O documento discute a evolução do fotojornalismo esportivo, destacando dois momentos importantes: 1) o surgimento das primeiras câmeras com velocidade permitindo registrar imagens em movimento e 2) o surgimento da tecnologia digital. Também aborda as características desejáveis de um bom fotojornalista esportivo, como antecipação, concentração e reflexos rápidos.
3. O Fotojornalismo esportivo tem dois momentos muito
importantes:
O primeiro é quando se começam a produzir as
primeiras câmeras com velocidade ,permitindo os
fotógrafos a registrarem imagens em movimento
O segundo momento crucial na evolução da
fotografia se dá com o surgimento da tecnologia
digital.
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5. A história do jornalismo esportivo tem pouco mais de 100
anos e a primeira modalidade a receber a cobertura mais
elaborado dos meios impressos foi o hipismo, em meados
do século XIX, na França. Antes as notas relacionadas ao
esporte apareciam entre as notas gerais. Segundo Fonseca
(1999, p.127), até 1939 não havia jornalismo voltado para a
cobertura de eventos; havia apenas a crônica esportiva.
O fotojornalismo no geral, não só o esportivo, levou mais
tempo para conquistar seu espaço na imprensa diária.
Segundo o fotógrafo Sergio Sade, a fotografia não tinha
importância, porque era imagem de baixa qualidade.
Aparecia apenas como ilustração das reportagens.
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6. As câmeras usadas eram de médio
formato, as Rolleiflex-Câmeras
pesadas e com lente de pouca
luminosidade. O filme era 120mm,
que rendia 12 chapas.
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12. A escolha deste jornal deve-se ao fato de ser o maior diário
esportivo do país. O periódico possui todas as páginas
coloridas, o que contribui para a comparação das fotografias
com as imagens televisivas.
Uma análise realizada pelo período de duas semanas (de
19/10/03 a 1/11/03) do diário esportivo Lance! Verificou que,
assim como na televisão, nesse jornal a hierarquia também é
móvel. Com uma média de 28 páginas (alguns dias foi
publicado com 36), o jornal publicou de 49 a 101 fotografias
por edição. Em muitas páginas, o espaço destinado às
imagens foi maior ou igual ao ocupado pelos textos.
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13. A maioria das fotografias é tomada no enquadramento do
conhecido plano americano, no qual o corte é feito na altura
do joelho ou da cintura do(s) jogador(es). Nesse plano, é
possível observar – ou supor – uma interação entre o
personagem e o ambiente, mas o primeiro sempre goza de
mais destaque. No caso das fotos de futebol, não raro o
ambiente aparece desfocado, mas o leitor identifica o esporte
pela cor do gramado, pela presença da bola ou mesmo pelos
uniformes dos jogadores. Esta composição é observada
principalmente nas imagens em que são enquadrados um ou
dois jogadores em campo, geralmente acompanhados pela
bola.
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15. Grande parte das fotografias publicadas no Lance! Mostram
momentos de disputa de bola por dois jogadores,
enquadrados em plano médio – quando a bola está no chão –
ou em plano americano – quando a dividida faz parte de
jogada aérea. Esta característica faz com que a maioria das
fotografias deste diário esportivo tenha composições muito
parecidas entre si, tornando-as repetitivas.
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18. As fotografias de esportes têm como principais características: ação,
velocidade e dinamismo. Quando um ato acontece, o fotógrafo precisa
estar atento, pois em sua maioria o lance é singular e não volta mais.
O esporte faz com que o homem dê tudo de si. É o ser humano cada vez
mais e tentando superar os limites de seu corpo. Partindo desta
premissa, cabe aos fotógrafos de esporte capturar as expressões faciais
decorrentes do esforço do atleta.
A dor de uma contusão, o esforço em busca de um recorde, o
sofrimento da fadiga, a alegria por uma conquista e a decepção de uma
derrota, são algumas das caras e caretas que o atleta deixa transparecer
em uma competição.
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20. Esta ação descrita anteriormente, na maioria das vezes se passa
longe de onde o fotógrafo está (seja por segurança do próprio
fotógrafo, ou para não interferir na ação dos atletas).
De corpo para corpo há uma diferença na velocidade do autofoto e também na quantidade de disparos de fotos por segundo
(fps).
Com relação às objetivas, a distância focal recomendada a um
fotógrafo de esportes é de no mínimo 200mm. Há outros fatores
nas objetivas que ajudam na captação de uma boa fotografia
como motores de auto-foco mais rápidos e estabilizadores de
imagem.
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22. Lembrando que quanto maior a abertura do diafragma (menor número
f) maior a velocidade do obturador. Assim a diferença entre uma
objetiva f/4 e uma f/2.8 pode fazer a diferença em uma foto que
necessite de velocidade.
Não podemos deixar de lado uma grande angular para as cenas em que
possamos chegar mais perto, como a comemoração de um gol em que o
jogador saia do campo para comemorar com a torcida, ou para fazer
uma foto aberta de um estádio/ginásio que esteja lotado de torcedores.
A grande angular e/ou olho de peixe também é usada em uma segunda
ou terceira câmera disparada por controle remoto atrás do gol, na linha
de chegada de uma corrida, no anel superior de um ginásio, por
exemplo.
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24. Principais características de um bom fotojornalista
esportivo:
Antecipação
“Prever” o que vai acontecer, se antecipar, buscar fazer o
planejamento para tirar uma boa foto.
Concentração
Aplicar a atenção no que se vai fotografar, buscando sempre o foco.
Domínio Técnico
Ter total domínio e autoridade do assunto, conhecer á fundo á
máquina fotográfica e equipamentos utilizados.
Reflexos rápidos
Ter reação natural nos momentos certos e prever com rapidez a
foto que será tirada.
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25. A velocidade ideal para se congelar uma pessoa correndo é entre 1/320 1/500s
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26. Considerações importantes para a cobertura
fotográfica de um evento esportivo
Conhecer o esporte:
Conhecer como funciona a dinâmica do esporte a ser fotografado é
essencial para saber onde se posicionar para conseguir boas fotos.
Conhecer os jogadores:
Saiba quem são as principais peças nos times, observe suas reações.
Muitas vezes personagens dentro de uma partida são mais
importantes ou relevantes que o próprio resultado do jogo.
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27. Saber os limites para se fotografar:
Qualquer esporte tem regras a serem seguidas ao se realizar uma
cobertura fotográfica. Logo, é importante saber com antecedência se o
local permite utilizar equipamentos como Flash, tripé e monopé.
Trabalhe com planejamento:
Antes de sair para uma cobertura já tenha em mente onde se posicionar,
qual equipamento utilizar, quais as definições de diafragma e obturador a
utilizar e também quais fotos pretende fazer.
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