2. O sistema idealizado em 1785 por Jeremy Bentham consistia em uma prisão em que as celas eram dispostas ao redor de uma única torre. Como as janelas da torre possuíam persianas, os presos sempre ficariam na incerteza de estarem ou não sendo vigiados, assim inibindo certos comportamentos.
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4. Esse conceito Panóptico de inibir certos comportamentos por causa da incerteza de estar sendo vigiado por alguém vale para os dias de hoje, apesar da prisão de Jeremy não ter vingado. Até exemplos supostamente simples podem trazer essa idéia.
9. Você já parou para pensar que só pelo fato de achar que teu chefe ou algum colega de trabalho possa estar de olho em você, você inibe certos comportamentos ou até realça outros? Inibe alguns por medo de perder o emprego ou levar desconto no salário, e realça outros até para “mostrar que sabe” e tentar ganhar algum aumento/bônus? As relações panópticas podem estar presentes em nossas próprias relação sociais, e facilitam o “controle” sob as pessoas. As fábricas já sabiam disso- as empresa ,agora, melhor ainda.
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11. Agora, com o avanço tecnológico, é possível que recursos digitais ajudem nesse comportamento de vigilância. No caso específico das câmeras, algumas vezes se sabe que elas estão lá, mas não sabe se têm alguém por trás vendo a imagem que é gravada- se é que é gravada. Isso não é Panóptico? Mesmo que o monitor ligado a essa câmera esteja na sua frente e tenha uma pessoa sentada, acordada, olhando as imagens que são reproduzidas, isso ainda consiste em uma forma de vigilância e consequentemente controle- mesmo que nesse caso seja “menos” Panóptica
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14. Parte das vezes essas câmeras estão posicionadas em locais estratégicos. Além de bem camufladas, as vezes mal a conseguimos ver
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16. Outras tecnologias também nos supervisionam. Quer exemplo melhor do que o próprio endereço IP do seu computador? Com ele, é possível ter acesso a que sites você frequentou- isso se alguém for mesmo atrás. E os programas fantasmas chamados Spywares que entram em seu computador sem você saber? Ele pode fazer desde coisas bobinhas até roubar senha de banco- por isso tendemos sempre a nos previnir com os anti-virus e não frequentar sites “estranhos”- afinal não o vemos mas sabemos que ele pode estar lá
17. Existem equipamentos que registram você em um meio digital, ou seja, seu número, senha, digital, o que for. Eles tem acesso, por exemplo, ao horário que você entrou e saiu de algum lugar- e isso é uma forma de vigiar você e seu “eu digital”
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20. Têm vezes que o barulho assusta – apesar de 50% das vezes os alarmes dos carro estarem pifados e os das casas também, nos outros 50% eles funcionam. Quando funcionam, será que alguém estava vendo e realmente fez efeito? A máquina, por si só, AINDA e nem sempre é suficiente.
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23. A experiência de “espiar” e “ser espiado” já se tornou até espetáculo. É preciso pensar que, se surgiu o conceito de vigiar, é por que alguém gosta disso, e em outros casos, sente necessidade disso (para conseguir controle). Há também quem não ligue ou quem até goste de ser espiado
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25. As novas tecnologias digitais facilitam e aperfeiçoam muito os sistemas de vigilância. Elas são amplamente utilizadas pois ajudam no controle de pessoas, sendo esta uma das lógicas da nossa sociedade atual. Esses dispositivos estão cada vez mais avançados, e, apesar de certas vezes trazerem benefícios, trazem muitos incômodos quando usados em exagero, afinal, tudo que é em excesso faz mal. Apesar de muitas vezes conseguirmos os ver, eles acabam se tornando também sistemas Panópticos por que nunca se sabe direito quem está por trás deles, nos causando policiamento de comportamento. E isso continuará assim, pelo menos enquanto o computador não tiver a capacidade de “discernimento”.