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Consumo de energia per capita atinge 48
1. Consumo de energia per capita atinge 48,3 GJ/hab, mas eficiência do uso não
aumenta
Em 2009, o consumo de energia per capita, ou seja, o que cada brasileiro consumiu de
energia por ano, alcançou 48,3 gigajoules por habitante (GJ/hab). Foi o segundo maior
índice desde o início da série histórica, em 1992, só perdendo para 2008, quando
alcançou o patamar de 50 GJ/hab. Esta variável está diretamente ligada ao grau de
desenvolvimento de um país.
Por outro lado, a intensidade energética,ou seja, a quantidade de energia necessária à
produção de uma unidade de PIB, que mede a eficiência no uso de energia, tem se
mantido estável desde 1995. Desde então, o índice oscilou entre 0,209 toneladas
equivalentes de petróleo (tep) por R$ 1.000, o menor da série, e 0,213 tep/R$ 1.000, em
2009. O pico foi atingido em 1999, quando o índice alcançou 0,229 tep/R$ 1.000
(quanto menor o valor, maior a eficiência no uso de energia).
Quase metade da energia brasileira provém de fontes renováveis
Em 2009, 47,2% da energia utilizada no Brasil era fruto de fontes renováveis, que
podem fornecer energia continuamente, se adotadas estratégias de gestão sustentável,
semelhante ao observado em 1992 (47,6%), início da série histórica. O que se verificou
foi um período de queda até 2001, quando o índice chegou a 39,3%, resultado da queda
na participação de hidrelétricas, da redução do consumo de lenha e carvão vegetal e do
aumento da participação do gás natural na matriz energética brasileira. Já o crescimento
a partir de 2002 (41%) se deveu principalmente ao aumento da utilização de biomassa
(cana-de-açúcar), e em menor escala das chamadas fontes alternativas, como energia
solar, eólica, biogás, , entre outras. Há que se ressaltar que mesmo fontes renováveis
também causam impactos socioambientais.
A matriz energética brasileira ainda depende em grande parte de fontes não renováveis:
52,8% da energia produzida vêm de petróleo e derivados (37,8%), gás natural (37,8%),
carvão mineral e derivados (4,8%) e urânio e derivados (1,4%). A dependência de
fontes como essas pode não ser sustentável a longo prazo.
Todas as informações sobre energia são da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).