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Eu tive que aceitar, que eu viera ao mundo, para fazer algo por ele,
para tentar dar-lhe o melhor de mim,
deixar rastros positivos de minha passagem e,
em dado momento partir...
Eu tive que aceitar, que meu corpo nunca fora
imortal,
que ele envelhecerá e um dia se acabará.
Eu tive que aceitar que meus pais não durariam para sempre, e
que
meus filhos pouco a pouco escolheriam seus caminhos e
prosseguiriam sua caminhada sem mim.
Eu tive que aceitar que eles não eram meus como supunha
e que a liberdade de ir e vir é um direito deles também.
Eu tive que aceitar que todos os meus bens foram me confiados por
empréstimo,
que não me pertenciam e que eram tão fugazes quanto fugaz
era a minha própria existência na TERRA.
Eu tive que aceitar que os bens ficariam para uso de outras pessoas
quando eu já não estiver por aqui.
Eu tive que aceitar que o que eu chamava de “minha casa”
era só um teto temporário, que dia a mais dia menos,
seria o abrigo terreno de outra família.
Eu tive que aceitar que o meu apego às coisas
só apressaria ainda mais a minha despedida
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Eu tive que aceitar que meus animais de
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a árvore que eu plantei, minhas flores e minhas
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Eu tive que aceitar as minhas fragilidades os meus
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Eu tive que aceitar para não perecer!
Eu tive que aceitar que a VIDA sempre continuaria
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e que o mundo em pouco tempo me esqueceria
Eu me rendi e aceitei que eu tinha que aceitar.
Aceitei para deixar de sofrer, para lançar fora o meu orgulho,
a minha prepotência e para voltar à simplicidade da Natureza,
que trata a todos da mesma maneira, sem favoritismo
Humildemente eu ti confesso que foi preciso
eu fazer cessar umas guerras dentro de mim.
Eu tive que me desarmar e abrir meus braços
para receber e aceitar a minha tão sonhada Paz!
Texto- Silvia Schmidt
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Música: Ave-Maria do Morro.
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Andrea Bocelli / Luciano Pavarotti.
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  • 8. Eu tive que aceitar, que meu corpo nunca fora imortal, que ele envelhecerá e um dia se acabará.
  • 9. Eu tive que aceitar que meus pais não durariam para sempre, e que meus filhos pouco a pouco escolheriam seus caminhos e prosseguiriam sua caminhada sem mim. Eu tive que aceitar que eles não eram meus como supunha e que a liberdade de ir e vir é um direito deles também.
  • 10. Eu tive que aceitar que todos os meus bens foram me confiados por empréstimo, que não me pertenciam e que eram tão fugazes quanto fugaz era a minha própria existência na TERRA. Eu tive que aceitar que os bens ficariam para uso de outras pessoas quando eu já não estiver por aqui.
  • 11. Eu tive que aceitar que o que eu chamava de “minha casa” era só um teto temporário, que dia a mais dia menos, seria o abrigo terreno de outra família. Eu tive que aceitar que o meu apego às coisas só apressaria ainda mais a minha despedida e a minha partida.
  • 12. Eu tive que aceitar que meus animais de estimação, a árvore que eu plantei, minhas flores e minhas aves eram mortais. eles não me pertenciam! Foi difícil, mas eu tive que aceitar.
  • 13. Eu tive que aceitar as minhas fragilidades os meus limites, a minha condição de ser mortal, de ser atingível, de ser perecível. Eu tive que aceitar para não perecer!
  • 14. Eu tive que aceitar que a VIDA sempre continuaria com ou sem mim, e que o mundo em pouco tempo me esqueceria
  • 15. Eu me rendi e aceitei que eu tinha que aceitar. Aceitei para deixar de sofrer, para lançar fora o meu orgulho, a minha prepotência e para voltar à simplicidade da Natureza, que trata a todos da mesma maneira, sem favoritismo
  • 16. Humildemente eu ti confesso que foi preciso eu fazer cessar umas guerras dentro de mim.
  • 17. Eu tive que me desarmar e abrir meus braços para receber e aceitar a minha tão sonhada Paz!
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  • 21. Texto- Silvia Schmidt Imagens: internet Música: Ave-Maria do Morro. Interpretação : Andrea Bocelli / Luciano Pavarotti.