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Sociólogo e filósofo alemão
Jürgen Habermas
18/6/1929, Düsseldorf, Alemanha
Da Página 3 - Pedagogia & Comunicação

Aos 25 anos, Jürgen Habermas graduou-se com o trabalho "O Absoluto e a História", sobre Schelling. Foi
assistente do filósofo e sociólogo Theodor W. Adorno durante cinco anos, até 1959, na chamada Escola
de Frankfurt, conhecida por desenvolver uma "teoria crítica da sociedade", integrando a reflexão filosófica
com a sociologia.

Aos 31 anos, Habermas passou a lecionar filosofia em Heidelberg e, em 1961, publicou a famosa obra
"Entre a Filosofia e a Ciência - O Marxismo como Crítica", inserida em "O estudante e a Política".

Habermas passou, então, a lecionar filosofia e sociologia na Universidade de Frankfurt. Entre as obras e
os artigos publicados na década de 1960, destacam-se: "Evolução Estrutural da Vida Pública", "Teoria e
Práxis", "Lógica das Ciências Sociais", "Técnica e Ciência como Ideologia" e Conhecimento e Interesse".

Mudou-se para Nova York em 1968 e tornou-se professor da New York School for Social Research. Em
1972, transferiu-se para Starnberg, assumindo a direção do Instituto Max-Planck e, em 1983, voltou a
lecionar na Universidade de Frankfurt.

Em 1994, Habermas aposentou-se, sem nunca deixar de contribuir para com o conhecimento por meio de
palestras e de uma vasta obra publicada. O principal eixo das discussões do filósofo é a crítica ao
tecnicismo e ao cientificismo que, a seu ver, reduziam todo o conhecimento humano ao domínio da
técnica e modelo das ciências empíricas, limitando o campo de atuação da razão humana ao
conhecimento objetivo e prático.

Introduzindo uma nova visão a respeito das relações entre a linguagem e a sociedade, em 1981
Habermas publicou aquela que é considerada sua obra mais importante: "Teoria da Ação Comunicativa".

Em algumas outras obras, Habermas abordou as ciências sociais e, em especial, dedicou-se a estudar o
direito. Em "Conhecimento e Interesse", publicada em 1968, Habermas apresenta uma distinção entre as
ciências exatas e as ciências humanas, afirmando a especificidade das ciências sociais.

Em "A Transformação Estrutural da Esfera Pública", de 1962, aborda o fundamento da legitimidade da
autoridade política como o consenso e a discussão racional. Em "Entre Fatos e Normas", publicado em
1996, o filósofo faz uma descrição do contexto social necessário à democracia, e esclarece fundamentos
da lei, de direitos fundamentais, bem como uma crítica ao papel da lei e do Estado.

Augusto Comte




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Comte, cujo nome completo era Isidore-Auguste-Marie-François-Xavier Comte, nasceu em 19 de jane
1798, em Montpellier, e faleceu em 5 de setembro de 1857, em Paris. Filósofo e auto-proclamado líde
religioso, deu à ciência da Sociologia seu nome e estabeleceu a nova disciplina em uma forma sistem

Foi aluno da célebre ÉcolePolytechnique, uma escola em Paris fundada em 1794 onde se ensinava a c
e o pensamento mais avançados da época. De família pobre, sustentou seus estudos com o ensino
ocasional da matemática e oportunidades no jornalismo.

Um de seus primeiros empregos foi o de secretário do Conde Henri de Saint-Simon, o primeiro filósof
ver claramente a importância da organização econômica na sociedade moderna, e cujas idéias Comte
absorveu, sistematizou com um estilo pessoal e difundiu.

Comte foi apresentado ao filósofo, então diretor do periódico Industrie, no verão de 1817. Saint-Simo
homem de fértil, mas tumultuada e desordenada criatividade, então quase sessenta anos mais velho
Comte, foi atraído pelo jovem brilhante que possuiu a capacidade treinada e metódica para o trabalho
lhe faltava. Comte tornou-se seu secretário e colaborador próximo, na preparação de seus últimos
trabalhos. Quando Saint-Simon experimentou problemas financeiros, Comte permaneceu sem pagam
tanto por razões intelectuais como pela esperanças da recompensa futura.

Os esboços e os ensaios que Comte escreveu durante os anos da associação próxima com Saint-Simo
especialmente entre 1819 e 1824, mostram inequivocamente a influência do mestre. Esses primeiros
trabalhos já contêm o núcleo de todas suas idéias principais, mesmo as mais tardias.
Em 1824 Comte desentendeu-se com Saint-Simon por questões de autoria legítima de ensaios que C
devia publicar. A solução, que Comte considerou injusta, foi que cem cópias do trabalho saíram sob o
de Comte, enquanto mil cópias, intituladas Catechismedesindustriels indicavam a autoria de Henri de
Simon. Outra causa do rompimento foi, ironicamente, Comte desdenhar a idéia de um paradigma reli
no projeto de Saint Simon, ele, Comte, que depois haveria de adotar essa idéia proclamando a si mes
como sumo sacerdote da Humanidade.
Em fevereiro 1825 Comte se casou com Caroline Massin, proprietária de uma pequena livraria, uma m
que ele já conhecia a alguns. Comte a achava forte e inteligente, mas depois taxou-a de ambiciosa e
desprovida de afetividade. O casamento foi sempre tumultuado por motivos financeiros, uma vez que
Comte não conseguia uma posição com salário fixo e contava apenas com os rendimentos das aulas
particulares e alguma renda adicional por colaborações a jornais, mais freqüentemente para o Produc
um jornal fundado pelos filhos espirituais de Saint-Simon após a morte do mestre.

Depois de se afastar de Saint Simon, a principal preocupação de Comte tornou-se a elaboração de su
filosofia positiva. Não tendo nenhuma cadeira oficial da qual expor suas teorias, decidiu oferecer um c
particular que os interessados subscreveriam adiantado, e onde divulgaria sua Summa do conhecime
positivo. O curso abriu em abril, 1826, com a presença de alguns curiosos ilustres como Alexander vo
Humboldt, diversos membros da academia das ciências, o economista Charles Dunoyer, o duque Nap
de Montebello, e Hippolyte Carnot, filho do organizador dos exércitos revolucionários e irmão do cient
Sadi Carnot, e vários estudantes da EcolePolytechnique.
Comte deu apenas três aulas e foi obrigado a interromper o curso devido a um colapso nervoso. Seu
foi diagnosticado como " mania " no hospital do famoso Dr. Esquirol, autor de um tratado sobre a d
Ele próprio submeteu Comte a um tratamento com banhos de água fria e sangrias. Apesar de não rec
alta, Comte foi levado para casa por Caroline

Após o retorno para casa, Comte caiu em um estado melancólico profundo, e tentou mesmo o suicide
jogando-se no rio Sena. Somente em agosto 1828 logrou sair de sua letargia. O curso das conferênci
recomeçado em 1829, e Comte ficou satisfeito outra vez por encontrar na audiência diversos nomes d
grandes das ciências e das letras.

Durante os anos 1830-1842, quando escreveu sua obra prima, Cours de philosophiepositive, Comte
continuou a viver miseravelmente na margem do mundo acadêmico. Todas as tentativas de ser apon
de para uma cadeira no EcolePolytechnique ou para uma posição na Academia das ciências ou na facu
de França foram infrutíferas. Controlou somente em 1832 a ser apontado assistente de "analyse et d
mecanique " no Ecole; cinco anos mais tarde foi dado também as posições do examinador externo p
mesma escola. A primeira posição trouxe valiosos dois mil francos e o segundo um pouco mais. Mas e
pouco para as despesas que tinha com a esposa e por isso continuou com as aulas particulares para
escapar da faixa de pobreza.

Durante os anos da concentração intensa quando escreveu o Cours, Comte foi incomodado não some
por dificuldades financeiras e as frustradas tentativas de emprego acadêmico. Também sofreu críticas
mundo científico por parte de importantes figuras que o ridicularizavam pela sua pretensão de subme
seu sistema todas as ciências. A mágoa agravou seu estado psicológico. Por razões "de higiene cereb
decidiu-se, em 1838, a não ler mais uma linha de qualquer trabalho científico, limitando-se à leitura d
ficção e poesia. Em seus últimos anos o único livro que haveria de ler repetidamente seria o "Imitaçã
Cristo". Sua vida matrimonial, que sempre fora tempestuosa, também se desfez.. Comte teve várias
separações de Caroline, que não suportava os seus fracassos e terminou por deixá-lo definitivamente
1842.
Só e isolado, continuou a atacar os cientistas que se recusaram a reconhecê-lo. Queixou-se de seus
inimigos aos ministros do Rei, escreveu cartas delirantes à imprensa e atormentou a paciência de seu
poucos restantes amigos. Criando demasiado inimigos na EcolePolytechnique, sua nomeação como o
examinador não foi renovada em 1844. Perdeu com isto a metade de sua renda. (iria perder também
posição de assistente na Ecole em 1851.)

Contudo apesar de todos estas adversidades, Comte começou lentamente a adquirir discípulos. E mai
importante para ele foi que, além de encontrar alguns discípulos franceses notáveis, tais como o emin
intelectual Emile Littre, era o fato de que sua doutrina positiva havia atravessado o Canal e recebera
considerável atenção na Inglaterra. David Brewster, um físico eminente, saudou-o nas páginas do
Edinburgh Review em 1838 e, o mais gratificante de tudo, John Stuart Mill transformou-se em seu
admirador, citando-o em seu System ofLogic (1843) como um dos principais pensadores europeus. C
e Mill se corresponderam regularmente, e serviu a Comte não somente para refinar seus pensamento
como também para desabafar com o filósofo inglês as tribulações de sua vida conjugal e as dificuldad
sua existência material. Mill arrecadou entre admiradores britânicos de Comte uma soma consideráve
dinheiro e lhe enviou como socorro para suas dificuldades financeiras.
No mesmo ano de 1844, Comte con
heceu Clotilde de Vaux, por quem se apaixonou. Ela era uma mulher de trinta anos abandonada pelo
marido, um funcionário público do baixo escalão, que havia fugido do país depois de se apropriar de f
do governo. Um irmão de Clotilde que havia sido aluno de Comte na Escola Politécnica, e o convidou
casa de seus pais, onde lhe apresentou a irmã.

Comte ficou inteiramente seduzido por ela. Sua paixão tem, porém, um desdobramento inusitado. Clo
está impedida pela lei de casar-se achando-se o seu marido foragido.
Auguste Comte tinha então quarenta e sete anos, e havia se separado três anos antes de sua mulher
Acabara de concluir seu monumental Cours de philosophie positive, e se preparava para escrever o q
pretendia que seria sua principal obra, o Système de politique positive. da qual ele considerava o Cou
philosophie como apenas uma introdução. Entusiasmado com a própria paixão, Auguste Comte afirma
nada pode ser mais eficaz para o bem pensar que o bem querer, e se torna um abrasado feminista. A
que a mulher encarna o sentimento e portanto, em última análise, a própria Humanidade. Busca entã
seriamente associar o sexo feminino, na pessoa de Clotilde, à obra de renovação social e moral que s
impôs completar. Clotilde tenta colaborar, através de um romance filosófico, Wilhelmine, que ela se p
febrilmente a escrever. Mas adoece de tuberculose e vem a falecer em 1846.

Comte irá devotar o resto de sua vida à memória do "seu anjo". O Système de politique positive, qu
tinha começado a esboçar em 1844 e no qual completou sua formulação da sociologia., iria transform
em um memorial a sua amada. Cinco anos mais tarde, em 1851, ao publicar essa obra, dedicou-a a
Clotilde, dizendo esperar que a humanidade, reconhecida, haveria de lembrar sempre seu nome junto
dela.

No Système de politique positive, Comte, voltando-se contra a doutrina do mestre Saint-Simon, defe
primazia da emoção sobre o intelecto, do sentimento sobre a racionalidade; e proclamou repetidamen
poder curativo do calor feminino para a humanidade dominada por tempo demasiado pela aspereza d
intelecto masculino. Por outro lado, maquiou a proposta de disciplina eclesiástica de Saint-Simon cria
Religião da Humanidade.

Quando o Système apareceu entre 1851 e 1854, Comte escandalizou e perdeu a maioria dos seguido
racionalistas que ele havia conquistado com tanta dificuldade nos últimos quinze anos. John Stuart M
Emile Littre não aceitaram que o amor universal fosse a solução para todas as dificuldades da época.
pouco aceitariam a Religião da Humanidade da qual Comte se proclamou agora o sumo sacerdote. A
observação dos rituais múltiplos segundo o calendário anual, os detalhes da elaborada liturgia indicav
que o antigo profeta do estágio positivo havia regressado às trevas do estágio teológico. Comte passo
assinar suas circulares - aos novos discípulos que conseguiu reunir - como "fundador da religião univ
e sumo sacerdote da humanidade". Tentou converter o Superior Geral dos Jesuítas à nova fé e comp
suas circulares aos discípulos com as epístolas de São Paulo. Fundou a SocietéPositiviste, que se
transformou no centro principal de seu ensino. Os membros se cotizaram para assegurar a subsistênc
mestre e fizeram os votos de espalhar sua mensagem. As missões se instalaram, na Espanha, Inglate
Estados Unidos, e na Holanda.
Cada noite, das sete às nove, exceto nas quartas-feiras quando a SocietéPositiviste tinha sua reunião
regular, Comte recebia seus discípulos em sua casa em Paris: políticos, intelectuais e operários, que l
votavam grande respeito e veneração. Comte estava longe do entusiasmo republicano e libertário de
juventude. O moto da Igreja Positiva era amor, ordem e progresso O jovem estudante de passeata ag
pregava as virtudes do amor, da submissão e a necessidade da ordem para o progresso social.

Em 1857, Comte, após alguns meses de enfermidade, faleceu a cinco de setembro. Um grupo pequen
discípulos, de amigos, e de vizinhos seguiu seu esquife ao cemitério de PereLachaise. Seu túmulo
transformou-se no centro de um pequeno cemitério positivista onde estão sepultados, perto do mestr
seus discípulos mais fiéis.

Pensamento. A contribuição principal de Comte à filosofia do positivismo foi sua adoção do método
científico como base para a organização política da sociedade industrial moderna, de modo mais rigor
que na abordagem de Saint Simon. Em sua Lei dos três estados ou estágios do desenvolvimento
intelectual, Comte teoriza que o desenvolvimento intelectual humano havia passado historicamente
primeiro por um estágio teológico, em que o mundo e a humanidade foram explicados nos termos do
deuses e dos espíritos; depois através de um estágio metafísico transitório, em que as explanações
estavam nos termos das essências, de causas finais, e de outras abstrações; e finalmente para o está
positivo moderno. Este último estágio se distinguia por uma consciência das limitações do conhecime
humano. As explanações absolutas consequentemente foram abandonadas, buscando-se a descobert
leis baseadas nas relações sensíveis observáveis entre os fenômenos naturais.

Comte tentou também uma classificação das ciências; baseada na hipótese que as ciências tinham
desenvolvido da compreensão de princípios simples e abstratos à compreensão de fenômenos comple
concretos. Assim as ciências haviam se desenvolvido a partir da matemática, da astronomia, da física
química para a biologia e finalmente a sociologia. De acordo com Comte, esta última disciplina não so
fechava a série mas também reduziria fatos sociais as leis científicas e sintetizaria todo o conhecimen
humano.

Embora Comte não fosse dele o conceito de sociologia ou da sua área de estudo, ele ampliou seu cam
sistematizou seu conteúdo. Dividiu a Sociologia em dois campos principais: Estática social, ou o estud
forças que mantêm unida a sociedade; e Dinâmica social, ou o estudo das causas das mudanças socia

Dando nova roupagem às idéias de Hobbes e Adam Smith, afirmou que os princípios subjacentes da
sociedade são o egoísmo individual, que é incentivado pela divisão de trabalho, e a coesão social se
mantém por meio de um governo e um estado fortes.

Como Saint Simon, queria a administração real do governo e da economia nas mãos dos homens de
negócios e dos banqueiros, porém dá um toque pessoal seu, com origem em sua paixão por Clotilde,
dizendo que a manutenção da moralidade privada seria competência das mulheres como esposas e m

Dando ênfase a hierarquia e obediência, rejeitou a democracia, sustentando que o governo ideal seria
constituído por uma elite intelectual. Seu conceito de uma sociedade positiva está no seu Système de
politique positive ("Sistema de Política Positiva").

Como Saint-Simon, ele veio a adotar a idéia de que a organização da igreja católica romana, divorcia
teologia cristã, podia fornecer um modelo estrutural e simbólico para a sociedade nova, idéia que, no
entanto, fora uma das causas alegadas para seu rompimento com o mestre. Comte substituiu a adora
Deus por uma "religião da humanidade"; um sacerdócio espiritual de sociólogos seculares guiaria a
sociedade e controlaria a instrução e a moralidade pública.
Comte viveu para ver sua obra comentada extensamente em toda a Europa. Muitos intelectuais ingle
foram influenciados por ele, e traduziram e promulgaram seu trabalho. Seus devotos franceses tinham
aumentado também, e mantinha uma correspondência volumosa com sociedades positivistas em todo
mundo.

A Habilidade particular de Comte era como um sintetizador das correntes intelectuais as mais diversa
Tomou idéias principalmente dos filósofos modernos do século XVIII. De Saint-Simon e outros
reformadores franceses menores Comte tomou a noção de uma estrutura hipotética para a organizaç
social que imitaria a hierarquia e a disciplina existente na igreja católica romana. De vários filósofos d
Iluminismo adotou a noção do progresso histórico e particularmente de David Hume e Immanuel Kan
tomou sua concepção de positivismo, ou seja, a teoria de que o Teologia e a Metafísica são modalidad
primárias imperfeitas do conhecimento e que o conhecimento positivo é baseado em fenômenos natu
suas propriedades e relações como verificado pelas ciências empíricas, tese Kantiana por excelência..

O mais importante realmente provem de Saint-Simon, que havia enfatizado originalmente a importân
crescente da ciência moderna e o potencial da aplicação de métodos científicos ao estudo e à melhori
sociedade.

De Saint-Simon é originalmente a idéia de que a finalidade da análise científica nova da sociedade de
amelhorativa e que o resultado final de toda a inovação e sistematização na nova ciência deve ser a
orientação do planeamento social. Comte também pensou que era necessário implantar uma ordem
espiritual nova e secularizada a fim de suplantar o sobrenaturalismo ultrapassado da teologia cristã.

Comte segue Saint-Simon quando considera a necessidade de uma ciência social básica e unificadora
explicasse as organizações sociais existentes e guiasse o planeamento social para um futuro melhor.
sua hábil sistematização Comte chamou esta nova ciência "Sociologia", pela primeira vez.

Porém vai temerariamente mais adiante que seu mestre quando afirma que os fenômenos sociais pod
ser reduzidos a leis da mesma maneira que as órbitas dos corpos celestes haviam sido explicadas pel
teoria gravitacional quase trezentos anos antes.




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dam Smith (provavelmente Kirkcaldy, Fife, 5 de junho de 1723 — Edimburgo, 17 de
Julho de 1790) foi um economista e filósofo escocês. Teve como cenário para a sua vida o
                                           [1]
atribulado século das Luzes, o século XVIII.

É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do liberalismo
econômico. Autor de "Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações", a
sua obra mais conhecida, e que continua sendo como referência para gerações de
economistas, na qual procurou demonstrar que a riqueza das nações resultava da atuação de
indivíduos que, movidos apenas pelo seu próprio interesse (self-interest), promoviam o
crescimento econômico e a inovação tecnológica.

Adam Smith ilustrou bem seu pensamento ao afirmar "não é da benevolência do padeiro, do
açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles
em promover seu "auto-interesse".

Assim acreditava que a iniciativa privada deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma
intervenção governamental. A competição livre entre os diversos fornecedores levaria não só à
queda do preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de
baratear o custo de produção e vencer os competidores.

Ele analisou a divisão do trabalho como um fator evolucionário poderoso a propulsionar a
economia. Uma frase de Adam Smith se tornou famosa: "Assim, o mercador ou comerciante,
movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-interest), é levado por uma mão
invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade."
Como resultado da atuação dessa "mão invisível", o preço das mercadorias deveria descer e
os salários deveriam subir.

As doutrinas de Adam Smith exerceram uma rápida e intensa influência
na burguesia(comerciantes, industriais e financistas), pois queriam acabar com os
direitos feudais e com o mercantilismo.

                 Índice

                [esconder]


1 Biografia

2 Posição face à situação nos EUA

3 Obra

 o    3.1 Teoria dos Sentimentos Morais

 o    3.2 Riqueza das Nações

4 Ver também

5 Referências

6 Ligações externas

[editar]Biografia

Adam Smith era filho de um controlador alfandegário em Kirkcaldy, na Escócia. A data exata do
seu nascimento foi descoberta em 2006, ele foi batizado em Kirkcaldy em 7 de junho de 1723,
tendo o seu pai falecido seis meses antes.

Aos 15 anos, Smith matriculou-se na Universidade de Glasgow, onde estudou Filosofia
moral com o "inesquecível" Francis Hutcheson. Em1740, entrou para
o BalliolCollege da Universidade de Oxford, mas, como disse William Robert Scott, "...Oxford
deste tempo deu-lhe pouca ajuda (se é que a deu) para o que viria a ser a sua obra." e acabou
por abdicar da sua bolsa em 1746. Em 1748 começou a dar aulas emEdimburgo sob
o patronato de LordKames. Algumas destas aulas eram de retórica e de literatura, mas mais
tarde dedicou-se à cadeira de "progresso da opulência", e foi então, em finais dos anos 1740,
que ele expôs pela primeira vez a filosofia econômica do "sistema simples e óbvio da liberdade
natural" que ele viria a proclamar no seu Inquérito sobre a natureza e as causas da riqueza das
Nações.

Por volta de 1750, conheceu o filósofo David Hume, que se tornou um dos seus mais próximos
amigos. Em 1751, Smith foi nomeadoprofessor de Lógica na Universidade de Glasgow,
passando, no ano seguinte, a dar a cadeira de filosofia moral. Nas suas aulas, cobria os
campos da ética, retórica, jurisprudência e política econômica ou ainda "política e rendimento".
Em 1759, publicou a Teoria dos sentimentos morais, uma das suas mais conhecidas obras,
incorporando algumas das suas aulas deGlasgow. Este trabalho, que estabeleceu a reputação
de Smith durante a sua própria vida, refere-se à explicação da aprovação ou desaprovação
moral. A sua capacidade de argumentação, fluência e persuasão, mesmo que através de uso
da retórica, estão ali bem patenteados. Ele baseia a sua explicação, não como o
terceiro LordShaftesbury e Hutcheson tinham feito, num "sentido moral", nem como David
Hume, com base num decisivo sentido de utilidade, mas sim na empatia e simpatia.

Tem havido uma controvérsia considerável quanto a saber se há ou não uma contradição ou
contraste entre a ênfase de Smith na empatia (ou compaixão) como motivação humana
fundamental em "sentimentos morais", e o papel essencial do auto-interesse na "riqueza das
nações". Este parece colocar mais ênfase na harmonia geral dos motivos e atividades
humanas sob uma providência benigna no primeiro livro, enquanto que no segundo livro,
apesar do tema geral da "mão invisível" promovendo a harmonia de interesses, Smith encontra
mais ocasiões para apontar causas de conflitos e o egoísmo estreito da motivação humana.

Smith começava agora a dar mais atenção à jurisprudência e à economia nas suas aulas, e
menos às suas teorias de moral. Esta ideia é reforçada pelas notas tomadas por um dos seus
alunos por volta de 1763, mais tarde editadas por Edwin Cannan Aulas de justiça, polícia,
rendimento e armas, 1896, e pelo que Scott, que o descobriu e publicou, descreve em "Um
esboço inicial de parte da Riqueza das Nações" ("Anearly draft ofpartoftheWealthofNations"),
datado de 1763.

No final de 1763, Smith obteve um posto bem remunerado como tutor do jovem duque de
Buccleuch e deixou o cargo de professor. De 1764 a1766, viajou com o seu protegido,
sobretudo pela França, onde veio a conhecer líderes intelectuais
como Turgot, d'Alembert, André Morellet,Helvétius e, em particular, François Quesnay.



Depois de voltar para Kirkcaldy, dedicou muito do seu tempo nos dez anos seguintes à
sua magnum opus, que surgiu em 1776. Em 1778, recebeu um posto confortável como
comissário da alfândega da Escócia e foi viver com a sua mãe em Edimburgo. Faleceu na
capital escocesa a 17 de julho de 1790, depois de uma dolorosa doença.

Tinha aparentemente dedicado uma parte considerável dos seus rendimentos a numerosos
atos secretos de caridade. -

[editar]Posição    face à situação nos EUA

Na sua estada em Glasgow, onde foi professor na universidade local entre 1751 e 1764, Adam
Smith travou contato com vários dos comerciantes de tabaco da cidade, como por
exemplo John Glassford.
Estes punham-no a par dos últimos acontecimentos nas colônias inglesas, nas quais os
ingleses impunham uma restritiva política econômica, como altos impostos e frequentemente
situações de monopólio.

As manufaturas inglesas tinham nas colônias americanas um importante cliente, e alguns
empresários influentes exigiram junto ao parlamento inglês que fosse proibido aos norte-
americanos a produção de bens similares, a fim de proteger seus negócios.

Adam Smith sabia que estas restrições acabariam por resultar na revolta dos americanos.
Como Benjamin Rush, um doutor e líder cívico daPensilvânia disse em 1775: "Um povo que
depende de estrangeiros para comida e vestimentas será sempre dependente deles". Os
americanos não tolerariam essas ingerências.

A solução de Adam Smith para as colónias americanas era fomentar o livre comércio, acabar
com os pesados impostos aduaneiros e restrições comerciais e oferecer às colônias uma
representação política no parlamento de West.

[editar]Obra

Pouco antes da sua morte, os manuscritos de Smith tinham sido quase totalmente destruídos.
Nos seus últimos anos, ele teria rejeitado dois grandes tratados, um sobre a teoria e história
do Direito e outro sobre ciências e artes. Os Ensaios sobre temas reflexivos (1795),
posteriormente destruídos, contém provavelmente partes do que deveriam ter sido o último
daqueles dois tratados.

[editar]Teoria   dos Sentimentos Morais
           Ver artigo principal: Teoria dos sentimentos morais

     Em 1759, Smith publicou seu primeiro trabalho, A Teoria dos Sentimentos Morais (The
     Theoryof Moral Sentiments no original). A qual continuou a fazer grandes revisões do seu
     livro, até sua morte. Apesar de A Riqueza das Nações ser amplamente considerada como
     a obra mais influente de Smith, acredita-se que o próprio Smith considera a Teoria dos
     Sentimentos Morais de ser uma obra superior.

     Na obra, Smith examina criticamente o pensamento moral de seu tempo, e sugere que a
     consciência surge das relações sociais. Seu objetivo ao escrever a obra foi para explicar
     a origem da capacidade da humanidade em formar juízos morais, apesar da natural
     tendência dos homens aos auto-interesses. Smith propõe uma teoria da simpatia, em que
     o ato de observar os outros torna as pessoas conscientes de si e da moralidade de seu
     comportamento.

     Estudiosos têm tradicionalmente percebido um conflito entre a Teoria dos Sentimentos
     Morais e A Riqueza das Nações, a primeira enfatiza a simpatia pelos outros, enquanto o
     segundo enfoca o papel do auto-interesse. Nos últimos anos, porém, a maioria dos
estudiosos da obra de Smith têm argumentado que não existe contradição. Eles alegam
que, em A Teoria dos Sentimentos Morais, Smith desenvolve uma teoria psicologica no
qual os indivíduos buscam a aprovação através do "observador imparcial" que é resultado
de um desejo natural entre os individuos, mais respectivamente ao agente da ação,
acerca de se posicionar de um ponto de vista imparcial, para bem julgar, relações
simpatizantes mutuas que se fazem nas relações sociais . Ao invés de ver A Riqueza das
Nações e A Teoria dos Sentimentos Morais vistas como apresentando incompatibilidades
acerca da natureza humana, a maioria dos estudiosos de Smith tem em conta as obras
que enfatizam aspectos diferentes da natureza humana, que variam dependendo da
situação. A riqueza das nações baseia-se em situações onde a moralidade do homem é
susceptível de desempenhar um papel menor, como o trabalhador envolvido na
elaboração do trabalho, enquanto a Teoria dos Sentimentos Morais centra-se em
situações onde a moralidade do homem é susceptível de desempenhar um papel
dominante entre as relações intercambiavéis das pessoas.

Estas opiniões de acordo com alguns autores, ignoram que a visita de Smith para a
França (1764-1766) mudou radicalmente sua opinião anterior e que A Riqueza das
Nações é um convolute heterogênea de suas ex-palestras a qual Quesnay lhe ensinou.

[editar]Riqueza   das Nações
     Ver artigo principal: A Riqueza das Nações

     A Riqueza das Nações foi muito influente, uma vez que foi uma grande contribuição
     para o estudo da economia e para a tornar uma disciplina independente. Este livro
     tornar-se-ia uma das obras mais influentes no mundo ocidental.

     Quando o livro, que se tornaria um estudo contra o mercantilismo, foi publicado
     em 1776, havia um sentimento forte contra o livre comércio, quer no Reino Unido
     como também nos Estados Unidos. Esse novo sentimento teria nascido das
     dificuldades econômicas e as privações causadas pela guerra. No entanto, ao tempo
     da publicação nem toda a gente estava convencida das vantagens do livre comércio:
     o parlamento inglês e o público em geral continuariam apegados ao mercantilismo
     por muitos anos.

     A Riqueza das nações, e também a Teoria dos sentimentos morais, este de menor
     impacto, tornaram-se ponto de partida para qualquer defesa ou crítica de formas
     do comunismo, nomeadamente influenciando a escrita de Karl Marx e de
     economistas humanistas. Em anos recentes, muitos afirmaram que Adam Smith foi
     tomado de rapto por economistas liberais (Laissez-faire economists) e que como
     a Teoria dos sentimentos morais mostra, Smith tinha uma inclinação
     pelo humanismo.
Tem havido alguma controvérsia sobre a extensão da originalidade de Smith
           em Riqueza das nações; alguns argumentam que esta obra acrescentou pouco às
           ideias estabelecidas por pensadores como David Hume e Montesquieu. No entanto,
           ela permanece como um dos livros mais influentes neste campo até hoje.

           A obra de Smith aclamada quer pelo mundo acadêmico como na prática. O primeiro-
           ministro britânico William Pitt, a braços com a derrocada econômica e social dos
           anos que se seguiram à independência americana, foi um partidário do comércio
           livre e chamou Riqueza das naçõesde "a melhor solução para todas as questões
           ligadas à história do comércio e com o sistema de economia política".

           A obra Riqueza das Nações popularizou-se pelo uso da expressão da mão invisível
           do mercado. Segundo Adam Smith os agentes econômicos atuando livremente
           chegariam a uma situação de eficiência, dispensando assim a ação do Estado para
           esse efeito. Assim, atuando de forma livre, os mercados seriam regidos como se por
           uma mão invisível que o regula automaticamente sempre chegando a situação ótima
           ou de máxima eficiência. Curiosamente a expressão aparece apenas uma vez na
           obra Riqueza das Nações.

Thomas Hobbes (Malmesbury, 5 de abril de 1588 — Hardwick Hall, 4 de dezembro de1679)
foi um matemático, teórico político, e filósofo inglês, autor de Leviatã (1651) e Do
cidadão (1651).

Na obra Leviatã, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a
necessidade de governos e sociedades. No estado natural, enquanto que alguns homens
possam ser mais fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se ergue tão acima dos
demais por forma a estar além do medo de que outro homem lhe possa fazer mal. Por isso,
cada um de nós tem direito a tudo, e uma vez que todas as coisas são escassas, existe uma
constante guerra de todos contra todos (Bellumomnia omnes). No entanto, os homens têm um
desejo, que é também em interesse próprio, de acabar com a guerra, e por isso formam
sociedades entrando num contrato social.

De acordo com Hobbes, tal sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os membros
devem render o suficiente da sua liberdade natural, por forma a que a autoridade possa
assegurar a paz interna e a defesa comum. Este soberano, quer seja um monarca ou uma
assembleia (que pode até mesmo ser composta de todos, caso em que seria uma democracia),
deveria ser o Leviatã, uma autoridade inquestionável. A teoria política doLeviatã mantém no
essencial as ideias de suas duas obras anteriores, Os elementos da lei e Do cidadão (em que
tratou a questão das relações entre Igreja e Estado).

Thomas Hobbes defendia a ideia segundo a qual os homens só podem viver em paz se
concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. Para ele, a Igreja cristã e o
Estado cristão formavam um mesmo corpo, encabeçado pelo monarca, que teria o direito de
interpretar as Escrituras, decidir questões religiosas e presidir o culto. Neste sentido, critica a
livre-interpretação da Bíblia na Reforma Protestante por, de certa forma, enfraquecer o moada
pelo estudioso Richard Tuck como uma resposta para os problemas que o método
cartesiano introduziu para a filosofia moral. Hobbes argumenta que só podemos conhecer algo
do mundo exterior a partir das impressões sensoriais que temos dele("Só existe o que meus
sentidos percebem") Esta filosofia é vista como uma tentativa para embasar uma teoria
coerente de uma formação social puramente no fato das impressões por si, a partir da tese de
que as impressões sensoriais são suficientes para o homem agir em sentido de preservar sua
própria vida, e construir toda sua filosofia política a partir desse imperativo.

Hobbes ainda escreveu muitos outros livros falando sobre filosofia política e outros assuntos,
oferecendo uma descrição da natureza humana como cooperação em interesse próprio. Foi
contemporâneo de Descartes e escreveu uma das respostas para a obra Meditações sobre
filosofia primeira, deste último.

[editar]Contexto

Nascido em 1588 na Inglaterra dos Tudors, Thomas Hobbes foi influenciado pela reforma
anglicana que ocorrera cinco décadas antes. A cisão com a Igreja Católica fez com que a
Espanha interviesse nos assuntos ingleses enviando a Invencível Armada (―Grande y
Felicíssima Armada‖) fato que mais tarde seria relatado por Hobbes em sua autobiografia e
terá grandes influências sobre sua obra. O século XVII foi de grande importância para a
Inglaterra pois marca o começo do expansionismo colonialista ultramarino inglês, com a
fundação de Jamestown, a primeira colônia inglesa nas Américas, em 1607. É também no
século XVII que são lançadas as bases do capitalismo industrial na Inglaterra com a Revolução
Gloriosa já na década de 80 do século XVII. É durante esse período que a Marinha Inglesa irá
se consolidar como a maior e mais bem equipada marinha do mundo, só perdendo a posição
para os EUA no pós-2ª Guerra Mundial. A poderosa marinha irá contribuir para o acúmulo de
capitais que irá financiar o expansionismo colonial e, mais tarde, industrial inglês.
Batalha de MarstonMoor (1644) marca uma vitória decisiva das forças parlamentares durante a guerra civil
inglesa


O século XVII na Europa continental é o marco do absolutismo monárquico, tendo seu
expoente máximo o Luis XIV, o Rei Sol que ficou famoso pela frase ―L’Étatc’est moi", influência
da Contra-reforma (representado na Inglaterra pela revolução anglicana). A filosofia do barroco
se baseava no dualismo existente entre o hedonismo e o medo do pecado ou fervor religioso –
enquanto que a busca pelo essencialmente humano já havia começado noRenascimento;
havia o receio do divino sobrenatural que poderia punir o terreno e transitório.

Quando Hobbes tinha 30 anos e já havia visitado a Europa continental pela primeira vez, uma
revolta na Boêmia daria início à Guerra dos Trinta Anos, fato que irá reforçar para Hobbes a
sua própria visão pessimista acerca da natureza humana destrutiva. Apenas 12 anos após o
início da guerra no continente europeu, disputas políticas entre o Parlamento e o Rei inglêsdão
início a uma guerra civil na Inglaterra que perdurará por 10 anos.

[editar]Biografia

Como Hobbes alegou em sua autobiografia, "ao nascer sua mãe teria dado a luz a gêmeos:
Hobbes e o medo", já que a mãe de Hobbes havia entrado em trabalho de parto prematuro
com medo da Armada Espanhola (a Invencível Armada) que estava prestes a atacar a
Inglaterra. Embora o tema do medo e do seu poder avassalador fossem aparecer mais tarde
em suas obras, os primeiros anos de vida de Hobbes foram em grande parte livres da
ansiedade. Seu pai era o vigário de Charlton e Westport, cidades próximas de Malmesbury,
mas uma disputa com outro vigário, o levou a se mudar para Londres. Como resultado, aos
sete anos de idade, Thomas Hobbes, ficou sob a tutela de seu tio Francisco. Hobbes fez seus
primeiros estudos em Malmesbury e mais tarde em Westport, onde exibiu seus dotes
intelectuais em estudos clássicos. Aos quatorze anos, em 1603, seu tio Francisco financiou os
seus estudos, entrando na Magdalen Hall, Oxford, onde predominava o ensino
da escolástica de inspiração aristotélica, mas a que Hobbes não demonstrou grande interesse.




MagdalenCollege, em maio de 2007.
Em 1610 ele empreendeu uma viagem à Europa, acompanhando William Cavendish, indo para
França, Itália e Alemanha. Pode observar em primeira mão a pouca apreciação da escolástica
na época - que já estava em claro declínio. As muitas tentativas de abrir portas para
desenvolvimento de outros conhecimentos fez com que ele decidisse retornar à Inglaterra para
aprofundar o estudo dos clássicos. Nesse período, já de volta à Inglaterra, suas relações
comFrancis Bacon irão reforçar a linha de seu próprio pensamento, bem fora do aristotelismo e
da escolástica.

Em 1631 a família de nobres ingleses Cavendish novamente pede seus serviços como
guardião do terceiro Duque de Devonshire, e Hobbes irá ocupar este cargo até 1642. Durante
este período, faz outra viagem ao continente, lá permanecendo de 1634 a 1637. Na França,
entra em contato com o círculo intelectual do Padre Mersenne, mentor de Descartes - com
quem estabeleceu uma forte amizade. Em geral, Hobbes era a favor da
explicaçãomecanicista do universo (que predominava na época), em oposição à teleológica
defendida por Aristóteles e a escolástica. Também teve a oportunidade de conhecer Galileu,
durante uma viagem à Itália em 1636 (6 anos antes de Galileu morrer), sob cuja influência
Hobbes desenvolveu a sua filosofia social, baseando-se nos princípios da geometria e ciências
naturais.

Em 1640, quando a possibilidade de uma guerra civil na Inglaterra já era clara, Hobbes,
temendo por sua vida por ser um conhecido defensor da monarquia, viaja de volta para Paris,
onde, mais uma vez, foi recebido pelo círculo de intelectuais francês.

Em 1646, ainda em Paris, vira professor de matemática do Príncipe de Gales, o futuro Carlos
II, que também se encontrava exilado em Paris devido a Guerra Civil Inglesa. Em 1651, dois
anos após a decapitação do rei Carlos I, Hobbes decide voltar para a Inglaterra com o fim da
Guerra Civil e o começo da ―Ditadura de Cromwell‖. Neste ano também publica ―Leviatã‖, que
provoca o início de sua disputa com John Bramall, bispo de Derry, o principal acusador de
Hobbes como sendo um ―materialista ateu‖.
Capa da edição original do Leviatã(1651).


A publicação do ―De Corpore‖, em 1665, irá resultar em uma polêmica com os principais
membros da Royal Society, que criticaram suas contribuições para a matemática bem como as
posições ateístas defendidas por Hobbes. Na Inglaterra, o "anti-Hobbismo" atingiu um pico em
1666 quando seus livros foram queimados na sua alma mater, Oxford.

Hobbes manteve-se um escritor extremamente produtivo na velhice, mesmo sendo prejudicado
pela oposição generalizada de seu trabalho. Viveu até os 91 anos durante uma época em que
a expectativa média de vida não era muito mais do que quarenta anos. Aos 80 anos Hobbes
produziu novas traduções para o inglês, tanto da Ilíada e da Odisseia e escreveu, em 1672,
uma autobiografia em latim. Apesar da polêmica que causou, ele foi uma espécie de símbolo
na Inglaterra até o final de sua vida. Seu ponto de vista pode ser considerado abominável ou
atraente; suas teorias brilhantemente articuladas são lidas por pessoas de todos os espectros
políticos.

Encontra-se sepultado na Igreja São João Batista, AultHucknall, Derbyshire na Inglaterra.

Werner Sombart

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Sociólogo e filósofo alemão

  • 1. Sociólogo e filósofo alemão Jürgen Habermas 18/6/1929, Düsseldorf, Alemanha Da Página 3 - Pedagogia & Comunicação Aos 25 anos, Jürgen Habermas graduou-se com o trabalho "O Absoluto e a História", sobre Schelling. Foi assistente do filósofo e sociólogo Theodor W. Adorno durante cinco anos, até 1959, na chamada Escola de Frankfurt, conhecida por desenvolver uma "teoria crítica da sociedade", integrando a reflexão filosófica com a sociologia. Aos 31 anos, Habermas passou a lecionar filosofia em Heidelberg e, em 1961, publicou a famosa obra "Entre a Filosofia e a Ciência - O Marxismo como Crítica", inserida em "O estudante e a Política". Habermas passou, então, a lecionar filosofia e sociologia na Universidade de Frankfurt. Entre as obras e os artigos publicados na década de 1960, destacam-se: "Evolução Estrutural da Vida Pública", "Teoria e Práxis", "Lógica das Ciências Sociais", "Técnica e Ciência como Ideologia" e Conhecimento e Interesse". Mudou-se para Nova York em 1968 e tornou-se professor da New York School for Social Research. Em 1972, transferiu-se para Starnberg, assumindo a direção do Instituto Max-Planck e, em 1983, voltou a lecionar na Universidade de Frankfurt. Em 1994, Habermas aposentou-se, sem nunca deixar de contribuir para com o conhecimento por meio de palestras e de uma vasta obra publicada. O principal eixo das discussões do filósofo é a crítica ao tecnicismo e ao cientificismo que, a seu ver, reduziam todo o conhecimento humano ao domínio da técnica e modelo das ciências empíricas, limitando o campo de atuação da razão humana ao conhecimento objetivo e prático. Introduzindo uma nova visão a respeito das relações entre a linguagem e a sociedade, em 1981 Habermas publicou aquela que é considerada sua obra mais importante: "Teoria da Ação Comunicativa". Em algumas outras obras, Habermas abordou as ciências sociais e, em especial, dedicou-se a estudar o direito. Em "Conhecimento e Interesse", publicada em 1968, Habermas apresenta uma distinção entre as ciências exatas e as ciências humanas, afirmando a especificidade das ciências sociais. Em "A Transformação Estrutural da Esfera Pública", de 1962, aborda o fundamento da legitimidade da autoridade política como o consenso e a discussão racional. Em "Entre Fatos e Normas", publicado em 1996, o filósofo faz uma descrição do contexto social necessário à democracia, e esclarece fundamentos da lei, de direitos fundamentais, bem como uma crítica ao papel da lei e do Estado. Augusto Comte Imprimir el artículo | Volver al Home Comte, cujo nome completo era Isidore-Auguste-Marie-François-Xavier Comte, nasceu em 19 de jane 1798, em Montpellier, e faleceu em 5 de setembro de 1857, em Paris. Filósofo e auto-proclamado líde religioso, deu à ciência da Sociologia seu nome e estabeleceu a nova disciplina em uma forma sistem Foi aluno da célebre ÉcolePolytechnique, uma escola em Paris fundada em 1794 onde se ensinava a c e o pensamento mais avançados da época. De família pobre, sustentou seus estudos com o ensino ocasional da matemática e oportunidades no jornalismo. Um de seus primeiros empregos foi o de secretário do Conde Henri de Saint-Simon, o primeiro filósof ver claramente a importância da organização econômica na sociedade moderna, e cujas idéias Comte absorveu, sistematizou com um estilo pessoal e difundiu. Comte foi apresentado ao filósofo, então diretor do periódico Industrie, no verão de 1817. Saint-Simo homem de fértil, mas tumultuada e desordenada criatividade, então quase sessenta anos mais velho
  • 2. Comte, foi atraído pelo jovem brilhante que possuiu a capacidade treinada e metódica para o trabalho lhe faltava. Comte tornou-se seu secretário e colaborador próximo, na preparação de seus últimos trabalhos. Quando Saint-Simon experimentou problemas financeiros, Comte permaneceu sem pagam tanto por razões intelectuais como pela esperanças da recompensa futura. Os esboços e os ensaios que Comte escreveu durante os anos da associação próxima com Saint-Simo especialmente entre 1819 e 1824, mostram inequivocamente a influência do mestre. Esses primeiros trabalhos já contêm o núcleo de todas suas idéias principais, mesmo as mais tardias. Em 1824 Comte desentendeu-se com Saint-Simon por questões de autoria legítima de ensaios que C devia publicar. A solução, que Comte considerou injusta, foi que cem cópias do trabalho saíram sob o de Comte, enquanto mil cópias, intituladas Catechismedesindustriels indicavam a autoria de Henri de Simon. Outra causa do rompimento foi, ironicamente, Comte desdenhar a idéia de um paradigma reli no projeto de Saint Simon, ele, Comte, que depois haveria de adotar essa idéia proclamando a si mes como sumo sacerdote da Humanidade. Em fevereiro 1825 Comte se casou com Caroline Massin, proprietária de uma pequena livraria, uma m que ele já conhecia a alguns. Comte a achava forte e inteligente, mas depois taxou-a de ambiciosa e desprovida de afetividade. O casamento foi sempre tumultuado por motivos financeiros, uma vez que Comte não conseguia uma posição com salário fixo e contava apenas com os rendimentos das aulas particulares e alguma renda adicional por colaborações a jornais, mais freqüentemente para o Produc um jornal fundado pelos filhos espirituais de Saint-Simon após a morte do mestre. Depois de se afastar de Saint Simon, a principal preocupação de Comte tornou-se a elaboração de su filosofia positiva. Não tendo nenhuma cadeira oficial da qual expor suas teorias, decidiu oferecer um c particular que os interessados subscreveriam adiantado, e onde divulgaria sua Summa do conhecime positivo. O curso abriu em abril, 1826, com a presença de alguns curiosos ilustres como Alexander vo Humboldt, diversos membros da academia das ciências, o economista Charles Dunoyer, o duque Nap de Montebello, e Hippolyte Carnot, filho do organizador dos exércitos revolucionários e irmão do cient Sadi Carnot, e vários estudantes da EcolePolytechnique. Comte deu apenas três aulas e foi obrigado a interromper o curso devido a um colapso nervoso. Seu foi diagnosticado como " mania " no hospital do famoso Dr. Esquirol, autor de um tratado sobre a d Ele próprio submeteu Comte a um tratamento com banhos de água fria e sangrias. Apesar de não rec alta, Comte foi levado para casa por Caroline Após o retorno para casa, Comte caiu em um estado melancólico profundo, e tentou mesmo o suicide jogando-se no rio Sena. Somente em agosto 1828 logrou sair de sua letargia. O curso das conferênci recomeçado em 1829, e Comte ficou satisfeito outra vez por encontrar na audiência diversos nomes d grandes das ciências e das letras. Durante os anos 1830-1842, quando escreveu sua obra prima, Cours de philosophiepositive, Comte continuou a viver miseravelmente na margem do mundo acadêmico. Todas as tentativas de ser apon de para uma cadeira no EcolePolytechnique ou para uma posição na Academia das ciências ou na facu de França foram infrutíferas. Controlou somente em 1832 a ser apontado assistente de "analyse et d mecanique " no Ecole; cinco anos mais tarde foi dado também as posições do examinador externo p mesma escola. A primeira posição trouxe valiosos dois mil francos e o segundo um pouco mais. Mas e pouco para as despesas que tinha com a esposa e por isso continuou com as aulas particulares para escapar da faixa de pobreza. Durante os anos da concentração intensa quando escreveu o Cours, Comte foi incomodado não some por dificuldades financeiras e as frustradas tentativas de emprego acadêmico. Também sofreu críticas mundo científico por parte de importantes figuras que o ridicularizavam pela sua pretensão de subme seu sistema todas as ciências. A mágoa agravou seu estado psicológico. Por razões "de higiene cereb decidiu-se, em 1838, a não ler mais uma linha de qualquer trabalho científico, limitando-se à leitura d ficção e poesia. Em seus últimos anos o único livro que haveria de ler repetidamente seria o "Imitaçã Cristo". Sua vida matrimonial, que sempre fora tempestuosa, também se desfez.. Comte teve várias separações de Caroline, que não suportava os seus fracassos e terminou por deixá-lo definitivamente 1842.
  • 3. Só e isolado, continuou a atacar os cientistas que se recusaram a reconhecê-lo. Queixou-se de seus inimigos aos ministros do Rei, escreveu cartas delirantes à imprensa e atormentou a paciência de seu poucos restantes amigos. Criando demasiado inimigos na EcolePolytechnique, sua nomeação como o examinador não foi renovada em 1844. Perdeu com isto a metade de sua renda. (iria perder também posição de assistente na Ecole em 1851.) Contudo apesar de todos estas adversidades, Comte começou lentamente a adquirir discípulos. E mai importante para ele foi que, além de encontrar alguns discípulos franceses notáveis, tais como o emin intelectual Emile Littre, era o fato de que sua doutrina positiva havia atravessado o Canal e recebera considerável atenção na Inglaterra. David Brewster, um físico eminente, saudou-o nas páginas do Edinburgh Review em 1838 e, o mais gratificante de tudo, John Stuart Mill transformou-se em seu admirador, citando-o em seu System ofLogic (1843) como um dos principais pensadores europeus. C e Mill se corresponderam regularmente, e serviu a Comte não somente para refinar seus pensamento como também para desabafar com o filósofo inglês as tribulações de sua vida conjugal e as dificuldad sua existência material. Mill arrecadou entre admiradores britânicos de Comte uma soma consideráve dinheiro e lhe enviou como socorro para suas dificuldades financeiras. No mesmo ano de 1844, Comte con heceu Clotilde de Vaux, por quem se apaixonou. Ela era uma mulher de trinta anos abandonada pelo marido, um funcionário público do baixo escalão, que havia fugido do país depois de se apropriar de f do governo. Um irmão de Clotilde que havia sido aluno de Comte na Escola Politécnica, e o convidou casa de seus pais, onde lhe apresentou a irmã. Comte ficou inteiramente seduzido por ela. Sua paixão tem, porém, um desdobramento inusitado. Clo está impedida pela lei de casar-se achando-se o seu marido foragido. Auguste Comte tinha então quarenta e sete anos, e havia se separado três anos antes de sua mulher Acabara de concluir seu monumental Cours de philosophie positive, e se preparava para escrever o q pretendia que seria sua principal obra, o Système de politique positive. da qual ele considerava o Cou philosophie como apenas uma introdução. Entusiasmado com a própria paixão, Auguste Comte afirma nada pode ser mais eficaz para o bem pensar que o bem querer, e se torna um abrasado feminista. A que a mulher encarna o sentimento e portanto, em última análise, a própria Humanidade. Busca entã seriamente associar o sexo feminino, na pessoa de Clotilde, à obra de renovação social e moral que s impôs completar. Clotilde tenta colaborar, através de um romance filosófico, Wilhelmine, que ela se p febrilmente a escrever. Mas adoece de tuberculose e vem a falecer em 1846. Comte irá devotar o resto de sua vida à memória do "seu anjo". O Système de politique positive, qu tinha começado a esboçar em 1844 e no qual completou sua formulação da sociologia., iria transform em um memorial a sua amada. Cinco anos mais tarde, em 1851, ao publicar essa obra, dedicou-a a Clotilde, dizendo esperar que a humanidade, reconhecida, haveria de lembrar sempre seu nome junto dela. No Système de politique positive, Comte, voltando-se contra a doutrina do mestre Saint-Simon, defe primazia da emoção sobre o intelecto, do sentimento sobre a racionalidade; e proclamou repetidamen poder curativo do calor feminino para a humanidade dominada por tempo demasiado pela aspereza d intelecto masculino. Por outro lado, maquiou a proposta de disciplina eclesiástica de Saint-Simon cria Religião da Humanidade. Quando o Système apareceu entre 1851 e 1854, Comte escandalizou e perdeu a maioria dos seguido racionalistas que ele havia conquistado com tanta dificuldade nos últimos quinze anos. John Stuart M Emile Littre não aceitaram que o amor universal fosse a solução para todas as dificuldades da época. pouco aceitariam a Religião da Humanidade da qual Comte se proclamou agora o sumo sacerdote. A observação dos rituais múltiplos segundo o calendário anual, os detalhes da elaborada liturgia indicav que o antigo profeta do estágio positivo havia regressado às trevas do estágio teológico. Comte passo assinar suas circulares - aos novos discípulos que conseguiu reunir - como "fundador da religião univ e sumo sacerdote da humanidade". Tentou converter o Superior Geral dos Jesuítas à nova fé e comp suas circulares aos discípulos com as epístolas de São Paulo. Fundou a SocietéPositiviste, que se transformou no centro principal de seu ensino. Os membros se cotizaram para assegurar a subsistênc mestre e fizeram os votos de espalhar sua mensagem. As missões se instalaram, na Espanha, Inglate
  • 4. Estados Unidos, e na Holanda. Cada noite, das sete às nove, exceto nas quartas-feiras quando a SocietéPositiviste tinha sua reunião regular, Comte recebia seus discípulos em sua casa em Paris: políticos, intelectuais e operários, que l votavam grande respeito e veneração. Comte estava longe do entusiasmo republicano e libertário de juventude. O moto da Igreja Positiva era amor, ordem e progresso O jovem estudante de passeata ag pregava as virtudes do amor, da submissão e a necessidade da ordem para o progresso social. Em 1857, Comte, após alguns meses de enfermidade, faleceu a cinco de setembro. Um grupo pequen discípulos, de amigos, e de vizinhos seguiu seu esquife ao cemitério de PereLachaise. Seu túmulo transformou-se no centro de um pequeno cemitério positivista onde estão sepultados, perto do mestr seus discípulos mais fiéis. Pensamento. A contribuição principal de Comte à filosofia do positivismo foi sua adoção do método científico como base para a organização política da sociedade industrial moderna, de modo mais rigor que na abordagem de Saint Simon. Em sua Lei dos três estados ou estágios do desenvolvimento intelectual, Comte teoriza que o desenvolvimento intelectual humano havia passado historicamente primeiro por um estágio teológico, em que o mundo e a humanidade foram explicados nos termos do deuses e dos espíritos; depois através de um estágio metafísico transitório, em que as explanações estavam nos termos das essências, de causas finais, e de outras abstrações; e finalmente para o está positivo moderno. Este último estágio se distinguia por uma consciência das limitações do conhecime humano. As explanações absolutas consequentemente foram abandonadas, buscando-se a descobert leis baseadas nas relações sensíveis observáveis entre os fenômenos naturais. Comte tentou também uma classificação das ciências; baseada na hipótese que as ciências tinham desenvolvido da compreensão de princípios simples e abstratos à compreensão de fenômenos comple concretos. Assim as ciências haviam se desenvolvido a partir da matemática, da astronomia, da física química para a biologia e finalmente a sociologia. De acordo com Comte, esta última disciplina não so fechava a série mas também reduziria fatos sociais as leis científicas e sintetizaria todo o conhecimen humano. Embora Comte não fosse dele o conceito de sociologia ou da sua área de estudo, ele ampliou seu cam sistematizou seu conteúdo. Dividiu a Sociologia em dois campos principais: Estática social, ou o estud forças que mantêm unida a sociedade; e Dinâmica social, ou o estudo das causas das mudanças socia Dando nova roupagem às idéias de Hobbes e Adam Smith, afirmou que os princípios subjacentes da sociedade são o egoísmo individual, que é incentivado pela divisão de trabalho, e a coesão social se mantém por meio de um governo e um estado fortes. Como Saint Simon, queria a administração real do governo e da economia nas mãos dos homens de negócios e dos banqueiros, porém dá um toque pessoal seu, com origem em sua paixão por Clotilde, dizendo que a manutenção da moralidade privada seria competência das mulheres como esposas e m Dando ênfase a hierarquia e obediência, rejeitou a democracia, sustentando que o governo ideal seria constituído por uma elite intelectual. Seu conceito de uma sociedade positiva está no seu Système de politique positive ("Sistema de Política Positiva"). Como Saint-Simon, ele veio a adotar a idéia de que a organização da igreja católica romana, divorcia teologia cristã, podia fornecer um modelo estrutural e simbólico para a sociedade nova, idéia que, no entanto, fora uma das causas alegadas para seu rompimento com o mestre. Comte substituiu a adora Deus por uma "religião da humanidade"; um sacerdócio espiritual de sociólogos seculares guiaria a sociedade e controlaria a instrução e a moralidade pública. Comte viveu para ver sua obra comentada extensamente em toda a Europa. Muitos intelectuais ingle foram influenciados por ele, e traduziram e promulgaram seu trabalho. Seus devotos franceses tinham aumentado também, e mantinha uma correspondência volumosa com sociedades positivistas em todo mundo. A Habilidade particular de Comte era como um sintetizador das correntes intelectuais as mais diversa
  • 5. Tomou idéias principalmente dos filósofos modernos do século XVIII. De Saint-Simon e outros reformadores franceses menores Comte tomou a noção de uma estrutura hipotética para a organizaç social que imitaria a hierarquia e a disciplina existente na igreja católica romana. De vários filósofos d Iluminismo adotou a noção do progresso histórico e particularmente de David Hume e Immanuel Kan tomou sua concepção de positivismo, ou seja, a teoria de que o Teologia e a Metafísica são modalidad primárias imperfeitas do conhecimento e que o conhecimento positivo é baseado em fenômenos natu suas propriedades e relações como verificado pelas ciências empíricas, tese Kantiana por excelência.. O mais importante realmente provem de Saint-Simon, que havia enfatizado originalmente a importân crescente da ciência moderna e o potencial da aplicação de métodos científicos ao estudo e à melhori sociedade. De Saint-Simon é originalmente a idéia de que a finalidade da análise científica nova da sociedade de amelhorativa e que o resultado final de toda a inovação e sistematização na nova ciência deve ser a orientação do planeamento social. Comte também pensou que era necessário implantar uma ordem espiritual nova e secularizada a fim de suplantar o sobrenaturalismo ultrapassado da teologia cristã. Comte segue Saint-Simon quando considera a necessidade de uma ciência social básica e unificadora explicasse as organizações sociais existentes e guiasse o planeamento social para um futuro melhor. sua hábil sistematização Comte chamou esta nova ciência "Sociologia", pela primeira vez. Porém vai temerariamente mais adiante que seu mestre quando afirma que os fenômenos sociais pod ser reduzidos a leis da mesma maneira que as órbitas dos corpos celestes haviam sido explicadas pel teoria gravitacional quase trezentos anos antes. Volver al Home dam Smith (provavelmente Kirkcaldy, Fife, 5 de junho de 1723 — Edimburgo, 17 de Julho de 1790) foi um economista e filósofo escocês. Teve como cenário para a sua vida o [1] atribulado século das Luzes, o século XVIII. É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do liberalismo econômico. Autor de "Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações", a sua obra mais conhecida, e que continua sendo como referência para gerações de economistas, na qual procurou demonstrar que a riqueza das nações resultava da atuação de indivíduos que, movidos apenas pelo seu próprio interesse (self-interest), promoviam o crescimento econômico e a inovação tecnológica. Adam Smith ilustrou bem seu pensamento ao afirmar "não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu "auto-interesse". Assim acreditava que a iniciativa privada deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental. A competição livre entre os diversos fornecedores levaria não só à queda do preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de baratear o custo de produção e vencer os competidores. Ele analisou a divisão do trabalho como um fator evolucionário poderoso a propulsionar a economia. Uma frase de Adam Smith se tornou famosa: "Assim, o mercador ou comerciante,
  • 6. movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-interest), é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade." Como resultado da atuação dessa "mão invisível", o preço das mercadorias deveria descer e os salários deveriam subir. As doutrinas de Adam Smith exerceram uma rápida e intensa influência na burguesia(comerciantes, industriais e financistas), pois queriam acabar com os direitos feudais e com o mercantilismo. Índice [esconder] 1 Biografia 2 Posição face à situação nos EUA 3 Obra o 3.1 Teoria dos Sentimentos Morais o 3.2 Riqueza das Nações 4 Ver também 5 Referências 6 Ligações externas [editar]Biografia Adam Smith era filho de um controlador alfandegário em Kirkcaldy, na Escócia. A data exata do seu nascimento foi descoberta em 2006, ele foi batizado em Kirkcaldy em 7 de junho de 1723, tendo o seu pai falecido seis meses antes. Aos 15 anos, Smith matriculou-se na Universidade de Glasgow, onde estudou Filosofia moral com o "inesquecível" Francis Hutcheson. Em1740, entrou para o BalliolCollege da Universidade de Oxford, mas, como disse William Robert Scott, "...Oxford deste tempo deu-lhe pouca ajuda (se é que a deu) para o que viria a ser a sua obra." e acabou por abdicar da sua bolsa em 1746. Em 1748 começou a dar aulas emEdimburgo sob o patronato de LordKames. Algumas destas aulas eram de retórica e de literatura, mas mais tarde dedicou-se à cadeira de "progresso da opulência", e foi então, em finais dos anos 1740, que ele expôs pela primeira vez a filosofia econômica do "sistema simples e óbvio da liberdade natural" que ele viria a proclamar no seu Inquérito sobre a natureza e as causas da riqueza das Nações. Por volta de 1750, conheceu o filósofo David Hume, que se tornou um dos seus mais próximos amigos. Em 1751, Smith foi nomeadoprofessor de Lógica na Universidade de Glasgow, passando, no ano seguinte, a dar a cadeira de filosofia moral. Nas suas aulas, cobria os campos da ética, retórica, jurisprudência e política econômica ou ainda "política e rendimento".
  • 7. Em 1759, publicou a Teoria dos sentimentos morais, uma das suas mais conhecidas obras, incorporando algumas das suas aulas deGlasgow. Este trabalho, que estabeleceu a reputação de Smith durante a sua própria vida, refere-se à explicação da aprovação ou desaprovação moral. A sua capacidade de argumentação, fluência e persuasão, mesmo que através de uso da retórica, estão ali bem patenteados. Ele baseia a sua explicação, não como o terceiro LordShaftesbury e Hutcheson tinham feito, num "sentido moral", nem como David Hume, com base num decisivo sentido de utilidade, mas sim na empatia e simpatia. Tem havido uma controvérsia considerável quanto a saber se há ou não uma contradição ou contraste entre a ênfase de Smith na empatia (ou compaixão) como motivação humana fundamental em "sentimentos morais", e o papel essencial do auto-interesse na "riqueza das nações". Este parece colocar mais ênfase na harmonia geral dos motivos e atividades humanas sob uma providência benigna no primeiro livro, enquanto que no segundo livro, apesar do tema geral da "mão invisível" promovendo a harmonia de interesses, Smith encontra mais ocasiões para apontar causas de conflitos e o egoísmo estreito da motivação humana. Smith começava agora a dar mais atenção à jurisprudência e à economia nas suas aulas, e menos às suas teorias de moral. Esta ideia é reforçada pelas notas tomadas por um dos seus alunos por volta de 1763, mais tarde editadas por Edwin Cannan Aulas de justiça, polícia, rendimento e armas, 1896, e pelo que Scott, que o descobriu e publicou, descreve em "Um esboço inicial de parte da Riqueza das Nações" ("Anearly draft ofpartoftheWealthofNations"), datado de 1763. No final de 1763, Smith obteve um posto bem remunerado como tutor do jovem duque de Buccleuch e deixou o cargo de professor. De 1764 a1766, viajou com o seu protegido, sobretudo pela França, onde veio a conhecer líderes intelectuais como Turgot, d'Alembert, André Morellet,Helvétius e, em particular, François Quesnay. Depois de voltar para Kirkcaldy, dedicou muito do seu tempo nos dez anos seguintes à sua magnum opus, que surgiu em 1776. Em 1778, recebeu um posto confortável como comissário da alfândega da Escócia e foi viver com a sua mãe em Edimburgo. Faleceu na capital escocesa a 17 de julho de 1790, depois de uma dolorosa doença. Tinha aparentemente dedicado uma parte considerável dos seus rendimentos a numerosos atos secretos de caridade. - [editar]Posição face à situação nos EUA Na sua estada em Glasgow, onde foi professor na universidade local entre 1751 e 1764, Adam Smith travou contato com vários dos comerciantes de tabaco da cidade, como por exemplo John Glassford.
  • 8. Estes punham-no a par dos últimos acontecimentos nas colônias inglesas, nas quais os ingleses impunham uma restritiva política econômica, como altos impostos e frequentemente situações de monopólio. As manufaturas inglesas tinham nas colônias americanas um importante cliente, e alguns empresários influentes exigiram junto ao parlamento inglês que fosse proibido aos norte- americanos a produção de bens similares, a fim de proteger seus negócios. Adam Smith sabia que estas restrições acabariam por resultar na revolta dos americanos. Como Benjamin Rush, um doutor e líder cívico daPensilvânia disse em 1775: "Um povo que depende de estrangeiros para comida e vestimentas será sempre dependente deles". Os americanos não tolerariam essas ingerências. A solução de Adam Smith para as colónias americanas era fomentar o livre comércio, acabar com os pesados impostos aduaneiros e restrições comerciais e oferecer às colônias uma representação política no parlamento de West. [editar]Obra Pouco antes da sua morte, os manuscritos de Smith tinham sido quase totalmente destruídos. Nos seus últimos anos, ele teria rejeitado dois grandes tratados, um sobre a teoria e história do Direito e outro sobre ciências e artes. Os Ensaios sobre temas reflexivos (1795), posteriormente destruídos, contém provavelmente partes do que deveriam ter sido o último daqueles dois tratados. [editar]Teoria dos Sentimentos Morais Ver artigo principal: Teoria dos sentimentos morais Em 1759, Smith publicou seu primeiro trabalho, A Teoria dos Sentimentos Morais (The Theoryof Moral Sentiments no original). A qual continuou a fazer grandes revisões do seu livro, até sua morte. Apesar de A Riqueza das Nações ser amplamente considerada como a obra mais influente de Smith, acredita-se que o próprio Smith considera a Teoria dos Sentimentos Morais de ser uma obra superior. Na obra, Smith examina criticamente o pensamento moral de seu tempo, e sugere que a consciência surge das relações sociais. Seu objetivo ao escrever a obra foi para explicar a origem da capacidade da humanidade em formar juízos morais, apesar da natural tendência dos homens aos auto-interesses. Smith propõe uma teoria da simpatia, em que o ato de observar os outros torna as pessoas conscientes de si e da moralidade de seu comportamento. Estudiosos têm tradicionalmente percebido um conflito entre a Teoria dos Sentimentos Morais e A Riqueza das Nações, a primeira enfatiza a simpatia pelos outros, enquanto o segundo enfoca o papel do auto-interesse. Nos últimos anos, porém, a maioria dos
  • 9. estudiosos da obra de Smith têm argumentado que não existe contradição. Eles alegam que, em A Teoria dos Sentimentos Morais, Smith desenvolve uma teoria psicologica no qual os indivíduos buscam a aprovação através do "observador imparcial" que é resultado de um desejo natural entre os individuos, mais respectivamente ao agente da ação, acerca de se posicionar de um ponto de vista imparcial, para bem julgar, relações simpatizantes mutuas que se fazem nas relações sociais . Ao invés de ver A Riqueza das Nações e A Teoria dos Sentimentos Morais vistas como apresentando incompatibilidades acerca da natureza humana, a maioria dos estudiosos de Smith tem em conta as obras que enfatizam aspectos diferentes da natureza humana, que variam dependendo da situação. A riqueza das nações baseia-se em situações onde a moralidade do homem é susceptível de desempenhar um papel menor, como o trabalhador envolvido na elaboração do trabalho, enquanto a Teoria dos Sentimentos Morais centra-se em situações onde a moralidade do homem é susceptível de desempenhar um papel dominante entre as relações intercambiavéis das pessoas. Estas opiniões de acordo com alguns autores, ignoram que a visita de Smith para a França (1764-1766) mudou radicalmente sua opinião anterior e que A Riqueza das Nações é um convolute heterogênea de suas ex-palestras a qual Quesnay lhe ensinou. [editar]Riqueza das Nações Ver artigo principal: A Riqueza das Nações A Riqueza das Nações foi muito influente, uma vez que foi uma grande contribuição para o estudo da economia e para a tornar uma disciplina independente. Este livro tornar-se-ia uma das obras mais influentes no mundo ocidental. Quando o livro, que se tornaria um estudo contra o mercantilismo, foi publicado em 1776, havia um sentimento forte contra o livre comércio, quer no Reino Unido como também nos Estados Unidos. Esse novo sentimento teria nascido das dificuldades econômicas e as privações causadas pela guerra. No entanto, ao tempo da publicação nem toda a gente estava convencida das vantagens do livre comércio: o parlamento inglês e o público em geral continuariam apegados ao mercantilismo por muitos anos. A Riqueza das nações, e também a Teoria dos sentimentos morais, este de menor impacto, tornaram-se ponto de partida para qualquer defesa ou crítica de formas do comunismo, nomeadamente influenciando a escrita de Karl Marx e de economistas humanistas. Em anos recentes, muitos afirmaram que Adam Smith foi tomado de rapto por economistas liberais (Laissez-faire economists) e que como a Teoria dos sentimentos morais mostra, Smith tinha uma inclinação pelo humanismo.
  • 10. Tem havido alguma controvérsia sobre a extensão da originalidade de Smith em Riqueza das nações; alguns argumentam que esta obra acrescentou pouco às ideias estabelecidas por pensadores como David Hume e Montesquieu. No entanto, ela permanece como um dos livros mais influentes neste campo até hoje. A obra de Smith aclamada quer pelo mundo acadêmico como na prática. O primeiro- ministro britânico William Pitt, a braços com a derrocada econômica e social dos anos que se seguiram à independência americana, foi um partidário do comércio livre e chamou Riqueza das naçõesde "a melhor solução para todas as questões ligadas à história do comércio e com o sistema de economia política". A obra Riqueza das Nações popularizou-se pelo uso da expressão da mão invisível do mercado. Segundo Adam Smith os agentes econômicos atuando livremente chegariam a uma situação de eficiência, dispensando assim a ação do Estado para esse efeito. Assim, atuando de forma livre, os mercados seriam regidos como se por uma mão invisível que o regula automaticamente sempre chegando a situação ótima ou de máxima eficiência. Curiosamente a expressão aparece apenas uma vez na obra Riqueza das Nações. Thomas Hobbes (Malmesbury, 5 de abril de 1588 — Hardwick Hall, 4 de dezembro de1679) foi um matemático, teórico político, e filósofo inglês, autor de Leviatã (1651) e Do cidadão (1651). Na obra Leviatã, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades. No estado natural, enquanto que alguns homens possam ser mais fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se ergue tão acima dos demais por forma a estar além do medo de que outro homem lhe possa fazer mal. Por isso, cada um de nós tem direito a tudo, e uma vez que todas as coisas são escassas, existe uma constante guerra de todos contra todos (Bellumomnia omnes). No entanto, os homens têm um desejo, que é também em interesse próprio, de acabar com a guerra, e por isso formam sociedades entrando num contrato social. De acordo com Hobbes, tal sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os membros devem render o suficiente da sua liberdade natural, por forma a que a autoridade possa assegurar a paz interna e a defesa comum. Este soberano, quer seja um monarca ou uma assembleia (que pode até mesmo ser composta de todos, caso em que seria uma democracia), deveria ser o Leviatã, uma autoridade inquestionável. A teoria política doLeviatã mantém no essencial as ideias de suas duas obras anteriores, Os elementos da lei e Do cidadão (em que tratou a questão das relações entre Igreja e Estado). Thomas Hobbes defendia a ideia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. Para ele, a Igreja cristã e o
  • 11. Estado cristão formavam um mesmo corpo, encabeçado pelo monarca, que teria o direito de interpretar as Escrituras, decidir questões religiosas e presidir o culto. Neste sentido, critica a livre-interpretação da Bíblia na Reforma Protestante por, de certa forma, enfraquecer o moada pelo estudioso Richard Tuck como uma resposta para os problemas que o método cartesiano introduziu para a filosofia moral. Hobbes argumenta que só podemos conhecer algo do mundo exterior a partir das impressões sensoriais que temos dele("Só existe o que meus sentidos percebem") Esta filosofia é vista como uma tentativa para embasar uma teoria coerente de uma formação social puramente no fato das impressões por si, a partir da tese de que as impressões sensoriais são suficientes para o homem agir em sentido de preservar sua própria vida, e construir toda sua filosofia política a partir desse imperativo. Hobbes ainda escreveu muitos outros livros falando sobre filosofia política e outros assuntos, oferecendo uma descrição da natureza humana como cooperação em interesse próprio. Foi contemporâneo de Descartes e escreveu uma das respostas para a obra Meditações sobre filosofia primeira, deste último. [editar]Contexto Nascido em 1588 na Inglaterra dos Tudors, Thomas Hobbes foi influenciado pela reforma anglicana que ocorrera cinco décadas antes. A cisão com a Igreja Católica fez com que a Espanha interviesse nos assuntos ingleses enviando a Invencível Armada (―Grande y Felicíssima Armada‖) fato que mais tarde seria relatado por Hobbes em sua autobiografia e terá grandes influências sobre sua obra. O século XVII foi de grande importância para a Inglaterra pois marca o começo do expansionismo colonialista ultramarino inglês, com a fundação de Jamestown, a primeira colônia inglesa nas Américas, em 1607. É também no século XVII que são lançadas as bases do capitalismo industrial na Inglaterra com a Revolução Gloriosa já na década de 80 do século XVII. É durante esse período que a Marinha Inglesa irá se consolidar como a maior e mais bem equipada marinha do mundo, só perdendo a posição para os EUA no pós-2ª Guerra Mundial. A poderosa marinha irá contribuir para o acúmulo de capitais que irá financiar o expansionismo colonial e, mais tarde, industrial inglês.
  • 12. Batalha de MarstonMoor (1644) marca uma vitória decisiva das forças parlamentares durante a guerra civil inglesa O século XVII na Europa continental é o marco do absolutismo monárquico, tendo seu expoente máximo o Luis XIV, o Rei Sol que ficou famoso pela frase ―L’Étatc’est moi", influência da Contra-reforma (representado na Inglaterra pela revolução anglicana). A filosofia do barroco se baseava no dualismo existente entre o hedonismo e o medo do pecado ou fervor religioso – enquanto que a busca pelo essencialmente humano já havia começado noRenascimento; havia o receio do divino sobrenatural que poderia punir o terreno e transitório. Quando Hobbes tinha 30 anos e já havia visitado a Europa continental pela primeira vez, uma revolta na Boêmia daria início à Guerra dos Trinta Anos, fato que irá reforçar para Hobbes a sua própria visão pessimista acerca da natureza humana destrutiva. Apenas 12 anos após o início da guerra no continente europeu, disputas políticas entre o Parlamento e o Rei inglêsdão início a uma guerra civil na Inglaterra que perdurará por 10 anos. [editar]Biografia Como Hobbes alegou em sua autobiografia, "ao nascer sua mãe teria dado a luz a gêmeos: Hobbes e o medo", já que a mãe de Hobbes havia entrado em trabalho de parto prematuro com medo da Armada Espanhola (a Invencível Armada) que estava prestes a atacar a Inglaterra. Embora o tema do medo e do seu poder avassalador fossem aparecer mais tarde em suas obras, os primeiros anos de vida de Hobbes foram em grande parte livres da ansiedade. Seu pai era o vigário de Charlton e Westport, cidades próximas de Malmesbury, mas uma disputa com outro vigário, o levou a se mudar para Londres. Como resultado, aos sete anos de idade, Thomas Hobbes, ficou sob a tutela de seu tio Francisco. Hobbes fez seus primeiros estudos em Malmesbury e mais tarde em Westport, onde exibiu seus dotes intelectuais em estudos clássicos. Aos quatorze anos, em 1603, seu tio Francisco financiou os seus estudos, entrando na Magdalen Hall, Oxford, onde predominava o ensino da escolástica de inspiração aristotélica, mas a que Hobbes não demonstrou grande interesse. MagdalenCollege, em maio de 2007.
  • 13. Em 1610 ele empreendeu uma viagem à Europa, acompanhando William Cavendish, indo para França, Itália e Alemanha. Pode observar em primeira mão a pouca apreciação da escolástica na época - que já estava em claro declínio. As muitas tentativas de abrir portas para desenvolvimento de outros conhecimentos fez com que ele decidisse retornar à Inglaterra para aprofundar o estudo dos clássicos. Nesse período, já de volta à Inglaterra, suas relações comFrancis Bacon irão reforçar a linha de seu próprio pensamento, bem fora do aristotelismo e da escolástica. Em 1631 a família de nobres ingleses Cavendish novamente pede seus serviços como guardião do terceiro Duque de Devonshire, e Hobbes irá ocupar este cargo até 1642. Durante este período, faz outra viagem ao continente, lá permanecendo de 1634 a 1637. Na França, entra em contato com o círculo intelectual do Padre Mersenne, mentor de Descartes - com quem estabeleceu uma forte amizade. Em geral, Hobbes era a favor da explicaçãomecanicista do universo (que predominava na época), em oposição à teleológica defendida por Aristóteles e a escolástica. Também teve a oportunidade de conhecer Galileu, durante uma viagem à Itália em 1636 (6 anos antes de Galileu morrer), sob cuja influência Hobbes desenvolveu a sua filosofia social, baseando-se nos princípios da geometria e ciências naturais. Em 1640, quando a possibilidade de uma guerra civil na Inglaterra já era clara, Hobbes, temendo por sua vida por ser um conhecido defensor da monarquia, viaja de volta para Paris, onde, mais uma vez, foi recebido pelo círculo de intelectuais francês. Em 1646, ainda em Paris, vira professor de matemática do Príncipe de Gales, o futuro Carlos II, que também se encontrava exilado em Paris devido a Guerra Civil Inglesa. Em 1651, dois anos após a decapitação do rei Carlos I, Hobbes decide voltar para a Inglaterra com o fim da Guerra Civil e o começo da ―Ditadura de Cromwell‖. Neste ano também publica ―Leviatã‖, que provoca o início de sua disputa com John Bramall, bispo de Derry, o principal acusador de Hobbes como sendo um ―materialista ateu‖.
  • 14. Capa da edição original do Leviatã(1651). A publicação do ―De Corpore‖, em 1665, irá resultar em uma polêmica com os principais membros da Royal Society, que criticaram suas contribuições para a matemática bem como as posições ateístas defendidas por Hobbes. Na Inglaterra, o "anti-Hobbismo" atingiu um pico em 1666 quando seus livros foram queimados na sua alma mater, Oxford. Hobbes manteve-se um escritor extremamente produtivo na velhice, mesmo sendo prejudicado pela oposição generalizada de seu trabalho. Viveu até os 91 anos durante uma época em que a expectativa média de vida não era muito mais do que quarenta anos. Aos 80 anos Hobbes produziu novas traduções para o inglês, tanto da Ilíada e da Odisseia e escreveu, em 1672, uma autobiografia em latim. Apesar da polêmica que causou, ele foi uma espécie de símbolo na Inglaterra até o final de sua vida. Seu ponto de vista pode ser considerado abominável ou atraente; suas teorias brilhantemente articuladas são lidas por pessoas de todos os espectros políticos. Encontra-se sepultado na Igreja São João Batista, AultHucknall, Derbyshire na Inglaterra. Werner Sombart