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MANUAL DO/A FORMANDO/A
FICHA TÉCNICA
Tipologia de Recurso: Manual da UFCD 2721 - Aplicação de Tintas em Diferentes Superfícies
Curso: Pintor/a da Construção Civil
Formador(es): Mª Isabel Almeida
Autoria: Mª Isabel Almeida
Data: 2022
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Índice
FICHA TÉCNICA....................................................................................................................................... 1
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................... 2
ÂMBITO.......................................................................................................................................................... 2
OBJETIVOS...................................................................................................................................................... 2
REGULARIZAÇÃO DE SUPERFÍCIES........................................................................................................... 2
FERRAMENTAS/ UTENSÍLIOS E MATERIAIS – CARATERIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO.............................................. 2
PRECAUÇÕES A OBSERVAR NA UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS AFIADAS .................................................... 5
PROTEÇÃO DE ESPAÇOS ENVOLVENTES ANTES DA RASPAGEM.................................................................... 6
TÉCNICAS DE RASPAGEM E BETUMAGEM DE SUPERFÍCIES A PINTAR .......................................................... 6
REGRAS DE SEGURANÇA E HIGIENE APÓS OS TRABALHOS DE BETUMAGEM............................................... 7
PRECAUÇÕES A OBSERVAR NO MOVIMENTO DE LIXAGEM .......................................................................... 7
APLICAÇÃO DE TINTAS COM BROXA EM SUPERFÍCIES LISAS E SUPERFÍCIES LIMITADAS ............................ 8
TIPOS DE BROXAS E TRINCHAS UTILIZADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL............................................................ 8
TIPOS DE TINTAS............................................................................................................................................ 9
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE TINTA COM BROXA ....................................................................................... 15
VANTAGENS DE UTILIZAÇÃO DE UMA BROXA USADA ................................................................................ 15
VASSOURAS DE PALMA................................................................................................................................ 16
BROXA DE PONTA ........................................................................................................................................ 16
RECORTE – GENERALIDADES........................................................................................................................ 16
TRATAMENTO E CONSERVAÇÃO DE FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS ............................................................ 17
REMOÇÃO DE PAPEL DECORATIVO ....................................................................................................... 17
TÉCNICAS DE DESCOLAGEM DO PAPEL DECORATIVO ................................................................................. 17
TIPOS DE ESCOVAS E DE PRODUTOS PARA LAVAR PAREDES....................................................................... 18
CONSERVAÇÃO DE ESCADAS UTILIZADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL............................................................. 19
TRANSPORTE DE MATERIAIS E EQUIPAMENTO NO INTERIOR DE UM EDIFÍCIO ......................................... 19
PRECAUÇÕES A OBSERVAR NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DURANTE OS TRABALHOS DE LAVAGEM ........ 20
PRECAUÇÕES A OBSERVAR NOS TRABALHOS A REALIZAR EM CIMA DO ESCADOTE .................................. 21
PINTURA DE TECTO COM BROXA .......................................................................................................... 22
TÉCNICAS DE ENCHIMENTO......................................................................................................................... 22
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INTRODUÇÃO
ÂMBITO
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à Unidade de Formação de Curta Duração
Nº 2721 – Aplicação de Tintas em Diferentes Superfícies, de acordo com o Catálogo Nacional de
Qualificações.
OBJETIVOS
• Regularizar uma superfície;
• Aplicar tinta numa superfície lisa (à altura normal) e numa superfície limitada;
• Remover papéis pintados e lavar superfícies;
• Executar o enchimento e a pintura de um tecto com a broxa.
REGULARIZAÇÃO DE SUPERFÍCIES
FERRAMENTAS/ UTENSÍLIOS E MATERIAIS – CARATERIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO
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• Raspadeiras/ Raspadores – Remoção de tintas, vernizes, colas, etc.
• Espanadores – Remoção do pó.
• Lixas – Papéis ou panos com material de superfície abrasiva composta geralmente por minerais,
frequentemente utilizado para desbastar ou polir madeira, paredes, metais, entre outros.
Existem muitas variedades de materiais abrasivos na indústria, mas as lixas mais comuns são encontradas
em folhas com numeração (ou grão), que indica o poder de abrasão.
As lixas possuem múltiplas funções como nivelar e aumentar a aderência das tintas às superfícies, polir
madeiras, metais e paredes e remover ferrugem dos metais ferrosos.
Existem diferentes tipos de lixas de acordo com a finalidade que se pretende. Ao usar o tipo de lixa errado,
além de não se obter o resultado esperado, corre-se o risco de danificar a superfície a regularizar.
Quanto ao seu uso, as lixas dividem-se nos seguintes tipos:
Lixa d’água - É usada molhada ou húmida com água ou outros solventes líquidos, que vão lavando as
impurezas retiradas pela lixa. Usada em acabamentos finos em materiais como gesso e massa corrida.
Também pode ser usada no acabamento em metal e plástico e limpar peças, removendo resíduos dos
objetos.
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Lixa para madeira - Pode ser usada em madeiras de diferentes densidades, incluindo MDF e
compensados. Retira desníveis da madeira, elimina as farpas e prepara a madeira para o acabamento e
pintura.
Lixa para ferro - É usada somente em superfícies metálicas para a remoção de tintas e ferrugem. Também
pode ser aplicada para nivelar estruturas e fazer acabamentos.
Lixa para massa - É ideal para nivelar a estrutura que receberá a tinta. Pode ser usada sobre rebocos,
argamassas, massa corrida e gesso.
Além do tipo de lixa, também é necessário conhecer os números das lixas que devem ser usadas para
cada etapa do trabalho.
As lixas têm vários tipos de grão, do mais grosso (20) ao mais fino (1600) e são escolhidas conforme o
trabalho que se deseja fazer, em pintura utiliza-se as seguintes:
As de menor numeração são mais grossas e geralmente usadas no início do trabalho, tanto para
desbastar quanto para retirar camadas velhas de tinta ou verniz.
As de numeração maior, são mais finas e indicadas para realização de acabamentos finos ou finais.
As lixas podem ser encontradas nas seguintes cores (pode variar de marca para marca):
Preta ou Azul (ferro) – Para metal, alumínio e aço, na remoção de ferrugem e preparação para pintar;
Castanha ou Amarela (madeira) – Recomendada para madeiras;
Vermelha (paredes) – Recomendada para nivelamento de superfícies de alvenaria, massas, gesso e
pintura em geral.
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• Espátulas de betumar – Ferramenta utilizada para aplicar e alisar massas/ betumes no substrato a
pintar.
• Massas para regularização de superfícies – Enchimento e regularização de superfícies. Podem ser
adquiridas prontas a aplicar ou por preparar.
A Massa de Regularização é uma composição pastosa, altamente pigmentada, destinada a nivelar e a corrigir
as irregularidades do substrato já selado, preparando-o para o acabamento.
PRECAUÇÕES A OBSERVAR NA UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS AFIADAS
Os riscos específicos relacionados com a utilização de ferramentas afiadas exigem o uso de equipamentos de
proteção individual (EPIs), nomeadamente luvas anti-corte, aquando da sua utilização.
As ferramentas afiadas devem ter proteção nas superfícies cortantes, ser guardadas e transportadas em
bainhas apropriadas. Nunca se devem transportar no bolso da roupa.
Ao subir ou descer escadas ou escadotes, devem-se utilizar bolsas ou cinturões que deixem as duas mãos
livres.
Os riscos de acidentes originados pela utilização das ferramentas manuais afiadas são altos.
Os riscos mais importantes consistem, sobretudo, em golpes e cortes nas mãos e outras partes do corpo,
sendo as principais causas:
• Utilização inadequada das ferramentas;
• Utilização de ferramentas defeituosas ou de baixa qualidade;
• Manutenção inadequada;
• Armazenamento e transporte deficiente/ inapropriado.
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PROTEÇÃO DE ESPAÇOS ENVOLVENTES ANTES DA RASPAGEM
A zona envolvente do local onde o trabalho se vai realizar deve ser protegida e o posto de trabalho deve ser
preparado e organizado de acordo com as atividades a desenvolver, com as condições do local e com os
materiais e equipamentos a utilizar.
Antes do início dos trabalhos de raspagem, deve-se retirar do espaço a intervencionar os móveis, tapetes,
cortinados, etc.
Se houver móveis ou equipamentos que não seja possível retirar, devem ser afastados das paredes e
colocados no centro da divisão e cobertos com uma cobertura de plástico. O chão também deve ser protegido
da mesma forma.
Os rodapés, aros das portas, janelas, tomadas e interruptores devem igualmente ser protegidos, recorrendo
a fitas adesivas, filmes e outros materiais de proteção adequados.
Para um trabalho mais perfeito, ao pintar em redor de um interruptor ou tomada, deve-se desligar o disjuntor
do respetivo circuito no quadro elétrico e desmontar o seu espelho.
TÉCNICAS DE RASPAGEM E BETUMAGEM DE SUPERFÍCIES A PINTAR
Preparar e reparar as superfícies a revestir em função do tipo de trabalho a executar, da natureza da base e
do tipo de revestimento a aplicar.
Retirar o revestimento anterior em caso de trabalhos de conservação ou reparação, nomeadamente,
pinturas, envernizamentos, papeis e similares, utilizando as técnicas adequadas.
Reparar as superfícies a revestir, aplicando massas de regularização, se necessário.
Preparar as superfícies a revestir, efetuando, nomeadamente, a aplicação de primários e isolantes.
A identificação e o estado dos substratos determinam a preparação da superfície antes da pintura e a escolha
do sistema de pintura a aplicar.
A seguir à aplicação do primário, os defeitos das superfícies serão colmatados por meio de massas adequadas
à qualidade da tinta, de forma a que, após lixagem, fiquem corrigidas todas as imperfeições, antes de aplicar
as demãos seguintes.
As fissuras ocupam o segundo lugar entre os defeitos mais comuns na construção civil, perdendo apenas para
os problemas de humidade.
Para tentar eliminar problemas dessa natureza, fendas e buracos, deverão ser tapados com massa de
regularização ou betume apropriados.
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A massa deve ser feita em pequenas quantidades, pois endurece rapidamente. Após a massa de regularização
ou betume aplicado estar completamente seco, deve-se utilizar uma lixa para suavizar e uniformizar a
superfície.
Nas fendas finas, aplicar massa de regularização ou betume (no caso de madeira ou ferro) com o auxílio de
uma espátula e com movimentos perpendiculares à trinca, passando-se por último no sentido desta para
comprimir bem a massa. Deixar secar e lixar.
No caso de fendas grandes, retirar todo o material desprendido da trinca e, se necessário, alargá-la ainda
mais até obter um rebordo firme. Escovar depois todo o material solto.
Em seguida, preparar a massa de regularização, humedecer a fenda e proceder ao seu enchimento como
descrito acima. Deixar secar e lixar.
REGRAS DE SEGURANÇA E HIGIENE APÓS OS TRABALHOS DE BETUMAGEM
• Existência e acesso fácil a água corrente, quente e fria, em abundância;
• Cremes/ gel de limpeza;
• Utilização de sabões ou sabonetes neutros;
• Disponibilidade de limpadores/ toalhas de mão para limpeza sem água;
• Uso de creme hidratante nas mãos, especialmente, se é necessário lavá-las com frequência.
PRECAUÇÕES A OBSERVAR NO MOVIMENTO DE LIXAGEM
• A lixagem é um processo de regularização da superfície do substrato, i.e., operação destinada a
retirar uma certa quantidade de material, para que se consiga as condições desejadas da mesma;
• A lixagem deve ser feita de uma forma suave sobre uma superfície já envernizada ou pintada, a fim
de se retirar o brilho, para permitir a perfeita aderência da próxima demão;
• Pode-se utilizar um taco de madeira para facilitar a tarefa de lixagem;
• A lixagem superficial, é um processo leve para apenas regularizar a superfície do material;
• A lixagem pode ser feita de forma manual ou utilizar uma lixadeira (elétrica), as folhas de lixa
utilizadas nestas máquinas podem ser diferentes;
• Quando se inicia um trabalho de lixagem, deve-se começar com uma lixa mais grossa e finalizar com
uma lixa de grão mais fino. Exemplo: Se iniciarmos um trabalho com uma lixa grão 220 (e desejamos
um acabamento extremamente liso), podemos continuar com uma lixa grão 320, e depois uma lixa
grão 400. Se iniciarmos o trabalho usando uma lixa grão 80, a próxima lixa deverá ser 50% acima de
80, isto é, grão 120;
• Para obter uma lixagem perfeita da superfície deve-se utilizar lixas e técnicas corretas. Por exemplo,
para lixar madeira corretamente, os movimentos devem ser sempre no sentido dos seus veios para
não provocar ranhuras/ riscos na sua superfície;
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• Para lixar uma porta, os movimentos devem ser no sentido vertical (sentido dos veios), enquanto
para lixar um rodapé, os movimentos devem ser no sentido horizontal;
• A lixagem de paredes com massa de regularização deve ser efetuada com movimentos circulares;
• Depois de se lixar, deve-se limpar a superfície antes da etapa seguinte;
• Ao lixar madeira e metais, utilize sempre óculos protetores e luvas, já que podem-se saltar lascas ou
limalhas;
• Ao lixar paredes, utilize óculos protetores. máscara para a boca e nariz e luvas, pois esta tarefa liberta
muito pó fino prejudicial para a saúde.
APLICAÇÃO DE TINTAS COM BROXA EM SUPERFÍCIES LISAS E SUPERFÍCIES LIMITADAS
TIPOS DE BROXAS E TRINCHAS UTILIZADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Broxa - Pincel grande e arredondado, de pêlos ordinários, empregado em caiação e outros tipos de pintura
mais rústica.
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Os pincéis, independentemente do seu diâmetro, são classificados por números. Os tamanhos mais utilizados
na pintura de construção civil, correspondem aos números 16, 18 e 20.
Pincéis com cerdas sintéticas são mais adequados para tintas à base de água.
Pincéis com cerdas naturais são indicados apenas para tintas à base de solvente.
Sendo possível, é preferível ter um jogo de trinchas para tinta branca e outro para tintas de cor.
Por muito bem limpa que uma trincha esteja, há sempre o risco de reter pigmentos que poderão colorir uma
tinta branca, depois de utilizada numa tinta de cor.
Para obter bons resultados, o pintor necessita de uma boa trincha e de um bom pincel, cuja qualidade
depende das cerdas. As cerdas naturais, de porco ou de javali, são as melhores.
TIPOS DE TINTAS
A tinta é um produto de pintura pigmentado, líquido, em pasta ou em pó, que quando aplicado num
substrato, forma uma película opaca dotada de propriedades protetoras, decorativas ou propriedades
específicas (como por exemplo: higiene, reflexão ou difusão da luz/ iluminação, sinalização viária, sinalização
de segurança do trabalho, de identificação de tubagens, etc.).
A pintura constitui um dos diversos tipos de revestimento que pode ser usado na construção civil. As tintas
e vernizes são produtos amplamente utilizados neste sector de atividade, mais especificamente no
revestimento de superfícies. Para este facto, muito contribuem os custos competitivos que estas apresentam
em relação a outros materiais de revestimento, aliados ao seu bom desempenho.
Os produtos de pintura podem ser pigmentados ou não. No primeiro caso, designam-se por tintas e
caracterizam-se por darem origem a uma película opaca que cobre totalmente o substrato. Quando o
produto de pintura não possui pigmentação, designa-se por verniz se quando aplicada no substrato forma
uma película, transparente, dotada de propriedades protetoras, decorativas ou propriedades específicas.
Assim, pode definir-se verniz como um produto de acabamento, normalmente aplicado como decoração e
proteção em substratos de madeira, (portas, janelas, soalhos, etc.), mas também em paredes, transparente,
com ou sem cor.
O substrato é o suporte de aplicação ou superfície sobre a qual se aplica uma tinta, verniz ou produto similar.
PROPRIEDADES
SUPERFÍCIES
ALVENARIA REBOCADA MADEIRA METAIS
Porosidade Alta Alta Nula
Permeabilidade Alta Alta Nula
Reactividade química Média Baixa Muito alta para
metais ferrosos
Resistência às radiações solares Alta Baixa Alta
Propriedade básica caraterística Alcalinidade Higroscopia Sensibilidade à
corrosão
Principais propriedades de alguns substratos
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De acordo com a superfície na qual vai ser aplicada, substrato, a pintura tem finalidades diferentes:
ALVENARIA - Protege contra esfarelamento e a ação da humidade, reduz absorção de água e inibe o
desenvolvimento de fungos e/ ou bolores/mofo.
MADEIRA - Além do embelezamento, a pintura/ envernizamento da madeira contribui para impedir a
absorção de água e humidade, protegendo-a contra ação das intempéries, o que leva ao aumento da sua
durabilidade.
METAL FERROSO (AÇO-CARBONO) – Atualmente, a pintura é a solução mais utilizada para o combate à
corrosão nestes materiais.
METAL NÃO FERROSO - Assim como em todos os outros, a pintura é utilizada para colorir e decorar estes
materiais.
Composição da tinta, em volume
Enquanto os solventes e aditivos voláteis constituem o veículo volátil, ou seja, a parte não aproveitável da
tinta, a resina constitui o veículo fixo (ligante), ou extrato seco, já que forma a película sólida da tinta, na qual
se converte depois de secar.
A finalidade dos solventes é dissolver os constituintes sólidos das tintas e a dos diluentes é reduzir a
viscosidade da tinta, conferindo-lhe um nível adequado de fluidez para a sua aplicação.
As resinas são responsáveis pela maioria das características físicas e químicas das tintas, pois determinam o
seu brilho, resistência, durabilidade, secagem, aderência entre outras.
A resina aglutina as micro-partículas sólidas e insolúveis, no meio, dos pigmentos.
Os pigmentos podem ser naturais, metálicos ou sintéticos, e podem ser divididos em dois grandes grupos:
ativos e inertes.
Os pigmentos (coloridos) conferem cor e poder de cobertura (opacidade) à tinta. Exemplo: dióxido de titânio
(promove a cor)
As cargas (não coloridos e anticorrosivos) conferem proteção aos metais encarregando-se de proporcionar
lixabilidade, resistência à abrasão, dureza e dar consistência às tintas (volume e corpo).
Os pigmentos anticorrosivos mais utilizados nas tintas de proteção ao aço-carbono são: zarcão, fosfato de
zinco, zinco metálico, cromato de zinco, óxido de ferro, alumínio.
Os aditivos são substâncias adicionadas em pequenas quantidades às tintas e vernizes, de modo a melhorar
ou modificar uma ou mais das suas propriedades.
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Os aditivos são utilizados para auxiliar nas diversas fases do fabrico da tinta e conferir caraterísticas
necessárias à sua aplicação.
Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes, como secantes, anti-
sedimentantes/ dispersantes, fungicidas, bactericidas, aromáticos, niveladores, antipele, antiespumante,
etc.
Para avaliarmos a qualidade das tintas e dos vernizes é importante conhecermos algumas de suas principais
características técnicas.
Estabilidade - Propriedade da tinta se manter inalterada durante o seu prazo de validade. Ao abrir uma
embalagem de tinta, esta não deve apresentar excesso de sedimentação, coagulação, empedramento,
separação de pigmentos, tal que não possa tornar-se homogénea através de uma simples agitação.
Cobertura - Propriedade da tinta que, ao revestir o substrato no qual foi aplicada, proporciona opacidade. A
diluição interfere diretamente na cobertura, razão pela qual deve ser feita exatamente como indicada (não
se aplica aos vernizes).
Rendimento - Área pintada/ acabada por quantidade de tinta consumida, podendo ser expresso em m2/L ou
m2/kg.
Aplicabilidade - Corresponde à facilidade de aplicação. A tinta, após diluição específica na embalagem, deve
espalhar-se facilmente, de maneira que o rolo ou pincel deslize sobre a superfície, apresentando um aspecto
uniforme.
Nivelamento - Propriedade de formar uma película uniforme, sem deixar marcas de aplicação. As marcas do
pincel ou do rolo devem desaparecer pouco tempo após a aplicação da tinta.
Alastramento - Capacidade do revestimento de, ao ser espalhado, distribuir-se for mando um película
homogénea e uniforme.
Secagem - Processo pelo qual uma tinta líquida se converte numa película sólida.
Lavabilidade - Capacidade da tinta em resistir à limpeza com produtos de uso do-méstico, tais como sabão,
detergente e outros, possibilitando a remoção de manchas sem afetar a integridade da película.
Durabilidade - Resistência que uma tinta apresenta contra a ação das intempéries (sol, chuva, maresia, etc.).
A tinta com maior durabilidade é aquela que demora mais tempo para sofrer alterações em sua película,
mantendo suas propriedades originais de pro-teção e embelezamento, quando aplicada sob as condições
normais de uso.
Para obtermos o melhor resultado num sistema de pintura é imprescindível que todos os procedimentos
técnicos recomendados nas embalagens sejam rigorosamente respeitados.
Linhas diferentes de tinta têm variadas finalidades e as suas características devem estar de acordo com o
local de aplicação.
A enorme diversidade de produtos de pintura existentes no mercado, com distintas aplicações e com as mais
variadas características, permite ter produtos adaptáveis a cada situação. Quando se pretende especificar
um determinado produto de pintura recorre-se geralmente a um dos tipos de classificação usuais e que têm
por base: a natureza do solvente, a natureza do ligante ou o fim a que se destinam.
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Classificação baseada na natureza do solvente
Quanto à natureza do solvente, as tintas podem dividir-se em dois grupos principais:
Tintas em que o solvente é água ou tintas à base de água (aquosas) – neste grupo incluem-se as tintas de
emulsão aquosas (também chamadas de “tintas plásticas”) e todas as tintas aquosas que tenham resinas
sintéticas (como as tintas de água acrílicas ou vinílicas e os esmaltes aquosos em geral)
Tintas em que o solvente não é água ou tintas à base de óleos ou solventes - neste grupo estão incluídas
todas as tintas líquidas não-aquosas, tintas de solvente (tintas acrílicas, vinílicas, epoxídicas e de borracha),
as massas, as tintas sem solvente e as tintas em pó.
Classificação baseada na natureza do ligante
A classificação de acordo com a natureza do principal ligante é a mais utilizada, podendo as tintas dividir-se
em:
– Tintas acrílicas e metacrílicas;
– Tintas alquídicas, oleosas e oloeorresinosas de secagem ao ar;
– Tintas betuminosas;
– Tintas de borracha natural, sintética, modificada ou não;
– Tintas epoxídicas;
– Tintas nitrocelulósicas;
– Tintas de poliésteres;
– Tintas de poliuretano;
– Tintas de silicatos; – Tintas de silicones;
– Tintas vinílicas.
Nos casos em que estas tintas têm base aquosa, são geralmente designadas pelo seu nome seguido do termo
“aquoso”.
Classificação baseada no fim a que se destinam
As tintas são também podem ser designadas pelo tipo de utilização que têm na construção, sendo as mais
frequentes:
– Tintas plásticas para a construção civil;
– Tintas para a marcação de estradas;
– Tintas para protecção do betão;
– Tintas industriais;
– Tintas para estruturas metálicas;
– Tintas decorativas;
– Tintas de acabamento (esmaltes);
– Tintas de elevada resistência química;
– Primários.
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Verifica-se que todas estas classificações permitem incluir todas as tintas; no entanto, a classificação quanto
à natureza do ligante é a que fornece maior informação sobre o comportamento da tinta na sua utilização.
Na prática da construção civil, as tintas são designadas de forma generalizada, por termos relacionados com
o aspecto do acabamento obtido ou com a finalidade com que são utilizadas, como por exemplo:
– Tinta de esmalte – é um tipo de acabamento que proporciona um aspecto mais ou menos brilhante e liso.
– Tinta plástica ou tinta de emulsão – é uma tinta de água com ligantes sintéticos, que dão um acabamento
liso e mate.
– Tinta texturada – este tipo de tinta tem cargas de maior granulometria de modo a obter como acabamento
uma película com superfície rugosa.
– Tinta em pó – é uma tinta sem solvente, i.e., é um revestimento completo que se apresenta na forma de
pó. Podem ser aplicados por dois métodos, leito fluido e electrostático. Os revestimentos em pó curam por
fusão. São indicadas para trabalhos de enterramento e imersão, mas desaparecem por acção da luz solar
indirecta e são quebradiças.
– Termolacado – é um revestimento obtido a partir da aplicação de determinadas tintas sobre superfícies
metálicas previamente tratadas, seguidas de cura em estufa.
– Tintas acrílicas – as tintas acrílicas aquosas são específicas para exposições atmosféricas, como primários
ou como acabamento e têm uma excelente retenção de cor e brilho. Os acrílicos curam por
coalescência/aglutinação.
– Tintas de óleo – consistem num pigmento, um óleo sicativo e um solvente alifático, sem qualquer
modificação com resinas sintéticas. A tinta seca por evaporação do solvente, e cura mediante uma reacção
de oxidação. As características destas tintas oleorresinosas são determinadas principalmente pelas
características do óleo sicativo.
Tipos de tintas mais frequentemente utilizados na construção civil:
Tinta a óleo - Quase sempre preparadas à base de óleo e diluídas em diluente apropriado, aconselhado pelo
fornecedor. Atualmente, são designadas genericamente por esmaltes sintéticos/ celulosos.
Tinta acrílica/ acetinada - Tipo de tintas recente, diluíveis em água. Embora, apresentem um brilho inferior
ao dos esmaltes, combinam vantagens como resistência à humidade, cheiro reduzido, secagem rápida,
possibilidade de lavar com água o utensílio utilizado. Geralmente, são aplicadas apenas em pinturas de
interiores.
Tinta plástica - Podem ser diluídas em água, o que torna mais fácil a limpeza dos pincéis, trinchas, rolos e
locais de trabalho. É a mais utilizada nas paredes exteriores, interiores e tetos. Não são habitualmente
aplicadas em madeira. A qualidade denominada de exterior pode ser aplicada igualmente em interiores.
Deve-se ter atenção à % de diluição.
O “Esquema de Pintura” define o conjunto de tintas ou produtos similares a aplicar sobre o substrato,
segundo determinada ordem, definindo a espessura ou o número de demãos sucessivas, que constituem o
revestimento propriamente dito.
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Primeira(s) demão(s) - Aplicada diretamente sobre o substrato, de modo a garantir a sua proteção e a
aderência das camadas subsequentes ou para uniformizar a sua porosidade e absorção. Quando aplicada
sobre um substrato não absorvente (metal, plástico), designa-se por primário, sobre um substrato
absorvente (madeira, reboco) é geralmente referida como selante.
Demãos intermédias - Produtos fortemente pigmentados destinados a dar espessura e a regularizar as
imperfeições do substrato, tornando-o mais uniforme e exercendo um efeito barreira. São também
designadas por sub-capas.
Demão(s) de acabamento – Confere o aspeto visual final. É também a primeira a sofrer o ataque das diversas
agressões (luz, temperatura, choques, radiação, contacto com agentes químicos, etc.), pois fica em contacto
direto com o meio ambiente por ser a última a ser aplicada. Tintas com pouco poder de cobertura necessitam
de aplicação de várias demãos para se obter um acabamento perfeito.
O “Sistema de Pintura” é constituído pela definição do conjunto das tintas ou produtos similares a aplicar e
também das respetivas técnicas de aplicação, segundo um determinado esquema de pintura, e destina-se a
assegurar a proteção do substrato e/ou a conferir-lhe determinadas propriedades.
A designação do sistema de pintura está estreitamente relacionada com a natureza química das várias tintas
que o constituem. Assim, por exemplo, se os produtos a aplicar são todos formulados com resinas acrílicas,
dizemos que estamos em presença de um sistema acrílico.
A seleção da tinta ou do sistema de pintura depende do substrato a tratar (natureza e estado) e das condições
de exposição.
O custo das tintas é, aproximadamente, 30% do custo total da pintura, enquanto o custo de reparação e
preparação da superfície, limpeza e aplicação, geralmente, são os mesmos, independentemente, do custo
dos materiais, e representam, aproximadamente, 70% do custo total da pintura.
Verifica-se, por essa razão, uma tendência progressiva, no sector da construção civil, de selecionar tintas com
base na sua qualidade e desempenho, desconsiderando as compras baseadas apenas no custo tinta.
A escolha de uma tinta baseada somente no preço mais baixo, representa uma falsa economia.
É um facto comprovado que a alta qualidade das tintas proporciona menor custo por m² por ano
(manutenção) do que as tintas convencionais.
Os principais fatores que influenciam a qualidade e durabilidade de um
sistema de pintura são.
• Qualidade da tinta
• Qualidade e preparação do substrato
• Qualidade da mão-de-obra
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Aquando da abertura de uma embalagem de tinta, esta deve apresentar um aspeto uniforme/ homogéneo
e estar livre de partículas sedimentadas por meio da agitação manual, não devendo apresentar sedimentação
em excesso, coagulação, formação de nata, odor desagradável, expelir vapores tóxicos. Além disso, os dados
da tinta devem constar na embalagem.
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE TINTA COM BROXA
As ferramentas para a aplicação manual de tintas utilizadas na construção civil são pincel, trincha, rolo e
broxa.
1º Efetuar primeiro os recortes.
2º Aplicar a tinta disfarçando e desencontrando as marcas da
broxa.
3º Procurar manter um ritmo constante no movimento das
pinceladas para um resultado final mais harmónico.
4º Para a cobertura total é necessário aplicar duas demãos,
com um intervalo mínimo de 6/ 8 horas, este tempo varia
conforme a temperatura ambiente.
5º Pintar cada superfície por inteiro, sem interrupção, para
que a pintura fique mais homogénea.
É aconselhável adquirir uma broxa de qualidade inferior para aplicar as primeiras demãos e outra, de melhor
qualidade, para as últimas demãos (acabamento).
No entanto, como todas as broxas, mesmo as de melhor qualidade, têm tendência para largar pêlo quando
novas, assim, é conveniente no princípio, utilizá-las nas referidas primeiras demãos, antes de empregá-las na
demão de acabamento.
Não se esqueça que a sequência de pintura deverá ser a seguinte: tectos, paredes, portas e janelas, e por
último, rodapés, se for caso disso.
VANTAGENS DE UTILIZAÇÃO DE UMA BROXA USADA
Uma das vantagens de utilizar uma broxa usada prende-se com o facto de a perda de cerdas durante a pintura
ser bastante menor do que uma nova, no decurso das primeiras utilizações
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VASSOURAS DE PALMA
• Vassouras Macias
• Vassouras Rijas
• Vassouras Pretas
BROXA DE PONTA
RECORTE – GENERALIDADES
Recorte é o nome que se dá ao acto de pintar as laterais e cantos da parede. Resumidamente, são aqueles
cantos que fazem divisão com o tecto, com outras paredes, com o rodapé, com as portas ou com as janelas.
É usualmente pintado com um pincel ou com uma broxa de ponta.
RECORTE DE PAREDE:
1º Após preparar a superfície que será pintada, é necessário fazer o que chamamos de ‘recortar a parede’,
passando uma fita-crepe em todo seu contorno.
2º Em seguida, passe no canto da fita um pouco de massa PVA, que pode ser aplicada com o próprio dedo.
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3º Com um pincel ou uma broxa de ponta, pinte uma pequena faixa (de pelo menos quatro centímetros) a
toda a volta da superfície a pintar rodeando rodapés, aros das portas, janelas e outras partes inacessíveis ao
rolo.
4º Se estiver a utilizar uma broxa nova, antes de o usar na superfície que pretende pintar, mergulhe-o na
tinta e passe-o algumas vezes numa superfície áspera. Esta operação servirá para que sejam removidas
quaisquer cerdas de pequenas dimensões que possam estar soltas. Desta forma, evita que estas pequenas
cerdas possam ser transferidas para a superfície que pretende pintar.
Só depois do recorte feito, se utiliza o rolo para pintar a restante superfície da parede.
TRATAMENTO E CONSERVAÇÃO DE FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS
Para que os pincéis e trinchas tenham uma vida útil mais longa e não se estraguem depois da primeira
pintura, eles devem ser limpos imediatamente após o seu uso, não deixando secar tinta neles.
Deve proceder-se à limpeza e conservação dos instrumentos e ferramentas de trabalho, utilizando os
produtos/ diluentes adequados para cada tipo de tinta, e de seguida, lavar-se sempre com água e sabão
Para limpar as ferramentas e os utensílios que estiverem com resíduos de tintas à base de água, como a tinta
plástica; texturada e de borracha, basta lavá-los com água e sabão.
Já para trinchas ou pincéis sujos com tintas à base de solventes, como tinta a óleo, esmalte e verniz, o
primeiro passo é tirar o excesso de tinta e depois lavar com diluente apropriado (posteriormente deve-se
lavar novamente com água e sabão).
Não se deve usar água quente na limpeza dos pincéis/ trinchas, pois pode deformar os seus pêlos/ cerdas.
Após lavagem/ limpeza dos pincéis/ trinchas, até à sua completa secagem, devem ser mantidos sempre com
os pêlos / cerdas para cima.
Não se devem guardar os pincéis molhados em embalagens fechadas
REMOÇÃO DE PAPEL DECORATIVO
TÉCNICAS DE DESCOLAGEM DO PAPEL DECORATIVO
É importante saber qual o procedimento correto para retirar estes revestimentos sem que a parede fique
danificada.
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Na maioria dos casos, o papel decorativo (papel de parede tradicional) pode ser removido apenas com água
quente com sabão e com o auxílio de uma espátula.
Com a ajuda de uma trincha velha ou um pano deve-se humedecer com água morna
e sabão, o papel que ainda ficou aderido à parede, para amolecer a cola.
Posteriormente, deve-se esperar algum tempo para que a cola amoleça, e só depois
com a ajuda de um raspador verificar-se, de modo cuidadoso para não danificar a
parede, se o papel se desprende com facilidade
Métodos mais recentes
TIPOS DE ESCOVAS E DE PRODUTOS PARA LAVAR PAREDES
• Comece por limpar a superfície, removendo o pó, com escova apropriada;
• Lave com água e detergente suave, começando pelas paredes, de cima para baixo, e evitando que a
água com detergente escorra pela parede e depois enxague a sujidade com água limpa;
• Evite utilizar produtos abrasivos;
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• No caso de produtos especiais, siga escrupulosamente as instruções de utilização;
• Se a parede tiver interruptores e tomadas, certifique-se de que a corrente está desligada e evite que
o excesso de água escorra para o interior de fendas e orifícios.
Água quente, uma escova de esfregar e sabão suave ou detergente líquido são suficientes para lavar
pequenas superfícies e com sujidade ligeira.
Para limpar sujidade orgânica ou mais resistente, já é necessária tecnologia apropriada e detergentes
adequados. Estes detergentes devem ser neutros ou alcalinos.
CONSERVAÇÃO DE ESCADAS UTILIZADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
• Para a conservação de escadas recomenda-se, de preferência, aplicar verniz
claro ou óleo de linhaça;
• Deve-se evitar a pintura com tinta, pois ela poderia encobrir nós, rachaduras
e eventuais defeitos da madeira.;
• As escadas devem ser guardadas horizontalmente, livres da ação de
intempéries e sustentadas por suportes fixos na parede;
• Para as de escadas compridas recomendam-se pelo menos três pontos fixos
na parede.
A inspeção e manutenção regular das escadas aumentam a sua vida útil e contribuem para a redução do
número de acidentes. A frequência de revisão depende das condições de utilização e da carga de trabalho a
que as mesmas são submetidas, incluindo o número de utilizadores
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TRANSPORTE DE MATERIAIS E EQUIPAMENTO NO INTERIOR DE UM EDIFÍCIO
Devem ser definidos percursos/ trajetos de transporte, de acordo com os locais de armazenamento e
necessidade de (re) utilização, reduzindo a necessidade de transporte.
Devem ser adotados princípios básicos de economia dos movimentos e movimentação de materiais; utilizar
equipamentos adequados, devendo ser o mais simples e especializados quanto necessário.
Devem ainda adotar-se formas de eliminar o desperdício de materiais, reduzindo a entrada de materiais no
estaleiro de obra e a posterior saída na forma de entulho.
Normalmente em prédios novos, a pintura é feita na fase final da obra e há uma série de cuidados em relação
ao edifício.
Os profissionais que fazem o serviço de pintura devem estar equipados com os EPIs necessários e devem
acatar o Regulamento Interno, nomeadamente as normas de segurança relativas ao transporte de materiais
e equipamentos no interior de um edifício.
PRECAUÇÕES A OBSERVAR NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DURANTE OS TRABALHOS DE
LAVAGEM
Para evitar choques elétricos durante os trabalhos de lavagem, todas tomadas e interruptores da divisão
devem estar desligados da eletricidade (desligar disjuntor no quadro de distribuição) e deve ser utilizado o
mínimo de água possível.
Nunca deixar que haja contacto entre a água e a corrente elétrica e usar sempre os Equipamentos de
Proteção Individual.
Os quadros devem ser de materiais que protejam os componentes elétricos contra humidade, poeira e
choques.
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PRECAUÇÕES A OBSERVAR NOS TRABALHOS A REALIZAR EM CIMA DO ESCADOTE
A utilização dos escadotes comporta sempre risco para os seus utilizadores, pelo que apenas deverão ser
utilizadas como último recurso, quando não seja apropriada ou prática a utilização de outros equipamentos
mais seguros pela que a opção será o uso de escadas (ex.: se o risco é mínimo, o período de utilização é
reduzido e o espaço é muito limitado para a execução dos trabalhos, que condicionam a utilização de outro
tipo de equipamentos de trabalho).
Contudo, o trabalho a realizar pode ainda condicionar o uso de determinado tipo de escadote, por exemplo,
não deve ser utilizada um escadote metálico para realizar trabalhos com ferramentas elétricas em locais
húmidos, ou tarefas que só podem ser realizadas em tensão. Pelo que, o escadote selecionado deverá ser de
material isolante.
É recomendável adquirir escadote que cumpram as normas de fabrico e que também façam menção de
outras indicações: identificação do fabricante, data de fabrico e n.º de série, a carga máxima admissível, e se
aplicável, o ângulo de inclinação, entre outros.
O escadote deve ser colocado sobre uma superfície nivelada, firme e estável, que não seja escorregadia.
Antes da sua utilização, deve verificar-se que se encontra bem aberto e bloqueado pelo seu sistema auto-
bloqueio. Esta deve evitar que o escadote abra além do ângulo correto.
Não é de todo aconselhável montar o escadote sobre uma grade, mesa ou caixa e é prioritário verificar se a
superfície de apoio é plana e estável.
Os seus degraus devem estar devidamente secos, não apresentando substâncias derramadas, tais como,
tinta fresca e óleo. Deve-se usar sapatos rasos e de solas aderentes, aquando da sua utilização.
Como a grande maioria dos escadotes são de alumínio, o qual é um bom condutor de eletricidade, estes não
podem estar em contacto com a corrente elétrica.
Nunca se devem utilizar escadotes danificados. Não são permitidos arranjos provisórios e a sua reparação
deve ser efetuada por um técnico credenciado.
Um escadote, em geral, pesa entre 4 a 5 kg. Embora não convenha ser muito pesado, de modo a facilitar
o seu transporte, o facto de ter algum "peso" permite-lhe adquirir estabilidade.
Para ser seguro, o ideal é que as medidas do escadote se adeqúem ao tamanho do utilizador. Uma pessoa
alta precisará de um modelo diferente de uma com estatura inferior.
Verifique se existem proteções nos apoios que além de funcionarem como antiderrapantes, evitam que o
chão fique riscado.
O escadote deve ser acompanhado de panfletos e autocolantes alertando para o perigo de uma má utilização.
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Ao subir ou descer, o utilizador deve apoiar-se sempre nas barras laterais. Nunca deverá apoiar apenas um
pé no escadote e outro numa janela, por exemplo. Pois, poderá desequilibrar-se ou fazer o escadote cair.
PINTURA DE TECTO COM BROXA
TÉCNICAS DE ENCHIMENTO
• No caso de uma pintura nova nos tectos, deve-se utilizar um primário que vai atuar em conjunto
como um selante;
• Se o tecto tiver buracos, fendas ou alguma trinca, antes de pintar é necessário repará-lo com massa
de regularização para deixar a superfície uniforme;
• A superfície de aplicação deve ainda estar seca, limpa, sem bolores ou gordura.

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  • 2. FICHA TÉCNICA Tipologia de Recurso: Manual da UFCD 2721 - Aplicação de Tintas em Diferentes Superfícies Curso: Pintor/a da Construção Civil Formador(es): Mª Isabel Almeida Autoria: Mª Isabel Almeida Data: 2022
  • 3. MOD.FP.040.01 1 de 24 Índice FICHA TÉCNICA....................................................................................................................................... 1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................................... 2 ÂMBITO.......................................................................................................................................................... 2 OBJETIVOS...................................................................................................................................................... 2 REGULARIZAÇÃO DE SUPERFÍCIES........................................................................................................... 2 FERRAMENTAS/ UTENSÍLIOS E MATERIAIS – CARATERIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO.............................................. 2 PRECAUÇÕES A OBSERVAR NA UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS AFIADAS .................................................... 5 PROTEÇÃO DE ESPAÇOS ENVOLVENTES ANTES DA RASPAGEM.................................................................... 6 TÉCNICAS DE RASPAGEM E BETUMAGEM DE SUPERFÍCIES A PINTAR .......................................................... 6 REGRAS DE SEGURANÇA E HIGIENE APÓS OS TRABALHOS DE BETUMAGEM............................................... 7 PRECAUÇÕES A OBSERVAR NO MOVIMENTO DE LIXAGEM .......................................................................... 7 APLICAÇÃO DE TINTAS COM BROXA EM SUPERFÍCIES LISAS E SUPERFÍCIES LIMITADAS ............................ 8 TIPOS DE BROXAS E TRINCHAS UTILIZADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL............................................................ 8 TIPOS DE TINTAS............................................................................................................................................ 9 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE TINTA COM BROXA ....................................................................................... 15 VANTAGENS DE UTILIZAÇÃO DE UMA BROXA USADA ................................................................................ 15 VASSOURAS DE PALMA................................................................................................................................ 16 BROXA DE PONTA ........................................................................................................................................ 16 RECORTE – GENERALIDADES........................................................................................................................ 16 TRATAMENTO E CONSERVAÇÃO DE FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS ............................................................ 17 REMOÇÃO DE PAPEL DECORATIVO ....................................................................................................... 17 TÉCNICAS DE DESCOLAGEM DO PAPEL DECORATIVO ................................................................................. 17 TIPOS DE ESCOVAS E DE PRODUTOS PARA LAVAR PAREDES....................................................................... 18 CONSERVAÇÃO DE ESCADAS UTILIZADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL............................................................. 19 TRANSPORTE DE MATERIAIS E EQUIPAMENTO NO INTERIOR DE UM EDIFÍCIO ......................................... 19 PRECAUÇÕES A OBSERVAR NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DURANTE OS TRABALHOS DE LAVAGEM ........ 20 PRECAUÇÕES A OBSERVAR NOS TRABALHOS A REALIZAR EM CIMA DO ESCADOTE .................................. 21 PINTURA DE TECTO COM BROXA .......................................................................................................... 22 TÉCNICAS DE ENCHIMENTO......................................................................................................................... 22
  • 4. MOD.FP.040.01 2 de 24 INTRODUÇÃO ÂMBITO O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à Unidade de Formação de Curta Duração Nº 2721 – Aplicação de Tintas em Diferentes Superfícies, de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações. OBJETIVOS • Regularizar uma superfície; • Aplicar tinta numa superfície lisa (à altura normal) e numa superfície limitada; • Remover papéis pintados e lavar superfícies; • Executar o enchimento e a pintura de um tecto com a broxa. REGULARIZAÇÃO DE SUPERFÍCIES FERRAMENTAS/ UTENSÍLIOS E MATERIAIS – CARATERIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO
  • 5. MOD.FP.040.01 3 de 24 • Raspadeiras/ Raspadores – Remoção de tintas, vernizes, colas, etc. • Espanadores – Remoção do pó. • Lixas – Papéis ou panos com material de superfície abrasiva composta geralmente por minerais, frequentemente utilizado para desbastar ou polir madeira, paredes, metais, entre outros. Existem muitas variedades de materiais abrasivos na indústria, mas as lixas mais comuns são encontradas em folhas com numeração (ou grão), que indica o poder de abrasão. As lixas possuem múltiplas funções como nivelar e aumentar a aderência das tintas às superfícies, polir madeiras, metais e paredes e remover ferrugem dos metais ferrosos. Existem diferentes tipos de lixas de acordo com a finalidade que se pretende. Ao usar o tipo de lixa errado, além de não se obter o resultado esperado, corre-se o risco de danificar a superfície a regularizar. Quanto ao seu uso, as lixas dividem-se nos seguintes tipos: Lixa d’água - É usada molhada ou húmida com água ou outros solventes líquidos, que vão lavando as impurezas retiradas pela lixa. Usada em acabamentos finos em materiais como gesso e massa corrida. Também pode ser usada no acabamento em metal e plástico e limpar peças, removendo resíduos dos objetos.
  • 6. MOD.FP.040.01 4 de 24 Lixa para madeira - Pode ser usada em madeiras de diferentes densidades, incluindo MDF e compensados. Retira desníveis da madeira, elimina as farpas e prepara a madeira para o acabamento e pintura. Lixa para ferro - É usada somente em superfícies metálicas para a remoção de tintas e ferrugem. Também pode ser aplicada para nivelar estruturas e fazer acabamentos. Lixa para massa - É ideal para nivelar a estrutura que receberá a tinta. Pode ser usada sobre rebocos, argamassas, massa corrida e gesso. Além do tipo de lixa, também é necessário conhecer os números das lixas que devem ser usadas para cada etapa do trabalho. As lixas têm vários tipos de grão, do mais grosso (20) ao mais fino (1600) e são escolhidas conforme o trabalho que se deseja fazer, em pintura utiliza-se as seguintes: As de menor numeração são mais grossas e geralmente usadas no início do trabalho, tanto para desbastar quanto para retirar camadas velhas de tinta ou verniz. As de numeração maior, são mais finas e indicadas para realização de acabamentos finos ou finais. As lixas podem ser encontradas nas seguintes cores (pode variar de marca para marca): Preta ou Azul (ferro) – Para metal, alumínio e aço, na remoção de ferrugem e preparação para pintar; Castanha ou Amarela (madeira) – Recomendada para madeiras; Vermelha (paredes) – Recomendada para nivelamento de superfícies de alvenaria, massas, gesso e pintura em geral.
  • 7. MOD.FP.040.01 5 de 24 • Espátulas de betumar – Ferramenta utilizada para aplicar e alisar massas/ betumes no substrato a pintar. • Massas para regularização de superfícies – Enchimento e regularização de superfícies. Podem ser adquiridas prontas a aplicar ou por preparar. A Massa de Regularização é uma composição pastosa, altamente pigmentada, destinada a nivelar e a corrigir as irregularidades do substrato já selado, preparando-o para o acabamento. PRECAUÇÕES A OBSERVAR NA UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS AFIADAS Os riscos específicos relacionados com a utilização de ferramentas afiadas exigem o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), nomeadamente luvas anti-corte, aquando da sua utilização. As ferramentas afiadas devem ter proteção nas superfícies cortantes, ser guardadas e transportadas em bainhas apropriadas. Nunca se devem transportar no bolso da roupa. Ao subir ou descer escadas ou escadotes, devem-se utilizar bolsas ou cinturões que deixem as duas mãos livres. Os riscos de acidentes originados pela utilização das ferramentas manuais afiadas são altos. Os riscos mais importantes consistem, sobretudo, em golpes e cortes nas mãos e outras partes do corpo, sendo as principais causas: • Utilização inadequada das ferramentas; • Utilização de ferramentas defeituosas ou de baixa qualidade; • Manutenção inadequada; • Armazenamento e transporte deficiente/ inapropriado.
  • 8. MOD.FP.040.01 6 de 24 PROTEÇÃO DE ESPAÇOS ENVOLVENTES ANTES DA RASPAGEM A zona envolvente do local onde o trabalho se vai realizar deve ser protegida e o posto de trabalho deve ser preparado e organizado de acordo com as atividades a desenvolver, com as condições do local e com os materiais e equipamentos a utilizar. Antes do início dos trabalhos de raspagem, deve-se retirar do espaço a intervencionar os móveis, tapetes, cortinados, etc. Se houver móveis ou equipamentos que não seja possível retirar, devem ser afastados das paredes e colocados no centro da divisão e cobertos com uma cobertura de plástico. O chão também deve ser protegido da mesma forma. Os rodapés, aros das portas, janelas, tomadas e interruptores devem igualmente ser protegidos, recorrendo a fitas adesivas, filmes e outros materiais de proteção adequados. Para um trabalho mais perfeito, ao pintar em redor de um interruptor ou tomada, deve-se desligar o disjuntor do respetivo circuito no quadro elétrico e desmontar o seu espelho. TÉCNICAS DE RASPAGEM E BETUMAGEM DE SUPERFÍCIES A PINTAR Preparar e reparar as superfícies a revestir em função do tipo de trabalho a executar, da natureza da base e do tipo de revestimento a aplicar. Retirar o revestimento anterior em caso de trabalhos de conservação ou reparação, nomeadamente, pinturas, envernizamentos, papeis e similares, utilizando as técnicas adequadas. Reparar as superfícies a revestir, aplicando massas de regularização, se necessário. Preparar as superfícies a revestir, efetuando, nomeadamente, a aplicação de primários e isolantes. A identificação e o estado dos substratos determinam a preparação da superfície antes da pintura e a escolha do sistema de pintura a aplicar. A seguir à aplicação do primário, os defeitos das superfícies serão colmatados por meio de massas adequadas à qualidade da tinta, de forma a que, após lixagem, fiquem corrigidas todas as imperfeições, antes de aplicar as demãos seguintes. As fissuras ocupam o segundo lugar entre os defeitos mais comuns na construção civil, perdendo apenas para os problemas de humidade. Para tentar eliminar problemas dessa natureza, fendas e buracos, deverão ser tapados com massa de regularização ou betume apropriados.
  • 9. MOD.FP.040.01 7 de 24 A massa deve ser feita em pequenas quantidades, pois endurece rapidamente. Após a massa de regularização ou betume aplicado estar completamente seco, deve-se utilizar uma lixa para suavizar e uniformizar a superfície. Nas fendas finas, aplicar massa de regularização ou betume (no caso de madeira ou ferro) com o auxílio de uma espátula e com movimentos perpendiculares à trinca, passando-se por último no sentido desta para comprimir bem a massa. Deixar secar e lixar. No caso de fendas grandes, retirar todo o material desprendido da trinca e, se necessário, alargá-la ainda mais até obter um rebordo firme. Escovar depois todo o material solto. Em seguida, preparar a massa de regularização, humedecer a fenda e proceder ao seu enchimento como descrito acima. Deixar secar e lixar. REGRAS DE SEGURANÇA E HIGIENE APÓS OS TRABALHOS DE BETUMAGEM • Existência e acesso fácil a água corrente, quente e fria, em abundância; • Cremes/ gel de limpeza; • Utilização de sabões ou sabonetes neutros; • Disponibilidade de limpadores/ toalhas de mão para limpeza sem água; • Uso de creme hidratante nas mãos, especialmente, se é necessário lavá-las com frequência. PRECAUÇÕES A OBSERVAR NO MOVIMENTO DE LIXAGEM • A lixagem é um processo de regularização da superfície do substrato, i.e., operação destinada a retirar uma certa quantidade de material, para que se consiga as condições desejadas da mesma; • A lixagem deve ser feita de uma forma suave sobre uma superfície já envernizada ou pintada, a fim de se retirar o brilho, para permitir a perfeita aderência da próxima demão; • Pode-se utilizar um taco de madeira para facilitar a tarefa de lixagem; • A lixagem superficial, é um processo leve para apenas regularizar a superfície do material; • A lixagem pode ser feita de forma manual ou utilizar uma lixadeira (elétrica), as folhas de lixa utilizadas nestas máquinas podem ser diferentes; • Quando se inicia um trabalho de lixagem, deve-se começar com uma lixa mais grossa e finalizar com uma lixa de grão mais fino. Exemplo: Se iniciarmos um trabalho com uma lixa grão 220 (e desejamos um acabamento extremamente liso), podemos continuar com uma lixa grão 320, e depois uma lixa grão 400. Se iniciarmos o trabalho usando uma lixa grão 80, a próxima lixa deverá ser 50% acima de 80, isto é, grão 120; • Para obter uma lixagem perfeita da superfície deve-se utilizar lixas e técnicas corretas. Por exemplo, para lixar madeira corretamente, os movimentos devem ser sempre no sentido dos seus veios para não provocar ranhuras/ riscos na sua superfície;
  • 10. MOD.FP.040.01 8 de 24 • Para lixar uma porta, os movimentos devem ser no sentido vertical (sentido dos veios), enquanto para lixar um rodapé, os movimentos devem ser no sentido horizontal; • A lixagem de paredes com massa de regularização deve ser efetuada com movimentos circulares; • Depois de se lixar, deve-se limpar a superfície antes da etapa seguinte; • Ao lixar madeira e metais, utilize sempre óculos protetores e luvas, já que podem-se saltar lascas ou limalhas; • Ao lixar paredes, utilize óculos protetores. máscara para a boca e nariz e luvas, pois esta tarefa liberta muito pó fino prejudicial para a saúde. APLICAÇÃO DE TINTAS COM BROXA EM SUPERFÍCIES LISAS E SUPERFÍCIES LIMITADAS TIPOS DE BROXAS E TRINCHAS UTILIZADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Broxa - Pincel grande e arredondado, de pêlos ordinários, empregado em caiação e outros tipos de pintura mais rústica.
  • 11. MOD.FP.040.01 9 de 24 Os pincéis, independentemente do seu diâmetro, são classificados por números. Os tamanhos mais utilizados na pintura de construção civil, correspondem aos números 16, 18 e 20. Pincéis com cerdas sintéticas são mais adequados para tintas à base de água. Pincéis com cerdas naturais são indicados apenas para tintas à base de solvente. Sendo possível, é preferível ter um jogo de trinchas para tinta branca e outro para tintas de cor. Por muito bem limpa que uma trincha esteja, há sempre o risco de reter pigmentos que poderão colorir uma tinta branca, depois de utilizada numa tinta de cor. Para obter bons resultados, o pintor necessita de uma boa trincha e de um bom pincel, cuja qualidade depende das cerdas. As cerdas naturais, de porco ou de javali, são as melhores. TIPOS DE TINTAS A tinta é um produto de pintura pigmentado, líquido, em pasta ou em pó, que quando aplicado num substrato, forma uma película opaca dotada de propriedades protetoras, decorativas ou propriedades específicas (como por exemplo: higiene, reflexão ou difusão da luz/ iluminação, sinalização viária, sinalização de segurança do trabalho, de identificação de tubagens, etc.). A pintura constitui um dos diversos tipos de revestimento que pode ser usado na construção civil. As tintas e vernizes são produtos amplamente utilizados neste sector de atividade, mais especificamente no revestimento de superfícies. Para este facto, muito contribuem os custos competitivos que estas apresentam em relação a outros materiais de revestimento, aliados ao seu bom desempenho. Os produtos de pintura podem ser pigmentados ou não. No primeiro caso, designam-se por tintas e caracterizam-se por darem origem a uma película opaca que cobre totalmente o substrato. Quando o produto de pintura não possui pigmentação, designa-se por verniz se quando aplicada no substrato forma uma película, transparente, dotada de propriedades protetoras, decorativas ou propriedades específicas. Assim, pode definir-se verniz como um produto de acabamento, normalmente aplicado como decoração e proteção em substratos de madeira, (portas, janelas, soalhos, etc.), mas também em paredes, transparente, com ou sem cor. O substrato é o suporte de aplicação ou superfície sobre a qual se aplica uma tinta, verniz ou produto similar. PROPRIEDADES SUPERFÍCIES ALVENARIA REBOCADA MADEIRA METAIS Porosidade Alta Alta Nula Permeabilidade Alta Alta Nula Reactividade química Média Baixa Muito alta para metais ferrosos Resistência às radiações solares Alta Baixa Alta Propriedade básica caraterística Alcalinidade Higroscopia Sensibilidade à corrosão Principais propriedades de alguns substratos
  • 12. MOD.FP.040.01 10 de 24 De acordo com a superfície na qual vai ser aplicada, substrato, a pintura tem finalidades diferentes: ALVENARIA - Protege contra esfarelamento e a ação da humidade, reduz absorção de água e inibe o desenvolvimento de fungos e/ ou bolores/mofo. MADEIRA - Além do embelezamento, a pintura/ envernizamento da madeira contribui para impedir a absorção de água e humidade, protegendo-a contra ação das intempéries, o que leva ao aumento da sua durabilidade. METAL FERROSO (AÇO-CARBONO) – Atualmente, a pintura é a solução mais utilizada para o combate à corrosão nestes materiais. METAL NÃO FERROSO - Assim como em todos os outros, a pintura é utilizada para colorir e decorar estes materiais. Composição da tinta, em volume Enquanto os solventes e aditivos voláteis constituem o veículo volátil, ou seja, a parte não aproveitável da tinta, a resina constitui o veículo fixo (ligante), ou extrato seco, já que forma a película sólida da tinta, na qual se converte depois de secar. A finalidade dos solventes é dissolver os constituintes sólidos das tintas e a dos diluentes é reduzir a viscosidade da tinta, conferindo-lhe um nível adequado de fluidez para a sua aplicação. As resinas são responsáveis pela maioria das características físicas e químicas das tintas, pois determinam o seu brilho, resistência, durabilidade, secagem, aderência entre outras. A resina aglutina as micro-partículas sólidas e insolúveis, no meio, dos pigmentos. Os pigmentos podem ser naturais, metálicos ou sintéticos, e podem ser divididos em dois grandes grupos: ativos e inertes. Os pigmentos (coloridos) conferem cor e poder de cobertura (opacidade) à tinta. Exemplo: dióxido de titânio (promove a cor) As cargas (não coloridos e anticorrosivos) conferem proteção aos metais encarregando-se de proporcionar lixabilidade, resistência à abrasão, dureza e dar consistência às tintas (volume e corpo). Os pigmentos anticorrosivos mais utilizados nas tintas de proteção ao aço-carbono são: zarcão, fosfato de zinco, zinco metálico, cromato de zinco, óxido de ferro, alumínio. Os aditivos são substâncias adicionadas em pequenas quantidades às tintas e vernizes, de modo a melhorar ou modificar uma ou mais das suas propriedades.
  • 13. MOD.FP.040.01 11 de 24 Os aditivos são utilizados para auxiliar nas diversas fases do fabrico da tinta e conferir caraterísticas necessárias à sua aplicação. Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes, como secantes, anti- sedimentantes/ dispersantes, fungicidas, bactericidas, aromáticos, niveladores, antipele, antiespumante, etc. Para avaliarmos a qualidade das tintas e dos vernizes é importante conhecermos algumas de suas principais características técnicas. Estabilidade - Propriedade da tinta se manter inalterada durante o seu prazo de validade. Ao abrir uma embalagem de tinta, esta não deve apresentar excesso de sedimentação, coagulação, empedramento, separação de pigmentos, tal que não possa tornar-se homogénea através de uma simples agitação. Cobertura - Propriedade da tinta que, ao revestir o substrato no qual foi aplicada, proporciona opacidade. A diluição interfere diretamente na cobertura, razão pela qual deve ser feita exatamente como indicada (não se aplica aos vernizes). Rendimento - Área pintada/ acabada por quantidade de tinta consumida, podendo ser expresso em m2/L ou m2/kg. Aplicabilidade - Corresponde à facilidade de aplicação. A tinta, após diluição específica na embalagem, deve espalhar-se facilmente, de maneira que o rolo ou pincel deslize sobre a superfície, apresentando um aspecto uniforme. Nivelamento - Propriedade de formar uma película uniforme, sem deixar marcas de aplicação. As marcas do pincel ou do rolo devem desaparecer pouco tempo após a aplicação da tinta. Alastramento - Capacidade do revestimento de, ao ser espalhado, distribuir-se for mando um película homogénea e uniforme. Secagem - Processo pelo qual uma tinta líquida se converte numa película sólida. Lavabilidade - Capacidade da tinta em resistir à limpeza com produtos de uso do-méstico, tais como sabão, detergente e outros, possibilitando a remoção de manchas sem afetar a integridade da película. Durabilidade - Resistência que uma tinta apresenta contra a ação das intempéries (sol, chuva, maresia, etc.). A tinta com maior durabilidade é aquela que demora mais tempo para sofrer alterações em sua película, mantendo suas propriedades originais de pro-teção e embelezamento, quando aplicada sob as condições normais de uso. Para obtermos o melhor resultado num sistema de pintura é imprescindível que todos os procedimentos técnicos recomendados nas embalagens sejam rigorosamente respeitados. Linhas diferentes de tinta têm variadas finalidades e as suas características devem estar de acordo com o local de aplicação. A enorme diversidade de produtos de pintura existentes no mercado, com distintas aplicações e com as mais variadas características, permite ter produtos adaptáveis a cada situação. Quando se pretende especificar um determinado produto de pintura recorre-se geralmente a um dos tipos de classificação usuais e que têm por base: a natureza do solvente, a natureza do ligante ou o fim a que se destinam.
  • 14. MOD.FP.040.01 12 de 24 Classificação baseada na natureza do solvente Quanto à natureza do solvente, as tintas podem dividir-se em dois grupos principais: Tintas em que o solvente é água ou tintas à base de água (aquosas) – neste grupo incluem-se as tintas de emulsão aquosas (também chamadas de “tintas plásticas”) e todas as tintas aquosas que tenham resinas sintéticas (como as tintas de água acrílicas ou vinílicas e os esmaltes aquosos em geral) Tintas em que o solvente não é água ou tintas à base de óleos ou solventes - neste grupo estão incluídas todas as tintas líquidas não-aquosas, tintas de solvente (tintas acrílicas, vinílicas, epoxídicas e de borracha), as massas, as tintas sem solvente e as tintas em pó. Classificação baseada na natureza do ligante A classificação de acordo com a natureza do principal ligante é a mais utilizada, podendo as tintas dividir-se em: – Tintas acrílicas e metacrílicas; – Tintas alquídicas, oleosas e oloeorresinosas de secagem ao ar; – Tintas betuminosas; – Tintas de borracha natural, sintética, modificada ou não; – Tintas epoxídicas; – Tintas nitrocelulósicas; – Tintas de poliésteres; – Tintas de poliuretano; – Tintas de silicatos; – Tintas de silicones; – Tintas vinílicas. Nos casos em que estas tintas têm base aquosa, são geralmente designadas pelo seu nome seguido do termo “aquoso”. Classificação baseada no fim a que se destinam As tintas são também podem ser designadas pelo tipo de utilização que têm na construção, sendo as mais frequentes: – Tintas plásticas para a construção civil; – Tintas para a marcação de estradas; – Tintas para protecção do betão; – Tintas industriais; – Tintas para estruturas metálicas; – Tintas decorativas; – Tintas de acabamento (esmaltes); – Tintas de elevada resistência química; – Primários.
  • 15. MOD.FP.040.01 13 de 24 Verifica-se que todas estas classificações permitem incluir todas as tintas; no entanto, a classificação quanto à natureza do ligante é a que fornece maior informação sobre o comportamento da tinta na sua utilização. Na prática da construção civil, as tintas são designadas de forma generalizada, por termos relacionados com o aspecto do acabamento obtido ou com a finalidade com que são utilizadas, como por exemplo: – Tinta de esmalte – é um tipo de acabamento que proporciona um aspecto mais ou menos brilhante e liso. – Tinta plástica ou tinta de emulsão – é uma tinta de água com ligantes sintéticos, que dão um acabamento liso e mate. – Tinta texturada – este tipo de tinta tem cargas de maior granulometria de modo a obter como acabamento uma película com superfície rugosa. – Tinta em pó – é uma tinta sem solvente, i.e., é um revestimento completo que se apresenta na forma de pó. Podem ser aplicados por dois métodos, leito fluido e electrostático. Os revestimentos em pó curam por fusão. São indicadas para trabalhos de enterramento e imersão, mas desaparecem por acção da luz solar indirecta e são quebradiças. – Termolacado – é um revestimento obtido a partir da aplicação de determinadas tintas sobre superfícies metálicas previamente tratadas, seguidas de cura em estufa. – Tintas acrílicas – as tintas acrílicas aquosas são específicas para exposições atmosféricas, como primários ou como acabamento e têm uma excelente retenção de cor e brilho. Os acrílicos curam por coalescência/aglutinação. – Tintas de óleo – consistem num pigmento, um óleo sicativo e um solvente alifático, sem qualquer modificação com resinas sintéticas. A tinta seca por evaporação do solvente, e cura mediante uma reacção de oxidação. As características destas tintas oleorresinosas são determinadas principalmente pelas características do óleo sicativo. Tipos de tintas mais frequentemente utilizados na construção civil: Tinta a óleo - Quase sempre preparadas à base de óleo e diluídas em diluente apropriado, aconselhado pelo fornecedor. Atualmente, são designadas genericamente por esmaltes sintéticos/ celulosos. Tinta acrílica/ acetinada - Tipo de tintas recente, diluíveis em água. Embora, apresentem um brilho inferior ao dos esmaltes, combinam vantagens como resistência à humidade, cheiro reduzido, secagem rápida, possibilidade de lavar com água o utensílio utilizado. Geralmente, são aplicadas apenas em pinturas de interiores. Tinta plástica - Podem ser diluídas em água, o que torna mais fácil a limpeza dos pincéis, trinchas, rolos e locais de trabalho. É a mais utilizada nas paredes exteriores, interiores e tetos. Não são habitualmente aplicadas em madeira. A qualidade denominada de exterior pode ser aplicada igualmente em interiores. Deve-se ter atenção à % de diluição. O “Esquema de Pintura” define o conjunto de tintas ou produtos similares a aplicar sobre o substrato, segundo determinada ordem, definindo a espessura ou o número de demãos sucessivas, que constituem o revestimento propriamente dito.
  • 16. MOD.FP.040.01 14 de 24 Primeira(s) demão(s) - Aplicada diretamente sobre o substrato, de modo a garantir a sua proteção e a aderência das camadas subsequentes ou para uniformizar a sua porosidade e absorção. Quando aplicada sobre um substrato não absorvente (metal, plástico), designa-se por primário, sobre um substrato absorvente (madeira, reboco) é geralmente referida como selante. Demãos intermédias - Produtos fortemente pigmentados destinados a dar espessura e a regularizar as imperfeições do substrato, tornando-o mais uniforme e exercendo um efeito barreira. São também designadas por sub-capas. Demão(s) de acabamento – Confere o aspeto visual final. É também a primeira a sofrer o ataque das diversas agressões (luz, temperatura, choques, radiação, contacto com agentes químicos, etc.), pois fica em contacto direto com o meio ambiente por ser a última a ser aplicada. Tintas com pouco poder de cobertura necessitam de aplicação de várias demãos para se obter um acabamento perfeito. O “Sistema de Pintura” é constituído pela definição do conjunto das tintas ou produtos similares a aplicar e também das respetivas técnicas de aplicação, segundo um determinado esquema de pintura, e destina-se a assegurar a proteção do substrato e/ou a conferir-lhe determinadas propriedades. A designação do sistema de pintura está estreitamente relacionada com a natureza química das várias tintas que o constituem. Assim, por exemplo, se os produtos a aplicar são todos formulados com resinas acrílicas, dizemos que estamos em presença de um sistema acrílico. A seleção da tinta ou do sistema de pintura depende do substrato a tratar (natureza e estado) e das condições de exposição. O custo das tintas é, aproximadamente, 30% do custo total da pintura, enquanto o custo de reparação e preparação da superfície, limpeza e aplicação, geralmente, são os mesmos, independentemente, do custo dos materiais, e representam, aproximadamente, 70% do custo total da pintura. Verifica-se, por essa razão, uma tendência progressiva, no sector da construção civil, de selecionar tintas com base na sua qualidade e desempenho, desconsiderando as compras baseadas apenas no custo tinta. A escolha de uma tinta baseada somente no preço mais baixo, representa uma falsa economia. É um facto comprovado que a alta qualidade das tintas proporciona menor custo por m² por ano (manutenção) do que as tintas convencionais. Os principais fatores que influenciam a qualidade e durabilidade de um sistema de pintura são. • Qualidade da tinta • Qualidade e preparação do substrato • Qualidade da mão-de-obra
  • 17. MOD.FP.040.01 15 de 24 Aquando da abertura de uma embalagem de tinta, esta deve apresentar um aspeto uniforme/ homogéneo e estar livre de partículas sedimentadas por meio da agitação manual, não devendo apresentar sedimentação em excesso, coagulação, formação de nata, odor desagradável, expelir vapores tóxicos. Além disso, os dados da tinta devem constar na embalagem. TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE TINTA COM BROXA As ferramentas para a aplicação manual de tintas utilizadas na construção civil são pincel, trincha, rolo e broxa. 1º Efetuar primeiro os recortes. 2º Aplicar a tinta disfarçando e desencontrando as marcas da broxa. 3º Procurar manter um ritmo constante no movimento das pinceladas para um resultado final mais harmónico. 4º Para a cobertura total é necessário aplicar duas demãos, com um intervalo mínimo de 6/ 8 horas, este tempo varia conforme a temperatura ambiente. 5º Pintar cada superfície por inteiro, sem interrupção, para que a pintura fique mais homogénea. É aconselhável adquirir uma broxa de qualidade inferior para aplicar as primeiras demãos e outra, de melhor qualidade, para as últimas demãos (acabamento). No entanto, como todas as broxas, mesmo as de melhor qualidade, têm tendência para largar pêlo quando novas, assim, é conveniente no princípio, utilizá-las nas referidas primeiras demãos, antes de empregá-las na demão de acabamento. Não se esqueça que a sequência de pintura deverá ser a seguinte: tectos, paredes, portas e janelas, e por último, rodapés, se for caso disso. VANTAGENS DE UTILIZAÇÃO DE UMA BROXA USADA Uma das vantagens de utilizar uma broxa usada prende-se com o facto de a perda de cerdas durante a pintura ser bastante menor do que uma nova, no decurso das primeiras utilizações
  • 18. MOD.FP.040.01 16 de 24 VASSOURAS DE PALMA • Vassouras Macias • Vassouras Rijas • Vassouras Pretas BROXA DE PONTA RECORTE – GENERALIDADES Recorte é o nome que se dá ao acto de pintar as laterais e cantos da parede. Resumidamente, são aqueles cantos que fazem divisão com o tecto, com outras paredes, com o rodapé, com as portas ou com as janelas. É usualmente pintado com um pincel ou com uma broxa de ponta. RECORTE DE PAREDE: 1º Após preparar a superfície que será pintada, é necessário fazer o que chamamos de ‘recortar a parede’, passando uma fita-crepe em todo seu contorno. 2º Em seguida, passe no canto da fita um pouco de massa PVA, que pode ser aplicada com o próprio dedo.
  • 19. MOD.FP.040.01 17 de 24 3º Com um pincel ou uma broxa de ponta, pinte uma pequena faixa (de pelo menos quatro centímetros) a toda a volta da superfície a pintar rodeando rodapés, aros das portas, janelas e outras partes inacessíveis ao rolo. 4º Se estiver a utilizar uma broxa nova, antes de o usar na superfície que pretende pintar, mergulhe-o na tinta e passe-o algumas vezes numa superfície áspera. Esta operação servirá para que sejam removidas quaisquer cerdas de pequenas dimensões que possam estar soltas. Desta forma, evita que estas pequenas cerdas possam ser transferidas para a superfície que pretende pintar. Só depois do recorte feito, se utiliza o rolo para pintar a restante superfície da parede. TRATAMENTO E CONSERVAÇÃO DE FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS Para que os pincéis e trinchas tenham uma vida útil mais longa e não se estraguem depois da primeira pintura, eles devem ser limpos imediatamente após o seu uso, não deixando secar tinta neles. Deve proceder-se à limpeza e conservação dos instrumentos e ferramentas de trabalho, utilizando os produtos/ diluentes adequados para cada tipo de tinta, e de seguida, lavar-se sempre com água e sabão Para limpar as ferramentas e os utensílios que estiverem com resíduos de tintas à base de água, como a tinta plástica; texturada e de borracha, basta lavá-los com água e sabão. Já para trinchas ou pincéis sujos com tintas à base de solventes, como tinta a óleo, esmalte e verniz, o primeiro passo é tirar o excesso de tinta e depois lavar com diluente apropriado (posteriormente deve-se lavar novamente com água e sabão). Não se deve usar água quente na limpeza dos pincéis/ trinchas, pois pode deformar os seus pêlos/ cerdas. Após lavagem/ limpeza dos pincéis/ trinchas, até à sua completa secagem, devem ser mantidos sempre com os pêlos / cerdas para cima. Não se devem guardar os pincéis molhados em embalagens fechadas REMOÇÃO DE PAPEL DECORATIVO TÉCNICAS DE DESCOLAGEM DO PAPEL DECORATIVO É importante saber qual o procedimento correto para retirar estes revestimentos sem que a parede fique danificada.
  • 20. MOD.FP.040.01 18 de 24 Na maioria dos casos, o papel decorativo (papel de parede tradicional) pode ser removido apenas com água quente com sabão e com o auxílio de uma espátula. Com a ajuda de uma trincha velha ou um pano deve-se humedecer com água morna e sabão, o papel que ainda ficou aderido à parede, para amolecer a cola. Posteriormente, deve-se esperar algum tempo para que a cola amoleça, e só depois com a ajuda de um raspador verificar-se, de modo cuidadoso para não danificar a parede, se o papel se desprende com facilidade Métodos mais recentes TIPOS DE ESCOVAS E DE PRODUTOS PARA LAVAR PAREDES • Comece por limpar a superfície, removendo o pó, com escova apropriada; • Lave com água e detergente suave, começando pelas paredes, de cima para baixo, e evitando que a água com detergente escorra pela parede e depois enxague a sujidade com água limpa; • Evite utilizar produtos abrasivos;
  • 21. MOD.FP.040.01 19 de 24 • No caso de produtos especiais, siga escrupulosamente as instruções de utilização; • Se a parede tiver interruptores e tomadas, certifique-se de que a corrente está desligada e evite que o excesso de água escorra para o interior de fendas e orifícios. Água quente, uma escova de esfregar e sabão suave ou detergente líquido são suficientes para lavar pequenas superfícies e com sujidade ligeira. Para limpar sujidade orgânica ou mais resistente, já é necessária tecnologia apropriada e detergentes adequados. Estes detergentes devem ser neutros ou alcalinos. CONSERVAÇÃO DE ESCADAS UTILIZADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL • Para a conservação de escadas recomenda-se, de preferência, aplicar verniz claro ou óleo de linhaça; • Deve-se evitar a pintura com tinta, pois ela poderia encobrir nós, rachaduras e eventuais defeitos da madeira.; • As escadas devem ser guardadas horizontalmente, livres da ação de intempéries e sustentadas por suportes fixos na parede; • Para as de escadas compridas recomendam-se pelo menos três pontos fixos na parede. A inspeção e manutenção regular das escadas aumentam a sua vida útil e contribuem para a redução do número de acidentes. A frequência de revisão depende das condições de utilização e da carga de trabalho a que as mesmas são submetidas, incluindo o número de utilizadores
  • 22. MOD.FP.040.01 20 de 24 TRANSPORTE DE MATERIAIS E EQUIPAMENTO NO INTERIOR DE UM EDIFÍCIO Devem ser definidos percursos/ trajetos de transporte, de acordo com os locais de armazenamento e necessidade de (re) utilização, reduzindo a necessidade de transporte. Devem ser adotados princípios básicos de economia dos movimentos e movimentação de materiais; utilizar equipamentos adequados, devendo ser o mais simples e especializados quanto necessário. Devem ainda adotar-se formas de eliminar o desperdício de materiais, reduzindo a entrada de materiais no estaleiro de obra e a posterior saída na forma de entulho. Normalmente em prédios novos, a pintura é feita na fase final da obra e há uma série de cuidados em relação ao edifício. Os profissionais que fazem o serviço de pintura devem estar equipados com os EPIs necessários e devem acatar o Regulamento Interno, nomeadamente as normas de segurança relativas ao transporte de materiais e equipamentos no interior de um edifício. PRECAUÇÕES A OBSERVAR NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DURANTE OS TRABALHOS DE LAVAGEM Para evitar choques elétricos durante os trabalhos de lavagem, todas tomadas e interruptores da divisão devem estar desligados da eletricidade (desligar disjuntor no quadro de distribuição) e deve ser utilizado o mínimo de água possível. Nunca deixar que haja contacto entre a água e a corrente elétrica e usar sempre os Equipamentos de Proteção Individual. Os quadros devem ser de materiais que protejam os componentes elétricos contra humidade, poeira e choques.
  • 23. MOD.FP.040.01 21 de 24 PRECAUÇÕES A OBSERVAR NOS TRABALHOS A REALIZAR EM CIMA DO ESCADOTE A utilização dos escadotes comporta sempre risco para os seus utilizadores, pelo que apenas deverão ser utilizadas como último recurso, quando não seja apropriada ou prática a utilização de outros equipamentos mais seguros pela que a opção será o uso de escadas (ex.: se o risco é mínimo, o período de utilização é reduzido e o espaço é muito limitado para a execução dos trabalhos, que condicionam a utilização de outro tipo de equipamentos de trabalho). Contudo, o trabalho a realizar pode ainda condicionar o uso de determinado tipo de escadote, por exemplo, não deve ser utilizada um escadote metálico para realizar trabalhos com ferramentas elétricas em locais húmidos, ou tarefas que só podem ser realizadas em tensão. Pelo que, o escadote selecionado deverá ser de material isolante. É recomendável adquirir escadote que cumpram as normas de fabrico e que também façam menção de outras indicações: identificação do fabricante, data de fabrico e n.º de série, a carga máxima admissível, e se aplicável, o ângulo de inclinação, entre outros. O escadote deve ser colocado sobre uma superfície nivelada, firme e estável, que não seja escorregadia. Antes da sua utilização, deve verificar-se que se encontra bem aberto e bloqueado pelo seu sistema auto- bloqueio. Esta deve evitar que o escadote abra além do ângulo correto. Não é de todo aconselhável montar o escadote sobre uma grade, mesa ou caixa e é prioritário verificar se a superfície de apoio é plana e estável. Os seus degraus devem estar devidamente secos, não apresentando substâncias derramadas, tais como, tinta fresca e óleo. Deve-se usar sapatos rasos e de solas aderentes, aquando da sua utilização. Como a grande maioria dos escadotes são de alumínio, o qual é um bom condutor de eletricidade, estes não podem estar em contacto com a corrente elétrica. Nunca se devem utilizar escadotes danificados. Não são permitidos arranjos provisórios e a sua reparação deve ser efetuada por um técnico credenciado. Um escadote, em geral, pesa entre 4 a 5 kg. Embora não convenha ser muito pesado, de modo a facilitar o seu transporte, o facto de ter algum "peso" permite-lhe adquirir estabilidade. Para ser seguro, o ideal é que as medidas do escadote se adeqúem ao tamanho do utilizador. Uma pessoa alta precisará de um modelo diferente de uma com estatura inferior. Verifique se existem proteções nos apoios que além de funcionarem como antiderrapantes, evitam que o chão fique riscado. O escadote deve ser acompanhado de panfletos e autocolantes alertando para o perigo de uma má utilização.
  • 24. MOD.FP.040.01 22 de 24 Ao subir ou descer, o utilizador deve apoiar-se sempre nas barras laterais. Nunca deverá apoiar apenas um pé no escadote e outro numa janela, por exemplo. Pois, poderá desequilibrar-se ou fazer o escadote cair. PINTURA DE TECTO COM BROXA TÉCNICAS DE ENCHIMENTO • No caso de uma pintura nova nos tectos, deve-se utilizar um primário que vai atuar em conjunto como um selante; • Se o tecto tiver buracos, fendas ou alguma trinca, antes de pintar é necessário repará-lo com massa de regularização para deixar a superfície uniforme; • A superfície de aplicação deve ainda estar seca, limpa, sem bolores ou gordura.