2. As flores toleram as abelhas, mesmo se
estas lhes tiram o néctar, mesmo se, por
vezes, por acidente, uma pétala se machuca.
A natureza tolera os ventos que arrastam
folhas e quebram os galhos, tolera as
torrentes e correntes que não perguntam o
que carregam na sua passagem.
3. A própria lua tolera as mudanças
e acolhe serenamente cada fase
com dignidade.
Só nós, humanos e racionais, somos assim
intolerantes com a vida, com o próximo,
com o que nos acontece, com o que
deixa de nos acontecer, com as
diferenças e os diferentes
que mal suportamos.
4. Damos de nós e queremos ficar inteiros; recebemos
e queremos continuar os mesmos, abastados do
nosso eu, sem as máculas dos pecados que nos
deixariam iguais a todo mundo.
Queremos amar o que nos é próximo, pois que nos
disseram "ama a teu próximo" sendo que esse outro
deve ser uma correspondência daquilo que somos. O
que é diferente nos decepciona e nos faz sofrer.
5. Por isso cobramos tanto dos outros e permitimos
que essa negra nuvem encha nossa alma de tristeza
ao depararmos com ações e reações diferentes das
que esperamos.
Mas não é amar tolerar que o outro seja outro e
aceitar com resignação e alegria até que,
mesmo nos possíveis deslizes, esse
encha nossa vida de novos ares
e novas flores?!
6. A tolerância é uma incontestável
prova de amor e de humildade;
é o eu que se inclina para se
reerguer mais rico,
mais pleno,
mais aberto,
mais solto e
mais livre.
Mais livre!!! E por isso mesmo mais feliz!
7. Ser flexível na vida não é se curvar.
É simplesmente abrir-se como abrem-se nossas
janelas para que o sol entre e ilumine nosso recinto.
É um ceder que nos enobrece, pois nos permite
degustar da vida nos seus mínimos detalhes.
8. FORMATAÇÃO: Mima (Wilma) Badan
mimabadan@hotmail.com
MÚSICA: In my life
Interpretação: Kevin Kern
(Repasse com os devidos créditos)
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me enviasse um e-mail para que o erro possa ser corrigido.