O documento descreve a origem da tradição de se decorar pinheiros no Natal. Conta que o apóstolo São Bonifácio derrubou um carvalho sagrado na Alemanha no século 8o para convencer as pessoas a adotarem o cristianismo. Ao cair, o carvalho destruiu tudo exceto um pequeno pinheiro, que Bonifácio interpretou como um milagre, declarando que a árvore seria chamada de "Árvore do Menino Jesus", dando início à tradição de se decorar pinheiros no Natal
1. 18 Boa Vista, 23 de dezembro de 2014
Seu inventor foi São
Bonifácio, apóstolo dos
germanos. Nascido na
Inglaterra em 672, fa-
leceu martirizado em
754. Sem preocupações
ambientais ou costumes
locais, em 723 ele der-
rubou enorme carvalho
dedicado ao deus Thor,
perto da cidade de Frit-
zlar, na Alemanha. Para
convencer o povo de
que não era uma árvo-
re sagrada, ele a abateu,
fato que é considerado o
início formal da cristia-
nização da nação alemã.
Deu-se que na queda, o
carvalho destruiu tudo à
sua volta, menos um pe-
queno pinheiro. Segun-
do a tradição, Bonifácio
interpretou o episódio
casual como um milagre.
Era o período do Adven-
to e, como ele pregava
sobre o Natal, declarou:
“Doravante, nós cha-
maremos esta árvore de
Árvore do Menino Je-
sus”. O hábito de plantar
pequenos pinheiros para
celebrar o nascimento de
Cristo estendeu-se por
todo o país e daí para o
mundo. Hoje, no Oci-
dente, raro é o lar que
não tenha seu pinheiri-
nho adornado com bo-
las e outros enfeites que
fazem a alegria da garo-
tada na expectativa da
chegada de Papai Noel,
que virá cheio de brin-
quedos e presentes para
as crianças bem compor-
tadas. As outras também
ganharão, mas só depois
de um pito dado pelo ve-
lhinho. O mais carinhoso
pito do mundo...
FELIZ NATAL
Não se trata, como
pode parecer, de uma an-
tecipada saudação ao ad-
vento do Menino Jesus.
Trata-se do nome de uma
cidade brasileira. Fica em
Mato Grosso, foi funda-
da em 17 de novembro de
1989, possui cerca de 11
mil habitantes e teve sua
área territorial desmem-
brada do vizinho municí-
pio de Vera. Sua coloniza-
ção deu-se praticamente
de famílias que vieram da
região sul do Brasil. Mas,
por que esse nome? Ele
se refere ao rio Feliz Na-
tal, pequeno curso d’água
que corta o território mu-
nicipal. A cidade surgiu
a partir da penetração de
famílias sulistas na flores-
ta amazônica à procura de
madeiras e terras férteis.
Chuvas torrenciais de final
de ano pegaram de sur-
presa alguns funcionários
de uma agropecuária, que
pretendiam voltar para a
casa a fim de participar dos
festejos natalinos com seus
familiares. Depois de al-
guns dias na estrada, quase
intransitável e com poucos
víveres, depararam-se com
um riacho transbordando
e quase intransponível. No
entardecer de 24 de dezem-
bro e no decorrer da noite
choveu muito mais, impe-
dindo o prosseguimento
da viagem. Conformados
com a situação e saudosos
dos familiares por ser vés-
pera de Natal, saudaram-se
mutuamente e alguém no
grupo sugeriu que o nome
do riacho fosse chamado
de Feliz Natal, logo aceito
por todos. Ali surgiu uma
pequena comunidade cujo
nome homenageava o in-
fortúnio ocorrido numa
noite natalina em plena
floresta. Eis aí o berço do
nome que serviu de inspira-
ção para o progresso de que
até hoje a cidade desfruta...
TRENÓ
Do francês traîneau,
o veículo que se locomove
sobre neve ou gelo. Dotado
de trilhos deslizantes, não
tem rodas e nos países frios
serve para conduzir pesso-
as e cargas. No Natal, faz
parte da tradição de Papai
Noel. Segundo ela, o bom
velhinho conduz o trenó
e até o faz voar, puxando
quatro duplas de renas, en-
quanto distribui presentes
às crianças do mundo in-
teiro – uma das mais lin-
das quimeras já inventadas
pela criatividade humana.
E sabe quais os nomes das
renas, que surgiram em
1822? Ei-los: Daster (cor-
redora), Dancer (dançari-
na), Prancer (empinado-
ra), Vixen (raposa), Comet
(cometa), Cupid (cupido),
Donder (trovão), e Blitzen
(relâmpago). Uma nona
rena apareceu em 1936,
sugerida por Robert May,
funcionário da loja de de-
partamentos Ward. Cha-
ma-se Rudolph, tem na-
riz vermelho e brilhante,
e puxa o comboio. Nestes
dias pré-natalinos, cabe re-
fletir: o que seria da alegria
dos pimpolhos se o trenó
de Papai Noel não viesse
carregado de presentes?
NOITE FELIZ
Peça musical mais
popular do Natal, ela nas-
ceu na Áustria em 1918.
Na cidade de Arnsdorf,
ratos entraram no órgão
da igreja e roeram os fo-
les. Preocupado, o padre
Joseph Mohr saiu atrás de
um instrumento que subs-
tituísse o antigo. Durante a
busca, imaginou como te-
ria sido a noite sagrada de
Belém. Fez suas anotações
e procurou o compositor
Franz Gruber para que ele
a transformasse em músi-
ca, e aí surgiu a mais linda
canção natalina, até hoje
entoada por todos aqueles
em cujo coração palpita
sentimento...
ÁRVORE DE NATAL
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