1. Uma ESCOLA Chamada VIDA
Parte I
“Não basta alimentar o quociente intelectual
de nossos filhos e alunos. Devemos preocupar-nos
com seu quociente emocional.” (Isabelle Filliozat)
Todos lutamos pelo mesmo sonho – o de tornar nossos filhos, crianças e jovens, saudáveis, felizes,
realizados e sábios... e assim nos tornarmos também. Nenhum pai ou mãe suporta a idéia de que
seu filho deixe-se arrastar pela violência, por bebidas alcoólicas ou pelas drogas. Nem deseja que
se torne “escravo” da ansiedade, dos medos, da depressão. Mas nunca foi tão difícil a arte de
educar quanto agora, em tempos onde, até o momento, o valor maior estava nos artefatos
externos, ao invés da beleza interna trazida. Até quando será suportada essa forma de vida?
Na sociedade atual, e ainda mais na sociedade de amanhã, a estrada do bem-estar e do sucesso
passa pela autoconfiança, pela autonomia e pela naturalidade relacional. As aptidões para a
comunicação e para o entendimento, enfrentamento e controle das emoções tornaram-se, no
mínimo, tão importantes quanto a competência técnica. Não são aptidões que podem ser
colocadas de forma mágica em cada indivíduo, pois cada um traz dentro de si sua unicidade, mas
sim, podem e devem ser despertadas e valorizadas, garantindo um desenvolvimento pleno. Para
isso, são necessárias ações que garantam um desenvolvimento saudável e de qualidade. Ações
que permitam que cada criança e cada adolescente sejam respeitados em sua singularidade.
Mostrar que são amados pelo que SÃO e não pelas boas notas ou nível sócio-econômico... que
são amados por sua própria existência!
Queremos uma sociedade mais saudável? Então, temos uma tarefa, todos nós: Precisamos
auxiliar as crianças e jovens a encontrarem seus sonhos e seu propósito neste mundo...
Precisamos auxiliar cada qual a resgatar sua auto-estima... Seu potencial... Precisamos auxiliar os
responsáveis pela educação básica - os pais, a técnica, os profissionais... Precisamos auxiliar a nós
mesmos... a nos redescobrirmos Afinal, nós que já estamos aqui primeiramente, somos os
responsáveis pelos modelos de formação.
É necessário despertar a consciência de que o grande foco de desenvolvimento está na saúde
emocional, na qualidade e diversidade de oportunidades que estão sendo oferecidas à criança e
ao adolescente para que possam desenvolver suas potencialidades, serem felizes, realizados e
tornem-se adultos equilibrados, capazes de construir uma sociedade mais harmoniosa.
Hoje, sabe-se que a profilaxia é a grande chance que temos para o desenvolvimento saudável, a
melhoria da qualidade de vida, a formação de pensadores, o estímulo a consciência crítica, ao
desenvolvimento da inteligência, melhoria do processo ensino-aprendizagem e o aproveitamento
escolar e profissional. Como? Trabalhando a promoção da saúde emocional e física, a prevenção
de doenças psíquicas e físicas, o caráter e as relações interpessoais já dentro de cada casa, na sala
de aula, do ambiente de trabalho, na comunidade.
Precisamos lembrar que, como já diz a Organização Mundial da Saúde (OMS): a saúde é muito
mais do que a ausência de doença, é o completo bem estar biopsicossocial. E este, se cria e vive na