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EGG10086 – Tópicos Especiais
Interpretação Geológica de Perfis de Poços
SEMESTRE: 2020-1
AULA 4: GAMMA RAY / GAMMA RAY ESPECTRAL
Prof. Dr. Fernando Freire
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Ryder & Kennedy, 2011
• Utilizam cristais que emitem luz quando atingidos por um
fóton.
• Os cristais mais comuns são de iodeto de sódio acoplado
a um fotomultiplicador.
• O cristal converte todo ou parte da energia dos raios
gamas para luz visível, que é convertido para pulsos
elétricos e amplificados pelo fotomultiplicador.
• A sensibilidade do detector por cintilação é função da
forma e tamanho do cristal.
• A intensidade da cintilação emitida pelo cristal é
diretamente proporcional à energia do fóton que o atingiu.
• Deste modo, a altura de cada pulso é proporcional à
intensidade da energia Captada.
Princípios
Princípios Básicos Conceitos e Princípios
CLASSIFICAÇÃO DOS RAIOS GAMA
Princípios Básicos Conceitos e Princípios
https://water.usgs.gov/ogw/bgas/spectral_gamma/
GR total
Ryder & Kennedy, 2011
Princípios Básicos Conceitos e Princípios
https://www.spec2000.net/07-grlog.htm
Ryder & Kennedy, 2011
Princípios Básicos Conceitos e Princípios
https://www.onepetro.org/conference-paper/SPWLA-2018-OOO
Unidade gAPI
http://welllogging.ee.uh.edu/sites/welllogging/files/files/api/Status_of_API_Calibration_Pits_BR.pdf
Princípios Básicos Conceitos e Princípios
Unidade gAPI
http://welllogging.ee.uh.edu/sites/welllogging/files/files/api/Status_of_API_Calibration_Pits_BR.pdf
• Construído em 1957 – 1958 pela API e UH.
Princípios Básicos Conceitos e Princípios
Unidade gAPI
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• A diferença entre as concentrações de K, U e Th
no concreto de baixa atividade e de alta
concentração tem que dar 1/200 gAPI.
• Concentrações do concreto de alta atividade:
K (wt%) = 4 1/200 = 0,02 %
U (ppm) = 12 1/200 = 0,06 ppm
Th (ppm) = 24 1/200 = 0,12 ppm
Princípios Básicos Utilizações
Ryder & Kennedy, 2011
Princípios Básicos Utilizações
Ryder & Kennedy, 2011
Princípios Básicos Utilizações
Ryder & Kennedy, 2011
Princípios Básicos Utilizações
GR
• Caracterização do conteúdo de argila (Vsh, Vcl) - Quantitativo;
• Delimitar camadas reservatórios - Qualitativo;
• Correlação entre poços;
• Definição de fácies e ambiente deposicional.
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• Identificação litológica e mineral - Qualificador;
• Qualificador de rocha geradora;
Roteiro
Princípios Básicos
Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR)
Bibliografia
Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe)
Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Identificação Litológica
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Argilas e Micas
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BS= 8 1/2” RT0.2 2000
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Avaliação Qualitativa
Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Identificação de Rocha Geradora
Avaliação Qualitativa
Ryder & Kennedy, 2011
Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Identificação de Carvão
Avaliação Qualitativa
Ryder & Kennedy, 2011
Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Identificação de Minerais de Argila
Avaliação Qualitativa
Ryder & Kennedy, 2011
Glauconita = (K,Na)(Fe+++,Al,Mg)2(Si,Al)4O10(OH)2 : Alteração
de biotita detrital por diagênese marinha em águas rasa, sob
ambiente redutor, especialmente em arenitos.
Muscovita = KAl2(Si3Al)O10(OH,F)2 = Granitos e pegmatitos.
Biotita = K(Mg,Fe++)3[AlSi3O10(OH,F)2 = Granitos.
Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Identificação de Minerais de Argila
Avaliação Qualitativa
Ryder & Kennedy, 2011
Glauconita = (K,Na)(Fe+++,Al,Mg)2(Si,Al)4O10(OH)2 : Alteração
de biotita detrital por diagênese marinha em águas rasa, sob
ambiente redutor, especialmente em arenitos.
Muscovita = KAl2(Si3Al)O10(OH,F)2 = Granitos e pegmatitos.
Biotita = K(Mg,Fe++)3[AlSi3O10(OH,F)2 = Granitos.
Arenitos Radioativos
Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Identificação de Minerais de Argila
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Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Terciário = Paleógeno + Neógeno
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Arenitos Turbiditos
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Princípios Básicos
Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR)
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Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe) Estratigrafia / Sedimentologia
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Silvita: KCl
Calcita: CaCO3
Dolomita: Ca,Mg(CO3)2
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Identificação de ArgilomineraisInterpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe)
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Identificação de ArgilomineraisInterpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe)
Avaliação Qualitativa
Ryder & Kennedy, 2011
Clima úmido (caulinita)
Clima árido (ilita)
Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe)
Avaliação Qualitativa
Ryder & Kennedy, 2011
Clima úmido (caulinita)
Clima árido (ilita)
Granulometria
Estratigrafia / Sedimentologia
Marinho
Input
Continental
Interpretação Paleodeposicional
Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe)
Ryder & Kennedy, 2011
Em sedimentos lamosos:
Th/U > 6 = Sedimentos terrígenos
Th/U < 2 = Sedimentos marinhos
2 < Th/U < 6 = Mistura “normal”
Estratigrafia / Sedimentologia
Nobre et al., 2020
Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe)
Th/U > 7: Sedimentação Continental, condições oxidantes;
Th/U < 7: Sedimentação Marinha, condições oxidantes;
Th/U < 2: Folhelhos negros marinhos, foforitotos, condições redutoras.
Estratigrafia / Sedimentologia
Th/U >7 Th/U <7
Th/U <2
Interpretação Paleodeposicional
Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe)
Ryder & Kennedy, 2011
Em sedimentos lamosos:
Th/U > 6 = Sedimentos terrígenos
Th/U < 2 = Sedimentos marinhos
2 < Th/U < 6 = Mistura “normal”
Estratigrafia / Sedimentologia
Interpretação Paleodeposicional
Estratigrafia / Sedimentologia
Nobre et al., 2020
Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe)
Avaliação Qualitativa
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Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe)
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Vclay ou Vsh
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Assumindo-se que o tório é o principal
componente das argilas detríticas, vindas
do continente, associadas às areias.
Th (min) = valor de tório em um arenito limpo;
Th (max) = valor de tório em um folhelho “puro”;
Vsh(t) = volume de argila.
Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Terciário = Paleógeno + Neógeno
https://stratigraphy.org/icschart/ChronostratChart2020-03.pdf
Arenitos Turbiditos
da Bacia de Campos
Demais Rochas
(siliciclásticas ou carbonáticas)
Ryder & Kennedy, 2011
Avaliação Quantitativa
Roteiro
Princípios Básicos
Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR)
Bibliografia
Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe)
Bibliografia
Boggs Jr., S. Principles of Sedimentology and Stratigraphy. 4th Ed. Pearson, New Jersey, 2006. 655 pp.
Campassi Reis, A.F. (2005) Perfilagem: Perfis de Ressonância Nuclear Magnética. Apostila Interna Petrobras.
Campinho, V.S. (2005) Perfilagem: Interpretação Geológica de Perfis. Apostila Interna Petrobras.
Campinho, V.S.; Flores, A.C.C.; Forbrig, L.C.; Dupuy, I.S.S. (2003) Perfilagem: Conceitos e Aplicações. Apostila Interna Petrobras.
Catuneanu, O. Principles of Sequence Stratigraphy. Amsterdam, Elsevier. 2007. 375 pp.
Darling, T. (2005) Well Logging and Formation Evaluation. Elsevier, 326 pp.
Emery, D. and Myers, K. J. (1996) Sequence Stratigraphy: Blackwell, 297 p.
Girão Nery, G. (2013) Perfilagem Geofísica em Poço Aberto: Fundamentos Básicos com Ênfase em Petróleo. SBGF/INCT-GP, 221 pp.
Holz, M. Estratigrafia de Sequências: Histórico, Princípios e Aplicações. Interciência, 2012.
James, N.P.; Dalrymple, R.W. (Eds.) Facies Models 4. Newfoundland, Geological Association of Canada, 2010. 586 pp.
James, N.P.; Jones, B. Origin of Carbonate Sedimentary Rocks. Oxford, Wiley/AGU, 2016. 446 pp.
Miall, A.D. Principles of Sedimentary Basin Analysis. 2ª Ed., New York, Springer-Verlaq, 1990. 668 pp.
Posamentier, H.W., Walker, R.G. Facies Models Revisited. SEPM, Special Publication 84, 2006. 521 pp.
Rider, M.; Kennedy, M. (2011) The Geological Interpretation of Well Logs. 3rd Ed.; Rider-French, 432 pp.
Schlumberger (1972) Interpretacion de Perfiles, vols. I e II.
Selley, R.C.; Sonnemberg, S.A. (2015) Elements of Petroleum Geology. 3rd Ed. Academic Press, 507 pp.
Soeiro, P.A.S. (2004) Perfilagem de Poços. Apostila Interna Petrobras.
Van Wagoner, J.C.; Mitchum, R.M.; Campion, K.M.; Rahmanian, V.D. (2014) Siliciclastic Sequence Stratigraphy in Well Logs, Cores, and Outcrops. AAPG
Methods in Exploration N.7 (CD-ROM)
Várias páginas visitadas na internet para consulta foram referenciadas nas próprias figuras.
Obrigado pela Atenção
fernando_freire@id.uff.br
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Interpretação de GR e GRe em Perfis de Poços

  • 1. EGG10086 – Tópicos Especiais Interpretação Geológica de Perfis de Poços SEMESTRE: 2020-1 AULA 4: GAMMA RAY / GAMMA RAY ESPECTRAL Prof. Dr. Fernando Freire fernando_freire@id.uff.br
  • 2. Roteiro Princípios Básicos Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Bibliografia Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe)
  • 3. Roteiro Princípios Básicos Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Bibliografia Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe)
  • 4. Princípios Básicos Raio de Investigação Ryder & Kennedy, 2011
  • 5. Princípios Básicos Conceitos e Princípios Ryder & Kennedy, 2011 • Utilizam cristais que emitem luz quando atingidos por um fóton. • Os cristais mais comuns são de iodeto de sódio acoplado a um fotomultiplicador. • O cristal converte todo ou parte da energia dos raios gamas para luz visível, que é convertido para pulsos elétricos e amplificados pelo fotomultiplicador. • A sensibilidade do detector por cintilação é função da forma e tamanho do cristal. • A intensidade da cintilação emitida pelo cristal é diretamente proporcional à energia do fóton que o atingiu. • Deste modo, a altura de cada pulso é proporcional à intensidade da energia Captada. Princípios
  • 6. Princípios Básicos Conceitos e Princípios CLASSIFICAÇÃO DOS RAIOS GAMA
  • 7. Princípios Básicos Conceitos e Princípios https://water.usgs.gov/ogw/bgas/spectral_gamma/ GR total Ryder & Kennedy, 2011
  • 8. Princípios Básicos Conceitos e Princípios https://www.spec2000.net/07-grlog.htm Ryder & Kennedy, 2011
  • 9. Princípios Básicos Conceitos e Princípios https://www.onepetro.org/conference-paper/SPWLA-2018-OOO Unidade gAPI http://welllogging.ee.uh.edu/sites/welllogging/files/files/api/Status_of_API_Calibration_Pits_BR.pdf
  • 10. Princípios Básicos Conceitos e Princípios Unidade gAPI http://welllogging.ee.uh.edu/sites/welllogging/files/files/api/Status_of_API_Calibration_Pits_BR.pdf • Construído em 1957 – 1958 pela API e UH.
  • 11. Princípios Básicos Conceitos e Princípios Unidade gAPI http://welllogging.ee.uh.edu/sites/welllogging/files/files/api/Status_of_API_Calibration_Pits_BR.pdf • Construído em 1957 – 1958 pela API e UH.
  • 12. Princípios Básicos Conceitos e Princípios https://www.onepetro.org/conference-paper/SPWLA-2018-OOO Unidade gAPI http://www.kgs.ku.edu/Publications/Bulletins/LA/03_gamma.html • A diferença entre as concentrações de K, U e Th no concreto de baixa atividade e de alta concentração tem que dar 1/200 gAPI. • Concentrações do concreto de alta atividade: K (wt%) = 4 1/200 = 0,02 % U (ppm) = 12 1/200 = 0,06 ppm Th (ppm) = 24 1/200 = 0,12 ppm
  • 16. Princípios Básicos Utilizações GR • Caracterização do conteúdo de argila (Vsh, Vcl) - Quantitativo; • Delimitar camadas reservatórios - Qualitativo; • Correlação entre poços; • Definição de fácies e ambiente deposicional. GRe • Identificação litológica e mineral - Qualificador; • Qualificador de rocha geradora;
  • 17. Roteiro Princípios Básicos Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Bibliografia Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe)
  • 18. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Identificação Litológica https://www.spec2000.net/07-grlog.htm Argilas e Micas Minerais Acessórios ARENITOS “LIMPOS” CALCÁRIO DOLOMITO FOLHELHOS EXCEÇÕES SAIS POTÁSSICOS ARENITOS RADIOATIVOS ARENITOS ARCOSIANOS Radioatividade
  • 19. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Medida do Raios Gama em Tipos Litológicos Raios Gama Anidrita Calcário Folhelho rico em matéria orgânica Arenito potássico Folhelho Arenito limpo Folhelho 15 Modificado de Soeiro, 2004 Identificação Litológica Avaliação Qualitativa
  • 20. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Modificado de Soeiro, 2004 Correlação de Poços COMPOSITE LOG DT135 35 RHOB2 3 PHIN45 -15 GR0 150 CALIPER6 16 BS= 8 1/2” RT0.2 2000 MR=XX 2450 2475 JR-40 JR-50 JR-60 JR-70A JR-70B COMPOSITE LOG DT135 35 RHOB2 3 PHIN45 -15 GR0 150 CALIPER6 16 BS= 8 1/2” RT0.2 2000 MR=XX 2850 2875 JR-40 JR-50 JR-60 JR-70A JR-70B Avaliação Qualitativa
  • 21. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Modificado de Soeiro, 2004 Qualidade de Reservatórios SSP LBF Avaliação Qualitativa
  • 22. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Modificado de Soeiro, 2004 Identificação de Rocha Geradora Mudança de fase Sapata do Revestimento http://www.unicorndrill.com/product/Unicorn-Drill-Casing-Shoe.html https://www.researchgate.net/figure/Drilling-through-induced-over-pressured-shale-7_fig5_263031462 Avaliação Qualitativa
  • 23. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Identificação de Rocha Geradora Avaliação Qualitativa Ryder & Kennedy, 2011
  • 24. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Identificação de Carvão Avaliação Qualitativa Ryder & Kennedy, 2011
  • 25. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Identificação de Minerais de Argila Avaliação Qualitativa Ryder & Kennedy, 2011 Glauconita = (K,Na)(Fe+++,Al,Mg)2(Si,Al)4O10(OH)2 : Alteração de biotita detrital por diagênese marinha em águas rasa, sob ambiente redutor, especialmente em arenitos. Muscovita = KAl2(Si3Al)O10(OH,F)2 = Granitos e pegmatitos. Biotita = K(Mg,Fe++)3[AlSi3O10(OH,F)2 = Granitos.
  • 26. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Identificação de Minerais de Argila Avaliação Qualitativa Ryder & Kennedy, 2011 Glauconita = (K,Na)(Fe+++,Al,Mg)2(Si,Al)4O10(OH)2 : Alteração de biotita detrital por diagênese marinha em águas rasa, sob ambiente redutor, especialmente em arenitos. Muscovita = KAl2(Si3Al)O10(OH,F)2 = Granitos e pegmatitos. Biotita = K(Mg,Fe++)3[AlSi3O10(OH,F)2 = Granitos. Arenitos Radioativos
  • 27. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Identificação de Minerais de Argila Avaliação Qualitativa Oliveira, 2020 Arenitos Radioativos
  • 28. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Identificação de Intrusões Ígneas Avaliação Qualitativa Ryder & Kennedy, 2011 Trosdtorf Junior et al., 2014
  • 29. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Estratigrafia / Sedimentologia Avaliação Qualitativa Ryder & Kennedy, 2011
  • 30. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Estratigrafia / Sedimentologia Avaliação Qualitativa Ryder & Kennedy, 2011 Identificação de Evaporitos Silvita: KCl Calcita: CaCO3 Dolomita: Ca,Mg(CO3)2 Anidrita: CaSO4 Halita: NaCl
  • 31. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Estratigrafia / Sedimentologia Avaliação Qualitativa Ryder & Kennedy, 2011 Fácies / Granulometria A curva está lendo a proporção de argilas!!! Kendall, 2003
  • 32. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Estratigrafia / Sedimentologia Avaliação Qualitativa Fácies / Granulometria Freire et al., 2020
  • 33. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Correlação de Poços Avaliação Qualitativa Ryder & Kennedy, 2011 Deve-se correlacionar principalmente os folhelhos, não os arenitos!!!
  • 34. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Cálculo do Volume de Argila Reboco Ryder & Kennedy, 2011 Arrombamento Vclay ou Vsh GR (max) GR (min) Dresser Atlas, 1982 Avaliação Quantitativa
  • 35. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Terciário = Paleógeno + Neógeno https://stratigraphy.org/icschart/ChronostratChart2020-03.pdf Arenitos Turbiditos da Bacia de Campos Demais Rochas (siliciclásticas ou carbonáticas) Ryder & Kennedy, 2011 Avaliação Quantitativa Equação de Larionov
  • 36. Roteiro Princípios Básicos Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Bibliografia Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe)
  • 37. Identificação Mineral Ryder & Kennedy, 2011 Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe) Avaliação Quantitativa
  • 38. Ryder & Kennedy, 2011 Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe) Estratigrafia / Sedimentologia Avaliação Quantitativa Evaporitos Carbonáticos e Sais Superfícies de Inundação Silvita: KCl Calcita: CaCO3 Dolomita: Ca,Mg(CO3)2 Anidrita: CaSO4 Halita: NaCl
  • 39. Identificação de ArgilomineraisInterpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe) Avaliação Qualitativa Quirein et al., 1982
  • 40. Identificação de ArgilomineraisInterpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe) Avaliação Qualitativa Ryder & Kennedy, 2011 Clima úmido (caulinita) Clima árido (ilita)
  • 41. Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe) Avaliação Qualitativa Ryder & Kennedy, 2011 Clima úmido (caulinita) Clima árido (ilita) Granulometria Estratigrafia / Sedimentologia Marinho Input Continental
  • 42. Interpretação Paleodeposicional Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe) Ryder & Kennedy, 2011 Em sedimentos lamosos: Th/U > 6 = Sedimentos terrígenos Th/U < 2 = Sedimentos marinhos 2 < Th/U < 6 = Mistura “normal” Estratigrafia / Sedimentologia
  • 43. Nobre et al., 2020 Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe) Th/U > 7: Sedimentação Continental, condições oxidantes; Th/U < 7: Sedimentação Marinha, condições oxidantes; Th/U < 2: Folhelhos negros marinhos, foforitotos, condições redutoras. Estratigrafia / Sedimentologia Th/U >7 Th/U <7 Th/U <2 Interpretação Paleodeposicional
  • 44. Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe) Ryder & Kennedy, 2011 Em sedimentos lamosos: Th/U > 6 = Sedimentos terrígenos Th/U < 2 = Sedimentos marinhos 2 < Th/U < 6 = Mistura “normal” Estratigrafia / Sedimentologia Interpretação Paleodeposicional
  • 45. Estratigrafia / Sedimentologia Nobre et al., 2020 Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe) Avaliação Qualitativa > Th/U = Input Continental (degelo - verão) < Th/U = Sedimentação Marinha (gelo - inverno)
  • 46. Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe) Ryder & Kennedy, 2011 Cálculo do Volume de Argila Vclay ou Vsh Avaliação Quantitativa Assumindo-se que o tório é o principal componente das argilas detríticas, vindas do continente, associadas às areias. Th (min) = valor de tório em um arenito limpo; Th (max) = valor de tório em um folhelho “puro”; Vsh(t) = volume de argila.
  • 47. Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Terciário = Paleógeno + Neógeno https://stratigraphy.org/icschart/ChronostratChart2020-03.pdf Arenitos Turbiditos da Bacia de Campos Demais Rochas (siliciclásticas ou carbonáticas) Ryder & Kennedy, 2011 Avaliação Quantitativa
  • 48. Roteiro Princípios Básicos Interpretação do Perfil de Gamma Ray (GR) Bibliografia Interpretação do Perfil de Gamma Ray Espectral (GRe)
  • 49. Bibliografia Boggs Jr., S. Principles of Sedimentology and Stratigraphy. 4th Ed. Pearson, New Jersey, 2006. 655 pp. Campassi Reis, A.F. (2005) Perfilagem: Perfis de Ressonância Nuclear Magnética. Apostila Interna Petrobras. Campinho, V.S. (2005) Perfilagem: Interpretação Geológica de Perfis. Apostila Interna Petrobras. Campinho, V.S.; Flores, A.C.C.; Forbrig, L.C.; Dupuy, I.S.S. (2003) Perfilagem: Conceitos e Aplicações. Apostila Interna Petrobras. Catuneanu, O. Principles of Sequence Stratigraphy. Amsterdam, Elsevier. 2007. 375 pp. Darling, T. (2005) Well Logging and Formation Evaluation. Elsevier, 326 pp. Emery, D. and Myers, K. J. (1996) Sequence Stratigraphy: Blackwell, 297 p. Girão Nery, G. (2013) Perfilagem Geofísica em Poço Aberto: Fundamentos Básicos com Ênfase em Petróleo. SBGF/INCT-GP, 221 pp. Holz, M. Estratigrafia de Sequências: Histórico, Princípios e Aplicações. Interciência, 2012. James, N.P.; Dalrymple, R.W. (Eds.) Facies Models 4. Newfoundland, Geological Association of Canada, 2010. 586 pp. James, N.P.; Jones, B. Origin of Carbonate Sedimentary Rocks. Oxford, Wiley/AGU, 2016. 446 pp. Miall, A.D. Principles of Sedimentary Basin Analysis. 2ª Ed., New York, Springer-Verlaq, 1990. 668 pp. Posamentier, H.W., Walker, R.G. Facies Models Revisited. SEPM, Special Publication 84, 2006. 521 pp. Rider, M.; Kennedy, M. (2011) The Geological Interpretation of Well Logs. 3rd Ed.; Rider-French, 432 pp. Schlumberger (1972) Interpretacion de Perfiles, vols. I e II. Selley, R.C.; Sonnemberg, S.A. (2015) Elements of Petroleum Geology. 3rd Ed. Academic Press, 507 pp. Soeiro, P.A.S. (2004) Perfilagem de Poços. Apostila Interna Petrobras. Van Wagoner, J.C.; Mitchum, R.M.; Campion, K.M.; Rahmanian, V.D. (2014) Siliciclastic Sequence Stratigraphy in Well Logs, Cores, and Outcrops. AAPG Methods in Exploration N.7 (CD-ROM) Várias páginas visitadas na internet para consulta foram referenciadas nas próprias figuras.