1) A relação entre técnico e produtor é construída com base na confiança e no histórico de interações;
2) Os técnicos precisam registrar as instruções passadas aos produtores para garantir a continuidade do atendimento;
3) As tecnologias digitais como tablets facilitam o acesso dos produtores às informações, apesar das dificuldades com a alfabetização digital.
Unlocking the Power of ChatGPT and AI in Testing - A Real-World Look, present...
Insights cards
1. Independente da cultura que o técnico atua, a
relação entre técnico e produtor tende a ser a
mesma, uma relação de construção de
confiança.
2. Você tem uma agenda, um caderno e ali
acompanha o histórico da interação com o
produtor, pode demorar 1 semana ou 2 meses,
mas quando volta para o produtor o técnico
tem que saber minimamente
quais foram as últimas
instruções que ele passou
para o produtor.
3. Tínhamos os produtores que mal conseguiam ler e
essa tecnologia do touch screen facilita conseguiram
usar o aplicativo, tem uma facilidade gráfica que ajuda,
etc. ele consegue evoluir, é
intuitivo, mas dificulta essa
não familiaridade do produtor
com as tecnologias.
(Sobre o produtor que é analfabeto ou
semianalfabeto usando Horizonte Rural)
4. O que eu venho vendo em relação aos técnicos, é que
todos têm uma capacidade muito boa em relação ao
manejo tecnológico, desde uma colhedeira de 1 milhão
de dólares, até um smartphone,
eu acho que não há dificuldade, e
não há barreira tecnológica para
os técnicos.
5. A tecnologia está muito presente em qualquer cultura.
O extensionista leva um conhecimento tácito, leva um
conhecimento verbal, ele mostra o solo, mostra a
planta, explica de uma maneira menos técnica os
processos que estão acontecendo
para o produtor de uma maneira
que ele compreenda e transmita isso
em ação.
6. Um bloco de notas com uma agenda bem
simples onde o técnico consegue registrar
data, o modo da interação, o que foi discutido
e deixar agendado uma
interação para o futuro no
app Horizonte Rural.
7. Nas culturas perenes, o calendário de manejo é muito importante,
então tem época da poda, época de aplicação do inseticida,
fungicida, época de roçar, colher, bem definido já ao longo do
ano… a gente precisa dentro do projeto, você precisa coletar
dados para compreender o agrossistema
do produtor. Então facilitaria dentro do
aplicativo, campos onde sazonalmente os
técnicos pudessem (aparecesse por
técnico) coletar esses dados.
8. Precisamos de indicadores do projeto, por exemplo:
tem uma área que foi convertida de pastagem em
lavoura de cacau, tem uma época certa para
implementação de novas áreas, então se nessa época
aparecesse no app um lembrete que o
técnico tem que relatar naquela
visita quantos hectares foram
convertidos de pastagem em lavoura
de cacau.
9. Uma funcionalidade, por exemplo, se for na época de
captação de um dado, vai aparecendo para você na
tela...o senhor abriu isso com fogo? Usou trator?
Quanto pagou na hora máquina?
10. Todo processo de assistência técnica é como
uma conversa... é uma visita como se um
amigo tivesse visitando outro.
11. Quais são todos os
indicadores do projeto?
(Fazer uma lista)
12. Acabo de enviar um SMS para o produtor
avisando que vou visitar uma zona
específica naquele dia...
13. Dosagem, os defensivos que eles devem
usar, em qual época, eu acho que isso pode
ser feito online.
14. Levo sempre o notebook para tomar as notas da visita.
Idade, nome, local…Uso telefone com câmera, no caso
de algo novo que me desafia eu tiro uma foto e busco
informações, ou levo a foto para as autoridades, por
exemplo. Pestes, doenças ou sucessos no campo,
sempre documento tudo. Tiro as
fotos e depois transfiro para meu
laptop.
15. As apresentações estão no laptop, mas não
usamos muito no campo porque muitos
destes locais, não tem energia elétrica.
16. Hoje eu atendo 800 produtores. Rodar por
estes lugares para atender a todos eles leva em
média 1 mês. Se existisse uma forma na qual o
produtor pudesse acessar as informações,
saber o tempo certo de aplicar fertilizante,
seria maravilhoso para eles.
18. Como os produtores tem mais idade, o ideal
seria começar com os analfabetos ou
semianalfabetos e entregar um smartphone
para eles, pra que eles pudessem tirar uma foto
do desafio, e então poderíamos
dar a informação para ajudá-los.
19. Um aplicativo que pudesse compilar as
informações por zona/área e nos ajudasse
a gerenciar quais produtores visitar e
quando.
20. O que precisa constar
neste report que é
enviado a cada 3 meses?
21. Hoje usamos muito os manuais. Com um
computador na mão você está pronto pra ir pros
treinamentos. Se tiver um projetor a vida fica ainda
melhor, mas se você não tem, aí precisa carregar
um monte de material, manual,
flipchart, aí complica.
22. Meu objetivo é garantir que o modelo do
programa é seguido no dia-a-dia, garantir que
o que passamos no treinamento dos técnicos
está de fato chegando no produtor. Precisamos
garantir esse impacto no
campo.
23. Basicamente, meu papel é o de dar suporte
aos extensionistas, corrigir a rota do que
eles estão fazendo, empoderar essas
pessoas.
24. O relacionamento no campo entre técnico e
produtor é ótimo, o laço criado é muito bom.
Muitos produtores, do tempo em quem
trabalhei como extensionista em 2015, ainda
me ligam de vez em quando.
25. Que tipo de reports
específicos os
extensionistas tem que
fazer?
26. Se o técnico pudesse atender um número
factível de pessoas, então o impacto no
campo seria maravilhoso.
27. O produtor não está só pensando na colheita. Ele
pensa no café, nos outros vegetais que estão
crescendo. Essa pessoa tem o gado também. Ela
acorda de manhã e imediatamente vai à campo.
Agora, em que momento esse
produtor vai ter tempo/chance de
sentar pra ler um manual?
28. Como prevenir ou tratar determinada praga,
peste, quais químicos usar em cada condição,
qual o custo…essas funcionalidades
facilitariam a vida.
29. Desafio pra mim é fazer com que a visita não
pareça uma auditoria/fiscalização, e sim uma
consultoria.
30. Deveria haver um guia mais lúdico que facilitasse
a compreensão de fornecedores pequenos que não
tem muito acesso a informação e um mais técnico
e completo para os extensionistas e fornecedores
com perfil de empresa rural.
31. Nesse perfil teria número de toneladas de cana, há quanto tempo é
fornecedor da Raízen, data de aniversário, como é feito e quem faz
o CCT dele. Já de cara, na re-autoavaliação (se for na
autoavaliação não precisa) aparecer na descrição quais os pontos
limitantes que precisam ser trabalhados, porque pode acontecer do
extensionista ter trocado de regional ou do
gestor ser novo. Assim, já saberiam o que
trabalhar/perguntar para o fornecedor e já
tendo um conhecimento prévio do
fornecedor (com o perfil) já saberiam como
iniciar uma conversa, quais perguntas
fazer.
32. Gostaria de poder anexar fotos na plataforma
do Horizonte Rural no site como é possível
no tablet.
33. Consulta rápida e fácil as normas básicas de
algumas instalações. Saber o tamanho de cada
módulo fiscal por região. Ter consulta de alguns
prestadores de serviço (como
geoprocessamento) para poder
indicar para os produtores.
34. Maior dificuldade é fazer o registro fotográfico
das evidências, tanto positivas quanto negativas,
porque nem todos os fornecedores confiam no
trabalho - alguns ainda acham
que é um trabalho de
fiscalização.
35. Para coletar informações, usa o tablet.
Consegue inserir as interações por escrito e
registar fotos para anexar, dando mais
ilustração para as evidências que estão sendo
coletadas.
36. Sistema automatizado poderia ser relacionado ao
agendamento de visitas. Gerar um histórico para extração
de relatório mensal das visitas realizadas no mês e em quais
dias (com data). Isso seria útil para
conseguir fazer o planejamento e
agendamento das visitas futuras.
Seria bom também ter um
dispositivo que avisasse que em “x”
dias vai vencer a última visita, já
que fazem visitas periódicas de 30
em 30 dias ou 50 em 50 dias.
37. Conseguir com que o fornecedor fale a
verdade/não esconda informações ou entenda
o que é perguntado. É necessário fazer várias
visitas para confirmar as informações e checar
se as questões referentes às não-
conformidades estão sendo
resolvidas.
38. Questão da fotografia dá muita sensação de auditoria –
precisa pedir para o produtor ou tirar foto escondido.
Seria melhor não depender disso ou depender disso só
para documentar algumas não-
conformidades (hoje tiram foto de
todas as não-conformidades) e o
resto tentam inferir através de
palavras de forma bem descrita.
39. Os produtores pedem coisas específicas, como projeto de
construção de “quartinho”, projeto de caixa-sal, algo que
ensine o passo-a- passo. Precisariam de coisas assim mais
específicas, algo além do manual (no manual só tem um
esquema/foto). O projeto seria com materiais, dimensões,
etc.
40. Gostariam que o tablet tivesse internet
pra ser usado online.
41. Gostariam de poder ter um overview de
todos os produtores que atendem em um
dashboard ou planilha.
42. Pequenos produtores têm maior dificuldade com
as boas práticas, principalmente, as relacionadas
aos pilares social e ambiental, como uso de EPIs,
reutilização de embalagens,
uso de agroquímicos, jornada
de trabalho e controle
financeiro.
43. Técnicos focam bastante no cumprimento
legal, nas questões de legislação e
conformidade com a lei.
44. Muitos preenchem o questionário de forma
impressa junto ao produtor e só depois passam
para tablet/notebook. Acham que o produtor se
sente intimidado se usarem aparelhos eletrônicos.
45. Gostariam de poder ter o plano de ação assim
que a autoavaliação estivesse concluída para
mostrar na hora para os produtores.
46. Também, gostariam que tanto o plano de ação
quanto o nível dos produtores fossem
atualizados automaticamente na re-
autoavaliação.
47. Gostariam de ter uma noção melhor de quais
perguntas/pontos estão travando o produtor
em determinado nível.
48. Dificuldade no estabelecimento de uma
relação de confiança. A ausência de uma
contrapartida às adequações é reclamação
comum dos produtores.
49. FAQ e chat com back office para sanar
dúvidas em tempo real.
50. Eu diria que 90% das comunidades não tem boa
conexão com internet. Em alguns lugares os
produtores ainda conseguem te ligar, em outros
se eles querem falar com a gente, eles vão para
locais específicos de onde podem
realizar uma chamada.
51. Os produtores fazem as determinadas coisas
de uma certa maneira há tanto tempo que é
muito difícil implementar qualquer mudança.
Às vezes, é preciso muito tempo para que eles
apreciem o que você diz, o
trabalho que faz. Pra só então
eles começarem a seguir nessa
direção.
52. Uma coisa que percebi sobre a maior parte dos
produtores: eles aprendem observando. Quando eles
veem o trabalho feito por outra pessoa, eles tendem a
adaptar o método deles com menos resistência. Se
pudéssemos mostrar vídeos de
produtores que adotaram nossos
procedimentos e que deu certo,
acho que isso ajudaria.
53. Geralmente nós fazemos vídeos das
atividades de uma fazenda e mostramos para
outros produtores pelo nosso telefone ou
laptop.
55. A senhora disse para ele: se chegamos no
nível 4, é como se fossemos campeões? Eles se
sentem como campeões se atingem… isso faz
a família participar, faz a aproximação com
medalhas, etc. (talvez usar isso
como recompensa pode ser
legal).
56. O técnico padrão faz entre 3 a 5 visitas
diárias, a média é de 4 visitas quando há
proximidade dos produtores. Se são longes,
são 2 ou às vezes até 1 visita
por dia.
57. Rapidez para resolver problemas antes que
sua expectativa e interesse se dilui. Isso tem
que ser bem rápido, para melhorar o
interesse.
58. O técnico passa a ser o assessor e não o
centro. As decisões tomam a família e o
técnico passa a ser o treinador que dá opiniões
para as decisões (sobre
Horizonte Rural)
59. Ainda sobre o app, seguiria a mesma pauta e em cada
um dos pilares teria que medir o desempenho do
técnico, quanto conhece de cada uma dessas coisas e a
parte geral poderia ser uma que tenha facilidades de
rever o quão preparado está para
aplicar técnicas de abordagem e
comunicação às famílias…
60. O problema que enfrentamos agora é que estamos
cheios de informações escritas. A info escrita ela
precisa ser digitada, aumenta as margens de erro, as
vezes erra o número, uma letra mal escrita pode não
ter tanta importância, mas um
número mal escrito sim. Isso pode
alterar significativamente os
resultados, então há uma
necessidade de ser digital.
61. A maior parte dos produtores não sabe ler.
Precisamos transmitir as informações de
forma mais lúdica pra eles entenderem.
62. No final do mês, precisamos conseguir
atender todas as 60 comunidades de
produtores, em grupo e individual. Por
isso, é muito difícil
conseguir ter impacto com
esses produtores.
63. Fazemos as visitas de moto. Algumas
rotas são acessíveis somente com carro,
por exemplo. Aí, pra chegar na
propriedade, parte da rota
fazemos a pé.