O documento discute os desafios contemporâneos da Ásia Central e do Norte, abordando 4 grandes questões da região: 1) A Organização de Cooperação de Xangai que promove a cooperação entre os países; 2) A Nova Rota da Seda, projeto chinês para conectar a Ásia à Europa através de vias terrestres e marítimas; 3) A agenda da Rússia para se tornar a maior potência da região economicamente e militarmente; 4) O interesse da OTAN na cooperação de segurança na Ásia Central.
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Asia Central e do Norte importancia geoestrategica da região
1. Instituto Superior de Relações Internacionais
Curso: Relações Internacionais e Diplomacia
Cadeira: Estudos Asiáticos
Tema:
Desafios Contemporâneos da Asia Central e do Norte
Nomes:
Estácio Armando Buchuo
Isabel Abramo
Valdo Filomena António
Suzana Muiuane
Winnie Mulungo
Docente: Frederico Congolo (MA)
2. Estrutura do trabalho
O presente trabalho apresenta-se da seguinte forma:
Métodos, Técnicas e Teoria
Introdução geral da região e as questões contemporâneas da região;
Lições para Moçambique
Bibliografia
3. Métodos e Técnicas
Método
Método Histórico, consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições do passado para
verificar a sua influência na configuração da sociedade de actual, por meio de alterações de suas
partes componentes ao longo do tempo, Lakatos e Marconi (2009:91).
Técnicas
Documental – consiste na colecta de dados, em que estes são obtidos de maneira indirecta, que
tomam a forma de documentos como, livros, papéis oficiais, registos estatísticos, foto discos (Gil,
2009:147).
Para o trabalho esta técnica foi indispensável na consulta bibliográfica e em pesquisa em livros,
artigos científicos e todo tipo de documento fiável para ilustrar e sustentar as afirmações feitas ao
longo de trabalho.
A Técnica Bibliográfica, para Fonseca (2009: 21) diz que “é a base de todo trabalho científico,
pois abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema em estudo, desde
publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material
cartográfico, etc. não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre determinado assunto, mas
propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões
inovadoras”.
4. Teoria
Realismo
No final da Segunda Guerra Mundial impunha-se uma nova abordagem das
relações internacionais mais próxima dos factos e como reacção ao idealismo.
Para Sousa (2005:156), o realismo atribui à Segunda Guerra Mundial a
ingenuidade da diplomacia e o apaziguamento que prevaleceu no período entre as
duas grandes guerras.
Entretanto, o realismo como mecanismo de explicação da orientação dos Estados
no sistema internacional remonta à antiguidade. No entanto, com o fim da
Primeira Guerra Mundial e com o desenvolvimento da teoria idealista, houve uma
tentativa de se relegar o realismo ao esquecimento; mas com o fim da Segunda
Guerra Mundial o realismo ocupou lugares cimeiros como modelo de explicação
das relações internacionais (Dougherty e Pfaltzgraff, 2003:79-80).
5. Pressupostos
Segundo Kauppi e Viotti, (1993:5), o realismo baseia-se nos seguintes pressupostos básicos:
Os Estados são os principais ou os mais importantes actores das relações internacionais. Os
Estados representam as unidades chave de análise.
O Estado é o actor unitário nas relações internacionais. Isto significa que, apesar da existência de
diferenças políticas dentro de um Estado essas são por fim resolvidas com recurso à autoridade
de modo a fazer com que o Estado se pronuncie numa única voz como um todo;
O Estado é actor racional. Na sua orientação externa, o Estado tem uma série de alternativas que
serão avaliadas pelos decisores governamentais, escolhendo a alternativa que maximize os
ganhos e minimize os custos;
A segurança nacional é uma questão que está no topo na hierarquia dos assuntos das relações
internacionais. Para este propósito, o poder é o conceito-chave. Para os realistas as questões
relacionadas com a segurança militar ocupam o topo numa lista em que as questões económicas
e sociais são tidas como de pouca importância.
6. Introdução geral da Asia
Central
A asia central faz fronteira:
A Norte – Rússia
A Oeste – Irão
A Sul – Afeganistão
A Leste - China
Fonte: www.guiageografico.com
7. Lista de países da Asia Central
Afeganistão
Cazaquistão
Quirguistão
Tadjiquistão
Turquemenistão
Uzbequistão
Fonte: www.dreamstime.com
8. Extensão Territorial da Ásia Central
Área Territorial – 4 000 000 Km2 População Actual – Com mais de 67.6 milhões de
Habitantes
A Cazaquistão é o maior país da Ásia Central e um dos mais ricos.
Tajiquistão é o país mais pobre da região
Esta área é composta por 6 países, dos quais 5 países faziam parte da Ex URSS,
nomeadamente: Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Turquemenistão, Uzbequistão.
9. Asia do Norte
Com a maior área territorial das regiões asiáticas, o
Norte da Ásia é composta por um país apenas: a
Rússia (parte asiática) que possui uma extensão
territorial de 17 100 000 km²
Fonte: http://www.embrussia.ru/simbolos-nacionais
10. Qual é o ponto de Situação
na Asia Central e do Norte
11. Importância Geoestratégica da Asia Central
A Rússia continua a dominar todas as decisões políticas em todo o Cáucaso, Ásia Central e ex
repúblicas em geral. Como alguns destes países extinguiram o sistema soviético, integraram-se
com algumas organizações ocidentais como a União Europeia e OTAN, diminuindo a
influência russa nesses países. No entanto, a Rússia continua a ser o poder principal, tanto no
Cáucaso quanto na Ásia Central, especialmente após a vitória russa sobre a Geórgia negociada
junto com as potências ocidentais em Agosto de 2008, assinando um pacto económico entre
Moscou e os Estados da Ásia Central.
A Turquia também tem alguma influência devido aos laços étnicos e linguísticos com os povos
turcos da Ásia Central, bem como uma rota de oleoduto, o Oleoduto Baku-Tbilisi Ceyhan, que
abastece o Mediterrâneo que complementa-se com gasodutos de gás natural (Gasoduto
Nabucco e o Gasoduto do Sul do Cáucaso).
12. Cont.
O Irão, sede de impérios históricos que controlavam parte do subcontinente, possui laços
Históricos e culturais com a região, que actualmente competem para a construção de um
oleoduto do Mar Cáspio ao Golfo Pérsico.
A China, possui planos energéticos significativos na região, através da sua fronteira com a
Ásia Central, em Xinjiang, elabora e desenvolve políticas do petróleo e energéticas.
O Paquistão armado com armas nucleares e empregando um esforço conjunto com as suas
forças de segurança, uma das maiores do mundo, tem uma grande influência em torno da
Caxemira e no Afeganistão. A caxemira é disputada com a Índia, enquanto que o
Afeganistão tem sido usado pelo exército paquistanês como parte de sua "profundidade
estratégica ", em caso de guerra ou uma "guerra provocativa“ entre Índia e Paquistão.
13. Cont.
A Índia, como uma potência nuclear e de forte elevação, exerceu grande influência na
região, especialmente no Tibete com os quais possuía finidades culturais. A Índia também é
percebida como um contrapeso ao poder regional da China.
A base Aérea Farkhorno Tajiquistão dá as forças armadas indianas a necessária
profundidade e alcance na busca de um papel maior no sul da Ásia e é uma manifestação o
tangível do movimento do país para projectar o seu poder na Ásia Central, um objectivo
político formalmente enunciado em 2003-2004.
Os Estados Unidos com o seu envolvimento militar na região também é significativamente
envolvido na política da região, mas em um nível inferior da China ou da Rússia, cujas
relações com os Estados da Ásia Central são mais abrangentes, e onde falta a
"democracia", factor que Washington defende
14. A 1ª Grande Questão da Asia Central e do Norte é: A Organização
de Cooperação de Xangai
Com o fim da URSS, ambos a China e
Rússia optaram por serem amigáveis,
iniciaram uma série de acordos de
cooperação bilateral nos mais diversos
âmbitos.
Surgiu, em 1996, o grupo Cinco de Xangai.
O nome é uma alusão aos signatários do
Tratado sobre o Aprofundamento da
Confiança Militar em Regiões de Fronteira
(Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão,
China e Rússia)
Fonte: http://democraciapolitica.blogspot.com/2012/06/organizacao-de-cooperacao-de-
xangai-ocx.html
15. Cont.
Formou-se com base em acordos de medidas de construção de confiança no campo militar
e redução mútua de forças armadas na área fronteiriça que foram assinados,
respectivamente, em Xangai e em Moscovo em 1996 e 1997. Flávio Nascimento (2015-
34).
Vemos, desta forma, que a criação de um novo regime centro-asiático de segurança se
dava em um crescendo desde o fim da URSS
Em 2001, após a entrada do Uzbequistão neste arranjo, o grupo se transforma nos Seis de
Xangai, e a assinatura, no mesmo ano, da Declaração da Organização para a Cooperação de
Xangai (DOCX). Ibid
16. Objectivos da DOCX
Fortalecer a confiança mútua,
A amizade e a boa vizinhança entre os estados partes;
Promover, entre si, uma efectiva cooperação política, comercial, económica, cientifica,
tecnológica, cultural, educacional, energética, de transporte, ambiental e em outras áreas;
Esforços conjuntos para manter e assegurar a paz, a segurança e a estabilidade na região,
E uma nova ordem internacional política e económica que seja democrática, justa e
racional (FEDERAÇÃO RUSSA, 2001.. Ibid)
17. Os três males
A OCX considera como sendo os três males que deverá combater: separatismo, terrorismo e
extremismo. (Ibid-37)
Separatismo: tendência dos habitantes de um território ou região a separar-se do Estado de que
fazem parte para constituir Estado independente
Terrorismo: Benjamin Netanyahu defende que o terrorismo é a “morte sistemática e deliberada de
inocentes para inspirar o medo com fins políticos. Fernando Sousa (2005-190)
Extremismo: está associado ao dogmatismo, ao fanatismo e à tentativas de imposição de estilos e
modos de vida, bem como à negação radical de valores vigentes.
18. A 2ª Grande Questão da Asia Central e do Norte: A Nova
Rota da Seda
A nova Rota da Seda segundo (LIN, 2015) citado por
Manuelly P. Barbosa; Marcos Costa Lima; Pedro A. A
Fonseca; Robson A. M. Gomes Junior; Vitor L. Alves
(UFPE) com o título: “Nova Rota Da Seda E A Ascensão
Pacífica Chinesa”, um dos principais projetos da política
externa chinesa na actualidade é a construção de uma Nova
Rota da Seda (chamada de One Belt, One Road), que ligará a
China a Europa e a África por vias terrestres e marítimas,
passando, consequentemente por vários países da Ásia
Central e Oriente Médio.
O sonho Chinês de tornar-se numa potencia mundial no
comércio internacional é o que motivou o governo de
Pequim à criar esse projeto, e a maneira com a qual a China
pretende lidar com os outros actores na implementação e
realização do mesmo é, no mínimo, diferente da maneira que
o actual hegemon – os Estados Unidos da América lida com
essa questão. Fonte: www.cese-m.eu/cesem/2016/02/la-nuova-via-della-seta-
potrebbe-aiutare-leconomiadellazerbaigian/
19. Cont.
De acordo com o mapa, a “Nova Rota da Seda”
começará na cidade de Xi’an, mas se articula para o
Norte com Beijing e para o Sul, em Guandong,
subindo daí até Lanzhou (província de Gansu),
Urumqi (Xinjiang) and Khorgas (Xinjiang), já
próxima ao Cazaquistão.
Daí seguirá para o sudeste, alcançando o norte do Irã,
na Ásia central, antes ir através do Iraque, Síria e
Turquia. De Istambul, a Rota da seda cruzará o
estreito de Bósforo e seguirá noroeste através da
Europa, incluindo a Bulgária, a Romênia, a
República Tcheca e a Alemanha, daí até o porto de
Roterdã, na Holanda. Finalmente via o Sul chegará
até Veneza onde se encontrará com a também
ambiciosa Rota da Seda Marítima.(Ibid) Fonte: www.cese-m.eu/cesem/2016/02/la-nuova-via-della-seta-
potrebbe-aiutare-leconomiadellazerbaigian/
20. A 3ª Grande Questão da Asia Central e do
Norte: AAgenda da Rússia na Região
A agenda da Rússia na região é se transformar na maior potencia Económica, Energética e
Militar da Região (Kramer, 2009).
A influência de Moscovo, por exemplo pode ser notada através da criação da Comunidade
Económica da Eurásia (CEdE) ou do Tratado de Segurança Colectiva (TSC), em 1992, ao
passo que o investimento nos recursos energéticos se adequou à estratégia russa de se
transformar na principal potência energética da Eurásia. Num momento em que o acesso
aos recursos energéticos é uma questão central para o crescimento económico
internacional, o monopólio russo sobre o acesso às reservas energéticas da Ásia Central,
que se manteve até 2009, foi uma peça importante na afirmação internacional russa (Ibid).
21. A 4ª Grande Questão da Asia Central e do
Norte: O interesse da Nato na Região
A nível de segurança na Ásia central , as oportunidades de cooperação com a potência
global, os Estados Unidos, com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a
Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reforçaram a presença
ocidental e deram um sinal importante de envolvimento na região. Este contexto conduziu,
contudo, também ao desenvolvimento de dinâmicas competitivas entre os interesses
ocidentais e a Rússia e a China, principalmente no âmbito da cooperação regional de
segurança, materializadas na Organização de Cooperação de Xangai (OCX).
22. A 5ª Grande Questão da Asia Central e do Norte:
O Papel do Irão na Segurança Regional e o
Programa Nuclear iraniano
O Irão desde a Revolução Islâmica de 1979, que é, por natureza, conservadora e anti-
ocidental, tem pautado a sua acção externa por uma postura hostil e agressiva, como faz
prova o programa nuclear e o apoio a organizações militantes islâmicas, nomeadamente o
Hezbollah. O presidente Mahmoud Ahmadinejad de 2005- 2013 reforçou a política anti-
ocidental .
Na actual agenda da política externa iraniana, destaca-se a procura de novos parceiros e
aliados para contrapor às pressões do bloco ocidental. Neste capítulo, a Índia e a China (e
até certo grau a Rússia) ocupam um lugar de destaque no equilíbrio de forças entre o Irão e
o Ocidente. Eles desempenham um papel dissuasor de supostos intentos agressivos
“ocidentais/sionistas”: efectivamente, no Conselho de Segurança eles constituem um
obstáculo à imposição de sanções ou a qualquer acção armada contra Teerão.
23. Cont.
Segundo Farhad Khosrokhavar na obra Radicalization, nenhum país está em condição de
fazer imposições ao Irão. Na actual conjuntura, esta potência surge como líder regional
incontestado no Médio Oriente. A sua importância não permite atitudes imponderadas por
parte da comunidade internacional, que depende desta para a continuação dos
fornecimentos de petróleo a custos acessíveis e para a resolução do imbróglio iraquiano.
A vizinhança do Irão também lhe dá razão para estar mais descansado e confiante: o Iraque
e o Afeganistão taliban já não representam uma ameaça;
Os EUA estão demasiado absorvidos na questão iraquiana, cujo progresso pode ser
influenciado por Teerão. Em suma, Teerão sente-se forte do ponto de vista estratégico e
desdramatiza qualquer cenário de intervenção militar, pois o mundo ocidental depende da
sua boa vontade para o desempenho eficiente dos mercados energéticos mundiais e do
processo de paz no Médio Oriente.
24. Programa Nuclear do Irão
O projeto nuclear iraniano teve início em 1950, com auxílio técnico dos
Estados Unidos, recebendo a denominação de “Átomos para a Paz”. No
entanto, após a Revolução Islâmica de 1979, houve a sua paralisação.
Em 1995, através de um acordo com a Rússia, o programa nuclear do Irão
voltou a ganhar forças. No entanto, somente com a eleição de Mahmoud
Ahmadinejad, em 2005, o país deixou o mundo Ocidental e Israel com
receio dos possíveis fins bélicos desse programa.
Mahmoud Ahmadinejad, fundamentalista islâmico conservador, alegava
que o programa nuclear iraniano é destinado a fins pacíficos. Ele acusava o
Ocidente de tentar impedir o desenvolvimento tecnológico do seu país.
Entretanto, Estados Unidos e Israel, principais inimigos do Irão, afirmavam
que esse programa nuclear tinha por objetivo a fabricação de armas
nucleares. Conforme relatórios dos serviços de inteligência dos Estados
Unidos, o Irão seria capaz de produzir uma bomba atômica em menos de
dez anos.
Fonte:
http://democraciapolitica.blogspot.com/2012/06/organiza
cao-de-cooperacao-de-xangai-ocx.html
25. Cont.
O Irão pretendia dotar-se da arma não para a usar: não é provável que o Irão desencadeie
uma guerra nuclear no Médio Oriente atacando o seu arqui-inimigo, que é também a única
potência nuclear da zona – Israel. A arma nuclear confere ao Estado que a possui poder,
influência, “status”, poder de negociação e de chantagear. O problema é que a bomba vai
exacerbar a instabilidade no Médio Oriente e intensificar a corrida armamentista em curso.
Os líderes iranianos querem a bomba para evitar que os Estados Unidos ou a Grã-Bretanha
façam no Irão o que fizeram no Iraque em 2003: a bomba teria efeitos dissuasores em
relação a possíveis ataques. As armas nucleares são entendidas como substituto das armas
convencionais ou como meio de neutralizar as vantagens dos Estados hostis. Anthony
Cordesman, um especialista diz que a “... proliferação de armas de destruição maciça
oferece aos Estados que dominam uma das corridas armamentistas uma forma de continuar
a procurar a superioridade, ao mesmo tempo que oferece aos Estados mais pobres ou
‘desafiadores’ uma forma mais económica de tentar igualar a balança militar.
26. A 6ª Grande Questão da Asia
Central e do Norte: Anexação
Russa da Crimeia
A Criméia é uma província semi-
autônoma localizada ao sul da
Ucrânia e situada na península da
Criméia, ela encontra-se às
margens do Mar Negro.
Diferentemente do modo como foi
noticiado na mídia, mostrando
que o imbróglio da Criméia foi
fundamentalmente devido à
causas étnicas, sua posição
geográfica atribui um alto valor
estratégico, geopoliticamente
falando, pois a região viabiliza a
saída para o mar e isso tem
grande importância para níveis
militares e econômicos para o
Kremlin, pois facilita o controle
do canal que liga o Mar Negro ao
Mar Arzov.
Fonte:https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&sourc
e=images&cd=&cad=rja&uact
27. Cont.
Outro fator usado para justificar a anexação da Criméia é que a maioria dos habitantes da
península é de etnia russa, cerca de 95%, e isto é amparo pelo direito internacional devido a
autodeterminação dos povos.
Em março de 2014 a população local votou num referendo consentindo com a anexação de
seu território. Após o plebiscito a Criméia declara-se independente e pede a anexação ao
Kremlin, este que por sua vez agiliza o processo. Isso gerou uma crise internacional
envolvendo a União Européia, Estados Unidos, Ucrânia e Rússia.
Em decorrência disso as potências do Ocidente (UE e EUA), que não reconheceram a
anexação, responderam à isso impondo medidas com sanções contra a Rússia e a Ucrânia
fez o mesmo com a Criméia.
28. Implicações da Anexação
As sanções: Importações da China para a União Européia foram banidas; Investimentos de
companhias européias na Criméia foram banidos; Exportações para a Criméia de produtos
ou tecnologias relacionadas ao setor a transporte, telecomunicação e/ou setor de energia ou
de exploração de petróleo, gás natural e recursos minerais foram banidas; Serviço de
turismo da União Européia na Criméia foi banido.
A Criméia enfrenta um bloqueio estabelecido pela Ucrânia, a qual teve suas fronteiras
fechadas impossibilitando a entrada de suprimentos na península. E ainda grandes
empresas americanas já deixaram o território, como Mc Donald e Apple, além de Visa e
Mastercad.
29. Cont.
Desde a anexação, o turismo caiu consideravelmente na Crimeia, a estimativa é de que apenas
um terço das camas de hotéis na península foram ocupadas durante o ano de 2014. Esperava-se
que os sintomas dessas acções punitivas impostas à Rússia provocassem uma recessão da
economia no mesmo ano, por outro lado os mesmos efeitos serão sentidos pela população civil
no longo prazo e isso se explica devido a existência de uma forte relação de interdependência
complexa entre Rússia e União Europeia.
Essa integração leva ao surgimento natural de blocos económicos, ou regiões mais interligadas.
Já os Estados buscam agir com mais cautela em relação à estruturação e condução de suas
políticas económicas internas e suas estratégias para a política externa, visto que essas acções
provocarão repercussão nos sectores económico e comercial.
Verifica-se que esse é um caso de estudo baseado na análise da vontade dos Estados de garantir
sua sobrevivência e segurança.
30. A 7ª Grande Questão da Asia Central e
do Norte: Demostração de Força Russa
e a Reeleição de Putin
O discurso televisionado que o presidente
russo Vladimir Putin fez no dia 02 de
Março de 2018 repercutiu pelo mundo. Ao
anunciar que a Rússia desenvolveu e
testou um novo arsenal nuclear que não
pode ser interceptado por inimigos, o
presidente reafirmou a posição central do
país na política internacional.
O país, que nunca deixou de ser uma
potência militar, assistiu a um discurso de
tom armamentista às vésperas das eleições
presidenciais do país, que decorreram no
dia 18 de Março.
Fonte: http://democraciapolitica.blogspot.com/2012/06/organizacao-de-cooperacao-de-
xangai-ocx.html
31. Cont.
Ao mesmo tempo, ao apresentar um míssil
nuclear, um drone subaquático movido a
energia nuclear e um míssil hipersônico,
todos que seriam impossíveis de ser
interceptados, o político russo ameaçou as
forças ocidentais.
O anúncio foi direcionado especialmente à
Otan (Organização do Tratado do Atlântico
Norte) e aos Estados Unidos, que
desenvolveram e instalaram sistemas
antimísseis na Europa em 2016, violando
acordos firmados entre os países ainda
durante a Guerra Fria.
Fonte: http://democraciapolitica.blogspot.com/2012/06/organizacao-de-cooperacao-de-
xangai-ocx.htm
32. Cont.
Esta demonstração de forcas e a reeleição de Putin visa primeiro defender os interesses
russos na região e também porque o papel da Rússia na região da Asia deve seguir no
mesmo trilho dos anos passados. A relação com Xi Jinping terá continuidade na esfera da
politica externa alem do desenvolvimento da cooperação bilateral entre os dois países., que
visa consolidar uma ordem multipolar e assim colocar contra a parede a hegemonia
unipolar.
Um mundo completamente influenciando por uma única potencia, certamente não ajuda
em nada as causas dos povos, a Rússia de Putin tem como horizonte minar os espaços do
imperialismo norte americano no cenário global, algo positivo para os povos oprimidos, no
entanto, sem alimentar ilusões sabem que Putin e os seus aliados representam uma facção
politica da burguesia russa que visa retornar os padrões de acumulação capitalistas
normais, através do aumento dos investimentos em sectores produtivos, regulamentação do
sistema bancário e maior intervenção estatal na economia.
33. Que lições para Moçambique
A segurança do Estado deve ser garantida pelo Estado, atreves de armas militares como
forma de garantir integridade territorial e a soberania do Estado;
A adesão e participação em OI´s deve ser analisada, porque as OI´s são instrumentos de
influencia de outros Estados, Ex: a OCX.
34. Bibliografia
MARCONI, Marina de Andrade e Eva Maria Lakatos (2009) – Metodologia Cientifica, 5ª Edição,
Editora Atlas, Lisboa
BEDIN, Gilmar Antonio (2004) – Paradigmas das Relações Internacionais, 2ª Edição, Editora Unijui, Brasil
LIN, J. Y. (2015) – A nova 'Rota da Seda da China ,Editora: Estado de São Paulo-São Paulo;
DIAS, Vanda Amaro (2015) – As dimensões interna e internacional da crise na Ucrânia,
Sites consultados
www.aseanculture.com
www.economia.com
www.guiageografico.com
www.ixateus.com
www.orientalizando.wordpress.com
https://br.sputniknews.com/defesa/201505311171454/