1. GESTÃO DO AGRONEGÓCIO É FUNDAMENTAL
"O produtor rural precisa adotar uma nova atitude. Atitude empresarial. Para
tanto, é necessário que enxergue a sua propriedade rural como uma empresa
de fato. Nesta empresa há pessoas, equipamentos, terras, insumos para
transformação e recursos financeiros para tocar o negócio. Diante disto, a
principal ferramenta de gestão a ser adotada é o controle do Caixa, no qual o
empresário terá condições de identificar todas as entradas e saídas, além do
mais, saber onde está indo o dinheiro da empresa.
Veja só, com o mesmo talão de cheques o produtor paga as contas de casa e
as contas da fazenda. Não há mal nisso, desde que haja registros do
desembolso e um bom controle do montante que pode desembolsar para as
despesas pessoais. Temos visto em algumas empresas que assistimos que a
partir do controle das despesas desembolsadas o empresário tem feito
retiradas de caixa, incompatíveis com o negócio.
Qual deve ser o limite para retiradas pessoais da empresa rural? Apenas o
lucro. Isto parece ser o óbvio, mas não é o que acontece no dia-a-dia do
empresário produtor rural. Se ele mantiver de forma disciplinada esta atitude,
de retirar apenas o lucro, sua empresa não descapitalizar-se-á, pois será
mantido no circulante, ou no giro, da empresa valores que possibilitarão manter
o funcionamento do negócio, caso contrário, o empresário terá que buscar
recursos de terceiros para fazer a próxima safra. Para tanto, será necessário
que o empresário saiba qual é o seu custo desembolsado de produção, o que
será possível através do registro de saídas do caixa.
Outra prática de gestão referente ao caixa é a elaboração de um fluxo de caixa,
ou seja, ordenar por períodos, preferencialmente mensal, todas as previsões
de contas à pagar, parcelas dos financiamentos, bem como toda a previsão de
entradas no caixa (como vendas, parcelas de vendas, empréstimos) afim de
identificar eventuais “estrangulamentos” financeiros em alguns períodos do
ano. Com um bom ajuste do fluxo de caixa é possível melhorar o resultado
financeiro da empresa com a mesma produção. Com esta ferramenta é
possível planejar a comercialização aproveitando as melhores oportunidades
de venda e sazonalidade dos produtos agrícolas.
Av. Visconde de Albuquerque, 603 - Madalena - Recife - PE CEP: 50610-090
Fone: (81) 3227-1699 | www.berconsultoria.com.br
2. É imprescindível ao empresário rural saber qual tem sido o seu ganho em cada
momento de comercialização, até para poder fazer uma boa média de vendas
e tomar a decisão de vender, pois a indecisão para comercialização dos
produtos agrícolas dá-se principalmente pelo fato do produtor não saber qual
tem sido a margem no momento daquela venda, pois não conhece o seu custo
de produção.
Uma prática de gestão recomendada para que o empresário rural possa
acompanhar o seu desempenho econômico, é o Balanço Patrimonial. Através
desta ferramenta de gestão o empresário vai identificar o seu nível Capital de
Giro, Grau de Endividamento, índice de liquidez e o Patrimônio Líquido. É
através do acompanhamento dos indicadores do Balanço Patrimonial que o
empresário terá sinais de alerta sobre a gestão do seu negócio. Caso não seja
possível elaborar um Balanço Patrimonial no padrão contábil, faz-se uma
relação de todos os bens e direitos (contas à receber) e outra de todos os
compromissos (dívidas e contas a pagar) e o somatório de todos os bens e
direitos menos o somatório de todos os compromissos será o valor do
Patrimônio Líquido. Faça isso no início do calendário agrícola e repita o
procedimento no final do calendário agrícola e a diferença encontrada do
Patrimônio Líquido será o lucro ou o prejuízo verificado no período. Caso você
não esteja preparado, procure uma Consultoria especializada.
Av. Visconde de Albuquerque, 603 - Madalena - Recife - PE CEP: 50610-090
Fone: (81) 3227-1699 | www.berconsultoria.com.br