2. Um homem chamado José Ramos, que era na verdade um inspetor de polícia de
Santa Catarina, teria comprado (ou alugado) uma casa na antiga Rua do Arvoredo
(atual Rua Fernando Machado), de um sujeito chamado Carlos Klaussner, antigo
dono de um açougue que funcionava no mesmo endereço.
Consta que o tal homem gostava de música, frequentava o recém inaugurado
Theatro São Pedro, andava bem vestido, enfim, era, como se dizia na época, um
boa-vida. Tempos depois ele conheceu Catarina Palsen, com quem passou a viver, e a
praticar os tais crimes. Ao que tudo indica, ela, Catarina, de origem húngara, e de
grande beleza, “atraia” as vítimas para a tal “casaaçougue”, para que fossem mortas
por José Ramos, esquartejadas e, com a carne, eram fabricadas linguiças, vendidas
no comércio de Porto Alegre, e que tinham, por sinal, muito boa ”aceitação”.
Aqui é que “inicia-se a lenda”, pois os processos criminais a que José Ramos
respondeu existem, mas neles não consta que as vítimas eram transformadas em
linguiça.