3. 1. Introdução
O módulo de floresta de precisão, abrange funções aplicadas ao processa-
mento de inventário florestal de florestas plantadas com cálculos de área basal,
volume total, distribuição de frequência de espécies por classes de diâmetro e
alturas, análises dendrométricas tanto de parcelas amostrais como do conjunto
total amostral, e também a análise estatística do inventário.
Essas funções além do processamento e cálculo de dados, também possi-
bilitam a geração de diversos relatórios e planilhas, conforme será especificado
nos itens posteriores.
2. Projeto de Inventário Florestal de Floresta Plantada
No sistema cada inventário florestal é considerado como um projeto, ao qual
são indexados e relacionados os dados amostrais levantados nas parcelas.
Um Projeto de Inventário Florestal é caracterizado pelos seguintes itens:
a) Código do projeto (Alfanumérico sem espaços)
b) Nome identificador do projeto.
c) Data do inventário florestal (dd/mm/aa)
d) Método de amostragem.
- Casual Simples
- Sistemática
- Censo
e) Localidade / Distrito Municipal
f) Espécie (nome científico e nome comum)
g) Número do talhão
Se único informar o número 1001
h) Área inventariada da floresta (em hectares)
i) Número total de parcelas
j) Informar por tipo de parcela (Permanente e Temporária)
- Número de parcelas
- Área da parcela (em m2)
- Formato
k) Data do inventário florestal (dd/mm/aa)
4. 6
l) Produtor e Propriedade (dados do cadastro de gestão administrativa)
A figura 01 apresenta a tela de cadastro de projetos de inventários de flores-
tas plantadas.
Figura 01. Cadastro de Projeto de Inventario Florestal – Plantadas
Para cadastrar um projeto, o procedimento inicial é recuperar do cadastro
de gestão administrativa, o produtor e a propriedade, na sequência pressionar o
botão <+> e informar os dados requeridos conforme exposição anterior e para
confirmar o cadastro clicar em <R>.
Após a execução desses passos, o projeto cadastrado é apresentado na
grade de dados, na qual o mesmo deve ser selecionado previamente para a
realização da etapa de cadastro das parcelas desse inventário.
5. 7
3. Cadastro de Parcelas Amostrais
Com o cadastro de um Projeto de Inventário Florestal, o próximo procedi-
mento é o registro das informações referentes as parcelas amostrais do mesmo,
sendo que as informações requeridas são:
a) Número da parcela
b) Tipo de parcela
- Permanente
- Temporária
c) Área da parcela em metros quadrados
d) Número do talhão
e) Data do plantio (dd/mm/aa)
f) Idade em anos
g) Código e nome científico da espécie
h) Classe de valor – Selecionar:
- Não avaliado
- Altíssimo valor
- Médio valor
- Baixo valor
- Nenhum valor
i) Classe de cobertura – Selecionar:
- Não avaliado
- Denso
- Fechado
- Aberto
- Claro
- Espaçado
j) Classe de idade – Selecionar:
- Não avaliado
- Estado jovem
- Estado denso
- Estado de desbaste
- Estado de madeira
6. 8
k) Sítio – Selecionar:
- Não avaliado
- Afloramento
- Hidromórfico
- Profundo
- Arenoso
l) Responsável técnico pela medição da parcela
m) Coordenadas geográficas de um ponto de referência da parcela
(latitude e longitude expressas em graus decimais e altitude em metros)
A figura 02 apresenta a tela de cadastro de parcelas amostrais.
Figura 02. Cadastro de parcelas amostrais.
Para cadastrar uma parcela, o primeiro passo é recuperar na grade de dados
de projetos, o projeto ao qual se vincula a parcela. Ao proceder isso é mostrado
o código e o nome do projeto em questão, e para inserir os dados de identificação
clicar no botão <+>, digitar os dados e clicar em <R> para confirmar a inserção,
7. 9
e na sequência será apresentado na grade de dados a parcela cadastrada, onde
o mesma posteriormente deve ser selecionada para a inserção dos dados das
árvores mensuradas.
A partir da informação das coordenadas geográficas nas caixas de texto cor-
respondentes é possível a visualização da posição da parcela no Google Maps
e no Bing Maps.
8. 10
4. Cadastro de Árvores.
Para realizar o cadastro das árvores mensuradas na parcela é necessário
previamente selecionar a parcela na grade de dados de parcelas.
Obrigatoriamente para cada árvore deverão ser informados os seguintes da-
dos:
a) Número da árvore. (Sequencial com preenchimento automático)
b) Nome científico (Recuperado através das ações de c ou d )
c) Informar o DAP da árvore
d) Marcar HM se foi realizada a medição da altura
- Informar altura total em metros. (Com <Enter> após a digitação é apre-
sentado:
- Área basal (m2)
- Volume total (m3)
O cálculo do volume é feito a partir do fator de forma 0.55
e) Em caso de não medição, manter HM desmarcado e digitar 0 como valor
de altura
Como informações complementares podem ser informados os seguin-
tes elementos relacionados a árvore em mensuração:
a) Característica I
- Sem peculiaridades
- Altura dominante
- Árvore morta
- Desenvolvimento abaixo do limite de medição
- Tronco bifurcado a menos de 1.30 m
- Árvore bifurcada acima de 1.30 m
- Toco
- Árvore quebrada
- Fuste danificado
- Árvore inclinada
b) Medidas de manejo
- Sem peculiaridades
- Árvore marcada para desbaste
9. 11
- Árvore desramada
- Árvore marcada como porta sementes
- Árvore brasão
- Touça (Eucaliptus spp)
- Árvore resinada
- Outras
c) Outras
- Sem peculiaridades
- Falha
- Árvore caída
- Brotos de uma touça (DAP >= 5 cm)
- Árvore dupla
- Árvore com gomose
- Árvore atacada por vespa
- Outra
Essas informações complementares, tem como padrão o Sem peculiarida-
des (valor 0).
A figura 03 apresenta a tela de cadastro de árvores mensuradas nas parce-
las.
Figura 03. Cadastro de árvores.
10. 12
O procedimento é semelhante aos cadastros explanados anteriormente,
seleciona-se a parcela como primeira etapa, e na sequência, clicar em <N> para
definir o conjunto para nova inserção de dados, digitar as informações conforme
explanações nos itens acima e clicar em <R> para confirmar o registro da árvore
no banco de dados.
As árvores mensuradas são apresentadas em uma grade dados, conforme
apresentado na figura 03, sendo que nesta rotina <Filtros> são possíveis a exe-
cução de filtros diversos relacionados as informações cadastrais das árvores.
Esses filtros de pesquisa podem ser estruturados por DAP, altura total, volume
total, área basal e pelas informações complementares e também mostrados em
ordem ascendente ou descendente. Sendo que esta função de filtros pode ser
aplicada tanto para o conjunto de parcelas como para uma única parcela.
11. 13
5. Cálculos: Relação hipsométrica
Conforme foi explanado no item anterior, quando do lançamento dos dados
de DAP e altura total das árvores da parcela, o sistema calcula o volume total da
árvore utilizando o fator de forma de 0.50. Também é possível atribuir valor 0
(zero) a altura da árvore, medindo-se somente o DAP e posteriormente com o
ajuste a um modelo de regressão, estruturado com a medição de algumas árvo-
res da parcela ou do projeto, estimar a altura total das árvores sem mensuração
de altura.
Esse procedimento de ajuste a equação hipsométrica é realizado a partir da
seguinte sequência:
a) Quando do lançamento dos dados das árvores marcar opção HM somente
para as árvores que tiveram suas alturas medidas.
b) Ao encerrar o lançamento de todas as árvores da parcela, clicar no botão
<Hipso> para abrir a rotina de ajustes aos seguintes modelos de regres-
são. Figura 04.
Figura 04. Modelo de regressão – Relação hipsométrica.
c) Selecionar o modelo desejado, a parcela objeto de cálculo ou se o pro-
cessamento de ajuste será executado com todas as árvores que tiveram
DAP e altura total mensurada.
12. 14
Ao selecionar a parcela é apresentado na planilha a relação de árvores
medidas. Figura 05
Figura 05. Seleção de modelo e aplicação do ajuste.
d) Executar a opção de ajuste.
A opção de ajuste Modelo Individual apresenta os coeficientes da equação e
os indicadores estatísticos, conforme pode ser visualizado na figura 06.
Figura 06. Ajuste da equação hipsométrica – Modelo selecionado.
13. 15
A opção Todos os Modelos apresenta um relatório com os indicadores de
Coeficiente de determinação (R2), Erro padrão da estimativa (Sxy) e Valor F,
para todos os modelos. Figura 07.
Figura 07. Parâmetros estatísticos do ajuste aos modelos hipsométricos.
Quando é procedido o cálculo do ajuste ao modelo selecionado, além do
relatório do ajuste, também é mostrado na planilha a estimativa de altura para
cada arvore mensurada e a respectiva diferença com o valor real de altura. (Fi-
gura 08)
Figura 08. Diferença entre valores reais e estimados de alturas das árvores.
14. 16
e) Após proceder o ajuste ao modelo selecionado, calcular através da equa-
ção a altura das demais árvores da parcela. Figura 09.
Figura 09. Cálculo de alturas das árvores através do modelo de equação.
15. 17
6. Cálculos: Volume e Distribuição Diamétrica
Quando do lançamento dos dados das árvores das parcelas, quando é me-
dida também a altura, é calculado o volume total da árvore com o fator de forma
0.50, com a estimativa das alturas das demais árvores por ajuste a um modelo
de regressão, é possível o cálculo volumétrico a partir também do emprego do
mesmo fator de forma ou outro que for indicado. Na presente versão não está
ativado a função por cálculo de equação de volume.
A figura 10 mostra a tela com a função de seleção de parcela e indicação
do valor do fator de forma e o respectivo processamento para cálculo de volume
total e a distribuição diamétrica em intervalos fixos de 5 cm.
Figura 10. Cálculo de volume total e distribuição diamétrica.
16. 18
7. Relatórios
Como relatórios de um inventário floresta plantada, após o seu processa-
mento podem ser gerados os seguintes: (Figura 11)
a) Informações Gerais da Parcela
b) Distribuição de Frequências
c) Parâmetros Dendrométricos
d) Parcelas Medidas
E outra opção nesta função de relatórios é a estruturação de Projetos de
Agricultura de Precisão, para gerar modelos digitais da variabilidade espacial
do parâmetro dendrométrico selecionado.
Figura 11. Relatórios Inventário Florestal
A figura 12 apresenta o relatório de distribuição de frequências por classes
de diâmetros e classes de altura, e a figura 13 os parâmetros dendrométricos
total e por parcela.
A figura 14 mostra o relatório de informações gerais cadastrais de uma par-
cela selecionada.
17. 19
Esses relatórios podem ser salvos em vários formatos (pdf, xls), impressos
e ou copiados para a área de transferência do windows.
A estruturação de Projetos de AP é apresentada em item seguinte nesse
tutorial
Figura 12. Distribuição de frequências
19. 21
8. Análise Estatística.
Esta função tem por objetivo mostrar a análise estatística univariada do vo-
lume total estimado, em termos de média, desvio padrão, erro padrão da estima-
tiva, coeficiente de variação e erro de amostragem.
A figura 15 apresenta a tela de função e a figura 16 o relatório que é gerado
nessa análise.
Em uma planilha é mostrado o georreferecimento de cada uma das parce-
las e as seguintes informações dendrométricas:
- Volume total médio/ha
- Área basal média/ha
- Número de árvores/ha
- Altura média /ha
O objetivo é estruturar Projetos de AP com fontes nessas variáveis do in-
ventário florestal
Figura 15. Dados do inventário florestal por parcela.
21. 23
9. Exportação de arquivos
Com o georrefereciamento das parcelas é possível exportar em arquivos kml
e shape os parâmetros dendrométricos das parcelas do inventário, e posterior-
mente visualizar os mesmos em Sistemas de Informações de Geográficas.
Na figura 17 é apresentado a visualização no Google Earth.
Figura 17. Visualização das parcelas amostrais no Google Earth. Arquivo shape.
10. Estruturação de Projetos de AP e Geração de Modelos Digitais de
Variabilidade Espacial
Com o georreferenciamento de um ponto de referência das parcelas
amostrais é possível associar ao mesmo valores de parâmetros dendrométricos
calculados e com processos geoestatísticos, definir a variabilidade espacial des-
tes parâmetros no contexto da área florestal inventariada.
Para tanto, utiliza-se no sistema, as funções empregadas na agricultura
de precisão, que consiste para cada variável estruturar um Projeto de Agricultura
de Precisão (PAP) e a partir deste a geração de um Modelo Digital (MDT) que
22. 24
expressa a variabilidade espacial e permite a visualização da mesma sob a forma
de mapas temáticos.
Podem ser estruturados PAPs referentes aos seguintes parâmetros
das parcelas amostrais.
- Diâmetro médio
- Diãmetro geométrico
- Diâmetro das arvores dominantes
- Altura total média
- Altura média das arvores dominantes
- IDP
- Número de árvores/ha
- Área basal média/ha
- Volume total com casca médio/ha
- Volume total com casca estereo médio/ha
-
No cadastro da parcela deve-se informar as coordenadas geográficas (latitude e
longitude) de um ponto de referência de cada parcela.
Para estruturar um PAP de um parâmetro dendrométrico é necessário pre-
viamente gerar o relatório de Análise e posteriormente acessar a função especí-
fica para realizar essa estruturação (Figuras 18 e 19), na qual devem ser infor-
mados:
- Nome do projeto
- Número do talhão
- Ano de estruturação do PAP
- Parâmetro dendrométrico (variável)
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Figura 18. Estruturação de PAP – Opção função de análise estatística
Figura 19. Estruturação de PAP – Opção de Relatórios
As figuras 20 e 21 apresentam as telas de geração do Modelo Digital da
Variabilidade Espacial e a sua visualização em classes. Esses procedimentos
estão explanados com detalhes no material didático referente ao Módulo de Agri-
cultura de Precisão.
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Figura 20. Geração do Modelo Digital
Figura 28. Espacialização da variabilidade espacial.