Uma analíse em torno da obra efêmera Gucklhupf House de Hans Peter.
Conteúdo lido e traduzido por Laura Lisbôa e Isabella Rodrigues.
Decidimos disponibilizar o slide a respeito da obra, uma vez que não encontramos informações sobre a mesma em português.
1. GUCKL HUPF - HANS PETER
WÖRNDL
ANO: 1993
Alunas: Isabella R. Barros
Laura Lisboa
2º Semestre
2. INTRODUÇÃO
A Arquitetura efêmera existe em um tempo determinado no espaço
em que está inserida, e é importante a possibilidade que ela tem de
ser portátil. Nesse contexto está inserida a obra de GucklHupf de
Hans Peter Wörndl.
O edifício é uma exploração da arquitetura e da arte. Surgiu como
proposta em 1993 para o "Festival das Regiões“, o qual o tema era “O
Diferente”, em uma propriedade à beira do lago privado no Lago
Mondsee, Áustria.
Wörndl estudou arquitetura na Universidade Técnica de Munique de
1982 e fez Pós-Graduação da Universidade de Cornell, em 1984-85.
3. CONCEITO
O Arquiteto decidiu usar um
pequeno prédio familiar para
criar sua própria
interpretação do caráter do
festival. O ponto de partida
para o pensamento do design
foi a maneira de construir um
edifício sem finalidade de
compreensão clássica e
totalmente funcional que é a
de abordar o lugar para ver e
se relacionar com a paisagem.
O propósito não era chegar a
um estado final da obra, mas
sim criar um objeto vivo que
mantivesse um estado de
permanente transformação.
5. A ideia principal do projeto era criar uma
tensão entre polos opostos, como o diferente
frente ao familiar, a quietude frente ao
movimento, temas que estão presentes nesta
caixa de múltiplas sensações. Isso reflete nas
diferentes maneiras em que os visitantes se
apropriaram desse edifício.
7. Durante o verão foi
utilizado como espaço
contemplativo, para
sentar e observar a
paisagem, cenário de
festas, pequenas reuniões
e leituras.
No inverno é transformado
em uma casa de barco.
Durante o resto do ano o
edifício é usado como uma
casa no lago para banhos
de sol, fins de semana ou
como um abrigo
temporário.
8. Embora em um primeiro momento as
autoridades locais tivessem se
assegurado que a GucklHupf seria
preservada no mesmo local após o
festival, como um elemento
escultórico de espaço e exposição,
os habitantes da região
pressionaram para revogar essa
decisão. O pavilhão foi classificado
como um edifício que, de acordo
com as leis vigentes do local, devia
ser desmontado. Depois de procurar
algumas alternativas para mantê-lo
neste ou em outro lugar, ele
finalmente foi desmontado e
armazenado. Agora, está à espera de
outra oportunidade em outra
paisagem com que possa dialogar
novamente.
10. Térreo Superior
Transformação
O princípio de que um conceito, uma estrutura ou organização arquitetônicos podem
ser alterados através de uma série de manipulações e permutações distintas em
resposta a um contexto ou conjunto de condições específicos, sem a perda da
identidade ou do conceito.
Adição
Aglomerada
Intersecção
11. Plano de cobertura Cubo alongado
Contato face a face
Textura: Madeira
O projeto em relação ao entorno, cria uma singela harmonia
com a natureza. Nenhum projeto de qualidade pode ser
indiferente ao seu entorno. O Arquiteto permitiu que os
usuários estabelecessem relações com a paisagem.
13. MATERIALIDADE
A construção e os materiais tem como
referência a fabricação de barcos, aplicados
ao edifício através por sua proporção e
exposição ao fatores climáticos. O elemento
principal que forma o edifício são painéis
tipo Sandwich de 3,5 mm de espessura,
feitas de duas camadas de madeira
impermeável. Entre as duas camadas existe
um núcleo de isolamento de 2cm que
permite condicionar as mudanças de
temperatura no interior. Para proteção
adicional, a madeira é recoberta de seis
camadas de tinta especial transparente,
também utilizado para fazer barcos. Sua
superfície conta com 48m².
14. O sistema de deslizar,
dobrar, levantar e retrair
painéis de madeira foi
anexado ao quadro com
parafusos, dobradiças e fio
de aço inoxidável.
Empurrando e deslocando as
paredes, as visões e a
iluminação mudam. Os
espaços interiores tornam-se
exteriores com a elevação de
um painel ou deslizando
para fora uma seção da
parede.
15. MOVIMENTO
Sharifi-ha House
A apropriação humana da
arquitetura é o motor do
movimento, da
transformação. A medida que
utilizamos, abrindo seus
painéis para usufruir de
diferentes enquadramentos
de paisagem, assistimos a
uma desconstrução total da
forma. Múltiplas combinações
que geram múltiplas formas
de um mesmo objeto.