1. #PalavraUpsizer, publicada quinzenalmente nos dias 05 e 20
pela #UpSizeMagazine!
Palavra Upsizer
Por #SimoneNuñezReis – #Jornalista
Yaííí Upsizers! Esta semana captei uma expressão à moda
antiga: a pessoa elogiava a vitrine “fina estampa” de uma
loja de moda plus size, baphônica de Porto Alegre, que
exibia vestidos multicoloridos delirantes!
A gíria vêm do início do século XX e designava a pessoa
refinada, elegantemente adornada. Assim como origem da
estamparia veio da antiguidade (fenícios) e se popularizou
com a revolução industrial inglesa (na segunda metade do
séc. XVIII).
Mas foi a produção de tecidos na Índia, (os preferidos),
que fez com que a estamparia percorresse o mundo, via
navegação que comercializava a produção de linho, seda,
musseline, cashmere e outros tecidos nobres.
Estamparia artesanal - fenícios e hindus estampavam os
tecidos, utilizando blocos de madeira entalhados (carimbos
que originaram o silkscreen - serigrafia atual). Outro
método usado era o estêncil. Assim como tecelagem
trabalhada em fios de diversas cores, formando estampas,
além de bordados em cores ricas e vibrantes.
A partir do ano 1000, Veneza estabeleceu sua posição como
porto comercial, então seus tecidos estampados viraram a
principal matéria prima da moda europeia. A seda do século
XV e XVI era cobiçada e símbolo de riqueza.
Estamparia mecânica- em 1834, um francês chamado Perrot
inventou um sistema mecanizado de impressão com o uso de
blocos que ficou conhecido por perrotine. A máquina foi
ultrapassada pela Inglaterra que na mesma década
desenvolveu outro equipamento mais eficiente (impressão por
cilindros).
Partindo deste princípio, o processo de gravação denominado
“intaglio” (desenho e gravado em baixo-relevo numa chapa de
cobre), desenvolveu-se os cilindros de cobre para a
impressão de tecidos. No século XVII estas máquinas foram
usadas para a impressão de algodão e seda.
Com o aprimoramento deste equipamento, seu uso para os
tecidos envolveu várias etapas e conquistas. Por volta de
1750, acontece o apogeu com a produção dos "Toiles de Jouy"
por Oberkampf.
A invenção fotomecânica, atribuída ao escocês Thomas Bell
que a patenteou em 1783, caracteriza-se pela transferência
da cor do depósito de tinta por um cilindro entintado para
o alto relevo do cilindro gravado, de maneira que não há a
2. necessidade de se retirar o excesso de tinta do cilindro. O
tecido é impresso por pressão, quando passa entre o
cilindro gravado já entintado e o tambor da máquina. Esta
máquina foi a primeira a trabalhar com muitas cores de
maneira muito precisa.
A estamparia digital- é uma técnica recente, cujo princípio
baseia-se na eliminação das matrizes de impressão.
O funcionamento da estamparia digital é o mesmo das
impressoras. Um equipamento de interpretação de imagem
acoplado à impressora recebe os dados de impressão (a
imagem) e os cartuchos CMYK (cyan, magenta, yellow e black)
de tintas depositam as cores sobre o tecido conforme o
desenho. Esse recurso serve para melhorar a qualidade e a
quantidade das tonalidades que podem ser obtidas no sistema
de policromia.
Os equipamentos de impressão digitais permitem que o
desenho tenha raporte(módulo usado para
repetição)ilimitado, grande número de cores, encaixe
perfeito e muitos outros benefícios criativos. A estamparia
digital tem sido utilizada para a produção de vestuário,
decoração e sinalização.
Pesquisando no Instagram, amei a página www.grass-
fields.com de vestuário masculino, feminino, infantil e
plus size especializados em estamparia africana. A explosão
de cores e design das peças é fascinante! Bem Upsizers,
hoje o ponto impresso, fica por aqui!