O documento discute como o amor é perfeito em si mesmo, não pode ser medido ou alterado, e é oferecido gratuitamente. No entanto, frequentemente questionamos o amor e tentamos moldá-lo ao nosso jeito, em vez de apreciá-lo como é. Isso acaba fazendo com que percamos o amor, pois não valorizamos o que ele pode oferecer.
2. Não existe amor perfeito, se o
coração não é perfeito. Amor
não se pesa, não se mede, não
se avalia. Não se dá, não se
perde, não se rouba. O amor
sozinho é suficiente a si mesmo.
O que nos resta é a nossa
capacidade para entendê-lo,
acolhê-lo e tomarmos conta
dele sem que possamos alterá-
lo na nossa vida de alguma
forma. O amor se oferece a nós
gratuitamente, como todo dom.
Mas questionamos sempre.
3. E tropeçamos nas nossas pernas
tentando moldá-lo ao nosso jeito, à
nossa visão, à nossa vontade como
se ele fosse uma coisa qualquer que
pudesse ser modificada. Somos
pequenos e o amor é grande; somos
pequenininhos e o amor é imenso,
rico, cheio de mistérios e
felicidades que nem podemos
imaginar que existam. E perdemos o
amor porque perdemos a razão dele.
Perdemos, porque perdemos o senso
de nos contentar com o que ele
pode nos oferecer. Perdemos,
porque exigimos demais, cobramos
demais, sufocamos demais.
4. Ser feliz no amor é guardar a
capacidade de vê-lo feliz. Se
fazemos dos nossos braços
uma prisão em nome do amor, a
quem fazemos feliz? Com nossa
insaciável sede de querer ter
sempre mais do que a vida nos
oferece acabamos sem nada,
porque não soubemos valorizar
o pouco, mas verdadeiro, que
recebemos. Jogamos fora com
nossas mãos o que nelas foi
colocado para ser bênção.
5. E tudo isso porque somos
humanos, seres feridos e cheios
de cicatrizes, sangrados e
machucados pelos percalços da
vida. Mas quando a gente ama
muito uma pessoa precisa
aprender a deixar a própria dor
de lado de vez em quando para
estar do lado da pessoa que a
gente ama, principalmente se
sabemos que essa pessoa está
ferida também. E não é bom
questionar o amor, mas vivê-lo;
porque o amor em si, mesmo
imperfeito, já é um presente sem
6. Música:
Michael Bolton – All for love
Elaborado por:
Sérgio S. Oliver
ssoliver@terra.com.br
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