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Boa Viagem l 1110l Boa Viagem
& verdades verdades verdades
mitosmitosmitosmitos
CUBA a HAVANA
Programa de restauração da capital prioriza as construções
em frente ao Malecón, a avenida principal, à beira-mar
Isabel Kopschitz
A CAPITAL CUBANA vista do alto de um prédio: o Centro e Habana Vieja são áreas a serem conhecidas a pé
Claudia Daut/Reuters
CASTILLO DEL MORRO, construído em 1589 para guarnecer a baía
O
LHAR HAVANA do
alto de um prédio é
observar uma imen-
sa colcha multicolo-
rida de retalhos de concreto.
Embora a maior parte das mi-
lhares de construções colo-
niais da cidade esteja em ruí-
nas, há um programa de res-
tauração em curso, que priori-
za as casas em frente ao Ma-
lecón — a avenida principal
de Havana, com cinco quilô-
metros de extensão, que co-
meça no bairro de Vedado e
se estende até Habana Vieja,
passando pelo Centro e pela
beira do mar, cujas ondas fre-
qüentemente molham a pista
e a calçada.
Uma boa pedida é pegar um
ônibus double-decker (de dois
andares) para turistas, nos
quais se pagam 5 pesos con-
versíveis (em torno de R$ 9)
por pessoa, e se pode fazer
cinco rotas, no mesmo dia,
quantas vezes quiser. A me-
lhor opção é viajar no segun-
do andar do veículo e ir pe-
gando la fresca, como se diz
por lá. Um das rotas inclui o
bairro de Habana Vieja, decla-
rado Patrimônio Cultural da
Humanidade pela Unesco em
1982, onde ficam as praças de
Armas, da Catedral e da Revo-
lução e o Paseo do Prado. Ou-
tras rotas contemplam o bair-
ro de Centro Habana (Parque
Central, Capitólio e Grand Tea-
tro de La Habana), Vedado
(onde está situado o tradicio-
nal hotel Habana Libre) e a re-
gião de Habana del Este, que
guarda o Castillo del Morro, a
Fortaleza de San Carlos de La
Cabaña e o complexo despor-
tivo panamericano.
As Playas del Este formam a
quinta rota turística e são um
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vana mas não abre mão de
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gos, só que mais próximos. A
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truída pelos espanhóis em
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sistir ao “Canhonaço”, espetá-
culo pirotécnico que simula ti-
ros de canhão.
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deguita del Medio, em Haba-
na Vieja, é parada obrigatória.
Não vale a pena jantar, a co-
mida é cara e não é saborosa.
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preferido do escritor america-
no Ernest Hemingway é ideal
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do balcão da Bodeguita, uma
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Hemingway: “Meu mojito to-
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quiri, na Floridita” — referên-
cia a outro bar de Havana.
Outro programa noturno im-
perdível é o Museu do Rum,
em Habana Vieja. Há shows
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me de Wim Wenders de 1999
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Rum, com jantar incluído, sai a
cerca de 50 pesos conversíveis
por pessoa (cerca de R$ 100).
O peso conversível (CuC) é
a moeda usada pelo turista
em Cuba, de valor 20% supe-
Os músicos e esportistas cubanos podem dar a
impressão de que a população da ilha é, em sua
maioria, composta por negros. Não é o que diz o
último censo, feito em 2002 e publicado em 2005.
Segundo a pesquisa, a população de 11,3 milhões
de habitantes tem mais brancos (64%) e mestiços
(25%) do que negros (10%). Dissidentes vivem acu-
sando o regime de, ao ser pressionado externamen-
te, libertar invariavelmente um prisioneiro branco.
Em junho último, pude constatar que a democracia
racial é algo que está longe de ocorrer na ilha. O
que pode ser observado é que os melhores postos
de trabalho — aqueles no setor turístico, que são os
que pagam melhor — são ocupados, em sua maio-
ria, por funcionários brancos.
Raridades automobilísticas
Só os automóveis anti-
gos já valem a ida a Hava-
na. Ver rodar um Buick
1951, um Chevrolet Bel Air
1957, um Ford Taunus 1958
ou um soviético Moskvit-
ch, é voltar no tempo. Mui-
tas dessas raridades são tá-
xis. Quanto mais antigo, in-
comum e bem conservado
for o veículo, mais requisi-
tado ele será.
Os taxistas deixam os cu-
riosos tirarem fotos das rari-
dades, mas alguns cobram
por isso. De forma geral, po-
rém, basta elogiar o veículo
para ganhar uma explica-
ção sobre sua origem e ma-
nutenção. O governo é do-
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mas os deixa sob a respon-
sabilidade de funcionários
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rior ao dólar americano (1
CuC vale 24 pesos cubanos).
Grande parte da população
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Viagem a Havana descobre cidade colorida

  • 1. Boa Viagem l 1110l Boa Viagem & verdades verdades verdades mitosmitosmitosmitos CUBA a HAVANA Programa de restauração da capital prioriza as construções em frente ao Malecón, a avenida principal, à beira-mar Isabel Kopschitz A CAPITAL CUBANA vista do alto de um prédio: o Centro e Habana Vieja são áreas a serem conhecidas a pé Claudia Daut/Reuters CASTILLO DEL MORRO, construído em 1589 para guarnecer a baía O LHAR HAVANA do alto de um prédio é observar uma imen- sa colcha multicolo- rida de retalhos de concreto. Embora a maior parte das mi- lhares de construções colo- niais da cidade esteja em ruí- nas, há um programa de res- tauração em curso, que priori- za as casas em frente ao Ma- lecón — a avenida principal de Havana, com cinco quilô- metros de extensão, que co- meça no bairro de Vedado e se estende até Habana Vieja, passando pelo Centro e pela beira do mar, cujas ondas fre- qüentemente molham a pista e a calçada. Uma boa pedida é pegar um ônibus double-decker (de dois andares) para turistas, nos quais se pagam 5 pesos con- versíveis (em torno de R$ 9) por pessoa, e se pode fazer cinco rotas, no mesmo dia, quantas vezes quiser. A me- lhor opção é viajar no segun- do andar do veículo e ir pe- gando la fresca, como se diz por lá. Um das rotas inclui o bairro de Habana Vieja, decla- rado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 1982, onde ficam as praças de Armas, da Catedral e da Revo- lução e o Paseo do Prado. Ou- tras rotas contemplam o bair- ro de Centro Habana (Parque Central, Capitólio e Grand Tea- tro de La Habana), Vedado (onde está situado o tradicio- nal hotel Habana Libre) e a re- gião de Habana del Este, que guarda o Castillo del Morro, a Fortaleza de San Carlos de La Cabaña e o complexo despor- tivo panamericano. As Playas del Este formam a quinta rota turística e são um capítulo à parte para quem quer ficar hospedado em Ha- vana mas não abre mão de curtir um sol à moda do Rio. As sete praias ficam a leste da capital, ao longo da estrada para Varadero. São como os balneários da Região dos La- gos, só que mais próximos. A primeira é Bacuranao, a 15 quilômetros da capital. De- pois vêm El Mégano, Santa Maria del Mar (a maior de to- das), Boca Ciega e Guanabo. El Trópico e Jibacoa são as mais longínquas, a 70 quilô- metros de Havana. Todas têm boa infra-estrutura turística. Caminhar pelas ruazinhas de Centro Habana e Habana Vieja é a melhor maneira de observar os hábitos locais. Nas ruas mais residenciais, os moradores põem mesas nas calçadas para jogar cartas. Há ruas, onde circulam poucos carros, praticamente fechadas para partidas de futebol — embora o esporte nacional se- ja o beisebol. Nos dois bairros há lojinhas onde se podem comprar suvenires. E, é claro, camisetas com a estampa do rosto de Che Guevara. À tarde, o melhor passeio (e também o mais romântico) é caminhar pelo Malecón até o sol se pôr. Uma das visões mais bonitas é a do Castillo del Morro, fortificação cons- truída pelos espanhóis em 1589 para proteger a baía em Habana del Este. É imperdível ir ao Castillo à noite, para as- sistir ao “Canhonaço”, espetá- culo pirotécnico que simula ti- ros de canhão. Templo etílico cubano, a Bo- deguita del Medio, em Haba- na Vieja, é parada obrigatória. Não vale a pena jantar, a co- mida é cara e não é saborosa. Mas o restaurante e boteco preferido do escritor america- no Ernest Hemingway é ideal para saborear um mojito (com rum, limão, Club Soda e hor- telã), bater um papo e assinar — se você achar espaço — um cantinho nas paredes completamente tomadas por escritos de viajantes do mun- do inteiro. Na parede acima do balcão da Bodeguita, uma placa exibe a frase célebre de Hemingway: “Meu mojito to- mo na Bodeguita, e meu dai- quiri, na Floridita” — referên- cia a outro bar de Havana. Outro programa noturno im- perdível é o Museu do Rum, em Habana Vieja. Há shows maravilhosos, no melhor estilo “Buena Vista Social Club”, fil- me de Wim Wenders de 1999 que arrebanhou uma legião de fãs para as canções cuba- nas dos anos 50 e 60. Os hotéis de Havana costumam deixar na recepção panfletos avisan- do sobre os shows. Um espetá- culo de um dos membros do Buena Vista no Museu do Rum, com jantar incluído, sai a cerca de 50 pesos conversíveis por pessoa (cerca de R$ 100). O peso conversível (CuC) é a moeda usada pelo turista em Cuba, de valor 20% supe- Os músicos e esportistas cubanos podem dar a impressão de que a população da ilha é, em sua maioria, composta por negros. Não é o que diz o último censo, feito em 2002 e publicado em 2005. Segundo a pesquisa, a população de 11,3 milhões de habitantes tem mais brancos (64%) e mestiços (25%) do que negros (10%). Dissidentes vivem acu- sando o regime de, ao ser pressionado externamen- te, libertar invariavelmente um prisioneiro branco. Em junho último, pude constatar que a democracia racial é algo que está longe de ocorrer na ilha. O que pode ser observado é que os melhores postos de trabalho — aqueles no setor turístico, que são os que pagam melhor — são ocupados, em sua maio- ria, por funcionários brancos. Raridades automobilísticas Só os automóveis anti- gos já valem a ida a Hava- na. Ver rodar um Buick 1951, um Chevrolet Bel Air 1957, um Ford Taunus 1958 ou um soviético Moskvit- ch, é voltar no tempo. Mui- tas dessas raridades são tá- xis. Quanto mais antigo, in- comum e bem conservado for o veículo, mais requisi- tado ele será. Os taxistas deixam os cu- riosos tirarem fotos das rari- dades, mas alguns cobram por isso. De forma geral, po- rém, basta elogiar o veículo para ganhar uma explica- ção sobre sua origem e ma- nutenção. O governo é do- no da maior parte da frota, mas os deixa sob a respon- sabilidade de funcionários credenciados. rior ao dólar americano (1 CuC vale 24 pesos cubanos). Grande parte da população recebe um salário mensal de 387 pesos cubanos (cerca de R$ 28), seja um operário ou um médico, mas o governo anunciou recentemente uma reforma para tentar adequar os valores à realidade e à pro- dução de cada profissional.