Por: Camilo Caliz, Diretor de Serviços de Comunicações para a América Latina da Ericsson
Quando falamos sobre redes LTE, conhecidas também como 4G, nos referimos principalmente a dados, ou melhor, a dados de alta velocidade. E não é incomum. O serviço é afinal uma tecnologia “all-IP” (tudo em IP), que utiliza ao máximo a troca eficiente de pacotes de dados para fazer downloads de arquivos de texto, vídeos e fotografias em altas velocidades.
El Reporte de Sustentabilidad y Responsabilidad Corporativa de Ericsson 2015
Uma revolução na comunicação móvel se aproxima na região: A tecnologia de voz sobre LTE (VoLTE)
1. Por: Camilo Caliz, Diretor de Serviços de Comunicações para a América Latina da Ericsson
Uma revolução na
comunicação móvel
se aproxima na
região: A
tecnologia de
voz sobre
LTE (VoLTE)
2. Em um estudo realizado pela Ericsson, pode-se
observar que o número de minutos de voz no
mundo aumentou em dois dígitos percentuais
durante 2012 e 2013. Então, enquanto a rede LTE
for usada pelos operadores como fonte de renda,
ao mesmo tempo que habilita os serviços de OTT,
representa também, e de maneira exemplar, um
método adicional para que os operadores possam
competir ou colaborar entre si, e possam criar e
oferecer novos serviços.
Essa colaboração está gerando um novo
ecossistema de serviços de comunicação como
tecnologias de Voz sobre LTE (VoLTE),
combinadas com as outras que estão surgindo
como Rich Communication Suite (Suíte
Enriquecida de Comunicações ou RCS) e Web
Real Time Communications (Web em Tempo real
ou WebRTC).
Deve-se ter em mente que a construção,
distribuição e expansão de serviços de voz sobre
redes de última geração são partes fundamentais
das redes móveis da próxima geração e isso não
se consegue da noite para o dia. Atualmente, são
mais de 300 redes LTE prontas, com previsão de
entrarem em serviço em 128 países até 2017,
quase o dobro do número de redes ativas
atualmente, o que demonstra que a comunicação
pessoal atual se aprimorou durante um tempo
relativamente pequeno e continua em constante
evolução.
Quando falamos sobre redes LTE, conhecidas
também como 4G, nos referimos principalmente a
dados, ou melhor, a dados de alta velocidade. E
não é incomum. O serviço é afinal uma tecnologia
“all-IP” (tudo em IP), que utiliza ao máximo a troca
eficiente de pacotes de dados para fazer
downloads de arquivos de texto, vídeos e
fotografias em altas velocidades.
Muitos operadores começaram a implementar a
tecnologia LTE unicamente como um serviço de
dados; contudo, quando se trata dessa rede, não
deveríamos nos referir a essa tecnologia como a
última geração de banda larga móvel, mas também
como a última geração de serviços de
comunicação de voz.
Isso pode ser uma surpresa para muitos, já que os
serviços de voz são percebidos de forma global
como um negócio em queda livre, uma vez que
estão sendo substituídos por aqueles oferecidos
amplamente pelos conhecidos OTT (Over The Top
ou Sobre a Rede). Aqui nos referimos ao Viber,
WhatsApp e WeChat, habilitados ironicamente por
HSPA e ainda mais pela rede de última geração.
É importante ressaltar que a voz ainda tem uma
demanda global importante no que se refere à
América Latina. O serviço de voz e SMS já é
representado por 81% da população, o que
significa que a demanda nessa “onda” de
tecnologia e nos ecossistemas de voz sobre LTE
estão crescendo rapidamente.
3. Hoje em dia, mais de 300 redes LTE operam
comercialmente em 97 países do mundo. Delas, 36
se encontram em 17 países da América Latina.
Porto Rico (5), Brasil (6) e Colômbia (4), são os
países latino-americanos que contam com o maior
número de redes móveis de quarta geração em
operação atualmente.
Como resultado, espera-se que a quantidade de
conexões com rede de última geração em todo
mundo passe dos bilhões em 2017. Em 2017, essa
tecnologia representará uma de cada oito das mais
de 8 bilhões de conexões móveis totais previstas
para esse momento.
Em 2012, a Coreia do Sul realizou avanços
significativos e provas com a tecnologia VoLTE. Os
usuários da Coreia do Sul utilizaram os serviços de
voz sobre LTE na rede da operadora LG U+. Os
Estados Unidos fizeram seu próprio serviço com o
MetroPCS.
Até então, as redes comerciais LTE não passavam
suas chamadas de voz para uma rede 2G ou 3G
quando saíam de sua rede de cobertura, mas em
março de 2013, no marco do Mobile World
Congress em Barcelona, os engenheiros da
operadora Telefônica na Alemanha ficaram
encarregados de demonstrar que o padrão SRVCC
(Single Radio Voice Call Continuity ou
Continuidade de Chamada de Voz em Rádio Único)
permite realizar a transferência da rede de última
geração para a rede 3G.
A prova realizada com essa tecnologia na
Telefônica Alemanha habilitada pela Ericsson
também integrou a tecnologia Wi-Fi como um
complemento para a rede móvel, podendo-se dizer
que o Wi-Fi também oferece os últimos avanços e
contributos, além de um rendimento semelhante ao
de LTE e permite o roaming entre várias
operadoras e países.
De acordo com a GSMA, calcula-se que o número
total de conexões LTE em toda a América Latina
será de 77 milhões no final de 2017, isto é, 10% do
total de conexões da região nessa data.
Um estudo recente calcula que cerca de 20% da
população mundial encontra-se atualmente dentro
do alcance de cobertura da rede 4G, e levando-se
em conta que as operadoras continuarão
ampliando a cobertura durante os próximos anos,
espera-se que tais redes estejam disponíveis para
metade da população mundial em meados de
2017.
A implementação dessa tecnologia depende
principalmente da atribuição do espectro para a
rede de última geração. Atualmente, espera-se que
465 redes LTE comerciais estejam em serviço em
todo o mundo em 2017 (de acordo com a GSMA).
Pioneiros que
transformaram
a VoLTE em realidade
Hoje em dia, mais de 300 redes LTE
operam comercialmente em 97 países
do mundo. Delas, 36 se encontram em
17 países da América Latina.
4. Existem atualmente 12 bandas de frequência
diferentes que foram implementadas nessas redes
em todo o mundo, o que se conclui que o mercado
LTE global está em constante evolução.
Especificamente nos mercados que foram
pioneiros digitais como Estados Unidos, Coreia do
Sul e Japão, a migração para redes de última
geração está bastante avançada em comparação
com os mercados em desenvolvimento como o
México, onde o compromisso dos assinantes não
cresceu tanto como nesses países.
O futuro da voz
sobre LTE
Alguns dos fatores que promovem e impulsionam o
crescimento de LTE e VoLTE continuam sendo: um
espectro adequado para as operadoras móveis,
disponibilidade de dispositivos LTE acessíveis e a
implementação de tarifas inovadoras.
A partir desses fatos, de 2015 em diante, o
desenvolvimento vertiginoso da VoLTE será
inevitável, uma vez que já existem quase todos os
elementos necessários para comprovar que essa
tecnologia está para revolucionar a forma em que,
até o momento, a comunicação móvel é efetuada,
cujo padrão de desenvolvimento é considerado o
mais rápido da história.