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Instituto Superior de Relações Internacionais
Curso: Relações Internacionais e Diplomacia
Cadeira: Estudos Asiáticos
Tema:
Desafios Contemporâneos da Asia Central e do Norte
Nomes:
Estácio Armando Buchuo
Isabel Abramo
Valdo Filomena António
Suzana Muiuane
Winnie Mulungo
Docente: Frederico Congolo (MA)
Estrutura do trabalho
 O presente trabalho apresenta-se da seguinte forma:
 Métodos, Técnicas e Teoria
 Introdução geral da região e as questões contemporâneas da região;
 Lições para Moçambique
 Bibliografia
Métodos e Técnicas
 Método
 Método Histórico, consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições do passado para
verificar a sua influência na configuração da sociedade de actual, por meio de alterações de suas
partes componentes ao longo do tempo, Lakatos e Marconi (2009:91).
 Técnicas
 Documental – consiste na colecta de dados, em que estes são obtidos de maneira indirecta, que
tomam a forma de documentos como, livros, papéis oficiais, registos estatísticos, foto discos (Gil,
2009:147).
 Para o trabalho esta técnica foi indispensável na consulta bibliográfica e em pesquisa em livros,
artigos científicos e todo tipo de documento fiável para ilustrar e sustentar as afirmações feitas ao
longo de trabalho.
 A Técnica Bibliográfica, para Fonseca (2009: 21) diz que “é a base de todo trabalho científico,
pois abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema em estudo, desde
publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material
cartográfico, etc. não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre determinado assunto, mas
propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões
inovadoras”.
Teoria
 Realismo
 No final da Segunda Guerra Mundial impunha-se uma nova abordagem das
relações internacionais mais próxima dos factos e como reacção ao idealismo.
Para Sousa (2005:156), o realismo atribui à Segunda Guerra Mundial a
ingenuidade da diplomacia e o apaziguamento que prevaleceu no período entre as
duas grandes guerras.
 Entretanto, o realismo como mecanismo de explicação da orientação dos Estados
no sistema internacional remonta à antiguidade. No entanto, com o fim da
Primeira Guerra Mundial e com o desenvolvimento da teoria idealista, houve uma
tentativa de se relegar o realismo ao esquecimento; mas com o fim da Segunda
Guerra Mundial o realismo ocupou lugares cimeiros como modelo de explicação
das relações internacionais (Dougherty e Pfaltzgraff, 2003:79-80).
Pressupostos
 Segundo Kauppi e Viotti, (1993:5), o realismo baseia-se nos seguintes pressupostos básicos:
 Os Estados são os principais ou os mais importantes actores das relações internacionais. Os
Estados representam as unidades chave de análise.
 O Estado é o actor unitário nas relações internacionais. Isto significa que, apesar da existência de
diferenças políticas dentro de um Estado essas são por fim resolvidas com recurso à autoridade
de modo a fazer com que o Estado se pronuncie numa única voz como um todo;
 O Estado é actor racional. Na sua orientação externa, o Estado tem uma série de alternativas que
serão avaliadas pelos decisores governamentais, escolhendo a alternativa que maximize os
ganhos e minimize os custos;
 A segurança nacional é uma questão que está no topo na hierarquia dos assuntos das relações
internacionais. Para este propósito, o poder é o conceito-chave. Para os realistas as questões
relacionadas com a segurança militar ocupam o topo numa lista em que as questões económicas
e sociais são tidas como de pouca importância.
Introdução geral da Asia
Central
A asia central faz fronteira:
A Norte – Rússia
A Oeste – Irão
A Sul – Afeganistão
A Leste - China
Fonte: www.guiageografico.com
Lista de países da Asia Central
 Afeganistão
 Cazaquistão
 Quirguistão
 Tadjiquistão
 Turquemenistão
 Uzbequistão
Fonte: www.dreamstime.com
Extensão Territorial da Ásia Central
 Área Territorial – 4 000 000 Km2 População Actual – Com mais de 67.6 milhões de
Habitantes
 A Cazaquistão é o maior país da Ásia Central e um dos mais ricos.
 Tajiquistão é o país mais pobre da região
 Esta área é composta por 6 países, dos quais 5 países faziam parte da Ex URSS,
nomeadamente: Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Turquemenistão, Uzbequistão.
Asia do Norte
Com a maior área territorial das regiões asiáticas, o
Norte da Ásia é composta por um país apenas: a
Rússia (parte asiática) que possui uma extensão
territorial de 17 100 000 km²
Fonte: http://www.embrussia.ru/simbolos-nacionais
Qual é o ponto de Situação
na Asia Central e do Norte
Importância Geoestratégica da Asia Central
 A Rússia continua a dominar todas as decisões políticas em todo o Cáucaso, Ásia Central e ex
repúblicas em geral. Como alguns destes países extinguiram o sistema soviético, integraram-se
com algumas organizações ocidentais como a União Europeia e OTAN, diminuindo a
influência russa nesses países. No entanto, a Rússia continua a ser o poder principal, tanto no
Cáucaso quanto na Ásia Central, especialmente após a vitória russa sobre a Geórgia negociada
junto com as potências ocidentais em Agosto de 2008, assinando um pacto económico entre
Moscou e os Estados da Ásia Central.
 A Turquia também tem alguma influência devido aos laços étnicos e linguísticos com os povos
turcos da Ásia Central, bem como uma rota de oleoduto, o Oleoduto Baku-Tbilisi Ceyhan, que
abastece o Mediterrâneo que complementa-se com gasodutos de gás natural (Gasoduto
Nabucco e o Gasoduto do Sul do Cáucaso).
Cont.
 O Irão, sede de impérios históricos que controlavam parte do subcontinente, possui laços
Históricos e culturais com a região, que actualmente competem para a construção de um
oleoduto do Mar Cáspio ao Golfo Pérsico.
 A China, possui planos energéticos significativos na região, através da sua fronteira com a
Ásia Central, em Xinjiang, elabora e desenvolve políticas do petróleo e energéticas.
 O Paquistão armado com armas nucleares e empregando um esforço conjunto com as suas
forças de segurança, uma das maiores do mundo, tem uma grande influência em torno da
Caxemira e no Afeganistão. A caxemira é disputada com a Índia, enquanto que o
Afeganistão tem sido usado pelo exército paquistanês como parte de sua "profundidade
estratégica ", em caso de guerra ou uma "guerra provocativa“ entre Índia e Paquistão.
Cont.
 A Índia, como uma potência nuclear e de forte elevação, exerceu grande influência na
região, especialmente no Tibete com os quais possuía finidades culturais. A Índia também é
percebida como um contrapeso ao poder regional da China.
 A base Aérea Farkhorno Tajiquistão dá as forças armadas indianas a necessária
profundidade e alcance na busca de um papel maior no sul da Ásia e é uma manifestação o
tangível do movimento do país para projectar o seu poder na Ásia Central, um objectivo
político formalmente enunciado em 2003-2004.
 Os Estados Unidos com o seu envolvimento militar na região também é significativamente
envolvido na política da região, mas em um nível inferior da China ou da Rússia, cujas
relações com os Estados da Ásia Central são mais abrangentes, e onde falta a
"democracia", factor que Washington defende
A 1ª Grande Questão da Asia Central e do Norte é: A Organização
de Cooperação de Xangai
Com o fim da URSS, ambos a China e
Rússia optaram por serem amigáveis,
iniciaram uma série de acordos de
cooperação bilateral nos mais diversos
âmbitos.
Surgiu, em 1996, o grupo Cinco de Xangai.
O nome é uma alusão aos signatários do
Tratado sobre o Aprofundamento da
Confiança Militar em Regiões de Fronteira
(Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão,
China e Rússia)
Fonte: http://democraciapolitica.blogspot.com/2012/06/organizacao-de-cooperacao-de-
xangai-ocx.html
Cont.
 Formou-se com base em acordos de medidas de construção de confiança no campo militar
e redução mútua de forças armadas na área fronteiriça que foram assinados,
respectivamente, em Xangai e em Moscovo em 1996 e 1997. Flávio Nascimento (2015-
34).
 Vemos, desta forma, que a criação de um novo regime centro-asiático de segurança se
dava em um crescendo desde o fim da URSS
 Em 2001, após a entrada do Uzbequistão neste arranjo, o grupo se transforma nos Seis de
Xangai, e a assinatura, no mesmo ano, da Declaração da Organização para a Cooperação de
Xangai (DOCX). Ibid
Objectivos da DOCX
 Fortalecer a confiança mútua,
 A amizade e a boa vizinhança entre os estados partes;
 Promover, entre si, uma efectiva cooperação política, comercial, económica, cientifica,
tecnológica, cultural, educacional, energética, de transporte, ambiental e em outras áreas;
 Esforços conjuntos para manter e assegurar a paz, a segurança e a estabilidade na região,
 E uma nova ordem internacional política e económica que seja democrática, justa e
racional (FEDERAÇÃO RUSSA, 2001.. Ibid)
Os três males
 A OCX considera como sendo os três males que deverá combater: separatismo, terrorismo e
extremismo. (Ibid-37)
 Separatismo: tendência dos habitantes de um território ou região a separar-se do Estado de que
fazem parte para constituir Estado independente
 Terrorismo: Benjamin Netanyahu defende que o terrorismo é a “morte sistemática e deliberada de
inocentes para inspirar o medo com fins políticos. Fernando Sousa (2005-190)
 Extremismo: está associado ao dogmatismo, ao fanatismo e à tentativas de imposição de estilos e
modos de vida, bem como à negação radical de valores vigentes.
A 2ª Grande Questão da Asia Central e do Norte: A Nova
Rota da Seda
A nova Rota da Seda segundo (LIN, 2015) citado por
Manuelly P. Barbosa; Marcos Costa Lima; Pedro A. A
Fonseca; Robson A. M. Gomes Junior; Vitor L. Alves
(UFPE) com o título: “Nova Rota Da Seda E A Ascensão
Pacífica Chinesa”, um dos principais projetos da política
externa chinesa na actualidade é a construção de uma Nova
Rota da Seda (chamada de One Belt, One Road), que ligará a
China a Europa e a África por vias terrestres e marítimas,
passando, consequentemente por vários países da Ásia
Central e Oriente Médio.
O sonho Chinês de tornar-se numa potencia mundial no
comércio internacional é o que motivou o governo de
Pequim à criar esse projeto, e a maneira com a qual a China
pretende lidar com os outros actores na implementação e
realização do mesmo é, no mínimo, diferente da maneira que
o actual hegemon – os Estados Unidos da América lida com
essa questão. Fonte: www.cese-m.eu/cesem/2016/02/la-nuova-via-della-seta-
potrebbe-aiutare-leconomiadellazerbaigian/
Cont.
De acordo com o mapa, a “Nova Rota da Seda”
começará na cidade de Xi’an, mas se articula para o
Norte com Beijing e para o Sul, em Guandong,
subindo daí até Lanzhou (província de Gansu),
Urumqi (Xinjiang) and Khorgas (Xinjiang), já
próxima ao Cazaquistão.
Daí seguirá para o sudeste, alcançando o norte do Irã,
na Ásia central, antes ir através do Iraque, Síria e
Turquia. De Istambul, a Rota da seda cruzará o
estreito de Bósforo e seguirá noroeste através da
Europa, incluindo a Bulgária, a Romênia, a
República Tcheca e a Alemanha, daí até o porto de
Roterdã, na Holanda. Finalmente via o Sul chegará
até Veneza onde se encontrará com a também
ambiciosa Rota da Seda Marítima.(Ibid) Fonte: www.cese-m.eu/cesem/2016/02/la-nuova-via-della-seta-
potrebbe-aiutare-leconomiadellazerbaigian/
A 3ª Grande Questão da Asia Central e do
Norte: AAgenda da Rússia na Região
 A agenda da Rússia na região é se transformar na maior potencia Económica, Energética e
Militar da Região (Kramer, 2009).
 A influência de Moscovo, por exemplo pode ser notada através da criação da Comunidade
Económica da Eurásia (CEdE) ou do Tratado de Segurança Colectiva (TSC), em 1992, ao
passo que o investimento nos recursos energéticos se adequou à estratégia russa de se
transformar na principal potência energética da Eurásia. Num momento em que o acesso
aos recursos energéticos é uma questão central para o crescimento económico
internacional, o monopólio russo sobre o acesso às reservas energéticas da Ásia Central,
que se manteve até 2009, foi uma peça importante na afirmação internacional russa (Ibid).
A 4ª Grande Questão da Asia Central e do
Norte: O interesse da Nato na Região
 A nível de segurança na Ásia central , as oportunidades de cooperação com a potência
global, os Estados Unidos, com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a
Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reforçaram a presença
ocidental e deram um sinal importante de envolvimento na região. Este contexto conduziu,
contudo, também ao desenvolvimento de dinâmicas competitivas entre os interesses
ocidentais e a Rússia e a China, principalmente no âmbito da cooperação regional de
segurança, materializadas na Organização de Cooperação de Xangai (OCX).
A 5ª Grande Questão da Asia Central e do Norte:
O Papel do Irão na Segurança Regional e o
Programa Nuclear iraniano
 O Irão desde a Revolução Islâmica de 1979, que é, por natureza, conservadora e anti-
ocidental, tem pautado a sua acção externa por uma postura hostil e agressiva, como faz
prova o programa nuclear e o apoio a organizações militantes islâmicas, nomeadamente o
Hezbollah. O presidente Mahmoud Ahmadinejad de 2005- 2013 reforçou a política anti-
ocidental .
 Na actual agenda da política externa iraniana, destaca-se a procura de novos parceiros e
aliados para contrapor às pressões do bloco ocidental. Neste capítulo, a Índia e a China (e
até certo grau a Rússia) ocupam um lugar de destaque no equilíbrio de forças entre o Irão e
o Ocidente. Eles desempenham um papel dissuasor de supostos intentos agressivos
“ocidentais/sionistas”: efectivamente, no Conselho de Segurança eles constituem um
obstáculo à imposição de sanções ou a qualquer acção armada contra Teerão.
Cont.
 Segundo Farhad Khosrokhavar na obra Radicalization, nenhum país está em condição de
fazer imposições ao Irão. Na actual conjuntura, esta potência surge como líder regional
incontestado no Médio Oriente. A sua importância não permite atitudes imponderadas por
parte da comunidade internacional, que depende desta para a continuação dos
fornecimentos de petróleo a custos acessíveis e para a resolução do imbróglio iraquiano.
 A vizinhança do Irão também lhe dá razão para estar mais descansado e confiante: o Iraque
e o Afeganistão taliban já não representam uma ameaça;
 Os EUA estão demasiado absorvidos na questão iraquiana, cujo progresso pode ser
influenciado por Teerão. Em suma, Teerão sente-se forte do ponto de vista estratégico e
desdramatiza qualquer cenário de intervenção militar, pois o mundo ocidental depende da
sua boa vontade para o desempenho eficiente dos mercados energéticos mundiais e do
processo de paz no Médio Oriente.
Programa Nuclear do Irão
O projeto nuclear iraniano teve início em 1950, com auxílio técnico dos
Estados Unidos, recebendo a denominação de “Átomos para a Paz”. No
entanto, após a Revolução Islâmica de 1979, houve a sua paralisação.
Em 1995, através de um acordo com a Rússia, o programa nuclear do Irão
voltou a ganhar forças. No entanto, somente com a eleição de Mahmoud
Ahmadinejad, em 2005, o país deixou o mundo Ocidental e Israel com
receio dos possíveis fins bélicos desse programa.
Mahmoud Ahmadinejad, fundamentalista islâmico conservador, alegava
que o programa nuclear iraniano é destinado a fins pacíficos. Ele acusava o
Ocidente de tentar impedir o desenvolvimento tecnológico do seu país.
Entretanto, Estados Unidos e Israel, principais inimigos do Irão, afirmavam
que esse programa nuclear tinha por objetivo a fabricação de armas
nucleares. Conforme relatórios dos serviços de inteligência dos Estados
Unidos, o Irão seria capaz de produzir uma bomba atômica em menos de
dez anos.
Fonte:
http://democraciapolitica.blogspot.com/2012/06/organiza
cao-de-cooperacao-de-xangai-ocx.html
Cont.
 O Irão pretendia dotar-se da arma não para a usar: não é provável que o Irão desencadeie
uma guerra nuclear no Médio Oriente atacando o seu arqui-inimigo, que é também a única
potência nuclear da zona – Israel. A arma nuclear confere ao Estado que a possui poder,
influência, “status”, poder de negociação e de chantagear. O problema é que a bomba vai
exacerbar a instabilidade no Médio Oriente e intensificar a corrida armamentista em curso.
Os líderes iranianos querem a bomba para evitar que os Estados Unidos ou a Grã-Bretanha
façam no Irão o que fizeram no Iraque em 2003: a bomba teria efeitos dissuasores em
relação a possíveis ataques. As armas nucleares são entendidas como substituto das armas
convencionais ou como meio de neutralizar as vantagens dos Estados hostis. Anthony
Cordesman, um especialista diz que a “... proliferação de armas de destruição maciça
oferece aos Estados que dominam uma das corridas armamentistas uma forma de continuar
a procurar a superioridade, ao mesmo tempo que oferece aos Estados mais pobres ou
‘desafiadores’ uma forma mais económica de tentar igualar a balança militar.
A 6ª Grande Questão da Asia
Central e do Norte: Anexação
Russa da Crimeia
A Criméia é uma província semi-
autônoma localizada ao sul da
Ucrânia e situada na península da
Criméia, ela encontra-se às
margens do Mar Negro.
Diferentemente do modo como foi
noticiado na mídia, mostrando
que o imbróglio da Criméia foi
fundamentalmente devido à
causas étnicas, sua posição
geográfica atribui um alto valor
estratégico, geopoliticamente
falando, pois a região viabiliza a
saída para o mar e isso tem
grande importância para níveis
militares e econômicos para o
Kremlin, pois facilita o controle
do canal que liga o Mar Negro ao
Mar Arzov.
Fonte:https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&sourc
e=images&cd=&cad=rja&uact
Cont.
 Outro fator usado para justificar a anexação da Criméia é que a maioria dos habitantes da
península é de etnia russa, cerca de 95%, e isto é amparo pelo direito internacional devido a
autodeterminação dos povos.
 Em março de 2014 a população local votou num referendo consentindo com a anexação de
seu território. Após o plebiscito a Criméia declara-se independente e pede a anexação ao
Kremlin, este que por sua vez agiliza o processo. Isso gerou uma crise internacional
envolvendo a União Européia, Estados Unidos, Ucrânia e Rússia.
 Em decorrência disso as potências do Ocidente (UE e EUA), que não reconheceram a
anexação, responderam à isso impondo medidas com sanções contra a Rússia e a Ucrânia
fez o mesmo com a Criméia.
Implicações da Anexação
 As sanções: Importações da China para a União Européia foram banidas; Investimentos de
companhias européias na Criméia foram banidos; Exportações para a Criméia de produtos
ou tecnologias relacionadas ao setor a transporte, telecomunicação e/ou setor de energia ou
de exploração de petróleo, gás natural e recursos minerais foram banidas; Serviço de
turismo da União Européia na Criméia foi banido.
 A Criméia enfrenta um bloqueio estabelecido pela Ucrânia, a qual teve suas fronteiras
fechadas impossibilitando a entrada de suprimentos na península. E ainda grandes
empresas americanas já deixaram o território, como Mc Donald e Apple, além de Visa e
Mastercad.
Cont.
 Desde a anexação, o turismo caiu consideravelmente na Crimeia, a estimativa é de que apenas
um terço das camas de hotéis na península foram ocupadas durante o ano de 2014. Esperava-se
que os sintomas dessas acções punitivas impostas à Rússia provocassem uma recessão da
economia no mesmo ano, por outro lado os mesmos efeitos serão sentidos pela população civil
no longo prazo e isso se explica devido a existência de uma forte relação de interdependência
complexa entre Rússia e União Europeia.
 Essa integração leva ao surgimento natural de blocos económicos, ou regiões mais interligadas.
Já os Estados buscam agir com mais cautela em relação à estruturação e condução de suas
políticas económicas internas e suas estratégias para a política externa, visto que essas acções
provocarão repercussão nos sectores económico e comercial.
 Verifica-se que esse é um caso de estudo baseado na análise da vontade dos Estados de garantir
sua sobrevivência e segurança.
A 7ª Grande Questão da Asia Central e
do Norte: Demostração de Força Russa
e a Reeleição de Putin
O discurso televisionado que o presidente
russo Vladimir Putin fez no dia 02 de
Março de 2018 repercutiu pelo mundo. Ao
anunciar que a Rússia desenvolveu e
testou um novo arsenal nuclear que não
pode ser interceptado por inimigos, o
presidente reafirmou a posição central do
país na política internacional.
O país, que nunca deixou de ser uma
potência militar, assistiu a um discurso de
tom armamentista às vésperas das eleições
presidenciais do país, que decorreram no
dia 18 de Março.
Fonte: http://democraciapolitica.blogspot.com/2012/06/organizacao-de-cooperacao-de-
xangai-ocx.html
Cont.
Ao mesmo tempo, ao apresentar um míssil
nuclear, um drone subaquático movido a
energia nuclear e um míssil hipersônico,
todos que seriam impossíveis de ser
interceptados, o político russo ameaçou as
forças ocidentais.
O anúncio foi direcionado especialmente à
Otan (Organização do Tratado do Atlântico
Norte) e aos Estados Unidos, que
desenvolveram e instalaram sistemas
antimísseis na Europa em 2016, violando
acordos firmados entre os países ainda
durante a Guerra Fria.
Fonte: http://democraciapolitica.blogspot.com/2012/06/organizacao-de-cooperacao-de-
xangai-ocx.htm
Cont.
 Esta demonstração de forcas e a reeleição de Putin visa primeiro defender os interesses
russos na região e também porque o papel da Rússia na região da Asia deve seguir no
mesmo trilho dos anos passados. A relação com Xi Jinping terá continuidade na esfera da
politica externa alem do desenvolvimento da cooperação bilateral entre os dois países., que
visa consolidar uma ordem multipolar e assim colocar contra a parede a hegemonia
unipolar.
 Um mundo completamente influenciando por uma única potencia, certamente não ajuda
em nada as causas dos povos, a Rússia de Putin tem como horizonte minar os espaços do
imperialismo norte americano no cenário global, algo positivo para os povos oprimidos, no
entanto, sem alimentar ilusões sabem que Putin e os seus aliados representam uma facção
politica da burguesia russa que visa retornar os padrões de acumulação capitalistas
normais, através do aumento dos investimentos em sectores produtivos, regulamentação do
sistema bancário e maior intervenção estatal na economia.
Que lições para Moçambique
 A segurança do Estado deve ser garantida pelo Estado, atreves de armas militares como
forma de garantir integridade territorial e a soberania do Estado;
 A adesão e participação em OI´s deve ser analisada, porque as OI´s são instrumentos de
influencia de outros Estados, Ex: a OCX.
Bibliografia
 MARCONI, Marina de Andrade e Eva Maria Lakatos (2009) – Metodologia Cientifica, 5ª Edição,
Editora Atlas, Lisboa
 BEDIN, Gilmar Antonio (2004) – Paradigmas das Relações Internacionais, 2ª Edição, Editora Unijui, Brasil
 LIN, J. Y. (2015) – A nova 'Rota da Seda da China ,Editora: Estado de São Paulo-São Paulo;
 DIAS, Vanda Amaro (2015) – As dimensões interna e internacional da crise na Ucrânia,
 Sites consultados
 www.aseanculture.com
 www.economia.com
 www.guiageografico.com
 www.ixateus.com
 www.orientalizando.wordpress.com
 https://br.sputniknews.com/defesa/201505311171454/
Fim

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Asia Central e do Norte importancia geoestrategica da região

  • 1. Instituto Superior de Relações Internacionais Curso: Relações Internacionais e Diplomacia Cadeira: Estudos Asiáticos Tema: Desafios Contemporâneos da Asia Central e do Norte Nomes: Estácio Armando Buchuo Isabel Abramo Valdo Filomena António Suzana Muiuane Winnie Mulungo Docente: Frederico Congolo (MA)
  • 2. Estrutura do trabalho  O presente trabalho apresenta-se da seguinte forma:  Métodos, Técnicas e Teoria  Introdução geral da região e as questões contemporâneas da região;  Lições para Moçambique  Bibliografia
  • 3. Métodos e Técnicas  Método  Método Histórico, consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar a sua influência na configuração da sociedade de actual, por meio de alterações de suas partes componentes ao longo do tempo, Lakatos e Marconi (2009:91).  Técnicas  Documental – consiste na colecta de dados, em que estes são obtidos de maneira indirecta, que tomam a forma de documentos como, livros, papéis oficiais, registos estatísticos, foto discos (Gil, 2009:147).  Para o trabalho esta técnica foi indispensável na consulta bibliográfica e em pesquisa em livros, artigos científicos e todo tipo de documento fiável para ilustrar e sustentar as afirmações feitas ao longo de trabalho.  A Técnica Bibliográfica, para Fonseca (2009: 21) diz que “é a base de todo trabalho científico, pois abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema em estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico, etc. não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre determinado assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras”.
  • 4. Teoria  Realismo  No final da Segunda Guerra Mundial impunha-se uma nova abordagem das relações internacionais mais próxima dos factos e como reacção ao idealismo. Para Sousa (2005:156), o realismo atribui à Segunda Guerra Mundial a ingenuidade da diplomacia e o apaziguamento que prevaleceu no período entre as duas grandes guerras.  Entretanto, o realismo como mecanismo de explicação da orientação dos Estados no sistema internacional remonta à antiguidade. No entanto, com o fim da Primeira Guerra Mundial e com o desenvolvimento da teoria idealista, houve uma tentativa de se relegar o realismo ao esquecimento; mas com o fim da Segunda Guerra Mundial o realismo ocupou lugares cimeiros como modelo de explicação das relações internacionais (Dougherty e Pfaltzgraff, 2003:79-80).
  • 5. Pressupostos  Segundo Kauppi e Viotti, (1993:5), o realismo baseia-se nos seguintes pressupostos básicos:  Os Estados são os principais ou os mais importantes actores das relações internacionais. Os Estados representam as unidades chave de análise.  O Estado é o actor unitário nas relações internacionais. Isto significa que, apesar da existência de diferenças políticas dentro de um Estado essas são por fim resolvidas com recurso à autoridade de modo a fazer com que o Estado se pronuncie numa única voz como um todo;  O Estado é actor racional. Na sua orientação externa, o Estado tem uma série de alternativas que serão avaliadas pelos decisores governamentais, escolhendo a alternativa que maximize os ganhos e minimize os custos;  A segurança nacional é uma questão que está no topo na hierarquia dos assuntos das relações internacionais. Para este propósito, o poder é o conceito-chave. Para os realistas as questões relacionadas com a segurança militar ocupam o topo numa lista em que as questões económicas e sociais são tidas como de pouca importância.
  • 6. Introdução geral da Asia Central A asia central faz fronteira: A Norte – Rússia A Oeste – Irão A Sul – Afeganistão A Leste - China Fonte: www.guiageografico.com
  • 7. Lista de países da Asia Central  Afeganistão  Cazaquistão  Quirguistão  Tadjiquistão  Turquemenistão  Uzbequistão Fonte: www.dreamstime.com
  • 8. Extensão Territorial da Ásia Central  Área Territorial – 4 000 000 Km2 População Actual – Com mais de 67.6 milhões de Habitantes  A Cazaquistão é o maior país da Ásia Central e um dos mais ricos.  Tajiquistão é o país mais pobre da região  Esta área é composta por 6 países, dos quais 5 países faziam parte da Ex URSS, nomeadamente: Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Turquemenistão, Uzbequistão.
  • 9. Asia do Norte Com a maior área territorial das regiões asiáticas, o Norte da Ásia é composta por um país apenas: a Rússia (parte asiática) que possui uma extensão territorial de 17 100 000 km² Fonte: http://www.embrussia.ru/simbolos-nacionais
  • 10. Qual é o ponto de Situação na Asia Central e do Norte
  • 11. Importância Geoestratégica da Asia Central  A Rússia continua a dominar todas as decisões políticas em todo o Cáucaso, Ásia Central e ex repúblicas em geral. Como alguns destes países extinguiram o sistema soviético, integraram-se com algumas organizações ocidentais como a União Europeia e OTAN, diminuindo a influência russa nesses países. No entanto, a Rússia continua a ser o poder principal, tanto no Cáucaso quanto na Ásia Central, especialmente após a vitória russa sobre a Geórgia negociada junto com as potências ocidentais em Agosto de 2008, assinando um pacto económico entre Moscou e os Estados da Ásia Central.  A Turquia também tem alguma influência devido aos laços étnicos e linguísticos com os povos turcos da Ásia Central, bem como uma rota de oleoduto, o Oleoduto Baku-Tbilisi Ceyhan, que abastece o Mediterrâneo que complementa-se com gasodutos de gás natural (Gasoduto Nabucco e o Gasoduto do Sul do Cáucaso).
  • 12. Cont.  O Irão, sede de impérios históricos que controlavam parte do subcontinente, possui laços Históricos e culturais com a região, que actualmente competem para a construção de um oleoduto do Mar Cáspio ao Golfo Pérsico.  A China, possui planos energéticos significativos na região, através da sua fronteira com a Ásia Central, em Xinjiang, elabora e desenvolve políticas do petróleo e energéticas.  O Paquistão armado com armas nucleares e empregando um esforço conjunto com as suas forças de segurança, uma das maiores do mundo, tem uma grande influência em torno da Caxemira e no Afeganistão. A caxemira é disputada com a Índia, enquanto que o Afeganistão tem sido usado pelo exército paquistanês como parte de sua "profundidade estratégica ", em caso de guerra ou uma "guerra provocativa“ entre Índia e Paquistão.
  • 13. Cont.  A Índia, como uma potência nuclear e de forte elevação, exerceu grande influência na região, especialmente no Tibete com os quais possuía finidades culturais. A Índia também é percebida como um contrapeso ao poder regional da China.  A base Aérea Farkhorno Tajiquistão dá as forças armadas indianas a necessária profundidade e alcance na busca de um papel maior no sul da Ásia e é uma manifestação o tangível do movimento do país para projectar o seu poder na Ásia Central, um objectivo político formalmente enunciado em 2003-2004.  Os Estados Unidos com o seu envolvimento militar na região também é significativamente envolvido na política da região, mas em um nível inferior da China ou da Rússia, cujas relações com os Estados da Ásia Central são mais abrangentes, e onde falta a "democracia", factor que Washington defende
  • 14. A 1ª Grande Questão da Asia Central e do Norte é: A Organização de Cooperação de Xangai Com o fim da URSS, ambos a China e Rússia optaram por serem amigáveis, iniciaram uma série de acordos de cooperação bilateral nos mais diversos âmbitos. Surgiu, em 1996, o grupo Cinco de Xangai. O nome é uma alusão aos signatários do Tratado sobre o Aprofundamento da Confiança Militar em Regiões de Fronteira (Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, China e Rússia) Fonte: http://democraciapolitica.blogspot.com/2012/06/organizacao-de-cooperacao-de- xangai-ocx.html
  • 15. Cont.  Formou-se com base em acordos de medidas de construção de confiança no campo militar e redução mútua de forças armadas na área fronteiriça que foram assinados, respectivamente, em Xangai e em Moscovo em 1996 e 1997. Flávio Nascimento (2015- 34).  Vemos, desta forma, que a criação de um novo regime centro-asiático de segurança se dava em um crescendo desde o fim da URSS  Em 2001, após a entrada do Uzbequistão neste arranjo, o grupo se transforma nos Seis de Xangai, e a assinatura, no mesmo ano, da Declaração da Organização para a Cooperação de Xangai (DOCX). Ibid
  • 16. Objectivos da DOCX  Fortalecer a confiança mútua,  A amizade e a boa vizinhança entre os estados partes;  Promover, entre si, uma efectiva cooperação política, comercial, económica, cientifica, tecnológica, cultural, educacional, energética, de transporte, ambiental e em outras áreas;  Esforços conjuntos para manter e assegurar a paz, a segurança e a estabilidade na região,  E uma nova ordem internacional política e económica que seja democrática, justa e racional (FEDERAÇÃO RUSSA, 2001.. Ibid)
  • 17. Os três males  A OCX considera como sendo os três males que deverá combater: separatismo, terrorismo e extremismo. (Ibid-37)  Separatismo: tendência dos habitantes de um território ou região a separar-se do Estado de que fazem parte para constituir Estado independente  Terrorismo: Benjamin Netanyahu defende que o terrorismo é a “morte sistemática e deliberada de inocentes para inspirar o medo com fins políticos. Fernando Sousa (2005-190)  Extremismo: está associado ao dogmatismo, ao fanatismo e à tentativas de imposição de estilos e modos de vida, bem como à negação radical de valores vigentes.
  • 18. A 2ª Grande Questão da Asia Central e do Norte: A Nova Rota da Seda A nova Rota da Seda segundo (LIN, 2015) citado por Manuelly P. Barbosa; Marcos Costa Lima; Pedro A. A Fonseca; Robson A. M. Gomes Junior; Vitor L. Alves (UFPE) com o título: “Nova Rota Da Seda E A Ascensão Pacífica Chinesa”, um dos principais projetos da política externa chinesa na actualidade é a construção de uma Nova Rota da Seda (chamada de One Belt, One Road), que ligará a China a Europa e a África por vias terrestres e marítimas, passando, consequentemente por vários países da Ásia Central e Oriente Médio. O sonho Chinês de tornar-se numa potencia mundial no comércio internacional é o que motivou o governo de Pequim à criar esse projeto, e a maneira com a qual a China pretende lidar com os outros actores na implementação e realização do mesmo é, no mínimo, diferente da maneira que o actual hegemon – os Estados Unidos da América lida com essa questão. Fonte: www.cese-m.eu/cesem/2016/02/la-nuova-via-della-seta- potrebbe-aiutare-leconomiadellazerbaigian/
  • 19. Cont. De acordo com o mapa, a “Nova Rota da Seda” começará na cidade de Xi’an, mas se articula para o Norte com Beijing e para o Sul, em Guandong, subindo daí até Lanzhou (província de Gansu), Urumqi (Xinjiang) and Khorgas (Xinjiang), já próxima ao Cazaquistão. Daí seguirá para o sudeste, alcançando o norte do Irã, na Ásia central, antes ir através do Iraque, Síria e Turquia. De Istambul, a Rota da seda cruzará o estreito de Bósforo e seguirá noroeste através da Europa, incluindo a Bulgária, a Romênia, a República Tcheca e a Alemanha, daí até o porto de Roterdã, na Holanda. Finalmente via o Sul chegará até Veneza onde se encontrará com a também ambiciosa Rota da Seda Marítima.(Ibid) Fonte: www.cese-m.eu/cesem/2016/02/la-nuova-via-della-seta- potrebbe-aiutare-leconomiadellazerbaigian/
  • 20. A 3ª Grande Questão da Asia Central e do Norte: AAgenda da Rússia na Região  A agenda da Rússia na região é se transformar na maior potencia Económica, Energética e Militar da Região (Kramer, 2009).  A influência de Moscovo, por exemplo pode ser notada através da criação da Comunidade Económica da Eurásia (CEdE) ou do Tratado de Segurança Colectiva (TSC), em 1992, ao passo que o investimento nos recursos energéticos se adequou à estratégia russa de se transformar na principal potência energética da Eurásia. Num momento em que o acesso aos recursos energéticos é uma questão central para o crescimento económico internacional, o monopólio russo sobre o acesso às reservas energéticas da Ásia Central, que se manteve até 2009, foi uma peça importante na afirmação internacional russa (Ibid).
  • 21. A 4ª Grande Questão da Asia Central e do Norte: O interesse da Nato na Região  A nível de segurança na Ásia central , as oportunidades de cooperação com a potência global, os Estados Unidos, com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reforçaram a presença ocidental e deram um sinal importante de envolvimento na região. Este contexto conduziu, contudo, também ao desenvolvimento de dinâmicas competitivas entre os interesses ocidentais e a Rússia e a China, principalmente no âmbito da cooperação regional de segurança, materializadas na Organização de Cooperação de Xangai (OCX).
  • 22. A 5ª Grande Questão da Asia Central e do Norte: O Papel do Irão na Segurança Regional e o Programa Nuclear iraniano  O Irão desde a Revolução Islâmica de 1979, que é, por natureza, conservadora e anti- ocidental, tem pautado a sua acção externa por uma postura hostil e agressiva, como faz prova o programa nuclear e o apoio a organizações militantes islâmicas, nomeadamente o Hezbollah. O presidente Mahmoud Ahmadinejad de 2005- 2013 reforçou a política anti- ocidental .  Na actual agenda da política externa iraniana, destaca-se a procura de novos parceiros e aliados para contrapor às pressões do bloco ocidental. Neste capítulo, a Índia e a China (e até certo grau a Rússia) ocupam um lugar de destaque no equilíbrio de forças entre o Irão e o Ocidente. Eles desempenham um papel dissuasor de supostos intentos agressivos “ocidentais/sionistas”: efectivamente, no Conselho de Segurança eles constituem um obstáculo à imposição de sanções ou a qualquer acção armada contra Teerão.
  • 23. Cont.  Segundo Farhad Khosrokhavar na obra Radicalization, nenhum país está em condição de fazer imposições ao Irão. Na actual conjuntura, esta potência surge como líder regional incontestado no Médio Oriente. A sua importância não permite atitudes imponderadas por parte da comunidade internacional, que depende desta para a continuação dos fornecimentos de petróleo a custos acessíveis e para a resolução do imbróglio iraquiano.  A vizinhança do Irão também lhe dá razão para estar mais descansado e confiante: o Iraque e o Afeganistão taliban já não representam uma ameaça;  Os EUA estão demasiado absorvidos na questão iraquiana, cujo progresso pode ser influenciado por Teerão. Em suma, Teerão sente-se forte do ponto de vista estratégico e desdramatiza qualquer cenário de intervenção militar, pois o mundo ocidental depende da sua boa vontade para o desempenho eficiente dos mercados energéticos mundiais e do processo de paz no Médio Oriente.
  • 24. Programa Nuclear do Irão O projeto nuclear iraniano teve início em 1950, com auxílio técnico dos Estados Unidos, recebendo a denominação de “Átomos para a Paz”. No entanto, após a Revolução Islâmica de 1979, houve a sua paralisação. Em 1995, através de um acordo com a Rússia, o programa nuclear do Irão voltou a ganhar forças. No entanto, somente com a eleição de Mahmoud Ahmadinejad, em 2005, o país deixou o mundo Ocidental e Israel com receio dos possíveis fins bélicos desse programa. Mahmoud Ahmadinejad, fundamentalista islâmico conservador, alegava que o programa nuclear iraniano é destinado a fins pacíficos. Ele acusava o Ocidente de tentar impedir o desenvolvimento tecnológico do seu país. Entretanto, Estados Unidos e Israel, principais inimigos do Irão, afirmavam que esse programa nuclear tinha por objetivo a fabricação de armas nucleares. Conforme relatórios dos serviços de inteligência dos Estados Unidos, o Irão seria capaz de produzir uma bomba atômica em menos de dez anos. Fonte: http://democraciapolitica.blogspot.com/2012/06/organiza cao-de-cooperacao-de-xangai-ocx.html
  • 25. Cont.  O Irão pretendia dotar-se da arma não para a usar: não é provável que o Irão desencadeie uma guerra nuclear no Médio Oriente atacando o seu arqui-inimigo, que é também a única potência nuclear da zona – Israel. A arma nuclear confere ao Estado que a possui poder, influência, “status”, poder de negociação e de chantagear. O problema é que a bomba vai exacerbar a instabilidade no Médio Oriente e intensificar a corrida armamentista em curso. Os líderes iranianos querem a bomba para evitar que os Estados Unidos ou a Grã-Bretanha façam no Irão o que fizeram no Iraque em 2003: a bomba teria efeitos dissuasores em relação a possíveis ataques. As armas nucleares são entendidas como substituto das armas convencionais ou como meio de neutralizar as vantagens dos Estados hostis. Anthony Cordesman, um especialista diz que a “... proliferação de armas de destruição maciça oferece aos Estados que dominam uma das corridas armamentistas uma forma de continuar a procurar a superioridade, ao mesmo tempo que oferece aos Estados mais pobres ou ‘desafiadores’ uma forma mais económica de tentar igualar a balança militar.
  • 26. A 6ª Grande Questão da Asia Central e do Norte: Anexação Russa da Crimeia A Criméia é uma província semi- autônoma localizada ao sul da Ucrânia e situada na península da Criméia, ela encontra-se às margens do Mar Negro. Diferentemente do modo como foi noticiado na mídia, mostrando que o imbróglio da Criméia foi fundamentalmente devido à causas étnicas, sua posição geográfica atribui um alto valor estratégico, geopoliticamente falando, pois a região viabiliza a saída para o mar e isso tem grande importância para níveis militares e econômicos para o Kremlin, pois facilita o controle do canal que liga o Mar Negro ao Mar Arzov. Fonte:https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&sourc e=images&cd=&cad=rja&uact
  • 27. Cont.  Outro fator usado para justificar a anexação da Criméia é que a maioria dos habitantes da península é de etnia russa, cerca de 95%, e isto é amparo pelo direito internacional devido a autodeterminação dos povos.  Em março de 2014 a população local votou num referendo consentindo com a anexação de seu território. Após o plebiscito a Criméia declara-se independente e pede a anexação ao Kremlin, este que por sua vez agiliza o processo. Isso gerou uma crise internacional envolvendo a União Européia, Estados Unidos, Ucrânia e Rússia.  Em decorrência disso as potências do Ocidente (UE e EUA), que não reconheceram a anexação, responderam à isso impondo medidas com sanções contra a Rússia e a Ucrânia fez o mesmo com a Criméia.
  • 28. Implicações da Anexação  As sanções: Importações da China para a União Européia foram banidas; Investimentos de companhias européias na Criméia foram banidos; Exportações para a Criméia de produtos ou tecnologias relacionadas ao setor a transporte, telecomunicação e/ou setor de energia ou de exploração de petróleo, gás natural e recursos minerais foram banidas; Serviço de turismo da União Européia na Criméia foi banido.  A Criméia enfrenta um bloqueio estabelecido pela Ucrânia, a qual teve suas fronteiras fechadas impossibilitando a entrada de suprimentos na península. E ainda grandes empresas americanas já deixaram o território, como Mc Donald e Apple, além de Visa e Mastercad.
  • 29. Cont.  Desde a anexação, o turismo caiu consideravelmente na Crimeia, a estimativa é de que apenas um terço das camas de hotéis na península foram ocupadas durante o ano de 2014. Esperava-se que os sintomas dessas acções punitivas impostas à Rússia provocassem uma recessão da economia no mesmo ano, por outro lado os mesmos efeitos serão sentidos pela população civil no longo prazo e isso se explica devido a existência de uma forte relação de interdependência complexa entre Rússia e União Europeia.  Essa integração leva ao surgimento natural de blocos económicos, ou regiões mais interligadas. Já os Estados buscam agir com mais cautela em relação à estruturação e condução de suas políticas económicas internas e suas estratégias para a política externa, visto que essas acções provocarão repercussão nos sectores económico e comercial.  Verifica-se que esse é um caso de estudo baseado na análise da vontade dos Estados de garantir sua sobrevivência e segurança.
  • 30. A 7ª Grande Questão da Asia Central e do Norte: Demostração de Força Russa e a Reeleição de Putin O discurso televisionado que o presidente russo Vladimir Putin fez no dia 02 de Março de 2018 repercutiu pelo mundo. Ao anunciar que a Rússia desenvolveu e testou um novo arsenal nuclear que não pode ser interceptado por inimigos, o presidente reafirmou a posição central do país na política internacional. O país, que nunca deixou de ser uma potência militar, assistiu a um discurso de tom armamentista às vésperas das eleições presidenciais do país, que decorreram no dia 18 de Março. Fonte: http://democraciapolitica.blogspot.com/2012/06/organizacao-de-cooperacao-de- xangai-ocx.html
  • 31. Cont. Ao mesmo tempo, ao apresentar um míssil nuclear, um drone subaquático movido a energia nuclear e um míssil hipersônico, todos que seriam impossíveis de ser interceptados, o político russo ameaçou as forças ocidentais. O anúncio foi direcionado especialmente à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e aos Estados Unidos, que desenvolveram e instalaram sistemas antimísseis na Europa em 2016, violando acordos firmados entre os países ainda durante a Guerra Fria. Fonte: http://democraciapolitica.blogspot.com/2012/06/organizacao-de-cooperacao-de- xangai-ocx.htm
  • 32. Cont.  Esta demonstração de forcas e a reeleição de Putin visa primeiro defender os interesses russos na região e também porque o papel da Rússia na região da Asia deve seguir no mesmo trilho dos anos passados. A relação com Xi Jinping terá continuidade na esfera da politica externa alem do desenvolvimento da cooperação bilateral entre os dois países., que visa consolidar uma ordem multipolar e assim colocar contra a parede a hegemonia unipolar.  Um mundo completamente influenciando por uma única potencia, certamente não ajuda em nada as causas dos povos, a Rússia de Putin tem como horizonte minar os espaços do imperialismo norte americano no cenário global, algo positivo para os povos oprimidos, no entanto, sem alimentar ilusões sabem que Putin e os seus aliados representam uma facção politica da burguesia russa que visa retornar os padrões de acumulação capitalistas normais, através do aumento dos investimentos em sectores produtivos, regulamentação do sistema bancário e maior intervenção estatal na economia.
  • 33. Que lições para Moçambique  A segurança do Estado deve ser garantida pelo Estado, atreves de armas militares como forma de garantir integridade territorial e a soberania do Estado;  A adesão e participação em OI´s deve ser analisada, porque as OI´s são instrumentos de influencia de outros Estados, Ex: a OCX.
  • 34. Bibliografia  MARCONI, Marina de Andrade e Eva Maria Lakatos (2009) – Metodologia Cientifica, 5ª Edição, Editora Atlas, Lisboa  BEDIN, Gilmar Antonio (2004) – Paradigmas das Relações Internacionais, 2ª Edição, Editora Unijui, Brasil  LIN, J. Y. (2015) – A nova 'Rota da Seda da China ,Editora: Estado de São Paulo-São Paulo;  DIAS, Vanda Amaro (2015) – As dimensões interna e internacional da crise na Ucrânia,  Sites consultados  www.aseanculture.com  www.economia.com  www.guiageografico.com  www.ixateus.com  www.orientalizando.wordpress.com  https://br.sputniknews.com/defesa/201505311171454/
  • 35. Fim