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Sobre o autor
Wellington Pereira Ribeiro é
Administrador de Empresas, por
formação, com especialização
em O&M, formado no Estado de
Pernambuco, em 1992. É
divulgador da Cultura Bnei
Noach / Judaica. Ex-Católico,
Ex-Espírita, Ex-Evangélico,
escritor, está atualmente como
motorista da Uber, com 5.475
corridas em 10 meses.
Praticante dos princípios da
Cultura Judaica, através dos
conhecimentos do Judaísmo
Ortodoxo. Estudou
presencialmente em SP com
Rabinos ortodoxos. Compartilha
seus conhecimentos em
conferências, workshops e
publicações, com o objetivo de
disseminar informações sobre a
cultura judaico /Bnei Noach
(Filhos de Noé) no Brasil. Seu
compromisso é ajudar pessoas a
alcançar uma vida mais
equilibrada e significativa, com
base nos princípios eterno da
Torá.
Sumário
Resgatando um Relacionamento.
Chamado de D'us.
Superando a Dor.
Visão de Futuro.
Casal de Turista
Desistindo de um Sonho
Uma Jovem de Coragem
Superando Limites
Turistas Mal Intencionados
O Perigo Mora ao Lado
Conclusão
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
Prefácio
NOTA DO AUTOR
Esse livro nasceu da necessidade de mostrar ao
leitor que podemos, exercendo qualquer atividade
relacionada com pessoas, influenciar positivamente o
outro com nossas experiências de vida, com
aconselhamentos pontuais, objetivando tirar a
pessoa de um "sentimento ruim", desviando seu foco
ou simplismente emprestando o ouvido para um
simples desabafo.
Contudo, estaremos diante de uma situação nova
que requerirá de nós o despreendimento para
observar o outro e podermos, através dessa
oportunidade, contribuir, nessa interação, com uma
ajuda que poderá fazer "toda a diferença", evitando
muitas vezes uma trajétida anunciada, simplesmente
pela sensibilidade e disposição para ouvir o outro
com empatia e falar o que D'us colocar em nosso
coração.
Prefácio
NOTA DO AUTOR
Os nomes apresentados nesta obra, não
representam os verdadeiros nomes dos
personagens, para preservação de suas identidades
originais, mais as estórias, fatos narrados e lugares,
são a expressão da realidade dos fatos ocorridos na
ocasião e aqui relatados em sua totalidade verídica.
Esperamos que esta obra venha a ajudar as
pessoas na construção de valores pessoas,
familiares e sociais, fundamentando a percepção de
que somos todos seres sociais e, portanto,
precisamos contar uns com os outros nessa jornada
que é a vida.
Gratidão à todos que contribuíram na construção
direta e/ou indireta desse material, e, a você leitor,
que prestigia com seu tempo e atenção as estórias
contidas neste livro.
" Viaje conosco nessa jornada que é a vida. "
Wellington Pribeiro.
Resgatando um
Relacionamento
" Iremos relatar a estória de uma jovem recém
casada e cheia de vida, que estava prestes a perder
seu casamento apenas por imaturidade na relação.
Acompanhe conosco essa viagem..."
Era uma ensolarada manhã de domingo, por volta
das 9:00 hs, em uma comunidade do bairro da
Redinha, próximo à praia, quando recebi um
chamado para um trecho de difícil acesso, mas,
como não desisto de nenhuma corrida, segui, era
uma área que ainda não tinha ido, pra mim era uma
novidade. Segui pelas ruas esburacadas da
comunidade, beirando um corrego de rio, por
aproximadamente 5 minutos, passei por um campo
de várzea, que estava tendo jogo com os moradores
locais, até que cheguei a casa da passageira, que
segundo o aplicativo, se chama Cristina, era uma
casa pequena, mal construída, simples, mas,
aconchegante.
Página 01/08
Aguardei por volta de 2 minutos em frente a sua
casa, quando após esse tempo sai uma jovem, se
despedindo de seu pai com alegria e entra no carro
no banco traseiro ao centro. Me deseja um bom dia,
e, eu lhe dou as boas vindas com um sorriso.
Notei que seu semblante estava meio decaído,
mais como de costume, mantive minha discrição, até
que após aproximadamente uns 12 minutos de
viagem, que duraria em torno de 45 minutos, ela
puxou um assunto, dizendo...
-Como o dia está quente não é ? -disse Cristina.
Respondi, dizendo:
-É verdade, espero que continue assim, pois, é um
dia de lazer e muitos irão à Praia... -Respondi com
alegria.
-Pena que pra alguns não é um dia tão feliz.-disse
Cristina.
-Por que ? - Perguntei.
Resgatando um
Relacionamento
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Resgatando um
Relacionamento
Página 03/08
Ela meio tristonha disse:
- Estou indo à casa de minha irmã, separar algumas
coisas, para dar andamento a minha separação. -
disse Cristina com os olhos lacrimejando.
-Como você tão nova e cheia de vida está se
separando? - Perguntei.
-Acredito que eu sou culpada pela minha separação,
pois, sou muito possessiva com meu marido. -disse
ela arrependida.
E, continuando o desabafo, revelou os motivos.
-Todas as vezes que ele vai jogar com os amigos, eu
ficava ligando pra ele, perguntando onde estava, com
quem, se tinha alguma mulher junto, se estava
bebendo, uma enxurrada de perguntas, mais o intuito
era de proteger nosso casamento. -dizia Cristina.
E, continuou...
-Notava que quando ele chegava em casa estava
com o rosto fechado, chateado, e eu continuava as
perguntas... Porque está assim? Só está feliz quando
está com seus amigos? Você não tem prazer
comigo?, e, etc... e ele começava a esbravejar, não
sei porque, se o culpado era ele, que ao invés de sair
comigo, preferia os amigos. -dizia Cristina.
-Estou indo, também, a igreja que ele vai para falar
com o pastor e pedir que intervenha e fale com meu
marido para tirar da cabeça essa ideia de separação,
pois, já orei a deus, choro todos os dias "nos pés do
senhor" para meu marido voltar, pois, ele está
dicidido a separar de mim, não querendo mais me
ver..., dizia chorando Cristina.
-Quanto tempo faz que iniciaram essa brigas mais
sérias? - Perguntei a Cristina.
-A quase 1(um) ano, mas, decidiu me deixar à 2(dois)
meses.- disse ela.
Resgatando um
Relacionamento
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Resgatando um
Relacionamento
Página 05/08
Observei que o discurso de Cristina tinha uma
carga excessiva de ciúmes, misturada com rancor
pelo esfriamento da relação, não tinha ainda
informações suficientes para tecer nenhum
pensamento de juízo, apenas poderia aconselha-la
com base em sua tristeza, apontando alguns pontos
que ela mesma descreveu. Mais notara que ela
sempre acreditou que o marido jamais tomaria esse
tipo de atitude de separação, pois, senti nela muita
autoconfiança e arrogância na relação, através de
alguns sinais que ela mesma apresentou durante a
sua fala... Por isso, que a dor nela é maior.
Perguntei a ela se poderia dar minha opinião e ela
pediu, por favor, para aconselha-la.
Comecei dizendo...
-Fui dirigente de congregação evangélica por um
pouco mais de 2 anos e acompanhei alguns casais
em crise. -disse.
Resgatando um
Relacionamento
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-E já vi casos como o seu...-disse. E no mesmo
instante pensei nos 2(dois) últimos relacionamentos
que vivi, que também, foram disolvidos por falta de
diálogo franco e por total falta de paciência em
entender o momente do outro.
-A questão é a seguinte: Vocês tem filhos? e Você
ainda ama seu marido? -Perguntei.
-Não temos filhos e Sim, o amo muito.-disse Cristina.
-Você já se relacionou com alguém fora do
casamento, em algum momento? -Perguntei.
-Não, nunca e pelo que eu sei, meu marido também
não. -disse Cristina.
-Você está disposta a fazer qualquer coisa pelo seu
casamento? -Perguntei.
-Sim, qualquer coisa. -disse ela.
-Então Cristina, você deve lutar com todas as suas
forças para reconquistar seu marido, mas, primeiro
você tem que rever todos os seus comportamentos, e
mudar aqueles, que você já sabe, que
comprometeram a sua relação. - disse a ela com
convicção.
Resgatando um
Relacionamento
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E ela me perguntou...
-Como eu sei o que devo mudar? - disse Cristina
curiosa.
-Você já sabe, aí dentro de seu coração, o que você
precisa mudar, você mesma começou relatando pra
mim o que ele(seu marido) não gosta em você. -disse
a ela lembrando.
-Faça 2(duas) lista com bastante calma. Em uma lista
relacione tudo que você acredita que ele não gosta
em você, ou, coisas que você faz que o entristece ou
o aborrece... Em outra lista, relacione tudo que você
sabe que o alegra e que dar prazer a ele ver você
fazendo... Esqueça o seu orgulho ou vaidade, pois, o
que está em jogo é o seu casamento e a sua família.
Comece a cumprir cada linha da lista das coisas que
ele gosta em você, e, comece a eliminar da sua vida
as coisas que ele não gosta, mesmo que você
acredite que esteja certa. "Engula esses sapos em
favor do seu amor por ele." - aconselhei-a.
-Mais ele está na casa da mãe dele, não quer voltar
pra casa. -disse Cristina.
-Explique toda a situação à sua sogra, peça a ajuda
dela, e, cumpra todos os itens da sua lista na casa de
sua sogra, pedindo a ela que deixe claro à seu filho
que foi você que preparou as coisas dele de forma
voluntária. Garanto que isso amolecerá o coração
dele. -disse com entusiasmo.
-E tem mais, na primeira oportunidade que ele te der,
desculpe-se com ele, diga-lhe que se arrependeu por
tudo que você fez, relacione cada item pra que ele
veja que você resignificou tudo de negativo na sua
relação, e, peça uma nova chance... E, continue o
processo de mudança junto com ele. "Tenha
paciência e comece todo o processo pedindo a D'us
que a ajude, em suas orações, e vai dar tudo certo.
Acredite. -disse a Cristina com fé.
Resgatando um
Relacionamento
Página 07/08
Ela muito animada me agradeceu, dizendo
que iria fazer "a partir de agora" e a viagem
chegou ao seu destino. Acertou a corrida, e,
se despediu com um belo sorriso no rosto, que
me fez ganhar aquele domingo.
Segui, então, para a próxima corrida...
Resgatando um
Relacionamento
Página 08/08
" A estória que iremos relatar ocorreu em um horário
noturno, em meio a uma comunidade de baixa renda
e em um trecho com risco de vida. Acompanhe
conosco essa viagem..."
Era uma noite de Sábado, por volta das 23:00 hs,
quando decidi me recolher encerrando a noite, pois,
não costumo "rodar" na madrugada, foi quando
recebi um chamado e decidi atender para finalizar a
noite. Percebi no decorrer do trajeto que a corrida
partiria de uma comunidade do bairro da "Redinha
velha" (classificação dada pelos moradores para uma
área praiana mais antiga do bairro). Ainda não
conhecia essa área, pois, nunca tinha recebido
nenhuma chamada para aquela localidade, no
entanto, na entrada da comunidade fiquei meio
apreensivo, pois, a entrada que o GPS me indicava
era em uma travessa muito estreita que mal cabia o
carro e com pouca iluminação no final da travessa,
mas, fui mesmo assim...
Chamado de D'us
Página 01/04
Passei por alguns becos sem calçamento, com
valas abertas para escoamento de águas, passei por
travessas com trechos que só cabiam mesmo o
carro, sem espaço nem mesmo para um eventual
retorno, mais continuei seguindo, observei que
tinham alguns homens que bebiam e fumavam, e,
que me olhavam meio desconfiados, sem saberem o
que eu estava fazendo alí, até que chegando ao
destino determinado, ví que não tinha ninguém e
fiquei meio apreensivo, pois, não sabia o estava
acontecendo...
Peguei outras travessas em direção a avenida
principal do bairro e consegui sair daquela situação
difícil, mas, não cancelei o chamado e nem desliguei
o aplicativo, alguma coisa no coração me dizia para
esperar na avenida, esperei na saída da comunidade
por volta de 2(dois) minutos, que pra mim foram os
mais longos da minha vida.
Chamado de D'us
Página 02/04
Aguardando, não sabia o quê, recebi via Whatsapp
do aplicativo da plataforma um recado do usuário
solicitante, me pedindo encarecidamente para entrar
novamente na comunidade, me indicando outros
pontos de referência para o encontro, falei com D'us
e entrei novamente passando pela mesma situação
anterior de medo e apreensão.
Cheguei ao ponto combinado, quando saiu por
detrás de uma casa mal acabada e sem rebocos,
uma senhora grávida de aproximadamente 08
meses, com uma criança enferma nos braços e uma
outra criança puxada pela mão, junto com seu
marido, que portava algumas bolsas de bebê, vindo
ele ao meu encontro primeiro, me agradecendo
antecipadamente dizendo:
-Muito obrigado motorista, pois, estou com meu filho
ardendo em febre e já pedi um carro para vários
aplicativos e todos cancelam a corrida quando
chegam na entrada da comunidade e o senhor foi o
único que aceitou, foi D'us que lhe mandou.
Chamado de D'us
Página 03/04
-Muito obrigado. -Agradece Paulo (o marido).
-Não precisa me agradecer Paulo, fiz apenas o meu
papel, mas, vamos correr para o hospital. -disse
alividado.
Chegamos ao hospital e aquela família não parava
de agradecer a deus e a minha aceitação da corrida.
A criança foi prontamente atendida, fiquei com
aquela sensação de dever cumprido, sabendo,
agora, o porque daquela espera que tive.
Após sair do hospital, desliguei imediatamente o
aplicativo e fui pra casa feliz e aliviado por não ter me
acontecido nada de mal. Agradeci a D'us por tudo e
fui descansar.
" Não tive mais nenhuma notícia daquela família,
mas, tenho certeza que estão guardados por D'us. "
Chamado de D'us
Página 04/04
" A estória a seguir retrata o sofrimento de uma
professora de música que contraiu um cancer no
intestino e que tentava superar a dor através da
música. Acompanhe conosco essa viagem..."
Era uma tarde de terça-feira, por volta das 13:00 hs,
quando recebi pelo aplicativo um chamado de
viagem que tinha como ponto de partida a LIGA
CONTRA O CÂNCER no bairro Nossa Senhora de
Nazaré/RN, entidade que trata de paciêntes
acometidos pelo câncer. Doença esta, que levou
minha mãe, após ter se espalhado por todos os
órgãos dela. Como eu passava próximo do local de
partida, aceitei a corrida meio à contra-gosto, pois, os
sofrimentos dos paciêntes me traziam lebranças
desagradáveis dos sofrimentos que minha própria
mãe passara...
Chegando ao local me deparei com uma jovem
senhora de aproximadamente 40 anos que
chamaremos de Ana. Desejei a ela as boas vindas e
a cumprimentei cordialmente.
Superando a Dor
Página 01/08
Ela com um sorriso no rosto retribuiu os
cumprimentos, e entrou no veículo com dificuldades,
trazendo consigo um teclado elétrico. Perguntei,
puxando assunto pra quebrar o gelo do lugar:
-A senhora é D. Ana? -indaguei.
-Sim. -Respondeu ela.
-Opa, já ví que vai ter festa. -Brinquei.
Ela sorriu e começamos uma conversa.
-Esse é um dos meus instrumentos de trabalho, pois,
sou, ou, tento continuar sendo, uma professora de
música. -Disse ela com um ar de tristeza.
-Tinha uma frase que minha amada vó me dizia, que
“quem é rei, nunca perde a majestada”. -disse a ela
meio saudosista.
E ela confirmou afirmando positivamente.
Superando a Dor
Página 02/08
Foi nesse momento que Ana começou a contar a sua
estória.
-Sempre, desde pequena, gostei de música, pedi ao
meus pais ainda com 15 anos para que eu pudesse
estudar música para me tornar uma maestrina, que
era o meu sonho, eles sempre me incentivaram e
comecei a estudar, com professores particulares,
quando dava, até que fiz a faculdade de música. Foi
uma alegria só. A realização de um sonho...
-Comecei aos poucos lecionando aulas de violão e
teclado para alguns poucos alunos, mas, por falta de
recurso suficiente tive que trabalhar em comércio
para me sustentar, mais nunca desistir de lecionar.
-Fui trabalhando e conciliando com as aulas, por
vários anos, até que após sentir algumas dores
abdominais, fui fazer alguns exames, que achava
que seriam de rotina, quando constatei que era um
câncer.
Superando a Dor
Página 03/08
-Meu mundo desmoronou e entrei em depressão
profunda, pra mim a vida tinha acabado. -Disse Ana
com tristeza.
-Iniciei os tratatamentos por volta dos meus 30 anos
e lutei com todas as forças que tinha para me livrar
dessa doença maldita. -Disse Ana com raiva.
-Fiz tudo que tinha pra fazer, até passei por um
procedimento cirúrgico para retirada de parte do
intestino desgado, fique praticamente curada e feliz
por não ter que continuar tal tratamento tão
desgastante. - Disse Ana.
-Mais à aproximadamente 5 anos as dores voltaram
e fui fazer novos exames, quando foi constatado a
metastase (disseminação da doença para outros
órgãos) e começou novamente a minha luta...-Disse
Ana com tristeza.
-Só que agora a luta foi perdida, pois, segundo os
laudos médicos que tenho, não adianta mais fazer
nenhum tipo de tratamento, pois a doença se
alastrou para outros órgãos. -Disse Ana tristonha.
Superando a Dor
Página 04/08
-Agora convivo com dores cada vez maiores em
alguns órgãos e tenho dificuldade de locomoção,
pois, as pernas também doem muito. Estou
esperando só a morte. -Disse Ana.
Diante de tudo que ouvi, tentei injetar um melhor
estado de ânimo. Dizendo...
-Ana, eu sei que conviver com essa doença, não é
fácil, pois, minha mãe, também, teve câncer
generalizado e me recordo que só vivia à base de
morfina até a morte, mas, ela me deixou algumas
lições que gostaria de te passar...-Disse a ela
animado, quebrando a áurea de tristeza.
-Eu não morava com ela na ocasião, e sim em outro
estado, mais nas vezes que a visitei, sempre, ela
estava com um sorriso no rosto, misturado com as
dores causadas pela doença.
Superando a Dor
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-Me dava sempre palavras de ânimo dizendo que
tudo aquilo iria passar mais ela não desistiria da vida,
pois, estar com quem ama (seus familiares) era mais
relevante do que as dores que sentia.
-Que não importa o que aconteça, viver é muito
melhor, mesmo com dores, pois, as dores viraram
parte dela, ficando mais suportáveis.
Continuei dizendo...
-Sei que as limitações da doença causam falta de
ânimo até para viver, causam pensamentos ruins de
morte, mas, diante do que vivi com a situação de
minha mãe, aprendi que temos que aproveitar o
tempo que nos resta fazendo as coisas que nos dão
prazer, no seu caso, a música, toque seus
instrumentos com o mesmo fervor da época que você
tomou a decisão de estudá-los, ensine o máximo de
pessoas que você puder, mesmo que de graça, pois,
o teu prazer pela música será difundido pelas vidas
que você ensinou.
Superando a Dor
Página 06/08
-Nunca maldiga a sua condição, ou, limitação, pois,
você teve a dádiva de D’us de encontrar a missão de
sua vida, que é a música, enquanto tem tanta gente
que passa pela vida e nunca descobrem o seu
propósito, e, nunca tem prazer verdadeiro em nada.
-Acredite sempre em milagres, pois, eles existem e
podem te pegar no caminho, enquanto você estiver
se mexendo, fazendo o que gosta e deixando as
pessoas felizes com a sua música. Eu
particularmente acredito em milagres... -Disse
esperançoso.
-Então Ana, não perca mais tempo, se lamentando
ou murmurando, divulgue até na internet a tua
paixão, se tiver que fazer o “passamento”(morrer)
que seja tocando um instrumento com alegria. Pois, o
teu legado ficará nas vidas das pessoas que
conheceram a sua paixão.
Superando a Dor
Página 07/08
Chegamos então ao destino de Ana, que era a
casa de uma grande amiga, cujo filho aprendia
teclado com ela.
Ela agradeceu os conselhos que recebera,
desceu do carro com certa dificuldade, mas, com um
semblante mais contente e animado, dizendo que iria
adotar os conselhos na sua vida.
Espero em D’us que ela esteja mais feliz, e fui
para a próxima viagem...
Superando a Dor
Página 08/08
“ Nossa próxima estória relata a visão de um jovem
de 15 anos que mesmo com pouca idade, já projeta
o futuro que deseja e já se move nessa direção.
Acompanhe conosco essa viagem..."
Era uma noite de Sábado, aproximadamente 21:00
hs no bairro de Nossa Senhora da Apresentação,
zona norte de Natal, com destino à uma área rural de
Genipapu, quando chegueio ao ponto de origem,
observei que era um jovem que sai de dentro uma
casa simples, mais, com uma voz posicionada e
firme, de forma educada me cumprimenta
adequadamente, retribui o comprimento, e dou as
boas vindas a ele com alegria. Pois, ví nele um jovem
promissor...
-Olá, tudo bem, seu nome é João? Perguntei.
-Sim, sou o João, senhor Wellington.
Observei que ele é um rapaz observador, pois, me
cumprimentou pelo meu nome, que observara no
aplicativo.
Visão de Futuro
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Ví que valeria a pena iniciar um diálogo.
-Você estuda João? -Comecei perguntando.
-Sim senhor Wellington, estudo no 2 ano do ensino
médio, e, faço um cursinho preparatório. -Respondeu
-Pretende fazer o que depois que concluir os
estudos? -Perguntei.
-Eu não desejo fazer faculdade, pretendo
empreender, pois, acredito que terei mais sucesso na
vida empreendendo.
Fiquei surpreso pela resposta, pois, atualmente a
grande maioria dos jovens não tem perspectiva de
futuro, apenas que desejam trabalhar, mas, sem
saberem em quê. E, aquele jovem quer fazer algo
fora do sistema social definido.
Busquei colher mais informações com aquele jovem.
Visão de Futuro
Página 02/06
-Você deseja empreender em quê? -Perguntei.
-No Marketing Digital. -Respondeu.
-Não sei se você já sabe mas no Marketing Digital
tem mais de 20 atribuições que compõe o processo
de contrução digital. -Frisei.
-É verdade, mais eu estou estudando os métodos
que fazem o digital para escolher o caminho a seguir,
Falou com alegria o João.
-Que bom que você está estudando as ramificações
do mercado digital, pois, são muitas. -Repliquei.
-O importante João, é você aprender os conceitos
divididos em 02 partes, primeira, aprendizado teórico
de todas as ramificações do Marketing, e, segundo, a
prática imediata em cada área, pois, você fixará a
informação com mais consistência. Estudando e
praticando, sempre.
Visão de Futuro
Página 03/06
-Quando você estudar o Marketing Digital divida os
assuntos por módulos, juntando todas as
informações do mesmo assunto e após a
compilação, observe quais métodos práticos você
pode adotar daquele tópico, e, pratique, pratique e
pratique, isso fará toda a diferença. -Aconselhei.
-Tem alguns cursos na internet que já tem muitos
desses módulos já compilados, você tem que
compara-los e analisar qual o mais completo com
baixo custo, necessariamente você terá que fazer um
investimento, pois, os materiais gratuitos são muitos
dispersos. Invista que valerá a pena e abreviará, e,
muito seu processo de aprendizado.
-Tenha dedicação no aprendizado e na prática e não
desista nunca de seu propósito, pois, somente com a
perseverança você alcançará a consistência
necessária para fazer o seu negócio se consolidar.
Visão de Futuro
Página 04/06
O jovem João escutava cada conselho com muita
atenção, confirmando positivamente que entendera
cada conceito.
Existia ainda uma dúvida importante que
incomodava o jovem.
-Como vou conseguir comprar o curso se não tenho
recurso e nem minha família? Perguntou.
-João, você acabou de afirmar que será um
empreendedor, portanto, conseguir o recurso será o
seu primeiro empreendimento. Faça pequenos
trabalhos para seus colegas de turma em troca de
recursos, se disponha a lavar carros, fazer limpezas
de terrenos, etc, até conseguir o primeiro recurso,
depois transforme o recurso em produtos e venda,
continue reinvestindo em novos produtos e sempre
separando uma parte para seu curso, garanto que
você gostará e se acostumará a fazer dinheiro e não
parará nunca mais. NÃO PEÇA, CONQUISTE !
Visão de Futuro
Página 05/06
O jovem empreendedor agradeceu pelos
conselhos e desceu feliz no seu destino, vislubrando
um mundo de possibilidades.
Tenho certeza que esse jovem dará certo e será
um grande homem de sucesso, pois, com pouca
idade já tem uma visão de futuro.
Segui para a próxima corrida com alegria.
Visão de Futuro
Página 06/06
“ A estoria a seguir trata de um casal comum de
turistas e sua filhinha, mas, com um espírito
desbravador, sem saber. Acompanhe conosco essa
viagem...“
Era uma manhã chuvosa de sexta-feira, por volta
das 9:00 hs, quando recebi um chamado para
atender uma senhora de nome Amanda, no bairro de
ponta-negra, zona sul da cidade do Natal, em um
hotel próximo do “morro do careca”, um dos cartões
postais de maior relevância da cidade.
Chegando ao hotel me encontrei com a senhora
Amanda, que me aguardava juntamente com seu
marido, de nacionalidade francesa, e, sua filha de 10
anos.
Cumprimentei-os com alegria, e, ela entrando no
carro já puxou um assunto, interagindo...
Casal de Turistas
Página 01/06
-Wellington, cadê o Sol ? Perguntou.
Dei um risada e disse:
-Não se preocupe, ele está à caminho, me mandou
primeiro. Respondi divertidamente.
Amanda continuou a conversa...
-Nos disseram que esta cidade era a terra do sol, e,
desde a segunda-feira dessa semana, quando
chegamos, o Sol somente apareceu por algumas
horas e até agora nada, não pude nem ir a praia
ainda, pois, tem chuvido todos os dias. Reclamou
Amanda confirmando com o marido.
Eu disse:
-Parece que hoje vocês vão ter a oportunidade de
sentir um pouco do calor de nossa terra.
Casal de Turistas
Página 02/06
Disse Amanda:
-Esperamos a semana inteira por isso, acreditamos
que hoje vai dar certo...
Observei que eram turistas brasileiros e perguntei
de qual estado eles vieram.
-Eu e nossa filhinha somos do Estado do Maranhão,
e, meu marido é francês. -Amanda respondeu.
-Só que moramos em Belém do Pará. -Continuou.
-Tive a oportunidade de conhecer Belém e a região
metropolitana em alguns meses que passei
trabalhando naquela região. - Disse eu saudosista.
-Que bom Wellington que você conheceu Belém,
pois, gostamos muito de lá. -Disse Amanda.
Conversamos muito sobre os costumes da região,
sua culinária peculiar e os fenômenos naturais do
lugar.
Casal de Turistas
Página 03/06
Durante a “corrida”, observei que o destino
registrado ficava em uma região arriscada para eles
como turista, sem grupo e sem guia, e, perguntei.
-Você conhecem o lugar que estão indo?
-Não conheço. -Amanda respondeu.
-Por que você colocaram esse destino. -Perguntei
preocupado.
-Porque, foi o que encontramos procurando por um
centro cultural. -Respondeu Amanda.
-Não aconselho que vocês vá a esse lugar, pois, é
uma região próxima de uma comunidade que tem um
histórico de furtos e roubos à turistas desavisados.
Posso dar a vocês algumas sugestões? - Perguntei.
-Claro que sim, por favor nos indique...-Amanda
exclamou animada.
-Existe, próximo daqui, um Centro Cultural tradicional
que voês vão adorar..., e, próximo ao Centro Cultural
tem uma feirinha de artesanato que vocês vão gostar
muito, e, que dá pra se deslocarem à pé, com
segurança. -Indiquei animado.
Casal de Turistas
Página 04/06
Apresentei o roteiro de deslocamento do Centro
Cultural para a feirinha de artesanato, à medida que
nos deslocava-mos pelo trajeto de chegada ao
centro. Mostrando a eles as áreas mais seguras. E,
sugerindo outros lugares que eles poderiam visitar,
incluindo programações adequadas à sua filhinha.
Ficaram bastante gratos pelas indicações e pelo
cuidado que tive de não deixa-los se exporem em
ambientes com pouca segurança.
-São poucos motorista que tem esse preocupação
que o senhor teve conosco. Muito obrigada. -Disse
Amanda agradecida.
-Não fiz nada à mais que uma pessoa de bom senso
não faria... -Respondi.
Ainda mais por terem todas as características de
turistas e por não conhecerem a cidade que estão.
Casal de Turistas
Página 05/06
Deixei aquela família na entrada do Centro
Cultural que sugerí, informando-os que aquele centro
tinha sido no passado uma cadeia pública e agora
totalmente revitalizada. E ficaram maravilhados com
a informação...
Me despedi deles com alegria e segui para a
próxima corrida...
Acredito que eles fizeram a programação
turistica que sugeri, agora com mais segurança e
confiança, não obtive nenhuma vantagem material,
mas, partí com mais uma sensação de “dever
cumprido” na alma.
“Gratidão à D’us pela oportunidade de espalhar o
bem. “
Casal de Turistas
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“ Nossa próxima estória relata os fatos contados
por uma jovem senhora que desistiu de um sonho
simplesmente pelo medo do fracasso. Acompanhe
conosco essa viagem..."
Era uma tardezinha de domingo, por volta das
17:00 hs, quando recebi o chamado para uma corrida
do bairro de Santa Rita (Extremoz), em um perímetro
rural próximo à praia. em direção a uma praça com
um parque de diversão instalado, em um percurso de
aproximadamente 22 min.
Entra no veículo uma jovem senhora muito
comunicativa, acompanhada com seus 3 filhos, ainda
crianças na faixa de idade média de 12 anos. Todos
me cumprimentam cordialmente ao entrarem,
mostrando uma boa educação, detalhe, ainda hoje
tem pessoas que não cumprimentam mesmo sendo
cumprimentadas..., mas, vamos deixar pra lá,
voltando à nossa estória...
Desistindo de um Sonho
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Vamos chamá-la de Sueli, Sueli já entra
conversando, dizendo:
-Acabei de sair da casa da minha mãe, passamos
geralmente os domingos com ela, eu, e, meu filhos,
ela gosta muito e agora vamos ao parque de
diversões.-disse Sueli animada.
-Verdade, para os nossos pais é sempre um
momento muito importante, principalmente se eles
moram sozinhos. -disse a ela contente.
-Ela mora com uma irmã minha e meu pai já é
falecido à algum tempo. -disse Sueli meio saudosista.
-Então quer dizer que você vai levar os “meninos”
para se divertirem no parque? -Perguntei animado.
-Vou sim, também para comemorar um dinheiro que
ganhei no jogo. -disse Sueli alegre.
-Ganhou dinheiro no jogo, como assim? -Perguntei
surpreso.
Ela sorrio, e, começou a mim explicar...
Desistindo de um Sonho
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-A aproximadamente 2(dois) anos atrás eu
trabalhava com bolos de encomenda, salgados e
docinhos, tinha um “pontinho” comercial, não era
legalizado, mais era organizado, arrumadinho e
limpo, e, quando comecei tinha um grande
movimento de pedidos de encomendas, mas, como
eu era sozinha pra tudo, fabricar, vender, entregar,
cuidar da casa, das crianças, pois, meu marido me
abandonou por outra, tive que encarar “tudo”
sozinha. -disse Sueli com um ar de revolta.
E, continuou...
-No início foi dando pra se virar, mais com o passar
dos dias, ví que não dava conta sozinha e contratei
uma ajudante, que melhorou muito o fluxo de
trabalho, mais não sobrava dinheiro.
-Decidi transferir meu negócio para a minha casa, foi
quando começou a complicar o processo, pois,
misturava muito as questões doméstica com as
comerciais, aí ficou difícil. -disse Sueli.
Desistindo de um Sonho
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-Tive todo os tipos de conflitos da ajudante com os
meu filhos, com questões de qualidade, processos de
entregas, de encomendas, com alguns prejuízos, etc.
-Chegou a pandemia, aí me apavorei com a situação
complicada e agora, mais o covid-19. Quando
deveria crescer, acabei desistindo. -disse Sueli.
-E aí, você foi fazer o quê? -Perguntei curioso.
-Fui fazer faxina, virei um peso pra minha mãe,
porque ficou difícil de pagar até o aluguel, e fui me
virando. -disse Sueli de pronto.
-Até que alguns meses atrás descobrir os jogos da
bet (site de apostas), que fui testando, aprendendo
como funciona, ganhando e perdendo algumas
vezes, mais sempre fazendo minha “fezinha”.
-Quando foi essa semana, fui apostando e numa
“maré boa” fui ganhando e perdendo pouco até que
consegui juntar R$ 1.400,00, coisa que nunca pensei
que ganharia, aí parei, paguei algumas contas que
devia, fiz uma pequena feira e estou aqui indo pra me
divertir com meus filhos. -disse Sueli alegre.
Desistindo de um Sonho
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-Foi um presente de deus, pois, Ele sabe o quando
estava precisando. -disse grata.
-Me diz uma coisa Sueli, e os bolos de encomenda,
nunca mais você pensou em voltar à fazer? -
Perguntei curioso.
-Senhor Wellington, sinceramente, é meu sonho
voltar a trabalhar com isso, mais não tenho capital
pra investir e ainda tenho medo de não dar conta. -
disse Sueli.
Foi quando encontrei uma oportunidade para
aconselha-la.
-Sueli, você gosta mesmo de ser doceira? Perguntei
entusiasmado.
-Sim senhor Wellington, gosto muito é meu sonho...-
Respondeu Sueli.
-Então Sueli o que eu observei é que você ama o que
faz, que é o ingrediente principal para o sucesso de
qualquer negócio, mas, você não tem experiência na
gestão de negócios. -Frisei com segurança.
Desistindo de um Sonho
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Ela confirmou dizendo que era verdade.
-Primeiramente, eu acredito que você deve sim voltar
a empreender como doceira, por você e sua família
vão ter muito sucesso, se unidos começarem esse
processo juntos.
-Segundo, você tem que antes de recomeçar,
procurar o SEBRAE e iniciar alguns cursos que eles
dispõe, de maneira gratuita, como por exemplo
“gestão de negócios”, empreendedorismo, controle
financeiro e de fluxo de caixa. Comece adquirindo
conhecimento.
-Terceiro, ache alguém que deseje empreender com
você, que também ame fazer doces e tudo que você
faz, para dividir com você o fardo, e capacite-a
montando uma metodologia de trabalho. Contrate
ajudantes que também amem trabalhar com o que
você faz. Nunca contrate ninguém pela necessidade
que ela te contar. Comece passo-a-passo. -Disse
sugerindo.
Desistindo de um Sonho
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-Não tenha medo de recomeçar, as dificuldades
existem que é para agente supera-las e saímos mais
fortes e com mais experiências delas.
-Comece com o que você tem, e, à medida que você
for crescendo em conhecimento e estrutura, e, após
esse período é que você fará novos investimentos,
vá devagar, NUNCA PARE DE APRENDER e
NUNCA DESISTA. -Disse motivando.
Ela abriu um sorriso no rosto e ficou pensando, e
disse:
-Senhor Wellington, estou muito feliz pela injeção de
ânimo que você me deu, vou ligar agora para minha
irmã, que também gosta de fazer doces, para
começarmos juntas esse negócio, e, vou pedir
também o apoio da minha mãe.
-Muito obrigado senhor Wellington pelas palavras de
apoio. -disse Sueli agradecida.
Desistindo de um Sonho
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Nota: As crianças também ficaram muito felizes
com a alegria da mãe e apoiaram a idéia.
Chegamos enfim ao parque de diversões, que era
o destino de Sueli, ela desceu do carro animada com
seus filhos, todos se despedindo de mim com muita
alegria.
Espero que Sueli já tenha começado o seu projeto
de negócio e que ela e seus filhos sejam muito
felizes.
E eu, sigo para mais uma corrida e mais uma nova
estória. “Vamos juntos...”
Desistindo de um Sonho
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“Nossa estória trata de uma jovem que não tem
medo de obstáculos e enfrenta o que for necessário
para alcançar seus objetivos. Acompanhe conosco
essa viagem..."
Era uma manhã de Sábado, por volta das 7:00 hs
da manhã, quando recebi um chamado para atender
uma pessoa de nome Elena, no bairro de Ruy
Pereira, em um condomínio popular e muito
populoso, e, ela perguntando pelo aplicativo se
poderia levar um cachorro pequeno em sua caixa
própria. Disse a ela que não teria problema.
Aguardei na entrada do conjunto de blocos, que ela
morava, aproximadamente por 2 minutos, pois, a
distância do bloco dela até a portaria levava em
média esse tempo de caminhada, ainda mais
levando uma caixa com um cachorrinho.
Uma Jovem de Coragem
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Chegou uma jovem aparentando 23 anos, muito
comunicativa e alegre, já me cumprimentando com
muita cordialidade, retribui os cumprimentos e
seguimos viagem.
Nós partíamos da cidade de São Gonçalo do
Amarante/RN, próximo ao aeroporto e seguíamos em
direção à zona Sul, pela via costeira, para o hotel em
que trabalhava.
Como era um trajeto longo, tinhamos bastante
tempo para conversarmos, pois, entendi que ela é
uma pessoa que gosta de “trocar idéias”.
Comecei perguntando:
-Você está indo trabalhar?
-Sim, estou, mais antes precisarei deixar meu pet
junto com “seu pai”, meu namorado, por isso solicitei
uma parada no trajeto para o bairro de ponta negra.-
Respondeu.
Uma Jovem de Coragem
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Nesse percurso que demoraria em torno de 40
minutos abordamos diversos assuntos que passaram
pela estrutura política do país, até áreas de
desenvolvimento pessoal, abordando desde
conceitos filosóficos até atividades práticas de
mudanças reais de comportamentos.
Elena iniciou a abordagem me perguntando quanto
tempo eu estava trabalhando de uber, e, afirmei que
eu estava uber em um pouco mais de 6 meses na
ocasião e como a atividade tem uma volumetria
própria ela teria um limite máximo de crescimento e
variaria entre esse limite máximo e o mínimo de
produtividade, não te dando muita opção de
crescimento linear em médio e longo prazo.
E perguntei qual a atividade que ela exercia, e, ela
respondeu:
-Eu sou Recepcionista bilingue de um hotel na Via
Costeira, em fase de treinamento, em um período de
experiência.-Respondeu com orgulho.
Uma Jovem de Coragem
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-No início foi muito difícil chegar à posição que hoje
ocupo, pois, quando cheguei tive que transpor a
primeira barreira, a da ambientação, porque o
pessoal que já estavam trabalhando, já tinham
estabelecido um padrão de convivência e de
relacionamento mútuo que não admitiria nenhum
novo componente, e, tive que quebrar esse conceito,
me estabelecendo pela competência, que “logo de
cara”, causou conflito, pois, eu dominava três
idiomas, o português nativo, o inglês e o espanhou,
e, ainda estou estudando o italiano, fatores estes que
nenhum outro tinha.-Frisou Elena.
-Que bom Elena, que você tem essa consciência de
crescimento, pois, de fato, pra você galgar uma
posição mais elevada tem que sair da inércia e
move-se em direção ao objetivo. -disse interagindo.
Uma Jovem de Coragem
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-Eu, também, como você, já trabalhei em hotel em
Recife, como Controller (Financeiro) e cheguei até a
Gerência de dois hotéis, um em Recife e outro em
Maragogí (Maceió), e, tive algumas dificuldades pela
falta do idioma (inglês). -disse contextualizando.
-E, com certeza esses idiomas irão abrir muitas
portas pra você nessa atividade hoteleira, pois, há
uma grande carência no mercado turístico. -disse
encorajando.
Elena confirmou positivamente:
-É verdade senhor Wellington, pois, dentro desses
03(três) meses que já estou no hotel, pude me
destacar pela facilidade que tenho de me comunicar
com os hóspedes, e, isso causou muito rancor, por
parte dos colegas, mais não me abalou, pois, eu sei
aonde eu quero chegar, que passa, também, pelo
desejo de assumir a gerência do meu setor. -disse
Elena empolgada.
Uma Jovem de Coragem
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-Eu tenho esse propósito tão firmado em mim de
crescimento, que já desenvolvi até um projeto de
crescimento de hospedagens para o hotel, que
envolverá não somente os atendentes, mais também,
operadoras e agências de viagens em parceria. Mas,
quando disse desse meu projeto para meu gerente,
ele me desmotivou, dizendo que, pela sua
experiência, não daria certo, notei um certo ar de
inveja e recentimento pelo que eu estava tentando
apresentar a ele, mais desisti de apresentá-lo. Agora
estou tentando encontrar uma oportunidade de
apresentar meu projeto ao dono do hotel. -disse
Elena animada.
Aproveitando o gancho, indaguei:
-Elena, me diz uma coisa, você já apresentou seu
projeto para alguém do seu ramo de atividade?
Ela disse:
Uma Jovem de Coragem
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-Ainda não, somente comentei com algumas
pessoas. -disse ela.
-Elena, é importante você tomar alguns cuidados...
-Eu também já fui sócio de uma agência de viagens e
é natural você montar parcerias com empresários do
ramo hoteleiro, e, muitas vezes esses empresários
assumem o processo e/ou pacotes, deixando de lado
seus idealizadores, mantendo-os somente no salário
e com uma pequena e mínima participação.
-Primeiro, você tem que validar esse projeto, como?
Conversando com agêntes de sua confiança, no
mínimo 03(três), fazendo os ajustes necessários no
projeto.
-Segundo, você tem que já firmar um pré-contrato
com os agêntes que você deseja trabalhar,
estabelecendo o padrão de trabalho em todas as
etapas, desde o traslado do aeroporto até os
detalhes dos pacotes que serão oferecidos em cada
nível escolhido pelo hóspede, bem como,
comissionamentos.
Uma Jovem de Coragem
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-Terceiro, quando você for apresentar as sugestões
de pacotes para o hotel, todas essas etapas já tem
que estarem definidas, formalizando apenas os
ajustes finais com o hotel, sendo importante que essa
apresentação aconteça apenas no nível de diretoria,
para fundamentar a autoralidade do projeto.
-Por último, a apresentação de implantação do
projeto tem que contar com a presença de todos os
envolvidos, e, com treinamentos específicos de cada
indivíduo participante do processo de forma
exaustiva, para que não restem dúvidas em nenhuma
etapa. -disse de forma explicativa.
-Muito bom senhor Wellington, não tinha pensado
nisso. -disse Elena grata.
-Então Elena, revise o seu projeto em todos os
detalhes, converse com pessoas do ramo e mãos-a-
obra, tenho certeza que vai dar tudo certo. E
parabéns pela sua iniciativa. -disse motivando.
Uma Jovem de Coragem
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Chegamos à casa de seu namorado e quem nos
atendeu à porta foi sua futura sogra para receber o
animal, e seguimos viagem rumo ao hotel que ficava
próximo de onde nós estávamos.
Ela comentou, também, que seu namorado não a
apoiava em suas decisões, e, também, não
acreditava em seus projetos, chegando até a zombar.
Expliquei a ela que esse tipo de atitude não chega
a ser normal, mas, é compreensivo, pois, ele,
aparentemente não tem o mesmo nível de disposição
e determinação que a dela, e, isso causa nele uma
certa frustação e uma diminuição de sua auto-estima
como homem. Mais essa situação será ajustada
quando vierem os seus resultados... Seja para um
fortalecimento da relação, ou, uma dissolução
definitiva pela diferença de nível e falta do
desenvolveimento profissional do seu namorado.
Uma Jovem de Coragem
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Seguimos em direção ao hotel, a deixei próximo a
entrada dos funcionários e ela se despediu de mim
cordialmente da mesma forma que entrou no carro,
muito feliz, pois, chegara no ambiente que mais
amava estar, mas, pensativa.
“Acredito que ela irá longe, pois, é muito
determinada.”
E eu, sigo para mais uma viagem e mais uma nova
estória... Vamos nessa...?
Uma Jovem de Coragem
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“A estória a seguir conta os fatos que ocorrem com
um jovem que desejava ser professor, e, se deparou
com uma doença que tirou sua mobilidade das
pernas, obrigando-o a rever todos os seus conceitos.
Acompanhe conosco essa viagem..."
Era um fim de tarde de uma segunda-feira, quando
recebi um chamado de um pessoa chamada Pedro,
que ao chegar no local de partida, observei do outro
lado da rua, um rapaz de aproximadamente 32 anos,
que acenava com uma das mãos, em frente a uma
clínica, demonstrando a sua localização, e, a outra
segurava um par de moletas e um envelope de
exames. Retribui o aceno, e, pedi que aguarda-se,
pois, retornaria ao seu encontro para pegá-lo, ele
agradeceu e aguardou.
Fiz o retorno na via, e, parei em frente dele, que com
dificuldades entrou no carro no banco de trás, que eu
mesmo afastara ao máximo para lhe abrir mais
espaço.
Superando Limites
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Seguimos ao seu destino...
Saimos do centro do bairro do Alecrim/Natal e
seguimos em direção à Zona Norte da Cidade, pela
conhecida “ponte nova” (Ponte Nilton Navarro),
percurso, esse, que duraria aproximadamente 40
minutos, em virtude do horário.
Senti pelos sinais que o Pedro gostaria de
conversar, e, constatei que ele desejava de fato
desabafar e estimulei esse desabafo. Perguntando:
-E aí Pedro, estava numa consulta de rotina? -
Perguntei, puxando um diálogo.
-Pois é, senhor Wellington, estou decepcionado com
os serviços do meu plano de saúde e vou cancelá-lo,
é muito deficiente e de má qualidade. -disse Pedro
indignado, e, continuou...
Superando Limites
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-As poucas vezes que precisei tive aborrecimento,
pra o senhor ter uma idéia, a aproximadamente
01(um) mês atrás, tive, durante uma noite de sono,
um deslocamento, acredito, no maxilar, que tem me
causado muitas dores, não somente na mastigação,
mais também, durante a fala, por conseguinte não
consigo mais abrir a boca como abria anteriormente.
-Procurei a assistência médica de meu plano e me
indicaram fazer a solicitação de autorização para um
especialista pelo aplicativo, após inúmeras tentativas,
consegui fazer a solicitação, mais fui orientado que
após receber o número da autorização, teria eu que
ligar para uma central para autorizar, com o código
de autorização, a esperada consulta.
-Liguei, também, inúmeras vezes, ficando por muito
tempo ouvindo somente a “musiquinha”, sem
nenhum atendimento... Por muito tentar, conseguir
agendar o atendimento para semanas depois.
Superando Limites
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-Quando chegou o dia da consulta o médico olhou
meu maxilar e me indicou fazer fisioterapia maxilar,
e, passou alguns analgésicos para quando eu tivesse
dores. Achei um absurdo, mas, como não tenho
recurso suficiente para estar com o fisioterapeuta 3
vezes por semana, pagando Uber, estou fazendo,
através de vídeo da internet, a fisioterapia em casa. -
disse Pedro, com indignação.
-E tem dado resultados? Perguntei.
-Acredito que sim, pois, tenho sentido menos dores e
estou abrindo mais a boca, graças a deus,
principalmente porque sou professor e preciso me
comunicar.
-Você é professor?, que bom, notei pela forma de
você se expressar. -Indaguei.
-Sim, sou professor de português.
Superando Limites
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-E sua deficiência dificulta a sua atividade
profissional? Perguntei curioso.
-Senhor Wellington a estória é longa, mais temos
tempo...-Respondeu animado.
-A 2 (dois) anos atrás, tive uma paralisação repentina
dos movimentos das pernas, e, entrei em depressão,
pois, acreditei que tinha uma doença degenerativa.
-Procurei, na ocasião, por vários médicos, tentando
encontrar a causa e não tive sucesso, pois, ninguém
descobria o que estava acontecendo comigo.
-Até que um desses médicos me indicou um colega,
que também era professor universitário, em um
hospital de referência em Natal, que poderia me
ajudar, paguei uma consulta com ele, e, ele me
examinando, foi logo dizendo:
Superando Limites
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-A sua doença é rara, e é no sistema nervoso da
coluna, você terá que fazer alguns exames para
precisar a causa da paralisação, e assim,
marcaremos a cirurgia. -disse o médico/professor
animado, convocando até alguns alunos para
acompanharem a cirurgia desse caso raríssimo.
-Fiz todos os exames solicitados, e, entreguei-os ao
médico para analisa-los, após a sua apreciação, o
médico constatou que a lesão era pequena para uma
cirurgia, podendo vir a ser mais traumático passar
por um procedimento cirurgico. E ele descartou a
possibilidade de cirurgia.
-Apartir das análises dos exames, esse médico
mudou totalmente o seu comportamento comigo, não
me dando mais nenhum tipo de atenção e dissendo
que eu fosse procurar me tratar.
-Perguntei a ele como?, e ele disse que eu desse
meu jeito, pois, só poderia ajudar até ali.
Superando Limites
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-Fiquei indignado, e, comecei a dizer à ele tudo que
eu achava sobre seu comportamente anti-
profissional, pois, ele só estava interessado no
benefício acadêmico e quiçá financeiro.
-Saí de sua sala esbravejando e fui procurar a
administração do hospital, que interviu na estória, e
me encaminhou para uma de suas alunas, que me
acompanhou por alguns dias e traçou um diagnóstico
completo e preciso de minha realidade física e
psicológica, gerando um relatório, que fez questão de
entregar ao médico/professor.
-Em uma dessas consultas de rotina com minha nova
médica, o tal médico entra na sala, acredito que ele
não sabia que eu estava ali, e, o cumprimentei
cordialmente, e, ele a mim. Durante a consulta ele
sugeriu um hospital específico de trauma neural em
fortaleza/CE, que acreditei que não seria possível
acessá-lo, pela burocracia e pela minha falta de
recurso para pagar as consultas, viagens e
hospedagem no ceará, pois, estava pleiteando me
aposentar para custear minha própria manutenção.
Superando Limites
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-Mas, um milagre aconteceu, a minha médica se
empenhou, juntamente com alguns conhecidos dela,
em conseguir uma vaga pra mim nesse hospital de
Fortaleza e conseguiu. Não somente a vaga, mais
também o transporte interestadual (ida e volta), uma
ajuda de custo de R$ 50,00 diários para eventuais
necessidades de hospedagens e alimentação
adicional. -Relatou Pedro com gratidão.
-Iniciei imediatamente o meu tratamento, ficando por
2(duas) semanas internado, neste hospital, para
avaliações do quadro clínico, e após tais avaliações,
se iniciaram os tratamentos intermitentes neste
hospital com uma equipe de profissionais
maravilhosa.
-Iniciei uma bateria de procedimentos terapêuticos,
químicos e motores, e, logo nas primeira consultas já
observei resultados expressivos na minha
mobilidade.-disse Pedro alegre.
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-Esse ano só precisei ir uma vez, mais a equipe que
me acompanha, atestou que precisarei apenas
continuar o tratamento à distancia, fazendo os
exercícios específicos, que eles me enviam por
vídeo-aulas, e, que tem melhorado, e muito, minha
mobilidade motora.
-Atualmente estou aposentado por invalidez,
recebendo um salário mínimo, pagando R$ 450,00
de plano de saúde que me atende muito mal, e com
necessidades financeiras, muitas vezes até de
compra de medição para o tratamento.
-Nota: Os médicos que me acompanham sugeríram
que eu caminhasse, mais são tantos olhares e
julgamentos, que isso me abala emocionalmente,
comprometendo meu tratamento, pois, tem causa
também nervosa, aí desistir de caminhar.
Sugeri que comprasse uma esteira que resolveria o
problema das caminhadas, mas, ele alegou que não
teria recursos pra isso...
Superando Limites
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Esse jovem também alegou o que poderia muito
ajudá-lo financeiramente, seria uma rescisão que não
recebeu, de um escritório de Contabilidade, que
trabalhou por 10(dez) anos como Contador de
formação, de propriedade de seu tio, em um
montante rescisório de aproxidamente R$ 15.000,00,
e, que até hoje, depois de 2(dois) anos, não o pagou.
Pedro atualmente estuda para se formar em
pedagogia, com especialização na língua
portuguesa, fazendo “pequenos bicos” em uma
escola de bairro, cujos alunos de sua classe
provisória, gostam muito dele e o respeitam mesmo
com sua deficiência física, pedindo até que ele fique
permanentemente como professor, mas, pela falta,
ainda, da formação acadêmica, fica impedido de ser
efetivado.
Superando Limites
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Tenho certeza que um dia Pedro será um grande
professor concursado e efetivado, pois, é o seu
sonho, e ele tem se esforçado muito para conquistá-
lo, afirma ele...
Chegamos ao fim do trajeto, ao seu destino que era
a sua casa simples, que reside junto com a sua mãe
de certa idade.
O parabenizei pela sua força de vontade, e,
estimulei-o a NUNCA DESISTIR, e, que, ainda o
veria prosperar em seu intento, tanto na recuperação
física, como na profissional.
“Fiquei muito feliz pelo aprendizado que tive com a
estória do Pedro, tendo a certeza que essa estória
agregará muita luz na vida de muita gente.”
E, segui para a próxima corrida e para a próxima
estoria... Vamos Comigo ?
Superando Limites
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“Nossa próxima estória relata os fatos de uma família
do Rio de Janeiro, que acreditando tirar vantagens,,
através de falsas informações, me fizeram parar de
trabalhar. Acompanhe conosco essa viagem..."
Era uma tarde de domingo, por volta das 12:40 hs,
quando recebi um chamado para o terminal de
ônibus da Praia de Santa Rita, localizada no litoral
Norte do município de Extremoz, com destino à
Nossa Senhora da Apresentação, um bairro da Zona
Norte de Natal/RN, de aproximadamente 32 minutos
de distância do ponto de partida.
Como acabara de deixar um casal de banhista na
Praia da Rendinha Nova, a aproximadamente 5
cinco) minutos de carro, aceitei a corrida e fui ao
encontro do solicitante.
Turistas Mal Intencionados
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Chegando ao ponto de partida, observei que era
uma família, composta por 4 adultos, sendo 2 casais,
aparentando uma média de idade de 40 anos, que já
estavam um pouco mais “altos” de bebidas e que
estavam na praia, logicamente.
Mas, como já estava ali, e era a primeira vez que
me deparava com passageiros que saiam de uma
praia, perguntei inocentemente:
-Vocês estão molhados?
E eles em coro me responderam...
-Não ! Não estamos molhados, pode ver em nossas
roupas, nem tomamos banho, “só tomamos uma...”
-Ok! Boa tarde e sejam bem-vindos. -Cumprimentei-
os cordialmente.
Turistas Mal Intencionados
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Todos me retribuíram, também, cordialmente.
Observei, pelo sotaque que eram cariocas, e
comentei.
-Vocês são do Rio de Janeiro? -Perguntei.
E todos em uníssono responderam sim, com
orgulho.
-Que bom..., -comentei.
-Estão gostando da cidade?
-Estamos muito, pois, é uma cidade muito bonita. -
disse o mais velho da turma.
-Estamos passando alguns dias com nossos
parentes que moram aqui.
-Muito bom, pois, fazem turismo e mata a saudade
ao mesmo tempo. -Comentei.
Turistas Mal Intencionados
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De pronto, confirmaram.
Durante o percurso, fomos falando dos pontos
turísticos de Natal e dos lugares que eles ainda não
tinham visitados.
Conversamos sobre os lugares turísiticos da
Cidade do Rio de Janeiro e da minha vontade de
conhecê-la, pois, é uma das poucas cidades do
Sudeste do Brasil que ainda não conhecia.
Chegamos, por fim, ao destino contratado, e, eles
apressadamente desceram do carro, se despedindo
e agradecendo e entraram rapidamente na residência
de seus parentes, me estranhou a rapidez, mais tudo
bem, a corrida já estava paga no cartão.
Quando observei os bancos para identificar se
havia algum esquecimento de objetos, notei que em
cada lugar ocupado existia uma “mancha” de água,
toquei e ví que estavam encharcadas.
Turistas Mal Intencionados
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Meu primeiro sentimento foi de ira, pois, perguntei
antecipadamente se estavam molhados, mais
analisando os fatos friamente, eu não dispunha de
nenhum material de proteção dos bancos para não
“peder” a corrida, me restando apenas cancelá-la in-
loco.
Bem sei, também, da dificuldade de conseguir
motoristas por aplicativos que aceitem transportar
pessoas que estão nas saídas das praias, por conta
desses problemas com roupa de banho molhadas.
A minha total falta de experiência nesse tipo de
situação, me ocasionou um prejuízo de uma tarde e
uma parte da noite de trabalho naquele dia, pois, tive
que parar de “rodar” com o carro e enxugar os
bancos, pois, não poderia transportar mais ninguém
neles.
Providenciei um jogo de capas de proteção para
esse tipo de situação, que ando guardadas no carro
para qualquer emergência, e, que, já me foram muito
úteis em algumas situações.
Turistas Mal Intencionados
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Resignifiquei a situação, perdoei-os no coração e
liberei-os da mente.
Aproveitei o restante do dia de folga, forçada, e
curtir o domingo com meu filho de 14 anos (Abraão),
fazendo outras atividades.
Tal fato me ensinou que esse momento de desfrute
familiar tem que existir sempre, pois, a vida não tem
que ser somente composta de trabalho. Se não você
vai entrar em um ciclo vicioso de desgates físico e
mental.
Aguardei o dia seguinte e recomecei, com mais
essa experiência na bagagem...
Turistas Mal Intencionados
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“Nosso próximo relato conta a estória de 02(dois)
Jovens envolvidos com o mundo do crime, contando
seus feitos com orgulho. Acompanhe conosco essa
viagem..."
Era o início de tarde de uma segunda-feira, no
bairro da Ribeira/RN, por volta das 13:00 hs, quando
recebi um chamado de uma suposta mulher de nome
Raquel, que pedia uma corrida com destino ao bairro
de Pajuçara na Zona Norte de Natal. Chegando no
local de partida, aguardei por volta de 01 minuto,
quando saíram de uma casa simples, 02 (dois)
jovens de aproximadamente 20 anos, com capacetes
na mão, cada um com o seu, e, entraram no carro,
sem cumprimentos, confirmei o nome da solicitante e
um deles confirmou que era sua irmã.
Seguimos com destino ao bairro de Pajuçara e os
dois jovens já iniciaram uma conversa relatando seus
feitos de crimes cometidos na noite anterior.
O Perigo Mora ao Lado
Página 01/06
Quando identifiquei que se tratavam de jovens
deliquentes, fiquei apreensivo pelo destino que me
aguardara, mais segui sem maiores alardes,
confiando em D’us.
Durante o percurso falavam das brigas que tiveram
na noite anterior, da forma que abordaram um ônibus
coletivo, à pedradas, objetivam acertar componentes
da gangue rival, e até da tentariva vil de passar com
um veículos por cima de um desses integrantes
inimigos que estava caído em uma das vias
principais.
E, a conversa continuava sem nenhum
constragimento com a minha presença, permeada
por uma linguagem usual própria, cheia de gírias e
vícios de linguagem.
Relatavam, com uma certa ira, os tiros que sua
turma desferiram contra o grupo rival e que não
atingiram ninguém.
O Perigo Mora ao Lado
Página 02/06
Em um determinado momento, lebraram do
pagamento da corrida e que ela deveria ser paga
pelo lider do grupo, pois, quando eles eram de um
outro grupo, a liderança bancava seu transporte e
despesas sem maiores problemas. Mandaram áudios
para outros integrantes e pediram que mandassem
pixels para ajudar na corrida.
Até o momento que chegamos no local de destino,
que ficava no meio de uma travessa, mais pediram
que eu não entrasse, pois, não precisaria.
Cometaram, na linguagem deles:
-E aí coroa, quanto deu a corrida e você recebe
pixel? -Perguntou o mais novo deles.
-A corrida já foi paga no cartão. -Respondi aliviado.
-Já foi paga? -Perguntou novamente.
Já foi sim. -Respondi.
O Perigo Mora ao Lado
Página 03/06
E o mais novo comentou...
-É umas conversa, né motor?
-Fica tranquilo, tá tudo certo.
-Vai com deus.
Tomei liberdade e disse:
-Tenha juízo meninos, vocês tem uma vida pela
frente, aproveitem...
Saí aliviado e com a sensação de ter tido um
grande livramento. Agradeci a D’us, por não ter me
acontecido nada. E seguir para a próxima corrida.
O Perigo Mora ao Lado
Página 04/06
Aprendizado: Poderia ter julgado, com base no que
ouvi durante todo o trajeto, que de fato esses jovens
eram totalmente maus e que estavam prontos a fazer
maldades a qualquer um que cruzasse o seu
caminho, mas, presenciei primeiro um aliciamento
por conta de poder ou vantagens no grupo. Segundo,
eles queriam mostrar aos demais uma coragem que
pudesse colocá-los em destaque no grupo. Terceiro,
que eles são totalmente produtos do meio que estão
inseridos.
Portanto, são jovens que, de alguma maneira,
podem ser trabalhados, recuperados e
ressocializados, se houverem programas específicos
para restauração cognitiva, daqueles pontos que
pederam no caminho, alinhados com atividades
produtivas adequadas a cada perfil.
O Perigo Mora ao Lado
Página 05/06
NOTA: Eu, particularmente, não conclui essa viagem,
acreditando que não tem jeito para essa juventude
perdida, pelo contrário, faltam ações efetivas de
enfrentamento social para transformar o futuro
desses jovens, com objetivo de obtenção de um
resultado social mais positivo, contráriamente ao que
enfrentamos hoje pelo abandono social dessas
comunidades.
“Vamos seguir em frente, com um olhar mais voltado
ao social...”
Portanto, são jovens que, de alguma maneira,
podem ser trabalhados, recuperados e
ressocializados, se houverem programas específicos
para restauração cognitiva, daqueles pontos que
pederam no caminho, alinhados com atividades
produtivas adequadas a cada perfil.
O Perigo Mora ao Lado
Página 06/06
OPINIÃO PESSOAL
Diante de tantas estórias de medos, superações,
barreiras, amores, desamores, alegrias, tristezas e
todas as sortes de sentimentos que permeiam os
corações humanos, temos que ter a consciência de
que poderemos, sim, desenvolver um “papel” social
importante na vida do nosso próximo, entendendo
que o “homem” é um ser totalmente social e que
precisamos contar uns com os outros, com a
coerência de entregarmos ao nosso próximo o que
há de melhor em nós, e, absolvendo deles, o que há
de melhor neles. Assim, entenderemos que
poderemos juntos alcançar uma sociedade mais
homogênea, justa, solidária e completa. Sem tantas
diferenças sociais, culturais e econômicas.
Tal ideia pode até parecer utópica, mas é possível,
se tomarmos como base o manual do fabricante, que
é a Torá de D’us que foi entregue ao homem para
guiá-lo.
Wellington Pribeiro.
Conclusão
Amar é entender que somos dois
indivíduos que decidiram
compartilhar uma estória em
comum.
Wellington Pribeiro.

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  • 2. Sobre o autor Wellington Pereira Ribeiro é Administrador de Empresas, por formação, com especialização em O&M, formado no Estado de Pernambuco, em 1992. É divulgador da Cultura Bnei Noach / Judaica. Ex-Católico, Ex-Espírita, Ex-Evangélico, escritor, está atualmente como motorista da Uber, com 5.475 corridas em 10 meses. Praticante dos princípios da Cultura Judaica, através dos conhecimentos do Judaísmo Ortodoxo. Estudou presencialmente em SP com Rabinos ortodoxos. Compartilha seus conhecimentos em conferências, workshops e publicações, com o objetivo de disseminar informações sobre a cultura judaico /Bnei Noach (Filhos de Noé) no Brasil. Seu compromisso é ajudar pessoas a alcançar uma vida mais equilibrada e significativa, com base nos princípios eterno da Torá.
  • 3. Sumário Resgatando um Relacionamento. Chamado de D'us. Superando a Dor. Visão de Futuro. Casal de Turista Desistindo de um Sonho Uma Jovem de Coragem Superando Limites Turistas Mal Intencionados O Perigo Mora ao Lado Conclusão 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11.
  • 4. Prefácio NOTA DO AUTOR Esse livro nasceu da necessidade de mostrar ao leitor que podemos, exercendo qualquer atividade relacionada com pessoas, influenciar positivamente o outro com nossas experiências de vida, com aconselhamentos pontuais, objetivando tirar a pessoa de um "sentimento ruim", desviando seu foco ou simplismente emprestando o ouvido para um simples desabafo. Contudo, estaremos diante de uma situação nova que requerirá de nós o despreendimento para observar o outro e podermos, através dessa oportunidade, contribuir, nessa interação, com uma ajuda que poderá fazer "toda a diferença", evitando muitas vezes uma trajétida anunciada, simplesmente pela sensibilidade e disposição para ouvir o outro com empatia e falar o que D'us colocar em nosso coração.
  • 5. Prefácio NOTA DO AUTOR Os nomes apresentados nesta obra, não representam os verdadeiros nomes dos personagens, para preservação de suas identidades originais, mais as estórias, fatos narrados e lugares, são a expressão da realidade dos fatos ocorridos na ocasião e aqui relatados em sua totalidade verídica. Esperamos que esta obra venha a ajudar as pessoas na construção de valores pessoas, familiares e sociais, fundamentando a percepção de que somos todos seres sociais e, portanto, precisamos contar uns com os outros nessa jornada que é a vida. Gratidão à todos que contribuíram na construção direta e/ou indireta desse material, e, a você leitor, que prestigia com seu tempo e atenção as estórias contidas neste livro. " Viaje conosco nessa jornada que é a vida. " Wellington Pribeiro.
  • 6. Resgatando um Relacionamento " Iremos relatar a estória de uma jovem recém casada e cheia de vida, que estava prestes a perder seu casamento apenas por imaturidade na relação. Acompanhe conosco essa viagem..." Era uma ensolarada manhã de domingo, por volta das 9:00 hs, em uma comunidade do bairro da Redinha, próximo à praia, quando recebi um chamado para um trecho de difícil acesso, mas, como não desisto de nenhuma corrida, segui, era uma área que ainda não tinha ido, pra mim era uma novidade. Segui pelas ruas esburacadas da comunidade, beirando um corrego de rio, por aproximadamente 5 minutos, passei por um campo de várzea, que estava tendo jogo com os moradores locais, até que cheguei a casa da passageira, que segundo o aplicativo, se chama Cristina, era uma casa pequena, mal construída, simples, mas, aconchegante. Página 01/08
  • 7. Aguardei por volta de 2 minutos em frente a sua casa, quando após esse tempo sai uma jovem, se despedindo de seu pai com alegria e entra no carro no banco traseiro ao centro. Me deseja um bom dia, e, eu lhe dou as boas vindas com um sorriso. Notei que seu semblante estava meio decaído, mais como de costume, mantive minha discrição, até que após aproximadamente uns 12 minutos de viagem, que duraria em torno de 45 minutos, ela puxou um assunto, dizendo... -Como o dia está quente não é ? -disse Cristina. Respondi, dizendo: -É verdade, espero que continue assim, pois, é um dia de lazer e muitos irão à Praia... -Respondi com alegria. -Pena que pra alguns não é um dia tão feliz.-disse Cristina. -Por que ? - Perguntei. Resgatando um Relacionamento Página 02/08
  • 8. Resgatando um Relacionamento Página 03/08 Ela meio tristonha disse: - Estou indo à casa de minha irmã, separar algumas coisas, para dar andamento a minha separação. - disse Cristina com os olhos lacrimejando. -Como você tão nova e cheia de vida está se separando? - Perguntei. -Acredito que eu sou culpada pela minha separação, pois, sou muito possessiva com meu marido. -disse ela arrependida. E, continuando o desabafo, revelou os motivos. -Todas as vezes que ele vai jogar com os amigos, eu ficava ligando pra ele, perguntando onde estava, com quem, se tinha alguma mulher junto, se estava bebendo, uma enxurrada de perguntas, mais o intuito era de proteger nosso casamento. -dizia Cristina. E, continuou...
  • 9. -Notava que quando ele chegava em casa estava com o rosto fechado, chateado, e eu continuava as perguntas... Porque está assim? Só está feliz quando está com seus amigos? Você não tem prazer comigo?, e, etc... e ele começava a esbravejar, não sei porque, se o culpado era ele, que ao invés de sair comigo, preferia os amigos. -dizia Cristina. -Estou indo, também, a igreja que ele vai para falar com o pastor e pedir que intervenha e fale com meu marido para tirar da cabeça essa ideia de separação, pois, já orei a deus, choro todos os dias "nos pés do senhor" para meu marido voltar, pois, ele está dicidido a separar de mim, não querendo mais me ver..., dizia chorando Cristina. -Quanto tempo faz que iniciaram essa brigas mais sérias? - Perguntei a Cristina. -A quase 1(um) ano, mas, decidiu me deixar à 2(dois) meses.- disse ela. Resgatando um Relacionamento Página 04/08
  • 10. Resgatando um Relacionamento Página 05/08 Observei que o discurso de Cristina tinha uma carga excessiva de ciúmes, misturada com rancor pelo esfriamento da relação, não tinha ainda informações suficientes para tecer nenhum pensamento de juízo, apenas poderia aconselha-la com base em sua tristeza, apontando alguns pontos que ela mesma descreveu. Mais notara que ela sempre acreditou que o marido jamais tomaria esse tipo de atitude de separação, pois, senti nela muita autoconfiança e arrogância na relação, através de alguns sinais que ela mesma apresentou durante a sua fala... Por isso, que a dor nela é maior. Perguntei a ela se poderia dar minha opinião e ela pediu, por favor, para aconselha-la. Comecei dizendo... -Fui dirigente de congregação evangélica por um pouco mais de 2 anos e acompanhei alguns casais em crise. -disse.
  • 11. Resgatando um Relacionamento Página 06/08 -E já vi casos como o seu...-disse. E no mesmo instante pensei nos 2(dois) últimos relacionamentos que vivi, que também, foram disolvidos por falta de diálogo franco e por total falta de paciência em entender o momente do outro. -A questão é a seguinte: Vocês tem filhos? e Você ainda ama seu marido? -Perguntei. -Não temos filhos e Sim, o amo muito.-disse Cristina. -Você já se relacionou com alguém fora do casamento, em algum momento? -Perguntei. -Não, nunca e pelo que eu sei, meu marido também não. -disse Cristina. -Você está disposta a fazer qualquer coisa pelo seu casamento? -Perguntei. -Sim, qualquer coisa. -disse ela. -Então Cristina, você deve lutar com todas as suas forças para reconquistar seu marido, mas, primeiro você tem que rever todos os seus comportamentos, e mudar aqueles, que você já sabe, que comprometeram a sua relação. - disse a ela com convicção.
  • 12. Resgatando um Relacionamento Página 06/08 E ela me perguntou... -Como eu sei o que devo mudar? - disse Cristina curiosa. -Você já sabe, aí dentro de seu coração, o que você precisa mudar, você mesma começou relatando pra mim o que ele(seu marido) não gosta em você. -disse a ela lembrando. -Faça 2(duas) lista com bastante calma. Em uma lista relacione tudo que você acredita que ele não gosta em você, ou, coisas que você faz que o entristece ou o aborrece... Em outra lista, relacione tudo que você sabe que o alegra e que dar prazer a ele ver você fazendo... Esqueça o seu orgulho ou vaidade, pois, o que está em jogo é o seu casamento e a sua família. Comece a cumprir cada linha da lista das coisas que ele gosta em você, e, comece a eliminar da sua vida as coisas que ele não gosta, mesmo que você acredite que esteja certa. "Engula esses sapos em favor do seu amor por ele." - aconselhei-a.
  • 13. -Mais ele está na casa da mãe dele, não quer voltar pra casa. -disse Cristina. -Explique toda a situação à sua sogra, peça a ajuda dela, e, cumpra todos os itens da sua lista na casa de sua sogra, pedindo a ela que deixe claro à seu filho que foi você que preparou as coisas dele de forma voluntária. Garanto que isso amolecerá o coração dele. -disse com entusiasmo. -E tem mais, na primeira oportunidade que ele te der, desculpe-se com ele, diga-lhe que se arrependeu por tudo que você fez, relacione cada item pra que ele veja que você resignificou tudo de negativo na sua relação, e, peça uma nova chance... E, continue o processo de mudança junto com ele. "Tenha paciência e comece todo o processo pedindo a D'us que a ajude, em suas orações, e vai dar tudo certo. Acredite. -disse a Cristina com fé. Resgatando um Relacionamento Página 07/08
  • 14. Ela muito animada me agradeceu, dizendo que iria fazer "a partir de agora" e a viagem chegou ao seu destino. Acertou a corrida, e, se despediu com um belo sorriso no rosto, que me fez ganhar aquele domingo. Segui, então, para a próxima corrida... Resgatando um Relacionamento Página 08/08
  • 15. " A estória que iremos relatar ocorreu em um horário noturno, em meio a uma comunidade de baixa renda e em um trecho com risco de vida. Acompanhe conosco essa viagem..." Era uma noite de Sábado, por volta das 23:00 hs, quando decidi me recolher encerrando a noite, pois, não costumo "rodar" na madrugada, foi quando recebi um chamado e decidi atender para finalizar a noite. Percebi no decorrer do trajeto que a corrida partiria de uma comunidade do bairro da "Redinha velha" (classificação dada pelos moradores para uma área praiana mais antiga do bairro). Ainda não conhecia essa área, pois, nunca tinha recebido nenhuma chamada para aquela localidade, no entanto, na entrada da comunidade fiquei meio apreensivo, pois, a entrada que o GPS me indicava era em uma travessa muito estreita que mal cabia o carro e com pouca iluminação no final da travessa, mas, fui mesmo assim... Chamado de D'us Página 01/04
  • 16. Passei por alguns becos sem calçamento, com valas abertas para escoamento de águas, passei por travessas com trechos que só cabiam mesmo o carro, sem espaço nem mesmo para um eventual retorno, mais continuei seguindo, observei que tinham alguns homens que bebiam e fumavam, e, que me olhavam meio desconfiados, sem saberem o que eu estava fazendo alí, até que chegando ao destino determinado, ví que não tinha ninguém e fiquei meio apreensivo, pois, não sabia o estava acontecendo... Peguei outras travessas em direção a avenida principal do bairro e consegui sair daquela situação difícil, mas, não cancelei o chamado e nem desliguei o aplicativo, alguma coisa no coração me dizia para esperar na avenida, esperei na saída da comunidade por volta de 2(dois) minutos, que pra mim foram os mais longos da minha vida. Chamado de D'us Página 02/04
  • 17. Aguardando, não sabia o quê, recebi via Whatsapp do aplicativo da plataforma um recado do usuário solicitante, me pedindo encarecidamente para entrar novamente na comunidade, me indicando outros pontos de referência para o encontro, falei com D'us e entrei novamente passando pela mesma situação anterior de medo e apreensão. Cheguei ao ponto combinado, quando saiu por detrás de uma casa mal acabada e sem rebocos, uma senhora grávida de aproximadamente 08 meses, com uma criança enferma nos braços e uma outra criança puxada pela mão, junto com seu marido, que portava algumas bolsas de bebê, vindo ele ao meu encontro primeiro, me agradecendo antecipadamente dizendo: -Muito obrigado motorista, pois, estou com meu filho ardendo em febre e já pedi um carro para vários aplicativos e todos cancelam a corrida quando chegam na entrada da comunidade e o senhor foi o único que aceitou, foi D'us que lhe mandou. Chamado de D'us Página 03/04
  • 18. -Muito obrigado. -Agradece Paulo (o marido). -Não precisa me agradecer Paulo, fiz apenas o meu papel, mas, vamos correr para o hospital. -disse alividado. Chegamos ao hospital e aquela família não parava de agradecer a deus e a minha aceitação da corrida. A criança foi prontamente atendida, fiquei com aquela sensação de dever cumprido, sabendo, agora, o porque daquela espera que tive. Após sair do hospital, desliguei imediatamente o aplicativo e fui pra casa feliz e aliviado por não ter me acontecido nada de mal. Agradeci a D'us por tudo e fui descansar. " Não tive mais nenhuma notícia daquela família, mas, tenho certeza que estão guardados por D'us. " Chamado de D'us Página 04/04
  • 19. " A estória a seguir retrata o sofrimento de uma professora de música que contraiu um cancer no intestino e que tentava superar a dor através da música. Acompanhe conosco essa viagem..." Era uma tarde de terça-feira, por volta das 13:00 hs, quando recebi pelo aplicativo um chamado de viagem que tinha como ponto de partida a LIGA CONTRA O CÂNCER no bairro Nossa Senhora de Nazaré/RN, entidade que trata de paciêntes acometidos pelo câncer. Doença esta, que levou minha mãe, após ter se espalhado por todos os órgãos dela. Como eu passava próximo do local de partida, aceitei a corrida meio à contra-gosto, pois, os sofrimentos dos paciêntes me traziam lebranças desagradáveis dos sofrimentos que minha própria mãe passara... Chegando ao local me deparei com uma jovem senhora de aproximadamente 40 anos que chamaremos de Ana. Desejei a ela as boas vindas e a cumprimentei cordialmente. Superando a Dor Página 01/08
  • 20. Ela com um sorriso no rosto retribuiu os cumprimentos, e entrou no veículo com dificuldades, trazendo consigo um teclado elétrico. Perguntei, puxando assunto pra quebrar o gelo do lugar: -A senhora é D. Ana? -indaguei. -Sim. -Respondeu ela. -Opa, já ví que vai ter festa. -Brinquei. Ela sorriu e começamos uma conversa. -Esse é um dos meus instrumentos de trabalho, pois, sou, ou, tento continuar sendo, uma professora de música. -Disse ela com um ar de tristeza. -Tinha uma frase que minha amada vó me dizia, que “quem é rei, nunca perde a majestada”. -disse a ela meio saudosista. E ela confirmou afirmando positivamente. Superando a Dor Página 02/08
  • 21. Foi nesse momento que Ana começou a contar a sua estória. -Sempre, desde pequena, gostei de música, pedi ao meus pais ainda com 15 anos para que eu pudesse estudar música para me tornar uma maestrina, que era o meu sonho, eles sempre me incentivaram e comecei a estudar, com professores particulares, quando dava, até que fiz a faculdade de música. Foi uma alegria só. A realização de um sonho... -Comecei aos poucos lecionando aulas de violão e teclado para alguns poucos alunos, mas, por falta de recurso suficiente tive que trabalhar em comércio para me sustentar, mais nunca desistir de lecionar. -Fui trabalhando e conciliando com as aulas, por vários anos, até que após sentir algumas dores abdominais, fui fazer alguns exames, que achava que seriam de rotina, quando constatei que era um câncer. Superando a Dor Página 03/08
  • 22. -Meu mundo desmoronou e entrei em depressão profunda, pra mim a vida tinha acabado. -Disse Ana com tristeza. -Iniciei os tratatamentos por volta dos meus 30 anos e lutei com todas as forças que tinha para me livrar dessa doença maldita. -Disse Ana com raiva. -Fiz tudo que tinha pra fazer, até passei por um procedimento cirúrgico para retirada de parte do intestino desgado, fique praticamente curada e feliz por não ter que continuar tal tratamento tão desgastante. - Disse Ana. -Mais à aproximadamente 5 anos as dores voltaram e fui fazer novos exames, quando foi constatado a metastase (disseminação da doença para outros órgãos) e começou novamente a minha luta...-Disse Ana com tristeza. -Só que agora a luta foi perdida, pois, segundo os laudos médicos que tenho, não adianta mais fazer nenhum tipo de tratamento, pois a doença se alastrou para outros órgãos. -Disse Ana tristonha. Superando a Dor Página 04/08
  • 23. -Agora convivo com dores cada vez maiores em alguns órgãos e tenho dificuldade de locomoção, pois, as pernas também doem muito. Estou esperando só a morte. -Disse Ana. Diante de tudo que ouvi, tentei injetar um melhor estado de ânimo. Dizendo... -Ana, eu sei que conviver com essa doença, não é fácil, pois, minha mãe, também, teve câncer generalizado e me recordo que só vivia à base de morfina até a morte, mas, ela me deixou algumas lições que gostaria de te passar...-Disse a ela animado, quebrando a áurea de tristeza. -Eu não morava com ela na ocasião, e sim em outro estado, mais nas vezes que a visitei, sempre, ela estava com um sorriso no rosto, misturado com as dores causadas pela doença. Superando a Dor Página 05/08
  • 24. -Me dava sempre palavras de ânimo dizendo que tudo aquilo iria passar mais ela não desistiria da vida, pois, estar com quem ama (seus familiares) era mais relevante do que as dores que sentia. -Que não importa o que aconteça, viver é muito melhor, mesmo com dores, pois, as dores viraram parte dela, ficando mais suportáveis. Continuei dizendo... -Sei que as limitações da doença causam falta de ânimo até para viver, causam pensamentos ruins de morte, mas, diante do que vivi com a situação de minha mãe, aprendi que temos que aproveitar o tempo que nos resta fazendo as coisas que nos dão prazer, no seu caso, a música, toque seus instrumentos com o mesmo fervor da época que você tomou a decisão de estudá-los, ensine o máximo de pessoas que você puder, mesmo que de graça, pois, o teu prazer pela música será difundido pelas vidas que você ensinou. Superando a Dor Página 06/08
  • 25. -Nunca maldiga a sua condição, ou, limitação, pois, você teve a dádiva de D’us de encontrar a missão de sua vida, que é a música, enquanto tem tanta gente que passa pela vida e nunca descobrem o seu propósito, e, nunca tem prazer verdadeiro em nada. -Acredite sempre em milagres, pois, eles existem e podem te pegar no caminho, enquanto você estiver se mexendo, fazendo o que gosta e deixando as pessoas felizes com a sua música. Eu particularmente acredito em milagres... -Disse esperançoso. -Então Ana, não perca mais tempo, se lamentando ou murmurando, divulgue até na internet a tua paixão, se tiver que fazer o “passamento”(morrer) que seja tocando um instrumento com alegria. Pois, o teu legado ficará nas vidas das pessoas que conheceram a sua paixão. Superando a Dor Página 07/08
  • 26. Chegamos então ao destino de Ana, que era a casa de uma grande amiga, cujo filho aprendia teclado com ela. Ela agradeceu os conselhos que recebera, desceu do carro com certa dificuldade, mas, com um semblante mais contente e animado, dizendo que iria adotar os conselhos na sua vida. Espero em D’us que ela esteja mais feliz, e fui para a próxima viagem... Superando a Dor Página 08/08
  • 27. “ Nossa próxima estória relata a visão de um jovem de 15 anos que mesmo com pouca idade, já projeta o futuro que deseja e já se move nessa direção. Acompanhe conosco essa viagem..." Era uma noite de Sábado, aproximadamente 21:00 hs no bairro de Nossa Senhora da Apresentação, zona norte de Natal, com destino à uma área rural de Genipapu, quando chegueio ao ponto de origem, observei que era um jovem que sai de dentro uma casa simples, mais, com uma voz posicionada e firme, de forma educada me cumprimenta adequadamente, retribui o comprimento, e dou as boas vindas a ele com alegria. Pois, ví nele um jovem promissor... -Olá, tudo bem, seu nome é João? Perguntei. -Sim, sou o João, senhor Wellington. Observei que ele é um rapaz observador, pois, me cumprimentou pelo meu nome, que observara no aplicativo. Visão de Futuro Página 01/06
  • 28. Ví que valeria a pena iniciar um diálogo. -Você estuda João? -Comecei perguntando. -Sim senhor Wellington, estudo no 2 ano do ensino médio, e, faço um cursinho preparatório. -Respondeu -Pretende fazer o que depois que concluir os estudos? -Perguntei. -Eu não desejo fazer faculdade, pretendo empreender, pois, acredito que terei mais sucesso na vida empreendendo. Fiquei surpreso pela resposta, pois, atualmente a grande maioria dos jovens não tem perspectiva de futuro, apenas que desejam trabalhar, mas, sem saberem em quê. E, aquele jovem quer fazer algo fora do sistema social definido. Busquei colher mais informações com aquele jovem. Visão de Futuro Página 02/06
  • 29. -Você deseja empreender em quê? -Perguntei. -No Marketing Digital. -Respondeu. -Não sei se você já sabe mas no Marketing Digital tem mais de 20 atribuições que compõe o processo de contrução digital. -Frisei. -É verdade, mais eu estou estudando os métodos que fazem o digital para escolher o caminho a seguir, Falou com alegria o João. -Que bom que você está estudando as ramificações do mercado digital, pois, são muitas. -Repliquei. -O importante João, é você aprender os conceitos divididos em 02 partes, primeira, aprendizado teórico de todas as ramificações do Marketing, e, segundo, a prática imediata em cada área, pois, você fixará a informação com mais consistência. Estudando e praticando, sempre. Visão de Futuro Página 03/06
  • 30. -Quando você estudar o Marketing Digital divida os assuntos por módulos, juntando todas as informações do mesmo assunto e após a compilação, observe quais métodos práticos você pode adotar daquele tópico, e, pratique, pratique e pratique, isso fará toda a diferença. -Aconselhei. -Tem alguns cursos na internet que já tem muitos desses módulos já compilados, você tem que compara-los e analisar qual o mais completo com baixo custo, necessariamente você terá que fazer um investimento, pois, os materiais gratuitos são muitos dispersos. Invista que valerá a pena e abreviará, e, muito seu processo de aprendizado. -Tenha dedicação no aprendizado e na prática e não desista nunca de seu propósito, pois, somente com a perseverança você alcançará a consistência necessária para fazer o seu negócio se consolidar. Visão de Futuro Página 04/06
  • 31. O jovem João escutava cada conselho com muita atenção, confirmando positivamente que entendera cada conceito. Existia ainda uma dúvida importante que incomodava o jovem. -Como vou conseguir comprar o curso se não tenho recurso e nem minha família? Perguntou. -João, você acabou de afirmar que será um empreendedor, portanto, conseguir o recurso será o seu primeiro empreendimento. Faça pequenos trabalhos para seus colegas de turma em troca de recursos, se disponha a lavar carros, fazer limpezas de terrenos, etc, até conseguir o primeiro recurso, depois transforme o recurso em produtos e venda, continue reinvestindo em novos produtos e sempre separando uma parte para seu curso, garanto que você gostará e se acostumará a fazer dinheiro e não parará nunca mais. NÃO PEÇA, CONQUISTE ! Visão de Futuro Página 05/06
  • 32. O jovem empreendedor agradeceu pelos conselhos e desceu feliz no seu destino, vislubrando um mundo de possibilidades. Tenho certeza que esse jovem dará certo e será um grande homem de sucesso, pois, com pouca idade já tem uma visão de futuro. Segui para a próxima corrida com alegria. Visão de Futuro Página 06/06
  • 33. “ A estoria a seguir trata de um casal comum de turistas e sua filhinha, mas, com um espírito desbravador, sem saber. Acompanhe conosco essa viagem...“ Era uma manhã chuvosa de sexta-feira, por volta das 9:00 hs, quando recebi um chamado para atender uma senhora de nome Amanda, no bairro de ponta-negra, zona sul da cidade do Natal, em um hotel próximo do “morro do careca”, um dos cartões postais de maior relevância da cidade. Chegando ao hotel me encontrei com a senhora Amanda, que me aguardava juntamente com seu marido, de nacionalidade francesa, e, sua filha de 10 anos. Cumprimentei-os com alegria, e, ela entrando no carro já puxou um assunto, interagindo... Casal de Turistas Página 01/06
  • 34. -Wellington, cadê o Sol ? Perguntou. Dei um risada e disse: -Não se preocupe, ele está à caminho, me mandou primeiro. Respondi divertidamente. Amanda continuou a conversa... -Nos disseram que esta cidade era a terra do sol, e, desde a segunda-feira dessa semana, quando chegamos, o Sol somente apareceu por algumas horas e até agora nada, não pude nem ir a praia ainda, pois, tem chuvido todos os dias. Reclamou Amanda confirmando com o marido. Eu disse: -Parece que hoje vocês vão ter a oportunidade de sentir um pouco do calor de nossa terra. Casal de Turistas Página 02/06
  • 35. Disse Amanda: -Esperamos a semana inteira por isso, acreditamos que hoje vai dar certo... Observei que eram turistas brasileiros e perguntei de qual estado eles vieram. -Eu e nossa filhinha somos do Estado do Maranhão, e, meu marido é francês. -Amanda respondeu. -Só que moramos em Belém do Pará. -Continuou. -Tive a oportunidade de conhecer Belém e a região metropolitana em alguns meses que passei trabalhando naquela região. - Disse eu saudosista. -Que bom Wellington que você conheceu Belém, pois, gostamos muito de lá. -Disse Amanda. Conversamos muito sobre os costumes da região, sua culinária peculiar e os fenômenos naturais do lugar. Casal de Turistas Página 03/06
  • 36. Durante a “corrida”, observei que o destino registrado ficava em uma região arriscada para eles como turista, sem grupo e sem guia, e, perguntei. -Você conhecem o lugar que estão indo? -Não conheço. -Amanda respondeu. -Por que você colocaram esse destino. -Perguntei preocupado. -Porque, foi o que encontramos procurando por um centro cultural. -Respondeu Amanda. -Não aconselho que vocês vá a esse lugar, pois, é uma região próxima de uma comunidade que tem um histórico de furtos e roubos à turistas desavisados. Posso dar a vocês algumas sugestões? - Perguntei. -Claro que sim, por favor nos indique...-Amanda exclamou animada. -Existe, próximo daqui, um Centro Cultural tradicional que voês vão adorar..., e, próximo ao Centro Cultural tem uma feirinha de artesanato que vocês vão gostar muito, e, que dá pra se deslocarem à pé, com segurança. -Indiquei animado. Casal de Turistas Página 04/06
  • 37. Apresentei o roteiro de deslocamento do Centro Cultural para a feirinha de artesanato, à medida que nos deslocava-mos pelo trajeto de chegada ao centro. Mostrando a eles as áreas mais seguras. E, sugerindo outros lugares que eles poderiam visitar, incluindo programações adequadas à sua filhinha. Ficaram bastante gratos pelas indicações e pelo cuidado que tive de não deixa-los se exporem em ambientes com pouca segurança. -São poucos motorista que tem esse preocupação que o senhor teve conosco. Muito obrigada. -Disse Amanda agradecida. -Não fiz nada à mais que uma pessoa de bom senso não faria... -Respondi. Ainda mais por terem todas as características de turistas e por não conhecerem a cidade que estão. Casal de Turistas Página 05/06
  • 38. Deixei aquela família na entrada do Centro Cultural que sugerí, informando-os que aquele centro tinha sido no passado uma cadeia pública e agora totalmente revitalizada. E ficaram maravilhados com a informação... Me despedi deles com alegria e segui para a próxima corrida... Acredito que eles fizeram a programação turistica que sugeri, agora com mais segurança e confiança, não obtive nenhuma vantagem material, mas, partí com mais uma sensação de “dever cumprido” na alma. “Gratidão à D’us pela oportunidade de espalhar o bem. “ Casal de Turistas Página 06/06
  • 39. “ Nossa próxima estória relata os fatos contados por uma jovem senhora que desistiu de um sonho simplesmente pelo medo do fracasso. Acompanhe conosco essa viagem..." Era uma tardezinha de domingo, por volta das 17:00 hs, quando recebi o chamado para uma corrida do bairro de Santa Rita (Extremoz), em um perímetro rural próximo à praia. em direção a uma praça com um parque de diversão instalado, em um percurso de aproximadamente 22 min. Entra no veículo uma jovem senhora muito comunicativa, acompanhada com seus 3 filhos, ainda crianças na faixa de idade média de 12 anos. Todos me cumprimentam cordialmente ao entrarem, mostrando uma boa educação, detalhe, ainda hoje tem pessoas que não cumprimentam mesmo sendo cumprimentadas..., mas, vamos deixar pra lá, voltando à nossa estória... Desistindo de um Sonho Página 01/08
  • 40. Vamos chamá-la de Sueli, Sueli já entra conversando, dizendo: -Acabei de sair da casa da minha mãe, passamos geralmente os domingos com ela, eu, e, meu filhos, ela gosta muito e agora vamos ao parque de diversões.-disse Sueli animada. -Verdade, para os nossos pais é sempre um momento muito importante, principalmente se eles moram sozinhos. -disse a ela contente. -Ela mora com uma irmã minha e meu pai já é falecido à algum tempo. -disse Sueli meio saudosista. -Então quer dizer que você vai levar os “meninos” para se divertirem no parque? -Perguntei animado. -Vou sim, também para comemorar um dinheiro que ganhei no jogo. -disse Sueli alegre. -Ganhou dinheiro no jogo, como assim? -Perguntei surpreso. Ela sorrio, e, começou a mim explicar... Desistindo de um Sonho Página 02/08
  • 41. -A aproximadamente 2(dois) anos atrás eu trabalhava com bolos de encomenda, salgados e docinhos, tinha um “pontinho” comercial, não era legalizado, mais era organizado, arrumadinho e limpo, e, quando comecei tinha um grande movimento de pedidos de encomendas, mas, como eu era sozinha pra tudo, fabricar, vender, entregar, cuidar da casa, das crianças, pois, meu marido me abandonou por outra, tive que encarar “tudo” sozinha. -disse Sueli com um ar de revolta. E, continuou... -No início foi dando pra se virar, mais com o passar dos dias, ví que não dava conta sozinha e contratei uma ajudante, que melhorou muito o fluxo de trabalho, mais não sobrava dinheiro. -Decidi transferir meu negócio para a minha casa, foi quando começou a complicar o processo, pois, misturava muito as questões doméstica com as comerciais, aí ficou difícil. -disse Sueli. Desistindo de um Sonho Página 03/08
  • 42. -Tive todo os tipos de conflitos da ajudante com os meu filhos, com questões de qualidade, processos de entregas, de encomendas, com alguns prejuízos, etc. -Chegou a pandemia, aí me apavorei com a situação complicada e agora, mais o covid-19. Quando deveria crescer, acabei desistindo. -disse Sueli. -E aí, você foi fazer o quê? -Perguntei curioso. -Fui fazer faxina, virei um peso pra minha mãe, porque ficou difícil de pagar até o aluguel, e fui me virando. -disse Sueli de pronto. -Até que alguns meses atrás descobrir os jogos da bet (site de apostas), que fui testando, aprendendo como funciona, ganhando e perdendo algumas vezes, mais sempre fazendo minha “fezinha”. -Quando foi essa semana, fui apostando e numa “maré boa” fui ganhando e perdendo pouco até que consegui juntar R$ 1.400,00, coisa que nunca pensei que ganharia, aí parei, paguei algumas contas que devia, fiz uma pequena feira e estou aqui indo pra me divertir com meus filhos. -disse Sueli alegre. Desistindo de um Sonho Página 04/08
  • 43. -Foi um presente de deus, pois, Ele sabe o quando estava precisando. -disse grata. -Me diz uma coisa Sueli, e os bolos de encomenda, nunca mais você pensou em voltar à fazer? - Perguntei curioso. -Senhor Wellington, sinceramente, é meu sonho voltar a trabalhar com isso, mais não tenho capital pra investir e ainda tenho medo de não dar conta. - disse Sueli. Foi quando encontrei uma oportunidade para aconselha-la. -Sueli, você gosta mesmo de ser doceira? Perguntei entusiasmado. -Sim senhor Wellington, gosto muito é meu sonho...- Respondeu Sueli. -Então Sueli o que eu observei é que você ama o que faz, que é o ingrediente principal para o sucesso de qualquer negócio, mas, você não tem experiência na gestão de negócios. -Frisei com segurança. Desistindo de um Sonho Página 05/08
  • 44. Ela confirmou dizendo que era verdade. -Primeiramente, eu acredito que você deve sim voltar a empreender como doceira, por você e sua família vão ter muito sucesso, se unidos começarem esse processo juntos. -Segundo, você tem que antes de recomeçar, procurar o SEBRAE e iniciar alguns cursos que eles dispõe, de maneira gratuita, como por exemplo “gestão de negócios”, empreendedorismo, controle financeiro e de fluxo de caixa. Comece adquirindo conhecimento. -Terceiro, ache alguém que deseje empreender com você, que também ame fazer doces e tudo que você faz, para dividir com você o fardo, e capacite-a montando uma metodologia de trabalho. Contrate ajudantes que também amem trabalhar com o que você faz. Nunca contrate ninguém pela necessidade que ela te contar. Comece passo-a-passo. -Disse sugerindo. Desistindo de um Sonho Página 06/08
  • 45. -Não tenha medo de recomeçar, as dificuldades existem que é para agente supera-las e saímos mais fortes e com mais experiências delas. -Comece com o que você tem, e, à medida que você for crescendo em conhecimento e estrutura, e, após esse período é que você fará novos investimentos, vá devagar, NUNCA PARE DE APRENDER e NUNCA DESISTA. -Disse motivando. Ela abriu um sorriso no rosto e ficou pensando, e disse: -Senhor Wellington, estou muito feliz pela injeção de ânimo que você me deu, vou ligar agora para minha irmã, que também gosta de fazer doces, para começarmos juntas esse negócio, e, vou pedir também o apoio da minha mãe. -Muito obrigado senhor Wellington pelas palavras de apoio. -disse Sueli agradecida. Desistindo de um Sonho Página 07/08
  • 46. Nota: As crianças também ficaram muito felizes com a alegria da mãe e apoiaram a idéia. Chegamos enfim ao parque de diversões, que era o destino de Sueli, ela desceu do carro animada com seus filhos, todos se despedindo de mim com muita alegria. Espero que Sueli já tenha começado o seu projeto de negócio e que ela e seus filhos sejam muito felizes. E eu, sigo para mais uma corrida e mais uma nova estória. “Vamos juntos...” Desistindo de um Sonho Página 08/08
  • 47. “Nossa estória trata de uma jovem que não tem medo de obstáculos e enfrenta o que for necessário para alcançar seus objetivos. Acompanhe conosco essa viagem..." Era uma manhã de Sábado, por volta das 7:00 hs da manhã, quando recebi um chamado para atender uma pessoa de nome Elena, no bairro de Ruy Pereira, em um condomínio popular e muito populoso, e, ela perguntando pelo aplicativo se poderia levar um cachorro pequeno em sua caixa própria. Disse a ela que não teria problema. Aguardei na entrada do conjunto de blocos, que ela morava, aproximadamente por 2 minutos, pois, a distância do bloco dela até a portaria levava em média esse tempo de caminhada, ainda mais levando uma caixa com um cachorrinho. Uma Jovem de Coragem Página 01/10
  • 48. Chegou uma jovem aparentando 23 anos, muito comunicativa e alegre, já me cumprimentando com muita cordialidade, retribui os cumprimentos e seguimos viagem. Nós partíamos da cidade de São Gonçalo do Amarante/RN, próximo ao aeroporto e seguíamos em direção à zona Sul, pela via costeira, para o hotel em que trabalhava. Como era um trajeto longo, tinhamos bastante tempo para conversarmos, pois, entendi que ela é uma pessoa que gosta de “trocar idéias”. Comecei perguntando: -Você está indo trabalhar? -Sim, estou, mais antes precisarei deixar meu pet junto com “seu pai”, meu namorado, por isso solicitei uma parada no trajeto para o bairro de ponta negra.- Respondeu. Uma Jovem de Coragem Página 02/10
  • 49. Nesse percurso que demoraria em torno de 40 minutos abordamos diversos assuntos que passaram pela estrutura política do país, até áreas de desenvolvimento pessoal, abordando desde conceitos filosóficos até atividades práticas de mudanças reais de comportamentos. Elena iniciou a abordagem me perguntando quanto tempo eu estava trabalhando de uber, e, afirmei que eu estava uber em um pouco mais de 6 meses na ocasião e como a atividade tem uma volumetria própria ela teria um limite máximo de crescimento e variaria entre esse limite máximo e o mínimo de produtividade, não te dando muita opção de crescimento linear em médio e longo prazo. E perguntei qual a atividade que ela exercia, e, ela respondeu: -Eu sou Recepcionista bilingue de um hotel na Via Costeira, em fase de treinamento, em um período de experiência.-Respondeu com orgulho. Uma Jovem de Coragem Página 03/10
  • 50. -No início foi muito difícil chegar à posição que hoje ocupo, pois, quando cheguei tive que transpor a primeira barreira, a da ambientação, porque o pessoal que já estavam trabalhando, já tinham estabelecido um padrão de convivência e de relacionamento mútuo que não admitiria nenhum novo componente, e, tive que quebrar esse conceito, me estabelecendo pela competência, que “logo de cara”, causou conflito, pois, eu dominava três idiomas, o português nativo, o inglês e o espanhou, e, ainda estou estudando o italiano, fatores estes que nenhum outro tinha.-Frisou Elena. -Que bom Elena, que você tem essa consciência de crescimento, pois, de fato, pra você galgar uma posição mais elevada tem que sair da inércia e move-se em direção ao objetivo. -disse interagindo. Uma Jovem de Coragem Página 04/10
  • 51. -Eu, também, como você, já trabalhei em hotel em Recife, como Controller (Financeiro) e cheguei até a Gerência de dois hotéis, um em Recife e outro em Maragogí (Maceió), e, tive algumas dificuldades pela falta do idioma (inglês). -disse contextualizando. -E, com certeza esses idiomas irão abrir muitas portas pra você nessa atividade hoteleira, pois, há uma grande carência no mercado turístico. -disse encorajando. Elena confirmou positivamente: -É verdade senhor Wellington, pois, dentro desses 03(três) meses que já estou no hotel, pude me destacar pela facilidade que tenho de me comunicar com os hóspedes, e, isso causou muito rancor, por parte dos colegas, mais não me abalou, pois, eu sei aonde eu quero chegar, que passa, também, pelo desejo de assumir a gerência do meu setor. -disse Elena empolgada. Uma Jovem de Coragem Página 05/10
  • 52. -Eu tenho esse propósito tão firmado em mim de crescimento, que já desenvolvi até um projeto de crescimento de hospedagens para o hotel, que envolverá não somente os atendentes, mais também, operadoras e agências de viagens em parceria. Mas, quando disse desse meu projeto para meu gerente, ele me desmotivou, dizendo que, pela sua experiência, não daria certo, notei um certo ar de inveja e recentimento pelo que eu estava tentando apresentar a ele, mais desisti de apresentá-lo. Agora estou tentando encontrar uma oportunidade de apresentar meu projeto ao dono do hotel. -disse Elena animada. Aproveitando o gancho, indaguei: -Elena, me diz uma coisa, você já apresentou seu projeto para alguém do seu ramo de atividade? Ela disse: Uma Jovem de Coragem Página 06/10
  • 53. -Ainda não, somente comentei com algumas pessoas. -disse ela. -Elena, é importante você tomar alguns cuidados... -Eu também já fui sócio de uma agência de viagens e é natural você montar parcerias com empresários do ramo hoteleiro, e, muitas vezes esses empresários assumem o processo e/ou pacotes, deixando de lado seus idealizadores, mantendo-os somente no salário e com uma pequena e mínima participação. -Primeiro, você tem que validar esse projeto, como? Conversando com agêntes de sua confiança, no mínimo 03(três), fazendo os ajustes necessários no projeto. -Segundo, você tem que já firmar um pré-contrato com os agêntes que você deseja trabalhar, estabelecendo o padrão de trabalho em todas as etapas, desde o traslado do aeroporto até os detalhes dos pacotes que serão oferecidos em cada nível escolhido pelo hóspede, bem como, comissionamentos. Uma Jovem de Coragem Página 07/10
  • 54. -Terceiro, quando você for apresentar as sugestões de pacotes para o hotel, todas essas etapas já tem que estarem definidas, formalizando apenas os ajustes finais com o hotel, sendo importante que essa apresentação aconteça apenas no nível de diretoria, para fundamentar a autoralidade do projeto. -Por último, a apresentação de implantação do projeto tem que contar com a presença de todos os envolvidos, e, com treinamentos específicos de cada indivíduo participante do processo de forma exaustiva, para que não restem dúvidas em nenhuma etapa. -disse de forma explicativa. -Muito bom senhor Wellington, não tinha pensado nisso. -disse Elena grata. -Então Elena, revise o seu projeto em todos os detalhes, converse com pessoas do ramo e mãos-a- obra, tenho certeza que vai dar tudo certo. E parabéns pela sua iniciativa. -disse motivando. Uma Jovem de Coragem Página 08/10
  • 55. Chegamos à casa de seu namorado e quem nos atendeu à porta foi sua futura sogra para receber o animal, e seguimos viagem rumo ao hotel que ficava próximo de onde nós estávamos. Ela comentou, também, que seu namorado não a apoiava em suas decisões, e, também, não acreditava em seus projetos, chegando até a zombar. Expliquei a ela que esse tipo de atitude não chega a ser normal, mas, é compreensivo, pois, ele, aparentemente não tem o mesmo nível de disposição e determinação que a dela, e, isso causa nele uma certa frustação e uma diminuição de sua auto-estima como homem. Mais essa situação será ajustada quando vierem os seus resultados... Seja para um fortalecimento da relação, ou, uma dissolução definitiva pela diferença de nível e falta do desenvolveimento profissional do seu namorado. Uma Jovem de Coragem Página 09/10
  • 56. Seguimos em direção ao hotel, a deixei próximo a entrada dos funcionários e ela se despediu de mim cordialmente da mesma forma que entrou no carro, muito feliz, pois, chegara no ambiente que mais amava estar, mas, pensativa. “Acredito que ela irá longe, pois, é muito determinada.” E eu, sigo para mais uma viagem e mais uma nova estória... Vamos nessa...? Uma Jovem de Coragem Página 10/10
  • 57. “A estória a seguir conta os fatos que ocorrem com um jovem que desejava ser professor, e, se deparou com uma doença que tirou sua mobilidade das pernas, obrigando-o a rever todos os seus conceitos. Acompanhe conosco essa viagem..." Era um fim de tarde de uma segunda-feira, quando recebi um chamado de um pessoa chamada Pedro, que ao chegar no local de partida, observei do outro lado da rua, um rapaz de aproximadamente 32 anos, que acenava com uma das mãos, em frente a uma clínica, demonstrando a sua localização, e, a outra segurava um par de moletas e um envelope de exames. Retribui o aceno, e, pedi que aguarda-se, pois, retornaria ao seu encontro para pegá-lo, ele agradeceu e aguardou. Fiz o retorno na via, e, parei em frente dele, que com dificuldades entrou no carro no banco de trás, que eu mesmo afastara ao máximo para lhe abrir mais espaço. Superando Limites Página 01/11
  • 58. Seguimos ao seu destino... Saimos do centro do bairro do Alecrim/Natal e seguimos em direção à Zona Norte da Cidade, pela conhecida “ponte nova” (Ponte Nilton Navarro), percurso, esse, que duraria aproximadamente 40 minutos, em virtude do horário. Senti pelos sinais que o Pedro gostaria de conversar, e, constatei que ele desejava de fato desabafar e estimulei esse desabafo. Perguntando: -E aí Pedro, estava numa consulta de rotina? - Perguntei, puxando um diálogo. -Pois é, senhor Wellington, estou decepcionado com os serviços do meu plano de saúde e vou cancelá-lo, é muito deficiente e de má qualidade. -disse Pedro indignado, e, continuou... Superando Limites Página 02/11
  • 59. -As poucas vezes que precisei tive aborrecimento, pra o senhor ter uma idéia, a aproximadamente 01(um) mês atrás, tive, durante uma noite de sono, um deslocamento, acredito, no maxilar, que tem me causado muitas dores, não somente na mastigação, mais também, durante a fala, por conseguinte não consigo mais abrir a boca como abria anteriormente. -Procurei a assistência médica de meu plano e me indicaram fazer a solicitação de autorização para um especialista pelo aplicativo, após inúmeras tentativas, consegui fazer a solicitação, mais fui orientado que após receber o número da autorização, teria eu que ligar para uma central para autorizar, com o código de autorização, a esperada consulta. -Liguei, também, inúmeras vezes, ficando por muito tempo ouvindo somente a “musiquinha”, sem nenhum atendimento... Por muito tentar, conseguir agendar o atendimento para semanas depois. Superando Limites Página 03/11
  • 60. -Quando chegou o dia da consulta o médico olhou meu maxilar e me indicou fazer fisioterapia maxilar, e, passou alguns analgésicos para quando eu tivesse dores. Achei um absurdo, mas, como não tenho recurso suficiente para estar com o fisioterapeuta 3 vezes por semana, pagando Uber, estou fazendo, através de vídeo da internet, a fisioterapia em casa. - disse Pedro, com indignação. -E tem dado resultados? Perguntei. -Acredito que sim, pois, tenho sentido menos dores e estou abrindo mais a boca, graças a deus, principalmente porque sou professor e preciso me comunicar. -Você é professor?, que bom, notei pela forma de você se expressar. -Indaguei. -Sim, sou professor de português. Superando Limites Página 04/11
  • 61. -E sua deficiência dificulta a sua atividade profissional? Perguntei curioso. -Senhor Wellington a estória é longa, mais temos tempo...-Respondeu animado. -A 2 (dois) anos atrás, tive uma paralisação repentina dos movimentos das pernas, e, entrei em depressão, pois, acreditei que tinha uma doença degenerativa. -Procurei, na ocasião, por vários médicos, tentando encontrar a causa e não tive sucesso, pois, ninguém descobria o que estava acontecendo comigo. -Até que um desses médicos me indicou um colega, que também era professor universitário, em um hospital de referência em Natal, que poderia me ajudar, paguei uma consulta com ele, e, ele me examinando, foi logo dizendo: Superando Limites Página 05/11
  • 62. -A sua doença é rara, e é no sistema nervoso da coluna, você terá que fazer alguns exames para precisar a causa da paralisação, e assim, marcaremos a cirurgia. -disse o médico/professor animado, convocando até alguns alunos para acompanharem a cirurgia desse caso raríssimo. -Fiz todos os exames solicitados, e, entreguei-os ao médico para analisa-los, após a sua apreciação, o médico constatou que a lesão era pequena para uma cirurgia, podendo vir a ser mais traumático passar por um procedimento cirurgico. E ele descartou a possibilidade de cirurgia. -Apartir das análises dos exames, esse médico mudou totalmente o seu comportamento comigo, não me dando mais nenhum tipo de atenção e dissendo que eu fosse procurar me tratar. -Perguntei a ele como?, e ele disse que eu desse meu jeito, pois, só poderia ajudar até ali. Superando Limites Página 06/11
  • 63. -Fiquei indignado, e, comecei a dizer à ele tudo que eu achava sobre seu comportamente anti- profissional, pois, ele só estava interessado no benefício acadêmico e quiçá financeiro. -Saí de sua sala esbravejando e fui procurar a administração do hospital, que interviu na estória, e me encaminhou para uma de suas alunas, que me acompanhou por alguns dias e traçou um diagnóstico completo e preciso de minha realidade física e psicológica, gerando um relatório, que fez questão de entregar ao médico/professor. -Em uma dessas consultas de rotina com minha nova médica, o tal médico entra na sala, acredito que ele não sabia que eu estava ali, e, o cumprimentei cordialmente, e, ele a mim. Durante a consulta ele sugeriu um hospital específico de trauma neural em fortaleza/CE, que acreditei que não seria possível acessá-lo, pela burocracia e pela minha falta de recurso para pagar as consultas, viagens e hospedagem no ceará, pois, estava pleiteando me aposentar para custear minha própria manutenção. Superando Limites Página 07/11
  • 64. -Mas, um milagre aconteceu, a minha médica se empenhou, juntamente com alguns conhecidos dela, em conseguir uma vaga pra mim nesse hospital de Fortaleza e conseguiu. Não somente a vaga, mais também o transporte interestadual (ida e volta), uma ajuda de custo de R$ 50,00 diários para eventuais necessidades de hospedagens e alimentação adicional. -Relatou Pedro com gratidão. -Iniciei imediatamente o meu tratamento, ficando por 2(duas) semanas internado, neste hospital, para avaliações do quadro clínico, e após tais avaliações, se iniciaram os tratamentos intermitentes neste hospital com uma equipe de profissionais maravilhosa. -Iniciei uma bateria de procedimentos terapêuticos, químicos e motores, e, logo nas primeira consultas já observei resultados expressivos na minha mobilidade.-disse Pedro alegre. Superando Limites Página 08/11
  • 65. -Esse ano só precisei ir uma vez, mais a equipe que me acompanha, atestou que precisarei apenas continuar o tratamento à distancia, fazendo os exercícios específicos, que eles me enviam por vídeo-aulas, e, que tem melhorado, e muito, minha mobilidade motora. -Atualmente estou aposentado por invalidez, recebendo um salário mínimo, pagando R$ 450,00 de plano de saúde que me atende muito mal, e com necessidades financeiras, muitas vezes até de compra de medição para o tratamento. -Nota: Os médicos que me acompanham sugeríram que eu caminhasse, mais são tantos olhares e julgamentos, que isso me abala emocionalmente, comprometendo meu tratamento, pois, tem causa também nervosa, aí desistir de caminhar. Sugeri que comprasse uma esteira que resolveria o problema das caminhadas, mas, ele alegou que não teria recursos pra isso... Superando Limites Página 09/11
  • 66. Esse jovem também alegou o que poderia muito ajudá-lo financeiramente, seria uma rescisão que não recebeu, de um escritório de Contabilidade, que trabalhou por 10(dez) anos como Contador de formação, de propriedade de seu tio, em um montante rescisório de aproxidamente R$ 15.000,00, e, que até hoje, depois de 2(dois) anos, não o pagou. Pedro atualmente estuda para se formar em pedagogia, com especialização na língua portuguesa, fazendo “pequenos bicos” em uma escola de bairro, cujos alunos de sua classe provisória, gostam muito dele e o respeitam mesmo com sua deficiência física, pedindo até que ele fique permanentemente como professor, mas, pela falta, ainda, da formação acadêmica, fica impedido de ser efetivado. Superando Limites Página 10/11
  • 67. Tenho certeza que um dia Pedro será um grande professor concursado e efetivado, pois, é o seu sonho, e ele tem se esforçado muito para conquistá- lo, afirma ele... Chegamos ao fim do trajeto, ao seu destino que era a sua casa simples, que reside junto com a sua mãe de certa idade. O parabenizei pela sua força de vontade, e, estimulei-o a NUNCA DESISTIR, e, que, ainda o veria prosperar em seu intento, tanto na recuperação física, como na profissional. “Fiquei muito feliz pelo aprendizado que tive com a estória do Pedro, tendo a certeza que essa estória agregará muita luz na vida de muita gente.” E, segui para a próxima corrida e para a próxima estoria... Vamos Comigo ? Superando Limites Página 11/11
  • 68. “Nossa próxima estória relata os fatos de uma família do Rio de Janeiro, que acreditando tirar vantagens,, através de falsas informações, me fizeram parar de trabalhar. Acompanhe conosco essa viagem..." Era uma tarde de domingo, por volta das 12:40 hs, quando recebi um chamado para o terminal de ônibus da Praia de Santa Rita, localizada no litoral Norte do município de Extremoz, com destino à Nossa Senhora da Apresentação, um bairro da Zona Norte de Natal/RN, de aproximadamente 32 minutos de distância do ponto de partida. Como acabara de deixar um casal de banhista na Praia da Rendinha Nova, a aproximadamente 5 cinco) minutos de carro, aceitei a corrida e fui ao encontro do solicitante. Turistas Mal Intencionados Página 01/06
  • 69. Chegando ao ponto de partida, observei que era uma família, composta por 4 adultos, sendo 2 casais, aparentando uma média de idade de 40 anos, que já estavam um pouco mais “altos” de bebidas e que estavam na praia, logicamente. Mas, como já estava ali, e era a primeira vez que me deparava com passageiros que saiam de uma praia, perguntei inocentemente: -Vocês estão molhados? E eles em coro me responderam... -Não ! Não estamos molhados, pode ver em nossas roupas, nem tomamos banho, “só tomamos uma...” -Ok! Boa tarde e sejam bem-vindos. -Cumprimentei- os cordialmente. Turistas Mal Intencionados Página 02/06
  • 70. Todos me retribuíram, também, cordialmente. Observei, pelo sotaque que eram cariocas, e comentei. -Vocês são do Rio de Janeiro? -Perguntei. E todos em uníssono responderam sim, com orgulho. -Que bom..., -comentei. -Estão gostando da cidade? -Estamos muito, pois, é uma cidade muito bonita. - disse o mais velho da turma. -Estamos passando alguns dias com nossos parentes que moram aqui. -Muito bom, pois, fazem turismo e mata a saudade ao mesmo tempo. -Comentei. Turistas Mal Intencionados Página 03/06
  • 71. De pronto, confirmaram. Durante o percurso, fomos falando dos pontos turísticos de Natal e dos lugares que eles ainda não tinham visitados. Conversamos sobre os lugares turísiticos da Cidade do Rio de Janeiro e da minha vontade de conhecê-la, pois, é uma das poucas cidades do Sudeste do Brasil que ainda não conhecia. Chegamos, por fim, ao destino contratado, e, eles apressadamente desceram do carro, se despedindo e agradecendo e entraram rapidamente na residência de seus parentes, me estranhou a rapidez, mais tudo bem, a corrida já estava paga no cartão. Quando observei os bancos para identificar se havia algum esquecimento de objetos, notei que em cada lugar ocupado existia uma “mancha” de água, toquei e ví que estavam encharcadas. Turistas Mal Intencionados Página 04/06
  • 72. Meu primeiro sentimento foi de ira, pois, perguntei antecipadamente se estavam molhados, mais analisando os fatos friamente, eu não dispunha de nenhum material de proteção dos bancos para não “peder” a corrida, me restando apenas cancelá-la in- loco. Bem sei, também, da dificuldade de conseguir motoristas por aplicativos que aceitem transportar pessoas que estão nas saídas das praias, por conta desses problemas com roupa de banho molhadas. A minha total falta de experiência nesse tipo de situação, me ocasionou um prejuízo de uma tarde e uma parte da noite de trabalho naquele dia, pois, tive que parar de “rodar” com o carro e enxugar os bancos, pois, não poderia transportar mais ninguém neles. Providenciei um jogo de capas de proteção para esse tipo de situação, que ando guardadas no carro para qualquer emergência, e, que, já me foram muito úteis em algumas situações. Turistas Mal Intencionados Página 05/06
  • 73. Resignifiquei a situação, perdoei-os no coração e liberei-os da mente. Aproveitei o restante do dia de folga, forçada, e curtir o domingo com meu filho de 14 anos (Abraão), fazendo outras atividades. Tal fato me ensinou que esse momento de desfrute familiar tem que existir sempre, pois, a vida não tem que ser somente composta de trabalho. Se não você vai entrar em um ciclo vicioso de desgates físico e mental. Aguardei o dia seguinte e recomecei, com mais essa experiência na bagagem... Turistas Mal Intencionados Página 06/06
  • 74. “Nosso próximo relato conta a estória de 02(dois) Jovens envolvidos com o mundo do crime, contando seus feitos com orgulho. Acompanhe conosco essa viagem..." Era o início de tarde de uma segunda-feira, no bairro da Ribeira/RN, por volta das 13:00 hs, quando recebi um chamado de uma suposta mulher de nome Raquel, que pedia uma corrida com destino ao bairro de Pajuçara na Zona Norte de Natal. Chegando no local de partida, aguardei por volta de 01 minuto, quando saíram de uma casa simples, 02 (dois) jovens de aproximadamente 20 anos, com capacetes na mão, cada um com o seu, e, entraram no carro, sem cumprimentos, confirmei o nome da solicitante e um deles confirmou que era sua irmã. Seguimos com destino ao bairro de Pajuçara e os dois jovens já iniciaram uma conversa relatando seus feitos de crimes cometidos na noite anterior. O Perigo Mora ao Lado Página 01/06
  • 75. Quando identifiquei que se tratavam de jovens deliquentes, fiquei apreensivo pelo destino que me aguardara, mais segui sem maiores alardes, confiando em D’us. Durante o percurso falavam das brigas que tiveram na noite anterior, da forma que abordaram um ônibus coletivo, à pedradas, objetivam acertar componentes da gangue rival, e até da tentariva vil de passar com um veículos por cima de um desses integrantes inimigos que estava caído em uma das vias principais. E, a conversa continuava sem nenhum constragimento com a minha presença, permeada por uma linguagem usual própria, cheia de gírias e vícios de linguagem. Relatavam, com uma certa ira, os tiros que sua turma desferiram contra o grupo rival e que não atingiram ninguém. O Perigo Mora ao Lado Página 02/06
  • 76. Em um determinado momento, lebraram do pagamento da corrida e que ela deveria ser paga pelo lider do grupo, pois, quando eles eram de um outro grupo, a liderança bancava seu transporte e despesas sem maiores problemas. Mandaram áudios para outros integrantes e pediram que mandassem pixels para ajudar na corrida. Até o momento que chegamos no local de destino, que ficava no meio de uma travessa, mais pediram que eu não entrasse, pois, não precisaria. Cometaram, na linguagem deles: -E aí coroa, quanto deu a corrida e você recebe pixel? -Perguntou o mais novo deles. -A corrida já foi paga no cartão. -Respondi aliviado. -Já foi paga? -Perguntou novamente. Já foi sim. -Respondi. O Perigo Mora ao Lado Página 03/06
  • 77. E o mais novo comentou... -É umas conversa, né motor? -Fica tranquilo, tá tudo certo. -Vai com deus. Tomei liberdade e disse: -Tenha juízo meninos, vocês tem uma vida pela frente, aproveitem... Saí aliviado e com a sensação de ter tido um grande livramento. Agradeci a D’us, por não ter me acontecido nada. E seguir para a próxima corrida. O Perigo Mora ao Lado Página 04/06
  • 78. Aprendizado: Poderia ter julgado, com base no que ouvi durante todo o trajeto, que de fato esses jovens eram totalmente maus e que estavam prontos a fazer maldades a qualquer um que cruzasse o seu caminho, mas, presenciei primeiro um aliciamento por conta de poder ou vantagens no grupo. Segundo, eles queriam mostrar aos demais uma coragem que pudesse colocá-los em destaque no grupo. Terceiro, que eles são totalmente produtos do meio que estão inseridos. Portanto, são jovens que, de alguma maneira, podem ser trabalhados, recuperados e ressocializados, se houverem programas específicos para restauração cognitiva, daqueles pontos que pederam no caminho, alinhados com atividades produtivas adequadas a cada perfil. O Perigo Mora ao Lado Página 05/06
  • 79. NOTA: Eu, particularmente, não conclui essa viagem, acreditando que não tem jeito para essa juventude perdida, pelo contrário, faltam ações efetivas de enfrentamento social para transformar o futuro desses jovens, com objetivo de obtenção de um resultado social mais positivo, contráriamente ao que enfrentamos hoje pelo abandono social dessas comunidades. “Vamos seguir em frente, com um olhar mais voltado ao social...” Portanto, são jovens que, de alguma maneira, podem ser trabalhados, recuperados e ressocializados, se houverem programas específicos para restauração cognitiva, daqueles pontos que pederam no caminho, alinhados com atividades produtivas adequadas a cada perfil. O Perigo Mora ao Lado Página 06/06
  • 80. OPINIÃO PESSOAL Diante de tantas estórias de medos, superações, barreiras, amores, desamores, alegrias, tristezas e todas as sortes de sentimentos que permeiam os corações humanos, temos que ter a consciência de que poderemos, sim, desenvolver um “papel” social importante na vida do nosso próximo, entendendo que o “homem” é um ser totalmente social e que precisamos contar uns com os outros, com a coerência de entregarmos ao nosso próximo o que há de melhor em nós, e, absolvendo deles, o que há de melhor neles. Assim, entenderemos que poderemos juntos alcançar uma sociedade mais homogênea, justa, solidária e completa. Sem tantas diferenças sociais, culturais e econômicas. Tal ideia pode até parecer utópica, mas é possível, se tomarmos como base o manual do fabricante, que é a Torá de D’us que foi entregue ao homem para guiá-lo. Wellington Pribeiro. Conclusão
  • 81. Amar é entender que somos dois indivíduos que decidiram compartilhar uma estória em comum. Wellington Pribeiro.