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Fundamentos de Lubrificação
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Fundamentos de Lubrificação
O objetivo desta apostila é ressaltar a importância dos lubrificantes para o bom desempenho dos veículos e
máquinas,assimcomoapresentarasnovasespecificaçõesdoslubrificantes,visandosuacorretaaplicação,contri-
buindoparaoaumentodavidaútildaspeçasqueoutilizam. Alémdisso,oferecerumamelhorfamiliarizaçãopara
osprofissionaisenvolvidoscomaáreademanutençãoemrelaçãoaosaspectosbásicosdalubrificaçãodasmáqui-
naseequipamentosutilizadosnosdiversossegmentosautomotivoseindustriais,permitindoumacompreensão
melhordasfunçõesimportantesdosatuaislubrificantes.
Introdução
EstematerialfoielaboradopeloDepartamentodeTecnologiadaTexacoBrasilLTDA.enãopodeserreproduzido,
integralmenteouparcialmente,semautorizaçãopréviadomesmo.
Emissão:Junhode2005
1
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Fundamentos de Lubrificação
1 PETRÓLEO.................................................................................................................................................... 5
1.1 Origemdopetróleo ........................................................................................................................... 5
1.2 Composiçãoquímicadopetróleo ....................................................................................................... 5
2ÓLEOSBÁSICOS ............................................................................................................................................ 6
2.1 Descrição .......................................................................................................................................... 6
2.2 Processodeproduçãodeóleosbásicos............................................................................................... 6
2.3 Propriedadesdosgruposdebásicos.................................................................................................... 7
2.4 Dúvidafreqüentesobrebásicos:OsóleosbásicosdogrupoIIIsãosintéticos? ....................................... 8
3ADITIVOS ..................................................................................................................................................... 9
3.1 Anticorrosivos .................................................................................................................................... 9
3.2 Antidesgaste ..................................................................................................................................... 9
3.3 Antiespumante .................................................................................................................................. 9
3.4 Antioxidantes .................................................................................................................................... 9
3.5 Detergentes ...................................................................................................................................... 9
3.6 Dispersantes ...................................................................................................................................... 9
3.7 ExtremaPressão ................................................................................................................................ 9
3.7.1 FourBall ..................................................................................................................................... 10
3.7.2 Timken ...................................................................................................................................... 11
3.8 MelhoradoresdoÍndicedeViscosidade ............................................................................................ 12
3.9 RebaixadoresdoPontodeFluidez .................................................................................................... 12
3.10 Modificadoresdeatrito .................................................................................................................... 12
3.11 Outrosaditivos................................................................................................................................. 12
4 ÓLEOS LUBRIFICANTES ................................................................................................................................. 13
4.1 Produçãodelubrificantes ................................................................................................................. 13
4.2 Propriedadesdosóleoslubrificantes ................................................................................................. 13
4.2.1 Viscosidade ................................................................................................................................ 13
4.2.2 ÍndicedeViscosidade(IV) ........................................................................................................... 14
4.2.3 Ponto de fluidez ......................................................................................................................... 14
4.2.4 Pontodefulgor .......................................................................................................................... 15
4.2.5 Cor ............................................................................................................................................ 15
4.2.6 Densidade.................................................................................................................................. 16
4.2.7 Outraspropriedades ................................................................................................................... 16
5 SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DE VISCOSIDADE.............................................................................................. 17
5.1 SistemadeClassificaçãodeViscosidadeSAEJ300paraÓleosdeMotor.............................................. 17
5.2 SistemadeClassificaçãodeViscosidadeSAEJ306paraÓleosdeTransmissãoManualeDiferencial .................. 19
Índice
2
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Fundamentos de Lubrificação
5.3 SistemadeClassificaçãodeViscosidadeISOparaÓleosIndustriais..................................................... 20
5.4 SistemadeClassificaçãodeViscosidadeAGMAparaÓleosIndustriais ................................................ 20
5.5 Outrasclassificaçõesdeviscosidade.................................................................................................. 21
6 CLASSIFICAÇÕES DE DESEMPENHO ...............................................................................................................22
6.1 Classificaçõesamericanas................................................................................................................. 22
6.1.1 ClassificaçãoAPIparaóleosdemotoresagasolina ....................................................................... 22
6.1.2 ClassificaçãoILSACparaóleosdemotoresagasolina ................................................................... 23
6.1.3 ClassificaçãoAPIparaóleosdemotoresadiesel........................................................................... 24
6.1.4 ProgramadecertificaçãodaAPI .................................................................................................. 25
6.2 ClassificaçõesEuropéias ................................................................................................................... 26
6.2.1 ClassificaçãoACEAparaóleosdemotoresagasolinaedieselleve ................................................ 26
6.2.2 ClassificaçãoACEAparaóleosdemotoresadieselpesado............................................................ 27
6.3 Classificaçõesdefabricantesautomotivos ......................................................................................... 30
6.3.1 Ford ........................................................................................................................................... 30
6.3.2 Mercedes................................................................................................................................... 30
6.3.3 Volkswagen................................................................................................................................ 31
6.3.4 Volvo ......................................................................................................................................... 31
6.4 ClassificaçõesparaMotores2temposrefrigeradosaar ...................................................................... 32
6.5 ClassificaçõesparaMotores2temposrefrigeradosaágua ................................................................. 32
6.6 ClassificaçãoAPIparaóleosdetransmissõesmanuaiseeixos............................................................. 33
6.7 Classificaçõesdeóleosdetransmissõesautomáticas ......................................................................... 34
6.7.1 Dexron(GM) .............................................................................................................................. 34
6.7.2 Allison........................................................................................................................................ 34
6.7.3 Caterpillar .................................................................................................................................. 35
6.7.4 ZF .............................................................................................................................................. 35
6.7.5 Classificaçõesdefluidosparafreios ............................................................................................. 36
6.8 ClassificaçãoAGMA ......................................................................................................................... 37
6.9 EspecificaçõesDINparaóleosindustriais........................................................................................... 38
6.10 Classificaçõesdefabricantesindustriais............................................................................................. 42
7 GRAXAS LUBRIFICANTES...............................................................................................................................44
7.1 Definição ........................................................................................................................................ 44
7.2 AplicaçãodeGraxa .......................................................................................................................... 44
7.3 Fabricação ....................................................................................................................................... 44
7.4 TiposdeGraxas ............................................................................................................................... 45
7.4.1 Tabeladecompatibilidadedegraxas ........................................................................................... 47
7.5 Propriedades ................................................................................................................................... 48
7.5.1 Consistência ............................................................................................................................... 48
7.5.2 Pontodegota............................................................................................................................. 50
7.5.3 Bombeabilidade ......................................................................................................................... 50
7.6 Classificaçãoparagraxas .................................................................................................................. 52
7.6.1 SistemadeclassificaçãodegraxasdaNLGI .................................................................................. 52
7.6.2 EspecificaçõesDINparagraxas .................................................................................................... 53
3
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Fundamentos de Lubrificação
8 MÓDULO AUTOMOTIVO ..............................................................................................................................55
8.1 Motoresagasolina,álcooleGásNatural ........................................................................................... 55
8.2 Motoresdiesel................................................................................................................................. 56
8.3 TransmissõesManuais ...................................................................................................................... 58
8.4 TransmissõesAutomáticas ................................................................................................................ 58
8.5 DiferenciaisConvencionais .............................................................................................................. 59
8.6 DiferenciaisAutoblocantes............................................................................................................... 60
8.7 DireçõesHidráulicas ........................................................................................................................ 60
8.8 SistemasdeFreio ............................................................................................................................ 61
8.9 SistemadeArrefecimento ............................................................................................................... 63
8.9.1 Aplicação ................................................................................................................................... 63
8.9.2 Tiposdeinibidores/Vantagensdoinibidordotipocarboxilato ..................................................... 63
8.10 GraxasAutomotivas ......................................................................................................................... 64
8.10.1 Cubosderoda ............................................................................................................................ 64
8.10.2 Suspensão.................................................................................................................................. 64
8.10.3 QuintaRoda ............................................................................................................................... 64
9 MÓDULO INDUSTRIAL ..................................................................................................................................65
9.1 Compressores ................................................................................................................................. 65
9.2 Compressoresdear ......................................................................................................................... 65
9.3 Compressoresderefrigeração .......................................................................................................... 66
9.4 CompressoresparaGasesIndustriais ................................................................................................. 66
9.5 Redutores........................................................................................................................................ 66
9.5.1 Tiposdelubrificantespararedutores ........................................................................................... 67
9.6 SistemaHidráulico ........................................................................................................................... 68
9.6.1 Tiposdelubrificantesparasistemashidráulicos ............................................................................ 68
9.7 GraxasIndustriais ............................................................................................................................. 69
10GLOSSÁRIO ................................................................................................................................................ 70
4
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Fundamentos de Lubrificação
1 Petróleo
1.1 Origem do petróleo
Pelateoriaorgânica,opetróleo,talcomoéencontradohojenanatureza,resultoudamatériaorgânicadepositada
emconjuntocompartículasrochosasduranteaformaçãodasrochassedimentaresmilhõesdeanosatrás.
1.2 Composição química do petróleo
Opetróleoéconstituídoquaseinteiramenteporcarbonoehidrogênioemváriascombinaçõesquímicas(hidrocar-
bonetos).Dependendodostiposdehidrocarbonetospredominantesemsuacomposição,opetróleopodeser
classificadoembaseparafínicaebasenaftênica.Nocasodenãohaverpredominânciadeumtipodecomposto
sobreooutro,opetróleoéclassificadocomobasemista.
Certas características físico-químicas do petróleo, como fluidez, cor e odor, podem variar em função de sua
composiçãoedolocalextraído.
Afiguraabaixoclassificaosderivadosdepetróleo,deacordocomonúmerodecarbonos.
Figura1.1
Número de hidrocarbonetos
1
C1 - C5 Gases
C5 - C11 Gasolina
C11 - C15 Querosene
C20 - C40 Diesel
C22 - C48 Óleos básicos
minerais
C40 + Combustíveis
pesados
6 11 16 21 26 31 36 41 46 51
5
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Fundamentos de Lubrificação
2 Óleos básicos
2.1 Descrição
Nasrefinarias,opetróleoéprocessadoeumagrandequantidadedesubprodutoséobtida.Algumasdasrefinarias
possuemunidadesespeciaisparatratamentoeprocessamentodestessubprodutosquedepoisdetratadosserão
denominados“óleosbásicos”.
Osóleosbásicossãoamatéria-primaprincipalparaaproduçãodosdiversostiposdelubrificantes.
Osbásicosobtidosdopetróleosãoclassificadosconformeabaixo:
Figura2.1
2.2 Processo de produção de óleos básicos
Otratamentodosbásicosestáemconstanteevolução,comoobjetivodemelhorarsuaspropriedadesediferenciar
osmesmoscomercialmente.
Nafigura3,umavisãosimplificadadecomoosdiferentesgruposdebásicossãoobtidosequaissãoprocessosque
afetamdiretamenteassuaspropriedadesfísico-químicasfinais.
Ligação
CH3
CH3
CH3
H3C
CH3
CH3
CH3CH3
H3C
CH3
Tipo
Óleos
Básicos
Aromáticos
Algumas
Aplicações
Óleos de motor,
óleos hidráulicos
e óleos de
engrenagens.
Extensores e
emolientes na
indústria de
borracha.
Óleos
Básicos
Nafténicos
Óleos para
transformadores,
compressores de
refrigeração e
compressores
de ar.
Óleos
Básicos
Parafínicos
6
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Fundamentos de Lubrificação
Figura2.2
2.3 Propriedades dos grupos de básicos
Para permitir que os diferentes grupos de básicos possam ser comparáveis comercialmente e substituíveis no
processodeproduçãodelubrificantes,osóleosbásicosforamclassificadosemgruposquelevamemconsidera-
çãoaspropriedadesabaixo:
• Índice de viscosidade (I.V.)
• Percentual de saturados
• Teor de enxofre
Estaspropriedadesserãovistasmaisadiantenestaapostilaetambémestãodetalhadasnoglossário.
Algumas das especificações mais modernas de óleos de motor e de transmissão têm limites tão severos que o
uso de básicos de maior qualidade passa a ser obrigatório. Os básicos de melhor qualidade também possuem
melhores características de Ponto de fluidez, Resistência à oxidação e Volatilidade.
GLP
Nafta
Gasolina
Querosene
Diesel
Combustíveis
Pesados
Petróleo
Gás Natural
Lubrificante
Destilado e
Gás-Óleo
Torre de
Destilação a
Vácuo
Reação Fischer - Tropsch Hidroprocessamento Óleo Básico GTL
Craqueamento
da Nafta
Eteno Síntese Deceno Polimerização
Grupo IV
Sintéticos (PAO)
Hidrocraquamento
de Alta Temperatura
Hidrocraquamento
de Baixa Temperatura
Extração
por Solvente
Desparafinação
por Solvente
Extração
por Solvente
Hidrotratamento
Desparafinação
Catalítica Hidroacabamento
Grupo III
Óleo Mineral não
Convencional
Desparafinação Catalítica
Grupo II
Óleo Mineral não
Convencional
Grupo I
Óleo Mineral
Convencional
= Processos
= Produtos
7
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Fundamentos de Lubrificação
Figura2.3
Segundo o parecer da Corte de Apelação Americana de 1999 (National Appeals Division - NAD), os óleos dos
gruposIIIpodemserchamadosdesintéticos.Istoéválidoparatodoomundo,excetoAlemanha.
AChevron,porexemplo,fazusodotermo“formuladocomISOSYN”paradiversosprodutosfabricadosnosEUA
com básicos do grupo III, como indicação de uso de básico de melhor qualidade.
2.4 Dúvida freqüente sobre básicos: os óleos básicos do grupo III são sintéticos?
Poli-interna-olefinas(PIOs)
Grupo
Enxofre, Saturados,%
I.V.
%peso volume
I >0,03 e/ou < 90 80-119
II <0,03 e > 90 80-119
III <0,03 e > 90 >120
IV
V
VI
Todaspolialfaolefinas(PAOs)
TodososbásicosnãoincluídosnosgruposdeIaIV(NafténicosesintéticosnãoPAOs)
8
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Fundamentos de Lubrificação
3 Aditivos
Os aditivos são compostos químicos que melhoram ou atribuem propriedades aos óleos básicos que serão
usadosnafabricaçãodelubrificantesegraxas.
Essesaditivosquímicostêmdiferentesfunçõesenormalmentepertencemaumadascategoriasdescritasabaixo.
Estesaditivosprotegemassuperfíciesmetálicaslubrificadasdoataquequímicopelaáguaououtroscontaminantes.
3.1 Anticorrosivos
Estesaditivosformamumfilmeprotetornassuperfíciesmetálicas,evitandoorompimentodapelículalubrifican-
te,quandooóleoésubmetidoacargaselevadas.Aformaçãodestefilmeocorreatemperaturaspontuaisdeaté
300°C.
3.2 Antidesgaste
Têmapropriedadedefazercomqueestaespumaformadanacirculaçãonormaldoóleosedesfaçaomaisrápido
possível.
3.3 Antiespumantes
Têmapropriedadedeaumentararesistênciaàoxidaçãodoóleo.Retardamareaçãocomooxigêniopresenteno
ar, evitando a formação de ácidos e borras e, conseqüentemente, prolongando a vida útil do óleo. Evitando a
oxidação,minimizamoaumentodaviscosidadeeoespessamentodoóleo.
3.4 Antioxidantes
Têm a propriedade de manter limpas as partes do motor. Também têm basicidade para neutralizar os ácidos
formadosduranteacombustão.
3.5 Detergentes
Têmapropriedadedeimpediraformaçãodedepósitosdeprodutosdecombustão(fuligem)eoxidação(borra)
nassuperfíciesmetálicasdeummotor,mantendoestesprodutosindesejáveisemsuspensãodemodoquesejam
facilmenteretidosnosfiltrosouremovidosquandodatrocadoóleo.
3.6 Dispersantes
Estesaditivosreagemcomometaldassuperfíciessobpressãosuperficialmuitoelevada,formandoumcompos-
toquímicoquereduzoatritoentreaspeças.Minimizamocontatodiretoentreaspartes,evitandoorompimento
dapelículalubrificante,quandooóleoésubmetidoacargaselevadas.Estareaçãosedáatemperaturaspontuais
elevadas(cercade500°C). Estesaditivossãocomumenteutilizadosemlubrificantesdeengrenagensautomoti-
vaseindustriaisetambémemgraxas.
3.7 Extrema Pressão
9
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Fundamentos de Lubrificação
Existemdoisensaiosprincipaisparaavaliaracapacidadedeumóleolubrificantedesuportarcargaselevadasem
serviço.AcapacidadeEPdeumóleodependequasequeintegralmentedosaditivosdeExtremaPressãoadicio-
nadosaoproduto.
O método Four Ball ASTM D-2783 é um ensaio que avalia as propriedades de extrema pressão do lubrificante,
utilizandoumaesferadeaçoquegiranapartesuperiora1760rpmsobre3outrasesferasqueestãoimóveisem
umacubadetesterecobertacomoóleo.Ostestessãofeitosaumentandoacargaatéocorrerasoldagem.
3.7.1 Four Ball
Figura 3.1 a
O método Four Ball ASTM D-4172 é um ensaio que avalia as propriedades antidesgastes do lubrificante, seme-
lhante ao ASTM D-2783, porém, neste caso, após o ensaio, mede-se o diâmetro das escariações sofridas pelas
esferas,emmm.
o teste é concluído quando
ocorre a solda
Figura 3.1 b
A esfera de
cima gira a
1.800 RPM
Força da Carga
A esfera de
cima gira a
1.800 RPM
Amostra do
Lubrificante
Força da Carga
Amostra do
Lubrificante
10
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Fundamentos de Lubrificação
os diâmetros das marcas de
desgastes são medidos
horizontalmente e verticalmente
Figura 3.1 c
EstetesteparaóleoslubrificanteséfeitosobométodoASTMD-2782.Éumensaioqueavaliaaspropriedadesde
extremapressãodolubrificante.
Umaneldeaçogiracontraumblocodeaço.Sãocolocadospesos(libras),fazendocomqueoanelexerçapressão
sobre o bloco que está imóvel. Ao final, avalia-se o bloco, ou seja, se a aditivação presente no óleo não se rom-
peu,danificandoobloco.
Paragraxasosensaiossãoligeiramentediferentesesão,portanto,definidosporoutrosmétodos:
•OmétodoFourBallASTMD-2596avaliaaspropriedadesdeextremapressãodagraxaatéocorrerasoldagem.
•O método Four Ball ASTM D-2266 avalia as propriedades de antidesgaste da graxa, medindo o diâmetro das
escariações.
3.7.2 Timken
Figura3.2
O detalhe mostra
como o copo de
teste fricciona
de encontro ao
bloco de teste
11
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R
Fundamentos de Lubrificação
3.8 Melhoradores do Índice de Viscosidade
Paragraxasoensaioéligeiramentediferentee,portanto,definidoporoutrométodo:
•O método Timken ASTM D-2509 avalia as propriedades de extrema pressão da graxa, observando os danos
causadosnoblocodeteste.
Têm a função de reduzir a tendência dos óleos lubrificantes variarem a sua viscosidade com a variação da
temperatura.
3.9 Rebaixadores do Ponto de Fluidez
Melhoram a fluidez dos óleos quando submetidos a baixas temperaturas, evitando a formação de cristais que
restringemofluxodosmesmos.
3.10 Modificadores de Atrito
Osaditivosmodificadoresdeatritoreduzemaenergianecessáriaparadeslizarpartesmóveisentresi,formando
uma película que se rompe com o movimento, mas que se recompõe automaticamente. São empregados em
óleos de motores (para aumento de eficiência), em sistemas de freio úmido, direções hidráulicas e diferenciais
autoblocantes (para diminuição de ruídos), em transmissões automáticas (para melhorar o acionamento das
embreagens e engrenagens) e também em graxas para Juntas Homocinéticas (para o aumento de eficiência).
Podemsersubstânciasorgânicas(teflon),inorgânicas(grafite,bissulfetodemolibdênio)ouorganometálicas(a
basedemolibdênioouboro).
3.11 Outros Aditivos
Além destes tipos de aditivos, existem vários outros de uso corrente como corantes, agentes de adesi-
vidade, etc.
12
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Fundamentos de Lubrificação
4 Óleos lubrificantes
Os óleos lubrificantes apresentam certas características próprias que lhes são conferidas pela sua composição
química (resultante do petróleo bruto), pelo tipo de refino, pelos tratamentos adicionais realizados e pelos
aditivosutilizados.
Abaixoesquemasimplificadodaproduçãodeóleoslubrificantes:
4.1 Produção de lubrificantes
= Componentes
Misturador em Linha
ou
Tacho de Mistura
Óleo
Lubrificante
= Processo
= Produto
Óleo Básico 1
Óleo Básico 2
Aditivos
Figura4.1
Aviscosidadeéaresistênciaaomovimento(fluxo)queumfluidoapresentaaumadeterminadatemperatura.
Ométododemediçãomaisempregadoatualmenteéodeviscosidadecinemática.Nestemétodo,émedidoo
tempoqueumvolumedelíquidogastaparafluir(sobaçãodagravidade)entredoispontosdeumtubodevidro
capilarcalibrado.Aunidadedeviscosidadecinemáticaéexpressaemcentistokes (cSt)ouem mm2
/s,conforme
osistemamétricointernacional.
4.2 Propriedades dos óleos lubrificantes
4.2.1 Viscosidade
13
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R
Fundamentos de Lubrificação
Figura4.2
Tubo de Viscosidade Cinemática
Sucção do fluido até a
marca do início
Marca do início
Marca do fim
Seção capilar
Segundos
Outros métodos de cálculo de viscosidade cinemática ainda muito citados em manuais e literatura técnica em
geral são SSU (Saybolt Segundo Universal) e Engler.
Aviscosidadeéumadaspropriedadesmaisimportantesaseremconsideradasnaseleçãodeumlubrificante,pois
estedevesersuficientementeviscosoparamanterumapelículaprotetoraentreaspeçasemmovimentorelati-
vo, e também não ser tão viscoso que ofereça resistência excessiva ao movimento entre as peças.
Éumnúmeroempíricoqueexpressaataxadevariaçãodaviscosidadecomavariaçãodatemperatura. Quanto
maisaltooIVdeumóleolubrificante,menoréavariaçãodesuaviscosidadeaosevariaratemperatura. Deum
modogeral,osóleosparafínicospossuemumIVmaiorqueosóleosnaftênicos.(Vejamaisdetalhesnoglossário)
4.2.2 Índice de Viscosidade (IV)
É a menor temperatura em que um óleo flui livremente, sob condições preestabelecidas de ensaio. Esta carac-
terísticaébastantevariável,edependedediversosfatorescomo:origemdoóleocru,tipodeóleoeprocessode
fabricação.(Vejamaisdetalhesnoglossário)
4.2.3 Ponto de fluidez
14
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R
Fundamentos de Lubrificação
É a menor temperatura na qual um óleo desprende vapores que, em presença do ar, provocam um lampejo ao
aproximar-sedeumapequenachamadasuperfíciedoóleo. Esteensaiopermiteestabeleceramáximatempe-
raturadeutilizaçãodeumproduto,evitandoriscosdeincêndioe/ouexplosão.
4.2.4 Ponto de fulgor
Dentre vários métodos empregados para a determinação de cor, o mais usual é o ASTM - 1500.
Neste método, uma amostra líquida é colocada no recipiente de teste e, utilizando uma fonte de luz, esta
amostraécomparadacomdiscosdevidrocolorido,quevariamemvalorde0,5a8,0.Quandonãoéencontrada
umaequivalênciaexataeacordaamostraficaentreduascorespadrão,relata-seamaisalta.Assim,umóleoque
tenha a cor entre 2,5 e 3,0 será reportado L3,0.
Acordosóleosnãotemrelaçãodiretacomascaracterísticaslubrificantesenemcomaviscosidade,umóleomais
claronãoénecessariamentemenosviscoso.
Qualaimportânciadacoremumlubrificante?
1) Identificaçãodevazamentos.Porestarazãomuitasvezessãoadicionadoscorantesnosóleosparafacilitara
identificaçãodosmesmos.
2) Atrativocomercial.Óleosmaisclarosoucoloridosartificialmentepodemdarumaidéiadeprodutosdemaior
qualidade.
3) Facilitaravisualizaçãodaspeças(noscasosdeprodutosparausinagem).
4) Não interferir na cor do produto final quando o óleo fizer parte da composição do mesmo.
A tabela a seguir é apenas uma referência de cores para uso didático, não pode ser utilizada como padrão
de cores.
4.2.5 Cor
Figura4.3
Color Conversion Table
(ASTM D 1500)
15
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Fundamentos de Lubrificação
É a relação entre o peso do volume do óleo medido a uma determinada temperatura e o peso de igual volume
deáguadestilada.Tambéméconhecidacomomassaespecífica.
A maior parte dos produtos líquidos de petróleo são manipulados e vendidos por volume, porém, em alguns
casos,énecessárioconheceropesodoproduto. Conhecendo-seadensidade,épossívelconvertervolumepara
peso e vice-versa.
4.2.6 Densidade
Alémdaspropriedadesdetalhadasacima,existemoutrascomo:
• Ponto de anilina
• Volatilidade
• Ponto de inflamação
•Ponto de congelamento
4.2.7 Outras propriedades
16
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Fundamentos de Lubrificação
5 Sistemas de classificação de viscosidade
Existem várias classificações de viscosidade para óleos lubrificantes. Para escolher o óleo adequado, o usuário
develevaremconsideraçãoaviscosidadecorretadoóleoparacadaaplicação.
ASAEdesenvolveuaClassificaçãodeViscosidadeparaÓleosdeMotorSAEJ300,quetemsidomodificadacom
o passar dos anos e estabelece 11 diferentes graus de viscosidade do óleo de motor, conforme tabela abaixo.
5.1 Sistema de Classificação de Viscosidade SAE J300 para Óleos de Motor
Classificaçãodeviscosidadeparaóleosdemotor
Figura5.1
Viscosidade
máximab
(cP)
Viscosidade
máximac
(cP)
Viscosidaded
(cSta1000
C) Viscosidadee
(cPa1500
C)
ViscosidadesaAltasTemperaturasViscosidadesaBaixasTemperaturas
Grau de
Viscosidade
SAE
SAEJ300Janeiro2001a
Mínimo Máximo
0W 6.200até-350
C 60.000até-400
C 3,8 -
5W 6.600até-300
C 60.000até-350
C 3,8 -
10W 7.000até-250
C 60.000até-300
C 4,1 -
15W 7.000até-200
C 60.000até-250
C 5,6 -
20W 9.500até-150
C 60.000até-200
C 5,6 -
25W 13.000até-100
C 60.000até-150
C 9,3 -
20 - - 5,6 <9,3 2,6
30 - - 9,3 <12,5 2,9
40 - - 12,5 <16,3 2,9f
40 - - 12,5 <16,3 3,7g
50 - - 16,3 <21,9 3,7
60 - - 21,9 <26,1 3,7
Reimpresso com a permissão da SAE J300 © 2004 Society of Automotive Engineers, Inc.
a) 1cP = 1m Pa. s; 1cST = 1 mm2/s
b) Viscosidade aparente utilizando o Simulador de partida a frio (CCS) - Método ASTM D 5293.
c) Viscosidade aparente utilizando o Viscosímetro rotativo (MRV) - Método ASTM D 4684.
d) Viscosidade cinemática utilizando Viscosímetro capilar - Método ASTM D 445.
e) Viscosidade após cisalhamento de 10-6
s, e temperatura de 150ºC utilizando o Viscosímetro simulador de rolamento
selado - Método ASTM D 4683.
f) Para óleos SAE 0W40, 5W40 e 10W40.
g) Para óleos SAE 15W40, 20W40, 25W40 e 40.
17
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R
Fundamentos de Lubrificação
O desenvolvimento dos aditivos melhoradores de índice de viscosidade possibilitou a fabricação dos óleos de
múltipla graduação. Esses óleos também chamados de multiviscosos ou multigraus, como o SAE 5W-30 e SAE
15W-40,sãolargamenteusadosporquesãofluidosobastanteembaixastemperaturas,parapermitirumapartida
maisfácildomotor,esuficientementeespessosaaltastemperaturas,parateremumdesempenhosatisfatório.
Nográficoaseguir,podemosobservarocomportamentodaviscosidadedeumóleomultigraucomparadocom
óleosmonograus.
Gráficocomparativoentreóleosmonograusemultigraus
1000
100
10
1
10 40 70 100
Temperatura (ºC)
SAE 40
SAE 30
SAE 10W
ViscosidadeCinemática(cSt)
SAE 15W40
Figura5.2
Comaajudadográfico,torna-sesimplesconcluirporqueummotortrabalhamelhorcomumóleomultigraudo
quecomummonograu.
• A viscosidade em baixa temperatura (por exemplo, 5W ou 10W) indica a rapidez com que um motor fará a
partida no inverno e a facilidade com que o óleo fluirá para lubrificar as peças críticas do motor em baixa
temperatura. Quantomaisbaixoforonúmero,maisfacilmenteomotorpoderáfazerapartidanotempofrio.
• Aviscosidadeemaltatemperatura(porexemplo,30ou40)proporcionaaformaçãodepelículaadequadapara
umaboalubrificaçãoemtemperaturasoperacionais(motorquente).
Nossa orientação, quanto ao grau de viscosidade do óleo, é seguir as recomendações dos fabrican-
tes de veículos para a viscosidade do óleo de cárter mais apropriada para o projeto do seu veículo.
18
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R
Fundamentos de Lubrificação
A SAE também desenvolveu uma Classificação de Viscosidade para Óleos de Diferencial e de Transmissão
Manual SAE J306, que tem sido modificada com o passar dos anos. Hoje estabelece nove diferentes graus de
viscosidade do óleo de diferencial.
Existe uma proposta para que sejam acrescidos mais dois graus de viscosidades (SAE 110 e 190) e também
alteradososlimitesdasviscosidadesSAE90eSAE140pararepresentarmelhoradiferençaentreosprodutosque
estãonomercado.
5.2 Sistema de Classificação de Viscosidade SAE J306 para Óleos de Transmissão Manual e
Diferencial
70W -55 4,1 - 70W 4,1 -
75W -40 4,1 - 75W 4,1 -
80W -26 7,0 - 80W 7,0 -
85W -12 11,0 - 85W 11,0 -
80 - 7,0 <11,0 80 7,0 <11,0
85 - 11,0 <13,5 85 11,0 <13,5
90 - 13,5 <24,0 90 13,5 <18,5
- 110 18,5 <24,0
140 - 24,0 <41,0 140 24,0 <32,5
- 190 32,5 <41,0
250 - 41,0 - 250 41,0 -
Mínimo Máximo Mínimo Máximo
Viscosidade
Cinemáticaa1000
C,
cSt(oumm2
/s)
Viscosidade
Cinemáticade
1000
C,cSt
(oumm2
/s)
Grau de
Viscosidade
SAE
Temperatura
Máxima para
Viscosidade
de150.000
mPa.sec,0
C
Grau de
Viscosidade
SAE
PropostadeMudançaSAEJ306Junho1998
Reimpresso com a permissão da SAE J306 © 2004 Society of Automotive Engineers, Inc.
Classificaçãodeviscosidadeparaóleosdecaixasdemudançasediferenciais:
Figura5.3
Este sistema tem função análoga ao sistema para óleos de motor. Aqui também o sufixo “W” indica graus de
viscosidadedestinadosausoembaixastemperaturasambiente(locaisdeclimamuitofrio).
A medida de viscosidade para baixa temperatura de engrenagens é feita através do ensaio de viscosidade
dinâmica Brookfield porque representa melhor as propriedades de fluidez dos óleos de engrenagens (do que
ensaios de ponto de fluidez, por exemplo).
Estudos comprovam a excelente correlação entre a temperatura em que ocorre a lubrificação de um eixo
automotivonapartidaembaixatemperaturaefalhasporlubrificaçãoinadequadaemóleosacima150.000cP.
19
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R
Fundamentos de Lubrificação
O sistema de classificação ISO é mais simples e leva em consideração apenas a viscosidade do produto à 400
C.
5.3 Sistema de Classificação de Viscosidade ISO para Óleos Industriais
2 2,2 1,98 2,42 32
3 3,2 2,88 3,52 36
5 4,6 4,14 5,06 40
7 6,8 6,12 7,48 50
10 10 9 11 60
15 15 13,5 16,5 75
22 22 19,8 24,2 105
32 32 28,8 35,2 150
46 46 41,4 50,6 215
68 68 61,2 74,8 315
100 100 90 110 465
150 150 135 165 700
220 220 198 242 1000
320 320 288 352 1500
460 460 414 506 2150
680 680 612 748 3150
1000 1000 900 1100 4650
1500 1500 1350 1650 7000
Grau de
Viscosidade
ISO
PontoMédioda
Viscosidade,
cSt à 400
C
Unidades
Equivalentes
em SUSMínimo Máximo
LimitesdaViscosidade
Cinemática,cStà400
C
Figura5.4
O sistema de classificação AGMA classifica os lubrificantes para engrenagens abertas ou fechadas, levando em
consideraçãonãosóaviscosidadedosóleos,mastambémaaditivaçãodosprodutos.
A AGMA classifica os óleos como:
• R&O(inibidoresdeferrugemecorrosão)
• EP(Antidesgaste/ExtremaPressão)
• CP (Óleos compostos - com 3 a 10% de gordura mineral ou sintética - freqüentemente empregados em
engrenagensdotipocoroa/sem-fim)
• R(residuais-freqüentementeempregadosemengrenagensabertas)
• S(sintéticos)
5.4 Sistema de Classificação de Viscosidade AGMA para Óleos Industriais
20
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R
Fundamentos de Lubrificação
A classificação AGMA estabelece também diversos limites. Dentre eles:
•Viscosidademáximade150.000cP(a5grausabaixodatemperaturadepartidadoequipamento)
•Valores mínimos de índice de viscosidade
•Valoresmáximosdeformaçãodeespuma
É importante ressaltar que na classificação atual (emitida em 2002) houve uma mudança significa-
tiva nas viscosidades dos números AGMA 10, 11 e 12 para poderem alinhar com os graus de visco-
sidade ISO.
Para equipamentos antigos, deve-se conferir a viscosidade adequada especificada pelo fabricante
(não se deve ater apenas ao número AGMA quando da recomendação de lubrificantes).
Mínimo Máximo
LimitesdeViscosidade2
Cinemáticaa400
C(cSt)
Viscosidade2
Média a 400
C
(cSt)
ISO
Número
AGMA
1) Revisão da ANSI/AGMA 9005-D94.
2) A unidade usual para a viscosidade cinemática é o centistoke (cSt), que é equivalente a mm2
/s
Extraído da ANSI/AGMA 9005-02, lubrificação de engrenagens industriais, com a permissão da emitente, a American Gear
Manufacturers Association, 500 Montgomery Street, Suite 350, Alexandria, Virginia, USA, ZIP Code 22314
ISO VG 32 32 28,8 35,2 0
ISO VG 46 46 41,4 50,6 1
ISO VG 68 68 61,2 74,8 2
ISO VG 100 100 90,0 110 3
ISO VG 150 150 135 165 4
ISO VG 220 220 198 242 5
ISO VG 320 320 288 352 6
ISO VG 460 460 414 506 7
ISO VG 680 680 612 748 8
ISO VG 1000 1000 900 1100 8A
ISO VG 1500 1500 1350 1650 9
ISO VG 2200 2200 1980 2420 10
ISO VG 3200 3200 2880 3520 11
ANSI / AGMA 9005-E021
Figura5.5
Existemoutrasclassificaçõesdeviscosidadeespecíficasparamáquinasoperatrizes(comoasnormasASLE).Entre
emcontato,senecessário.
5.5 Outras classificações de viscosidade
21
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R
Fundamentos de Lubrificação
6 Classificações de desempenho
Os fabricantes de equipamentos e a indústria petrolífera vêm desenvolvendo várias maneiras de classificar e
descreveroslubrificantes,tentandoatenderasevoluçõesdosequipamentos,ascondiçõesoperacionais,qualida-
deetiposdecombustíveisempregadose,maisrecentemente,legislaçõesambientais(atuaisefuturas),princi-
palmenterelativasaemissões.
Naáreaautomotiva,asclassificaçõessão:
• portipodeciclodemotor:Otto(gasolina,álcool,gásnatural)ediesel
• por tipo de veículo: leve (automóveis, pick-ups e utilitários) e pesados (caminhões, ônibus e equipamentos
pesados)
• porrevoluçõesdefuncionamento:2tempose4tempos
• poráreageográfica:americanas,européiaseasiáticas
Aletra“S”seguidadeoutraletra(porexemplo,SL)refere-seaóleoadequadoparamotoresagasolina. Segundo
a API, “S” é uma categoria para serviço de uso pessoal (service).
Porcoincidência,“S”poderepresentar“sparkignition”(igniçãoporcentelha),queéaformadacombustãonos
motoresagasolina.
Asegundaletraéatribuídaalfabeticamentenaordemdedesenvolvimento.
6.1 Classificações americanas
6.1.1 Classificação API para óleos de motores a gasolina
Figura6.1
SM
2004
SL
2001 - 2004
SJ
1996 - 2001
SH
1993 - 1996
SG
1988 - 1993
SF
1979 - 1988
SE
1971 - 1979
SD
1967 - 1971
SC
1963 - 1967SB
1930 - 1963SA
1920 - 1930
Especificações vigentes
Especificações obsoletas
Comercialização proibida pela ANP
22
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R
Fundamentos de Lubrificação
Figura6.2
Oxidação
Depósitos
Ferrugem
CorrosãoDesgaste
Depósito no Pistão
Estabilidade ao Cisalhamento
API SL API SJ API SH API SG API SF
Figura6.3
GF-4/SM GF-3/SL GF-2/SJ
Controle de Depósito nos Pistões
Consumo de óleo (Volatilidade) e proteção
dos sistemas de emissões (limites p/P e S)
Economia de combustível (inicial e retenção)
Desgaste do comando de válvulas
Espessamento do óleo e controle
de depósitos de alta temperatura
Controle de borra de baixa temperatura
AAPIcrioutambémumsistemadecertificaçãodefácilvisualização(apenasosprodutosqueatendemaúltima
especificaçãopodemreceberosímboloconhecidocomo“Starburst”nassuasembalagens).Osóleostêmcorrela-
ção direta com os óleos da classificação API, mas atendem a testes de performance mais severos, entre eles o
deeconomiadecombustível.AsclassificaçõessãonaseqüênciahistóricaGF-1(SH),GF-2(SJ),GF-3(SL),GF-4(SM).
AILSAC(InternationalLubricantStandardizationandApprovalCommittee)compreendeosfabricantesamerica-
nos (AAMA) e japoneses (JAMA).
6.1.2 Classificação ILSAC para óleos de motores a gasolina
Abaixoumcomparativoentreasclassificaçõesmaisrecentes:
23
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R
Fundamentos de Lubrificação
A letra “C” seguida de outra letra (por exemplo CF) refere-se a óleo adequado para motores diesel. Segundo a
API,“C”éumacategoriaparausocomercial(commercial).
Por coincidência, a letra “C” representa “Compression Ignition” (ignição por compressão), que é a forma de
igniçãodosmotoresdiesel.
Asegundaletratambéméatribuídaalfabeticamentenaordemdedesenvolvimento.
Como pode ser visto no gráfico, há uma subdivisão na categoria API para motores a diesel para atender os
segmentosdemotoresdieseldedoistempos(principalmenteferroviários),motoresdieselgrandes(comfoco
nos motores marítimos que consomem combustíveis de alto teor de enxofre) e motores “rodoviários” (onde
estãoincluídasasespecificaçõesmaismodernasparamotoresdecaminhõeseônibus).
6.1.3 Classificação API para óleos de motores a diesel
Especificações vigentes
Especificações obsoletas
Comercialização proibida pela ANP
CI-4
2004
Quatro tempos
Multigrau
Recirculação de gases
de escape (EGR) e controle
de desgaste
CH-4
1998
Quatro tempos
Multigrau
Melhor comportamento em presença
de fuligem elevada
CG-4
1994
Quatro tempos
Multigrau
Enxofre < 0,05%
CF-4
1990
Quatro tempos
Multigrau
Injeção direta
CE
1985
Quatro tempos
Multigrau
CD
1955
CC
1951CB
1950CA
1940
CF-2
1994
Dois tempos
Monograu
CF
1994
Quatro tempos
Monograu
Enxofre > 0,5%
CD-II
1985
Dois tempos
Monograu
Figura6.4
24
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R
Fundamentos de Lubrificação
Abaixoumcomparativoentreasclassificaçõesmaisrecentes:
API CI-4 API CH-4 API CG-4 API CF-4 API CF
Depósito nos Pistões
CorrosãoEstabilidade ao Cisalhamento
Espessamento por FuligemAeração do Óleo
Desgaste no Comando de VálvulaOxidação
Bombeabilidade do Óleo Usado Desgaste nos anéis e Camisas
Consumo de LubrificanteEntupimento do Filtro de Óleo
Borra
Figura6.5
Este programa define, certifica e monitora o desempenho do óleo de motor que os fabricantes de veículos e
motoresconsideramnecessárioparaavidaeodesempenhosatisfatóriosdoequipamento. Osistemaincluium
processodeauditoriaanualparaverificarseosprodutoslicenciadosnomercadocumpremostermosdoacordo
de licenciamento da API.
6.1.4 Programa de certificação da API
Figura6.6
•AMERICAN
PETROLEUM
INSTITUTE•
CERTIFIED
API
SERVICE __/_
_,__
ENE
RGY CONSERV
ING
SAE
xxW-yy
SAE
15W-40
API
SERVICE CI-4
/SL
CI-4 PLUS
API Certification Mark
“Starburst”
®
API Service Symbol
“Donut”
®
API Service Symbol “Donut”
with CI-4 PLUS
®
(1) Starburst: produtos com este símbolo atendem a especificação ILSAC vigente.
(2) Nível de Desempenho: “S” para motores a gasolina e “C” para motores a diesel.
(3) Classificação de Viscosidade SAE.
(4) Energy Conserving: produto que auxilia na redução do consumo de combustível.
(5) Exemplo de um produto que atende a especificação CI-4 Plus.
25
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R
Fundamentos de Lubrificação
6.2 Classificações Européias
6.2.1 Classificação ACEA para óleos de motores a gasolina e diesel leve
Em2004aACEAunificouasduasclassificaçõesquehistoricamenteeramdistintas:AclassificaçãoACEAA”X”para
motoresagasolinaeaclassificaçãoACEAB”X”paramotoresadieseldeveículosleves.Istofazbastantesentido
naEuropaporquepraticamentetodososveículosestãodisponíveisnasduasmotorizações.
Em 2004 foi criada uma classificação específica para os veículos equipados com catalizadores especiais para
reduçãodepoluentes. EstesóleosACEAC”X”têmumníveldedesempenhoequivalenteaumACEAA5/B5,mas
comlimitesquímicosbastantemaisrestritivos.
A2-96
ISSUE 2
A2-96
ISSUE 3
B2-98
ISSUE 2
Carros de passageiros e pick-ups
Motores a gasolina
Carros de passageiros e pick-ups
Motores a diesel
1990
1996
1998
2002
2004 Carros de passageiros e pick-ups
Motores a gasolina e a diesel
CCMCACEA
Baixa emissão
A1-98
A1-96 A2-96
G4
A3-98
A3-96
G5
B1-98
B1-96
B2-98
B2-96
B3-98
B3-96
PD2
B4-98
PD1
C3-04
C2-04
C1-04A3/B3-04
A1-02
A1/B1-04
A3-02 A5-02 B1-02
A3/B4-04
B3-98
ISSUE 2
A5/B5-04
B4-02 B5-02
Especificações vigentes
Especificações obsoletas
Especificações obsoletas com limites mais severos
Figura6.7
26
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R
Fundamentos de Lubrificação
Carros de passageiros e pick-ups
Motores a diesel e gasolina
Maior Intervalo de Troca
EconomiadeCombustível A1/B1-04 A5/B5-04
A3/B3-04
A3/B4-04
Figura6.8
6.2.2 Classificação ACEA para óleos de motores a diesel pesado
Em 2004 foi criada uma classificação específica para os veículos equipados com catalizadores especiais para
reduçãodepoluentes.EstesóleosACEAE6têmumníveldedesempenhoequivalenteaumACEAE7,maslimites
químicosbastantemaisrestritivos.
27
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R
Fundamentos de Lubrificação
Figura6.9
1990
CCMC
Especificações vigentes
Especificações obsoletas
Especificações obsoletas com limites mais severos
Baixa emissão
Veículos pesados
Motores a diesel
E4-99
ISSUE 3
E7-04
E6-04
1996
1998
1999
2002
2004
ACEA
E2-96
ISSUE 5
E5-02
E5-99E4-99
E4-98
E3-96
D5
E2-96E1-96
D4
E4-99
ISSUE 2
E3-96
ISSUE 4
E2-96
ISSUE 4
E2-96
ISSUE 3
E3-96
ISSUE 3
E1-96
ISSUE 2
E2-96
ISSUE 2
E3-96
ISSUE 2
28
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R
Fundamentos de Lubrificação
Veículos pesados
Motores a diesel
Maior Intervalo de Troca
SeveridadedoServiço
E2
E4
E6
E7
E6 – Baixa emissão
E4 - Injeção direta
Figura6.10
ACEA E5 ACEA E3/MB 228.3 ACEA E2/MB 228.1 ACEA E1/MB 227.1
Depósito no Pistão
CorrosãoConsumo de Óleo
Polimento da Camisa Espassamento p/ Fuligem
Desgaste do Comando de VálvulasBorra
Desgaste de Anéis e Pistões
Figura6.11
29
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R
Fundamentos de Lubrificação
6.3 Classificação de fabricantes automotivos
6.3.1 Ford
2001 WSS-M2C-913B
Resistência à oxidação (Seq IIIE) é
mais severa do que a 913A4 vezes
1998 WSS-M2C-913A
Resistência à oxidação (Seq IIIE)
é 2 mais severa do que em
ACEA A1-96
vezes
1996 WSS-M2C-912A1
Requisito mínimo ACEA A1/B1
mais ILSAC GF-2
1995 WSS-M2C153-F
Requisito mínimo ILSAC GF-1
(licenciado)
Figura6.12
Monograu Multigrau
- 228.5
- 228.3
228.2 228.1
227.0* 227.1
*classificação obsoleta
MERCEDES BENZ
Motores Diesel Pesado
Figura6.13
6.3.2 Mercedes
30
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R
Fundamentos de Lubrificação
Figura6.14
Características Gasolina,ÁlcooleGNV DieselLeve
Motoresturbo 503.1 506.1
Longoperíododetroca 503.00 506.00
Sintético 502.00 -
505.01
505.00
Economiadecombustível 500.00* 501.01*
*classificações obsoletas
VOLKSWAGEN
6.3.3 Volkswagen
6.3.4 Volvo
VDS
VDS-2
VDS-3
Figura6.15
31
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R
Fundamentos de Lubrificação
6.4 Classificações para Motores 2 tempos refrigerados a ar
API JASO ISO
GD
FC GC
FB GB
- FA* -
TC*
TB*
TA*
*classificações obsoletas
Classificação Motores 2 Tempos (refrigerados a ar)
Figura6.16
6.5 Classificações para Motores 2 tempos refrigerados a água
TC-W III
TC-W II
TC-W
TC-W R
Figura6.17
32
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R
Fundamentos de Lubrificação
6.6 Classificação API para óleos de transmissões manuais e eixos
GL-1 GL-2 GL-3 GL-4 GL-5
Figura6.18
Designação Aplicação
Lubrificantes para transmissões manuais. São óleos lubrificantes de base mineral sem
aditivos de extrema pressão e modificadores de atrito. Podem eventualmente ter aditiva-
ção antioxidante, anti-espumante e depressora de ponto de fluidez para melhorar suas
características de serviço.
API GL-1
Figura6.19
Status
Vigentes
Lubrificantes para transmissões manuais e alguns diferenciais convencionais operando
em serviço leve ou moderado. São óleos lubrificantes de base mineral ou sintética com
aditivos de extrema pressão.
API GL-4
Lubrificantes para diferenciais convencionais operando em serviço severo. São óleos
lubrificantes de base mineral ou sintética com aditivos de extrema pressão específicos
para lubrificação de engrenagens hipóides. Em diferenciais não convencionais, de tra-
ção positiva ou de deslizamento limitado, aditivos modificadores de fricção são defini-
dos pelos fabricantes de diferenciais ou eixos.
API GL-5
Lubrificantes para transmissões manuais não sincronizadas utilizadas em caminhões e ôni-
bus, principalmente nos Estados Unidos. São óleos lubrificantes de base mineral ou sintética
estáveistermicamente(ouseja,commaiorresistênciaaoxidação)ecommaiorcapacidadede
proteção contra o desgaste e menor degradação dos selos de vedação. Estas características
dos óleos MT-1 são complementares às categorias API GL-1, GL-4 e GL-5.
API MT-1
Lubrificantes destinados para diferenciais com engrenagens “sem-fim”, não atendidas pela
APIGL-1.
Obsoletas
API GL-2
Lubrificantes destinados para transmissões manuais e diferenciais com engrenagens cônicas
helicoidais, sob condições de serviço moderadamente severo.
API GL-3
Lubrificantes indicados para engrenagens projetadas com um pinhão de haste longa. Tais
configurações típicamente requerem proteção contra o excesso de contato metal-metal, o
que é obtido com o uso de um óleo API GL-5. Uma substituição dos pinhões de haste longa
mais simples e a obsolescência do equipamento de prova original e procedimentos API GL-6,
tem sido reduzido grandemente o uso comercial dos lubrificantes para engrenagens API GL-6.
API GL-6
33
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R
Fundamentos de Lubrificação
6.7 Classificações de óleos de transmissões automáticas
6.7.1 Dexron (GM)
2003
Dexron IIIH
1998
Dexron IIIG
1993
Dexron IIIF
1991
Dexron IIE
1973
Dexron II
1966
Dexron
1959
Tipo A
Sufíxo A1950
Tipo A
2005
Dexron VI
Figura6.20
6.7.2 Allison
C4
C3
C2
C1
Figura6.21
34
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R
Fundamentos de Lubrificação
6.7.3 Caterpillar
Figura6.22
TO-4
TO-2
6.7.4 ZF
Especificação TE-ML-14
Apenas um exemplo das diversas especificações ZF.
14E
14C
14B
14A
Figura6.23
35
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R
Fundamentos de Lubrificação
Os fluidos de freio DOT 3, DOT 4 e DOT 5.1 são produtos químicos (normalmente misturas de ésteres de glicol
oupoliglicois)eporissonãopodemsermisturadoscomprodutosmineraisouabasedesilicone.
OsfluidosDOT5.0normalmentesãoabasedesilicone,podemserutilizadosemdiversossistemasdefreios(são
compatíveis com os vedadores de borracha), mas nunca devem ser misturados com os fluidos de freio DOT 3,
DOT 4 e DOT 5.1.
Os fluidos de freio tipo LHM são de base mineral e são específicos para algumas aplicações, como sistemas
hidráulicoscentraisdeveículosCitröen,enãodevemserutilizadosemsistemasquerequeiramasespecificações
DOT 3, DOT 4 e DOT 5.1.
Há também no mercado produtos DOT 3+ e DOT 4+ que são produtos intermediários com maior ponto de
ebulição, mas com os demais limites ou características das especificações DOT 3 e DOT 4, respectivamente.
6.7.5 Classificações de fluidos para freios
DOT 5.1 e DOT 5
DOT 4 +
DOT 4
DOT 3 +
DOT 3
Figura6.24
36
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R
Fundamentos de Lubrificação
6.8 Classificação AGMA
Osgrausdedesempenho(R&O,Comp,EP,S) jácitadosnoitem5.4correspondematestesdeperformanceque
incluemensaiosderesistênciaàoxidação,resistênciaaodesgaste,formaçãodeespuma,dentreoutros.
Grau de Viscosidade 3448/D2422 32 46 68 100 150 220 320 460 680 1000-3200 >3200
Viscosidade a 400
C,
mm2
/s
Viscosidade a 1000
C,
mm2
/s
Índice de
viscosidade2)
, min
Viscos. dinâmica
@ partida a frio3)
,
mPa.s, máx.
Ponto de fulgor, 0
C,
min.
Resistência ao
envelhecimento @
121ºC – Max. % de
aumento da
viscosidade
cinemática @ 100ºC
Teor de água4)
, ppm,
máx
Espuma,
Tendência/
Estabilidade
Limpeza
Separação da água5)
- % H2
O no óleo após
5h, máx
- % H2
O no óleo após
centrifugação, ml,
máx.
- total de H2
O livre
coletada durante
todo o teste,
começando com
90 ml H2
O,
ml, min.
Prevenção a
ferrugem, Parte B
Corrosão em lâmina
de cobre, 3 h @
1000
C max.
Desgaste por
abrasão, método
visual FZG, A/8,3/90,
min.
Notas:
1) O fornecedor do lubrificante reporta valores de acordo com os testes do método para efeito informativo.
2) Índices de viscosidades menores que os valores mínimos listados são aceitáveis se estiverem de acordo os usuários e os fabricantes dos equipamentos.
3) A temperatura de partida é especificada pelo usuário final. Deve ser reportada a viscosidade na temperatura avaliada ou a temperatura em que o óleo
atinge 150.000 mPa.s.
4) Quantidade de água no óleo embalado. Maiores valores são aceitáveis talvez melhores para alguns óleos totalmente sintéticos, como poliglicois,
misturas sintéticas ou misturas de fluidos sintéticos com minerais. Valores são aceitáveis se estiverem de acordo os usuários e os fabricantes dos
equipamentos.
5) Valores máximos apresentados são para óleos minerais. Valores são aceitáveis se estiverem de acordo os usuários e os fabricantes dos equipamentos.
3104/D445 Reportar1)
Ver figura 12 (Tabela viscosidade ISO / Nº AGMA)
3104/D445
2909/D2270
2592/D92
12937/D6304
7120/D665
-/D2983
-/D2893
6247/D892
-/- visual
-/D2711
(Procedimento
B)
2160/D130
14635-
1/D5182
Reportar1)
Reportar1)
8590
150000
180 200
6 8 10 15 Reportar1)
300 Reportar1)
Seq. I 50/0
Seq. II 50/0
Seq. III 50/0
Seq. I 75/10
Seq. II 75/10
Seq. III 75/10
Deve ser livre de contaminantes suspensos no momento que for disponibilizado para uso.
2,0 2,0 Reportar1)
1,0 4,0 Reportar1)
80,0 50,0 Reportar1)
Passa
1b
10 12 >12
Propriedade
Método
de teste
ISO/ASTM
Requerimentos
Figura6.25
ANSI/AGMA9005-E02
Performancemínimarequeridaparaóleosdeextremapressão(EP)
37
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R
Fundamentos de Lubrificação
6.9 Especificações DIN para óleos industriais
DIN51502
Essa especificação classifica os óleos por aplicação através de um conjunto de letras.
Essa especificação define apenas as aplicações dos produtos. Ela não define o nível de performance dos lubrifi-
cantes.Oslimitesfísico-químicossãodefinidosparacadaaplicaçãoemespecificaçõesapartedetalhadasnesse
capítulo.Porexemplo,aespecificaçãoDIN51502definequeóleosHL,HLPeHVLPsãoparasistemashidráulicos
eaespecificação51542defineosensaiosqueosóleosprecisampassarparaseremclassificadoscomoPart1HL,
Part 2 HLP e Part 3 HVLP.
Lubrificantes Especiais e Industriais
Consistedetrêspartes:aplicaçãoprincipal,aditivosespeciais(tabela2)egraudeviscosidadeISO.
Os códigos alfabéticos iniciais, indicando a aplicação principal para óleos minerais ou fluidos sintéticos, são
definidosnalistaabaixo:
AN Óleos minerais para aplicações acima de 500
C
BA Óleos betuminosos, 16 a 36 cSt. a 1000
C (DIN 51 501)
BB Óleos betuminosos, 49 a 114 cSt. a 1000
C (DIN 51 501)
BC Óleos betuminosos, 225 a 500 cSt. a 1000
C (DIN 51 501)
C Sistemas circulatórios, óleos minerais (DIN 51 517 Part 1)
CL Sistemas circulatórios, óleos R&O (DIN 51 517 Part 2)
CLP Sistemas circulatórios, óleos EP (DIN 51 517 Part 3)
CG Guias de barramentos
D Ferramentas Pneumáticas
E Ester Orgânico
F Óleos para filtros de ar
FK Fluidos “Perflourinated”
FS Óleos Desmoldantes
G (Ver Graxas)
HC Hidrocarbonetos Sintéticos
HD (Ver Automotivo)
HYP (Ver Automotivo)
HFAE Fluido Hidráulico resistente ao fogo, emulsão de óleo em água (DIN 24 320)
HFAS Fluido Hidráulico resistente ao fogo, base água
HFB Fluido Hidráulico resistente ao fogo, água em óleo
HFC Fluido Hidráulico resistente ao fogo, polímero aquoso
HFDR Fluido Hidráulico resistente ao fogo anidro
HFDS Fluido Hidráulico resistente ao fogo anidro
38
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R
Fundamentos de Lubrificação
HFDT Fluido Hidráulico resistente ao fogo anidro
HFDU Fluido Hidráulico resistente ao fogo anidro
HL Óleos Hidráulicos, R&O (DIN 51 524 Part 1)
HLP Óleos Hidráulicos, Antidesgaste (DIN 51 524 Part 2)
HVLP Óleos Hidráulicos, Antidesgaste e alto IV (DIN 51 524 Part 3)
JÁ Óleo Isolante
IB Óleo Isolante
K (Para todos “K”, exceto “KA” e “KC”, ver Graxas)
KA Óleos para refrigeração, refrigerante amônia (DIN 51 503)
KC Óleos para refrigeração, hidrocarbonetos halogenados (DIN 51 503)
L Óleos para tratamento térmico
M (Ver Graxas)
O (Ver Graxas)
PG Fluidos poliglicois
PH Ácidos fosfóricos Ésteres
Q Óleos para transferência de calor (DIN 51 522)
R Óleos protetivos
S Coolants
SI Óleos siliconados
TD Óleos para turbinas (DIN 51 515 Part 1)
VB Óleos para compressor, sem aditivos, máx. 1400
C temperatura de descarga
(DIN 51 506)
VBL Óleos para compressor, com aditivos, máx. 1400
C temperatura de descarga
(DIN 51 506)
VC Óleos para Compressor, sem aditivos, máx. 1600
C temperatura de descarga para
sistema com reservatório ou tubulação (DIN 51 506)
VCL Óleos para Compressor, com aditivos, máx. 1600
C temperatura de descarga para
sistema com reservatório ou tubulação. (DIN 51 506)
VDL Óleos para Compressor, com aditivos, máx 2200
C temperatura de descarga
(DIN 51 506)
W Óleos para Mancais Siderúrgicos
ZA Óleos para Cilindros a Vapor (DIN 51 510)
ZB Óleos para Cilindros a Vapor (DIN 51 510)
ZD Óleos para Cilindros a Vapor (DIN 51 510)
X Outros Fluidos Sintéticos
39
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R
Fundamentos de Lubrificação
Oscódigosmostradosaseguirindicamaditivosespeciaisempregados.
Note que, em algumas das categorias acima, o “aditivo especial” já é incluído, por exemplo: CLP = óleo de
circulaçãoou“L”e“P”,abaixo.
D Aditivos Detergentes (exemplo: em óleos hidráulicos HLPD)
E Emulsificantes em Água (exemplo: SE fluidos refrigerantes miscíveis em água)
F Aditivos Sólidos (exemplo: grafite, disulfeto de molibdênio)
L Inibidores de Ferrugem e Oxidação
P Aditivos Antifricção e Antidesgaste
M Óleos refrigerantes minerais miscíveis em água (exemplo: SEM)
S Óleos refrigerantes sintéticos miscíveis em água (exemplo: SES)
V Lubrificantes diluídos com solventes
Figura6.26
DIN51501
Estaespecificaçãodescreveóleosmineraispurosparaaplicaçãoporperdaouusoemtemperaturasdeoperação
de até 500
C.
Os óleos são classificados em faixas de viscosidades de 5 a 680 cSt a 400
C.
Os óleos que atendem esta especificação são classificados DIN 51 501Le DIN 51 501NA.
DIN51503
Esta especificação descreve requerimentos de óleos de refrigeração usados em compressores de refrigeração
queutilizemamôniaouhidrocarbonetoshalogenados(R12,R22ouR14)comorefrigerante.
Osóleosqueatendemaespecificação DIN51503KA possuem faixas de viscosidades de 15 a 68 cSt a 400
C e são
utilizadosemcompressoresdeamônia.
OsóleosqueatendemaespecificaçãoDIN51503KCpossuemfaixasdeviscosidadesde22a100cSta400
Cesão
utilizadosemcompressoresdehidrocarbonetoshalogenados.
DIN51506
Esta especificação descreve óleos minerais com aditivos inibidores de oxidação para uso em compressores
recíprocos.
Os óleos são classificados em cinco faixas de viscosidades e por faixa de temperatura de descarga.
DIN 51 506VBe DIN51506VBL - para temperatura máxima de compressão de até 1400
C.
DIN 51 506VC e DIN 51 506VCL - para temperatura máxima de compressão de 160 a 2200
C e sistemas com
reservatório.
DIN51506VD-L -para temperaturamáximadecompressãodeaté2200
C.
DIN 51515 Part 1
Estaespecificaçãodescreveóleosparalubrificaçãodeturbinasavapor,turbinasagás,máquinaselétricaseem
máquinasacopladasaturbinasavaportaiscomogeradores,compressoresebombas.
Os óleos que atendem a especificação DIN 51 515TD possuem faixas de viscosidades de 32 a 100 cSt a 400
C.
40
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R
Fundamentos de Lubrificação
DIN51517Part1
Esta especificação descreve as exigências mínimas de óleos minerais sem aditivos e estáveis a oxidação para
lubrificaçãoderolamentoseengrenagens.
Os óleos que atendem a especificação DIN51517Part1Cpossuem faixas de viscosidades de 7 a 680 cSt a 400
C.
DIN51517Part2
Estaespecificaçãodescreveasexigênciasmínimasdeóleosquecontenhamaditivosparamelhoraraproteçãoa
corrosãoeaumentararesistênciaàoxidação,utilizadosemrolamentoseengrenagens.
OsóleosqueatendemaespecificaçãoDIN51517Part2CLpossuemfaixasdeviscosidadesde5a460cSta400
C.
DIN51517Part3
Esta especificação descreve óleos que contenham aditivos de extrema pressão (EP) para lubrificação de
engrenagens.
Os óleos que atendem a especificação DIN 51 517 Part 3 CLP possuem faixas de viscosidades de 46 a 680
cSt a 400
C.
Os óleos desta especificação devem passar no estágio 12 em um ensaio de performance de engrenagens
conhecido como FZG, denominado DIN51354Part2.
DIN51522
Estaespecificaçãodescreveosrequerimentos,testeseprocedimentosparaóleosmineraisnovosdebasehidro-
carbonetodetransferênciadecalor.
Esses óleos recebem a denominação DIN51522Q.
DIN 51 524 Part 1
Estaespecificaçãodescreveóleoshidráulicosquepodemsuportarostressaltamentetérmicoeconterosingre-
dientes que melhoram a proteção e a resistência à oxidação.
Osóleosdescritosporestepadrãotêmumaescaladaviscosidadede10a100cSta40°CesãodenominadosDIN
51 524 Part 1 HL.
DIN 51 524 Part 2
Esta especificação descreve óleos hidráulicos que se encontram com todas as exigências da DIN 51 524
Part 1, além de conter aditivos para se encontrar com um nível elevado do desempenho anti-wear em
testes específicos.
Osóleosdescritosporestepadrãotêmumaescaladaviscosidadede10a100cSta40°CesãodenominadosDIN
51 524 Part 2 HLP.
DIN51593
Esta especificação determina a estabilidade de óleos para compressores de refrigeração. Os refrigerantes tais
como hidrocarbonetos e o dióxido de enxofre halogenado reagem com o óleo e este conduz à formação de
produtos ácidos da reação. A resistência refrigerante de um óleo é o tempo que decorre sob as condições de
testeantesdaformaçãodosprimeirosprodutosdareaçãodadosaformadorefrigerante.
Este teste é conhecido também como Philips Test.
41
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R
Fundamentos de Lubrificação
DIN 51354 Part 2 (FZG Test)
Esta especificação avalia a capacidade dos óleos usados para lubrificação de engrenagem. O teste FZG de
engrenagem é realizado com o funcionamento especial das rodas da engrenagem no lubrificante em uma
velocidadeconstanteporumperíodopredeterminadoemumsistemadelubrificaçãosubmersa.Sãocontroladas
a temperatura inicial do óleo e a carga aplicada aos dentes da engrenagem. Durante cada estágio de carga, os
flancosdosdentesdaengrenagemsãoinspecionadoseosdanossãocomparadoscomasavaliaçõespadrão.
6.10 Classificaçoes de fabricantes industriais
Abaixotabelacomparativaentreasespecificaçõesdosprincipaisfabricantesdebombashidráulicaseasespeci-
ficações DIN 51524 Parte 2.
TESTES DE BOMBAS
Denison T-5D (de palheta) (2500 psi, 2400 rpm, 2100
F) Passa - Passa - - - - - -
Denison P-46 (pistão) (5000 psi, 2400 rpm, 2100
F), Passa Passa - - - - - - -
Vickers 35VQ-25 (palheta) (3000 psi, 2400 rpm, 2200
F)
Perda de peso do anel (mg) - - - 75 - - - - -
Perda de peso da palheta (mg) - - - 15 - - - - -
Perda de peso total de anel e palheta (mg) - - - 90 - - - - -
Vickers V-140C (palheta) (2000 psi, 1200 rpm, 1750
F)
Perda de peso total de anel e palheta (mg), máx - - - - 50 50 50 50 150 (a)
TESTES DE OXIDAÇÃO
Oxidação do óleo (ASTM D 493) tempo para 2,0 NMA 1000 (b) 1000 - - - - -
(h), mín.
Teste de Borra de 1000h (ASTM D4310)
NMA (mg KOH), máx 2 - 2 - - - - - 2
NMA (mg KOH), acréscimo - 0,2 - - - - - - -
Borra insolúvel (mg), máx 200 100 400 - - - - - -
Total de cobre (mg), máx 50 - 200 - - - - - -
Total de ferro (mg), máx 50 - 100 - - - - - -
TESTES DE DEMULSIBILIDADE
(ASTM D1401, 1300
F, ISO VG 32/46) tempo de - - - (b) (b) - - - 40
separação, min , máx
(ASTM D1401, 1300
F, ISO VG 68) tempo de (b) (b) 60
separação , min, máx.
TESTES DE FERRUGEM
ASTM D 665 - Método A – com água destilada Passa Passa Passa (b) (b) Passa Passa Passa -
ASTM D 655 - Método B – com água do mar sintética Passa Passa Passa (b) (b) - - - Passa
TESTES DE ESTABILIDADE HIDROLÍTICA
Estabilidade Hidrolítica (ASTM D 2619)
NNA (mg KOH), máx 4,0 - 6,0 - - - - - -
Perda de cobre em peso (mg/cm2), máx 0,2 - 0,5 - - - - - -
HF-O HF-1 HF-2 M-2950-S I-286-S P-68 P-69 P-70 Parte 2
Denison Vickers Cincinnati Milacron DIN
51524TESTES
42
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R
Fundamentos de Lubrificação
TESTES DE ESTABILIDADE TÉRMICA
Cincinnati Milacron (168 h, 2750
F)
Aumento de viscosidade (%), máx - - - - - 5 5 5 -
Variação no número de neutralização (%), máx. - - - - - 50 50 50 -
Borra (mg/100 ml), máx 100 - - - - 25 25 25 -
Perda de cobre em peso (mg), máx 10 - - - - 5 5 5 -
Aparência da lâmina de cobre Reportar - - - - - - - -
Aparência da lâmina de ferro - - - - - Sem descoloração -
TESTES DE FILTRABILIDADE
FILTRABILIDADE (Denison TP 02100)
Método A – sem água (s) máx 600 - - - - - - - -
Método B – com 2% água (s) máx 1200 - - - - - - - -
TESTES DE ESPUMA
ESPUMA (ASTM D 892) após 10 min 0 0 0 - - - - - 0
TESTES DE RESISTÊNCIA A CARGA
FZG (DIN 51354, Parte 2), mín - - - - - - - - 10
TESTES DE RESISTÊNCIA A CORROSÃO
LÂMINA DE COBRE (ASTM D 130, 3 h, 1000
C), máx - - - - - - - - 2
TESTES DE VELOCIDADE DE SEPARAÇÃO DE AR
Separação de ar (DIN 51381) tempo (min)
ISO VG 46/68, máx - - - - - - - - 10
ISO VG 32, máx - - - - - - - - 5
TESTES DE COMPATIBILIDADE COM SELOS
Comportamento dos selos (DIN 53538, Parte 1)
Volume de mudança (%)
ISO VG 32/46 - - - - - - - - 0 a 12
ISO VG 68 - - - - - - - - 0 a 10
Mudança na dureza (%)
ISO VG 32/46 - - - - - - - - 0 a -7
ISO VG 68 - - - - - - - - 0 a -6
TESTES DE VISCOSIDADE
Viscosidade (cSt) a 400
C (ASTM D88) - - - - - 32 68 46 -
Valor mínimo p/ índice de viscosidade (ASTM D567) 90 90 90 - - 90 90 90 -
(a) O teste em bomba V105C10 também é válido para aprovação.
(b) Uma evidência de performance satisfatória é requerida, mas não há um teste especificado.
Figura6.27
43
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R
Fundamentos de Lubrificação
7 Graxas lubrificantes
Uma graxa lubrificante pode ser definida como um material sólido a semi-sólido, constituindo de um agente
espessante (sabão metálico) disperso num lubrificante líquido (óleo). O lubrificante líquido, que em geral
compõe70a95%empesodagraxaacabada,proporcionaalubrificaçãopropriamentedita,enquantooespessan-
te oferece uma consistência semelhante ao gel para manter o lubrificante líquido no lugar. Muitas vezes,
acrescenta-seaditivosparaintensificarcertaspropriedadesagraxa. Devidoasuaconsistênciasemelhanteaogel,
prefere-se as graxas em lugar dos óleos em aplicações onde ocorreria um vazamento de óleo, onde a ação de
vedação natural da graxa é necessária ou onde é requerida a espessura extra da película da graxa.
Em geral, quase todas as graxas amolecem em serviço, porém recuperam sua consistência original quando
deixadasemrepouso.
7.1 Definição
Agraxaéfabricadaformando-seosabãoempresençadoóleo. Sãotrêsosprocessosparafabricargraxa:
• Processo de Tacho – por tradição, a fabricação de graxas tem sido feita na forma de um processo de
bateladasrealizadoemgrandestachos. Ascapacidadesdestestachosvariamde4500kga22600kg.
• Processo Contactor – esteprocessoémuitoparecidocomodetacho,comavantagemdereduzirenorme-
menteotempodefabricaçãodasgraxas.
• Processo Contínuo – este processo nasceu em meados dos anos 60, é compacto e versátil, oferecen-
do vantagens sobre o processo de bateladas, como sua homogeneidade e estabilidade ao cisalhamento.
ÉpatentedaTexaco.
7.2 Aplicação de Graxa
Ondeusaragraxa?
• Onde o óleo não pode ser contido ou vaza com facilidade;
• Ondeexistemdificuldadesecondiçõesinseguraspararealizararelubrificação;
• Onde o lubrificante deve ter também a função de vedar;
• Onde o projeto da máquina especifica a utilização de graxa;
• Onde o tempo de relubrificação for reduzido;
• Onde se quer reduzir a freqüência de lubrificação;
• Ondeexistemequipamentoscomlubrificaçãointermitente;
• Ondeéimportanteareduçãoderuídos;
• Onde existem condições extremas de altas temperaturas, altas pressões, cargas de choque e baixas veloci-
dadescomcargaselevadas.
7.3 Fabricação
44
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R
Fundamentos de Lubrificação
= Componentes
= Processo
= Produto
Ácido Graxo
Óleo Básico
Álcali
Aditivos
Óleo Básico
Graxa
Saponificação
(Unidade Contínua de Graxa ou Tacho) Sabão Metálico
Figura7.1
As graxas são diferenciadas quanto à natureza do espessante. Existe uma grande variedade de espessantes,
dentreosquais,destacam-sesabõesmetálicos,argilastratadas,polímerosdeuréiaeoutros,sendoquecercade
90%doscasososespessantesempregadossãosabõesmetálicos.
Quantoànaturezadosabãometálico,asgraxasclassificam-sedaseguinteforma:
• Graxas à base de sabão de Cálcio – bastanteaderentes,sãoindicadasparausoempeçasquetrabalhamem
contatocomágua. Nãosãoindicadasparautilizaçãoemtemperaturassuperioresa800
C.
• Graxas à base de sabão de Sódio – recomendadasparamancaisplanoserolamentosquetrabalhamaaltas
velocidades e temperaturas elevadas (até 1200
C) e, ocasionalmente, em engrenagens. É desaconselhável o
seu uso em presença de umidade, pois o sabão é solúvel em água.
• Graxas à base de sabão de Alumínio – sãoindicadasparausoondeoprincipalrequisitosejaacaracterística
deaderênciadagraxa,proporcionandoboaproteçãocontraaferrugemeresistênciaàlavagemporágua. Não
resisteatemperaturaselevadas.
• Graxas à base de sabão de Lítio – sãobastanteaderenteserelativamenteinsolúveisemágua,substituindo,
em aplicações convencionais, muito bem as graxas de Cálcio e Sódio, sendo, portanto, de aplicações múlti-
plas. Possuem grande estabilidade mecânica e alto ponto de gota, sendo de fácil aplicação por meio de
pistolasesistemascentralizadosdelubrificação.
• Graxas à base de sabão Complexo –sabão complexo é aquele, em que a fibra do sabão é formada pela co-
cristalização de um sabão normal (Cálcio, Sódio, Alumínio ou Lítio) e um agente complexo, como: ácido
acético,lático,etc. Essetipodegraxaapresentacomocaracterísticaprincipalumelevadopontodegota.
7.4 Tipos de Graxas
45
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R
Fundamentos de Lubrificação
• Graxas espessadas sem sabão –sãoasqueutilizamespessantesquímicosinorgânicosouorgânicosdisper-
sosnoóleo.Essestiposdeespessantesnãosãofeitoscomálcalimetálicocomoosusadosnasgraxasespessa-
dascomsabão.Exemplos:poliuréiaeargilaorgânica.Sãoutilizadasvisandooaproveitamentodesuascaracte-
rísticasespeciaiscomodescritoadiante.
Asobservaçõesfeitasacimaservemapenascomoprimeiraorientaçãodousuário. Outrascaracterísticasdagraxa,
como sua consistência e seus aditivos, são de extrema importância na seleção do tipo de graxa a ser usado.
Graxasàbasedesabãometálicosimples
Espessante
TemperaturaMáxima
ResistênciaàÁgua AplicaçõesTípicas
deUsoProlongado
Cálcio 800
C AltaResistência(repele)
Mancaissujeitos
aumidade
Sódio 1200
C Fraca(emulsiona)
Equipamentos
Industriaisantigos
comlubrificação
freqüente
Alumínio 800
C BoaResistência
Mancaisdebaixa
rotação,aplicações
comumidade.
Usodecrescente
Lítio 1400
C BoaResistência
Aplicaçõesautomotivas
eindustriais
Figura7.2a
Graxasàbasedesabãometálicocomplexo
Espessante
TemperaturaMáxima
ResistênciaàÁgua AplicaçõesTípicas
deUsoProlongado
Cálcio 1750
C AltaResistência(repele)
Mancaisautomotivos
eindustriais
submetidosaaltas
temperaturas
Alumínio 1750
C BoaResistência
Mancaisplanos,
deesferas
erolos
desiderúrgicas
Lítio 1750
C BoaResistência
Mancaisautomotivos
eindustriais
submetidosaaltas
temperaturas
Figura7.2b
46
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R
Fundamentos de Lubrificação
Graxassemsabãometálico
Figura7.2c
Espessante
TemperaturaMáxima
ResistênciaàÁgua AplicaçõesTípicas
deUsoProlongado
Poliuréia 1750
C AltaResistência(repele)
Mancaisindustriais
(rolos),juntas
homocinéticas
automotivas,ventiladores
emotoreselétricos
deautodesempenho
Argila 1750
C BoaResistência
Mancaissujeitos
aaltastemperaturas
comrelubrificação
freqüente.
Mancaisderoletes
emsiderúrgicas
Devemos observar que a mistura de graxas de diferentes bases pode acarretar a perda de sua estabilidade, com a conseqüente
separação do espessante e do óleo.
7.4.1 Tabela de compatibilidade de graxas
Complexo de Alumínio
Complexo de Boro
Cálcio
Complexo de Cálcio
Argila
Lítio
Complexo de Lítio
Sódio
Poliuréia
ComplexodeAlumínio
ComplexodeBoro
Cálcio
ComplexodeCálcio
Argila
Lítio
ComplexodeLítio
Poliuréia
Sódio
Condição limite
(amostra deve ser analisada)
Incompatível
Compatível
Figura7.3
47
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R
Fundamentos de Lubrificação
Asprincipaispropriedadesdeumagraxaaseremconsideradassão:
7.5 Propriedades
Éaresistênciaoferecidaporumagraxaàsuapenetração. Édeterminadapelométodoqueconsisteemmedira
penetração(emdécimosdemilímetros)exercidaporumconesobreumaamostradegraxa,sobaçãodecarga
padronizada durante 5 segundos e à temperatura de 250
C. O aparelho utilizado nesta medição é chamado
penetrômetro.
7.5.1 Consistência
Figura7.4a
Com base nos resultados obtidos no penetrômetro, o National Lubricating Grease Institute (NLGI) criou um
sistema de classificação para as graxas definidos de consistência trabalhada em 60 ciclos que variam de 000
(muitomacia)a6(muitodura).
Figura7.4b
a superfície é o
nível
posição do cone antes da penetração
25 C
0
Cone padrão
48
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R
Fundamentos de Lubrificação
Grau NLGI
PenetraçãoTrabalhadaASTMD-217
(250
C+ou-20
C)
000 445 - 475
00 400 - 430
0 355 - 385
1 310-340
2 265 - 295
3 220 - 250
4 175 - 205
5 130-160
6 85 - 115
ClassificaçãoNLGI
Figura7.5
49
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R
Fundamentos de Lubrificação
Indicaatemperaturaemqueagraxapassadoestadosólidoousemi-sólidoparaolíquido.
7.5.2 Ponto de gota
o termômetro não toca na graxa
a amostra da graxa é aplicada somente nas paredes do copo
Figura7.6
Na prática, esta medida serve como orientação para a mais alta temperatura a que certa graxa pode ser
submetida durante o trabalho. Deve-se considerar como limite operacional uma temperatura 20% inferior ao
seu ponto de gota.
Éacapacidadedefluirdeumagraxapelaaçãodebombeamento. Osfatoresqueafetamobombeamentosão:
a consistência da graxa, a viscosidade do óleo e o tipo de espessante.
7.5.3 Bombeabilidade
50
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R
Fundamentos de Lubrificação
Abombeabilidadeafetaométododeaplicaçãodagraxa(adequaçãoaosistemacentralizado,porexemplo)ea
movimentaçãointernadagraxadentrodoelementomecânico,influindodiretamentenacapacidadedelubrifi-
caçãodamesma.
Para o mesmo grau NLGI
Bombeabilidade
Poliuréia
Complexo
de Lítio
Lítio
Cálcio
Sódio Complexo
de Cálcio
Figura7.7
Bombeabilidade
Viscosidade do óleo mineral
Bombeabilidade
Grau NLGI da graxa
Figura7.8
51
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R
Fundamentos de Lubrificação
ANLGIdesenvolveuumsistemadeclassificaçãodegraxasparaaplicaçõesautomotivas.Asgraxassãosubmeti-
dasatestesdeestabilidadeaocisalhamento,resistênciaàoxidação,resistênciaàlavagemporágua,propriedades
deextremapessão(TimkemeFourBall),resistênciaàcorrosão,bombeabilidadeepontodegota.Deacordocom
osresultadosnostestes,descritosnanormaASTM-4950,elassãoclassificadasconformeabaixo.
7.6 Classificação para graxas
7.6.1 Sistema de Classificação de graxas da NLGI
Aplicação
Classificação
Tipodeserviço Produtotípico
NLGI
Chassis LA
Serviço pouco severo e relubrificação
Sabão de cálcio OU
freqüente,compontodegotamínimo
Sabão de lítio
de800
C
Chassis LB
Serviçoscomaltascargasdechoque,
Sabão de lítiograndeexposiçãoàáguaerelubrificação
(comaditivaçãoEP)nãofreqüente,compontodegota
mínimo de 1500
C
Cubos
GA
Serviçonormal,componto
Sabão de lítio
derodas degotamínimode800
C
(dotipomúltiplas
aplicações)
Cubos
GB
Serviço severo, com ponto
Sabão de lítio
derodas degota mínimo de 1750
C
(dotipomúltiplas
aplicações)
OU
Sabão de lítio
(comaditivaçãoEP)
Cubos
GC
Serviçomuitosevero,emaltas
Complexo de lítio
derodas
temperaturasouemcondiçõesdotipo
(comaditivaçãoEP)pára-e-anda,compontodegota
mínimode2200
C
Figura7.9
Observação: Uma graxa pode atender ao mesmo tempo os requisitos de graxa para cubos de rodas e para
lubrificaçãodechassis.
52
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R
Fundamentos de Lubrificação
DIN 51 502 (Graxas)
Consiste de várias partes: tipo de graxa, aditivos especiais, componente sintético (se aplicável), número NLGI,
temperaturamáximadeoperação(opcional)etemperaturamínimadeoperação(opcional).
Oprimeiroouosegundocaractereindicaotipodegraxa,conformeabaixo:
7.6.2 Especificações DIN para graxas
K Graxas para mancais planos ou de rolamentos e barramentos
G Graxas para engrenagens fechadas
OG Graxas para engrenagens abertas e mancais (sem betumem, lubrificantes adesivos)
M
Graxas para mancais planos e selos (exigências de desempenho menores do que o
tipo K)
Figura7.10a
Seagraxativeraditivosespeciaisadicionais,estesserãoindicadosporumcaractereextra.
Asgraxasreceberãoumadasletrasabaixo(veralistacompletanaseçãodeóleosindustriais):
F Aditivos sólidos. Exemplo: grafite, bissulfeto de molibdênio
L Inibidores de oxidação e corrosão
P Aditivos antifricção e antidesgaste
Figura7.10b
Porexemplo,umagraxaKP2K-10éumagraxadotipo“K”comaditivosdotipo“P”.
Paragraxasdebasesintética,serãoadicionadososcaracteresabaixo:
Figura7.10c
FK Fluidos “Perflourinated”
E Ésteres Orgânicos
HC Hidrocarbonetos Sintéticos
PH Ácidos Ésteres Fosfóricos
SI Óleos siliconados
PG Poliglicois
X Outros
53
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R
Fundamentos de Lubrificação
Por exemplo, uma graxa K SI 3 R é do tipo ‘K’, com óleo sintético do tipo SI.
O número NLGI indica a consistência. Por exemplo, KP2K é uma graxa do tipo NLGI 2.
A letra após o número de consistência da graxa indica uma combinação de temperatura máxima de trabalho
contínuo e o comportamento na presença de água. Onde mais de uma letra de código é mostrada para a
temperatura,aprimeiraletradenotaumaexigênciarealçadadaresistênciaàlavagemporágua.
C ou D + 60
E ou F + 80
G ou H + 100
K ou M + 120
N + 140
P + 160
R + 180
S + 200
T + 220
U + 220
Figura7.10D
Por exemplo, em KP2K, o último K indica +1200
C.
Opcionalmente,olimitemínimodatemperaturadetrabalhopodeserespecificado.Atemperaturamaisbaixa,
ummúltiplode-100
Cenaescala-10a-60,éadicionadocomoumsufixo.Porexemplo,emKP2K-20,-20éolimite
requeridoparabaixatemperatura.
54
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R
Fundamentos de Lubrificação
8 Módulo automotivo
Osfabricantesdemotoresagasolinaestãocadamaispressionadosporeconomiadecombustívelederedução
deemissões,recomendandoóleosdemenorviscosidade.EstácrescendoousodeóleosmultigrausSAE5W30
e com tendências futuras de um SAE 0W20.
Junto com a tendência de utilizar óleos de menor viscosidade está aumentando a demanda por óleos que
utilizembásicosdemelhorqualidadepararesistiraoespessamentoprovocadoporusoemintervalosprolonga-
dosdetroca,maiorestemperaturasdeoperaçãoetambémpelousodecombustíveisdebaixaqualidade.
As classificações ACEA estão cada vez mais presentes no mercado brasileiro em função da severidade das
aplicações e dos projetos de motores (pequenos e médios) serem de origem européia ou asiática.
8.1 Motores a gasolina, álcool e Gás Natural
ACEA A1/B1 ACEA A2/B2 API SH/SJ API SG API SF/CC
Depósito no Pistão
Espessamento de FuligemDesgaste do Comando de Válvula
Oxidação Borra no Motor
Figura8.1
55
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R
Fundamentos de Lubrificação
Assim, o responsável pela decisão de compras deve comparar os produtos pelas diversas classifica-
ções (ACEA, API e classificações de fabricantes – MB), não se atendo somente à classificação de
viscosidade SAE.
PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO:
Havoline Energy SAE 5W30
HavolineUltraSAE5W40
HavolineSyntheticSAE5W40
HavolineSemi-sintéticoSAE15W40
HavolinePremiumSAE20W50
Havoline Superior 3 SAE 20W50
Havoline Super SAE 20W40
OsfabricantesdemotoresadieselrecomendamóleosdeviscosidadeSAE15W40.ForadoBrasil,emlocaiscom
temperaturaextremamentebaixas,estãorecomendandoousodeóleos10W30ou10W40.
ÓleosmonograusSAE40sãoapenasrecomendadosparamotoresestacionários,principalmentedeequipamen-
tosferroviáriosoumotoresparageraçãodeenergia.
Óleosparamotoresdieseldebasesintéticaaindanãotiveramsuaeficáciacomprovada.
AsclassificaçõesACEA,alémdemaisrigorosas,sãoasquemelhoratendemasnecessidadesdomercadobrasilei-
roemfunçãodaseveridadedasaplicaçõesedagrandeparticipaçãodasmontadoraseuropéiasnestemercado.
8.2 Motores diesel
56
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R
Fundamentos de Lubrificação
Espelhamento da Camisa
Desgaste
Compatibilidade com
Catalisadores
FuligemCorrosão
Depósito no PistãoOxidação por Espessamento
E6 E5 E4 E3 E2
Figura8.2a
E7 E5 E4 E3 E2
Espelhamento da Camisa
Desgaste
Compatibilidade com
Catalisadores
FuligemCorrosão
Oxidação por Espessamento Depósito no Pistão
Figura8.2b
57
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R
Fundamentos de Lubrificação
OusodeóleosdeclassificaçãodedesempenhoAPIGL-5emtransmissõesmanuaisestácadavezmaisrestrito.Os
fabricantes estão preferindo o uso de produtos com menor carga EP (API GL-4 ou GL-3), óleos de motor ou de
transmissãoautomática. ÓleosdecargaEPelevadapodemformardepósitosnossincronizadores,dificultandoo
engrenamento.
Os câmbios manuais de automóveis novos são selados de forma a impedir a contaminação externa,
visando um aumento da vida útil deste componente. Os períodos de troca neste caso são estendidos ou “fill-
for-life” (para toda a vida). Muitos dos automóveis mais novos não precisam fazer a troca até a vida útil normal
estimada(10anos).Atrocaéfeitasomenteemcasodeavarias.
Aspick-ups,porsuavez,continuamprecisandorealizartrocasperiódicas.Ousodebásicossintéticosestáaumen-
tando, principalmente em veículos que são comercializados mundialmente e/ou operam em condições extre-
masdetemperatura.
Ousodeóleosinadequados(emviscosidadee/ouaditivação)podeprovocardificuldadedeengatarasmarchas
eodesgasteprematurodasengrenagens.Consultesemprearecomendaçãodofabricantedatransmissão(oudo
fabricante do veículo) antes de drenar o óleo.
PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO:
Universal EP SAE 80W
TGF Óleo de Engrenagem
Ursa LA3 SAE 40
Texamatic ATF
Texamatic 7045E
Multigear STO SAE 85W140
8.3 Transmissões Manuais
Assim, o responsável pela decisão de compras deve comparar os produtos pelas diversas classifica-
ções (ACEA, API e classificações de fabricantes - MB), não se atendo somente à classificação de
viscosidade SAE.
PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO:
UrsaPremiumTDXSAE15W40
Ursa Super TD SAE 15W40
Ursa LA3 SAE 15W40
Diferentestransmissõesusamdiferentesmateriaisdefricçãoesãosubmetidasadistintostestesdebancadaede
campoparaseremaprovadas.Essassãoasrazõesparaseterumalinhacompletadeprodutos.
Algunsprodutospodematendermaisdeumaespecificaçãoaomesmotempo(DexronIIIeMercon,porexem-
plo),masdeve-sesemprechecaracorretaaplicação(seguirsemprearecomendaçãodofabricante).
8.4 Transmissões Automáticas
58
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R
Fundamentos de Lubrificação
AsespecificaçõesGMsãomaissimplesporqueelasseguemumaseqüêncialógica,poisoprodutoqueatendea
especificaçãomaisrecentepodeserusadoquandorequeridoqualquerumdasespecificaçõesanterioresdaGM
(DexronIIIHpodesempreserusadoquandorequeridoaDexronIIIG,DexronIIIF,DexronIIE,DexronIIeDexron).
AsespecificaçõesFordsãomaiscomplexas.
• FordtipoFsãoespecificaçõesparatransmissõesfabricadaspelaFordantesde1997(etambémparaalgumas
entre1977e1981)edeoutrosfabricantesquerequeiramumfluidotipoFcomaltofricção.Outrosprodutos
nãopodemserusadosnessaaplicação.
• Mercon e Mercon V não são especificações seqüenciais.
Outrosfabricantesrequeremousodeprodutosespecíficosquesãosomenteencontradosnasconcessionárias,
entre elas Chrysler e Honda.
Veículospesados(tratoresdeesteira,páscarregadeiras,caminhõesfora-de-estrada,etc) utilizamespecificações
próprias.Comoporexemplo,CaterpillarTO-4eAllisonC-4.
Atenção: O uso de um lubrificante errado pode reduzir a vida útil da transmissão e também comprometer a
dirigibilidadedoveículo(tornardesconfortávelatrocademarcha,porexemplo).
PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO:
Texamatic B
Texamatic 7045E
Textran SAE 30
Textran SAE 10W
O uso de óleos API GL-5 é mandatório em função dos requerimentos de carga superficial das engrenagens
hipoides.
Oaumentodepotênciadosveículosprovocaumaumentonatemperaturadeoperaçãodosdiferenciais,reque-
rendoumamaiorestabilidadetérmicadosóleosparadiferenciais.
Hátambémumatendênciadousodeóleosmultigrausparaatenderanecessidadesdefaixadetemperaturade
operaçãomaisampla(porexemplo,viagensintercontinentais)etambémummelhorcomportamentoemaltas
temperaturas.
PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO:
Multigear EP SAE 90
Multigear EP SAE 85W140
Multigear STO SAE 85W140
8.5 Diferenciais Convencionais
59
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R
Fundamentos de Lubrificação
8.6 Diferenciais Autoblocantes
Osdiferenciasautoblocantesdedeslizamentolimitado,outraçãopositiva,requeremcomoespecificaçãomíni-
maumAPIGL-5,alémdeumaditivomodificadordeatritoparaumcorretocomportamentoemserviço(dirigibi-
lidade)e,aomesmotempo,garantiradurabilidadedosdiscosdefricção(edemaiscomponentesdodiferencial).
PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO:
Multigear LS SAE 85W140
Geartex LS SAE 85W140
3450 Óleo de Engrenagem
Historicamenteasmontadorasrecomendavamparaasdireçõeshidráulicasomesmoóleodatransmissãoauto-
mática.Comaevoluçãodoscomponentesdasdireçõeshidráulicasparaalcançarmelhordirigibilidadeeatender
objetivosdemaiorvidaútilsemmanutenção,levandoemcontaasmaioresexigências(comomenoresespaços
no compartimento do motor e maiores temperaturas de trabalho), as especificações para óleos de direção
hidráulicatambémtiveramdeevoluir.
Algunsfabricantesdeveículoscontinuamrecomendandoóleosdetransmissãoautomática,masqueatendam
especificaçõesdosfabricantesdedireçõeshidráulicas(comoaZF).
Porém,jáexistemnomercadodiversosfabricantesdeveículosquerequeremprodutosespecíficos.
Muitos veículos importados requerem o uso de óleos do tipo PSF (Power Steering Fluid), que possuem maior
pontodefulgor,melhorcomportamentoembaixastemperaturasqueosóleosdotipoATF.Alémdisso,possuem
aditivaçãoanti-ruído.
Algunsfabricantesnacionaisrequeremusodeóleomarcaprópria,comoaHonda(todosveículos),GM(veículos
equipadoscomdireçãoeletro-hidraúlica)eVolkswagen(veículosmaisnovos).
É mandatório observar a recomendação dos fabricantes dos veículos e/ou direções hidráulicas e evitar ao
máximoamisturadeprodutos.
PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO:
Texamatic ATF
Texamatic B
Texamatic 7045E
8.7 Direções Hidráulicas
60
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R
Fundamentos de Lubrificação
8.8 Sistemas de Freio
Independentementedotipodefluidoutilizado(conformedescritonoitem6.7.5-“ClassificaçõesdeFluidopara
Freios”),ocuidadocomamanutençãodosistemadefreioécrucialparaumaoperaçãosegura.
Os principais ensaios realizados nos fluidos de freio são:
• Pontodeebulição-Opontodeebuliçãoindicaatemperaturaemqueofluidocomeçaaformarvapores.Esta
temperatura é crítica para a operação do sistema de freios porque os vapores tornam o fluido compressível,
passandoanãocumpriradequadamentesuafunçãodetransmissãodeforça,podendoprovocardificuldades
nasfrenagens.
• Ponto de ebulição úmido - Indica a capacidade do fluido em manter seu ponto de ebulição em presença de
água. Como os fluidos de freio são higroscópicos, é um fator determinante na vida útil dos fluidos de freio.
• Viscosidade a -400
C - Garante a fluidez do fluido em baixas temperaturas de operação.
Osfluidosdefreiotêmumatendênciadeabsorveráguaduranteoarmazenamentoe,principalmente,emserviço.
0 1 2 3 4 5 6
0
1
2
3
4
5
6
Tempo (ano)
%águaabsorvida
Figura8.3a
61
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R
Fundamentos de Lubrificação
Estaáguaabsorvidavaidiminuindogradativamenteopontodeebuliçãodofluidoevaiaumentandoaprobabili-
dadedeseformarvaporesnosistema.
% Água no Fluido de Freio
1 2 3 4 5
100
120
140
160
180
200
220
240
260
PontodeEbulição(C)
0
Figura8.3b
“Éimportanteentão”:
1) Armazenarosfrascoscorretamente.
2) Utilizaraespecificaçãorecomendadapelofabricante.
3) Nãomisturarprodutos.
4) Evitarcontaminaçãocomóleosousujeira.
5) Trocarofluidoperiodicamente. Acadaano,senãohouverorientaçãodofabricante.
PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO:
Fluido para Freios Especial DOT4
Fluido para Freios Super HD DOT 3
Valores típicosda 260C DOT3
62
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R
Fundamentos de Lubrificação
8.9 Sistemas de Arrefecimento
Ospontosprincipaisaobservarsão:
a) Uso de produto base etileno ou base água
Quem determina o tipo de fluido a utilizar é sempre o fabricante do equipamento.
• Os “fluidos de base etileno” (água + etileno + anticorrosivo) são normalmente recomendados para equipa-
mentosmóveis,poisestessãosubmetidosamaioresvariaçõesdetemperaturasepossuemmenoresradiado-
res(e/outrocadoresdecalor)etambémmenoresreservatóriosdeexpansão.Usomandatórioemregiõescom
temperaturasambientesabaixode00
C.
• Os“fluidosdebaseágua”(água+anticorrosivo)sãonormalmenterecomendadosparamotoresestacionários,
poisestessãosubmetidosatemperaturasuniformesdeoperaçãoepossuemgrandestrocadoresdecalor(ou
radiadores)egrandesreservatóriosdeexpansão. Algunsfabricantesdeônibusecaminhõesaprovamousode
“fluidodebaseágua”emveículosquenuncasejamsubmetidosatemperaturasambientesabaixode00
C.
b) Concentração dos fluidos
Os“fluidosdebaseetileno”(água+etileno+anticorrosivo)devemserutilizadosnumaproporçãode30a70%,
porquenesteintervalooetilenoalcançaseuequilíbrionassuascaracterísticasdeproteçãocontracongelamento
eaumentodopontodeebulição. AsproporçõesmaisindicadasnoBrasilsãode33%ede50%pelafacilidadede
preparaçãoedecomplementaçãodamistura.Amanutençãodaproporçãocorretanosistemaétambémimpor-
tante para garantir a eficácia do pacote anticorrosivo (recomendamos o uso de refratômetro, ou densímetro,
específicoparaverificaçãoperiódica).
• Os “fluidos de base água” (água + anticorrosivo) são formulados para trabalhar entre 5% a 10% em água. A
manutençãodaproporçãocorretanosistemaétambémimportanteparagarantiraeficáciadopacoteanticor-
rosivo(recomendamosousoderefratômetroespecíficoparaverificaçãoperiódica).
8.9.1 Aplicação
8.9.2 Tipos de inibidores / Vantagens do inibidor do tipo carboxilato
Hádiversostiposdeinibidoresdeferrugemeoxidaçãonomercado.ATexacoutilizaatecnologiadecarboxilatos
que é de “baixa taxa de consumo”, ou seja, leva anos para que se acabe a sua capacidade anticorrosiva. Por
isso,osprodutossãoconsideradosdelongaduraçãoerecebemadenominação“XL”ou“ExtendedLife”.
Dicasprincipaissobreatrocaoucomplementodofluido:
• Consulteomanualdoequipamentocomrelaçãoàquantidadetotaldosistemadearrefecimento.
• Limpebemosistema(comágualimpa)antesdetrocarofluido.
• Utilizeocoolantpré-diluídosemprequedesejartrabalharcomintervalosestendidosdetroca.
• Façaareposiçãosemprecomomesmoproduto.
• Verifiqueperiodicamenteaconcentraçãodoetilenoouinibidor.
63
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R
Fundamentos de Lubrificação
Asgraxasnormalmenteutilizadasparaestaaplicaçãosãodebasedelítiocomaditivaçãodeextremapressão.
Comoaumentodepotência(econseqüentementemenorcargatransportadaevelocidade),háumanecessida-
dedousodegraxasmaisnobres(maiorpontodegota,maiorcargaEPemelhorbombeabilidade).Comisso,vem
aumentandoousodegraxasdecomplexodelítioparaessaaplicação.
Háqueseobservaraimportânciadousodegraxanaquantidadecorreta(indicadapelomanualdofabricantedo
veículo ou do rolamento), pois o excesso de graxa provoca um aumento de temperatura que pode causar
vazamentos, que, por sua vez, podem reduzir a capacidade de frenagem e/ou quebra do cubo.
PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO:
MultifakPremium
Starplex
8.10 Graxas Automotivas
8.10.1 Cubos de roda
8.10.2 Suspensão
Osfeixesdemolaebalanceirosprecisamdelubrificaçãoperiódica.Porsetratardeaplicaçãoqueexigeresistên-
ciaalavagemporágua,tradicionalmentesãoutilizadasgraxasdecálcionestaaplicação.
Noentanto,hádiversasempresas(principalmentegrandestransportadoras)queutilizamgraxasdelítiodotipo
múltiplas aplicações com excelentes resultados de aumento de vida útil dos componentes e também maiores
períodosderelubrificação.
PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO:
Chassis CA2
Marfak
8.10.3 Quinta Roda
Háumagrandetendênciadefuganestaaplicação.Porisso,éimportanteutilizarumagraxacomaditivaçãosólida
ecomaltaaderência.
PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO:
Molytex 2
Molytex EP2
64
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R
Fundamentos de Lubrificação
9 Módulo industrial
Paraalubrificaçãodecompressores,deve-severificarsemprearecomendaçãodofabricante.Asrecomendações
podemvariardesdeumóleodemotoratéumóleomineralpuro.Abaixo,umbreveguiaparamelhorcompreen-
sãodasalternativasparalubrificaçãodosmesmos.
Compressores alternativos (ou de pistão)
Há2opçõesprincipaisparaalubrificaçãodoscompressoresdepistão:
• Produtosdebasemineral-AprimeiraopçãoéusodeumprodutodebasenaftênicadeviscosidadeISO100ou
150,dependendodofabricante.
– ProdutoTexacorecomendado:Alcaid
Naausênciadeprodutosnaftênicos,utilizarprodutosparafínicosdemesmaviscosidade.
– ProdutosTexacorecomendados:CanopusouRegalR&O
Geralmentenãosãorecomendadosóleoshidráulicosnestaaplicação.
• Produtos de base sintética - Uso de produtos de base sintética permite maiores intervalos de troca e meno-
rescustosdemanutenção.
– ProdutoTexacorecomendado:CetusDE100
Compressores rotativos (de parafuso, palhetas ou lóbulos)
Há2opçõesprincipaisparaalubrificaçãodoscompressoresrotativos:
• Produtosdebasemineral-AprimeiraopçãoéusoóleohidráulicodealtoIVedeviscosidadeISO32,46ou68,
dependendodofabricante.
– ProdutosTexacorecomendados(nestaordem):RandoHDZ,RandoSuperHDW,RandoHD,HidráulicoHD.
• Produtos de base sintética - Uso de produtos de base sintética permite maiores intervalos de troca e meno-
rescustosdemanutenção.
– ProdutoTexacorecomendado:CetusPAO46ou68.
9.1 Compressores
9.2 Compressores de ar
65
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  • 1. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação
  • 2. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação O objetivo desta apostila é ressaltar a importância dos lubrificantes para o bom desempenho dos veículos e máquinas,assimcomoapresentarasnovasespecificaçõesdoslubrificantes,visandosuacorretaaplicação,contri- buindoparaoaumentodavidaútildaspeçasqueoutilizam. Alémdisso,oferecerumamelhorfamiliarizaçãopara osprofissionaisenvolvidoscomaáreademanutençãoemrelaçãoaosaspectosbásicosdalubrificaçãodasmáqui- naseequipamentosutilizadosnosdiversossegmentosautomotivoseindustriais,permitindoumacompreensão melhordasfunçõesimportantesdosatuaislubrificantes. Introdução EstematerialfoielaboradopeloDepartamentodeTecnologiadaTexacoBrasilLTDA.enãopodeserreproduzido, integralmenteouparcialmente,semautorizaçãopréviadomesmo. Emissão:Junhode2005 1
  • 3. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 1 PETRÓLEO.................................................................................................................................................... 5 1.1 Origemdopetróleo ........................................................................................................................... 5 1.2 Composiçãoquímicadopetróleo ....................................................................................................... 5 2ÓLEOSBÁSICOS ............................................................................................................................................ 6 2.1 Descrição .......................................................................................................................................... 6 2.2 Processodeproduçãodeóleosbásicos............................................................................................... 6 2.3 Propriedadesdosgruposdebásicos.................................................................................................... 7 2.4 Dúvidafreqüentesobrebásicos:OsóleosbásicosdogrupoIIIsãosintéticos? ....................................... 8 3ADITIVOS ..................................................................................................................................................... 9 3.1 Anticorrosivos .................................................................................................................................... 9 3.2 Antidesgaste ..................................................................................................................................... 9 3.3 Antiespumante .................................................................................................................................. 9 3.4 Antioxidantes .................................................................................................................................... 9 3.5 Detergentes ...................................................................................................................................... 9 3.6 Dispersantes ...................................................................................................................................... 9 3.7 ExtremaPressão ................................................................................................................................ 9 3.7.1 FourBall ..................................................................................................................................... 10 3.7.2 Timken ...................................................................................................................................... 11 3.8 MelhoradoresdoÍndicedeViscosidade ............................................................................................ 12 3.9 RebaixadoresdoPontodeFluidez .................................................................................................... 12 3.10 Modificadoresdeatrito .................................................................................................................... 12 3.11 Outrosaditivos................................................................................................................................. 12 4 ÓLEOS LUBRIFICANTES ................................................................................................................................. 13 4.1 Produçãodelubrificantes ................................................................................................................. 13 4.2 Propriedadesdosóleoslubrificantes ................................................................................................. 13 4.2.1 Viscosidade ................................................................................................................................ 13 4.2.2 ÍndicedeViscosidade(IV) ........................................................................................................... 14 4.2.3 Ponto de fluidez ......................................................................................................................... 14 4.2.4 Pontodefulgor .......................................................................................................................... 15 4.2.5 Cor ............................................................................................................................................ 15 4.2.6 Densidade.................................................................................................................................. 16 4.2.7 Outraspropriedades ................................................................................................................... 16 5 SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DE VISCOSIDADE.............................................................................................. 17 5.1 SistemadeClassificaçãodeViscosidadeSAEJ300paraÓleosdeMotor.............................................. 17 5.2 SistemadeClassificaçãodeViscosidadeSAEJ306paraÓleosdeTransmissãoManualeDiferencial .................. 19 Índice 2
  • 4. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 5.3 SistemadeClassificaçãodeViscosidadeISOparaÓleosIndustriais..................................................... 20 5.4 SistemadeClassificaçãodeViscosidadeAGMAparaÓleosIndustriais ................................................ 20 5.5 Outrasclassificaçõesdeviscosidade.................................................................................................. 21 6 CLASSIFICAÇÕES DE DESEMPENHO ...............................................................................................................22 6.1 Classificaçõesamericanas................................................................................................................. 22 6.1.1 ClassificaçãoAPIparaóleosdemotoresagasolina ....................................................................... 22 6.1.2 ClassificaçãoILSACparaóleosdemotoresagasolina ................................................................... 23 6.1.3 ClassificaçãoAPIparaóleosdemotoresadiesel........................................................................... 24 6.1.4 ProgramadecertificaçãodaAPI .................................................................................................. 25 6.2 ClassificaçõesEuropéias ................................................................................................................... 26 6.2.1 ClassificaçãoACEAparaóleosdemotoresagasolinaedieselleve ................................................ 26 6.2.2 ClassificaçãoACEAparaóleosdemotoresadieselpesado............................................................ 27 6.3 Classificaçõesdefabricantesautomotivos ......................................................................................... 30 6.3.1 Ford ........................................................................................................................................... 30 6.3.2 Mercedes................................................................................................................................... 30 6.3.3 Volkswagen................................................................................................................................ 31 6.3.4 Volvo ......................................................................................................................................... 31 6.4 ClassificaçõesparaMotores2temposrefrigeradosaar ...................................................................... 32 6.5 ClassificaçõesparaMotores2temposrefrigeradosaágua ................................................................. 32 6.6 ClassificaçãoAPIparaóleosdetransmissõesmanuaiseeixos............................................................. 33 6.7 Classificaçõesdeóleosdetransmissõesautomáticas ......................................................................... 34 6.7.1 Dexron(GM) .............................................................................................................................. 34 6.7.2 Allison........................................................................................................................................ 34 6.7.3 Caterpillar .................................................................................................................................. 35 6.7.4 ZF .............................................................................................................................................. 35 6.7.5 Classificaçõesdefluidosparafreios ............................................................................................. 36 6.8 ClassificaçãoAGMA ......................................................................................................................... 37 6.9 EspecificaçõesDINparaóleosindustriais........................................................................................... 38 6.10 Classificaçõesdefabricantesindustriais............................................................................................. 42 7 GRAXAS LUBRIFICANTES...............................................................................................................................44 7.1 Definição ........................................................................................................................................ 44 7.2 AplicaçãodeGraxa .......................................................................................................................... 44 7.3 Fabricação ....................................................................................................................................... 44 7.4 TiposdeGraxas ............................................................................................................................... 45 7.4.1 Tabeladecompatibilidadedegraxas ........................................................................................... 47 7.5 Propriedades ................................................................................................................................... 48 7.5.1 Consistência ............................................................................................................................... 48 7.5.2 Pontodegota............................................................................................................................. 50 7.5.3 Bombeabilidade ......................................................................................................................... 50 7.6 Classificaçãoparagraxas .................................................................................................................. 52 7.6.1 SistemadeclassificaçãodegraxasdaNLGI .................................................................................. 52 7.6.2 EspecificaçõesDINparagraxas .................................................................................................... 53 3
  • 5. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 8 MÓDULO AUTOMOTIVO ..............................................................................................................................55 8.1 Motoresagasolina,álcooleGásNatural ........................................................................................... 55 8.2 Motoresdiesel................................................................................................................................. 56 8.3 TransmissõesManuais ...................................................................................................................... 58 8.4 TransmissõesAutomáticas ................................................................................................................ 58 8.5 DiferenciaisConvencionais .............................................................................................................. 59 8.6 DiferenciaisAutoblocantes............................................................................................................... 60 8.7 DireçõesHidráulicas ........................................................................................................................ 60 8.8 SistemasdeFreio ............................................................................................................................ 61 8.9 SistemadeArrefecimento ............................................................................................................... 63 8.9.1 Aplicação ................................................................................................................................... 63 8.9.2 Tiposdeinibidores/Vantagensdoinibidordotipocarboxilato ..................................................... 63 8.10 GraxasAutomotivas ......................................................................................................................... 64 8.10.1 Cubosderoda ............................................................................................................................ 64 8.10.2 Suspensão.................................................................................................................................. 64 8.10.3 QuintaRoda ............................................................................................................................... 64 9 MÓDULO INDUSTRIAL ..................................................................................................................................65 9.1 Compressores ................................................................................................................................. 65 9.2 Compressoresdear ......................................................................................................................... 65 9.3 Compressoresderefrigeração .......................................................................................................... 66 9.4 CompressoresparaGasesIndustriais ................................................................................................. 66 9.5 Redutores........................................................................................................................................ 66 9.5.1 Tiposdelubrificantespararedutores ........................................................................................... 67 9.6 SistemaHidráulico ........................................................................................................................... 68 9.6.1 Tiposdelubrificantesparasistemashidráulicos ............................................................................ 68 9.7 GraxasIndustriais ............................................................................................................................. 69 10GLOSSÁRIO ................................................................................................................................................ 70 4
  • 6. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 1 Petróleo 1.1 Origem do petróleo Pelateoriaorgânica,opetróleo,talcomoéencontradohojenanatureza,resultoudamatériaorgânicadepositada emconjuntocompartículasrochosasduranteaformaçãodasrochassedimentaresmilhõesdeanosatrás. 1.2 Composição química do petróleo Opetróleoéconstituídoquaseinteiramenteporcarbonoehidrogênioemváriascombinaçõesquímicas(hidrocar- bonetos).Dependendodostiposdehidrocarbonetospredominantesemsuacomposição,opetróleopodeser classificadoembaseparafínicaebasenaftênica.Nocasodenãohaverpredominânciadeumtipodecomposto sobreooutro,opetróleoéclassificadocomobasemista. Certas características físico-químicas do petróleo, como fluidez, cor e odor, podem variar em função de sua composiçãoedolocalextraído. Afiguraabaixoclassificaosderivadosdepetróleo,deacordocomonúmerodecarbonos. Figura1.1 Número de hidrocarbonetos 1 C1 - C5 Gases C5 - C11 Gasolina C11 - C15 Querosene C20 - C40 Diesel C22 - C48 Óleos básicos minerais C40 + Combustíveis pesados 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 5
  • 7. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 2 Óleos básicos 2.1 Descrição Nasrefinarias,opetróleoéprocessadoeumagrandequantidadedesubprodutoséobtida.Algumasdasrefinarias possuemunidadesespeciaisparatratamentoeprocessamentodestessubprodutosquedepoisdetratadosserão denominados“óleosbásicos”. Osóleosbásicossãoamatéria-primaprincipalparaaproduçãodosdiversostiposdelubrificantes. Osbásicosobtidosdopetróleosãoclassificadosconformeabaixo: Figura2.1 2.2 Processo de produção de óleos básicos Otratamentodosbásicosestáemconstanteevolução,comoobjetivodemelhorarsuaspropriedadesediferenciar osmesmoscomercialmente. Nafigura3,umavisãosimplificadadecomoosdiferentesgruposdebásicossãoobtidosequaissãoprocessosque afetamdiretamenteassuaspropriedadesfísico-químicasfinais. Ligação CH3 CH3 CH3 H3C CH3 CH3 CH3CH3 H3C CH3 Tipo Óleos Básicos Aromáticos Algumas Aplicações Óleos de motor, óleos hidráulicos e óleos de engrenagens. Extensores e emolientes na indústria de borracha. Óleos Básicos Nafténicos Óleos para transformadores, compressores de refrigeração e compressores de ar. Óleos Básicos Parafínicos 6
  • 8. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Figura2.2 2.3 Propriedades dos grupos de básicos Para permitir que os diferentes grupos de básicos possam ser comparáveis comercialmente e substituíveis no processodeproduçãodelubrificantes,osóleosbásicosforamclassificadosemgruposquelevamemconsidera- çãoaspropriedadesabaixo: • Índice de viscosidade (I.V.) • Percentual de saturados • Teor de enxofre Estaspropriedadesserãovistasmaisadiantenestaapostilaetambémestãodetalhadasnoglossário. Algumas das especificações mais modernas de óleos de motor e de transmissão têm limites tão severos que o uso de básicos de maior qualidade passa a ser obrigatório. Os básicos de melhor qualidade também possuem melhores características de Ponto de fluidez, Resistência à oxidação e Volatilidade. GLP Nafta Gasolina Querosene Diesel Combustíveis Pesados Petróleo Gás Natural Lubrificante Destilado e Gás-Óleo Torre de Destilação a Vácuo Reação Fischer - Tropsch Hidroprocessamento Óleo Básico GTL Craqueamento da Nafta Eteno Síntese Deceno Polimerização Grupo IV Sintéticos (PAO) Hidrocraquamento de Alta Temperatura Hidrocraquamento de Baixa Temperatura Extração por Solvente Desparafinação por Solvente Extração por Solvente Hidrotratamento Desparafinação Catalítica Hidroacabamento Grupo III Óleo Mineral não Convencional Desparafinação Catalítica Grupo II Óleo Mineral não Convencional Grupo I Óleo Mineral Convencional = Processos = Produtos 7
  • 9. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Figura2.3 Segundo o parecer da Corte de Apelação Americana de 1999 (National Appeals Division - NAD), os óleos dos gruposIIIpodemserchamadosdesintéticos.Istoéválidoparatodoomundo,excetoAlemanha. AChevron,porexemplo,fazusodotermo“formuladocomISOSYN”paradiversosprodutosfabricadosnosEUA com básicos do grupo III, como indicação de uso de básico de melhor qualidade. 2.4 Dúvida freqüente sobre básicos: os óleos básicos do grupo III são sintéticos? Poli-interna-olefinas(PIOs) Grupo Enxofre, Saturados,% I.V. %peso volume I >0,03 e/ou < 90 80-119 II <0,03 e > 90 80-119 III <0,03 e > 90 >120 IV V VI Todaspolialfaolefinas(PAOs) TodososbásicosnãoincluídosnosgruposdeIaIV(NafténicosesintéticosnãoPAOs) 8
  • 10. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 3 Aditivos Os aditivos são compostos químicos que melhoram ou atribuem propriedades aos óleos básicos que serão usadosnafabricaçãodelubrificantesegraxas. Essesaditivosquímicostêmdiferentesfunçõesenormalmentepertencemaumadascategoriasdescritasabaixo. Estesaditivosprotegemassuperfíciesmetálicaslubrificadasdoataquequímicopelaáguaououtroscontaminantes. 3.1 Anticorrosivos Estesaditivosformamumfilmeprotetornassuperfíciesmetálicas,evitandoorompimentodapelículalubrifican- te,quandooóleoésubmetidoacargaselevadas.Aformaçãodestefilmeocorreatemperaturaspontuaisdeaté 300°C. 3.2 Antidesgaste Têmapropriedadedefazercomqueestaespumaformadanacirculaçãonormaldoóleosedesfaçaomaisrápido possível. 3.3 Antiespumantes Têmapropriedadedeaumentararesistênciaàoxidaçãodoóleo.Retardamareaçãocomooxigêniopresenteno ar, evitando a formação de ácidos e borras e, conseqüentemente, prolongando a vida útil do óleo. Evitando a oxidação,minimizamoaumentodaviscosidadeeoespessamentodoóleo. 3.4 Antioxidantes Têm a propriedade de manter limpas as partes do motor. Também têm basicidade para neutralizar os ácidos formadosduranteacombustão. 3.5 Detergentes Têmapropriedadedeimpediraformaçãodedepósitosdeprodutosdecombustão(fuligem)eoxidação(borra) nassuperfíciesmetálicasdeummotor,mantendoestesprodutosindesejáveisemsuspensãodemodoquesejam facilmenteretidosnosfiltrosouremovidosquandodatrocadoóleo. 3.6 Dispersantes Estesaditivosreagemcomometaldassuperfíciessobpressãosuperficialmuitoelevada,formandoumcompos- toquímicoquereduzoatritoentreaspeças.Minimizamocontatodiretoentreaspartes,evitandoorompimento dapelículalubrificante,quandooóleoésubmetidoacargaselevadas.Estareaçãosedáatemperaturaspontuais elevadas(cercade500°C). Estesaditivossãocomumenteutilizadosemlubrificantesdeengrenagensautomoti- vaseindustriaisetambémemgraxas. 3.7 Extrema Pressão 9
  • 11. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Existemdoisensaiosprincipaisparaavaliaracapacidadedeumóleolubrificantedesuportarcargaselevadasem serviço.AcapacidadeEPdeumóleodependequasequeintegralmentedosaditivosdeExtremaPressãoadicio- nadosaoproduto. O método Four Ball ASTM D-2783 é um ensaio que avalia as propriedades de extrema pressão do lubrificante, utilizandoumaesferadeaçoquegiranapartesuperiora1760rpmsobre3outrasesferasqueestãoimóveisem umacubadetesterecobertacomoóleo.Ostestessãofeitosaumentandoacargaatéocorrerasoldagem. 3.7.1 Four Ball Figura 3.1 a O método Four Ball ASTM D-4172 é um ensaio que avalia as propriedades antidesgastes do lubrificante, seme- lhante ao ASTM D-2783, porém, neste caso, após o ensaio, mede-se o diâmetro das escariações sofridas pelas esferas,emmm. o teste é concluído quando ocorre a solda Figura 3.1 b A esfera de cima gira a 1.800 RPM Força da Carga A esfera de cima gira a 1.800 RPM Amostra do Lubrificante Força da Carga Amostra do Lubrificante 10
  • 12. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação os diâmetros das marcas de desgastes são medidos horizontalmente e verticalmente Figura 3.1 c EstetesteparaóleoslubrificanteséfeitosobométodoASTMD-2782.Éumensaioqueavaliaaspropriedadesde extremapressãodolubrificante. Umaneldeaçogiracontraumblocodeaço.Sãocolocadospesos(libras),fazendocomqueoanelexerçapressão sobre o bloco que está imóvel. Ao final, avalia-se o bloco, ou seja, se a aditivação presente no óleo não se rom- peu,danificandoobloco. Paragraxasosensaiossãoligeiramentediferentesesão,portanto,definidosporoutrosmétodos: •OmétodoFourBallASTMD-2596avaliaaspropriedadesdeextremapressãodagraxaatéocorrerasoldagem. •O método Four Ball ASTM D-2266 avalia as propriedades de antidesgaste da graxa, medindo o diâmetro das escariações. 3.7.2 Timken Figura3.2 O detalhe mostra como o copo de teste fricciona de encontro ao bloco de teste 11
  • 13. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 3.8 Melhoradores do Índice de Viscosidade Paragraxasoensaioéligeiramentediferentee,portanto,definidoporoutrométodo: •O método Timken ASTM D-2509 avalia as propriedades de extrema pressão da graxa, observando os danos causadosnoblocodeteste. Têm a função de reduzir a tendência dos óleos lubrificantes variarem a sua viscosidade com a variação da temperatura. 3.9 Rebaixadores do Ponto de Fluidez Melhoram a fluidez dos óleos quando submetidos a baixas temperaturas, evitando a formação de cristais que restringemofluxodosmesmos. 3.10 Modificadores de Atrito Osaditivosmodificadoresdeatritoreduzemaenergianecessáriaparadeslizarpartesmóveisentresi,formando uma película que se rompe com o movimento, mas que se recompõe automaticamente. São empregados em óleos de motores (para aumento de eficiência), em sistemas de freio úmido, direções hidráulicas e diferenciais autoblocantes (para diminuição de ruídos), em transmissões automáticas (para melhorar o acionamento das embreagens e engrenagens) e também em graxas para Juntas Homocinéticas (para o aumento de eficiência). Podemsersubstânciasorgânicas(teflon),inorgânicas(grafite,bissulfetodemolibdênio)ouorganometálicas(a basedemolibdênioouboro). 3.11 Outros Aditivos Além destes tipos de aditivos, existem vários outros de uso corrente como corantes, agentes de adesi- vidade, etc. 12
  • 14. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 4 Óleos lubrificantes Os óleos lubrificantes apresentam certas características próprias que lhes são conferidas pela sua composição química (resultante do petróleo bruto), pelo tipo de refino, pelos tratamentos adicionais realizados e pelos aditivosutilizados. Abaixoesquemasimplificadodaproduçãodeóleoslubrificantes: 4.1 Produção de lubrificantes = Componentes Misturador em Linha ou Tacho de Mistura Óleo Lubrificante = Processo = Produto Óleo Básico 1 Óleo Básico 2 Aditivos Figura4.1 Aviscosidadeéaresistênciaaomovimento(fluxo)queumfluidoapresentaaumadeterminadatemperatura. Ométododemediçãomaisempregadoatualmenteéodeviscosidadecinemática.Nestemétodo,émedidoo tempoqueumvolumedelíquidogastaparafluir(sobaçãodagravidade)entredoispontosdeumtubodevidro capilarcalibrado.Aunidadedeviscosidadecinemáticaéexpressaemcentistokes (cSt)ouem mm2 /s,conforme osistemamétricointernacional. 4.2 Propriedades dos óleos lubrificantes 4.2.1 Viscosidade 13
  • 15. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Figura4.2 Tubo de Viscosidade Cinemática Sucção do fluido até a marca do início Marca do início Marca do fim Seção capilar Segundos Outros métodos de cálculo de viscosidade cinemática ainda muito citados em manuais e literatura técnica em geral são SSU (Saybolt Segundo Universal) e Engler. Aviscosidadeéumadaspropriedadesmaisimportantesaseremconsideradasnaseleçãodeumlubrificante,pois estedevesersuficientementeviscosoparamanterumapelículaprotetoraentreaspeçasemmovimentorelati- vo, e também não ser tão viscoso que ofereça resistência excessiva ao movimento entre as peças. Éumnúmeroempíricoqueexpressaataxadevariaçãodaviscosidadecomavariaçãodatemperatura. Quanto maisaltooIVdeumóleolubrificante,menoréavariaçãodesuaviscosidadeaosevariaratemperatura. Deum modogeral,osóleosparafínicospossuemumIVmaiorqueosóleosnaftênicos.(Vejamaisdetalhesnoglossário) 4.2.2 Índice de Viscosidade (IV) É a menor temperatura em que um óleo flui livremente, sob condições preestabelecidas de ensaio. Esta carac- terísticaébastantevariável,edependedediversosfatorescomo:origemdoóleocru,tipodeóleoeprocessode fabricação.(Vejamaisdetalhesnoglossário) 4.2.3 Ponto de fluidez 14
  • 16. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação É a menor temperatura na qual um óleo desprende vapores que, em presença do ar, provocam um lampejo ao aproximar-sedeumapequenachamadasuperfíciedoóleo. Esteensaiopermiteestabeleceramáximatempe- raturadeutilizaçãodeumproduto,evitandoriscosdeincêndioe/ouexplosão. 4.2.4 Ponto de fulgor Dentre vários métodos empregados para a determinação de cor, o mais usual é o ASTM - 1500. Neste método, uma amostra líquida é colocada no recipiente de teste e, utilizando uma fonte de luz, esta amostraécomparadacomdiscosdevidrocolorido,quevariamemvalorde0,5a8,0.Quandonãoéencontrada umaequivalênciaexataeacordaamostraficaentreduascorespadrão,relata-seamaisalta.Assim,umóleoque tenha a cor entre 2,5 e 3,0 será reportado L3,0. Acordosóleosnãotemrelaçãodiretacomascaracterísticaslubrificantesenemcomaviscosidade,umóleomais claronãoénecessariamentemenosviscoso. Qualaimportânciadacoremumlubrificante? 1) Identificaçãodevazamentos.Porestarazãomuitasvezessãoadicionadoscorantesnosóleosparafacilitara identificaçãodosmesmos. 2) Atrativocomercial.Óleosmaisclarosoucoloridosartificialmentepodemdarumaidéiadeprodutosdemaior qualidade. 3) Facilitaravisualizaçãodaspeças(noscasosdeprodutosparausinagem). 4) Não interferir na cor do produto final quando o óleo fizer parte da composição do mesmo. A tabela a seguir é apenas uma referência de cores para uso didático, não pode ser utilizada como padrão de cores. 4.2.5 Cor Figura4.3 Color Conversion Table (ASTM D 1500) 15
  • 17. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação É a relação entre o peso do volume do óleo medido a uma determinada temperatura e o peso de igual volume deáguadestilada.Tambéméconhecidacomomassaespecífica. A maior parte dos produtos líquidos de petróleo são manipulados e vendidos por volume, porém, em alguns casos,énecessárioconheceropesodoproduto. Conhecendo-seadensidade,épossívelconvertervolumepara peso e vice-versa. 4.2.6 Densidade Alémdaspropriedadesdetalhadasacima,existemoutrascomo: • Ponto de anilina • Volatilidade • Ponto de inflamação •Ponto de congelamento 4.2.7 Outras propriedades 16
  • 18. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 5 Sistemas de classificação de viscosidade Existem várias classificações de viscosidade para óleos lubrificantes. Para escolher o óleo adequado, o usuário develevaremconsideraçãoaviscosidadecorretadoóleoparacadaaplicação. ASAEdesenvolveuaClassificaçãodeViscosidadeparaÓleosdeMotorSAEJ300,quetemsidomodificadacom o passar dos anos e estabelece 11 diferentes graus de viscosidade do óleo de motor, conforme tabela abaixo. 5.1 Sistema de Classificação de Viscosidade SAE J300 para Óleos de Motor Classificaçãodeviscosidadeparaóleosdemotor Figura5.1 Viscosidade máximab (cP) Viscosidade máximac (cP) Viscosidaded (cSta1000 C) Viscosidadee (cPa1500 C) ViscosidadesaAltasTemperaturasViscosidadesaBaixasTemperaturas Grau de Viscosidade SAE SAEJ300Janeiro2001a Mínimo Máximo 0W 6.200até-350 C 60.000até-400 C 3,8 - 5W 6.600até-300 C 60.000até-350 C 3,8 - 10W 7.000até-250 C 60.000até-300 C 4,1 - 15W 7.000até-200 C 60.000até-250 C 5,6 - 20W 9.500até-150 C 60.000até-200 C 5,6 - 25W 13.000até-100 C 60.000até-150 C 9,3 - 20 - - 5,6 <9,3 2,6 30 - - 9,3 <12,5 2,9 40 - - 12,5 <16,3 2,9f 40 - - 12,5 <16,3 3,7g 50 - - 16,3 <21,9 3,7 60 - - 21,9 <26,1 3,7 Reimpresso com a permissão da SAE J300 © 2004 Society of Automotive Engineers, Inc. a) 1cP = 1m Pa. s; 1cST = 1 mm2/s b) Viscosidade aparente utilizando o Simulador de partida a frio (CCS) - Método ASTM D 5293. c) Viscosidade aparente utilizando o Viscosímetro rotativo (MRV) - Método ASTM D 4684. d) Viscosidade cinemática utilizando Viscosímetro capilar - Método ASTM D 445. e) Viscosidade após cisalhamento de 10-6 s, e temperatura de 150ºC utilizando o Viscosímetro simulador de rolamento selado - Método ASTM D 4683. f) Para óleos SAE 0W40, 5W40 e 10W40. g) Para óleos SAE 15W40, 20W40, 25W40 e 40. 17
  • 19. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação O desenvolvimento dos aditivos melhoradores de índice de viscosidade possibilitou a fabricação dos óleos de múltipla graduação. Esses óleos também chamados de multiviscosos ou multigraus, como o SAE 5W-30 e SAE 15W-40,sãolargamenteusadosporquesãofluidosobastanteembaixastemperaturas,parapermitirumapartida maisfácildomotor,esuficientementeespessosaaltastemperaturas,parateremumdesempenhosatisfatório. Nográficoaseguir,podemosobservarocomportamentodaviscosidadedeumóleomultigraucomparadocom óleosmonograus. Gráficocomparativoentreóleosmonograusemultigraus 1000 100 10 1 10 40 70 100 Temperatura (ºC) SAE 40 SAE 30 SAE 10W ViscosidadeCinemática(cSt) SAE 15W40 Figura5.2 Comaajudadográfico,torna-sesimplesconcluirporqueummotortrabalhamelhorcomumóleomultigraudo quecomummonograu. • A viscosidade em baixa temperatura (por exemplo, 5W ou 10W) indica a rapidez com que um motor fará a partida no inverno e a facilidade com que o óleo fluirá para lubrificar as peças críticas do motor em baixa temperatura. Quantomaisbaixoforonúmero,maisfacilmenteomotorpoderáfazerapartidanotempofrio. • Aviscosidadeemaltatemperatura(porexemplo,30ou40)proporcionaaformaçãodepelículaadequadapara umaboalubrificaçãoemtemperaturasoperacionais(motorquente). Nossa orientação, quanto ao grau de viscosidade do óleo, é seguir as recomendações dos fabrican- tes de veículos para a viscosidade do óleo de cárter mais apropriada para o projeto do seu veículo. 18
  • 20. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação A SAE também desenvolveu uma Classificação de Viscosidade para Óleos de Diferencial e de Transmissão Manual SAE J306, que tem sido modificada com o passar dos anos. Hoje estabelece nove diferentes graus de viscosidade do óleo de diferencial. Existe uma proposta para que sejam acrescidos mais dois graus de viscosidades (SAE 110 e 190) e também alteradososlimitesdasviscosidadesSAE90eSAE140pararepresentarmelhoradiferençaentreosprodutosque estãonomercado. 5.2 Sistema de Classificação de Viscosidade SAE J306 para Óleos de Transmissão Manual e Diferencial 70W -55 4,1 - 70W 4,1 - 75W -40 4,1 - 75W 4,1 - 80W -26 7,0 - 80W 7,0 - 85W -12 11,0 - 85W 11,0 - 80 - 7,0 <11,0 80 7,0 <11,0 85 - 11,0 <13,5 85 11,0 <13,5 90 - 13,5 <24,0 90 13,5 <18,5 - 110 18,5 <24,0 140 - 24,0 <41,0 140 24,0 <32,5 - 190 32,5 <41,0 250 - 41,0 - 250 41,0 - Mínimo Máximo Mínimo Máximo Viscosidade Cinemáticaa1000 C, cSt(oumm2 /s) Viscosidade Cinemáticade 1000 C,cSt (oumm2 /s) Grau de Viscosidade SAE Temperatura Máxima para Viscosidade de150.000 mPa.sec,0 C Grau de Viscosidade SAE PropostadeMudançaSAEJ306Junho1998 Reimpresso com a permissão da SAE J306 © 2004 Society of Automotive Engineers, Inc. Classificaçãodeviscosidadeparaóleosdecaixasdemudançasediferenciais: Figura5.3 Este sistema tem função análoga ao sistema para óleos de motor. Aqui também o sufixo “W” indica graus de viscosidadedestinadosausoembaixastemperaturasambiente(locaisdeclimamuitofrio). A medida de viscosidade para baixa temperatura de engrenagens é feita através do ensaio de viscosidade dinâmica Brookfield porque representa melhor as propriedades de fluidez dos óleos de engrenagens (do que ensaios de ponto de fluidez, por exemplo). Estudos comprovam a excelente correlação entre a temperatura em que ocorre a lubrificação de um eixo automotivonapartidaembaixatemperaturaefalhasporlubrificaçãoinadequadaemóleosacima150.000cP. 19
  • 21. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação O sistema de classificação ISO é mais simples e leva em consideração apenas a viscosidade do produto à 400 C. 5.3 Sistema de Classificação de Viscosidade ISO para Óleos Industriais 2 2,2 1,98 2,42 32 3 3,2 2,88 3,52 36 5 4,6 4,14 5,06 40 7 6,8 6,12 7,48 50 10 10 9 11 60 15 15 13,5 16,5 75 22 22 19,8 24,2 105 32 32 28,8 35,2 150 46 46 41,4 50,6 215 68 68 61,2 74,8 315 100 100 90 110 465 150 150 135 165 700 220 220 198 242 1000 320 320 288 352 1500 460 460 414 506 2150 680 680 612 748 3150 1000 1000 900 1100 4650 1500 1500 1350 1650 7000 Grau de Viscosidade ISO PontoMédioda Viscosidade, cSt à 400 C Unidades Equivalentes em SUSMínimo Máximo LimitesdaViscosidade Cinemática,cStà400 C Figura5.4 O sistema de classificação AGMA classifica os lubrificantes para engrenagens abertas ou fechadas, levando em consideraçãonãosóaviscosidadedosóleos,mastambémaaditivaçãodosprodutos. A AGMA classifica os óleos como: • R&O(inibidoresdeferrugemecorrosão) • EP(Antidesgaste/ExtremaPressão) • CP (Óleos compostos - com 3 a 10% de gordura mineral ou sintética - freqüentemente empregados em engrenagensdotipocoroa/sem-fim) • R(residuais-freqüentementeempregadosemengrenagensabertas) • S(sintéticos) 5.4 Sistema de Classificação de Viscosidade AGMA para Óleos Industriais 20
  • 22. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação A classificação AGMA estabelece também diversos limites. Dentre eles: •Viscosidademáximade150.000cP(a5grausabaixodatemperaturadepartidadoequipamento) •Valores mínimos de índice de viscosidade •Valoresmáximosdeformaçãodeespuma É importante ressaltar que na classificação atual (emitida em 2002) houve uma mudança significa- tiva nas viscosidades dos números AGMA 10, 11 e 12 para poderem alinhar com os graus de visco- sidade ISO. Para equipamentos antigos, deve-se conferir a viscosidade adequada especificada pelo fabricante (não se deve ater apenas ao número AGMA quando da recomendação de lubrificantes). Mínimo Máximo LimitesdeViscosidade2 Cinemáticaa400 C(cSt) Viscosidade2 Média a 400 C (cSt) ISO Número AGMA 1) Revisão da ANSI/AGMA 9005-D94. 2) A unidade usual para a viscosidade cinemática é o centistoke (cSt), que é equivalente a mm2 /s Extraído da ANSI/AGMA 9005-02, lubrificação de engrenagens industriais, com a permissão da emitente, a American Gear Manufacturers Association, 500 Montgomery Street, Suite 350, Alexandria, Virginia, USA, ZIP Code 22314 ISO VG 32 32 28,8 35,2 0 ISO VG 46 46 41,4 50,6 1 ISO VG 68 68 61,2 74,8 2 ISO VG 100 100 90,0 110 3 ISO VG 150 150 135 165 4 ISO VG 220 220 198 242 5 ISO VG 320 320 288 352 6 ISO VG 460 460 414 506 7 ISO VG 680 680 612 748 8 ISO VG 1000 1000 900 1100 8A ISO VG 1500 1500 1350 1650 9 ISO VG 2200 2200 1980 2420 10 ISO VG 3200 3200 2880 3520 11 ANSI / AGMA 9005-E021 Figura5.5 Existemoutrasclassificaçõesdeviscosidadeespecíficasparamáquinasoperatrizes(comoasnormasASLE).Entre emcontato,senecessário. 5.5 Outras classificações de viscosidade 21
  • 23. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 6 Classificações de desempenho Os fabricantes de equipamentos e a indústria petrolífera vêm desenvolvendo várias maneiras de classificar e descreveroslubrificantes,tentandoatenderasevoluçõesdosequipamentos,ascondiçõesoperacionais,qualida- deetiposdecombustíveisempregadose,maisrecentemente,legislaçõesambientais(atuaisefuturas),princi- palmenterelativasaemissões. Naáreaautomotiva,asclassificaçõessão: • portipodeciclodemotor:Otto(gasolina,álcool,gásnatural)ediesel • por tipo de veículo: leve (automóveis, pick-ups e utilitários) e pesados (caminhões, ônibus e equipamentos pesados) • porrevoluçõesdefuncionamento:2tempose4tempos • poráreageográfica:americanas,européiaseasiáticas Aletra“S”seguidadeoutraletra(porexemplo,SL)refere-seaóleoadequadoparamotoresagasolina. Segundo a API, “S” é uma categoria para serviço de uso pessoal (service). Porcoincidência,“S”poderepresentar“sparkignition”(igniçãoporcentelha),queéaformadacombustãonos motoresagasolina. Asegundaletraéatribuídaalfabeticamentenaordemdedesenvolvimento. 6.1 Classificações americanas 6.1.1 Classificação API para óleos de motores a gasolina Figura6.1 SM 2004 SL 2001 - 2004 SJ 1996 - 2001 SH 1993 - 1996 SG 1988 - 1993 SF 1979 - 1988 SE 1971 - 1979 SD 1967 - 1971 SC 1963 - 1967SB 1930 - 1963SA 1920 - 1930 Especificações vigentes Especificações obsoletas Comercialização proibida pela ANP 22
  • 24. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Figura6.2 Oxidação Depósitos Ferrugem CorrosãoDesgaste Depósito no Pistão Estabilidade ao Cisalhamento API SL API SJ API SH API SG API SF Figura6.3 GF-4/SM GF-3/SL GF-2/SJ Controle de Depósito nos Pistões Consumo de óleo (Volatilidade) e proteção dos sistemas de emissões (limites p/P e S) Economia de combustível (inicial e retenção) Desgaste do comando de válvulas Espessamento do óleo e controle de depósitos de alta temperatura Controle de borra de baixa temperatura AAPIcrioutambémumsistemadecertificaçãodefácilvisualização(apenasosprodutosqueatendemaúltima especificaçãopodemreceberosímboloconhecidocomo“Starburst”nassuasembalagens).Osóleostêmcorrela- ção direta com os óleos da classificação API, mas atendem a testes de performance mais severos, entre eles o deeconomiadecombustível.AsclassificaçõessãonaseqüênciahistóricaGF-1(SH),GF-2(SJ),GF-3(SL),GF-4(SM). AILSAC(InternationalLubricantStandardizationandApprovalCommittee)compreendeosfabricantesamerica- nos (AAMA) e japoneses (JAMA). 6.1.2 Classificação ILSAC para óleos de motores a gasolina Abaixoumcomparativoentreasclassificaçõesmaisrecentes: 23
  • 25. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação A letra “C” seguida de outra letra (por exemplo CF) refere-se a óleo adequado para motores diesel. Segundo a API,“C”éumacategoriaparausocomercial(commercial). Por coincidência, a letra “C” representa “Compression Ignition” (ignição por compressão), que é a forma de igniçãodosmotoresdiesel. Asegundaletratambéméatribuídaalfabeticamentenaordemdedesenvolvimento. Como pode ser visto no gráfico, há uma subdivisão na categoria API para motores a diesel para atender os segmentosdemotoresdieseldedoistempos(principalmenteferroviários),motoresdieselgrandes(comfoco nos motores marítimos que consomem combustíveis de alto teor de enxofre) e motores “rodoviários” (onde estãoincluídasasespecificaçõesmaismodernasparamotoresdecaminhõeseônibus). 6.1.3 Classificação API para óleos de motores a diesel Especificações vigentes Especificações obsoletas Comercialização proibida pela ANP CI-4 2004 Quatro tempos Multigrau Recirculação de gases de escape (EGR) e controle de desgaste CH-4 1998 Quatro tempos Multigrau Melhor comportamento em presença de fuligem elevada CG-4 1994 Quatro tempos Multigrau Enxofre < 0,05% CF-4 1990 Quatro tempos Multigrau Injeção direta CE 1985 Quatro tempos Multigrau CD 1955 CC 1951CB 1950CA 1940 CF-2 1994 Dois tempos Monograu CF 1994 Quatro tempos Monograu Enxofre > 0,5% CD-II 1985 Dois tempos Monograu Figura6.4 24
  • 26. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Abaixoumcomparativoentreasclassificaçõesmaisrecentes: API CI-4 API CH-4 API CG-4 API CF-4 API CF Depósito nos Pistões CorrosãoEstabilidade ao Cisalhamento Espessamento por FuligemAeração do Óleo Desgaste no Comando de VálvulaOxidação Bombeabilidade do Óleo Usado Desgaste nos anéis e Camisas Consumo de LubrificanteEntupimento do Filtro de Óleo Borra Figura6.5 Este programa define, certifica e monitora o desempenho do óleo de motor que os fabricantes de veículos e motoresconsideramnecessárioparaavidaeodesempenhosatisfatóriosdoequipamento. Osistemaincluium processodeauditoriaanualparaverificarseosprodutoslicenciadosnomercadocumpremostermosdoacordo de licenciamento da API. 6.1.4 Programa de certificação da API Figura6.6 •AMERICAN PETROLEUM INSTITUTE• CERTIFIED API SERVICE __/_ _,__ ENE RGY CONSERV ING SAE xxW-yy SAE 15W-40 API SERVICE CI-4 /SL CI-4 PLUS API Certification Mark “Starburst” ® API Service Symbol “Donut” ® API Service Symbol “Donut” with CI-4 PLUS ® (1) Starburst: produtos com este símbolo atendem a especificação ILSAC vigente. (2) Nível de Desempenho: “S” para motores a gasolina e “C” para motores a diesel. (3) Classificação de Viscosidade SAE. (4) Energy Conserving: produto que auxilia na redução do consumo de combustível. (5) Exemplo de um produto que atende a especificação CI-4 Plus. 25
  • 27. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 6.2 Classificações Européias 6.2.1 Classificação ACEA para óleos de motores a gasolina e diesel leve Em2004aACEAunificouasduasclassificaçõesquehistoricamenteeramdistintas:AclassificaçãoACEAA”X”para motoresagasolinaeaclassificaçãoACEAB”X”paramotoresadieseldeveículosleves.Istofazbastantesentido naEuropaporquepraticamentetodososveículosestãodisponíveisnasduasmotorizações. Em 2004 foi criada uma classificação específica para os veículos equipados com catalizadores especiais para reduçãodepoluentes. EstesóleosACEAC”X”têmumníveldedesempenhoequivalenteaumACEAA5/B5,mas comlimitesquímicosbastantemaisrestritivos. A2-96 ISSUE 2 A2-96 ISSUE 3 B2-98 ISSUE 2 Carros de passageiros e pick-ups Motores a gasolina Carros de passageiros e pick-ups Motores a diesel 1990 1996 1998 2002 2004 Carros de passageiros e pick-ups Motores a gasolina e a diesel CCMCACEA Baixa emissão A1-98 A1-96 A2-96 G4 A3-98 A3-96 G5 B1-98 B1-96 B2-98 B2-96 B3-98 B3-96 PD2 B4-98 PD1 C3-04 C2-04 C1-04A3/B3-04 A1-02 A1/B1-04 A3-02 A5-02 B1-02 A3/B4-04 B3-98 ISSUE 2 A5/B5-04 B4-02 B5-02 Especificações vigentes Especificações obsoletas Especificações obsoletas com limites mais severos Figura6.7 26
  • 28. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Carros de passageiros e pick-ups Motores a diesel e gasolina Maior Intervalo de Troca EconomiadeCombustível A1/B1-04 A5/B5-04 A3/B3-04 A3/B4-04 Figura6.8 6.2.2 Classificação ACEA para óleos de motores a diesel pesado Em 2004 foi criada uma classificação específica para os veículos equipados com catalizadores especiais para reduçãodepoluentes.EstesóleosACEAE6têmumníveldedesempenhoequivalenteaumACEAE7,maslimites químicosbastantemaisrestritivos. 27
  • 29. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Figura6.9 1990 CCMC Especificações vigentes Especificações obsoletas Especificações obsoletas com limites mais severos Baixa emissão Veículos pesados Motores a diesel E4-99 ISSUE 3 E7-04 E6-04 1996 1998 1999 2002 2004 ACEA E2-96 ISSUE 5 E5-02 E5-99E4-99 E4-98 E3-96 D5 E2-96E1-96 D4 E4-99 ISSUE 2 E3-96 ISSUE 4 E2-96 ISSUE 4 E2-96 ISSUE 3 E3-96 ISSUE 3 E1-96 ISSUE 2 E2-96 ISSUE 2 E3-96 ISSUE 2 28
  • 30. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Veículos pesados Motores a diesel Maior Intervalo de Troca SeveridadedoServiço E2 E4 E6 E7 E6 – Baixa emissão E4 - Injeção direta Figura6.10 ACEA E5 ACEA E3/MB 228.3 ACEA E2/MB 228.1 ACEA E1/MB 227.1 Depósito no Pistão CorrosãoConsumo de Óleo Polimento da Camisa Espassamento p/ Fuligem Desgaste do Comando de VálvulasBorra Desgaste de Anéis e Pistões Figura6.11 29
  • 31. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 6.3 Classificação de fabricantes automotivos 6.3.1 Ford 2001 WSS-M2C-913B Resistência à oxidação (Seq IIIE) é mais severa do que a 913A4 vezes 1998 WSS-M2C-913A Resistência à oxidação (Seq IIIE) é 2 mais severa do que em ACEA A1-96 vezes 1996 WSS-M2C-912A1 Requisito mínimo ACEA A1/B1 mais ILSAC GF-2 1995 WSS-M2C153-F Requisito mínimo ILSAC GF-1 (licenciado) Figura6.12 Monograu Multigrau - 228.5 - 228.3 228.2 228.1 227.0* 227.1 *classificação obsoleta MERCEDES BENZ Motores Diesel Pesado Figura6.13 6.3.2 Mercedes 30
  • 32. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Figura6.14 Características Gasolina,ÁlcooleGNV DieselLeve Motoresturbo 503.1 506.1 Longoperíododetroca 503.00 506.00 Sintético 502.00 - 505.01 505.00 Economiadecombustível 500.00* 501.01* *classificações obsoletas VOLKSWAGEN 6.3.3 Volkswagen 6.3.4 Volvo VDS VDS-2 VDS-3 Figura6.15 31
  • 33. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 6.4 Classificações para Motores 2 tempos refrigerados a ar API JASO ISO GD FC GC FB GB - FA* - TC* TB* TA* *classificações obsoletas Classificação Motores 2 Tempos (refrigerados a ar) Figura6.16 6.5 Classificações para Motores 2 tempos refrigerados a água TC-W III TC-W II TC-W TC-W R Figura6.17 32
  • 34. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 6.6 Classificação API para óleos de transmissões manuais e eixos GL-1 GL-2 GL-3 GL-4 GL-5 Figura6.18 Designação Aplicação Lubrificantes para transmissões manuais. São óleos lubrificantes de base mineral sem aditivos de extrema pressão e modificadores de atrito. Podem eventualmente ter aditiva- ção antioxidante, anti-espumante e depressora de ponto de fluidez para melhorar suas características de serviço. API GL-1 Figura6.19 Status Vigentes Lubrificantes para transmissões manuais e alguns diferenciais convencionais operando em serviço leve ou moderado. São óleos lubrificantes de base mineral ou sintética com aditivos de extrema pressão. API GL-4 Lubrificantes para diferenciais convencionais operando em serviço severo. São óleos lubrificantes de base mineral ou sintética com aditivos de extrema pressão específicos para lubrificação de engrenagens hipóides. Em diferenciais não convencionais, de tra- ção positiva ou de deslizamento limitado, aditivos modificadores de fricção são defini- dos pelos fabricantes de diferenciais ou eixos. API GL-5 Lubrificantes para transmissões manuais não sincronizadas utilizadas em caminhões e ôni- bus, principalmente nos Estados Unidos. São óleos lubrificantes de base mineral ou sintética estáveistermicamente(ouseja,commaiorresistênciaaoxidação)ecommaiorcapacidadede proteção contra o desgaste e menor degradação dos selos de vedação. Estas características dos óleos MT-1 são complementares às categorias API GL-1, GL-4 e GL-5. API MT-1 Lubrificantes destinados para diferenciais com engrenagens “sem-fim”, não atendidas pela APIGL-1. Obsoletas API GL-2 Lubrificantes destinados para transmissões manuais e diferenciais com engrenagens cônicas helicoidais, sob condições de serviço moderadamente severo. API GL-3 Lubrificantes indicados para engrenagens projetadas com um pinhão de haste longa. Tais configurações típicamente requerem proteção contra o excesso de contato metal-metal, o que é obtido com o uso de um óleo API GL-5. Uma substituição dos pinhões de haste longa mais simples e a obsolescência do equipamento de prova original e procedimentos API GL-6, tem sido reduzido grandemente o uso comercial dos lubrificantes para engrenagens API GL-6. API GL-6 33
  • 35. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 6.7 Classificações de óleos de transmissões automáticas 6.7.1 Dexron (GM) 2003 Dexron IIIH 1998 Dexron IIIG 1993 Dexron IIIF 1991 Dexron IIE 1973 Dexron II 1966 Dexron 1959 Tipo A Sufíxo A1950 Tipo A 2005 Dexron VI Figura6.20 6.7.2 Allison C4 C3 C2 C1 Figura6.21 34
  • 36. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 6.7.3 Caterpillar Figura6.22 TO-4 TO-2 6.7.4 ZF Especificação TE-ML-14 Apenas um exemplo das diversas especificações ZF. 14E 14C 14B 14A Figura6.23 35
  • 37. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Os fluidos de freio DOT 3, DOT 4 e DOT 5.1 são produtos químicos (normalmente misturas de ésteres de glicol oupoliglicois)eporissonãopodemsermisturadoscomprodutosmineraisouabasedesilicone. OsfluidosDOT5.0normalmentesãoabasedesilicone,podemserutilizadosemdiversossistemasdefreios(são compatíveis com os vedadores de borracha), mas nunca devem ser misturados com os fluidos de freio DOT 3, DOT 4 e DOT 5.1. Os fluidos de freio tipo LHM são de base mineral e são específicos para algumas aplicações, como sistemas hidráulicoscentraisdeveículosCitröen,enãodevemserutilizadosemsistemasquerequeiramasespecificações DOT 3, DOT 4 e DOT 5.1. Há também no mercado produtos DOT 3+ e DOT 4+ que são produtos intermediários com maior ponto de ebulição, mas com os demais limites ou características das especificações DOT 3 e DOT 4, respectivamente. 6.7.5 Classificações de fluidos para freios DOT 5.1 e DOT 5 DOT 4 + DOT 4 DOT 3 + DOT 3 Figura6.24 36
  • 38. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 6.8 Classificação AGMA Osgrausdedesempenho(R&O,Comp,EP,S) jácitadosnoitem5.4correspondematestesdeperformanceque incluemensaiosderesistênciaàoxidação,resistênciaaodesgaste,formaçãodeespuma,dentreoutros. Grau de Viscosidade 3448/D2422 32 46 68 100 150 220 320 460 680 1000-3200 >3200 Viscosidade a 400 C, mm2 /s Viscosidade a 1000 C, mm2 /s Índice de viscosidade2) , min Viscos. dinâmica @ partida a frio3) , mPa.s, máx. Ponto de fulgor, 0 C, min. Resistência ao envelhecimento @ 121ºC – Max. % de aumento da viscosidade cinemática @ 100ºC Teor de água4) , ppm, máx Espuma, Tendência/ Estabilidade Limpeza Separação da água5) - % H2 O no óleo após 5h, máx - % H2 O no óleo após centrifugação, ml, máx. - total de H2 O livre coletada durante todo o teste, começando com 90 ml H2 O, ml, min. Prevenção a ferrugem, Parte B Corrosão em lâmina de cobre, 3 h @ 1000 C max. Desgaste por abrasão, método visual FZG, A/8,3/90, min. Notas: 1) O fornecedor do lubrificante reporta valores de acordo com os testes do método para efeito informativo. 2) Índices de viscosidades menores que os valores mínimos listados são aceitáveis se estiverem de acordo os usuários e os fabricantes dos equipamentos. 3) A temperatura de partida é especificada pelo usuário final. Deve ser reportada a viscosidade na temperatura avaliada ou a temperatura em que o óleo atinge 150.000 mPa.s. 4) Quantidade de água no óleo embalado. Maiores valores são aceitáveis talvez melhores para alguns óleos totalmente sintéticos, como poliglicois, misturas sintéticas ou misturas de fluidos sintéticos com minerais. Valores são aceitáveis se estiverem de acordo os usuários e os fabricantes dos equipamentos. 5) Valores máximos apresentados são para óleos minerais. Valores são aceitáveis se estiverem de acordo os usuários e os fabricantes dos equipamentos. 3104/D445 Reportar1) Ver figura 12 (Tabela viscosidade ISO / Nº AGMA) 3104/D445 2909/D2270 2592/D92 12937/D6304 7120/D665 -/D2983 -/D2893 6247/D892 -/- visual -/D2711 (Procedimento B) 2160/D130 14635- 1/D5182 Reportar1) Reportar1) 8590 150000 180 200 6 8 10 15 Reportar1) 300 Reportar1) Seq. I 50/0 Seq. II 50/0 Seq. III 50/0 Seq. I 75/10 Seq. II 75/10 Seq. III 75/10 Deve ser livre de contaminantes suspensos no momento que for disponibilizado para uso. 2,0 2,0 Reportar1) 1,0 4,0 Reportar1) 80,0 50,0 Reportar1) Passa 1b 10 12 >12 Propriedade Método de teste ISO/ASTM Requerimentos Figura6.25 ANSI/AGMA9005-E02 Performancemínimarequeridaparaóleosdeextremapressão(EP) 37
  • 39. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 6.9 Especificações DIN para óleos industriais DIN51502 Essa especificação classifica os óleos por aplicação através de um conjunto de letras. Essa especificação define apenas as aplicações dos produtos. Ela não define o nível de performance dos lubrifi- cantes.Oslimitesfísico-químicossãodefinidosparacadaaplicaçãoemespecificaçõesapartedetalhadasnesse capítulo.Porexemplo,aespecificaçãoDIN51502definequeóleosHL,HLPeHVLPsãoparasistemashidráulicos eaespecificação51542defineosensaiosqueosóleosprecisampassarparaseremclassificadoscomoPart1HL, Part 2 HLP e Part 3 HVLP. Lubrificantes Especiais e Industriais Consistedetrêspartes:aplicaçãoprincipal,aditivosespeciais(tabela2)egraudeviscosidadeISO. Os códigos alfabéticos iniciais, indicando a aplicação principal para óleos minerais ou fluidos sintéticos, são definidosnalistaabaixo: AN Óleos minerais para aplicações acima de 500 C BA Óleos betuminosos, 16 a 36 cSt. a 1000 C (DIN 51 501) BB Óleos betuminosos, 49 a 114 cSt. a 1000 C (DIN 51 501) BC Óleos betuminosos, 225 a 500 cSt. a 1000 C (DIN 51 501) C Sistemas circulatórios, óleos minerais (DIN 51 517 Part 1) CL Sistemas circulatórios, óleos R&O (DIN 51 517 Part 2) CLP Sistemas circulatórios, óleos EP (DIN 51 517 Part 3) CG Guias de barramentos D Ferramentas Pneumáticas E Ester Orgânico F Óleos para filtros de ar FK Fluidos “Perflourinated” FS Óleos Desmoldantes G (Ver Graxas) HC Hidrocarbonetos Sintéticos HD (Ver Automotivo) HYP (Ver Automotivo) HFAE Fluido Hidráulico resistente ao fogo, emulsão de óleo em água (DIN 24 320) HFAS Fluido Hidráulico resistente ao fogo, base água HFB Fluido Hidráulico resistente ao fogo, água em óleo HFC Fluido Hidráulico resistente ao fogo, polímero aquoso HFDR Fluido Hidráulico resistente ao fogo anidro HFDS Fluido Hidráulico resistente ao fogo anidro 38
  • 40. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação HFDT Fluido Hidráulico resistente ao fogo anidro HFDU Fluido Hidráulico resistente ao fogo anidro HL Óleos Hidráulicos, R&O (DIN 51 524 Part 1) HLP Óleos Hidráulicos, Antidesgaste (DIN 51 524 Part 2) HVLP Óleos Hidráulicos, Antidesgaste e alto IV (DIN 51 524 Part 3) JÁ Óleo Isolante IB Óleo Isolante K (Para todos “K”, exceto “KA” e “KC”, ver Graxas) KA Óleos para refrigeração, refrigerante amônia (DIN 51 503) KC Óleos para refrigeração, hidrocarbonetos halogenados (DIN 51 503) L Óleos para tratamento térmico M (Ver Graxas) O (Ver Graxas) PG Fluidos poliglicois PH Ácidos fosfóricos Ésteres Q Óleos para transferência de calor (DIN 51 522) R Óleos protetivos S Coolants SI Óleos siliconados TD Óleos para turbinas (DIN 51 515 Part 1) VB Óleos para compressor, sem aditivos, máx. 1400 C temperatura de descarga (DIN 51 506) VBL Óleos para compressor, com aditivos, máx. 1400 C temperatura de descarga (DIN 51 506) VC Óleos para Compressor, sem aditivos, máx. 1600 C temperatura de descarga para sistema com reservatório ou tubulação (DIN 51 506) VCL Óleos para Compressor, com aditivos, máx. 1600 C temperatura de descarga para sistema com reservatório ou tubulação. (DIN 51 506) VDL Óleos para Compressor, com aditivos, máx 2200 C temperatura de descarga (DIN 51 506) W Óleos para Mancais Siderúrgicos ZA Óleos para Cilindros a Vapor (DIN 51 510) ZB Óleos para Cilindros a Vapor (DIN 51 510) ZD Óleos para Cilindros a Vapor (DIN 51 510) X Outros Fluidos Sintéticos 39
  • 41. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Oscódigosmostradosaseguirindicamaditivosespeciaisempregados. Note que, em algumas das categorias acima, o “aditivo especial” já é incluído, por exemplo: CLP = óleo de circulaçãoou“L”e“P”,abaixo. D Aditivos Detergentes (exemplo: em óleos hidráulicos HLPD) E Emulsificantes em Água (exemplo: SE fluidos refrigerantes miscíveis em água) F Aditivos Sólidos (exemplo: grafite, disulfeto de molibdênio) L Inibidores de Ferrugem e Oxidação P Aditivos Antifricção e Antidesgaste M Óleos refrigerantes minerais miscíveis em água (exemplo: SEM) S Óleos refrigerantes sintéticos miscíveis em água (exemplo: SES) V Lubrificantes diluídos com solventes Figura6.26 DIN51501 Estaespecificaçãodescreveóleosmineraispurosparaaplicaçãoporperdaouusoemtemperaturasdeoperação de até 500 C. Os óleos são classificados em faixas de viscosidades de 5 a 680 cSt a 400 C. Os óleos que atendem esta especificação são classificados DIN 51 501Le DIN 51 501NA. DIN51503 Esta especificação descreve requerimentos de óleos de refrigeração usados em compressores de refrigeração queutilizemamôniaouhidrocarbonetoshalogenados(R12,R22ouR14)comorefrigerante. Osóleosqueatendemaespecificação DIN51503KA possuem faixas de viscosidades de 15 a 68 cSt a 400 C e são utilizadosemcompressoresdeamônia. OsóleosqueatendemaespecificaçãoDIN51503KCpossuemfaixasdeviscosidadesde22a100cSta400 Cesão utilizadosemcompressoresdehidrocarbonetoshalogenados. DIN51506 Esta especificação descreve óleos minerais com aditivos inibidores de oxidação para uso em compressores recíprocos. Os óleos são classificados em cinco faixas de viscosidades e por faixa de temperatura de descarga. DIN 51 506VBe DIN51506VBL - para temperatura máxima de compressão de até 1400 C. DIN 51 506VC e DIN 51 506VCL - para temperatura máxima de compressão de 160 a 2200 C e sistemas com reservatório. DIN51506VD-L -para temperaturamáximadecompressãodeaté2200 C. DIN 51515 Part 1 Estaespecificaçãodescreveóleosparalubrificaçãodeturbinasavapor,turbinasagás,máquinaselétricaseem máquinasacopladasaturbinasavaportaiscomogeradores,compressoresebombas. Os óleos que atendem a especificação DIN 51 515TD possuem faixas de viscosidades de 32 a 100 cSt a 400 C. 40
  • 42. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação DIN51517Part1 Esta especificação descreve as exigências mínimas de óleos minerais sem aditivos e estáveis a oxidação para lubrificaçãoderolamentoseengrenagens. Os óleos que atendem a especificação DIN51517Part1Cpossuem faixas de viscosidades de 7 a 680 cSt a 400 C. DIN51517Part2 Estaespecificaçãodescreveasexigênciasmínimasdeóleosquecontenhamaditivosparamelhoraraproteçãoa corrosãoeaumentararesistênciaàoxidação,utilizadosemrolamentoseengrenagens. OsóleosqueatendemaespecificaçãoDIN51517Part2CLpossuemfaixasdeviscosidadesde5a460cSta400 C. DIN51517Part3 Esta especificação descreve óleos que contenham aditivos de extrema pressão (EP) para lubrificação de engrenagens. Os óleos que atendem a especificação DIN 51 517 Part 3 CLP possuem faixas de viscosidades de 46 a 680 cSt a 400 C. Os óleos desta especificação devem passar no estágio 12 em um ensaio de performance de engrenagens conhecido como FZG, denominado DIN51354Part2. DIN51522 Estaespecificaçãodescreveosrequerimentos,testeseprocedimentosparaóleosmineraisnovosdebasehidro- carbonetodetransferênciadecalor. Esses óleos recebem a denominação DIN51522Q. DIN 51 524 Part 1 Estaespecificaçãodescreveóleoshidráulicosquepodemsuportarostressaltamentetérmicoeconterosingre- dientes que melhoram a proteção e a resistência à oxidação. Osóleosdescritosporestepadrãotêmumaescaladaviscosidadede10a100cSta40°CesãodenominadosDIN 51 524 Part 1 HL. DIN 51 524 Part 2 Esta especificação descreve óleos hidráulicos que se encontram com todas as exigências da DIN 51 524 Part 1, além de conter aditivos para se encontrar com um nível elevado do desempenho anti-wear em testes específicos. Osóleosdescritosporestepadrãotêmumaescaladaviscosidadede10a100cSta40°CesãodenominadosDIN 51 524 Part 2 HLP. DIN51593 Esta especificação determina a estabilidade de óleos para compressores de refrigeração. Os refrigerantes tais como hidrocarbonetos e o dióxido de enxofre halogenado reagem com o óleo e este conduz à formação de produtos ácidos da reação. A resistência refrigerante de um óleo é o tempo que decorre sob as condições de testeantesdaformaçãodosprimeirosprodutosdareaçãodadosaformadorefrigerante. Este teste é conhecido também como Philips Test. 41
  • 43. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação DIN 51354 Part 2 (FZG Test) Esta especificação avalia a capacidade dos óleos usados para lubrificação de engrenagem. O teste FZG de engrenagem é realizado com o funcionamento especial das rodas da engrenagem no lubrificante em uma velocidadeconstanteporumperíodopredeterminadoemumsistemadelubrificaçãosubmersa.Sãocontroladas a temperatura inicial do óleo e a carga aplicada aos dentes da engrenagem. Durante cada estágio de carga, os flancosdosdentesdaengrenagemsãoinspecionadoseosdanossãocomparadoscomasavaliaçõespadrão. 6.10 Classificaçoes de fabricantes industriais Abaixotabelacomparativaentreasespecificaçõesdosprincipaisfabricantesdebombashidráulicaseasespeci- ficações DIN 51524 Parte 2. TESTES DE BOMBAS Denison T-5D (de palheta) (2500 psi, 2400 rpm, 2100 F) Passa - Passa - - - - - - Denison P-46 (pistão) (5000 psi, 2400 rpm, 2100 F), Passa Passa - - - - - - - Vickers 35VQ-25 (palheta) (3000 psi, 2400 rpm, 2200 F) Perda de peso do anel (mg) - - - 75 - - - - - Perda de peso da palheta (mg) - - - 15 - - - - - Perda de peso total de anel e palheta (mg) - - - 90 - - - - - Vickers V-140C (palheta) (2000 psi, 1200 rpm, 1750 F) Perda de peso total de anel e palheta (mg), máx - - - - 50 50 50 50 150 (a) TESTES DE OXIDAÇÃO Oxidação do óleo (ASTM D 493) tempo para 2,0 NMA 1000 (b) 1000 - - - - - (h), mín. Teste de Borra de 1000h (ASTM D4310) NMA (mg KOH), máx 2 - 2 - - - - - 2 NMA (mg KOH), acréscimo - 0,2 - - - - - - - Borra insolúvel (mg), máx 200 100 400 - - - - - - Total de cobre (mg), máx 50 - 200 - - - - - - Total de ferro (mg), máx 50 - 100 - - - - - - TESTES DE DEMULSIBILIDADE (ASTM D1401, 1300 F, ISO VG 32/46) tempo de - - - (b) (b) - - - 40 separação, min , máx (ASTM D1401, 1300 F, ISO VG 68) tempo de (b) (b) 60 separação , min, máx. TESTES DE FERRUGEM ASTM D 665 - Método A – com água destilada Passa Passa Passa (b) (b) Passa Passa Passa - ASTM D 655 - Método B – com água do mar sintética Passa Passa Passa (b) (b) - - - Passa TESTES DE ESTABILIDADE HIDROLÍTICA Estabilidade Hidrolítica (ASTM D 2619) NNA (mg KOH), máx 4,0 - 6,0 - - - - - - Perda de cobre em peso (mg/cm2), máx 0,2 - 0,5 - - - - - - HF-O HF-1 HF-2 M-2950-S I-286-S P-68 P-69 P-70 Parte 2 Denison Vickers Cincinnati Milacron DIN 51524TESTES 42
  • 44. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação TESTES DE ESTABILIDADE TÉRMICA Cincinnati Milacron (168 h, 2750 F) Aumento de viscosidade (%), máx - - - - - 5 5 5 - Variação no número de neutralização (%), máx. - - - - - 50 50 50 - Borra (mg/100 ml), máx 100 - - - - 25 25 25 - Perda de cobre em peso (mg), máx 10 - - - - 5 5 5 - Aparência da lâmina de cobre Reportar - - - - - - - - Aparência da lâmina de ferro - - - - - Sem descoloração - TESTES DE FILTRABILIDADE FILTRABILIDADE (Denison TP 02100) Método A – sem água (s) máx 600 - - - - - - - - Método B – com 2% água (s) máx 1200 - - - - - - - - TESTES DE ESPUMA ESPUMA (ASTM D 892) após 10 min 0 0 0 - - - - - 0 TESTES DE RESISTÊNCIA A CARGA FZG (DIN 51354, Parte 2), mín - - - - - - - - 10 TESTES DE RESISTÊNCIA A CORROSÃO LÂMINA DE COBRE (ASTM D 130, 3 h, 1000 C), máx - - - - - - - - 2 TESTES DE VELOCIDADE DE SEPARAÇÃO DE AR Separação de ar (DIN 51381) tempo (min) ISO VG 46/68, máx - - - - - - - - 10 ISO VG 32, máx - - - - - - - - 5 TESTES DE COMPATIBILIDADE COM SELOS Comportamento dos selos (DIN 53538, Parte 1) Volume de mudança (%) ISO VG 32/46 - - - - - - - - 0 a 12 ISO VG 68 - - - - - - - - 0 a 10 Mudança na dureza (%) ISO VG 32/46 - - - - - - - - 0 a -7 ISO VG 68 - - - - - - - - 0 a -6 TESTES DE VISCOSIDADE Viscosidade (cSt) a 400 C (ASTM D88) - - - - - 32 68 46 - Valor mínimo p/ índice de viscosidade (ASTM D567) 90 90 90 - - 90 90 90 - (a) O teste em bomba V105C10 também é válido para aprovação. (b) Uma evidência de performance satisfatória é requerida, mas não há um teste especificado. Figura6.27 43
  • 45. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 7 Graxas lubrificantes Uma graxa lubrificante pode ser definida como um material sólido a semi-sólido, constituindo de um agente espessante (sabão metálico) disperso num lubrificante líquido (óleo). O lubrificante líquido, que em geral compõe70a95%empesodagraxaacabada,proporcionaalubrificaçãopropriamentedita,enquantooespessan- te oferece uma consistência semelhante ao gel para manter o lubrificante líquido no lugar. Muitas vezes, acrescenta-seaditivosparaintensificarcertaspropriedadesagraxa. Devidoasuaconsistênciasemelhanteaogel, prefere-se as graxas em lugar dos óleos em aplicações onde ocorreria um vazamento de óleo, onde a ação de vedação natural da graxa é necessária ou onde é requerida a espessura extra da película da graxa. Em geral, quase todas as graxas amolecem em serviço, porém recuperam sua consistência original quando deixadasemrepouso. 7.1 Definição Agraxaéfabricadaformando-seosabãoempresençadoóleo. Sãotrêsosprocessosparafabricargraxa: • Processo de Tacho – por tradição, a fabricação de graxas tem sido feita na forma de um processo de bateladasrealizadoemgrandestachos. Ascapacidadesdestestachosvariamde4500kga22600kg. • Processo Contactor – esteprocessoémuitoparecidocomodetacho,comavantagemdereduzirenorme- menteotempodefabricaçãodasgraxas. • Processo Contínuo – este processo nasceu em meados dos anos 60, é compacto e versátil, oferecen- do vantagens sobre o processo de bateladas, como sua homogeneidade e estabilidade ao cisalhamento. ÉpatentedaTexaco. 7.2 Aplicação de Graxa Ondeusaragraxa? • Onde o óleo não pode ser contido ou vaza com facilidade; • Ondeexistemdificuldadesecondiçõesinseguraspararealizararelubrificação; • Onde o lubrificante deve ter também a função de vedar; • Onde o projeto da máquina especifica a utilização de graxa; • Onde o tempo de relubrificação for reduzido; • Onde se quer reduzir a freqüência de lubrificação; • Ondeexistemequipamentoscomlubrificaçãointermitente; • Ondeéimportanteareduçãoderuídos; • Onde existem condições extremas de altas temperaturas, altas pressões, cargas de choque e baixas veloci- dadescomcargaselevadas. 7.3 Fabricação 44
  • 46. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação = Componentes = Processo = Produto Ácido Graxo Óleo Básico Álcali Aditivos Óleo Básico Graxa Saponificação (Unidade Contínua de Graxa ou Tacho) Sabão Metálico Figura7.1 As graxas são diferenciadas quanto à natureza do espessante. Existe uma grande variedade de espessantes, dentreosquais,destacam-sesabõesmetálicos,argilastratadas,polímerosdeuréiaeoutros,sendoquecercade 90%doscasososespessantesempregadossãosabõesmetálicos. Quantoànaturezadosabãometálico,asgraxasclassificam-sedaseguinteforma: • Graxas à base de sabão de Cálcio – bastanteaderentes,sãoindicadasparausoempeçasquetrabalhamem contatocomágua. Nãosãoindicadasparautilizaçãoemtemperaturassuperioresa800 C. • Graxas à base de sabão de Sódio – recomendadasparamancaisplanoserolamentosquetrabalhamaaltas velocidades e temperaturas elevadas (até 1200 C) e, ocasionalmente, em engrenagens. É desaconselhável o seu uso em presença de umidade, pois o sabão é solúvel em água. • Graxas à base de sabão de Alumínio – sãoindicadasparausoondeoprincipalrequisitosejaacaracterística deaderênciadagraxa,proporcionandoboaproteçãocontraaferrugemeresistênciaàlavagemporágua. Não resisteatemperaturaselevadas. • Graxas à base de sabão de Lítio – sãobastanteaderenteserelativamenteinsolúveisemágua,substituindo, em aplicações convencionais, muito bem as graxas de Cálcio e Sódio, sendo, portanto, de aplicações múlti- plas. Possuem grande estabilidade mecânica e alto ponto de gota, sendo de fácil aplicação por meio de pistolasesistemascentralizadosdelubrificação. • Graxas à base de sabão Complexo –sabão complexo é aquele, em que a fibra do sabão é formada pela co- cristalização de um sabão normal (Cálcio, Sódio, Alumínio ou Lítio) e um agente complexo, como: ácido acético,lático,etc. Essetipodegraxaapresentacomocaracterísticaprincipalumelevadopontodegota. 7.4 Tipos de Graxas 45
  • 47. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação • Graxas espessadas sem sabão –sãoasqueutilizamespessantesquímicosinorgânicosouorgânicosdisper- sosnoóleo.Essestiposdeespessantesnãosãofeitoscomálcalimetálicocomoosusadosnasgraxasespessa- dascomsabão.Exemplos:poliuréiaeargilaorgânica.Sãoutilizadasvisandooaproveitamentodesuascaracte- rísticasespeciaiscomodescritoadiante. Asobservaçõesfeitasacimaservemapenascomoprimeiraorientaçãodousuário. Outrascaracterísticasdagraxa, como sua consistência e seus aditivos, são de extrema importância na seleção do tipo de graxa a ser usado. Graxasàbasedesabãometálicosimples Espessante TemperaturaMáxima ResistênciaàÁgua AplicaçõesTípicas deUsoProlongado Cálcio 800 C AltaResistência(repele) Mancaissujeitos aumidade Sódio 1200 C Fraca(emulsiona) Equipamentos Industriaisantigos comlubrificação freqüente Alumínio 800 C BoaResistência Mancaisdebaixa rotação,aplicações comumidade. Usodecrescente Lítio 1400 C BoaResistência Aplicaçõesautomotivas eindustriais Figura7.2a Graxasàbasedesabãometálicocomplexo Espessante TemperaturaMáxima ResistênciaàÁgua AplicaçõesTípicas deUsoProlongado Cálcio 1750 C AltaResistência(repele) Mancaisautomotivos eindustriais submetidosaaltas temperaturas Alumínio 1750 C BoaResistência Mancaisplanos, deesferas erolos desiderúrgicas Lítio 1750 C BoaResistência Mancaisautomotivos eindustriais submetidosaaltas temperaturas Figura7.2b 46
  • 48. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Graxassemsabãometálico Figura7.2c Espessante TemperaturaMáxima ResistênciaàÁgua AplicaçõesTípicas deUsoProlongado Poliuréia 1750 C AltaResistência(repele) Mancaisindustriais (rolos),juntas homocinéticas automotivas,ventiladores emotoreselétricos deautodesempenho Argila 1750 C BoaResistência Mancaissujeitos aaltastemperaturas comrelubrificação freqüente. Mancaisderoletes emsiderúrgicas Devemos observar que a mistura de graxas de diferentes bases pode acarretar a perda de sua estabilidade, com a conseqüente separação do espessante e do óleo. 7.4.1 Tabela de compatibilidade de graxas Complexo de Alumínio Complexo de Boro Cálcio Complexo de Cálcio Argila Lítio Complexo de Lítio Sódio Poliuréia ComplexodeAlumínio ComplexodeBoro Cálcio ComplexodeCálcio Argila Lítio ComplexodeLítio Poliuréia Sódio Condição limite (amostra deve ser analisada) Incompatível Compatível Figura7.3 47
  • 49. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Asprincipaispropriedadesdeumagraxaaseremconsideradassão: 7.5 Propriedades Éaresistênciaoferecidaporumagraxaàsuapenetração. Édeterminadapelométodoqueconsisteemmedira penetração(emdécimosdemilímetros)exercidaporumconesobreumaamostradegraxa,sobaçãodecarga padronizada durante 5 segundos e à temperatura de 250 C. O aparelho utilizado nesta medição é chamado penetrômetro. 7.5.1 Consistência Figura7.4a Com base nos resultados obtidos no penetrômetro, o National Lubricating Grease Institute (NLGI) criou um sistema de classificação para as graxas definidos de consistência trabalhada em 60 ciclos que variam de 000 (muitomacia)a6(muitodura). Figura7.4b a superfície é o nível posição do cone antes da penetração 25 C 0 Cone padrão 48
  • 50. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Grau NLGI PenetraçãoTrabalhadaASTMD-217 (250 C+ou-20 C) 000 445 - 475 00 400 - 430 0 355 - 385 1 310-340 2 265 - 295 3 220 - 250 4 175 - 205 5 130-160 6 85 - 115 ClassificaçãoNLGI Figura7.5 49
  • 51. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Indicaatemperaturaemqueagraxapassadoestadosólidoousemi-sólidoparaolíquido. 7.5.2 Ponto de gota o termômetro não toca na graxa a amostra da graxa é aplicada somente nas paredes do copo Figura7.6 Na prática, esta medida serve como orientação para a mais alta temperatura a que certa graxa pode ser submetida durante o trabalho. Deve-se considerar como limite operacional uma temperatura 20% inferior ao seu ponto de gota. Éacapacidadedefluirdeumagraxapelaaçãodebombeamento. Osfatoresqueafetamobombeamentosão: a consistência da graxa, a viscosidade do óleo e o tipo de espessante. 7.5.3 Bombeabilidade 50
  • 52. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Abombeabilidadeafetaométododeaplicaçãodagraxa(adequaçãoaosistemacentralizado,porexemplo)ea movimentaçãointernadagraxadentrodoelementomecânico,influindodiretamentenacapacidadedelubrifi- caçãodamesma. Para o mesmo grau NLGI Bombeabilidade Poliuréia Complexo de Lítio Lítio Cálcio Sódio Complexo de Cálcio Figura7.7 Bombeabilidade Viscosidade do óleo mineral Bombeabilidade Grau NLGI da graxa Figura7.8 51
  • 53. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação ANLGIdesenvolveuumsistemadeclassificaçãodegraxasparaaplicaçõesautomotivas.Asgraxassãosubmeti- dasatestesdeestabilidadeaocisalhamento,resistênciaàoxidação,resistênciaàlavagemporágua,propriedades deextremapessão(TimkemeFourBall),resistênciaàcorrosão,bombeabilidadeepontodegota.Deacordocom osresultadosnostestes,descritosnanormaASTM-4950,elassãoclassificadasconformeabaixo. 7.6 Classificação para graxas 7.6.1 Sistema de Classificação de graxas da NLGI Aplicação Classificação Tipodeserviço Produtotípico NLGI Chassis LA Serviço pouco severo e relubrificação Sabão de cálcio OU freqüente,compontodegotamínimo Sabão de lítio de800 C Chassis LB Serviçoscomaltascargasdechoque, Sabão de lítiograndeexposiçãoàáguaerelubrificação (comaditivaçãoEP)nãofreqüente,compontodegota mínimo de 1500 C Cubos GA Serviçonormal,componto Sabão de lítio derodas degotamínimode800 C (dotipomúltiplas aplicações) Cubos GB Serviço severo, com ponto Sabão de lítio derodas degota mínimo de 1750 C (dotipomúltiplas aplicações) OU Sabão de lítio (comaditivaçãoEP) Cubos GC Serviçomuitosevero,emaltas Complexo de lítio derodas temperaturasouemcondiçõesdotipo (comaditivaçãoEP)pára-e-anda,compontodegota mínimode2200 C Figura7.9 Observação: Uma graxa pode atender ao mesmo tempo os requisitos de graxa para cubos de rodas e para lubrificaçãodechassis. 52
  • 54. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação DIN 51 502 (Graxas) Consiste de várias partes: tipo de graxa, aditivos especiais, componente sintético (se aplicável), número NLGI, temperaturamáximadeoperação(opcional)etemperaturamínimadeoperação(opcional). Oprimeiroouosegundocaractereindicaotipodegraxa,conformeabaixo: 7.6.2 Especificações DIN para graxas K Graxas para mancais planos ou de rolamentos e barramentos G Graxas para engrenagens fechadas OG Graxas para engrenagens abertas e mancais (sem betumem, lubrificantes adesivos) M Graxas para mancais planos e selos (exigências de desempenho menores do que o tipo K) Figura7.10a Seagraxativeraditivosespeciaisadicionais,estesserãoindicadosporumcaractereextra. Asgraxasreceberãoumadasletrasabaixo(veralistacompletanaseçãodeóleosindustriais): F Aditivos sólidos. Exemplo: grafite, bissulfeto de molibdênio L Inibidores de oxidação e corrosão P Aditivos antifricção e antidesgaste Figura7.10b Porexemplo,umagraxaKP2K-10éumagraxadotipo“K”comaditivosdotipo“P”. Paragraxasdebasesintética,serãoadicionadososcaracteresabaixo: Figura7.10c FK Fluidos “Perflourinated” E Ésteres Orgânicos HC Hidrocarbonetos Sintéticos PH Ácidos Ésteres Fosfóricos SI Óleos siliconados PG Poliglicois X Outros 53
  • 55. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Por exemplo, uma graxa K SI 3 R é do tipo ‘K’, com óleo sintético do tipo SI. O número NLGI indica a consistência. Por exemplo, KP2K é uma graxa do tipo NLGI 2. A letra após o número de consistência da graxa indica uma combinação de temperatura máxima de trabalho contínuo e o comportamento na presença de água. Onde mais de uma letra de código é mostrada para a temperatura,aprimeiraletradenotaumaexigênciarealçadadaresistênciaàlavagemporágua. C ou D + 60 E ou F + 80 G ou H + 100 K ou M + 120 N + 140 P + 160 R + 180 S + 200 T + 220 U + 220 Figura7.10D Por exemplo, em KP2K, o último K indica +1200 C. Opcionalmente,olimitemínimodatemperaturadetrabalhopodeserespecificado.Atemperaturamaisbaixa, ummúltiplode-100 Cenaescala-10a-60,éadicionadocomoumsufixo.Porexemplo,emKP2K-20,-20éolimite requeridoparabaixatemperatura. 54
  • 56. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 8 Módulo automotivo Osfabricantesdemotoresagasolinaestãocadamaispressionadosporeconomiadecombustívelederedução deemissões,recomendandoóleosdemenorviscosidade.EstácrescendoousodeóleosmultigrausSAE5W30 e com tendências futuras de um SAE 0W20. Junto com a tendência de utilizar óleos de menor viscosidade está aumentando a demanda por óleos que utilizembásicosdemelhorqualidadepararesistiraoespessamentoprovocadoporusoemintervalosprolonga- dosdetroca,maiorestemperaturasdeoperaçãoetambémpelousodecombustíveisdebaixaqualidade. As classificações ACEA estão cada vez mais presentes no mercado brasileiro em função da severidade das aplicações e dos projetos de motores (pequenos e médios) serem de origem européia ou asiática. 8.1 Motores a gasolina, álcool e Gás Natural ACEA A1/B1 ACEA A2/B2 API SH/SJ API SG API SF/CC Depósito no Pistão Espessamento de FuligemDesgaste do Comando de Válvula Oxidação Borra no Motor Figura8.1 55
  • 57. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Assim, o responsável pela decisão de compras deve comparar os produtos pelas diversas classifica- ções (ACEA, API e classificações de fabricantes – MB), não se atendo somente à classificação de viscosidade SAE. PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO: Havoline Energy SAE 5W30 HavolineUltraSAE5W40 HavolineSyntheticSAE5W40 HavolineSemi-sintéticoSAE15W40 HavolinePremiumSAE20W50 Havoline Superior 3 SAE 20W50 Havoline Super SAE 20W40 OsfabricantesdemotoresadieselrecomendamóleosdeviscosidadeSAE15W40.ForadoBrasil,emlocaiscom temperaturaextremamentebaixas,estãorecomendandoousodeóleos10W30ou10W40. ÓleosmonograusSAE40sãoapenasrecomendadosparamotoresestacionários,principalmentedeequipamen- tosferroviáriosoumotoresparageraçãodeenergia. Óleosparamotoresdieseldebasesintéticaaindanãotiveramsuaeficáciacomprovada. AsclassificaçõesACEA,alémdemaisrigorosas,sãoasquemelhoratendemasnecessidadesdomercadobrasilei- roemfunçãodaseveridadedasaplicaçõesedagrandeparticipaçãodasmontadoraseuropéiasnestemercado. 8.2 Motores diesel 56
  • 58. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Espelhamento da Camisa Desgaste Compatibilidade com Catalisadores FuligemCorrosão Depósito no PistãoOxidação por Espessamento E6 E5 E4 E3 E2 Figura8.2a E7 E5 E4 E3 E2 Espelhamento da Camisa Desgaste Compatibilidade com Catalisadores FuligemCorrosão Oxidação por Espessamento Depósito no Pistão Figura8.2b 57
  • 59. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação OusodeóleosdeclassificaçãodedesempenhoAPIGL-5emtransmissõesmanuaisestácadavezmaisrestrito.Os fabricantes estão preferindo o uso de produtos com menor carga EP (API GL-4 ou GL-3), óleos de motor ou de transmissãoautomática. ÓleosdecargaEPelevadapodemformardepósitosnossincronizadores,dificultandoo engrenamento. Os câmbios manuais de automóveis novos são selados de forma a impedir a contaminação externa, visando um aumento da vida útil deste componente. Os períodos de troca neste caso são estendidos ou “fill- for-life” (para toda a vida). Muitos dos automóveis mais novos não precisam fazer a troca até a vida útil normal estimada(10anos).Atrocaéfeitasomenteemcasodeavarias. Aspick-ups,porsuavez,continuamprecisandorealizartrocasperiódicas.Ousodebásicossintéticosestáaumen- tando, principalmente em veículos que são comercializados mundialmente e/ou operam em condições extre- masdetemperatura. Ousodeóleosinadequados(emviscosidadee/ouaditivação)podeprovocardificuldadedeengatarasmarchas eodesgasteprematurodasengrenagens.Consultesemprearecomendaçãodofabricantedatransmissão(oudo fabricante do veículo) antes de drenar o óleo. PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO: Universal EP SAE 80W TGF Óleo de Engrenagem Ursa LA3 SAE 40 Texamatic ATF Texamatic 7045E Multigear STO SAE 85W140 8.3 Transmissões Manuais Assim, o responsável pela decisão de compras deve comparar os produtos pelas diversas classifica- ções (ACEA, API e classificações de fabricantes - MB), não se atendo somente à classificação de viscosidade SAE. PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO: UrsaPremiumTDXSAE15W40 Ursa Super TD SAE 15W40 Ursa LA3 SAE 15W40 Diferentestransmissõesusamdiferentesmateriaisdefricçãoesãosubmetidasadistintostestesdebancadaede campoparaseremaprovadas.Essassãoasrazõesparaseterumalinhacompletadeprodutos. Algunsprodutospodematendermaisdeumaespecificaçãoaomesmotempo(DexronIIIeMercon,porexem- plo),masdeve-sesemprechecaracorretaaplicação(seguirsemprearecomendaçãodofabricante). 8.4 Transmissões Automáticas 58
  • 60. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação AsespecificaçõesGMsãomaissimplesporqueelasseguemumaseqüêncialógica,poisoprodutoqueatendea especificaçãomaisrecentepodeserusadoquandorequeridoqualquerumdasespecificaçõesanterioresdaGM (DexronIIIHpodesempreserusadoquandorequeridoaDexronIIIG,DexronIIIF,DexronIIE,DexronIIeDexron). AsespecificaçõesFordsãomaiscomplexas. • FordtipoFsãoespecificaçõesparatransmissõesfabricadaspelaFordantesde1997(etambémparaalgumas entre1977e1981)edeoutrosfabricantesquerequeiramumfluidotipoFcomaltofricção.Outrosprodutos nãopodemserusadosnessaaplicação. • Mercon e Mercon V não são especificações seqüenciais. Outrosfabricantesrequeremousodeprodutosespecíficosquesãosomenteencontradosnasconcessionárias, entre elas Chrysler e Honda. Veículospesados(tratoresdeesteira,páscarregadeiras,caminhõesfora-de-estrada,etc) utilizamespecificações próprias.Comoporexemplo,CaterpillarTO-4eAllisonC-4. Atenção: O uso de um lubrificante errado pode reduzir a vida útil da transmissão e também comprometer a dirigibilidadedoveículo(tornardesconfortávelatrocademarcha,porexemplo). PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO: Texamatic B Texamatic 7045E Textran SAE 30 Textran SAE 10W O uso de óleos API GL-5 é mandatório em função dos requerimentos de carga superficial das engrenagens hipoides. Oaumentodepotênciadosveículosprovocaumaumentonatemperaturadeoperaçãodosdiferenciais,reque- rendoumamaiorestabilidadetérmicadosóleosparadiferenciais. Hátambémumatendênciadousodeóleosmultigrausparaatenderanecessidadesdefaixadetemperaturade operaçãomaisampla(porexemplo,viagensintercontinentais)etambémummelhorcomportamentoemaltas temperaturas. PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO: Multigear EP SAE 90 Multigear EP SAE 85W140 Multigear STO SAE 85W140 8.5 Diferenciais Convencionais 59
  • 61. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 8.6 Diferenciais Autoblocantes Osdiferenciasautoblocantesdedeslizamentolimitado,outraçãopositiva,requeremcomoespecificaçãomíni- maumAPIGL-5,alémdeumaditivomodificadordeatritoparaumcorretocomportamentoemserviço(dirigibi- lidade)e,aomesmotempo,garantiradurabilidadedosdiscosdefricção(edemaiscomponentesdodiferencial). PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO: Multigear LS SAE 85W140 Geartex LS SAE 85W140 3450 Óleo de Engrenagem Historicamenteasmontadorasrecomendavamparaasdireçõeshidráulicasomesmoóleodatransmissãoauto- mática.Comaevoluçãodoscomponentesdasdireçõeshidráulicasparaalcançarmelhordirigibilidadeeatender objetivosdemaiorvidaútilsemmanutenção,levandoemcontaasmaioresexigências(comomenoresespaços no compartimento do motor e maiores temperaturas de trabalho), as especificações para óleos de direção hidráulicatambémtiveramdeevoluir. Algunsfabricantesdeveículoscontinuamrecomendandoóleosdetransmissãoautomática,masqueatendam especificaçõesdosfabricantesdedireçõeshidráulicas(comoaZF). Porém,jáexistemnomercadodiversosfabricantesdeveículosquerequeremprodutosespecíficos. Muitos veículos importados requerem o uso de óleos do tipo PSF (Power Steering Fluid), que possuem maior pontodefulgor,melhorcomportamentoembaixastemperaturasqueosóleosdotipoATF.Alémdisso,possuem aditivaçãoanti-ruído. Algunsfabricantesnacionaisrequeremusodeóleomarcaprópria,comoaHonda(todosveículos),GM(veículos equipadoscomdireçãoeletro-hidraúlica)eVolkswagen(veículosmaisnovos). É mandatório observar a recomendação dos fabricantes dos veículos e/ou direções hidráulicas e evitar ao máximoamisturadeprodutos. PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO: Texamatic ATF Texamatic B Texamatic 7045E 8.7 Direções Hidráulicas 60
  • 62. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 8.8 Sistemas de Freio Independentementedotipodefluidoutilizado(conformedescritonoitem6.7.5-“ClassificaçõesdeFluidopara Freios”),ocuidadocomamanutençãodosistemadefreioécrucialparaumaoperaçãosegura. Os principais ensaios realizados nos fluidos de freio são: • Pontodeebulição-Opontodeebuliçãoindicaatemperaturaemqueofluidocomeçaaformarvapores.Esta temperatura é crítica para a operação do sistema de freios porque os vapores tornam o fluido compressível, passandoanãocumpriradequadamentesuafunçãodetransmissãodeforça,podendoprovocardificuldades nasfrenagens. • Ponto de ebulição úmido - Indica a capacidade do fluido em manter seu ponto de ebulição em presença de água. Como os fluidos de freio são higroscópicos, é um fator determinante na vida útil dos fluidos de freio. • Viscosidade a -400 C - Garante a fluidez do fluido em baixas temperaturas de operação. Osfluidosdefreiotêmumatendênciadeabsorveráguaduranteoarmazenamentoe,principalmente,emserviço. 0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6 Tempo (ano) %águaabsorvida Figura8.3a 61
  • 63. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Estaáguaabsorvidavaidiminuindogradativamenteopontodeebuliçãodofluidoevaiaumentandoaprobabili- dadedeseformarvaporesnosistema. % Água no Fluido de Freio 1 2 3 4 5 100 120 140 160 180 200 220 240 260 PontodeEbulição(C) 0 Figura8.3b “Éimportanteentão”: 1) Armazenarosfrascoscorretamente. 2) Utilizaraespecificaçãorecomendadapelofabricante. 3) Nãomisturarprodutos. 4) Evitarcontaminaçãocomóleosousujeira. 5) Trocarofluidoperiodicamente. Acadaano,senãohouverorientaçãodofabricante. PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO: Fluido para Freios Especial DOT4 Fluido para Freios Super HD DOT 3 Valores típicosda 260C DOT3 62
  • 64. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 8.9 Sistemas de Arrefecimento Ospontosprincipaisaobservarsão: a) Uso de produto base etileno ou base água Quem determina o tipo de fluido a utilizar é sempre o fabricante do equipamento. • Os “fluidos de base etileno” (água + etileno + anticorrosivo) são normalmente recomendados para equipa- mentosmóveis,poisestessãosubmetidosamaioresvariaçõesdetemperaturasepossuemmenoresradiado- res(e/outrocadoresdecalor)etambémmenoresreservatóriosdeexpansão.Usomandatórioemregiõescom temperaturasambientesabaixode00 C. • Os“fluidosdebaseágua”(água+anticorrosivo)sãonormalmenterecomendadosparamotoresestacionários, poisestessãosubmetidosatemperaturasuniformesdeoperaçãoepossuemgrandestrocadoresdecalor(ou radiadores)egrandesreservatóriosdeexpansão. Algunsfabricantesdeônibusecaminhõesaprovamousode “fluidodebaseágua”emveículosquenuncasejamsubmetidosatemperaturasambientesabaixode00 C. b) Concentração dos fluidos Os“fluidosdebaseetileno”(água+etileno+anticorrosivo)devemserutilizadosnumaproporçãode30a70%, porquenesteintervalooetilenoalcançaseuequilíbrionassuascaracterísticasdeproteçãocontracongelamento eaumentodopontodeebulição. AsproporçõesmaisindicadasnoBrasilsãode33%ede50%pelafacilidadede preparaçãoedecomplementaçãodamistura.Amanutençãodaproporçãocorretanosistemaétambémimpor- tante para garantir a eficácia do pacote anticorrosivo (recomendamos o uso de refratômetro, ou densímetro, específicoparaverificaçãoperiódica). • Os “fluidos de base água” (água + anticorrosivo) são formulados para trabalhar entre 5% a 10% em água. A manutençãodaproporçãocorretanosistemaétambémimportanteparagarantiraeficáciadopacoteanticor- rosivo(recomendamosousoderefratômetroespecíficoparaverificaçãoperiódica). 8.9.1 Aplicação 8.9.2 Tipos de inibidores / Vantagens do inibidor do tipo carboxilato Hádiversostiposdeinibidoresdeferrugemeoxidaçãonomercado.ATexacoutilizaatecnologiadecarboxilatos que é de “baixa taxa de consumo”, ou seja, leva anos para que se acabe a sua capacidade anticorrosiva. Por isso,osprodutossãoconsideradosdelongaduraçãoerecebemadenominação“XL”ou“ExtendedLife”. Dicasprincipaissobreatrocaoucomplementodofluido: • Consulteomanualdoequipamentocomrelaçãoàquantidadetotaldosistemadearrefecimento. • Limpebemosistema(comágualimpa)antesdetrocarofluido. • Utilizeocoolantpré-diluídosemprequedesejartrabalharcomintervalosestendidosdetroca. • Façaareposiçãosemprecomomesmoproduto. • Verifiqueperiodicamenteaconcentraçãodoetilenoouinibidor. 63
  • 65. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação Asgraxasnormalmenteutilizadasparaestaaplicaçãosãodebasedelítiocomaditivaçãodeextremapressão. Comoaumentodepotência(econseqüentementemenorcargatransportadaevelocidade),háumanecessida- dedousodegraxasmaisnobres(maiorpontodegota,maiorcargaEPemelhorbombeabilidade).Comisso,vem aumentandoousodegraxasdecomplexodelítioparaessaaplicação. Háqueseobservaraimportânciadousodegraxanaquantidadecorreta(indicadapelomanualdofabricantedo veículo ou do rolamento), pois o excesso de graxa provoca um aumento de temperatura que pode causar vazamentos, que, por sua vez, podem reduzir a capacidade de frenagem e/ou quebra do cubo. PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO: MultifakPremium Starplex 8.10 Graxas Automotivas 8.10.1 Cubos de roda 8.10.2 Suspensão Osfeixesdemolaebalanceirosprecisamdelubrificaçãoperiódica.Porsetratardeaplicaçãoqueexigeresistên- ciaalavagemporágua,tradicionalmentesãoutilizadasgraxasdecálcionestaaplicação. Noentanto,hádiversasempresas(principalmentegrandestransportadoras)queutilizamgraxasdelítiodotipo múltiplas aplicações com excelentes resultados de aumento de vida útil dos componentes e também maiores períodosderelubrificação. PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO: Chassis CA2 Marfak 8.10.3 Quinta Roda Háumagrandetendênciadefuganestaaplicação.Porisso,éimportanteutilizarumagraxacomaditivaçãosólida ecomaltaaderência. PRINCIPAIS PRODUTOS TEXACO: Molytex 2 Molytex EP2 64
  • 66. Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação R Fundamentos de Lubrificação 9 Módulo industrial Paraalubrificaçãodecompressores,deve-severificarsemprearecomendaçãodofabricante.Asrecomendações podemvariardesdeumóleodemotoratéumóleomineralpuro.Abaixo,umbreveguiaparamelhorcompreen- sãodasalternativasparalubrificaçãodosmesmos. Compressores alternativos (ou de pistão) Há2opçõesprincipaisparaalubrificaçãodoscompressoresdepistão: • Produtosdebasemineral-AprimeiraopçãoéusodeumprodutodebasenaftênicadeviscosidadeISO100ou 150,dependendodofabricante. – ProdutoTexacorecomendado:Alcaid Naausênciadeprodutosnaftênicos,utilizarprodutosparafínicosdemesmaviscosidade. – ProdutosTexacorecomendados:CanopusouRegalR&O Geralmentenãosãorecomendadosóleoshidráulicosnestaaplicação. • Produtos de base sintética - Uso de produtos de base sintética permite maiores intervalos de troca e meno- rescustosdemanutenção. – ProdutoTexacorecomendado:CetusDE100 Compressores rotativos (de parafuso, palhetas ou lóbulos) Há2opçõesprincipaisparaalubrificaçãodoscompressoresrotativos: • Produtosdebasemineral-AprimeiraopçãoéusoóleohidráulicodealtoIVedeviscosidadeISO32,46ou68, dependendodofabricante. – ProdutosTexacorecomendados(nestaordem):RandoHDZ,RandoSuperHDW,RandoHD,HidráulicoHD. • Produtos de base sintética - Uso de produtos de base sintética permite maiores intervalos de troca e meno- rescustosdemanutenção. – ProdutoTexacorecomendado:CetusPAO46ou68. 9.1 Compressores 9.2 Compressores de ar 65