O documento descreve a história do vestibular no Brasil desde sua criação em 1911 até os dias atuais. Começa com as primeiras provas de ingresso ao ensino superior no país, passando pelas mudanças ao longo dos anos com a introdução de questões de múltipla escolha e o sistema classificatório. Também apresenta as diferentes formas de avaliação utilizadas atualmente e as críticas ao modelo tradicional do vestibular.
1. EXAME VESTIBULAR / A HISTÓRIA DO VESTIBULAR-
O exame de admissão passou a ser obrigatório por lei a partir de 1911. Naquela época, as
faculdades realizavam os testes em duas etapas. A primeira era escrita e dissertativa, e a
segunda era oral.
Esse foi o formato usado até meados dos anos 60, quando surgiram as questões de múltipla
escolha. O curso de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) foi o primeiro a utilizar tal
sistema. O número de candidatos crescia vertiginosamente fazendo com que surgisse a
necessidade de realização de testes processados em computador, facilitando a correção.
Tudo parecia ir bem até que o critério de notas utilizadas passou a ser um problema. Até
então, era utilizado o sistema de nota mínima, o que acabou aprovando muito mais gente do
que as faculdades comportavam. Os candidatos excedentes organizaram um movimento
nacional, “solucionado” pelo governo através da implementação da Lei 5540/68 que passou a
instituir o sistema classificatório com corte por nota máxima.
1808 - São instituídos os exames preparatórios para os cursos superiores existentes no Brasil,
mas o ingresso torna-se privilégio de colégios de elite apenas a partir de 1837.
1911 - Lei cria a obrigatoriedade do exame de admissão.
1915 - As provas passam a ser chamadas de “vestibulares”, de acordo com o decreto n.11530.
1964 - É criada a Fundação Carlos Chagas para seleção dos candidatos a vestibulares em São
Paulo. Os exames ganham questões de múltipla escolha, processadas em computadores.
1968 - Estoura o movimento de excedentes, candidatos aprovados com média mínima, porém,
sem vagas. Para solucionar o problema é criada a Lei n. 5540 que passa a instituir o sistema
classificatório por nota máxima.
1970 - É criada a Comissão Nacional do Vestibular Unificado, para organizar o sistema no país.
1976 - A USP unifica o seu vestibular com a criação da Fuvest. A primeira prova é realizada no
ano seguinte, avaliando também candidatos de duas outras instituições estaduais, a Unicamp e
a Unesp.
1994 - A Fuvest altera suas provas, ampliando a fase de Conhecimentos Gerais. A primeira fase
passa a ser eliminatória.
1996 - Aprovada a Lei de Diretrizes e Bases. O ingresso ao ensino superior passa a ser feito via
processo seletivo a critério de cada escola.
Mesmo assim, ainda existiam muito mais candidatos do que vagas em escolas públicas. Para
aliviar o problema, o Ministério da Educação autorizou a abertura de um grande número de
faculdades privadas. Em 1996, o governo decretou a Lei de Diretrizes e Bases de Educação, no
qual se estabeleceu que o sistema federal de ensino compreenderia as instituições de ensino
mantidas pela União, as instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativa
privada e os órgãos federais de educação. A lei permitiu que cada entidade escolhesse o seu
próprio sistema de ingresso.
Segundo dados do INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira, em 2007 existiam no Brasil 2.141 instituições de ensino superior particulares.
2. AS DIFERENTES FORMAS DE AVALIAÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases de 96 deu plenos poderes às instituições de ensino superiores para
criarem seus próprios critérios e métodos de avaliação. Dá para imaginar que, além do
vestibular tradicional, aquele que todo mundo conhece, existem inúmeras outras formas de
avaliação. Vale lembrar que é o próprio candidato quem deve se informar sobre o sistema de
avaliação utilizado na instituição em que ele pretende ingressar. Vamos listar àqueles mais
utilizados.
Vestibular tradicional
Esse tipo de avaliação é realizado na grande maioria em duas etapas. A primeira é composta
por questões objetivas de múltipla escolha, comuns a todos os candidatos de todos os cursos.
A correção se dá por meio de leitura ótica e é essa primeira etapa que dá a nota de corte de
todos os cursos. A segunda etapa é conhecida como “discursiva”. O candidato deve responder
questões discursivas relacionadas à área do curso escolhido. Algumas instituições que utilizam
o vestibular tradicional: UFPR e UFSC.
Enem
Os estudantes que estão terminando ou que já tenham concluído o ensino médio podem fazer
a prova do Enem - Exame Nacional do Ensino Médio. Esse exame é opcional, porém, muitas
instituições têm utilizado as notas dos alunos com os mais variados critérios. Algumas
instituições destinam parte de suas vagas para candidatos que tenham prestado o Enem.
Outras estipulam uma média que o estudante deverá atingir no Enem para que possa usar sua
nota como forma de ingresso. Outras ainda utilizam a combinação da nota do Enem com a
nota no vestibular. Os estudantes de escolas públicas não precisam pagar a taxa de inscrição
para prestarem a prova, que normalmente é realizada em agosto. A UNESP, a Unicamp e a
FUVEST (Fundação Universitária para o Vestibular) entidade que realiza o vestibular da USP,
utilizam notas do Enem no processo seletivo.
Análise do histórico escolar e currículo
A classificação é feita pela média aritmética (geralmente simples) de todas as notas obtidas
pelo candidato no ensino médio. Cursos de idioma, informática e outros, podem significar
pontos extras para os candidatos. Esse tipo de avaliação não é muito comum. Instituição que
utiliza essa forma de avaliação: UnC.
Avaliação seriada
Para participar desse tipo de avaliação o aluno deve se inscrever logo no 1º ano do ensino
médio. São realizadas três provas, uma no final de cada ano do ensino médio. Cada prova é
composta por questões relativas a assuntos estudados durante o ano em questão. Após o
término da terceira prova se obtém a média final. O aluno também pode optar por prestar o
vestibular tradicional e depois disso escolher a sua melhor nota para concorrer a uma vaga na
instituição. A grande vantagem desse sistema é que o aluno pode ir melhorando sua nota ano
a ano. Instituição que utiliza o sistema de avaliação seriada: UnB.
Habilidade específica
3. Trata-se da avaliação de noções práticas e teóricas sobre a área do curso que o candidato
pretende cursar. Alguns cursos como Arquitetura, Artes Cênicas, Artes Plásticas e Música
podem ter provas de habilidade específica. Instituições que utilizam essa forma de avaliação:
Universidade Mackenzie e UNEB.
Aptidão física
Normalmente são testes que verificam se o candidato possui resistência e está apto para
realizar todas as atividades do curso. O curso de Educação Física pode utilizar esse tipo de
avaliação para eliminar parte dos candidatos. Quem utiliza esse sistema: USP.
Apesar das novas formas de avaliação, em especial o Enem, o vestibular tradicional continua a
ser a principal forma de acesso à universidade.
Fraudes no vestibular
As fraudes no vestibular ocorrem praticamente desde o início de sua criação. Recentemente a
Polícia Federal desvendou uma quadrilha que agia em diversos Estados brasileiros. A operação
da polícia ficou conhecida como Operação Vaga Certa.
A quadrilha vendia vagas em universidades públicas e particulares em todo o país. O grupo
recrutava alunos inteligentes aprovados em cursos de grande concorrência para fazer a prova
para candidatos já inscritos. Cada vaga custava de R$ 25 mil a R$ 70 mil. O aluno "piloto",
aquele que fazia a prova, ganhava cerca de R$ 6 mil.
A quadrilha também comercializava a transferência de universitários aprovados em
universidades particulares para universidades federais e estaduais.
Vestibular Tradicional (ou, mais propriamente, exame vestibular) designa o processo de
seleção de novos estudantes empregado pelas universidades. Também designados de exames
de acesso ao ensino superior em Portugal.
O vestibular caracteriza-se normalmente como uma prova de aferição dos conhecimentos
adquiridos no ensino fundamental e médio, sendo o principal meio de acesso ao ensino
superior no Brasil. É o mais importante critério de seleção de candidatos, utilizado tanto pelas
instituições públicas quanto privadas de ensino superior. Tem maior significado nas
instituições públicas, que por sua gratuidade, são geralmente mais procuradas. Como não é
caracterizado como concurso público, mesmo quem possui antecedentes criminais pode fazer
e entrar para uma universidade.
Os exames vestibulares mais concorridos são normalmente aqueles que permitem o ingresso
nas universidades públicas. Tais exames são aplicados por fundações ou comissões
especialmente criadas para tal fim. Há também alguns vestibulares de instituições privadas
bastante concorridos.
Acesso às Universidades públicas
Os vestibulares para as universidades públicas no Brasil são os mais concorridos dentre
aqueles aplicados no país, seja pela oportunidade única do estudo gratuito ou pela reputação
de um ensino de qualidade de que gozam estas instituições em relação às privadas.
Sendo o número de vagas limitado nas universidades, estes vestibulares atingem um grau de
concorrência elevado, representado tanto pelo número elevado de candidatos por vaga.
Em 2009 o ministro da educação, Fernando Haddad, apresentou a proposta de unificar o
vestibular das universidades federais utilizando um novo modelo de prova para o Enem.O MEC
argumenta que o vestibular tradicional desfavorece candidatos que não podem se locomover
pelo território. Assim, um jovem que queira prestar medicina e tenha problemas financeiros,
4. dificilmente poderá participar de processos seletivos de diferentes faculdades - e terá suas
chances de aprovação diminuídas. Por outro lado, as federais localizadas em Estados menores
ficam restritas aos candidatos de suas regiões.
Acesso às Universidades particulares
Os vestibulares para as universidades particulares no Brasil são muitas vezes mal vistos,
exatamente por não representarem, em muitos casos, nenhuma dificuldade ao estudante.
EXAME VESTIBULAR: Estrutura da prova
A estrutura das provas varia de acordo com a instituição responsável pela prova e algumas
vezes uma mesma instituição utiliza diferentes métodos ao longo dos anos e dependendo do
objetivo da prova.
Algumas instituições costumam dividir o o exame em duas fases distintas:
• Primeira fase: O candidato deve responder a questões de múltipla escolha,
compreendendo as matérias Língua inglesa ou Língua Espanhola ou ainda Língua Francesa,
Língua portuguesa, História, Geografia, Biologia, Física, Matemática e Química dependendo da
instituição ter outras opções como Sociologia, Filosofia e até Artes.
• Segunda fase (exige que o candidato tenha se classificado na primeira fase): O
candidato deve responder a questões na forma escrita de acordo com a faculdade que ele
deseja freqüentar. Por exemplo, um candidato a Engenharia deve atender às provas de Língua
portuguesa, Matemática, Física e Química.
Outras permitem que o candidato preste a prova via internet enquanto outras demandam
uma maior vigilância sobre o candidato, tendo uma enorme estrutura para a execução da
prova para milhares de candidatos em apenas um dia.
Recentemente o governo brasileiro tomou medidas no tocante a incentivar que as notas do
Exame nacional do ensino médio fossem levadas em consideração para a colocação do
candidato nas provas vestibulares.
Críticas ao modelo
Uma série de movimentos sociais vê no modelo do vestibular uma barreira de acesso ao
ensino superior público para as camadas mais populares da sociedade, alegando que os
exames, da forma como são propostos, privilegiam não o conhecimento que de fato se
adquiriu no ensino médio mas simplesmente a avaliação de informações memorizadas e sem
conteúdo crítico.
Esta linha de pensamento é justificada pelos seus defensores, através da análise do tipo de
ensino que é dado nos cursos preparatórios ao vestibular (popularmente conhecidos como
"cursinhos"), considerado por eles como acrítico e repousante na memorização de fórmulas e
estratégias de resolução das provas, e normalmente acessíveis apenas às camadas da
população com maior poder aquisitivo. Além disso, existem outros fatores que podem
influenciar no rendimento do vestibular, como, por exemplo, o estresse, já que a pressão que é
exercida sobre os candidatos é alta (disputa por uma vaga cobiçada, alguns já tentaram outras
vezes e não conseguiram) e alguns acabam caindo diante desse quadro, e também há o fator
tempo, pois alguns candidatos acabam se atrasando, perdendo a chance de realizar a prova e
tendo de esperar pelo próximo ano para realizar a prova.
Especialistas de ensino também criticam o fato de o vestibular incentivar o sistema de ensino,
de uma forma geral, a apenas oferecer o conteúdo curricular que é exigido pelo exame,
deixando de tocar em assuntos normalmente ignorados pelos exames, como a História da
Arte, a Filosofia e a Sociologia.
Dentre as propostas para substituir o Vestibular, a mais conhecida e mais aceita é a utilização
das notas obtidas pelo candidato durante os ensinos fundamental e médio. Porém, há também
as propostas em que o candidato deve ser livre para se matricular no ensino superior, uma vez
que ele também é livre para se matricular no ensino fundamental e médio. A meritocracia, que
5. defende que o direito do candidato em se integrar na universidade provém do seu
desempenho(mérito) no vestibular, não pode ser considerada democrática, pois não se baseia
no direito e sim no poder (dos que são capazes de passar no vestibular com o auxílio dos
cursinhos pré-vestibular). Se todos temos direito ao ensino público de qualidade(Constituição
brasileira de 1988), logo o vestibular não condiz com a nossa estrutura política(Democracia).
Vantagens do modelo
Há vantagens inegáveis que decorrem da utilização do vestibular em detrimento de outras
formas de seleção (entrevistas, indicações, necessidades econômicas). A principal é a
impessoalidade da prova e da correção, coadunada com a existências apenas de raros casos de
suspeita de fraudes, normalmente acompanhados de cancelamento de prova (Unicamp, 1997;
UFAC, 2005). Garantido o anonimato nas correções, todos os candidatos têm chances iguais de
concorrerem às vagas, segundo, é claro, o preparo acadêmico de cada um. O vestibular
privilegia a meritocracia, que é a base de qualquer sistema universitário de ponta no mundo.
Existe o benefício implícito do vestibular de proporcionar, também, acesso igualitário às
universidades, especialmente as públicas, a qualquer pessoa de qualquer lugar do país que
queira prestar a prova, uma vez que são proibidas discriminações de origem.
ENEM
Histórico
Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem o objetivo de avaliar o
desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Podem participar do exame
alunos que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores.
O Enem é utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a
uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni). Além disso, cerca de 500
universidades já usam o resultado do exame como critério de seleção para o ingresso no
ensino superior, seja complementando ou substituindo o vestibular.
O Ministério da Educação apresentou uma proposta de reformulação do Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem) e sua utilização como forma de seleção unificada nos processos
seletivos das universidades públicas federais.
A proposta tem como principais objetivos democratizar as oportunidades de acesso às vagas
federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a
reestruturação dos currículos do ensino médio.
As universidades possuem autonomia e poderão optar entre quatro possibilidades de utilização
do novo exame como processo seletivo:
• Como fase única, com o sistema de seleção unificada, informatizado e on-line;
• Como primeira fase;
• Combinado com o vestibular da instituição;
• Como fase única para as vagas remanescentes do vestibular.
PROUNI
O ProUni - Programa Universidade para Todos foi criado pela MP nº 213/2004 e
institucionalizado pela Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005. Tem como finalidade a
concessão de bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de baixa renda, em cursos de
graduação e seqüenciais de formação específica, em instituições privadas de educação
superior, oferecendo, em contrapartida, isenção de alguns tributos àquelas que aderirem ao
Programa.
6. A ADMISSÃO EM UNIVERSIDADES NO EXTERIOR
Cada país tem sua determinada forma de permitir que estudantes ingressem em
universidades. Nos Estados Unidos, os alunos que estão terminando o high school enviam uma
carta de interesse à universidade que pretendem freqüentar e esta, por sua vez, têm seus
próprios critérios de avaliação. Não existe um “vestibular” como conhecemos por aqui. O
histórico escolar do aluno é a peça fundamental. O teste aplicado por lá é conhecido como SAT
(Scholastic Aptitude Test), porém, cada uma das universidades tem seu próprio sistema de
admissão, que inclui ou não a nota do SAT como a mais importante no processo de avaliação.
Nem sempre é fácil cursar uma universidade no exterior. O primeiro passo para obter a
aceitação é listar as universidades e os cursos que correspondam às suas expectativas
profissionais e pessoais. Depois, deve-se entrar no site da instituição e colher todas as
informações referentes à grade curricular do curso, ao processo seletivo e principalmente ao
ingresso de estrangeiros.
Para obter o maior número de informações vale consultar as agências de intercâmbio, os
órgãos representantes do país de destino no Brasil e os departamentos de cooperação
internacional das universidades brasileiras. As feiras de intercâmbio que trazem representante
das principais instituições internacionais também podem estreitar a comunicação entre os
estudantes e a universidade estrangeira.
Aqui vão algumas dicas de alguns lugares bastante procurados pelos estudantes brasileiros:
Estados Unidos
O Departamento de Educação dos Estados Unidos disponibiliza um site para que estudantes
estrangeiros possam buscar por conta própria as informações sobre cursos, universidades etc.
França
O governo francês criou o CampusFrance, uma agência do Ministério de Relações Exteriores da
França que tem por objetivo orientar os brasileiros sobre todos os detalhes do ensino superior
na França. Para candidatar-se a um curso o interessado deverá criar um espaço pessoal na
página do Campusfrance.
Austrália
Grande parte das instituições australianas mantém agências representantes no país, que
auxilia os brasileiros interessados em participar de sua seleção durante todo o processo. O
Ministério da Educação Australiano também oferece um site que centraliza todas as
informações sobre universidades e cursos.
Alemanha
Não existe um órgão do governo alemão que centraliza os processos seletivos das instituições
de ensino da Alemanha. Existem, porém, alguns sites que disponibilizam as principais
informações sobre cursos de gradução na Alemanha.
Espanha
A embaixada da Espanha no Brasil mantém um departamento de educação, que oferece aos
estudantes interessados em continuar seus estudos no território espanhol, uma orientação
completa dos passos a serem seguidos.
7. A ADMISSÃO EM UNIVERSIDADES NO EXTERIOR
Cada país tem sua determinada forma de permitir que estudantes ingressem em
universidades. Nos Estados Unidos, os alunos que estão terminando o high school enviam uma
carta de interesse à universidade que pretendem freqüentar e esta, por sua vez, têm seus
próprios critérios de avaliação. Não existe um “vestibular” como conhecemos por aqui. O
histórico escolar do aluno é a peça fundamental. O teste aplicado por lá é conhecido como SAT
(Scholastic Aptitude Test), porém, cada uma das universidades tem seu próprio sistema de
admissão, que inclui ou não a nota do SAT como a mais importante no processo de avaliação.
Nem sempre é fácil cursar uma universidade no exterior. O primeiro passo para obter a
aceitação é listar as universidades e os cursos que correspondam às suas expectativas
profissionais e pessoais. Depois, deve-se entrar no site da instituição e colher todas as
informações referentes à grade curricular do curso, ao processo seletivo e principalmente ao
ingresso de estrangeiros.
Para obter o maior número de informações vale consultar as agências de intercâmbio, os
órgãos representantes do país de destino no Brasil e os departamentos de cooperação
internacional das universidades brasileiras. As feiras de intercâmbio que trazem representante
das principais instituições internacionais também podem estreitar a comunicação entre os
estudantes e a universidade estrangeira.
Aqui vão algumas dicas de alguns lugares bastante procurados pelos estudantes brasileiros:
Estados Unidos
O Departamento de Educação dos Estados Unidos disponibiliza um site para que estudantes
estrangeiros possam buscar por conta própria as informações sobre cursos, universidades etc.
França
O governo francês criou o CampusFrance, uma agência do Ministério de Relações Exteriores da
França que tem por objetivo orientar os brasileiros sobre todos os detalhes do ensino superior
na França. Para candidatar-se a um curso o interessado deverá criar um espaço pessoal na
página do Campusfrance.
Austrália
Grande parte das instituições australianas mantém agências representantes no país, que
auxilia os brasileiros interessados em participar de sua seleção durante todo o processo. O
Ministério da Educação Australiano também oferece um site que centraliza todas as
informações sobre universidades e cursos.
Alemanha
Não existe um órgão do governo alemão que centraliza os processos seletivos das instituições
de ensino da Alemanha. Existem, porém, alguns sites que disponibilizam as principais
informações sobre cursos de gradução na Alemanha.
Espanha
A embaixada da Espanha no Brasil mantém um departamento de educação, que oferece aos
estudantes interessados em continuar seus estudos no território espanhol, uma orientação
completa dos passos a serem seguidos.