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Desafios ambientais:
Uma perspectiva brasileira.
João Paulo Machado Torres
Professor Titular e Chefe do Programa de Biofísica Ambiental
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
A Amazônia é 60% do Brasil
• Desmatamento
• Extração de madeira
• Avanço de pastagens e da soja
• Garimpos de ouro
• Represas hidrelétricas
• Ponto do não retorno
• Savanização
• Gases de efeito estufa – o metano, gado e reservatórios artificias...
8850000
9000000
9150000
9300000
9450000
9600000
9750000
8850000
9000000
9150000
9300000
9450000
9600000
9750000
300000 450000
600000 750000 900000 1050000 1200000 1350000
300000 450000 600000 750000
900000 1050000 1200000 1350000
54º 11' 11.33''
54º 14' 57.03''62º 47' 12.00''
60º 37' 09.14''
65º 57' 55.45''
66º 00' 15.91''
7º 10' 23.54''
2º 11' 12.98''2º 12' 46.19''
10º 45' 07.72''
5º 27' 38.79''
10º 44' 48.25''
Pt 1 Pt. 2
Pt 3 Pt 4
Pt 6
Pt 5
Pt 7
Pt 8
Pt 9
Pt 10
Pt 11
Pt 12
Pt 13
Pt 15
Pt 16
Pt 17
Pt 14
Pt 18
Pt 19
Pt 20
Pt 21
Pt 22
Pt 23
Pt 24
Pt 25
Pt 26
Pt 27
Pt 28
Pt 29
Pt 30
Pt 31
Pt 32
Pt 33
Pt 34
Pt 35 Pt 36
Pt 37
Pt 39
Pt 38
Pt 40 Pt 41
Pt 42
Pt 43
Pt 44
Pt 45
Pt 46 Pt 47
Pt 48
Pt 49
PONTO 01
COORDENADAS GEOGRÁFICAS:
PORTO VELHO/ITACOATIARA
08°35’26’’ 63°42’46’’
PONTO 02 08°35’54’’ 63°35’37’’
PONTO 03 08°29´35´´ 63°35´53”´
PONTO 04 08°26´17´´ 63°30´02”´
PONTO 05 08°18’12’’ 63°22’58’’
PONTO 06 08°22’40’’ 63°24’57’’
PONTO 07 08°11’00’’ 63°05’34''
PONTO 08 08°03’36'' 62°56’07''
PONTO 09 07°30’28” 62°53’40''
PONTO 10 07º45’03” 62º56’13''
PONTO 11 07º19’56’’ 62º50’24”
PONTO 12 07º09’18’’ 62º54’15”
PONTO 13 06º59’56’’ 62º49’38”
PONTO 14 06º54’34’’ 62º38’45”
PONTO 15 06°46’59” 62°34’12''
PONTO 16 06°47’50” 62°23’00”
PONTO 17 06º35’46’’ 62º20’58”
PONTO 18 06º28’48’’ 62º18’30”
PONTO 19 06º18’10’’ 62º15’00”
PONTO 20 06°12’26” 62°05’40”
PONTO 21 06°19’33” 61°51’08”
PONTO 22 06°09’56” 61°50’18”
PONTO 23 06°02’15'' 61°41’41”
PONTO 24 05°53’57” 61°42’26”
PONTO 25 05°51’08” 61°29’53”
PONTO 26 05°49’04” 61°21’22”
PONTO 27 05°44’30'' 61°16’13”
PONTO 28 05°37’37” 61°O8’19”
PONTO 29 05°36’37’’ 60°59’15’’
PONTO 30 05°29’51” 06°49’50”
PONTO 31 05°22’00 60°43’00
PONTO 32 05°18’01” 60°36’52”
PONTO 33 05°11’32” 60°29’38”
PONTO 34 05º04’33” 60º20’36''
PONTO 35 04º5456” 60º14’19''
PONTO 36
PONTO 43
04º55’40”
03º56’44”
60º05’31”
59º15’56”
PONTO 37
PONTO 44
04º48’07”
03º48’56”
59º54’33”
59º02’33”
PONTO 38
PONTO 45
04º36’41 59º54’25''
59º06’23''
PONTO 39
PONTO 46
04º25’01”
03º32’40”
03º41’37”
59º47’03”
58º55’25”
PONTO 40
PONTO 47
04º23’47''
03º28’25''
59º47’15''
58º48’43''
PONTO 41
PONTO 48
04
03
º16’45”
º23’01”
59º26’59''
58º44’34''
PONTO 42
PONTO 49
04º08’42''
04º22’24''
59º21’04''
59º39’12''
ESCALA 1: 3.500.000
2002
Projeção Universal Transversa de Mercator
7 km 70 14 21 28 km
MAPA DE COLETA DE AMOSTRAS
DE SOLOS
PORTO VELHO/ITACOATIARA
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
Limite Interestadual
Cidade
Rio, ribeirão, igarapé
LEGENDA
Pontos onde foram coletados
amostras de solo
MAPA DE COLETA DE AMOSTRAS DE SOLOS
Ri
o
M
a
adeir
Ri
o
M
a
adeir
Ri
oAmazo
na
s
PORTO VELHO
BOLÍVIA
AMAZONAS
AMAZONAS
RONDÔNIA
LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDOS
72° 66° 60° 54° 48° 42° 36°
0° 0°
6° 6°
12° 12°
18° 18°
24° 24°
30° 30°
30°
60°72° 66° 54° 48° 42° 36°
AMAZONAS
BOLÍVIA
PARÁ
Equador
RONDÔNIA
ACRE
MATO
GROSSO
O que vem a ser o Dichloro-
diphenyl-trichloroethane
(DDT)?
• 1874 - Molécula sintetizada por Othmar Zeidler, um
estudante de doutorado na Alemanha.
• 1939 - Re-descoberta como um inseticida na
Basiléia, Suiça.
Paul Hermann Muller
As propriedades do DDT:
• Inseticida de contato muito
eficaz, mas não seletivo
• Atrapalha a condução dos
impulsos neurais - neurotóxico
• Baixos CU$TO$
• Alta persistência
• Pouco tóxico p/ humanos
(intoxicação aguda)
• IARC 2B –”Reasonably anticipated
to be a human carcinogen”
• Desregulador hormonal
• Persistente e lipofílico
• Altamente tóxico para algas, peixes
e aves de rapina
Brincando na areia, jovens
banhistas em Jones Beach,
Nova York, correm para as
nuvens de DDT pulverizadas
na praia em 1945. Usado
para erradicar moscas e
mosquitos portadores de
malária, o pesticida foi
posteriormente descoberto
como nocivo, apesar da
Garantias no sinal deste
caminhão Devido aos seus
efeitos a longo prazo na vida
selvagem, o DDT foi proibido
para uso geral nos Estados
Unidos em 1972. O sinal diz:
"DDT Inseticida poderoso
inofensivo para os seres
humanos"
Good bye, Mr. J. G. Edwards
DDT sob luz polarizada em
um microscópio
Prática comum após a
II Grande Guerra
Enquanto viajava através da América
Che Guevara noticiou uso similar de
DDT na Bolivia. De fato, o jovem
Ernesto tentou formular HCH na
garagem de sua casa…
Gordon
Edwards
morreu aos 86
anos
durante uma
caminhada nas
montanhas
Fred Soper,
combateu
mosquitos no
Brasil antes
do DDT
Presidente Getulio Vargas
e Fred Soper
"A minha opinião é que não existe
maneira de usarmos o DDT, que impeça
seu ingresso no meio ambiente“
Robert Risebrough, 1971
Bons tempos?
YES!!!
Dedetetização no campo de refugiados (44-45)
1949-1969: 20 anos de spray aéreo
Paul H. Muller
Rachel Carson:
Resistência
Bioacumulação
Biomagnificação
Bons tempos?
NO!!
Seu livro é considerado
Um dos 100 mais importantes
já escritos… 1962
DDT- é um ícone de sua era
O indivíduo nem pisca…
Existem poucos usos médicos reportados para o DDT:
1- Na India, uma vez se reverteu uma intoxicação por barbitúricos.
2- p, p'-DDE na medicina e na veterinária é usado em caso graves de aldosteronismo primário.
Os principais
metabólitos
… e a
degradação
posterior
praticamente
cessa…
Nossa intenção é construir um modelo
semelhante para a Amazonia.
Quanto tempo vai demorar?
Quanto irá custar?
Quem se importa?
WHO? OPAS? MMA?
• Altamente resistentes a degradação
• Semi-volatilidade
• Convenção de Estocolmo
• Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs)
Figura 4: Efeito de destilação global e Efeito Gafanhoto.
(UNEP, 2009; Baird & Cann, 2011; Botaro et al. 2011)
Controle de malária: o uso do DDT até 1998...
• O experimento em Breves (1945)
• O primeiro uso do DDT no Brasil
• Pontos fortes
• Eliminação dos vetores e outros insetos nas áreas
urbanizadas.
• Pontos fracos
• Dificuldades nas zonas ribeirinhas e no interior dos
municípios.
O experimento de Breves (1945):
1º. Uso do DDT no Brasil (SESP -
Charles Wagley, 1953 Amazon town)
Pontos Positivos:
Erradication total dos mosquitoes e de
outros insetos
Efeitos negativos:
Dificuldades em áreas remotas,
com diferentes padrões culturais e
péssimas condições de moradia e
higiene
Novos desafios:
A hidrovia do Madeira
Novas UHEs:
Santo Antônio, Jirau e Belo Monte
Expedições do projeto UFRJ-UNIR
396,03 in filhote
(Brachyplatystoma filamentosum)
85,79 in dourada
(Brachyplatystoma flavicans)
Itaituba*
(n = 4)
13-14/3/91
58,08 in tucunaré
(Cichla sp.)
11,23 in tucunaré
(Cichla sp.)
Jacareacanga
(n = 6):
20/9/93
20,25 in piranha
(Serasalmus sp.)
13,85 in piranha
(Serasalmus sp.)
Rio Rato
(Igarapé Paraí)
(n = 2)
28/11/92
79,91 in piramutaba
(Brachyplatystoma vaillanti)
4,47 in apapá amarelo
(Pellona castelnaeana)
Brasília Legal
(n = 7)
3/8/92
55,82 in mapará
(llisha amazonica)
17,93 in pescada
(Plagisocion sp.)
Santarém
(n = 7):
10/8/91
MAXIMUM VALUES:
(ng/g dry weigth)
MINIMUM VALUES:
(ng/g dry weight)
Rio Tapajós Basin,
PA
396,03 in filhote
(Brachyplatystoma filamentosum)
85,79 in dourada
(Brachyplatystoma flavicans)
Itaituba*
(n = 4)
13-14/3/91
58,08 in tucunaré
(Cichla sp.)
11,23 in tucunaré
(Cichla sp.)
Jacareacanga
(n = 6):
20/9/93
20,25 in piranha
(Serasalmus sp.)
13,85 in piranha
(Serasalmus sp.)
Rio Rato
(Igarapé Paraí)
(n = 2)
28/11/92
79,91 in piramutaba
(Brachyplatystoma vaillanti)
4,47 in apapá amarelo
(Pellona castelnaeana)
Brasília Legal
(n = 7)
3/8/92
55,82 in mapará
(llisha amazonica)
17,93 in pescada
(Plagisocion sp.)
Santarém
(n = 7):
10/8/91
MAXIMUM VALUES:
(ng/g dry weigth)
MINIMUM VALUES:
(ng/g dry weight)
Rio Tapajós Basin,
PA
LEVELS OF ( DDT )
* Fishes with elevated DDT mean levels
286,49 in jaú
(P. luetkeni)
20,0 in jaú
(Paulicea luetkeni)
Maximum value:
(ng/g dry weight)
Minimum value:
(ng/g dry weight)
286,49 in jaú
(P. luetkeni)
20,0 in jaú
(Paulicea luetkeni)
Maximum value:
(ng/g dry weight)
Minimum value:
(ng/g dry weight)
14 jan.1991, 20 set. 1993 e jan 1996
Tele Pires river,
Alta Floresta,* MT
(n = 7)
Tucunaré Cascudo
Piranhas
Aruanã
Tambaqui
Piraíba
Traíra
Pirarara
Jaraqui
Jaú
Pintado
Surubim
Piramutaba
Madeira River Basin Minimum values
(ng/ g dry weight)
Maximum values
(ng/ g dry weight)
Manicoré
(n = 1):
(19/10/1990 )
30,61 in aracu
(Fam. Anostomidae)
Porto Velho and surroundings*
(n = 10)
oct. 1991 and aug. 1993
12,22 in tucunaré
(Cichla occelaris.)
Lago das Pupunhas
310,60 in dourada (Brachyplatystoma
flavicans) Porto Velho
Humaitá*
(n = 10)
oct. 1991 and aug. 1993
10,95 in surubim
(P. fasciatum)
62,89 in surubim (Pseudoplatystoma
fasciatum)
Áreas de Estudo na Amazônia Legal Brasileira
A area de estudo:
Rio Madeira, abaixo
de Porto Velho.
15 vilas; 5 cidade
150,600 habitantes
no total
1,450 km
N= 68 amostras de
leite (coletas
aprovadas em
conselho de ética –
IESC-UFRJ)
Expedição 2001-
2002
40 participantes:
5 Professores, 3
técnicos e
35 estudantes)
Brasil, Ministério dos Transportes
2mL lehe
+
10mL AcEt+MeOH+Acetona (2+4+4)
VORTEX (1min)
Ultrasonido (20min)
CENTRIFUGE (2000rpm/20min)
Tome la capa superior
Anadir 13mL H2O Destilada
Eluir atraves de un Sep-Pak C18*
limpieza 2 X 1mL OF H2O
Sear el cartucho
Eluir lso plaguicidas con 2 X 0,5mL de ISOCTANO
Condicionamiento:
2 X 1mL ISOCTANO
2 X 1mL AcEt
2 X 1mL MeOH
2 X 1mL H2O
Rapid method for the determination of organochlorine pesticides in milk
PRAPAMONTOL, T. & STEVENSON, D.
Journal of Chromatography, vol.552, p.249-257, 1991.
Materiais e Métodos
Supelco vaccum aparatus
CORRIGINDO OS RESULTADOS
(3% GORDURA)
p,p´- DDT = 3.9 to 3,378.8 g/L (ppb)
SOMA DE DDTS = 33.83 – 12,482.60 g/L
(DDT=DDD+DDE+DDT)
SEM CORREÇÃO
p,p´- DDT = 0.12 – 101.36 g/L
SUM OF DDT = 1.02 to 374.48 g/L
DDT total em amostras deleite humano em outras partes do
mundo (mg/L - ppm)
GUATEMALA faixa (médias ± DP)
La Bomba (1970) 0.41-11.50 (2.15 ± 1.05)
El Rosario (1970) 0.34-4.37 (1.84 ± 0.24)
Cerro Colorado (1971) 1.57-12.21 (4.07 ± 1.11)
OLSZYNA-MARZYS et al, 1973.
ESTE ESTUDO: 0.001-0.375 (0.035 ± 0.063)
Espanha
Almeria (rural) average = 0,049
Granada (urban) average = 0,046
CAMPOY et al, 2001.
Ranking DO DDT
MEDALHA DE OURO Hong Kong 18.87 (1976)
BRASIL - AMAZÔNIA 12.48 (Max. value of the present study - 2001-2002)
Beijing 7.71 (1983)
Mexico 6.44 (1994-1995)
Turkey 4.15 (1984-1985)
Mexico 4.7 (1997-1998)
Turkey 2.66 (2001-2002)
Turkey 2.41 (1995-1996)
Beijing 2.04 (1998)
BRASIL – Rio de Janeiro 1.7 (1992)*
BRASIL – São Paulo 0.606 (2001)**
Thailand 0.4413 (1998)
Germany 0.24 (1995-1997)
BRAZIL – Belo Horizonte 0.174 (2001)**
DADO DE WONG et al, Chemosphere 60 (2005) 740-752
• DDE+DDT 2.35 Italy (1987)
8.30 Jordan (1992)
2.26 Kazakhstan (1994)
2.79 Ukraine (1993-1994)
5.82 Zimbabwe (1997)
* Paumgartten et al (2001)
**Polled samples, Krauss et al (2004)
HUMANOS: NÍVEIS ACEITÁVEIS
0 – 0.005 mg DDT/ kg peso corporal (FAO/WHO, 1969)
0 – 0.020 mg DDT/ kg peso orporal (FAO/WHO, 1984)
Assumindo a ingestão diária = 0.6L / DAY (D ~ 1.032kg/L)
Peso estimado do bebê (OMS, 1979)
6.45% dos nossos dados se encontram acima dos valores
máximos aceitáveis (ADI)
A Amazônia Azul
• Oceano Atlântico
• Litoral
• Área econômica exclusiva – plataforma continental
• Descoberta do Pré – Sal – Petróleo no Mar
• Pesca Industrial x Sustentabilidade
• Biodiversidade
Estudos sobre o destino de poluentes
• Importância do tema para a biodiversidade geral
• Água de abastecimento doméstico – tratamento público x privatização
• Água de irrigação – fertilizantes e agrotóxicos
• Óleo no mar - Chega a 772 número de localidades afetadas por óleo no NE, ES e RJ
“Dentre os locais ainda com óleo, 34 ficam na Área de Proteção Ambiental Costa dos
Corais”
• POPs e o convênio de Estocolomo
• Consumo de pescado no Brasil
• Mercúrio e DDT na Amazônia
• Considerações finais
• Pesca no Brasil e no Estado do Rio de Janeiro
Figura 1: Produção de pescado (t) nacional da pesca extrativa marinha em 2010 e 2011 discriminada por Unidade de Federação.
(BRASIL, 2013)
Figura 2: Localização da Baía de Guanabara no Estado do Rio de Janeiro.
Fonte: Google maps
Figura 3: Praia da Ilha do Fundão. (Galvão, et al. 2012)
• Principais espécies capturadas no Rio de Janeiro
Espécie 2009 2010 2011
Corvina 45.750,2 43.191,3 43.369,7
Sardinha-verdadeira 83.286,5 62.133,9 75.122,5
Tainha 18.918,6 17.866,1 18.045,9
Produção de pescado (toneladas) da pesca extrativa marinha nos anos de 2009, 2010 e 2011.
Fonte: Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura 2011 (BRASIL, 2013).
Sardinha-verdadeira (Sardinella brasiliensis) Corvina (Micropogonias furnieri) Tainha (Mugil liza)
(BRASIL, 2013)
• Consumo de peixes, benefícios nutricionais e risco associado
0
2
4
6
8
10
12Kg/habitante
Consumo Per Capita
11, 17 Kg/habitante
Consumo per capita de pescado no Brasil
12 Kg/habitante
(FAO)
(BRASIL, 2014)
• Consumo de peixes, benefícios nutricionais e risco associado
(Endo & Arita, 2015)
Proteína de alto valor
biológico
Elevada
digestibilidade
Vitaminas e Minerais
Ácidos graxos poli-
insaturados
(Ômega-3)
• Efeito cardioprotetor
• Efeito anti-inflamatório
• Consumo de peixes, benefícios nutricionais e risco associado
(He, 2009; Zhen-Yu, et al. 2012; Endo & Arita, 2015)
Ácidos graxos poli-insaturados (Ômega-3)
Contaminação por poluentes orgânicos persistentes
• Sardinha-verdadeira, Corvina e Tainha
• Três pontos de coleta na Baía de Guanabara
Figura 6: Pontos de coleta localizados na Baía de Guanabara.
Tabela 1: Coleta por ponto de coleta de pescado:
• Pescadores artesanais
• Sob refrigeração
• Laboratório de Micropoluentes Cmt Jan Japenga – IBCCF/UFRJ
• Estimativa de ingestão de POPs decorrente do consumo de pescados
EDI: Estimativa diária de ingestão
IDA: Ingestão diária aceitável
Ri: Concentração do contaminante
Ci: Consumo de pescado
PC: Peso corpóreo
%IDA>100
(WHO,1997; FAO, 2009)
• Caracterização das amostras:
Tabela 2: Comparação entre as espécies quanto ao percentual de lipídios (% Lip), Comprimento Total (CT) e Comprimento Real (CR) em centímetros, e valor de P
utilizando teste de Kruskal Wallis e posterior Teste de Dunn.
Letras diferentes na mesma coluna diferem estatisticamente a nível significância de 5% (p<0,005), DP (Desvio Padrão), Min (Mínimo), Máx (Máximo).
• Concentração de POPs no pescado
Tabela 3: Comparação das médias ± DP da concentração dos pesticidas organoclorados (ng/g p.u.) nas amostras de sardinha, corvina e tainha e valor de P utilizando teste de Kruskal Wallis e
posterior Teste de Dunn*.
*Letras diferentes na mesma linha diferem estatisticamente a nível de significância de 5% (p<0,05), DP (Desvio Padrão), <LOD (abaixo do limite de detecção), Σ HCH (α-HCH + β-HCH + ᵞ-HCH), Σ Clordano (cis-Clordano + trans-
Clordano), Σ DDT (p,p'-DDE + o,p'-DDE + o,p'-DDD + p,p'-DDD + o,p'-DDT + p,p'-DDT + t,t'-DDT), Σ OCP (Somatório dos Pesticidas Organoclorados).
• Frequência dos POPs nas amostras de Sardinha, Corvina e Tainha.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
%
Sardinha Corvina Tainha
• Da Silva e colaboradores (2003):
• Sardinella brasiliensis, Micropogonias furnieri e Mugil liza
• 10,6 ng/g p.u. Dieldrin em uma amostra de corvina de e 14 ng/g p.u
p,p'-DDE nas amostras de tainha
• Amostras compostas (pool de vários indivíduos)
• Pequeno número de amostras (4 sardinhas, 3 corvinas e 3 tainhas).
• Da Silva e colaboradores (2016):
• Micropogonias furnieri e Mugil liza
• Resultados expressos em ng/g de gordura
• Corvina: Heptacloro, seguido do β-endosulfan e do Endrin
• Tainha: p,p'-DDT, Heptacloro e Aldrin
(Da Silva, et al. 2003; Da Silva, et al. 2016)
• Distribuição dos Metabólitos do DDT nas amostras de músculo das 3 espécies
estudadas.
DDE/ΣDDT>0,6
• Distribuição dos Isômeros do HCH nas amostras de músculo das 3 espécies
estudadas
• Comparação entre os três pontos de amostragem:
Tabela 4: Comparação entre as médias ± DP do ΣOCP entre as três localidades de coleta das amostras, utilizando teste de Kruskal Wallis e
posterior Teste de Dunn com p<0,05.
Letras diferentes na mesma linha diferem estatisticamente a nível de significância de 5% (p<0,05), DP (Desvio Padrão), ΣOCP
(Somatório de todos os pesticidas organoclorados)
Tabela 5: Limites máximos de OCPs estabelecidos pelas agências reguladoras
brasileira e americana para amostras de pescado em ng/g p.u.
• Baía de Guanabara: Efluentes industriais x Resíduos químicos (Agrotóxicos)
• Alteração no processamento
(Vetter, et al. 2015; Sudaryanto, et al. 2007)
• Estimativa de Ingestão
• %IDA Metoxicloro:
• Consumo para exceder o %IDA para Metoxicloro:
• 10kg de sardinha/dia – adultos
• 5kg de sardinha/dia - crianças
Sardinha Corvina Tainha
Adultos 0,31% 0,16% 0,07%
Crianças 0,62% 0,32% 0,14%
•Galvão e colaboradores (2014):
•Mexilhões-Baía de Guanabara
•342 unidades de mexilhão para exceder o limite para p,p’-
DDT
•Hipótese do pescado como única fonte de exposição
•Exposição múltipla
(Galvão, et al. 2014; Pose-Juan, et al. 2016 )
• Nenhum composto excedeu o Limite Máximo de Resíduo permitido
pelos órgãos reguladores nacionais e internacionais;
• Apenas dois metabólitos do DDT apresentaram diferença
significativa entre as espécies;
• O Metoxicloro foi o OCP encontrado em concentrações superiores
aos demais compostos tradicionalmente encontrados nas três
espécies estudadas;
• O t,t’-DDT (DDMU) foi o composto que apresentou maior frequência
em todas as espécies;
•A proporção entre os metabólitos do DDT nas três espécies
estudadas foi maior para o DDE, sugerindo não ser
proveniente de uso recente deste contaminante;
•A proporção entre os isômeros do HCH, com a prevalência do
isômero ᵞ-HCH, indica que a contaminação por este composto
na Baía de Guanabara é majoritariamente pelo emprego do
Lindano;
•O consumo não apresenta risco a saúde humana, sendo,
portanto, o pescado das espécies estudadas oriundo desta
baía considerado seguro para consumo.
Dinâmica Biogeoquímica do Mercúrio
na Bacia Hidrográfica do Rio Madeira
Wanderley R. Bastos
Universidade Federal de Rondônia
bastoswr@unir.brhttp//: www.biogeoquimica.unir.br
Usinas Hidrelétricas do Madeira
Construídas
Projetos
Hidrelétrica de Samuel (RO)
Lago Puruzinho (Baixo Rio Madeira)
Hg2+; Hg-part
Hg2+; Hg-part
Denudação (Erosão progressiva) e
Alagamento de Solos
Hg2+; Hg-part
Deposição Atmosférica
Decomposição da M.O.
Ambiente Sub-Óxico
Metilação
Exportação de MeHg
Reservatórios artificiais e metilação do Hg (Lacerda, 2009)Reservatórios artificiais e metilação do Hg (Lacerda, 2009)
Hg0 Hg+2
CH3-Hg+2
Hg nos Peixes do Rio Madeira
Bioacumulação e Biomagnificação
ANVISA
1,0mg/kg
0,5mg/kg
Pré-H
erbívoros
(n=233)
Pós-H
erbívoros
(n=157)
Pré-D
etritívoros
(n=552)
Pós-D
etritívoros
(n=426)
Pré-O
m
nívoros
(n=626)
Pós-O
m
nívoros
(n=327)
Pré-Planctívoros
(n=115)
Pós-Planctívoros
(n=165)
Pré-C
arnívoros
(n=319)
Pós-C
arnívoros
(n=291)
Pré-Piscívoros
(n=657)
Pós-Piscívoros
(n=458)
0.00
0.20
0.40
0.60
0.80
1.00
1.20
2.00
4.00
6.00
8.00
Pré-Enchimento Pós-Enchimento
Hg-T - Peixes - Pré x Pós (n total= 4323)
***
***
p< 0,0001
K= 2266
Hg-T(mg/kg)
Tabela 9: Consumo diário per capta de pescado em algumas localidades da região
Amazônica de acordo com diferentes autores.
Consumo
Diário (g)
Região Fonte (autores)
121 Manaus/AM Giugliano et al. (1978)
194 Itacoatiara/AM Smith, (1979)
150 Manaus/AM Shrimpton & giugliano (1979)
200 Manaus/AM Amoroso, (1981)
369* Lago Grande de Monte Alegre/AM Cerdeira et al. (1997).
550 Rio Solimões/AM Batista et al. (1998).
805
538
522
Rio Japurá/AM
Rio Içá/AM
Rio Solimões/AM
Fabré & Alonso, (1998).
243* Rio Madeira/RO Boischio et al. (2000).
250 Rio Madeira/RO-AM Bastos et al. (2006).
406* Lago Puruzinho/AM Presente estudo
Média Nacional= 24,7g/dia (FAO, 2013) - Oliveira, 2009.
Avaliação Humana (Consumo de Peixes)
Figura 07: Distribuição do número de puérperas urbanas e ribeirinhas segundo
a frequência do consumo de peixes, 2010.
0 - 19 20 - 40 > 40
Classes de Idade (anos)
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
ConcentraçãodeHgg.g-1
(ppm)
Mediana
25%-75%
Interv. s/ Outliers
Outliers
Extremos
Figura 20: Concentração de HgT no cabelo por classes de idade (Puruzinho).
No Puruzinho em média 85% é MeHg.
Avaliação Humana (HgT - cabelo)
OMS
Concentração de Hg na população do Puruzinho
7,00 ppm – Limite máximo recomendável
16,00 ppm – Associação a sintomas
50,00 ppm – Intoxicação aguda
• Média= 17,35 ppm
• Mínimo= 2,28 ppm
• Máximo= 70,56 ppm
[OMS]
Mean
Mean±SE
Mean±SD
Outliers
Extremes
PVH RIB
Localidades
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
ug_kgHgPU
Avaliação Humana (HgT - leite materno)
Figura 06: Concentração de Hg-T em amostras de leite materno das
puérperas urbana (PVH) e ribeirinhas (Rio Madeira).
Ribeirinhas em média 3x mais HgT
Mean
Mean±SE
Mean±SD
Outliers
Extremes
PVH
DEMARCAÇÃO
CALAMA
Papagaios
SantaCatarina
Nazaré
TerraCaída
SãoCarlos
NovaEsperança
Puruzinho
Localidades
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
[Hg]_kgHgPU
Avaliação Humana (HgT - leite materno) – Rio Madeira
Figura: 09 Concentração de Hg-T nas amostras de leite materno por
localidades no Baixo rio Madeira (2010).
Leite
Cabelo
THg – Leite materno e Cabelo
Avaliação Humana (Hg-T - sangue) – Puruzinho 2011
Figura: Concentração de Hg-T em sangue humano – Puruzinho 2011.
Referencia entre 5 e 10g/L (WHO, 2008).
OMS
Avaliação Humana (MeHg - sangue) – Puruzinho 2011
36%
43%38%
Figura: Concentração de MeHg em sangue humano – Puruzinho 2011.
Em Média cerca de 40% está na forma MeHg.
Cascudo; Mapará; Sardinha; Barba chata
Espécies de peixes que aumentaram [Hg]
Muito obrigado!
jptorres@biof.ufrj.br
torresjpm@gmail.com
+ (55)(21) 3938-660
Laboratório de Micropoluentes
IBCCF-UFRJ

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Desafios ambientais brasileiros: DDT e poluição por POPs

  • 1.
  • 2. Desafios ambientais: Uma perspectiva brasileira. João Paulo Machado Torres Professor Titular e Chefe do Programa de Biofísica Ambiental UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
  • 3. A Amazônia é 60% do Brasil • Desmatamento • Extração de madeira • Avanço de pastagens e da soja • Garimpos de ouro • Represas hidrelétricas • Ponto do não retorno • Savanização • Gases de efeito estufa – o metano, gado e reservatórios artificias...
  • 4.
  • 5.
  • 6. 8850000 9000000 9150000 9300000 9450000 9600000 9750000 8850000 9000000 9150000 9300000 9450000 9600000 9750000 300000 450000 600000 750000 900000 1050000 1200000 1350000 300000 450000 600000 750000 900000 1050000 1200000 1350000 54º 11' 11.33'' 54º 14' 57.03''62º 47' 12.00'' 60º 37' 09.14'' 65º 57' 55.45'' 66º 00' 15.91'' 7º 10' 23.54'' 2º 11' 12.98''2º 12' 46.19'' 10º 45' 07.72'' 5º 27' 38.79'' 10º 44' 48.25'' Pt 1 Pt. 2 Pt 3 Pt 4 Pt 6 Pt 5 Pt 7 Pt 8 Pt 9 Pt 10 Pt 11 Pt 12 Pt 13 Pt 15 Pt 16 Pt 17 Pt 14 Pt 18 Pt 19 Pt 20 Pt 21 Pt 22 Pt 23 Pt 24 Pt 25 Pt 26 Pt 27 Pt 28 Pt 29 Pt 30 Pt 31 Pt 32 Pt 33 Pt 34 Pt 35 Pt 36 Pt 37 Pt 39 Pt 38 Pt 40 Pt 41 Pt 42 Pt 43 Pt 44 Pt 45 Pt 46 Pt 47 Pt 48 Pt 49 PONTO 01 COORDENADAS GEOGRÁFICAS: PORTO VELHO/ITACOATIARA 08°35’26’’ 63°42’46’’ PONTO 02 08°35’54’’ 63°35’37’’ PONTO 03 08°29´35´´ 63°35´53”´ PONTO 04 08°26´17´´ 63°30´02”´ PONTO 05 08°18’12’’ 63°22’58’’ PONTO 06 08°22’40’’ 63°24’57’’ PONTO 07 08°11’00’’ 63°05’34'' PONTO 08 08°03’36'' 62°56’07'' PONTO 09 07°30’28” 62°53’40'' PONTO 10 07º45’03” 62º56’13'' PONTO 11 07º19’56’’ 62º50’24” PONTO 12 07º09’18’’ 62º54’15” PONTO 13 06º59’56’’ 62º49’38” PONTO 14 06º54’34’’ 62º38’45” PONTO 15 06°46’59” 62°34’12'' PONTO 16 06°47’50” 62°23’00” PONTO 17 06º35’46’’ 62º20’58” PONTO 18 06º28’48’’ 62º18’30” PONTO 19 06º18’10’’ 62º15’00” PONTO 20 06°12’26” 62°05’40” PONTO 21 06°19’33” 61°51’08” PONTO 22 06°09’56” 61°50’18” PONTO 23 06°02’15'' 61°41’41” PONTO 24 05°53’57” 61°42’26” PONTO 25 05°51’08” 61°29’53” PONTO 26 05°49’04” 61°21’22” PONTO 27 05°44’30'' 61°16’13” PONTO 28 05°37’37” 61°O8’19” PONTO 29 05°36’37’’ 60°59’15’’ PONTO 30 05°29’51” 06°49’50” PONTO 31 05°22’00 60°43’00 PONTO 32 05°18’01” 60°36’52” PONTO 33 05°11’32” 60°29’38” PONTO 34 05º04’33” 60º20’36'' PONTO 35 04º5456” 60º14’19'' PONTO 36 PONTO 43 04º55’40” 03º56’44” 60º05’31” 59º15’56” PONTO 37 PONTO 44 04º48’07” 03º48’56” 59º54’33” 59º02’33” PONTO 38 PONTO 45 04º36’41 59º54’25'' 59º06’23'' PONTO 39 PONTO 46 04º25’01” 03º32’40” 03º41’37” 59º47’03” 58º55’25” PONTO 40 PONTO 47 04º23’47'' 03º28’25'' 59º47’15'' 58º48’43'' PONTO 41 PONTO 48 04 03 º16’45” º23’01” 59º26’59'' 58º44’34'' PONTO 42 PONTO 49 04º08’42'' 04º22’24'' 59º21’04'' 59º39’12'' ESCALA 1: 3.500.000 2002 Projeção Universal Transversa de Mercator 7 km 70 14 21 28 km MAPA DE COLETA DE AMOSTRAS DE SOLOS PORTO VELHO/ITACOATIARA CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS Limite Interestadual Cidade Rio, ribeirão, igarapé LEGENDA Pontos onde foram coletados amostras de solo MAPA DE COLETA DE AMOSTRAS DE SOLOS Ri o M a adeir Ri o M a adeir Ri oAmazo na s PORTO VELHO BOLÍVIA AMAZONAS AMAZONAS RONDÔNIA LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDOS 72° 66° 60° 54° 48° 42° 36° 0° 0° 6° 6° 12° 12° 18° 18° 24° 24° 30° 30° 30° 60°72° 66° 54° 48° 42° 36° AMAZONAS BOLÍVIA PARÁ Equador RONDÔNIA ACRE MATO GROSSO
  • 7.
  • 8.
  • 9. O que vem a ser o Dichloro- diphenyl-trichloroethane (DDT)? • 1874 - Molécula sintetizada por Othmar Zeidler, um estudante de doutorado na Alemanha. • 1939 - Re-descoberta como um inseticida na Basiléia, Suiça. Paul Hermann Muller
  • 10. As propriedades do DDT: • Inseticida de contato muito eficaz, mas não seletivo • Atrapalha a condução dos impulsos neurais - neurotóxico • Baixos CU$TO$ • Alta persistência • Pouco tóxico p/ humanos (intoxicação aguda) • IARC 2B –”Reasonably anticipated to be a human carcinogen” • Desregulador hormonal • Persistente e lipofílico • Altamente tóxico para algas, peixes e aves de rapina
  • 11. Brincando na areia, jovens banhistas em Jones Beach, Nova York, correm para as nuvens de DDT pulverizadas na praia em 1945. Usado para erradicar moscas e mosquitos portadores de malária, o pesticida foi posteriormente descoberto como nocivo, apesar da Garantias no sinal deste caminhão Devido aos seus efeitos a longo prazo na vida selvagem, o DDT foi proibido para uso geral nos Estados Unidos em 1972. O sinal diz: "DDT Inseticida poderoso inofensivo para os seres humanos"
  • 12. Good bye, Mr. J. G. Edwards DDT sob luz polarizada em um microscópio Prática comum após a II Grande Guerra Enquanto viajava através da América Che Guevara noticiou uso similar de DDT na Bolivia. De fato, o jovem Ernesto tentou formular HCH na garagem de sua casa…
  • 13. Gordon Edwards morreu aos 86 anos durante uma caminhada nas montanhas Fred Soper, combateu mosquitos no Brasil antes do DDT Presidente Getulio Vargas e Fred Soper
  • 14. "A minha opinião é que não existe maneira de usarmos o DDT, que impeça seu ingresso no meio ambiente“ Robert Risebrough, 1971
  • 15. Bons tempos? YES!!! Dedetetização no campo de refugiados (44-45) 1949-1969: 20 anos de spray aéreo
  • 16. Paul H. Muller Rachel Carson: Resistência Bioacumulação Biomagnificação Bons tempos? NO!! Seu livro é considerado Um dos 100 mais importantes já escritos… 1962
  • 17. DDT- é um ícone de sua era O indivíduo nem pisca… Existem poucos usos médicos reportados para o DDT: 1- Na India, uma vez se reverteu uma intoxicação por barbitúricos. 2- p, p'-DDE na medicina e na veterinária é usado em caso graves de aldosteronismo primário.
  • 18. Os principais metabólitos … e a degradação posterior praticamente cessa…
  • 19. Nossa intenção é construir um modelo semelhante para a Amazonia. Quanto tempo vai demorar? Quanto irá custar? Quem se importa? WHO? OPAS? MMA?
  • 20. • Altamente resistentes a degradação • Semi-volatilidade • Convenção de Estocolmo • Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) Figura 4: Efeito de destilação global e Efeito Gafanhoto. (UNEP, 2009; Baird & Cann, 2011; Botaro et al. 2011)
  • 21. Controle de malária: o uso do DDT até 1998... • O experimento em Breves (1945) • O primeiro uso do DDT no Brasil • Pontos fortes • Eliminação dos vetores e outros insetos nas áreas urbanizadas. • Pontos fracos • Dificuldades nas zonas ribeirinhas e no interior dos municípios.
  • 22. O experimento de Breves (1945): 1º. Uso do DDT no Brasil (SESP - Charles Wagley, 1953 Amazon town) Pontos Positivos: Erradication total dos mosquitoes e de outros insetos Efeitos negativos: Dificuldades em áreas remotas, com diferentes padrões culturais e péssimas condições de moradia e higiene Novos desafios: A hidrovia do Madeira Novas UHEs: Santo Antônio, Jirau e Belo Monte
  • 23.
  • 24.
  • 26.
  • 27. 396,03 in filhote (Brachyplatystoma filamentosum) 85,79 in dourada (Brachyplatystoma flavicans) Itaituba* (n = 4) 13-14/3/91 58,08 in tucunaré (Cichla sp.) 11,23 in tucunaré (Cichla sp.) Jacareacanga (n = 6): 20/9/93 20,25 in piranha (Serasalmus sp.) 13,85 in piranha (Serasalmus sp.) Rio Rato (Igarapé Paraí) (n = 2) 28/11/92 79,91 in piramutaba (Brachyplatystoma vaillanti) 4,47 in apapá amarelo (Pellona castelnaeana) Brasília Legal (n = 7) 3/8/92 55,82 in mapará (llisha amazonica) 17,93 in pescada (Plagisocion sp.) Santarém (n = 7): 10/8/91 MAXIMUM VALUES: (ng/g dry weigth) MINIMUM VALUES: (ng/g dry weight) Rio Tapajós Basin, PA 396,03 in filhote (Brachyplatystoma filamentosum) 85,79 in dourada (Brachyplatystoma flavicans) Itaituba* (n = 4) 13-14/3/91 58,08 in tucunaré (Cichla sp.) 11,23 in tucunaré (Cichla sp.) Jacareacanga (n = 6): 20/9/93 20,25 in piranha (Serasalmus sp.) 13,85 in piranha (Serasalmus sp.) Rio Rato (Igarapé Paraí) (n = 2) 28/11/92 79,91 in piramutaba (Brachyplatystoma vaillanti) 4,47 in apapá amarelo (Pellona castelnaeana) Brasília Legal (n = 7) 3/8/92 55,82 in mapará (llisha amazonica) 17,93 in pescada (Plagisocion sp.) Santarém (n = 7): 10/8/91 MAXIMUM VALUES: (ng/g dry weigth) MINIMUM VALUES: (ng/g dry weight) Rio Tapajós Basin, PA LEVELS OF ( DDT ) * Fishes with elevated DDT mean levels
  • 28. 286,49 in jaú (P. luetkeni) 20,0 in jaú (Paulicea luetkeni) Maximum value: (ng/g dry weight) Minimum value: (ng/g dry weight) 286,49 in jaú (P. luetkeni) 20,0 in jaú (Paulicea luetkeni) Maximum value: (ng/g dry weight) Minimum value: (ng/g dry weight) 14 jan.1991, 20 set. 1993 e jan 1996 Tele Pires river, Alta Floresta,* MT (n = 7) Tucunaré Cascudo Piranhas Aruanã Tambaqui Piraíba Traíra Pirarara Jaraqui Jaú Pintado Surubim Piramutaba
  • 29. Madeira River Basin Minimum values (ng/ g dry weight) Maximum values (ng/ g dry weight) Manicoré (n = 1): (19/10/1990 ) 30,61 in aracu (Fam. Anostomidae) Porto Velho and surroundings* (n = 10) oct. 1991 and aug. 1993 12,22 in tucunaré (Cichla occelaris.) Lago das Pupunhas 310,60 in dourada (Brachyplatystoma flavicans) Porto Velho Humaitá* (n = 10) oct. 1991 and aug. 1993 10,95 in surubim (P. fasciatum) 62,89 in surubim (Pseudoplatystoma fasciatum)
  • 30. Áreas de Estudo na Amazônia Legal Brasileira
  • 31. A area de estudo: Rio Madeira, abaixo de Porto Velho. 15 vilas; 5 cidade 150,600 habitantes no total 1,450 km N= 68 amostras de leite (coletas aprovadas em conselho de ética – IESC-UFRJ) Expedição 2001- 2002 40 participantes: 5 Professores, 3 técnicos e 35 estudantes) Brasil, Ministério dos Transportes
  • 32.
  • 33.
  • 34. 2mL lehe + 10mL AcEt+MeOH+Acetona (2+4+4) VORTEX (1min) Ultrasonido (20min) CENTRIFUGE (2000rpm/20min) Tome la capa superior Anadir 13mL H2O Destilada Eluir atraves de un Sep-Pak C18* limpieza 2 X 1mL OF H2O Sear el cartucho Eluir lso plaguicidas con 2 X 0,5mL de ISOCTANO Condicionamiento: 2 X 1mL ISOCTANO 2 X 1mL AcEt 2 X 1mL MeOH 2 X 1mL H2O Rapid method for the determination of organochlorine pesticides in milk PRAPAMONTOL, T. & STEVENSON, D. Journal of Chromatography, vol.552, p.249-257, 1991. Materiais e Métodos Supelco vaccum aparatus
  • 35. CORRIGINDO OS RESULTADOS (3% GORDURA) p,p´- DDT = 3.9 to 3,378.8 g/L (ppb) SOMA DE DDTS = 33.83 – 12,482.60 g/L (DDT=DDD+DDE+DDT) SEM CORREÇÃO p,p´- DDT = 0.12 – 101.36 g/L SUM OF DDT = 1.02 to 374.48 g/L
  • 36. DDT total em amostras deleite humano em outras partes do mundo (mg/L - ppm) GUATEMALA faixa (médias ± DP) La Bomba (1970) 0.41-11.50 (2.15 ± 1.05) El Rosario (1970) 0.34-4.37 (1.84 ± 0.24) Cerro Colorado (1971) 1.57-12.21 (4.07 ± 1.11) OLSZYNA-MARZYS et al, 1973. ESTE ESTUDO: 0.001-0.375 (0.035 ± 0.063) Espanha Almeria (rural) average = 0,049 Granada (urban) average = 0,046 CAMPOY et al, 2001.
  • 37. Ranking DO DDT MEDALHA DE OURO Hong Kong 18.87 (1976) BRASIL - AMAZÔNIA 12.48 (Max. value of the present study - 2001-2002) Beijing 7.71 (1983) Mexico 6.44 (1994-1995) Turkey 4.15 (1984-1985) Mexico 4.7 (1997-1998) Turkey 2.66 (2001-2002) Turkey 2.41 (1995-1996) Beijing 2.04 (1998) BRASIL – Rio de Janeiro 1.7 (1992)* BRASIL – São Paulo 0.606 (2001)** Thailand 0.4413 (1998) Germany 0.24 (1995-1997) BRAZIL – Belo Horizonte 0.174 (2001)** DADO DE WONG et al, Chemosphere 60 (2005) 740-752 • DDE+DDT 2.35 Italy (1987) 8.30 Jordan (1992) 2.26 Kazakhstan (1994) 2.79 Ukraine (1993-1994) 5.82 Zimbabwe (1997) * Paumgartten et al (2001) **Polled samples, Krauss et al (2004)
  • 38. HUMANOS: NÍVEIS ACEITÁVEIS 0 – 0.005 mg DDT/ kg peso corporal (FAO/WHO, 1969) 0 – 0.020 mg DDT/ kg peso orporal (FAO/WHO, 1984) Assumindo a ingestão diária = 0.6L / DAY (D ~ 1.032kg/L) Peso estimado do bebê (OMS, 1979) 6.45% dos nossos dados se encontram acima dos valores máximos aceitáveis (ADI)
  • 39. A Amazônia Azul • Oceano Atlântico • Litoral • Área econômica exclusiva – plataforma continental • Descoberta do Pré – Sal – Petróleo no Mar • Pesca Industrial x Sustentabilidade • Biodiversidade
  • 40.
  • 41. Estudos sobre o destino de poluentes • Importância do tema para a biodiversidade geral • Água de abastecimento doméstico – tratamento público x privatização • Água de irrigação – fertilizantes e agrotóxicos • Óleo no mar - Chega a 772 número de localidades afetadas por óleo no NE, ES e RJ “Dentre os locais ainda com óleo, 34 ficam na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais” • POPs e o convênio de Estocolomo • Consumo de pescado no Brasil • Mercúrio e DDT na Amazônia • Considerações finais
  • 42.
  • 43. • Pesca no Brasil e no Estado do Rio de Janeiro Figura 1: Produção de pescado (t) nacional da pesca extrativa marinha em 2010 e 2011 discriminada por Unidade de Federação. (BRASIL, 2013)
  • 44. Figura 2: Localização da Baía de Guanabara no Estado do Rio de Janeiro. Fonte: Google maps Figura 3: Praia da Ilha do Fundão. (Galvão, et al. 2012)
  • 45. • Principais espécies capturadas no Rio de Janeiro Espécie 2009 2010 2011 Corvina 45.750,2 43.191,3 43.369,7 Sardinha-verdadeira 83.286,5 62.133,9 75.122,5 Tainha 18.918,6 17.866,1 18.045,9 Produção de pescado (toneladas) da pesca extrativa marinha nos anos de 2009, 2010 e 2011. Fonte: Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura 2011 (BRASIL, 2013). Sardinha-verdadeira (Sardinella brasiliensis) Corvina (Micropogonias furnieri) Tainha (Mugil liza) (BRASIL, 2013)
  • 46. • Consumo de peixes, benefícios nutricionais e risco associado 0 2 4 6 8 10 12Kg/habitante Consumo Per Capita 11, 17 Kg/habitante Consumo per capita de pescado no Brasil 12 Kg/habitante (FAO) (BRASIL, 2014)
  • 47. • Consumo de peixes, benefícios nutricionais e risco associado (Endo & Arita, 2015) Proteína de alto valor biológico Elevada digestibilidade Vitaminas e Minerais Ácidos graxos poli- insaturados (Ômega-3)
  • 48. • Efeito cardioprotetor • Efeito anti-inflamatório • Consumo de peixes, benefícios nutricionais e risco associado (He, 2009; Zhen-Yu, et al. 2012; Endo & Arita, 2015) Ácidos graxos poli-insaturados (Ômega-3) Contaminação por poluentes orgânicos persistentes
  • 49. • Sardinha-verdadeira, Corvina e Tainha • Três pontos de coleta na Baía de Guanabara Figura 6: Pontos de coleta localizados na Baía de Guanabara.
  • 50. Tabela 1: Coleta por ponto de coleta de pescado: • Pescadores artesanais • Sob refrigeração • Laboratório de Micropoluentes Cmt Jan Japenga – IBCCF/UFRJ
  • 51. • Estimativa de ingestão de POPs decorrente do consumo de pescados EDI: Estimativa diária de ingestão IDA: Ingestão diária aceitável Ri: Concentração do contaminante Ci: Consumo de pescado PC: Peso corpóreo %IDA>100 (WHO,1997; FAO, 2009)
  • 52. • Caracterização das amostras: Tabela 2: Comparação entre as espécies quanto ao percentual de lipídios (% Lip), Comprimento Total (CT) e Comprimento Real (CR) em centímetros, e valor de P utilizando teste de Kruskal Wallis e posterior Teste de Dunn. Letras diferentes na mesma coluna diferem estatisticamente a nível significância de 5% (p<0,005), DP (Desvio Padrão), Min (Mínimo), Máx (Máximo).
  • 53. • Concentração de POPs no pescado Tabela 3: Comparação das médias ± DP da concentração dos pesticidas organoclorados (ng/g p.u.) nas amostras de sardinha, corvina e tainha e valor de P utilizando teste de Kruskal Wallis e posterior Teste de Dunn*. *Letras diferentes na mesma linha diferem estatisticamente a nível de significância de 5% (p<0,05), DP (Desvio Padrão), <LOD (abaixo do limite de detecção), Σ HCH (α-HCH + β-HCH + ᵞ-HCH), Σ Clordano (cis-Clordano + trans- Clordano), Σ DDT (p,p'-DDE + o,p'-DDE + o,p'-DDD + p,p'-DDD + o,p'-DDT + p,p'-DDT + t,t'-DDT), Σ OCP (Somatório dos Pesticidas Organoclorados).
  • 54. • Frequência dos POPs nas amostras de Sardinha, Corvina e Tainha. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 % Sardinha Corvina Tainha
  • 55. • Da Silva e colaboradores (2003): • Sardinella brasiliensis, Micropogonias furnieri e Mugil liza • 10,6 ng/g p.u. Dieldrin em uma amostra de corvina de e 14 ng/g p.u p,p'-DDE nas amostras de tainha • Amostras compostas (pool de vários indivíduos) • Pequeno número de amostras (4 sardinhas, 3 corvinas e 3 tainhas). • Da Silva e colaboradores (2016): • Micropogonias furnieri e Mugil liza • Resultados expressos em ng/g de gordura • Corvina: Heptacloro, seguido do β-endosulfan e do Endrin • Tainha: p,p'-DDT, Heptacloro e Aldrin (Da Silva, et al. 2003; Da Silva, et al. 2016)
  • 56. • Distribuição dos Metabólitos do DDT nas amostras de músculo das 3 espécies estudadas. DDE/ΣDDT>0,6
  • 57. • Distribuição dos Isômeros do HCH nas amostras de músculo das 3 espécies estudadas
  • 58. • Comparação entre os três pontos de amostragem: Tabela 4: Comparação entre as médias ± DP do ΣOCP entre as três localidades de coleta das amostras, utilizando teste de Kruskal Wallis e posterior Teste de Dunn com p<0,05. Letras diferentes na mesma linha diferem estatisticamente a nível de significância de 5% (p<0,05), DP (Desvio Padrão), ΣOCP (Somatório de todos os pesticidas organoclorados)
  • 59. Tabela 5: Limites máximos de OCPs estabelecidos pelas agências reguladoras brasileira e americana para amostras de pescado em ng/g p.u.
  • 60. • Baía de Guanabara: Efluentes industriais x Resíduos químicos (Agrotóxicos) • Alteração no processamento (Vetter, et al. 2015; Sudaryanto, et al. 2007)
  • 61. • Estimativa de Ingestão • %IDA Metoxicloro: • Consumo para exceder o %IDA para Metoxicloro: • 10kg de sardinha/dia – adultos • 5kg de sardinha/dia - crianças Sardinha Corvina Tainha Adultos 0,31% 0,16% 0,07% Crianças 0,62% 0,32% 0,14%
  • 62. •Galvão e colaboradores (2014): •Mexilhões-Baía de Guanabara •342 unidades de mexilhão para exceder o limite para p,p’- DDT •Hipótese do pescado como única fonte de exposição •Exposição múltipla (Galvão, et al. 2014; Pose-Juan, et al. 2016 )
  • 63. • Nenhum composto excedeu o Limite Máximo de Resíduo permitido pelos órgãos reguladores nacionais e internacionais; • Apenas dois metabólitos do DDT apresentaram diferença significativa entre as espécies; • O Metoxicloro foi o OCP encontrado em concentrações superiores aos demais compostos tradicionalmente encontrados nas três espécies estudadas; • O t,t’-DDT (DDMU) foi o composto que apresentou maior frequência em todas as espécies;
  • 64. •A proporção entre os metabólitos do DDT nas três espécies estudadas foi maior para o DDE, sugerindo não ser proveniente de uso recente deste contaminante; •A proporção entre os isômeros do HCH, com a prevalência do isômero ᵞ-HCH, indica que a contaminação por este composto na Baía de Guanabara é majoritariamente pelo emprego do Lindano; •O consumo não apresenta risco a saúde humana, sendo, portanto, o pescado das espécies estudadas oriundo desta baía considerado seguro para consumo.
  • 65. Dinâmica Biogeoquímica do Mercúrio na Bacia Hidrográfica do Rio Madeira Wanderley R. Bastos Universidade Federal de Rondônia bastoswr@unir.brhttp//: www.biogeoquimica.unir.br
  • 66.
  • 67. Usinas Hidrelétricas do Madeira Construídas Projetos
  • 69. Lago Puruzinho (Baixo Rio Madeira)
  • 70. Hg2+; Hg-part Hg2+; Hg-part Denudação (Erosão progressiva) e Alagamento de Solos Hg2+; Hg-part Deposição Atmosférica Decomposição da M.O. Ambiente Sub-Óxico Metilação Exportação de MeHg Reservatórios artificiais e metilação do Hg (Lacerda, 2009)Reservatórios artificiais e metilação do Hg (Lacerda, 2009) Hg0 Hg+2 CH3-Hg+2
  • 71. Hg nos Peixes do Rio Madeira Bioacumulação e Biomagnificação ANVISA 1,0mg/kg 0,5mg/kg Pré-H erbívoros (n=233) Pós-H erbívoros (n=157) Pré-D etritívoros (n=552) Pós-D etritívoros (n=426) Pré-O m nívoros (n=626) Pós-O m nívoros (n=327) Pré-Planctívoros (n=115) Pós-Planctívoros (n=165) Pré-C arnívoros (n=319) Pós-C arnívoros (n=291) Pré-Piscívoros (n=657) Pós-Piscívoros (n=458) 0.00 0.20 0.40 0.60 0.80 1.00 1.20 2.00 4.00 6.00 8.00 Pré-Enchimento Pós-Enchimento Hg-T - Peixes - Pré x Pós (n total= 4323) *** *** p< 0,0001 K= 2266 Hg-T(mg/kg)
  • 72. Tabela 9: Consumo diário per capta de pescado em algumas localidades da região Amazônica de acordo com diferentes autores. Consumo Diário (g) Região Fonte (autores) 121 Manaus/AM Giugliano et al. (1978) 194 Itacoatiara/AM Smith, (1979) 150 Manaus/AM Shrimpton & giugliano (1979) 200 Manaus/AM Amoroso, (1981) 369* Lago Grande de Monte Alegre/AM Cerdeira et al. (1997). 550 Rio Solimões/AM Batista et al. (1998). 805 538 522 Rio Japurá/AM Rio Içá/AM Rio Solimões/AM Fabré & Alonso, (1998). 243* Rio Madeira/RO Boischio et al. (2000). 250 Rio Madeira/RO-AM Bastos et al. (2006). 406* Lago Puruzinho/AM Presente estudo Média Nacional= 24,7g/dia (FAO, 2013) - Oliveira, 2009.
  • 73. Avaliação Humana (Consumo de Peixes) Figura 07: Distribuição do número de puérperas urbanas e ribeirinhas segundo a frequência do consumo de peixes, 2010.
  • 74. 0 - 19 20 - 40 > 40 Classes de Idade (anos) -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 ConcentraçãodeHgg.g-1 (ppm) Mediana 25%-75% Interv. s/ Outliers Outliers Extremos Figura 20: Concentração de HgT no cabelo por classes de idade (Puruzinho). No Puruzinho em média 85% é MeHg. Avaliação Humana (HgT - cabelo) OMS
  • 75. Concentração de Hg na população do Puruzinho 7,00 ppm – Limite máximo recomendável 16,00 ppm – Associação a sintomas 50,00 ppm – Intoxicação aguda • Média= 17,35 ppm • Mínimo= 2,28 ppm • Máximo= 70,56 ppm [OMS]
  • 76. Mean Mean±SE Mean±SD Outliers Extremes PVH RIB Localidades -1 0 1 2 3 4 5 6 7 ug_kgHgPU Avaliação Humana (HgT - leite materno) Figura 06: Concentração de Hg-T em amostras de leite materno das puérperas urbana (PVH) e ribeirinhas (Rio Madeira). Ribeirinhas em média 3x mais HgT
  • 77. Mean Mean±SE Mean±SD Outliers Extremes PVH DEMARCAÇÃO CALAMA Papagaios SantaCatarina Nazaré TerraCaída SãoCarlos NovaEsperança Puruzinho Localidades -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 [Hg]_kgHgPU Avaliação Humana (HgT - leite materno) – Rio Madeira Figura: 09 Concentração de Hg-T nas amostras de leite materno por localidades no Baixo rio Madeira (2010).
  • 78. Leite Cabelo THg – Leite materno e Cabelo
  • 79. Avaliação Humana (Hg-T - sangue) – Puruzinho 2011 Figura: Concentração de Hg-T em sangue humano – Puruzinho 2011. Referencia entre 5 e 10g/L (WHO, 2008). OMS
  • 80. Avaliação Humana (MeHg - sangue) – Puruzinho 2011 36% 43%38% Figura: Concentração de MeHg em sangue humano – Puruzinho 2011. Em Média cerca de 40% está na forma MeHg.
  • 81. Cascudo; Mapará; Sardinha; Barba chata Espécies de peixes que aumentaram [Hg]
  • 82. Muito obrigado! jptorres@biof.ufrj.br torresjpm@gmail.com + (55)(21) 3938-660 Laboratório de Micropoluentes IBCCF-UFRJ