Poupatempo Luz comemora 11 anos com quase 6 milhões de atendimentos
1. II – São Paulo, 119 (130) Diário Oficial Poder Executivo - Seção II quinta-feira, 16 de julho de 2009
Poupatempo Luz festeja 11 anos com
quase 6 milhões de atendimentos
O
Poupatempo Luz completou 11 anos Na unidade, que começou
POUPATEMPO
de atividades em junho. Nesse tempo
a funcionar menos de oito
todo realizou cerca de 5,8 milhões
de atendimentos. A emissão de carteira de meses após a inauguração
identidade e atestado de antecedentes foram do Poupatempo Sé,
os serviços mais solicitados. O órgão público serviço mais solicitado é
que oferece esse atendimento ao cidadão é o emissão de RG
Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton
Daunt (IIRGD). Vinculado à Polícia Civil paulis-
ta, o instituto emite diariamente, em média, Por dia, são emitidos mais de 10,5 mil
1,8 mil documentos. A unidade Luz come- carteiras de identidade e 3,2 mil atestados
çou a funcionar menos de oito meses após a de antecedentes criminais, nos postos do
inauguração do Poupatempo Sé, o primeiro Poupatempo. Aproximadamente 300 mil
da rede. documentos são emitidos pelo instituto a
Presente nos 14 postos fixos e sete uni- cada mês dentro das unidades. De acordo
dades móveis do programa Poupatempo, com dados da Secretaria de Gestão Pública,
o IIRGD é o que tem maior demanda. Até à qual está vinculado o Poupatempo, dos
agora foram prestados 30 milhões de serviços, mais de 230 mil RGs entregues por mês,
somente no atendimento presencial. Desse cerca de 70% são segundas vias: historica-
total, foram emitidas 20 milhões de carteiras mente, os números mostram que a segun-
de identidade, o que corresponde praticamen- da via da identidade é o serviço campeão Poupatempo Luz: emissão de carteira de identidade é o serviço mais solicitado
te à metade da população do Estado, pois, de demanda nos postos do Poupatempo.
segundo a Fundação Seade, São Paulo tem
perto de 41 milhões de habitantes. Da Agência Imprensa Oficial
Ator de Tropa de Elite conta sua
Ficha de passaporte
A identificação civil em São Paulo pelas impressões digitais dos cinco dedos da
história e motiva jovens da Casa
começou em 1904, quando o Gabinete de mão direita, que são coletadas até hoje para O menino criado no Morro do Vidigal, seu rosto em meio aos jovens que ouviam
Identificação da Polícia Civil emitiu a primei- fins de identificação. Rio de Janeiro, tinha tudo para viver histórias seus relatos. No pátio da unidade, interagin-
ra carteira de identidade do Estado. Naquela Na sede do IIRGD, no centro de São Paulo, de milhares de jovens e crianças envolvidas do com os adolescentes, ele se surpreende
época, o documento era chamado de ficha fica o arquivo com os prontuários de todo cida- com o tráfico de drogas, mas escolheu outro com a dedicação e o interesse deles, e ainda
passaporte. Dois anos mais tarde, foi legal- dão nascido ou habitante do Estado de São futuro: o teatro. O ator do filme Tropa de descobre alguns talentos. É o caso do grupo
mente instituído por meio do cartão de iden- Paulo que algum dia solicitou o seu documento Elite, Pierre Santos, visitou a Fundação Casa teatral que apresentou um esquete. Na peça
tidade. Nele, descreviam-se as características de identidade. Entre as mais de 45 milhões de para contar sua trajetória de vida que o levou Filme em Hollywood, os jovens contam a pas-
físicas do cidadão, com anotações até sobre fichas de seu acervo, podem ser encontrados da favela para as telas do cinema e renovar sagem de uma equipe que pretende gravar
cicatrizes e marcas. Em 1907, o documento nomes famosos como Monteiro Lobato, Santos as esperanças de jovens que cumprem medi- um filme nos Estados Unidos, mas tudo dá
foi simplificado e os dados físicos substituídos Dumont, Pelé e Ayrton Senna da Silva. das socioeducativas. Desde os 12 anos, teve errado nos sets de filmagem.
de conviver com a perda dos pais e parte da Encantado com a demonstração, o ator
família, num ambiente paralelo e incomum explica aos jovens que no mundo artístico não
Educação compra balcões para quem ainda não tinha maturidade.
Ele conta que mesmo com todos os reve-
existem apenas atores, mas uma equipe com
diversas profissionais: iluminadores, figurinistas,
self-service para mais 250 escolas ses que a vida lhe causou, jamais pensou em
fazer parte do submundo que custou a vida
cinegrafistas, sonoplastas, maquiadores – e
todos são importantes no espetáculo. Pierre fica
de seus amigos. “Eu tinha medo e receio de conhecendo R.J., 17 anos, que se empenha em
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
entrar nesse caminho e, principalmente, desin- compor música popular. Seu sonho: “Quando
teresse pelo tráfico e pelo crime”, relembra o sair da Fundação quero aprofundar meus conhe-
ator. A mudança começou por meio da ONG cimentos e seguir a carreira de músico”.
Nós do Morro (entidade que, desde 1986, É também o sonho de E.T., 18 anos,
estimula o acesso de crianças, jovens e adultos letrista, que passa horas com um papel e
à arte e à cultura no Morro do Vidigal). Lá, o lápis colocando sua imaginação nas letras
garoto começou a carreira como ator, numa das músicas que escreve. Para C.E., 16 anos,
fase difícil, pois o grupo passava por dificulda- o sonho é outro: pretende ser escritor e, no
des financeiras e qualquer lugar coberto servia momento, já escreve sua autobiografia con-
de palco improvisado para ensaios e espetácu- tando como são seus dias na Fundação.
los. Se a vida imita a arte, para Pierre, a arte Aos 28 anos, já tendo atuado em Cidade
transformou sua vida. de Deus e Cazuza, Pierre confessa que esses
contatos com os jovens em situação de vulne-
Sonhos – Numa tarde chuvosa, na uni- rabilidade lhe dão tanta satisfação quanto os
dade Bela Vista da Fundação Casa, em São melhores trabalhos já realizados no cinema.
Balcão self-service: estudantes visualizam a comida e aprendem sobre boa alimentação Paulo, o ator se encontrou com dezenas de “No cinema, geralmente, trabalhamos com a
jovens que traçaram caminhos parecidos ficção, aqui tratamos da realidade”, diz.
A Secretaria de Estado da Educação modelos, as abas laterais mais largas aju- com o dele. Em toda instituição, durante o
adquiriu balcões tipo self-service para 250 dam a apoiar os pratos”, afirma Monika ano são realizadas dinâmicas e oficinas de Anderson Moriel Mattos
escolas da rede de ensino. Os primeiros 40 Manfrini Ferraz Nogueira, nutricionista do dança, teatro e música. E Pierre reconheceu Da Agência Imprensa Oficial
equipamentos serão instalados em agosto, e Departamento de Suprimento Escolar (DSE)
ELIEL NASCIMENTO
até o final do ano outras 210 escolas serão da secretaria. Os equipamentos, idealizados
beneficiadas. A iniciativa faz parte do Projeto por técnicos da secretaria e adquiridos pelo
Sirva-se, criado em 2004, para modernizar sistema de pregão, propiciam economia ao
os utensílios para a produção e a distribui- Estado. Cada um custa aproximadamente
ção da merenda em quase 3 mil escolas. R$ 2.450, enquanto o modelo tradicional
Atualmente, 2,6 mil unidades dispõem dos cerca de R$ 4 mil. Os novos têm quatro cubas
novos balcões. Os modelos têm regulagem para armazenar os alimentos e expectativa de
de altura e abas laterais maiores que os tra- duração de dez anos. Para se servir, os alunos
dicionais. Com isso, os estudantes podem terão sempre o acompanhamento de um pro-
visualizar a comida e, assim, aprender sobre fissional da escola. A secretaria distribui, direta
a boa alimentação. A ideia é ajudar as crian- e indiretamente, em torno de 3 milhões de
ças na hora de montar o prato e estimular o refeições por dia nas escolas estaduais.
aprendizado de quantidade e qualidade.
“As crianças não conseguem observar a Da Assessoria de Imprensa da Secretaria
comida nos balcões tradicionais. Nos novos da Educação Pierre Santos, na Fundação Casa: exemplos e mistura de ficção com realidade