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Morfometria de Galáxias: Assimetria
JULIANA COUGO
Orientador: FABRÍCIO FERRARI
PPG - Mestrado em Física
Universidade Federal do Rio Grande
25 de fevereiro de 2014
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 1 / 56
1 Motivação
2 Galáxias
3 Galáxias: Elípticas, Espirais
4 Fotometria das Galáxias
5 Morfometria de Galáxias
6 Assimetria (A1)
7 Nova Proposta Para a Assimetria A2,3
8 Morfometria - Base de Dados EFIGI
9 Conclusões e Perspectivas
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 2 / 56
Por que estudar a assimetria?
Criação de um classicador de galáxias.
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 3 / 56
O que é uma Galáxia?
Uma galáxia é um sistema que possui estrelas, planetas, gás e
poeira, ligados gravitacionalmente.
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 4 / 56
Classição Morfológica das Galáxias
Edwin Hubble (Hubble, 1936) classicou os
vários tipos de galáxias em um diagrama.
Figura: (Fonte: Shu, pág.294)
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 5 / 56
Classição Morfológica das Galáxias
representação.
Figura: (Fonte: http://www.if.ufrgs.br/ fatima/ead/galaxias.htm)
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 6 / 56
Classição Morfológica das Galáxias
Galáxias fora da classicação de Hubble.
Figura: (Fonte: http://www.if.ufrgs.br/ fatima/ead/galaxias.htm)
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 7 / 56
Elípticas
Figura: Galáxia M32 (Fonte:http://www.ccvalg.pt/astronomia/galaxias/)
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 8 / 56
Espirais
Figura: Galáxia M74.(Fonte:hubblesite.org)
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 9 / 56
Massa das Galáxias
A massa das galáxias podem ser encontradas a partir do
movimento orbital de suas estrelas.
Também existe uma relação massa-luminosidade que é a
distribuição projetada de luminosidade que podemos observar.
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 10 / 56
Massa das Galáxias
Figura: (Fonte: Kepler e Fátima, 2013)
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 11 / 56
Pers de Brilho
Caracterizam a distribuição de matéria luminosa.
José SERSIC (1963, 1968) modelo R1/n, descreve a forma como
a superfície projetada de intensidade I varia de acordo com o
raio projetado R, de tal forma que:
I(R) = In exp[−bn(
R
Rn
1
n
− 1)] (1)
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 12 / 56
Pers de Brilho
Figura: HST V image da galáxia NGC2768 (Fonte: Fotometrika FERRARI,
2014)Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 13 / 56
Morfometria
Qual a causa de existirem diferentes tipos de galáxias?
Figura: Fonte: http://astro.if.ufrgs.br
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 14 / 56
Sistema CASGM
São Técnicas não paramétricas com base em alguns modelos
analíticos, assim, elas são igualmente aplicáveis a todos os tipos
de galáxias.
Abraham (1996), Conselice (2003) e Lotz et al. (2004);
Para calcular esses parâmetros, precisamos primeiro determinar a
extensão da galáxia, que é baseada no raio de Petrosian.
η(R) =
I(R)
I(R)
(2)
η(Rp) = 5 (3)
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 15 / 56
Concentração (C)
O índice de concentração é a relação entre a luz dentro de uma
abertura interna (circular ou elíptica) e a luz dentro de uma
abertura externa. O sistema adota a CAS (Bershady, Jangren 
Conselice (2000)), de modo que C é denido como:
C1 = 5log10
R80
R20
(4)
C2 = 5log10
R90
R50
(5)
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 16 / 56
Assimetria (A)
A assimetria A (CONSELICE, 2000), é um parâmetro
quantitativo baseado na comparação de uma imagem de origem
com o seu homólogo rodado. Em princípio A é direto e rápido
para medir a sua forma mais simples.
A =
i,j
|I(i, j) − I180(i, j)|
i,j |I(i, j)|
− B (6)
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 17 / 56
Suavidade (S)
O índice S foi introduzido por Conselice (2003) para quanticar
os remendos da galáxia, que é a fração de luz que vem das
estruturas de pequena escala, tais como aglomerados de
formação de estrelas.
S =
i,j
|I(i, j) − Is(i, j)|
i,j |I(i, j)|
−
i,j
|B(i, j) − Bs(i, j)|
i,j |I(i, j)|
(7)
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 18 / 56
Concentração, Assimetria e Suavidade
A gura a seguir representa as expressões
Figura: Fonte: Conselice 2003
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 19 / 56
Coeciente de Gini (G)
Refere-se a luz é distribuída uniformemente no interior da
galáxia, que não depende de qualquer centro particular.
G =
1
|Xn|n(n − 1)
N
i=1
(2i − n − 1)|Xi| (8)
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 20 / 56
Coeciente de Gini (G)
Representação dessa curva.
Figura: Curva dada para a galáxia S0 NGC 4526, G=0.59.(Fonte:Lotz
2003)
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 21 / 56
Variações da Assimetria(A1)
Versão para A1, como denida por Abraham (1996).
A1 =
i,j
|I(i, j) − I180(i, j)|
i,j |I(i, j)|
− B (9)
Onde I é a imagem da galáxia e I180 é a rotação de imagem por
cerca de 180 do píxel central da galáxia e B é a medida
assimétrica do fundo. A é a soma em todos os píxeis do centro
da galáxia.
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 22 / 56
Região Elíptica
Figura: Região de Elípse
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 23 / 56
Região Elíptica
O g¯aco mostra como é o comportamento esquemático da
assimetria.
Figura: Gráco ilustrativo Qualitativo para a assimetria
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 24 / 56
Região Elíptica
A = 0 , galáxia completamente simétrica;
A  0 , galáxia completamente assimétrica;
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 25 / 56
Região Elíptica
Elípse Assimetria Elípse Assimetria
1 0.0045 10 0.0645
2 0.0256 20 0.0713
3 0.0419 30 0.0814
4 0.0530 40 0.0986
5 0.0581 50 0.1242
6 0.0603 60 0.1553
7 0.0616 70 0.1934
8 0.0631 80 0.2414
9 0.0642 90 0.2979
10 0.0645 100 0.3626
Tabela: Tabela de valores da assimetria para a galáxia NGC4125.
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 26 / 56
Grácos gerados a partir do fotometrika para A1
A seguir é mostrado os grácos para a primeira versão do
fotometrika, A1, onde mostra-se bem detalhado o comportamento da
assimetria e a interferência do seeing e (S / N) nas amostras.
variação da elípse de 1-100. Filtros das Galáxias na Banda (J).
Figura: Gráco ilustrativo Quantitativo para a assimetria
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 27 / 56
Grácos gerados a partir do fotometrika para A1
Figura: Gráco ilustrativo Quantitativo para a assimetria
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 28 / 56
Grácos gerados a partir do fotometrika para A1
Figura: Gráco ilustrativo Quantitativo para a assimetria
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 29 / 56
Grácos gerados a partir do fotometrika para A1
Figura: Gráco ilustrativo Quantitativo para a assimetria
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 30 / 56
Nova Proposta Para a Assimetria A2,3
Quando pudemos identicar algumas desvantagens desta medida
A1, medimos a assimetria como uma função contínua do
coeciente de correlação entre a imagem original e a imagem
rodada.
A2 = 1 − r(I, I180) (10)
A3 = 1 − s(I, I180) (11)
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 31 / 56
Tabela dos Parâmetros Morfológicos das Galáxias
gerados com o fotometrika
A apartir do Fotometrika podemos obter os valores
morfométricos para cada galáxia do catálago Frei como mostra a
Tabela.
Gal x0 y0 In 1Rp C A1 A2
NGC2768lJ 170 156 170.59 115.08 3.95 0.311 0.995
NGC2768lR 169 156 150.76 121.71 4.08 0.266 0.997
NGC2775lJ 128 155 289.13 59.04 3.82 0.236 0.995
NGC2775lR 129 155 187.44 110.85 4.04 0.293 0.996
NGC3077lJ 164 186 346.14 115.13 3.61 0.381 0.942
NGC3077lR 164 185 546.36 110.83 3.35 0.347 0.960
NGC3147lJ 146 155 9.12 54.97 3.56 0.760 0.966
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 32 / 56
Grácos gerados a partir do fotometrika para Nova
Proposta de A
Figura: Gráco ilustrativo Qualitativo de Índices Morfometricos
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 33 / 56
O Catálago EFIGI
A análise morfológica de galáxias é um problema de interesse na
astronomia porque nos fornece pistas preciosas para a
compreensão de processos evolutivos desses objetos (Gray et al.
2009).
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 34 / 56
EFIGI
O EFIGI (A. Baillard,2011) é um catálogo de 4.458 galáxias com
imagens digitais (SDSS) e informações morfológicas detalhadas. O
EFIGI2 (Extraction de Formes Idealises Galaxies en Imagerie) é um
projeto que visa a construção de medição de classicação
morfométrica automatizada e morfometrica em sistemas de imagens
de galáxias.
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 35 / 56
EFIGI
Figura: O EFIGI Hubble Sequence (EHS) (A. Baillard,2011).
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 36 / 56
Aplicação a Base de Dados do EFIGI
A Aplicação do fotometrika deu-se de forma mesma forma semelhate
a aplicação feita nas galáxias do catálago Frei, sendo que no catálogo
Frei nós usamos as imagens dos ltros J e R e no EFIGI escolhemos
as imagens do ltro I.
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 37 / 56
Pers de Assimetria (Medida de Assimetria)
Nesta seção nos descrevemos os grácos dos novos pers de
assimetria que mostram o comportamento da assimetria em uma
pequena amostra de galáxias do EFIGI. Esses pers mostram o
comportamento de 3 versões para a assimetria A1, A2eA3.
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 38 / 56
Tabela Morfométrica obtida com o Fotometrika
para A3
A tabela a seguir mostra os valores calculados para o CASG a partir
do Fotometrika (A3) para uma pequena amostra de galáxias do
catálogo Frei.
Nome Rp C1 C2 A1 A3 S1 G
NGC2541 127 2.98 1.5 1.63 0.35 0.69 11.91
NGC2682 128 2.82 1.7 0.26 0.73 0.21 0.77
NGC2715 94 2.57 1.53 0.35 0.69 0.209 0.74
NGC2768 122 3.89 2.15 0.21 0.77 0.23 0.71
NGC2775 102 3.99 2.24 0.27 0.74 0.25 0.73
NGC2903 158 2.92 1.87 0.31 0.74 0.24 0.76
NGC2985 70 4.33 2.34 0.34 0.61 0.31 0.75
NGC3031 339 3.81 2.00 0.16 0.92 0.16 0.71
Tabela: Tabela de valores morfológicos obtidos com Fotometrika (A3).
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Pers de Assimetria (Medida de Assimetria)
Figura: Gráco Quantitativo para a assimetria
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 40 / 56
Assimetria Como um Classicador)
Figura: Gráco Quantitativo para classicação de galáxias (A1)
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 41 / 56
Assimetria Como um Classicador)
Figura: Gráco Quantitativo para classicação de galáxias (A3)
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 42 / 56
Correlação Entre os Índices Morfométricos
Através de análises feitas com a base de dados do catálago EFIGI, foi
adaptada uma relação da assimetria com os outros índices e
contatado que esta correlação poderá servir como um classicador de
galáxias.
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 43 / 56
Correlação Entre os Índices Morfométricos
Figura: Correlação entre A1 e C1
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 44 / 56
Correlação Entre os Índices Morfométricos
Figura: Correlação entre A1 e C2
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 45 / 56
Correlação Entre os Índices Morfométricos
Figura: Correlação entre A1 e In
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 46 / 56
Correlação Entre os Índices Morfométricos
Figura: Correlação entre A1 e S1
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 47 / 56
Correlação Entre os Índices Morfométricos
Figura: Correlação entre A3 e A1
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 48 / 56
Correlação Entre os Índices Morfométricos
Figura: Correlação entre A3 e C1
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 49 / 56
Correlação Entre os Índices Morfométricos
Figura: Correlação entre A3 e C2
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 50 / 56
Correlação Entre os Índices Morfométricos
Figura: Correlação entre A3 e In
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 51 / 56
Correlação Entre os Índices Morfométricos
Figura: Correlação entre A3 e S1
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 52 / 56
Correlação Entre os Índices Morfométricos
Figura: Correlação entre A3 e S1
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 53 / 56
Conclusões e Perspectivas
Criar um classicador automático que possa classicar um
número muito grande de galáxias do SDSS.
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 54 / 56
Contato
julianacougo@gmail.com
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 55 / 56
OBRIGADA
Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 56 / 56

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Morfometria de Galáxias: Assimetria - Apresentação

  • 1. Morfometria de Galáxias: Assimetria JULIANA COUGO Orientador: FABRÍCIO FERRARI PPG - Mestrado em Física Universidade Federal do Rio Grande 25 de fevereiro de 2014 Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 1 / 56
  • 2. 1 Motivação 2 Galáxias 3 Galáxias: Elípticas, Espirais 4 Fotometria das Galáxias 5 Morfometria de Galáxias 6 Assimetria (A1) 7 Nova Proposta Para a Assimetria A2,3 8 Morfometria - Base de Dados EFIGI 9 Conclusões e Perspectivas Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 2 / 56
  • 3. Por que estudar a assimetria? Criação de um classicador de galáxias. Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 3 / 56
  • 4. O que é uma Galáxia? Uma galáxia é um sistema que possui estrelas, planetas, gás e poeira, ligados gravitacionalmente. Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 4 / 56
  • 5. Classição Morfológica das Galáxias Edwin Hubble (Hubble, 1936) classicou os vários tipos de galáxias em um diagrama. Figura: (Fonte: Shu, pág.294) Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 5 / 56
  • 6. Classição Morfológica das Galáxias representação. Figura: (Fonte: http://www.if.ufrgs.br/ fatima/ead/galaxias.htm) Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 6 / 56
  • 7. Classição Morfológica das Galáxias Galáxias fora da classicação de Hubble. Figura: (Fonte: http://www.if.ufrgs.br/ fatima/ead/galaxias.htm) Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 7 / 56
  • 8. Elípticas Figura: Galáxia M32 (Fonte:http://www.ccvalg.pt/astronomia/galaxias/) Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 8 / 56
  • 9. Espirais Figura: Galáxia M74.(Fonte:hubblesite.org) Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 9 / 56
  • 10. Massa das Galáxias A massa das galáxias podem ser encontradas a partir do movimento orbital de suas estrelas. Também existe uma relação massa-luminosidade que é a distribuição projetada de luminosidade que podemos observar. Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 10 / 56
  • 11. Massa das Galáxias Figura: (Fonte: Kepler e Fátima, 2013) Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 11 / 56
  • 12. Pers de Brilho Caracterizam a distribuição de matéria luminosa. José SERSIC (1963, 1968) modelo R1/n, descreve a forma como a superfície projetada de intensidade I varia de acordo com o raio projetado R, de tal forma que: I(R) = In exp[−bn( R Rn 1 n − 1)] (1) Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 12 / 56
  • 13. Pers de Brilho Figura: HST V image da galáxia NGC2768 (Fonte: Fotometrika FERRARI, 2014)Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 13 / 56
  • 14. Morfometria Qual a causa de existirem diferentes tipos de galáxias? Figura: Fonte: http://astro.if.ufrgs.br Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 14 / 56
  • 15. Sistema CASGM São Técnicas não paramétricas com base em alguns modelos analíticos, assim, elas são igualmente aplicáveis a todos os tipos de galáxias. Abraham (1996), Conselice (2003) e Lotz et al. (2004); Para calcular esses parâmetros, precisamos primeiro determinar a extensão da galáxia, que é baseada no raio de Petrosian. η(R) = I(R) I(R) (2) η(Rp) = 5 (3) Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 15 / 56
  • 16. Concentração (C) O índice de concentração é a relação entre a luz dentro de uma abertura interna (circular ou elíptica) e a luz dentro de uma abertura externa. O sistema adota a CAS (Bershady, Jangren Conselice (2000)), de modo que C é denido como: C1 = 5log10 R80 R20 (4) C2 = 5log10 R90 R50 (5) Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 16 / 56
  • 17. Assimetria (A) A assimetria A (CONSELICE, 2000), é um parâmetro quantitativo baseado na comparação de uma imagem de origem com o seu homólogo rodado. Em princípio A é direto e rápido para medir a sua forma mais simples. A = i,j |I(i, j) − I180(i, j)| i,j |I(i, j)| − B (6) Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 17 / 56
  • 18. Suavidade (S) O índice S foi introduzido por Conselice (2003) para quanticar os remendos da galáxia, que é a fração de luz que vem das estruturas de pequena escala, tais como aglomerados de formação de estrelas. S = i,j |I(i, j) − Is(i, j)| i,j |I(i, j)| − i,j |B(i, j) − Bs(i, j)| i,j |I(i, j)| (7) Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 18 / 56
  • 19. Concentração, Assimetria e Suavidade A gura a seguir representa as expressões Figura: Fonte: Conselice 2003 Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 19 / 56
  • 20. Coeciente de Gini (G) Refere-se a luz é distribuída uniformemente no interior da galáxia, que não depende de qualquer centro particular. G = 1 |Xn|n(n − 1) N i=1 (2i − n − 1)|Xi| (8) Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 20 / 56
  • 21. Coeciente de Gini (G) Representação dessa curva. Figura: Curva dada para a galáxia S0 NGC 4526, G=0.59.(Fonte:Lotz 2003) Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 21 / 56
  • 22. Variações da Assimetria(A1) Versão para A1, como denida por Abraham (1996). A1 = i,j |I(i, j) − I180(i, j)| i,j |I(i, j)| − B (9) Onde I é a imagem da galáxia e I180 é a rotação de imagem por cerca de 180 do píxel central da galáxia e B é a medida assimétrica do fundo. A é a soma em todos os píxeis do centro da galáxia. Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 22 / 56
  • 23. Região Elíptica Figura: Região de Elípse Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 23 / 56
  • 24. Região Elíptica O g¯aco mostra como é o comportamento esquemático da assimetria. Figura: Gráco ilustrativo Qualitativo para a assimetria Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 24 / 56
  • 25. Região Elíptica A = 0 , galáxia completamente simétrica; A 0 , galáxia completamente assimétrica; Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 25 / 56
  • 26. Região Elíptica Elípse Assimetria Elípse Assimetria 1 0.0045 10 0.0645 2 0.0256 20 0.0713 3 0.0419 30 0.0814 4 0.0530 40 0.0986 5 0.0581 50 0.1242 6 0.0603 60 0.1553 7 0.0616 70 0.1934 8 0.0631 80 0.2414 9 0.0642 90 0.2979 10 0.0645 100 0.3626 Tabela: Tabela de valores da assimetria para a galáxia NGC4125. Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 26 / 56
  • 27. Grácos gerados a partir do fotometrika para A1 A seguir é mostrado os grácos para a primeira versão do fotometrika, A1, onde mostra-se bem detalhado o comportamento da assimetria e a interferência do seeing e (S / N) nas amostras. variação da elípse de 1-100. Filtros das Galáxias na Banda (J). Figura: Gráco ilustrativo Quantitativo para a assimetria Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 27 / 56
  • 28. Grácos gerados a partir do fotometrika para A1 Figura: Gráco ilustrativo Quantitativo para a assimetria Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 28 / 56
  • 29. Grácos gerados a partir do fotometrika para A1 Figura: Gráco ilustrativo Quantitativo para a assimetria Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 29 / 56
  • 30. Grácos gerados a partir do fotometrika para A1 Figura: Gráco ilustrativo Quantitativo para a assimetria Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 30 / 56
  • 31. Nova Proposta Para a Assimetria A2,3 Quando pudemos identicar algumas desvantagens desta medida A1, medimos a assimetria como uma função contínua do coeciente de correlação entre a imagem original e a imagem rodada. A2 = 1 − r(I, I180) (10) A3 = 1 − s(I, I180) (11) Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 31 / 56
  • 32. Tabela dos Parâmetros Morfológicos das Galáxias gerados com o fotometrika A apartir do Fotometrika podemos obter os valores morfométricos para cada galáxia do catálago Frei como mostra a Tabela. Gal x0 y0 In 1Rp C A1 A2 NGC2768lJ 170 156 170.59 115.08 3.95 0.311 0.995 NGC2768lR 169 156 150.76 121.71 4.08 0.266 0.997 NGC2775lJ 128 155 289.13 59.04 3.82 0.236 0.995 NGC2775lR 129 155 187.44 110.85 4.04 0.293 0.996 NGC3077lJ 164 186 346.14 115.13 3.61 0.381 0.942 NGC3077lR 164 185 546.36 110.83 3.35 0.347 0.960 NGC3147lJ 146 155 9.12 54.97 3.56 0.760 0.966 Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 32 / 56
  • 33. Grácos gerados a partir do fotometrika para Nova Proposta de A Figura: Gráco ilustrativo Qualitativo de Índices Morfometricos Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 33 / 56
  • 34. O Catálago EFIGI A análise morfológica de galáxias é um problema de interesse na astronomia porque nos fornece pistas preciosas para a compreensão de processos evolutivos desses objetos (Gray et al. 2009). Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 34 / 56
  • 35. EFIGI O EFIGI (A. Baillard,2011) é um catálogo de 4.458 galáxias com imagens digitais (SDSS) e informações morfológicas detalhadas. O EFIGI2 (Extraction de Formes Idealises Galaxies en Imagerie) é um projeto que visa a construção de medição de classicação morfométrica automatizada e morfometrica em sistemas de imagens de galáxias. Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 35 / 56
  • 36. EFIGI Figura: O EFIGI Hubble Sequence (EHS) (A. Baillard,2011). Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 36 / 56
  • 37. Aplicação a Base de Dados do EFIGI A Aplicação do fotometrika deu-se de forma mesma forma semelhate a aplicação feita nas galáxias do catálago Frei, sendo que no catálogo Frei nós usamos as imagens dos ltros J e R e no EFIGI escolhemos as imagens do ltro I. Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 37 / 56
  • 38. Pers de Assimetria (Medida de Assimetria) Nesta seção nos descrevemos os grácos dos novos pers de assimetria que mostram o comportamento da assimetria em uma pequena amostra de galáxias do EFIGI. Esses pers mostram o comportamento de 3 versões para a assimetria A1, A2eA3. Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 38 / 56
  • 39. Tabela Morfométrica obtida com o Fotometrika para A3 A tabela a seguir mostra os valores calculados para o CASG a partir do Fotometrika (A3) para uma pequena amostra de galáxias do catálogo Frei. Nome Rp C1 C2 A1 A3 S1 G NGC2541 127 2.98 1.5 1.63 0.35 0.69 11.91 NGC2682 128 2.82 1.7 0.26 0.73 0.21 0.77 NGC2715 94 2.57 1.53 0.35 0.69 0.209 0.74 NGC2768 122 3.89 2.15 0.21 0.77 0.23 0.71 NGC2775 102 3.99 2.24 0.27 0.74 0.25 0.73 NGC2903 158 2.92 1.87 0.31 0.74 0.24 0.76 NGC2985 70 4.33 2.34 0.34 0.61 0.31 0.75 NGC3031 339 3.81 2.00 0.16 0.92 0.16 0.71 Tabela: Tabela de valores morfológicos obtidos com Fotometrika (A3). Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 39 / 56
  • 40. Pers de Assimetria (Medida de Assimetria) Figura: Gráco Quantitativo para a assimetria Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 40 / 56
  • 41. Assimetria Como um Classicador) Figura: Gráco Quantitativo para classicação de galáxias (A1) Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 41 / 56
  • 42. Assimetria Como um Classicador) Figura: Gráco Quantitativo para classicação de galáxias (A3) Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 42 / 56
  • 43. Correlação Entre os Índices Morfométricos Através de análises feitas com a base de dados do catálago EFIGI, foi adaptada uma relação da assimetria com os outros índices e contatado que esta correlação poderá servir como um classicador de galáxias. Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 43 / 56
  • 44. Correlação Entre os Índices Morfométricos Figura: Correlação entre A1 e C1 Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 44 / 56
  • 45. Correlação Entre os Índices Morfométricos Figura: Correlação entre A1 e C2 Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 45 / 56
  • 46. Correlação Entre os Índices Morfométricos Figura: Correlação entre A1 e In Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 46 / 56
  • 47. Correlação Entre os Índices Morfométricos Figura: Correlação entre A1 e S1 Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 47 / 56
  • 48. Correlação Entre os Índices Morfométricos Figura: Correlação entre A3 e A1 Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 48 / 56
  • 49. Correlação Entre os Índices Morfométricos Figura: Correlação entre A3 e C1 Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 49 / 56
  • 50. Correlação Entre os Índices Morfométricos Figura: Correlação entre A3 e C2 Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 50 / 56
  • 51. Correlação Entre os Índices Morfométricos Figura: Correlação entre A3 e In Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 51 / 56
  • 52. Correlação Entre os Índices Morfométricos Figura: Correlação entre A3 e S1 Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 52 / 56
  • 53. Correlação Entre os Índices Morfométricos Figura: Correlação entre A3 e S1 Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 53 / 56
  • 54. Conclusões e Perspectivas Criar um classicador automático que possa classicar um número muito grande de galáxias do SDSS. Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 54 / 56
  • 55. Contato julianacougo@gmail.com Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 55 / 56
  • 56. OBRIGADA Juliana Cougo (FURG) Astrofísica 25 de fevereiro de 2014 56 / 56