1) A produção industrial no Brasil, Nordeste e Pernambuco caiu em junho de 2013, com queda nos volumes de produção, utilização da capacidade instalada e número de empregados.
2) As expectativas dos industriais pernambucanos para os próximos seis meses são mais otimistas, com crescimento esperado na demanda, empregos e compras de insumos.
3) No segundo trimestre de 2013, a principal dificuldade da indústria continuou sendo a elevada carga tributária.
Mapa de circulação proibição de giros rua 13 de maio e rua dos palmares
Queda na produção industrial em PE não reflete expectativas
1. Ano 16 – Nº 06 – Junho 2013
VOLUME DE PRODUÇÃO INFERIOR NÃO
REFLETE NAS EXPECTATIVAS
A Sondagem Indústria de transformação e extrativa mineral de
junho/2013 mostrou que nos três níveis geográficos (Brasil, Nordeste e
Pernambuco) houve uma queda nos resultados de três das quatro
variáveis avaliadas (volume de produção, utilidade da capacidade
instalada – UCI - efetiva/usual e número de empregados).
Quanto a variável estoque de produtos finais - planejados/desejado,
o resultado do Estado merece destaque, com um crescimento de 1,2
pontos, ficando na exatamente na linha divisória entre evolução negativa
e positiva, com 50,0 pontos. Seguindo no sentido oposto, número de
empregados (46,6 pontos), volume de produção (46,1 pontos) e UCI
(43,4 pontos) recuaram e fecham o mês abaixo da linha divisória
positiva/negativa.
Mesmo com o certo pessimismo da situação atual no mundo, as
expectativas do empresariado pernambucano para os próximos seis
meses, mostraram uma situação mais otimista no mês de julho/13, as
variáveis demanda por produto (63,2 pontos), número de empregados
(58,0 pontos) e compras de matérias primas (61,6 pontos) tiveram um
crescimento frente ao mês imediatamente anterior e permaneceram
superiores, pelo menos 8,0 pontos, do limite entre expectativas positivas
e negativas (50,0 pontos).
AVALIAÇÃO DE EXPECTATIVAS – DEMANDA POR PRODUTOS
VOLUME DE PRODUÇÃO
Evolução
Positiva
50
0
100
PONTOS
Evolução
Negativa
46,1
PE
Média
Estadual
51,3
46,0
BR
3. 3
Ano 16 – Nº 06 – Junho 2013
PRINCIPAIS PROBLEMAS – Avaliação do 2º Trimestre/2013
Fonte: Sondagem Industrial
Nota: frequência de citação – o somatório não resulta em 100%
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Ao analisar as condições financeiras das indústrias nas três esferas (Brasil, Nordeste e Pernambuco),
notou-se que todos os resultados no 2º trimestre/2013 registraram queda no comparativo com o 1º
trimestre/2013. Entretanto, vale destacar que na variável situação financeira, Pernambuco obteve no
trimestre resultado superior aos do Brasil e do Nordeste.
Fonte: Sondagem Industrial
Indicadores cariam de 0 a 100. Valores maiores que 50 pontos indicam situação financeira ou margem de lucro mais do que satisfatórios ou fácil acesso ao crédito.
4,7 %
7,8 %
7,8 %
9,4 %
10,9 %
12,5 %
15,6 %
15,6 %
17,2 %
23,4 %
39,1%
39,1 %
54,7 %
11,8 %
11,8 %
7,4 %
17,6 %
13,2 %
7,4 %
13,2 %
19,1%
22,1 %
29,4 %
20,6 %
27,9 %
60,3 %
TAXA DE CAMBIO
FALTA DE FINANCIAMENTO DE
LONGO PRAZO
FALTA DE MATÉRIA-PRIMA
FALTA DE CAPITAL DE GIRO
CAPACIDADE PRODUTIVA
DISTRIBUIÇÃO DO PRODUTO
TAXAS DE JUROS ELEVADAS
INADIMPLÊNCIA DOS CLIENTES
FALTA DE TRABALHADOR
QUALIFICADO
ALTO CUSTO DA MATÉRIA-PRIMA
COMPETIÇÃO ACIRRADA DE
MERCADO
FALTA DE DEMANDA
ELEVADA CARGA TRIBUTÁRIA
2° Trim-13
1º Trim-13
42,5
47,9
40,2
30
35
40
45
50
55
60
I-10 II-10 III-10 IV-10 I-11 II-11 III-11 IV-11 I-12 II-12 III-12 IV-12 I-13 II-13
MARGEM DE LUCRO OPERACIONAL SITUAÇÃO FINANCEIRA ACESSO AO CRÉDITO
CARGA TRIBUTÁRIA CONTINUA COMO
PRINCIPAL PROBLEMA.
Na avaliação trimestral, a Sondagem Indústria
de transformação e extrativa mineral
verificaram que dos principais problemas
enfrentados pelas indústrias, mais uma vez a
elevada carga tributária foi considerada a maior
dificuldade, tanto para o Brasil (62,5% das
citações), quanto para o Nordeste (61,5% das
citações) e Pernambuco (60,3% das citações).
Os altos custos das matérias primas,
que passou da terceira posição para segunda
mais citada, e juntamente com a falta de
demanda afetaram de forma expressiva a
atividade industrial no Estado, com 29,4% e
27,9% das citações respectivamente.
Outros problemas citados pelo
empresariado local que merecem destaque
são: falta de trabalhador qualificado (22,1% dos
citados), competição acirrada de mercado
(20,6% dos citados) e inadimplência dos
clientes (19,1% dos citados). Vale também
evidenciar que a falta de capital de giro passou
de 9,4% das citações no primeiro trimestre de
2013 para 17,6% das citações no segundo
trimestre, alcançando a 7ª posição no ranking.