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TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DEFEITO EM ROLAMENTOS. TÉCNICA
TRADICIONAL, NOVA TECNOLOGIA E PERSPECTIVAS DE USO NA AÇOMINAS.
Nivaldo de Vasconcelos - Engenheiro de Manutenção. AÇOMINAS
Marcos Pinto Ribera – Engenheiro de Manutenção. AÇOMINAS
RESUMO
Os rolamentos são dentre os componentes de uma máquina um dos mais
importantes e um dos mais utilizados como elemento de ligação entre componentes
com movimentos relativos de rotação. Os mesmos estão presentes nos mais
diversos tipos de aplicação, rotação, tamanho e ambiente.
A sua falha, em geral, leva a parada do equipamento trazendo enormes prejuízos a
operação. A partir da evolução dos processadores de sinais eletrônicos as técnicas
de monitoramento, análise e diagnóstico tem apresentado grande evolução exigindo
constante aprimoramento dos técnicos envolvidos com estas técnicas.
Este trabalho tem o objetivo de apresentar os princípios básicos da análise de falha
de rolamentos, as ferramentas em uso e as perspectivas de aplicação da nova
tecnologia na Açominas.
1.0 - INTRODUÇÃO
Em toda a nossa área industrial a continuidade operacional das plantas depende da
performance de alguns equipamentos essenciais, tais como bombas, ventiladores,
compressores, motores, correias transportadoras, etc., que em sua maioria utilizam
mancais de rolamentos. Estes rolamentos são projetados para trabalhar algumas
milhares de hora, podendo atingir uma vida muito maior do que a prevista em função
da carga, da qualidade da lubrificação e da contaminação a que estão submetidos.
Em função da sua utilização em processos críticos, uma falha de um rolamento pode
acarretar sérios prejuízos, quer no próprio equipamento ou em função de uma
parada de produção.
Portanto o monitoramento, análise e correção de problemas de rolamentos são
operações criticas de responsabilidade da manutenção.
Devido às tecnologias anteriormente utilizadas nos equipamentos de monitoramento
as análises eram limitadas em função da rotação, dificultando a análise de
rolamentos submetidos a baixas rotações.
A evolução das técnicas de análise tem permitido a detecção dos defeitos em
estágios iniciais em toda escala de velocidade, auxiliando a manutenção no
planejamento dos reparos e reduzindo os custos devido a uma eventual parada
emergencial dos equipamentos.
2.0 - PRINCIPAIS CAUSAS DE FALHAS DOS ROLAMENTOS :
Fadiga do material.
Lubrificação deficiente.
Contaminação – vedação ineficiente.
Montagem inadequada – ajuste impróprio
Manuseio inadequado.
3.0 - ANÁLISE DE DEFEITO EM ROLAMENTOS.
Assim como outros componentes em um equipamento, os rolamentos quando
defeituosos apresentam freqüências características, em função da localização do
defeito. Defeitos em rolamentos podem ser prognosticados através da medição de
vibração e pelo monitoramento da presença das freqüências de defeitos e seus
múltiplos, portanto o diagnóstico não deverá levar em conta apenas a amplitude. As
freqüências de defeito são calculadas levando em consideração as características
construtivas dos rolamentos. As expressões utilizadas para o cálculo estão
mostradas na figura 1.
Figura 1 - Fórmulas para cálculo das freqüências de defeitos em rolamentos.
4.0 - PADRÃO DE EVOLUÇÃO DE DEFEITOS EM ROLAMENTOS
Um padrão típico da evolução de um defeito em um rolamento pode ser descrito
como segue:
4.1 - FASE 1
Os primeiros sinais de um rolamento defeituoso aparecerão no espectro em altas
freqüências nos múltiplos das freqüências fundamentais de defeito. A razão para
estas altas freqüências aparecerem primeiro é devido a excitação das freqüências
naturais dos mancais ou da estrutura, a freqüência fundamental ( 1 X BPFI ) não
aparece nesta fase. Figura 2.
Figura 2 - Espectro de vibração – presença de múltiplos altos da BPFI.
4.2 - FASE 2
Mais harmônicos da freqüência de defeito aparecerão no espectro. Continuando a
degradação muitas vezes aparecerá a rotação do eixo modulando as freqüências de
defeito. A amplitude das bandas laterais relativas aos múltiplos da freqüência de defeito
é importante neste ponto. Amplitude das bandas laterais que excede a amplitude dos
múltiplos da freqüência de defeito podem indicar um dano significativo. Na medida que
o rolamento degrada, as freqüências de defeito que aparecerão no espectro não serão
exatamente iguais às calculadas. Isto porque a degradação do rolamento causará
mudança da geometria interna do rolamento. Figura 3.
Figura 3 - Espectro de vibração – progressão do defeito – aparecimento de múltiplas
banda laterais da rotação em torno dos harmônicos da BPFI
4.3 - FASE 3
Nesta pode ser identificada a presença da freqüência fundamental de defeito e seus
múltiplos e também as bandas laterais. Além disso bandas laterais da freqüência de
defeito dos elementos rolantes e da gaiola podem aparecer em torno das
freqüências de defeito da pista interna ou externa. Esta situação é usualmente
encontrada após uma degradação avançada do rolamento. A expectativa de
sobrevida do rolamento dependerá da rotação do eixo e da carga do mancal. Figura
4.
Figura 4 - Espectro de vibração- aparecimento da freqüência fundamental da BPFI
4.4 - FASE 4
Como o rolamento continua a degradar as folgas internas podem aumentar, acelerando
ainda mais a deterioração dos componentes do rolamento. Isto permitirá a ocorrência de
mais impactos dentro do rolamento. O aumento dos impactos aparecerão no espectro
como uma elevação do piso. Os picos podem ser vistos diminuindo em amplitude e
tornando menos distintos quando o piso aumenta. A falha é eminente neste ponto. É
importante entender que cada rolamento pode desenvolver modos de falha diferentes.
Figura 5.
Figura 5 - Espectro de vibração – aumento do ruído e elevação do piso.
5.0 - TÉCNICAS PARA DETECÇÃO DE DEFEITO EM ROLAMENTOS.
5.1 - DEMODULAÇÃO
Admitindo um rolamento que tenha um defeito sobre uma das pistas, cada elemento
rolante ao passar pelo defeito provocará um impacto que terá como característica
serem de curtíssima duração, repetindo em baixas freqüências e que pôr sua vez
excitara as freqüências de ressonância do mancal ou da estrutura, situadas em altas
freqüências. Figura 6.
Figura 6 – Sinais de vibração de um rolamento defeituoso
5.1.1 – Vibrações Moduladas
Em uma máquina são gerados muitos sinais de vibração que são provenientes dos
vários elementos que a compõem, e é possível que ocorra a combinação destes
sinais. As formas mais comuns de combinação são:
AM – Amplitude modulada.
FM – Freqüência modulada.
A modulação é composta de um sinal modulador e de um sinal portador. O sinal
modulador modifica o portador alterando-lhe a amplitude (AM) ou a freqüência (FM).
O sinal portador em sua propagação “transporta” o sinal modulador.
Como foi comentado os impactos gerados em um rolamento defeituoso são de baixa
freqüência, porém excitam as freqüências de ressonância do mancal ou da estrutura
na qual estão montados, gerando amplitude em altas freqüências. Aqui ocorre uma
das combinações comentadas anteriormente, amplitude modulada (AM), onde
teremos a freqüência de ressonância do mancal ou da estrutura como portadora e a
respectiva freqüência de defeito como moduladora, conforme espectro mostrado na
figura 7.
Figura 7 – Exemplo de Forma de Onda com amplitude modulada .
Na faixa de freqüência de ressonância dos mancais e estrutura não ocorre a
influência de outras fontes de vibração, com isto não temos o mascaramento dos
sinais do rolamento como acontece em baixas freqüências. Como o próprio nome diz
o processo de demodulação consiste em separar estes sinais ou seja demodular. E
nada mais é do que um processo eletrônico na qual os sinais de defeitos de um
rolamento localizados em altas freqüências são transferidos para uma faixa de baixa
freqüência onde podem ser vistos com maior nitidez. O processo eletrônico utilizado
na demodulação pode ser visto na figura 8.
Figura 8 – Diagrama do processo eletrônico utilizado na demodulação.
5.2 - PEAK VUE.
Diferente da demodulação Peak Vue não emprega nenhum filtro passa baixa pois
não há nenhuma suposição sobre uma ocorrência da baixa freqüência modulando
uma alta freqüência.
Para a detecção de defeito do rolamento o fenômeno físico a ser investigado são os
impactos do componentes do rolamento as quais são geralmente observados entre
o estágio inicial e o intermediário do defeito do rolamento. O impacto metal com
metal gera ondas de curta duração tipicamente 1 ms entre 1 kHz a 50 kHz ou mais.
O detetor de pico empregado neste método consegue acompanhar estes impactos
mesmo em rotação baixas.
O processo eletrônico utilizado no Peak Vue pode ser visto na figura 9.
Figura 9 - Diagrama do processo eletrônico utilizado pelo Peak Vue.
6.0 - COMPARAÇÃO ENTRE DEMODULAÇÃO E PEAK VUE.
6.1 – TABELA COMPARATIVA ENTRE DEMODULAÇÃO E PEAK VUE.
MÉTODO DEMODULAÇÃO PEAK VUE
CIRCUITO analógico somente analógico e digital
RESPOSTA fator de atraso Pré ajustado em 100
kHz
AMPLITUDE não confiável precisa e tendenciavel
SAÍDA PARA
DIAGNÓSTICO
espectro somente espectro e forma de
onda
6.2 - RESPOSTA EM APLICAÇÃO A BAIXAS ROTAÇÕES
Figura 10 – Comparação entre demodulação e Peak Vue quando aplicados a
máquinas de baixa rotação
Filtro analógico provoca atraso
na resposta e consequentemente
a amplitude é atenuada.
O detetor de Peak Vue consegue
acompanhar os impactos.
Demodulação Peak Vue
6.3 - RESPOSTA EM APLICAÇÃO A MÉDIAS ROTAÇÕES.
Em uma faixa central de velocidade os resultados são freqüentemente semelhantes,
ambos fornecem identificação da freqüência de impacto, porém a demodulação gera
mais ruído.
Figura 11 – Comparação entre demodulação e Peak Vue quando aplicados a
máquinas de média rotação
6.4 - RESPOSTA EM APLICAÇÃO A ALTAS ROTAÇÕES
Demodulação é menos eficaz – os pulsos tendem a agrupar na saída do
demodulador
Figura 12 - Comparação entre demodulação e Peak Vue quando aplicados a
máquinas de altas rotações.
Espectro de Demodulação Espectro de Peak Vue
R
Demodulação Peak Vue
6.5 - MEDIÇÃO DE AMPLITUDE
Figura 13 - Comparação entre demodulação e Peak Vue quanto ao registro de
amplitude.
7.0 – CASOS EXEMPLOS.
7.1 – Máquina: Torno UT50 – Oficina de Cilindros – Laminação
Rotação: 15 RPM
Rolamento: TIMKEN cone: M238849 , capa: M238810 DC
Ocorrência: detectado folga entre rolamento e eixo
Figura 14 - Espectro de Peak Vue onde pode ser visto a freqüência de 1 vez a
rotação do eixo e seus múltiplos.
Resultado similar mas registro de amplitude diferente
Registro da amplitude de impacto 0.05 g:
Demodulação – amplitude = 0,006 g Peak Vue – amplitude = 0,05 g
Figura 15 - Espectro de Demodulação do mesmo ponto mostrado na figura anterior ,
observar a diferença no registro de amplitude.
Figura 16 - Espectro de Peak Vue do torno UT50 após substituição do rolamento.
7.2 – Máquina: Bomba LD50F – SRA Laminação
Rotação: 1780 RPM
Rolamento: N324
Ocorrência: detectado defeito na gaiola e no elemento rolante do rolamento do motor
Figura 17 – Espectro medido no mancal acoplado do motor da Bomba LD50F.
Figura 18 – Espectro de Peak Vue, onde podem ser vistas as freqüências de defeitos na
gaiola e no elemento rolante do rolamento N324 do motor da Bomba LD50F.
Figura 19 – Gráfico de tendência mostrando os níveis antes e após a troca do
rolamento N324 do motor da Bomba LD50F
Figura 20 – Foto mostrando em detalhe o inicio de avaria na gaiola do rolamento do
motor da Bomba LD50F
Figura 21 – Foto mostrando a avaria no elemento rolante do rolamento do motor da
Bomba LD50F
7.3 – Máquina: Bomba WB01B – SRA Aciaria
Rotação: 1780 RPM
Rolamento: 6312
Ocorrência: Detectado defeito na gaiola e elemento rolante do rolamento da bomba em
função de deficiência de lubrificação.
Figura 22 – Espectro de Peak Vue mostrando a presença da freqüência da gaiola e
seus múltiplos do rolamento 6312 da Bomba WB01B
Figura 23 – Espectro de peak Vue após substituição do rolamento 6312 da Bomba
WB01B
Figura 24 – Foto mostrando marcas equatoriais no elemento rolante do rolamento
6312 da Bomba WB01B evidenciando a deficiência de lubrificação.
8.0 - CONCLUSÃO
Cada vez mais a utilização de técnicas de processamento digital de sinais vem
trazendo importantes avanços para o diagnóstico de defeito em rolamentos. Todo o
pessoal envolvido com a arte de manter deve estar consciente de suas vantagens
apesar da dificuldade em entender alguns de seus princípios básicos.
Este trabalho apresentou os métodos mais utilizados atualmente para a detecção de
defeitos em rolamentos. Ambos os métodos apresentam grande capacidade para o
diagnóstico de defeitos iniciais em rolamentos. Apesar da limitação em alguns casos
da demodulação, o analista de vibrações não deve prescindir desta ferramenta. A
detecção através do “Peak Vue” tem se mostrado com maior sensibilidade,
apresentando resultados altamente satisfatórios tanto em equipamentos de baixa ou
alta rotação.
O diagnóstico do defeito em seu estágio inicial, portanto visa auxiliar a manutenção
determinando o momento mais oportuno para substitui-los, afim de não submeter a
máquina a uma falha catastrófica e evitar os sérios prejuízos que a acompanha.
9.0 – BIBLIOGRAFIA
( 1 ) - Robert Skeirik - “Innovative Digital Technique for Detection of Bearing Faults
on Critical and Slow Speed Machines” – 3º Congresso de Gerenciamento de
Manutenção Preditiva- Belo Horizonte .
( 2 ) - Todd Reeves - DoctorKnow , Aplication Paper - “Failure Modes of Rolling
Element Bearing”.
( 3 ) - Mário José T. Soares – Manutenção, Nº52, Artigo Técnico: “Utilização da Técnica
de Envelope como Ferramenta de Manutenção Preditiva.”
Tecnicas de analise_de_defeito_em_rolamentos

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  • 1. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DEFEITO EM ROLAMENTOS. TÉCNICA TRADICIONAL, NOVA TECNOLOGIA E PERSPECTIVAS DE USO NA AÇOMINAS. Nivaldo de Vasconcelos - Engenheiro de Manutenção. AÇOMINAS Marcos Pinto Ribera – Engenheiro de Manutenção. AÇOMINAS RESUMO Os rolamentos são dentre os componentes de uma máquina um dos mais importantes e um dos mais utilizados como elemento de ligação entre componentes com movimentos relativos de rotação. Os mesmos estão presentes nos mais diversos tipos de aplicação, rotação, tamanho e ambiente. A sua falha, em geral, leva a parada do equipamento trazendo enormes prejuízos a operação. A partir da evolução dos processadores de sinais eletrônicos as técnicas de monitoramento, análise e diagnóstico tem apresentado grande evolução exigindo constante aprimoramento dos técnicos envolvidos com estas técnicas. Este trabalho tem o objetivo de apresentar os princípios básicos da análise de falha de rolamentos, as ferramentas em uso e as perspectivas de aplicação da nova tecnologia na Açominas. 1.0 - INTRODUÇÃO Em toda a nossa área industrial a continuidade operacional das plantas depende da performance de alguns equipamentos essenciais, tais como bombas, ventiladores, compressores, motores, correias transportadoras, etc., que em sua maioria utilizam mancais de rolamentos. Estes rolamentos são projetados para trabalhar algumas milhares de hora, podendo atingir uma vida muito maior do que a prevista em função da carga, da qualidade da lubrificação e da contaminação a que estão submetidos. Em função da sua utilização em processos críticos, uma falha de um rolamento pode acarretar sérios prejuízos, quer no próprio equipamento ou em função de uma parada de produção. Portanto o monitoramento, análise e correção de problemas de rolamentos são operações criticas de responsabilidade da manutenção. Devido às tecnologias anteriormente utilizadas nos equipamentos de monitoramento as análises eram limitadas em função da rotação, dificultando a análise de rolamentos submetidos a baixas rotações. A evolução das técnicas de análise tem permitido a detecção dos defeitos em estágios iniciais em toda escala de velocidade, auxiliando a manutenção no planejamento dos reparos e reduzindo os custos devido a uma eventual parada emergencial dos equipamentos. 2.0 - PRINCIPAIS CAUSAS DE FALHAS DOS ROLAMENTOS :
  • 2. Fadiga do material. Lubrificação deficiente. Contaminação – vedação ineficiente. Montagem inadequada – ajuste impróprio Manuseio inadequado. 3.0 - ANÁLISE DE DEFEITO EM ROLAMENTOS. Assim como outros componentes em um equipamento, os rolamentos quando defeituosos apresentam freqüências características, em função da localização do defeito. Defeitos em rolamentos podem ser prognosticados através da medição de vibração e pelo monitoramento da presença das freqüências de defeitos e seus múltiplos, portanto o diagnóstico não deverá levar em conta apenas a amplitude. As freqüências de defeito são calculadas levando em consideração as características construtivas dos rolamentos. As expressões utilizadas para o cálculo estão mostradas na figura 1. Figura 1 - Fórmulas para cálculo das freqüências de defeitos em rolamentos. 4.0 - PADRÃO DE EVOLUÇÃO DE DEFEITOS EM ROLAMENTOS Um padrão típico da evolução de um defeito em um rolamento pode ser descrito como segue: 4.1 - FASE 1
  • 3. Os primeiros sinais de um rolamento defeituoso aparecerão no espectro em altas freqüências nos múltiplos das freqüências fundamentais de defeito. A razão para estas altas freqüências aparecerem primeiro é devido a excitação das freqüências naturais dos mancais ou da estrutura, a freqüência fundamental ( 1 X BPFI ) não aparece nesta fase. Figura 2. Figura 2 - Espectro de vibração – presença de múltiplos altos da BPFI. 4.2 - FASE 2 Mais harmônicos da freqüência de defeito aparecerão no espectro. Continuando a degradação muitas vezes aparecerá a rotação do eixo modulando as freqüências de defeito. A amplitude das bandas laterais relativas aos múltiplos da freqüência de defeito é importante neste ponto. Amplitude das bandas laterais que excede a amplitude dos múltiplos da freqüência de defeito podem indicar um dano significativo. Na medida que o rolamento degrada, as freqüências de defeito que aparecerão no espectro não serão exatamente iguais às calculadas. Isto porque a degradação do rolamento causará mudança da geometria interna do rolamento. Figura 3. Figura 3 - Espectro de vibração – progressão do defeito – aparecimento de múltiplas banda laterais da rotação em torno dos harmônicos da BPFI 4.3 - FASE 3
  • 4. Nesta pode ser identificada a presença da freqüência fundamental de defeito e seus múltiplos e também as bandas laterais. Além disso bandas laterais da freqüência de defeito dos elementos rolantes e da gaiola podem aparecer em torno das freqüências de defeito da pista interna ou externa. Esta situação é usualmente encontrada após uma degradação avançada do rolamento. A expectativa de sobrevida do rolamento dependerá da rotação do eixo e da carga do mancal. Figura 4. Figura 4 - Espectro de vibração- aparecimento da freqüência fundamental da BPFI 4.4 - FASE 4 Como o rolamento continua a degradar as folgas internas podem aumentar, acelerando ainda mais a deterioração dos componentes do rolamento. Isto permitirá a ocorrência de mais impactos dentro do rolamento. O aumento dos impactos aparecerão no espectro como uma elevação do piso. Os picos podem ser vistos diminuindo em amplitude e tornando menos distintos quando o piso aumenta. A falha é eminente neste ponto. É importante entender que cada rolamento pode desenvolver modos de falha diferentes. Figura 5. Figura 5 - Espectro de vibração – aumento do ruído e elevação do piso. 5.0 - TÉCNICAS PARA DETECÇÃO DE DEFEITO EM ROLAMENTOS.
  • 5. 5.1 - DEMODULAÇÃO Admitindo um rolamento que tenha um defeito sobre uma das pistas, cada elemento rolante ao passar pelo defeito provocará um impacto que terá como característica serem de curtíssima duração, repetindo em baixas freqüências e que pôr sua vez excitara as freqüências de ressonância do mancal ou da estrutura, situadas em altas freqüências. Figura 6. Figura 6 – Sinais de vibração de um rolamento defeituoso 5.1.1 – Vibrações Moduladas Em uma máquina são gerados muitos sinais de vibração que são provenientes dos vários elementos que a compõem, e é possível que ocorra a combinação destes sinais. As formas mais comuns de combinação são: AM – Amplitude modulada. FM – Freqüência modulada. A modulação é composta de um sinal modulador e de um sinal portador. O sinal modulador modifica o portador alterando-lhe a amplitude (AM) ou a freqüência (FM). O sinal portador em sua propagação “transporta” o sinal modulador. Como foi comentado os impactos gerados em um rolamento defeituoso são de baixa freqüência, porém excitam as freqüências de ressonância do mancal ou da estrutura na qual estão montados, gerando amplitude em altas freqüências. Aqui ocorre uma das combinações comentadas anteriormente, amplitude modulada (AM), onde teremos a freqüência de ressonância do mancal ou da estrutura como portadora e a respectiva freqüência de defeito como moduladora, conforme espectro mostrado na figura 7.
  • 6. Figura 7 – Exemplo de Forma de Onda com amplitude modulada . Na faixa de freqüência de ressonância dos mancais e estrutura não ocorre a influência de outras fontes de vibração, com isto não temos o mascaramento dos sinais do rolamento como acontece em baixas freqüências. Como o próprio nome diz o processo de demodulação consiste em separar estes sinais ou seja demodular. E nada mais é do que um processo eletrônico na qual os sinais de defeitos de um rolamento localizados em altas freqüências são transferidos para uma faixa de baixa freqüência onde podem ser vistos com maior nitidez. O processo eletrônico utilizado na demodulação pode ser visto na figura 8. Figura 8 – Diagrama do processo eletrônico utilizado na demodulação. 5.2 - PEAK VUE. Diferente da demodulação Peak Vue não emprega nenhum filtro passa baixa pois não há nenhuma suposição sobre uma ocorrência da baixa freqüência modulando uma alta freqüência. Para a detecção de defeito do rolamento o fenômeno físico a ser investigado são os impactos do componentes do rolamento as quais são geralmente observados entre o estágio inicial e o intermediário do defeito do rolamento. O impacto metal com metal gera ondas de curta duração tipicamente 1 ms entre 1 kHz a 50 kHz ou mais. O detetor de pico empregado neste método consegue acompanhar estes impactos mesmo em rotação baixas. O processo eletrônico utilizado no Peak Vue pode ser visto na figura 9.
  • 7. Figura 9 - Diagrama do processo eletrônico utilizado pelo Peak Vue. 6.0 - COMPARAÇÃO ENTRE DEMODULAÇÃO E PEAK VUE. 6.1 – TABELA COMPARATIVA ENTRE DEMODULAÇÃO E PEAK VUE. MÉTODO DEMODULAÇÃO PEAK VUE CIRCUITO analógico somente analógico e digital RESPOSTA fator de atraso Pré ajustado em 100 kHz AMPLITUDE não confiável precisa e tendenciavel SAÍDA PARA DIAGNÓSTICO espectro somente espectro e forma de onda 6.2 - RESPOSTA EM APLICAÇÃO A BAIXAS ROTAÇÕES Figura 10 – Comparação entre demodulação e Peak Vue quando aplicados a máquinas de baixa rotação Filtro analógico provoca atraso na resposta e consequentemente a amplitude é atenuada. O detetor de Peak Vue consegue acompanhar os impactos. Demodulação Peak Vue
  • 8. 6.3 - RESPOSTA EM APLICAÇÃO A MÉDIAS ROTAÇÕES. Em uma faixa central de velocidade os resultados são freqüentemente semelhantes, ambos fornecem identificação da freqüência de impacto, porém a demodulação gera mais ruído. Figura 11 – Comparação entre demodulação e Peak Vue quando aplicados a máquinas de média rotação 6.4 - RESPOSTA EM APLICAÇÃO A ALTAS ROTAÇÕES Demodulação é menos eficaz – os pulsos tendem a agrupar na saída do demodulador Figura 12 - Comparação entre demodulação e Peak Vue quando aplicados a máquinas de altas rotações. Espectro de Demodulação Espectro de Peak Vue R Demodulação Peak Vue
  • 9. 6.5 - MEDIÇÃO DE AMPLITUDE Figura 13 - Comparação entre demodulação e Peak Vue quanto ao registro de amplitude. 7.0 – CASOS EXEMPLOS. 7.1 – Máquina: Torno UT50 – Oficina de Cilindros – Laminação Rotação: 15 RPM Rolamento: TIMKEN cone: M238849 , capa: M238810 DC Ocorrência: detectado folga entre rolamento e eixo Figura 14 - Espectro de Peak Vue onde pode ser visto a freqüência de 1 vez a rotação do eixo e seus múltiplos. Resultado similar mas registro de amplitude diferente Registro da amplitude de impacto 0.05 g: Demodulação – amplitude = 0,006 g Peak Vue – amplitude = 0,05 g
  • 10. Figura 15 - Espectro de Demodulação do mesmo ponto mostrado na figura anterior , observar a diferença no registro de amplitude. Figura 16 - Espectro de Peak Vue do torno UT50 após substituição do rolamento. 7.2 – Máquina: Bomba LD50F – SRA Laminação Rotação: 1780 RPM Rolamento: N324 Ocorrência: detectado defeito na gaiola e no elemento rolante do rolamento do motor
  • 11. Figura 17 – Espectro medido no mancal acoplado do motor da Bomba LD50F. Figura 18 – Espectro de Peak Vue, onde podem ser vistas as freqüências de defeitos na gaiola e no elemento rolante do rolamento N324 do motor da Bomba LD50F.
  • 12. Figura 19 – Gráfico de tendência mostrando os níveis antes e após a troca do rolamento N324 do motor da Bomba LD50F Figura 20 – Foto mostrando em detalhe o inicio de avaria na gaiola do rolamento do motor da Bomba LD50F
  • 13. Figura 21 – Foto mostrando a avaria no elemento rolante do rolamento do motor da Bomba LD50F 7.3 – Máquina: Bomba WB01B – SRA Aciaria Rotação: 1780 RPM Rolamento: 6312 Ocorrência: Detectado defeito na gaiola e elemento rolante do rolamento da bomba em função de deficiência de lubrificação. Figura 22 – Espectro de Peak Vue mostrando a presença da freqüência da gaiola e seus múltiplos do rolamento 6312 da Bomba WB01B
  • 14. Figura 23 – Espectro de peak Vue após substituição do rolamento 6312 da Bomba WB01B Figura 24 – Foto mostrando marcas equatoriais no elemento rolante do rolamento 6312 da Bomba WB01B evidenciando a deficiência de lubrificação. 8.0 - CONCLUSÃO Cada vez mais a utilização de técnicas de processamento digital de sinais vem trazendo importantes avanços para o diagnóstico de defeito em rolamentos. Todo o pessoal envolvido com a arte de manter deve estar consciente de suas vantagens apesar da dificuldade em entender alguns de seus princípios básicos. Este trabalho apresentou os métodos mais utilizados atualmente para a detecção de defeitos em rolamentos. Ambos os métodos apresentam grande capacidade para o diagnóstico de defeitos iniciais em rolamentos. Apesar da limitação em alguns casos da demodulação, o analista de vibrações não deve prescindir desta ferramenta. A
  • 15. detecção através do “Peak Vue” tem se mostrado com maior sensibilidade, apresentando resultados altamente satisfatórios tanto em equipamentos de baixa ou alta rotação. O diagnóstico do defeito em seu estágio inicial, portanto visa auxiliar a manutenção determinando o momento mais oportuno para substitui-los, afim de não submeter a máquina a uma falha catastrófica e evitar os sérios prejuízos que a acompanha. 9.0 – BIBLIOGRAFIA ( 1 ) - Robert Skeirik - “Innovative Digital Technique for Detection of Bearing Faults on Critical and Slow Speed Machines” – 3º Congresso de Gerenciamento de Manutenção Preditiva- Belo Horizonte . ( 2 ) - Todd Reeves - DoctorKnow , Aplication Paper - “Failure Modes of Rolling Element Bearing”. ( 3 ) - Mário José T. Soares – Manutenção, Nº52, Artigo Técnico: “Utilização da Técnica de Envelope como Ferramenta de Manutenção Preditiva.”