que se refugia-
desolidariedadedaIgrejaCatóli- retoraexecutivadaCaritasBrasi- (Comina). A Arquidiocese de ram no Brasil após o terremoto,
ca, está investindo mais de R$ leira, socióloga Cristina dos An- São Paulo enviou missionários a maioria como imigrantes ile-
9,6milhões emprojetosdereabi- jos,oepiscopadoprometeureati- daMissãoBelém,nascidada pas- gais, recebem ajuda da Igreja em
litação no Haiti, para ajudar as var a campanha para financiar toral com moradores de rua, que Tabatinga e em outras localida-
vítimas do terremoto que devas- novas iniciativas, em colabora- estão trabalhando numa favela des da Amazônia edo Sul, princi-
touPortoPríncipe ecidadesvizi- ção com a Caritas do Haiti. de Porto Príncipe. palmenteemSãoPaulo.ACNBB/
nhas em janeiro de 2010, com re- Os projetos estão voltados pa- “Construímos 53 casas e va- Caritas destinou R$ 250 mil para
cursos levantados emcampanha ra a economia solidária, educa- mos construir mais 70”, infor- garantir a eles alimentação, mo-
lançadapelaConferência Nacio- ção, habitação, produção agríco- mou Cristina – cerca de 500 mil radia, documentação, trabalho,
nal dos Bispos do Brasil la, saúde e segurança alimentar e haitianos ainda vivem em ten- saúde e aprendizado da língua
(CNBB), logo após a catástrofe. nutricional. Tudo feito com a das, porque perderam tudo no portuguesa. Apoio. Freiras brasileiras atendem crianças no Haiti: ajuda