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Estudos Estratégicos Guerra, Guerrilha e Terrorismo na Contemporaneidade Prof. Rafael Ávila
Estudos Estratégicos “[a] Teoria deve ser estudo e não doutrina” [II-2: 162] 1. Discussões conceituais preliminares   Inimigo versus Oponente Forças Armadas  Soldado versus Guerreiro 2. O Conceito de Guerra  Essência da Guerra: a briga.
Estudos Estratégicos Meta Imediata: Derrubar, prostrar o outro ou torná-lo incapaz de seguir lutando.   War is thus an act of force to compel our enemy to do our will [I-1-2: 83] 3 elementos no conceito acima: i) contexto particular para o ato de força, vias de fato; ii) elementos humanos que explicam i, ou seja, o desejo humano de compelir* – a vontade humana pode ser dobrada; iii) nossa vontade – a razão de toda a questão.
Estudos Estratégicos Importante: a briga entre seres humanos tem um propósito.  3. Dialética entre fins e meios  Fim: a vontade que queremos ter cumprida, um propósito que almejamos – conceito clausewitziano de Política.  Pode-se considerar como consenso que o objetivo da política é unificar e reconciliar todos os aspectos da administração interna, bem como dos valores espirituais, e do que mais o filósofo da moral queira acrescentar.
Estudos Estratégicos [A] política, naturalmente, não é nada em si mesma; ela é simplesmente a procuradora de todos estes interesses diante de outros Estados. Que ela possa errar, servindo a ambições, interesses privados e à vaidade dos que estão no poder, é irrelevante. A arte da guerra não pode ser considerada como preceptora da política em sentido algum, e aqui podemos tratar a política como a representante de todos os interesses da comunidade. [VIII-6(B): 733] Primeira Dimensão do fenômeno bélico: a política, a vontade que se quer fazer cumprir pela guerra.
Estudos Estratégicos 4.Meio na guerra: o combate   Forças Morais e fricção; Gênio Guerreiro; Combate à distância e Combate cerrado (Ver DPJ & ED 2004 Notas)  Segunda Dimensão do fenômeno bélico: A materialidade dos meios de força reflete a expectativa de seu uso no combate. Assim, o combate permite apresentar a segunda dimensão do fenômeno bélico: a tática, o uso da força no combate. [II-:146]
Estudos Estratégicos Combate Virtual – “Quando um dos lados num enfrentamento – isto é, uma instância particular da atividade de combater – se rende, ou recusa o combate, ou cede sua posição, ou foge, isto não significa que o combate não tenha tido lugar. É apenas que ele teve lugar na mente de um dos comandantes, ou até na mente dos combatentes que observaram a situação, concluindo sobre a certeza de seu resultado e agindo com base nisso. O combate, neste caso, é virtual, mas nem por isso deixa de ser combate”. Esta é uma instância a mais da humanidade integral da Teoria da Guerra: seres humanos são capazes de antecipar e agir com base em suas expectativas. [III-1: 181].
Estudos Estratégicos 5. Ataque e Defesa  Ataque: O ataque é a forma de luta que tem o propósito positivo, isto é, que deseja alterar a situação existente: golpear. A essência do ataque é a velocidade, a produção do fato consumado. [VII-1: 633; VII-2: 634-636]    Defesa: A defesa é a forma de luta que tem o propósito negativo, isto é, manter as coisas com estão. O conceito defesa é: aparar o golpe. A essência da defesa, portanto, é a espera da oportunidade de aparar o golpe.
Estudos Estratégicos “Assim, a forma defensiva da guerra não é simplesmente um escudo, mas sim um escudo constituído por golpes bem aplicados.” [VI-1: 427].     6. Superioridade da Defesa sobre o Ataque “O fato é que tudo que uma força pode usar no ataque pode ser usado também na defesa. Isto significa que as vantagens da posição e da espera se somam às forças da defesa, e que é porque é necessário superar essas vantagens que o ataque tem que agregar mais força –
Estudos Estratégicos maior número, maior capacidade, mais elevada coesão e superioridade nas forças morais, a surpresa – para que um ataque seja sequer possível.  A superioridade da defesa reside no fato de que existem recursos defensivos que não estão disponíveis para o ataque. Uma parte importante dos recursos combatentes da defesa, como a vantagem da espera, e o alívio do desgaste das forças pela fricção, ou da posição no terreno (no sentido corretamente amplo de alternativas posicionais em terra, mar, ar e fortificações). Estes recursos não estão disponíveis ao ataque; só contribuem para a defesa. [Proença Jr. 2003: 36]
Estudos Estratégicos Vantagens intrínsecas da Defesa: vantagem da espera e vantagem da posição  É essa superioridade da defesa sobre o ataque que explica porque a guerra não é uma sucessão frenética de ataques, dando conta da “pausa na ação”. É a superioridade da defesa que explica porque a maior parte das guerras consiste em momentos de espera, em que nenhum dos dois lados está atacando. Isto não seria lógico se ataque e defesa fossem distintos apenas em termos de seus propósitos: a menos de um grave erro de informação ou timidez, o tempo de espera que beneficiasse a um dos lados levaria a que o outro atacasse, antes que este benefício se fizesse presente. [Proença Jr. 2003: 36]
Estudos Estratégicos A pausa na ação que decorre da superioridade da defesa tem duas conseqüências de primeira magnitude: (i) permite que exista estratégia como distinta da tática e (ii) faz da guerra uma continuação da política.   7. Estratégia Distinta da Tática  Terceira Dimensão do fenômeno bélico: “É preciso compreender como os recursos que só são aproveitáveis pela defesa – as vantagens da espera e da posição – não são móveis. Isto impede que a guerra possa ser resolvida num único enfrentamento do todo das forças do atacante e do defensor.
Estudos Estratégicos Seria tolice que o defensor aceitasse tal enfrentamento, porque estaria abrindo mão dos recursos defensivos do território, que somariam à sua força. A distribuição destes recursos no espaço faz com que a defesa se aproveite destes recursos em momentos distintos, e que escolha o quanto de força irá empenhar, e quando, em cada um deles.” [Proença Jr. 2003: 37]
Estudos Estratégicos 8. A guerra é a continuação da Política   “É preciso compreender que é a perspectiva de uma pausa na ação – nascida da assimetria entre ataque e defesa – que permite que a política tenha a possibilidade de intervir no andamento da guerra”. [Proença Jr. 2003: 39] 9. Guerra Limitada e Ilimitada (Ver DPJ & ED 2004 Notas)  As guerras limitadas, em que o que se quer do inimigo é algo que ele irá ceder quando a o custo de se opor à nossa vontade ultrapassar um determinado custo. As guerras ilimitadas, quando o que queremos só nos será dado quando tivermos o inimigo prostrado diante de nós, quando o tivermos desarmado e reduzido à impotência.
Estudos Estratégicos As guerras não são limitadas ou ilimitadas em função do quanto se dispendem de força ou recursos. A questão é política, do quanto o que se quer é valorizado por cada um dos lados é isso que determina se uma guerra será limitada ou ilimitada.    Toda consideração estratégica diz respeito ao estado do equilíbrio de forças no teatro de operações, estado esse que expressa as possibilidades combatentes das forças do atacante e do defensor. [Proença Jr. 2003: 43]
Estudos Estratégicos 10. Dinâmica da Guerra e os Pontos Culminantes   Dinâmica da guerra – o atacante perdendo força e o defensor ganhando:   (i) Quanto mais profundamente o atacante avança no território do defensor, quanto mais tempo a guerra dura, mais o ataque tende a se enfraquecer. Distancia-se de suas bases, dificultando a chegada de reforços que compensem suas perdas; estende suas linhas de suprimento, que têm que ser guarnecidas; dispersa-se para controlar o território em disputa de maneira a poder explorá-lo e para dar conta da resistência local de milícias ou guerrilhas; seu próprio sucesso arrisca trazer aliados a seu inimigo, em função do funcionamento da balança de poder; desgasta-se no movimento e na ação no ambiente de fricção da guerra.
Estudos Estratégicos (ii) Ao mesmo tempo, o defensor se fortalece, aproximando-se de suas bases, ganhando suporte de sua população, pondo em campo as milícias e guerrilhas, mobilizando forças adicionais ou obtendo aliados. Estes ganhos não são gratuitos: o defensor entrega parte de seu território, de seu povo e recursos ao atacante durante a campanha ofensiva. Mas o efeito da perda destes recursos do defensor – e seu controle pelo atacante – não produzem, ordinariamente, resultados imediatos no equilíbrio de forças. A retração da campanha defensiva aumenta a força imediata do defensor, permitindo a exploração das posições defensivas e a agregação de forças. [Proença Jr. 2003: 46] Ponto Culminante do Ataque: uma situação em que o atacante não é mais capaz de seguir atacando com expectativa razoável de sucesso.
Estudos Estratégicos Ponto Culminante da Vitória: uma situação em que o atacante não é nem sequer capaz de defender o território que conquistou.  Conseqüências: Em função dos pontos culminantes que a campanha ofensiva se orienta pela consideração do momento de reversão à defensiva.   Para restaurar o status quo ante, defensor tem passar à contra ofensiva em algum momento, isto é, tem que passar ao ataque. [Proença Jr. 2003: 48]
Estudos Estratégicos Ponto Culminante da Defesa: corresponde ao momento em que os efeitos das perdas do defensor em forças, ou a falta dos recursos que cedeu ao atacante, invertem o declínio relativo das forças do atacante em relação ao defensor.   11. Conceito de Campanha   Uma campanha corresponde à implementação de uma seqüência antecipada de enfrentamentos — e sua permanente reavaliação e reconfiguração a partir dos resultados dos enfrentamentos travados e da antecipação dos resultados dos enfrentamentos a travar — num teatro de operações, entendido como o espaço em que os resultados obtidos ou sofridos por uma força têm efeito direto sobre as demais. [VI-27: 585-588]
Estudos Estratégicos “O sucesso num enfrentamento é a obtenção do propósito pretendido” (...) “quando esse resultado obtido é facilmente identificável, completo, pode-se falar em vitória” [2004: 16] “O sucesso na guerra é a obtenção de um resultado que, espera-se, favoreça a obtenção do objetivo político pretendido. É possível, porém, ter sucesso na guerra sem que se tenha o sucesso político que se buscava com a guerra.” [2004: 16]
Estudos Estratégicos 12. A trindade esquisita  Razão [os objetivos políticos são província exclusiva do governo], Paixão [As paixões que devem ser inflamadas na guerra já devem estar presentes no povo] e Sorte [o alcance que a coragem e o talento terão no campo das probabilidades e do acaso depende do caráter particular do comandante e do de sua força] Governo, Povo e Forças Armadas e o seu comandante Decidir, Produzir e Lutar
Estudos Estratégicos Guerrilha Contexto histórico do texto de Clausewitz [Guerrilha norte-americanas contra os britânicos; guerrilha espanhola contra Napoleão; guerrilhas cossascas; revolta no Vendé];  A insurreição geral é somente um outro meio de guerra; é uma intensificação e ampliação do processo de fermentação conhecido como guerra [resultante da Revolução Francesa – sistema de requisição; aumento dos exércitos; emprego das milícias].     Existem problema no uso do povo, entretanto, a questão analisada neste capítulo por Clausewitz é que condições são necessárias para utilizá-la e como ela deve ser utilizada.
Estudos Estratégicos A resistência armada popular é auxiliar no sentido de que não leva a major actions, não produz batalhas e sim escaramuças e é conduzida em conjunto com o exército regular.  Quanto mais espalhada melhor; maior será seu efeito. Ela poderá ser abafada em algumas regiões e aparecer em outras.   Há algumas condições para que um levante seja efetivo:  1. A Guerra deve ser travada no interior do país 2. Não pode haver uma catástrofe que impeça seu uso 3. O teatro de operações tem que ser grande
Estudos Estratégicos 4. O caráter nacional deve ser adequado a este tipo de guerra 5. O país precisa ser inacessível, seja por montanhas, florestas, pântanos ou pelos métodos locais de cultivo.    Eles não podem ser usados contra a força principal do oponente. Devem operar marginalmente em relação ao teatro de operações. Eles não podem sofrer muitas reveses táticos pois isso mina a vontade do povo de lutar.     A disposição das forças populares acaba por gerar um efeito interessante no oponente que tem que organizar escoltas para comboios e se espalhar pelo terreno de forma a criar uma zona de proteção de suas bases.
Estudos Estratégicos Também, se a resistência se concentra demais o oponente pode concentrar força suficiente a anulá-los. O povo luta por meio de escaramuças, pela tática do bater e correr, por se misturar com a população local. Isso cria “sucesso” táticos que geram um efeito multiplicador importante.  É preciso que os insurgentes vão se organizando melhor, atuando em conjunto com as forças regulares, minando as bordas do teatro de operações.   3 problemas de muitas forças insurgentes em conjunto com regulares: 1) dispersa esforços e recursos que poderiam ser usados melhor;
Estudos Estratégicos 2) muitos regulares numa área inibe a atuação da guerrilha pois atrai o oponente; 3) muitas tropas sobretaxam a população local. Os insurgentes não podem estar sempre em defesa estratégica. Taticamente já é bem perigoso. Batalhas defensivas são suicídio. É preciso escolher pontos de defesa como pontes, montanhas e desfiladeiros mas nunca permanecer defendendo por muito tempo.    “No matter how brave a people is, how warlike its traditions, how great its hatred for the enemy, how favorable the ground on which it fights: the fact remains that a national uprising cannot maintain itself where the atmosphere is to full of danger”. (Clausewitz:1993:582-583)
Estudos Estratégicos Um governo não pode depositar todas suas fichas nisso mas também não pode ignorar seu uso.  Guerrilha Urbana  Definições e Generalidades (vários ‘tipos’ de guerrilha)  Peculiaridades do Palco em que se dão os enfrentamentos  O papel ‘auxiliar’ em uma guerra ‘auxiliar’   Apoio Civil  Princípios da Guerrilha Urbana (EB) – Estabelecimento da Desobediência civil e pacífica (Fase 1); Consolidação do Controle pela Violência (Fase 02); Estabelecimento das Bases Política e Diplomática (Fase 03); Expansão do Território Livre (Fase 04)
Estudos Estratégicos Operações Psicológicas e Uso do Terror (Fragilidade do Mecanismo)   Objetivos Básicos da GU – Levantar a massa contra o Poder Constituído; Desmoralizar as Forças de Segurança; Intimidação; Criação de Mártir   Planejamento (Propaganda; Organização de Células; Organização de Comandos; Preparação e Distribuição de Armas, Material e Publicações); Organização de Depósitos; Organização de Sistemas de Comunicação; Preparação de Ordens
Estudos Estratégicos Fontes de Recrutamento  Intel  Formas de Ação (Guerra Psicológica; Distúrbios Civis; Sabotagem; Ações Contra Quartéis; Ações Armadas)  Considerações Táticas (Armamentos, Dimensão dos Enfrentamentos, Alvos Industriais, Nomadismo)  Considerações Estratégicas (O que é a estratégia na GU)  Contra Guerrilha Urbana Ações Preliminares Operações Preventivas Operações Repressivas (Área Verde, Amarela e Vermelha)
Estudos Estratégicos Operações Psicológicas Ações Complementares Meios Empregados (Bastão, Canhão de água, Agentes Químicos, Helicópteros, Cavalaria, Alto falante, Atiradores, Fotografias, Cães) 1. Definições Correntes de Terrorismo  2. O Discurso Político Enviesado.  O uso da alcunha “terrorista” para a desqualificação política de alguns grupos após o “11 de setembro”.   3. Carência de entendimento teórico e a falta de critérios de classificação do fenômeno. Terrorismo versus Guerrilha; Terrorismo versus Operações Militares Convencionais.
Estudos Estratégicos 4. Critérios Clausewitzianos de análise dos fenômenos bélicos Definindo um conceito de partida. i) Conceito Clausewitziano de Guerra; ii) Ato de Força; Compelir; Vontades Opostas.   Fins e Meios – Conceitos-chave: Objetivos Políticos e Atos de Força (Real e Potencial): i) Na Guerra; ii) No Terrorismo  Dimensões: Política, Tática e Estratégia Teatro de Operações: i) Correlação de Forças; ii) Força Convencional; Grupos Guerrilheiros; Grupos Terroristas.
Estudos Estratégicos Ataque e Defesa: i) aplicando o entendimento clausewitziano de Política, Tática e Estratégia; ii) Dinâmica do fenômeno bélico – a questão do enfrentamento.   5. Análise do fenômeno do terrorismo à luz de Clausewitz.  Emprego ou ameaça de emprego de força física: i) Possibilidade do efeito bumerangue; ii) Terrorismo em Guevara e Mao Zedong  Destruição versus Efeito (Material e Psicológico)
Estudos Estratégicos Considerações Políticas: i) Status quo Político (alteração ou manutenção); ii) Alvo das ações [Indiscriminação]; Guevara e a questão política do emprego do terror  Considerações Táticas: i) Emprego de Força; ii) Emprego do terror.  Considerações “Estratégicas”: i) Correlações de Forças no Teatro de Operações; ii) Estratégia ou Estratagema (Guerrilha versus Terrorismo); iii) Espaço e Tempo nas ações terroristas.  Vinculo entre Emprego do terror e Objetivo Político pretendido: Dobrando o oponente à nossa vontade?
Estudos Estratégicos Emprego do terror e a busca por alteração da Correlação de forças no teatro de operações: As etapas zedonguistas Incapacidade de gerar Decisão nos termos clausewitzianos: i) O que é a decisão?; ii) Prostrar um oponente – as três fases de dominação de um país  Atos de Força e Atos de Terror: Os Alvos  Relação entre ações perpetradas e efeitos produzidos em  termos materiais: Objetivos a se atingir
Estudos Estratégicos Emprego Político Terrorista do Terror   6. Terrorismo e Guerrilha Urbana – Convergências e Divergências  i) O palco dos enfrentamentos – o meio urbano  ii) Os papéis auxiliares da Guerrilha Urbana e do Terrorismo iii) A questão do apoio civil   iv) Princípios da guerrilha urbana – semelhanças?  Fase 01. Estabelecimento da desobediência civil e pacífica;  Fase 02. Consolidação do controle pela violência;
Estudos Estratégicos Fase 03. Estabelecimento das bases política e “diplomática”;  Fase 04. Expansão do território livre.  v) Objetivos básicos: a) Levantar a massa contra o poder constituído;  b) Desmoralizar as forças de segurança;  c) Intimidação; d) Criação de mártir.  vi) Planejamento  a) Propaganda;  b) Organização de células;
Estudos Estratégicos Fase 03. Estabelecimento das bases política e “diplomática”;  Fase 04. Expansão do território livre.  v) Objetivos básicos: a) Levantar a massa contra o poder constituído;  b) Desmoralizar as forças de segurança;  c) Intimidação; d) Criação de mártir.  vi) Planejamento  a) Propaganda;  b) Organização de células;
Estudos Estratégicos c) Organização de comandos;  d) Preparação e distribuição de armas, material e publicações; e) Organização de depósitos;  f) Organização de sistemas de comunicação e preparação de ordens. vii) Fontes de recrutamento  viii) Intel ix) Considerações táticas complementares:  a) Armamentos [Pistolas e Bombas];   b) Dimensão dos enfrentamentos [tempo e espaço];
Estudos Estratégicos c) Alvos Industriais – distinção da ação terrorista;   d) Nomadismo.    x) Contra-Terrorismo  Proposta 01 – Ações preventivas; ações repressivas; operações psicológicas  Proposta 02 – Controle das informações midiáticas – O Caso 11/09/2001 versus 11/03/2003; destruição de bases operacionais e controle de fluxo de suprimentos; Contenção de recursos financeiros – Interpol; desbaratamento de Células [Estrutura Clássica versus Estrutura Contemporânea].
Estudos Estratégicos 7. Reflexões sobre o futuro   Terrorismo Apocalíptico – Seita Japonesa Terrorismo Étnico e Religioso – Terrorismo Sikh (1966); Terrorismo Bósnio; Terrorismo Palestino; O IRA

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Guerra, guerrilha e terrorismo

  • 1. Estudos Estratégicos Guerra, Guerrilha e Terrorismo na Contemporaneidade Prof. Rafael Ávila
  • 2. Estudos Estratégicos “[a] Teoria deve ser estudo e não doutrina” [II-2: 162] 1. Discussões conceituais preliminares   Inimigo versus Oponente Forças Armadas Soldado versus Guerreiro 2. O Conceito de Guerra  Essência da Guerra: a briga.
  • 3. Estudos Estratégicos Meta Imediata: Derrubar, prostrar o outro ou torná-lo incapaz de seguir lutando.   War is thus an act of force to compel our enemy to do our will [I-1-2: 83] 3 elementos no conceito acima: i) contexto particular para o ato de força, vias de fato; ii) elementos humanos que explicam i, ou seja, o desejo humano de compelir* – a vontade humana pode ser dobrada; iii) nossa vontade – a razão de toda a questão.
  • 4. Estudos Estratégicos Importante: a briga entre seres humanos tem um propósito. 3. Dialética entre fins e meios  Fim: a vontade que queremos ter cumprida, um propósito que almejamos – conceito clausewitziano de Política. Pode-se considerar como consenso que o objetivo da política é unificar e reconciliar todos os aspectos da administração interna, bem como dos valores espirituais, e do que mais o filósofo da moral queira acrescentar.
  • 5. Estudos Estratégicos [A] política, naturalmente, não é nada em si mesma; ela é simplesmente a procuradora de todos estes interesses diante de outros Estados. Que ela possa errar, servindo a ambições, interesses privados e à vaidade dos que estão no poder, é irrelevante. A arte da guerra não pode ser considerada como preceptora da política em sentido algum, e aqui podemos tratar a política como a representante de todos os interesses da comunidade. [VIII-6(B): 733] Primeira Dimensão do fenômeno bélico: a política, a vontade que se quer fazer cumprir pela guerra.
  • 6. Estudos Estratégicos 4.Meio na guerra: o combate   Forças Morais e fricção; Gênio Guerreiro; Combate à distância e Combate cerrado (Ver DPJ & ED 2004 Notas)  Segunda Dimensão do fenômeno bélico: A materialidade dos meios de força reflete a expectativa de seu uso no combate. Assim, o combate permite apresentar a segunda dimensão do fenômeno bélico: a tática, o uso da força no combate. [II-:146]
  • 7. Estudos Estratégicos Combate Virtual – “Quando um dos lados num enfrentamento – isto é, uma instância particular da atividade de combater – se rende, ou recusa o combate, ou cede sua posição, ou foge, isto não significa que o combate não tenha tido lugar. É apenas que ele teve lugar na mente de um dos comandantes, ou até na mente dos combatentes que observaram a situação, concluindo sobre a certeza de seu resultado e agindo com base nisso. O combate, neste caso, é virtual, mas nem por isso deixa de ser combate”. Esta é uma instância a mais da humanidade integral da Teoria da Guerra: seres humanos são capazes de antecipar e agir com base em suas expectativas. [III-1: 181].
  • 8. Estudos Estratégicos 5. Ataque e Defesa Ataque: O ataque é a forma de luta que tem o propósito positivo, isto é, que deseja alterar a situação existente: golpear. A essência do ataque é a velocidade, a produção do fato consumado. [VII-1: 633; VII-2: 634-636]   Defesa: A defesa é a forma de luta que tem o propósito negativo, isto é, manter as coisas com estão. O conceito defesa é: aparar o golpe. A essência da defesa, portanto, é a espera da oportunidade de aparar o golpe.
  • 9. Estudos Estratégicos “Assim, a forma defensiva da guerra não é simplesmente um escudo, mas sim um escudo constituído por golpes bem aplicados.” [VI-1: 427].   6. Superioridade da Defesa sobre o Ataque “O fato é que tudo que uma força pode usar no ataque pode ser usado também na defesa. Isto significa que as vantagens da posição e da espera se somam às forças da defesa, e que é porque é necessário superar essas vantagens que o ataque tem que agregar mais força –
  • 10. Estudos Estratégicos maior número, maior capacidade, mais elevada coesão e superioridade nas forças morais, a surpresa – para que um ataque seja sequer possível. A superioridade da defesa reside no fato de que existem recursos defensivos que não estão disponíveis para o ataque. Uma parte importante dos recursos combatentes da defesa, como a vantagem da espera, e o alívio do desgaste das forças pela fricção, ou da posição no terreno (no sentido corretamente amplo de alternativas posicionais em terra, mar, ar e fortificações). Estes recursos não estão disponíveis ao ataque; só contribuem para a defesa. [Proença Jr. 2003: 36]
  • 11. Estudos Estratégicos Vantagens intrínsecas da Defesa: vantagem da espera e vantagem da posição  É essa superioridade da defesa sobre o ataque que explica porque a guerra não é uma sucessão frenética de ataques, dando conta da “pausa na ação”. É a superioridade da defesa que explica porque a maior parte das guerras consiste em momentos de espera, em que nenhum dos dois lados está atacando. Isto não seria lógico se ataque e defesa fossem distintos apenas em termos de seus propósitos: a menos de um grave erro de informação ou timidez, o tempo de espera que beneficiasse a um dos lados levaria a que o outro atacasse, antes que este benefício se fizesse presente. [Proença Jr. 2003: 36]
  • 12. Estudos Estratégicos A pausa na ação que decorre da superioridade da defesa tem duas conseqüências de primeira magnitude: (i) permite que exista estratégia como distinta da tática e (ii) faz da guerra uma continuação da política.   7. Estratégia Distinta da Tática Terceira Dimensão do fenômeno bélico: “É preciso compreender como os recursos que só são aproveitáveis pela defesa – as vantagens da espera e da posição – não são móveis. Isto impede que a guerra possa ser resolvida num único enfrentamento do todo das forças do atacante e do defensor.
  • 13. Estudos Estratégicos Seria tolice que o defensor aceitasse tal enfrentamento, porque estaria abrindo mão dos recursos defensivos do território, que somariam à sua força. A distribuição destes recursos no espaço faz com que a defesa se aproveite destes recursos em momentos distintos, e que escolha o quanto de força irá empenhar, e quando, em cada um deles.” [Proença Jr. 2003: 37]
  • 14. Estudos Estratégicos 8. A guerra é a continuação da Política   “É preciso compreender que é a perspectiva de uma pausa na ação – nascida da assimetria entre ataque e defesa – que permite que a política tenha a possibilidade de intervir no andamento da guerra”. [Proença Jr. 2003: 39] 9. Guerra Limitada e Ilimitada (Ver DPJ & ED 2004 Notas)  As guerras limitadas, em que o que se quer do inimigo é algo que ele irá ceder quando a o custo de se opor à nossa vontade ultrapassar um determinado custo. As guerras ilimitadas, quando o que queremos só nos será dado quando tivermos o inimigo prostrado diante de nós, quando o tivermos desarmado e reduzido à impotência.
  • 15. Estudos Estratégicos As guerras não são limitadas ou ilimitadas em função do quanto se dispendem de força ou recursos. A questão é política, do quanto o que se quer é valorizado por cada um dos lados é isso que determina se uma guerra será limitada ou ilimitada.   Toda consideração estratégica diz respeito ao estado do equilíbrio de forças no teatro de operações, estado esse que expressa as possibilidades combatentes das forças do atacante e do defensor. [Proença Jr. 2003: 43]
  • 16. Estudos Estratégicos 10. Dinâmica da Guerra e os Pontos Culminantes  Dinâmica da guerra – o atacante perdendo força e o defensor ganhando:   (i) Quanto mais profundamente o atacante avança no território do defensor, quanto mais tempo a guerra dura, mais o ataque tende a se enfraquecer. Distancia-se de suas bases, dificultando a chegada de reforços que compensem suas perdas; estende suas linhas de suprimento, que têm que ser guarnecidas; dispersa-se para controlar o território em disputa de maneira a poder explorá-lo e para dar conta da resistência local de milícias ou guerrilhas; seu próprio sucesso arrisca trazer aliados a seu inimigo, em função do funcionamento da balança de poder; desgasta-se no movimento e na ação no ambiente de fricção da guerra.
  • 17. Estudos Estratégicos (ii) Ao mesmo tempo, o defensor se fortalece, aproximando-se de suas bases, ganhando suporte de sua população, pondo em campo as milícias e guerrilhas, mobilizando forças adicionais ou obtendo aliados. Estes ganhos não são gratuitos: o defensor entrega parte de seu território, de seu povo e recursos ao atacante durante a campanha ofensiva. Mas o efeito da perda destes recursos do defensor – e seu controle pelo atacante – não produzem, ordinariamente, resultados imediatos no equilíbrio de forças. A retração da campanha defensiva aumenta a força imediata do defensor, permitindo a exploração das posições defensivas e a agregação de forças. [Proença Jr. 2003: 46] Ponto Culminante do Ataque: uma situação em que o atacante não é mais capaz de seguir atacando com expectativa razoável de sucesso.
  • 18. Estudos Estratégicos Ponto Culminante da Vitória: uma situação em que o atacante não é nem sequer capaz de defender o território que conquistou. Conseqüências: Em função dos pontos culminantes que a campanha ofensiva se orienta pela consideração do momento de reversão à defensiva.   Para restaurar o status quo ante, defensor tem passar à contra ofensiva em algum momento, isto é, tem que passar ao ataque. [Proença Jr. 2003: 48]
  • 19. Estudos Estratégicos Ponto Culminante da Defesa: corresponde ao momento em que os efeitos das perdas do defensor em forças, ou a falta dos recursos que cedeu ao atacante, invertem o declínio relativo das forças do atacante em relação ao defensor.   11. Conceito de Campanha   Uma campanha corresponde à implementação de uma seqüência antecipada de enfrentamentos — e sua permanente reavaliação e reconfiguração a partir dos resultados dos enfrentamentos travados e da antecipação dos resultados dos enfrentamentos a travar — num teatro de operações, entendido como o espaço em que os resultados obtidos ou sofridos por uma força têm efeito direto sobre as demais. [VI-27: 585-588]
  • 20. Estudos Estratégicos “O sucesso num enfrentamento é a obtenção do propósito pretendido” (...) “quando esse resultado obtido é facilmente identificável, completo, pode-se falar em vitória” [2004: 16] “O sucesso na guerra é a obtenção de um resultado que, espera-se, favoreça a obtenção do objetivo político pretendido. É possível, porém, ter sucesso na guerra sem que se tenha o sucesso político que se buscava com a guerra.” [2004: 16]
  • 21. Estudos Estratégicos 12. A trindade esquisita  Razão [os objetivos políticos são província exclusiva do governo], Paixão [As paixões que devem ser inflamadas na guerra já devem estar presentes no povo] e Sorte [o alcance que a coragem e o talento terão no campo das probabilidades e do acaso depende do caráter particular do comandante e do de sua força] Governo, Povo e Forças Armadas e o seu comandante Decidir, Produzir e Lutar
  • 22. Estudos Estratégicos Guerrilha Contexto histórico do texto de Clausewitz [Guerrilha norte-americanas contra os britânicos; guerrilha espanhola contra Napoleão; guerrilhas cossascas; revolta no Vendé]; A insurreição geral é somente um outro meio de guerra; é uma intensificação e ampliação do processo de fermentação conhecido como guerra [resultante da Revolução Francesa – sistema de requisição; aumento dos exércitos; emprego das milícias].   Existem problema no uso do povo, entretanto, a questão analisada neste capítulo por Clausewitz é que condições são necessárias para utilizá-la e como ela deve ser utilizada.
  • 23. Estudos Estratégicos A resistência armada popular é auxiliar no sentido de que não leva a major actions, não produz batalhas e sim escaramuças e é conduzida em conjunto com o exército regular. Quanto mais espalhada melhor; maior será seu efeito. Ela poderá ser abafada em algumas regiões e aparecer em outras.   Há algumas condições para que um levante seja efetivo: 1. A Guerra deve ser travada no interior do país 2. Não pode haver uma catástrofe que impeça seu uso 3. O teatro de operações tem que ser grande
  • 24. Estudos Estratégicos 4. O caráter nacional deve ser adequado a este tipo de guerra 5. O país precisa ser inacessível, seja por montanhas, florestas, pântanos ou pelos métodos locais de cultivo.   Eles não podem ser usados contra a força principal do oponente. Devem operar marginalmente em relação ao teatro de operações. Eles não podem sofrer muitas reveses táticos pois isso mina a vontade do povo de lutar.   A disposição das forças populares acaba por gerar um efeito interessante no oponente que tem que organizar escoltas para comboios e se espalhar pelo terreno de forma a criar uma zona de proteção de suas bases.
  • 25. Estudos Estratégicos Também, se a resistência se concentra demais o oponente pode concentrar força suficiente a anulá-los. O povo luta por meio de escaramuças, pela tática do bater e correr, por se misturar com a população local. Isso cria “sucesso” táticos que geram um efeito multiplicador importante.  É preciso que os insurgentes vão se organizando melhor, atuando em conjunto com as forças regulares, minando as bordas do teatro de operações.   3 problemas de muitas forças insurgentes em conjunto com regulares: 1) dispersa esforços e recursos que poderiam ser usados melhor;
  • 26. Estudos Estratégicos 2) muitos regulares numa área inibe a atuação da guerrilha pois atrai o oponente; 3) muitas tropas sobretaxam a população local. Os insurgentes não podem estar sempre em defesa estratégica. Taticamente já é bem perigoso. Batalhas defensivas são suicídio. É preciso escolher pontos de defesa como pontes, montanhas e desfiladeiros mas nunca permanecer defendendo por muito tempo. “No matter how brave a people is, how warlike its traditions, how great its hatred for the enemy, how favorable the ground on which it fights: the fact remains that a national uprising cannot maintain itself where the atmosphere is to full of danger”. (Clausewitz:1993:582-583)
  • 27. Estudos Estratégicos Um governo não pode depositar todas suas fichas nisso mas também não pode ignorar seu uso. Guerrilha Urbana  Definições e Generalidades (vários ‘tipos’ de guerrilha)  Peculiaridades do Palco em que se dão os enfrentamentos  O papel ‘auxiliar’ em uma guerra ‘auxiliar’   Apoio Civil  Princípios da Guerrilha Urbana (EB) – Estabelecimento da Desobediência civil e pacífica (Fase 1); Consolidação do Controle pela Violência (Fase 02); Estabelecimento das Bases Política e Diplomática (Fase 03); Expansão do Território Livre (Fase 04)
  • 28. Estudos Estratégicos Operações Psicológicas e Uso do Terror (Fragilidade do Mecanismo)   Objetivos Básicos da GU – Levantar a massa contra o Poder Constituído; Desmoralizar as Forças de Segurança; Intimidação; Criação de Mártir   Planejamento (Propaganda; Organização de Células; Organização de Comandos; Preparação e Distribuição de Armas, Material e Publicações); Organização de Depósitos; Organização de Sistemas de Comunicação; Preparação de Ordens
  • 29. Estudos Estratégicos Fontes de Recrutamento  Intel  Formas de Ação (Guerra Psicológica; Distúrbios Civis; Sabotagem; Ações Contra Quartéis; Ações Armadas)  Considerações Táticas (Armamentos, Dimensão dos Enfrentamentos, Alvos Industriais, Nomadismo)  Considerações Estratégicas (O que é a estratégia na GU)  Contra Guerrilha Urbana Ações Preliminares Operações Preventivas Operações Repressivas (Área Verde, Amarela e Vermelha)
  • 30. Estudos Estratégicos Operações Psicológicas Ações Complementares Meios Empregados (Bastão, Canhão de água, Agentes Químicos, Helicópteros, Cavalaria, Alto falante, Atiradores, Fotografias, Cães) 1. Definições Correntes de Terrorismo  2. O Discurso Político Enviesado. O uso da alcunha “terrorista” para a desqualificação política de alguns grupos após o “11 de setembro”.   3. Carência de entendimento teórico e a falta de critérios de classificação do fenômeno. Terrorismo versus Guerrilha; Terrorismo versus Operações Militares Convencionais.
  • 31. Estudos Estratégicos 4. Critérios Clausewitzianos de análise dos fenômenos bélicos Definindo um conceito de partida. i) Conceito Clausewitziano de Guerra; ii) Ato de Força; Compelir; Vontades Opostas.  Fins e Meios – Conceitos-chave: Objetivos Políticos e Atos de Força (Real e Potencial): i) Na Guerra; ii) No Terrorismo  Dimensões: Política, Tática e Estratégia Teatro de Operações: i) Correlação de Forças; ii) Força Convencional; Grupos Guerrilheiros; Grupos Terroristas.
  • 32. Estudos Estratégicos Ataque e Defesa: i) aplicando o entendimento clausewitziano de Política, Tática e Estratégia; ii) Dinâmica do fenômeno bélico – a questão do enfrentamento.   5. Análise do fenômeno do terrorismo à luz de Clausewitz.  Emprego ou ameaça de emprego de força física: i) Possibilidade do efeito bumerangue; ii) Terrorismo em Guevara e Mao Zedong  Destruição versus Efeito (Material e Psicológico)
  • 33. Estudos Estratégicos Considerações Políticas: i) Status quo Político (alteração ou manutenção); ii) Alvo das ações [Indiscriminação]; Guevara e a questão política do emprego do terror  Considerações Táticas: i) Emprego de Força; ii) Emprego do terror.  Considerações “Estratégicas”: i) Correlações de Forças no Teatro de Operações; ii) Estratégia ou Estratagema (Guerrilha versus Terrorismo); iii) Espaço e Tempo nas ações terroristas.  Vinculo entre Emprego do terror e Objetivo Político pretendido: Dobrando o oponente à nossa vontade?
  • 34. Estudos Estratégicos Emprego do terror e a busca por alteração da Correlação de forças no teatro de operações: As etapas zedonguistas Incapacidade de gerar Decisão nos termos clausewitzianos: i) O que é a decisão?; ii) Prostrar um oponente – as três fases de dominação de um país  Atos de Força e Atos de Terror: Os Alvos  Relação entre ações perpetradas e efeitos produzidos em termos materiais: Objetivos a se atingir
  • 35. Estudos Estratégicos Emprego Político Terrorista do Terror   6. Terrorismo e Guerrilha Urbana – Convergências e Divergências  i) O palco dos enfrentamentos – o meio urbano  ii) Os papéis auxiliares da Guerrilha Urbana e do Terrorismo iii) A questão do apoio civil  iv) Princípios da guerrilha urbana – semelhanças? Fase 01. Estabelecimento da desobediência civil e pacífica; Fase 02. Consolidação do controle pela violência;
  • 36. Estudos Estratégicos Fase 03. Estabelecimento das bases política e “diplomática”; Fase 04. Expansão do território livre.  v) Objetivos básicos: a) Levantar a massa contra o poder constituído; b) Desmoralizar as forças de segurança; c) Intimidação; d) Criação de mártir. vi) Planejamento a) Propaganda; b) Organização de células;
  • 37. Estudos Estratégicos Fase 03. Estabelecimento das bases política e “diplomática”; Fase 04. Expansão do território livre.  v) Objetivos básicos: a) Levantar a massa contra o poder constituído; b) Desmoralizar as forças de segurança; c) Intimidação; d) Criação de mártir. vi) Planejamento a) Propaganda; b) Organização de células;
  • 38. Estudos Estratégicos c) Organização de comandos; d) Preparação e distribuição de armas, material e publicações; e) Organização de depósitos; f) Organização de sistemas de comunicação e preparação de ordens. vii) Fontes de recrutamento  viii) Intel ix) Considerações táticas complementares: a) Armamentos [Pistolas e Bombas]; b) Dimensão dos enfrentamentos [tempo e espaço];
  • 39. Estudos Estratégicos c) Alvos Industriais – distinção da ação terrorista; d) Nomadismo.   x) Contra-Terrorismo  Proposta 01 – Ações preventivas; ações repressivas; operações psicológicas  Proposta 02 – Controle das informações midiáticas – O Caso 11/09/2001 versus 11/03/2003; destruição de bases operacionais e controle de fluxo de suprimentos; Contenção de recursos financeiros – Interpol; desbaratamento de Células [Estrutura Clássica versus Estrutura Contemporânea].
  • 40. Estudos Estratégicos 7. Reflexões sobre o futuro   Terrorismo Apocalíptico – Seita Japonesa Terrorismo Étnico e Religioso – Terrorismo Sikh (1966); Terrorismo Bósnio; Terrorismo Palestino; O IRA