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Um Vespeiro de R$ 260 bilhões <> Foi dado à largada para a
reforma da CEF e BB
Estela Caparelli e Fabiane Stefano
Nas próximas duas semanas, o governo vai meter a mão em um grande vespeiro
político e econômico: a reestruturação do Banco do Brasil e da Caixa Econômica
Federal. O destino dos dois maiores bancos públicos do País – e os maiores da
América Latina – e dos seus ativos de R$ 260 bilhões será discutido em
audiência pública no Congresso. As discussões serão baseadas em um estudo
encomendado à consultoria Booz Allen pela divisão do Ministério da Fazenda
responsável pelos cinco bancos federais, a Comif. O estudo, ao qual
DINHEIRO teve acesso, foi entregue há um mês e sugerem alternativas para
outros três bancos federais: BNDES, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste.
Entre as idéias que serão colocadas na mesa, está a transformação das carteiras
de crédito rural do BB e de habitação da CEF em agências independentes. A
idéia – que não está clara no estudo da Booz Allen – foi discutida dentro do
Banco Central com parlamentares, segundo DINHEIRO apurou. Nessas reuniões
foi levantada a necessidade de uma reforma rápida dos dois bancos federais
devido à deterioração de seus números. Estimativas feitas no ano passado a
portas fechadas pelo próprio BC mostram que o rombo da Caixa era de R$ 35
bilhões. No caso do BB, o buraco chegava a R$ 20 bilhões. Amauri Bier, secretário-executivo do
Ministério da Fazenda, e homem-chave dessa reforma, fez um enorme esforço para não usar a palavra
privatização em seu primeiro pronunciamento sobre o assunto na Comissão de Finanças da Câmara dos
Deputados, no último dia 16. Mas a idéia é levantada de forma sutil diversas vezes no estudo da Booz
Allen. “O papel (dos bancos federais) de apoiar os objetivos do Estado, em boa parte, pode ser cumprido
pelo setor privado”, diz o estudo. Juntas, as cinco instituições geraram prejuízos de R$ 7,3 bilhões nos
últimos cinco anos, em parte porque 55% dos seus ativos de R$ 353 bilhões estão ligados a riscos
gerados por atividades do Estado. “Esses ativos representam exposição fora do controle das
instituições”, afirma a consultoria. É exatamente por ter grande importância nas políticas estatais que a
reforma deve encontrar obstáculos. “As mudanças vão enfrentar muita resistência política”, diz o
deputado Manoel Castro (PFL-BA), presidente da Comissão de Finanças.
Vida ou morte. Independente de como será feita a reformulação dos
gigantes financeiros públicos, uma coisa é certa: a reforma é questão
de vida ou morte para essas instituições. Os cinco bancos federais
atuam de forma descoordenada, deficitária e muitas vezes competem
entre si. O BB e a CEF, por exemplo, disputam os créditos dos Estados
e municípios – como é o caso da previdência das Prefeituras – e
clientes em agências abertas nos mesmos lugares. Isso sem falar nos
problemas de gestão. A Caixa é um exemplo. A rentabilidade da
instituição no ano passado foi de 10,1%, a metade da média do
mercado, segundo levantamento feito pela firma: - Engenheiros
Financeiros & Consultores (EFC) para DINHEIRO. O que explica o
resultado é o déficit na carteira habitacional, seu principal negócio. O
estudo da Booz Allen confirma essa posição. Segundo a consultoria, a razão para esses números é a
necessidade de o banco atender aos apelos sociais. Sem citar números, o estudo afirma que a margem
da Caixa na carteira de habitação foi negativa em 1998 principalmente devido à inadimplência e ao
custo direto das agências. O custo operacional do banco é de R$ 5,2 bilhões ao ano, um valor maior que
seu orçamento, de R$ 4,2 bilhões. Outro problema da CEF é emprestar mais dinheiro do que realmente
CENTRAL DA CAIXA,
EM BRASÍLIA: Rombo
de R$ 35 bi e alta
alavancagem.
AMAURI BIER: O homem-chave
da reforma dos bancos federais
fala pouco.
tem em caixa. Ou, como se diz no mercado, estar muito alavancada. Para se ter uma idéia, enquanto os
80 maiores bancos brasileiros apresentaram um índice de alavancagem de 9,4 no ano passado, a da
Caixa chegou a 31,4. “O banco deveria ter três vezes o patrimônio atual ou um terço dos ativos”, diz
Carlos Coradi, consultor da EFC. Além de emprestar muito, a estratégia da Caixa não ajuda a resolver o
problema habitacional. Segundo o estudo da Booz Allen, os recursos para habitação são destinados em
sua maioria para a região Sudeste, embora a necessidade de crédito esteja no Nordeste. Além disso, o
dinheiro beneficia, principalmente, famílias de renda superior a cinco salários mínimos, quando a
necessidade maior é de famílias com renda inferior. Na conclusão, o estudo sugere que a Caixa deveria
ser agente de políticas públicas e sair de negócios comerciais.
No caso do BB, o maior banco da América Latina, com ativos de R$ 138,4 bilhões, um dos principais
problemas é a inadimplência da carteira agrícola, segundo a Booz Allen. O BB já perdeu duas vezes o
valor do seu patrimônio e teve de recorrer a aportes financeiros do governo. Na última vez, em 1997,
recebeu R$ 7 bilhões dos cofres do Tesouro. “O Banco do Brasil vive uma crise existencial”, diz o
especialista em bancos, Alberto Borges Matias. Segundo ele, a vocação do BB é atuar nos setores de
agronegócios e exportação. “O governo e o Banco do Brasil deveriam desistir da idéia de transformar a
instituição em um banco comum.” Nesse caso, o BB passaria a competir com todo o mercado financeiro.
“O BB perdeu uma oportunidade importante de se firmar no setor externo.” Talvez não. O estudo da
Booz Allen sugere que o BB melhore sua posição em comércio exterior. E mais: que aumente sua
competitividade comercial e as expectativas dos acionistas em resultados financeiros. Como se vê, há
muita faxina a ser feita.

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Um vespeiro de R$ 260 bilhoes o Brasil agora vai

  • 1. Um Vespeiro de R$ 260 bilhões <> Foi dado à largada para a reforma da CEF e BB Estela Caparelli e Fabiane Stefano Nas próximas duas semanas, o governo vai meter a mão em um grande vespeiro político e econômico: a reestruturação do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. O destino dos dois maiores bancos públicos do País – e os maiores da América Latina – e dos seus ativos de R$ 260 bilhões será discutido em audiência pública no Congresso. As discussões serão baseadas em um estudo encomendado à consultoria Booz Allen pela divisão do Ministério da Fazenda responsável pelos cinco bancos federais, a Comif. O estudo, ao qual DINHEIRO teve acesso, foi entregue há um mês e sugerem alternativas para outros três bancos federais: BNDES, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste. Entre as idéias que serão colocadas na mesa, está a transformação das carteiras de crédito rural do BB e de habitação da CEF em agências independentes. A idéia – que não está clara no estudo da Booz Allen – foi discutida dentro do Banco Central com parlamentares, segundo DINHEIRO apurou. Nessas reuniões foi levantada a necessidade de uma reforma rápida dos dois bancos federais devido à deterioração de seus números. Estimativas feitas no ano passado a portas fechadas pelo próprio BC mostram que o rombo da Caixa era de R$ 35 bilhões. No caso do BB, o buraco chegava a R$ 20 bilhões. Amauri Bier, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, e homem-chave dessa reforma, fez um enorme esforço para não usar a palavra privatização em seu primeiro pronunciamento sobre o assunto na Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados, no último dia 16. Mas a idéia é levantada de forma sutil diversas vezes no estudo da Booz Allen. “O papel (dos bancos federais) de apoiar os objetivos do Estado, em boa parte, pode ser cumprido pelo setor privado”, diz o estudo. Juntas, as cinco instituições geraram prejuízos de R$ 7,3 bilhões nos últimos cinco anos, em parte porque 55% dos seus ativos de R$ 353 bilhões estão ligados a riscos gerados por atividades do Estado. “Esses ativos representam exposição fora do controle das instituições”, afirma a consultoria. É exatamente por ter grande importância nas políticas estatais que a reforma deve encontrar obstáculos. “As mudanças vão enfrentar muita resistência política”, diz o deputado Manoel Castro (PFL-BA), presidente da Comissão de Finanças. Vida ou morte. Independente de como será feita a reformulação dos gigantes financeiros públicos, uma coisa é certa: a reforma é questão de vida ou morte para essas instituições. Os cinco bancos federais atuam de forma descoordenada, deficitária e muitas vezes competem entre si. O BB e a CEF, por exemplo, disputam os créditos dos Estados e municípios – como é o caso da previdência das Prefeituras – e clientes em agências abertas nos mesmos lugares. Isso sem falar nos problemas de gestão. A Caixa é um exemplo. A rentabilidade da instituição no ano passado foi de 10,1%, a metade da média do mercado, segundo levantamento feito pela firma: - Engenheiros Financeiros & Consultores (EFC) para DINHEIRO. O que explica o resultado é o déficit na carteira habitacional, seu principal negócio. O estudo da Booz Allen confirma essa posição. Segundo a consultoria, a razão para esses números é a necessidade de o banco atender aos apelos sociais. Sem citar números, o estudo afirma que a margem da Caixa na carteira de habitação foi negativa em 1998 principalmente devido à inadimplência e ao custo direto das agências. O custo operacional do banco é de R$ 5,2 bilhões ao ano, um valor maior que seu orçamento, de R$ 4,2 bilhões. Outro problema da CEF é emprestar mais dinheiro do que realmente CENTRAL DA CAIXA, EM BRASÍLIA: Rombo de R$ 35 bi e alta alavancagem. AMAURI BIER: O homem-chave da reforma dos bancos federais fala pouco.
  • 2. tem em caixa. Ou, como se diz no mercado, estar muito alavancada. Para se ter uma idéia, enquanto os 80 maiores bancos brasileiros apresentaram um índice de alavancagem de 9,4 no ano passado, a da Caixa chegou a 31,4. “O banco deveria ter três vezes o patrimônio atual ou um terço dos ativos”, diz Carlos Coradi, consultor da EFC. Além de emprestar muito, a estratégia da Caixa não ajuda a resolver o problema habitacional. Segundo o estudo da Booz Allen, os recursos para habitação são destinados em sua maioria para a região Sudeste, embora a necessidade de crédito esteja no Nordeste. Além disso, o dinheiro beneficia, principalmente, famílias de renda superior a cinco salários mínimos, quando a necessidade maior é de famílias com renda inferior. Na conclusão, o estudo sugere que a Caixa deveria ser agente de políticas públicas e sair de negócios comerciais. No caso do BB, o maior banco da América Latina, com ativos de R$ 138,4 bilhões, um dos principais problemas é a inadimplência da carteira agrícola, segundo a Booz Allen. O BB já perdeu duas vezes o valor do seu patrimônio e teve de recorrer a aportes financeiros do governo. Na última vez, em 1997, recebeu R$ 7 bilhões dos cofres do Tesouro. “O Banco do Brasil vive uma crise existencial”, diz o especialista em bancos, Alberto Borges Matias. Segundo ele, a vocação do BB é atuar nos setores de agronegócios e exportação. “O governo e o Banco do Brasil deveriam desistir da idéia de transformar a instituição em um banco comum.” Nesse caso, o BB passaria a competir com todo o mercado financeiro. “O BB perdeu uma oportunidade importante de se firmar no setor externo.” Talvez não. O estudo da Booz Allen sugere que o BB melhore sua posição em comércio exterior. E mais: que aumente sua competitividade comercial e as expectativas dos acionistas em resultados financeiros. Como se vê, há muita faxina a ser feita.