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Projecto de tratamento documental e
divulgação do Arquivo Fotográfico do
Campo Arqueológico de Mértola
Bruno Almeida e Paula Rosa
Centro de Estudos de Arqueologia, Artes e
Ciências do Património/Campo
Arqueológico de Mértola
Campo Arqueológico de Mértola
• Fundado em 1978 com o estatuto de associação cultural
e científica
• Instituição de utilidade pública desde 1995
• Objectivos: estudo do património histórico, arqueológico,
antropológico, etnográfico e artístico de Mértola e da sua
região envolvente
Casa Amarela (sede do CAM) e Tigela com cena de caça, séc. XI (peça símbolo do CAM)
Campo Arqueológico de Mértola -
actividades
• Actividades científicas no âmbito da investigação
• Formação académica e profissional
• Actividades educativas
Curso de formação de Técnicos de Turismo Cultural (Nivel V, 1992-1993); Curso de conservação e
restauro (2000); Actividades destinadas ao 1º ciclo
Campo Arqueológico de Mértola -
actividades
• Intervenções arqueológicas
• Levantamento do património histórico, artístico e
etnográfico
Escavações arqueológicas, c. 1978
Campo Arqueológico de Mértola -
infra-estruturas
• Infra-estruturas de apoio à investigação:
• Centro de Estudos Islâmicos e do Mediterrâneo
• Biblioteca
• Gabinetes
Campo Arqueológico de Mértola -
infra-estruturas
Gabinete de Antropologia Física Gabinete de Cerâmica
Gabinete de materiais não
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Gabinete de Fotografia (extinto)
Gabinetes
Campo Arqueológico de Mértola
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Campo Arqueológico de Mértola
Conservação e Restauro
Núcleos expositivos – Mértola, vila museu
Campo Arqueológico de Mértola
Gabinete de Fotografia (extinto)
• Parte integrante da estrutura organizacional do CAM
• Registo fotográfico das actividades desenvolvidas pelo CAM
• Laboratório de fotografia:
• Revelação
• Reprodução
• Divulgação (cartazes, folhetos, etc)
• Mais de 70000 registos
fotográficos
Arquivo fotográfico do CAM
Arquivo fotográfico do CAM
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Arquivo fotográfico do CAM
Arquivo fotográfico do CAM: do Gabinete
de Fotografia à Biblioteca do CAM
• Necessidade de dar continuidade ao trabalho do antigo
Gabinete de Fotografia do CAM, após o falecimento do
seu responsável, António Baptista, em 2012
• Biblioteca do CAM: definição do projecto de tratamento e
divulgação
• Objectivo: integrar o acervo fotográfico nas restantes
colecções da BCAM e divulgá-lo na Web
Fase preliminar à definição do projecto
• Especificidades do documento fotográfico: questões ao
nível da conservação/preservação, organização e
divulgação na Web
• Casos relevantes em bibliotecas especializadas:
paradigma da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste
Gulbenkian
• Realização de um estágio na BA-FCG: fase prévia à
definição do projecto (Fevereiro do presente ano)
Projecto de tratamento documental e
divulgação
• Fases do projecto de tratamento e divulgação:
1. Reconhecimento e pré-inventário do acervo
2. Limpeza, inventário, digitalização e acondicionamento
das espécies
3. Definição e processamento bibliográfico de colecções
fotográficas
4. Divulgação das imagens digitais na Web
Fase 1: Reconhecimento e pré-inventário
do acervo
• Realizado ao longo dos meses de Novembro e Dezembro
de 2013
• Identificar unidades de instalação, número de espécies,
tipo de suportes e formatos, estado de conservação,
organização do acervo, etc
• Pré-inventário: 73.363 espécies fotográficas
• Diapositivos (película): 41 p/b, 18.316 color. Sobretudo 35mm,
alguns 6x6cm
• Negativos (película): 34.420 p/b, 12.393 color. Sobretudo 35mm,
alguns 6x6cm
• Provas (papel): 1.884 p/b, 6.309 color. Entre 4,5x4,5cm e
24x30cm, predomina 10x15cm
Fase 1: Reconhecimento e pré-inventário
do acervo
• Organização original do acervo: 95 UI (93 dossiês, 2
caixas arquivadoras)
• Espécies acondicionadas em bolsas de diversos
materiais (papel glassine, polipropileno, PVC)
• Diapositivos e provas: organizados sobretudo por temas,
também por autor (provas Mariano Piçarra, diapositivos
Jorge P. Valente)
• Negativos: organizados sobretudo por ano de produção,
também por formato (caso dos negativos 6x6cm)
• Caso particular dos diapositivos:
• Organização mais sistematizada
• Esquema de numeração das espécies
Arrumação actual do acervo no depósito
da BCAM
Diapositivos
Negativos e contactos
Provas fotográficas
Fase 2: Limpeza, inventário, digitalização
e acondicionamento das espécies
• Em curso desde Março do presente ano
• Limpeza das espécies: necessária para a sua
conservação e para preparar a captura digital das
imagens
• Aquisição de materiais simples e prontamente
disponíveis:
• Luvas de algodão, pêras de sopro, etanol a 96°, borrachas macias,
algodão, etc.
• Procedimentos de limpeza por suporte:
• Película: pêra de sopro (sujidade superficial) e etanol a 96°
(bolores, dedadas, etc.)
• Papel: pêra de sopro (sujidade superficial) e borracha macia (para
o verso e as margens)
Fase 2: Limpeza, inventário, digitalização
e acondicionamento das espécies
Fase 2: Limpeza, inventário, digitalização
e acondicionamento das espécies
• Inventário das espécies: criação de uma base de dados
(FileMaker)
• Campos mais relevantes:
• N.º da UI (atribuído na fase do pré-inventário)
• Tipo de espécie e formato
• Procedimentos de limpeza efectuados
• Estado de conservação
• Numeração e UI originais
• Cota (esquema adaptado a partir do exemplo da BA-FCG)
Fase 2: Limpeza, inventário, digitalização
e acondicionamento das espécies
• Digitalização: preservação do conteúdo e possibilita a
difusão das imagens na Web
• Utilização dos digitalizadores de mesa já disponíveis no
CAM e adequados para o efeito (Epson V600 Photo)
• Digitalização com qualidade de arquivo:
• Formato TIFF
• Resolução espacial variável: mínimo de 300 DPI (originais A4),
máximo 2800 DPI (originais 35mm)
• Profundidade de cor de 24 bits RGB (originais a p/b e color.)
• Permite a conversão para JPEG com resolução e
dimensões inferiores para publicação futura na Web
Fase 2: Limpeza, inventário, digitalização
e acondicionamento das espécies
• Acondicionamento dos originais analógicos: reutilização
das UI e bolsas originais (após limpeza)
• Arrumação na sala do depósito do CAM que assegura as
melhores condições ambientais possíveis
• Temperatura
• Humidade relativa
• Manutenção de um desumidificador e de um termo-
higrómetro no espaço
Fase 3: Definição e processamento
bibliográfico de colecções fotográficas
• Definição de grandes conjuntos temáticos para todo o
acervo
• A organização original dos negativos por ano de
produção dificulta esta tarefa
• Necessidade da organização temática:
• Facilita o acesso
• Segue a mesma lógica das restantes colecções da BCAM
Fase 3: Definição e processamento
bibliográfico de colecções fotográficas
• Colecções de fotografia do CAM:
1. Escavações arqueológicas
2. Mértola: Vila Museu
3. Concelho de Mértola
4. Museu de Mértola
5. Campo Arqueológico de Mértola
6. Portugal: paisagem e património
7. Viagens ao estrangeiro
8. Reproduções de documentos
9. Colecção Mariano Piçarra
10. Colecção Jorge Pulido Valente
Conjuntos propostos
a partir da
organização
temática de
diapositivos e provas
Fase 3: Definição e processamento
bibliográfico de colecções fotográficas
• Processamento bibliográfico: recurso ao SIGB da BCAM,
o BIBLIObase
• 1.ª fase: criação de registos de miscelânea para cada
colecção
• 2.ª fase: definição de subconjuntos e, eventualmente, do
recurso à descrição ao nível da unidade física
• Colecções estruturadas através dos campos de entradas
relacionadas do UNIMARC 461, 462 e 463
• Necessidade do apoio da BIBLIOsoft:
• As ligações entre os registos devem ser visíveis para os
utilizadores no catálogo online
Fase 3: Definição e processamento
bibliográfico de colecções fotográficas
• Descrição bibliográfica dos documentos fotográficos:
• Utilização das normas em vigor: RPC, CDU
• Manual de procedimentos da BCAM
• Lista de termos de indexação da BCAM
• Fontes de informação:
• Publicações do CAM: catálogos do Museu de Mértola, Carta
arqueológica do concelho, etc.
• Conhecimento acumulado da equipa do CAM: arqueólogos,
técnicos de conservação-restauro, técnicos de antropologia física,
etc.
Fase 4: Divulgação das imagens digitais
na Web
• Objectivo: divulgar a actividade do CAM e a história e
património do concelho de Mértola
• Público em geral: actividades do CAM, paisagem e património da
região
• Público especializado: documentação das escavações, artefactos
arqueológicos, arquitectura tradicional, etnografia
• Três questões fundamentais:
• Critérios de selecção das imagens
• Direitos de autor e de personalidade
• Plataforma de publicação das imagens na Web
Fase 4: Divulgação das imagens digitais
na Web
• Critérios de selecção das imagens:
• Originalidade: exclusão de imagens repetidas ou muito
semelhantes
• Qualidade técnica: exclusão de imagens desfocadas, com pouca
ou demasiada luz, etc.
• Interesse para os públicos: devem despertar o interesse para o
público em geral e/ou especializado
• Direitos de autor e de personalidade
Fase 4: Divulgação das imagens digitais
na Web
• Direitos de autor e de personalidade: consulta da
legislação relevante
• Código dos direitos de autor e direitos conexos
• Código civil: secção de direitos de personalidade
• Definição de um conjunto de casos que deva impedir a
publicação das imagens na Web;
• Análise preliminar: grande parte das imagens poderá ser publicada
pois documenta a actividade do CAM (escavações, conservação-
restauro, etc.)
• Obter o consentimento por escrito de personalidades que
doaram documentos fotográficos ao CAM
• Definição e disponibilização de uma política de acesso e
reprodução das imagens
Fase 4: Divulgação das imagens digitais
na Web
• Utilização do Flickr para a publicação das imagens na
Web
• Vantagens da plataforma:
• Disponibiliza gratuitamente até 1 TB de memória (até à data), sem
impor limite no número de imagens;
• Interface concebida para a publicação de fotografia digital,
disponível em português;
• Conteúdos indexados em motores de pesquisa na Web
• Ligação entre os registos de catalogação do BIBLIObase
e as imagens publicadas no Flickr:
• Campo 856 UNIMARC (Endereço electrónico e modo de acesso)
• Hiperligações das imagens e dos termos e condições de acesso
Avaliação e trabalho futuro
• Desde Março de 2014: limpeza, inventário e digitalização
de 1.219 espécies.
• Estas tarefas são extremamente morosas, tendo em
conta:
• Limitação dos meios disponíveis
• Tempo destinado a outros projectos
• Como tal, propomos a definição de prioridades:
• Tratamento dos conjuntos temáticos mais importantes (ex:
escavações arqueológicas)
• Processamento bibliográfico e disponibilização na Web de parte
destes conjuntos
• Avaliação do trabalho efectuado no final de cada ano
Obrigado!
Sítio Web: www.camertola.pt
Contacto: biblioteca@camertola.pt

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Projeto de tratamento documental e divulgação do Arquivo Fotográfico do Campo Arqueológico de Mértola

  • 1. Projecto de tratamento documental e divulgação do Arquivo Fotográfico do Campo Arqueológico de Mértola Bruno Almeida e Paula Rosa Centro de Estudos de Arqueologia, Artes e Ciências do Património/Campo Arqueológico de Mértola
  • 2. Campo Arqueológico de Mértola • Fundado em 1978 com o estatuto de associação cultural e científica • Instituição de utilidade pública desde 1995 • Objectivos: estudo do património histórico, arqueológico, antropológico, etnográfico e artístico de Mértola e da sua região envolvente Casa Amarela (sede do CAM) e Tigela com cena de caça, séc. XI (peça símbolo do CAM)
  • 3. Campo Arqueológico de Mértola - actividades • Actividades científicas no âmbito da investigação • Formação académica e profissional • Actividades educativas Curso de formação de Técnicos de Turismo Cultural (Nivel V, 1992-1993); Curso de conservação e restauro (2000); Actividades destinadas ao 1º ciclo
  • 4. Campo Arqueológico de Mértola - actividades • Intervenções arqueológicas • Levantamento do património histórico, artístico e etnográfico Escavações arqueológicas, c. 1978
  • 5. Campo Arqueológico de Mértola - infra-estruturas • Infra-estruturas de apoio à investigação: • Centro de Estudos Islâmicos e do Mediterrâneo • Biblioteca • Gabinetes
  • 6. Campo Arqueológico de Mértola - infra-estruturas Gabinete de Antropologia Física Gabinete de Cerâmica Gabinete de materiais não cerâmicos Gabinete de Desenho Gabinete de Fotografia (extinto) Gabinetes
  • 7. Campo Arqueológico de Mértola Conservação e Restauro
  • 8. Campo Arqueológico de Mértola Conservação e Restauro
  • 9. Núcleos expositivos – Mértola, vila museu
  • 11. Gabinete de Fotografia (extinto) • Parte integrante da estrutura organizacional do CAM • Registo fotográfico das actividades desenvolvidas pelo CAM • Laboratório de fotografia: • Revelação • Reprodução • Divulgação (cartazes, folhetos, etc) • Mais de 70000 registos fotográficos
  • 20. Arquivo fotográfico do CAM: do Gabinete de Fotografia à Biblioteca do CAM • Necessidade de dar continuidade ao trabalho do antigo Gabinete de Fotografia do CAM, após o falecimento do seu responsável, António Baptista, em 2012 • Biblioteca do CAM: definição do projecto de tratamento e divulgação • Objectivo: integrar o acervo fotográfico nas restantes colecções da BCAM e divulgá-lo na Web
  • 21. Fase preliminar à definição do projecto • Especificidades do documento fotográfico: questões ao nível da conservação/preservação, organização e divulgação na Web • Casos relevantes em bibliotecas especializadas: paradigma da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian • Realização de um estágio na BA-FCG: fase prévia à definição do projecto (Fevereiro do presente ano)
  • 22. Projecto de tratamento documental e divulgação • Fases do projecto de tratamento e divulgação: 1. Reconhecimento e pré-inventário do acervo 2. Limpeza, inventário, digitalização e acondicionamento das espécies 3. Definição e processamento bibliográfico de colecções fotográficas 4. Divulgação das imagens digitais na Web
  • 23. Fase 1: Reconhecimento e pré-inventário do acervo • Realizado ao longo dos meses de Novembro e Dezembro de 2013 • Identificar unidades de instalação, número de espécies, tipo de suportes e formatos, estado de conservação, organização do acervo, etc • Pré-inventário: 73.363 espécies fotográficas • Diapositivos (película): 41 p/b, 18.316 color. Sobretudo 35mm, alguns 6x6cm • Negativos (película): 34.420 p/b, 12.393 color. Sobretudo 35mm, alguns 6x6cm • Provas (papel): 1.884 p/b, 6.309 color. Entre 4,5x4,5cm e 24x30cm, predomina 10x15cm
  • 24. Fase 1: Reconhecimento e pré-inventário do acervo • Organização original do acervo: 95 UI (93 dossiês, 2 caixas arquivadoras) • Espécies acondicionadas em bolsas de diversos materiais (papel glassine, polipropileno, PVC) • Diapositivos e provas: organizados sobretudo por temas, também por autor (provas Mariano Piçarra, diapositivos Jorge P. Valente) • Negativos: organizados sobretudo por ano de produção, também por formato (caso dos negativos 6x6cm) • Caso particular dos diapositivos: • Organização mais sistematizada • Esquema de numeração das espécies
  • 25. Arrumação actual do acervo no depósito da BCAM
  • 29. Fase 2: Limpeza, inventário, digitalização e acondicionamento das espécies • Em curso desde Março do presente ano • Limpeza das espécies: necessária para a sua conservação e para preparar a captura digital das imagens • Aquisição de materiais simples e prontamente disponíveis: • Luvas de algodão, pêras de sopro, etanol a 96°, borrachas macias, algodão, etc. • Procedimentos de limpeza por suporte: • Película: pêra de sopro (sujidade superficial) e etanol a 96° (bolores, dedadas, etc.) • Papel: pêra de sopro (sujidade superficial) e borracha macia (para o verso e as margens)
  • 30. Fase 2: Limpeza, inventário, digitalização e acondicionamento das espécies
  • 31. Fase 2: Limpeza, inventário, digitalização e acondicionamento das espécies • Inventário das espécies: criação de uma base de dados (FileMaker) • Campos mais relevantes: • N.º da UI (atribuído na fase do pré-inventário) • Tipo de espécie e formato • Procedimentos de limpeza efectuados • Estado de conservação • Numeração e UI originais • Cota (esquema adaptado a partir do exemplo da BA-FCG)
  • 32. Fase 2: Limpeza, inventário, digitalização e acondicionamento das espécies • Digitalização: preservação do conteúdo e possibilita a difusão das imagens na Web • Utilização dos digitalizadores de mesa já disponíveis no CAM e adequados para o efeito (Epson V600 Photo) • Digitalização com qualidade de arquivo: • Formato TIFF • Resolução espacial variável: mínimo de 300 DPI (originais A4), máximo 2800 DPI (originais 35mm) • Profundidade de cor de 24 bits RGB (originais a p/b e color.) • Permite a conversão para JPEG com resolução e dimensões inferiores para publicação futura na Web
  • 33. Fase 2: Limpeza, inventário, digitalização e acondicionamento das espécies • Acondicionamento dos originais analógicos: reutilização das UI e bolsas originais (após limpeza) • Arrumação na sala do depósito do CAM que assegura as melhores condições ambientais possíveis • Temperatura • Humidade relativa • Manutenção de um desumidificador e de um termo- higrómetro no espaço
  • 34. Fase 3: Definição e processamento bibliográfico de colecções fotográficas • Definição de grandes conjuntos temáticos para todo o acervo • A organização original dos negativos por ano de produção dificulta esta tarefa • Necessidade da organização temática: • Facilita o acesso • Segue a mesma lógica das restantes colecções da BCAM
  • 35. Fase 3: Definição e processamento bibliográfico de colecções fotográficas • Colecções de fotografia do CAM: 1. Escavações arqueológicas 2. Mértola: Vila Museu 3. Concelho de Mértola 4. Museu de Mértola 5. Campo Arqueológico de Mértola 6. Portugal: paisagem e património 7. Viagens ao estrangeiro 8. Reproduções de documentos 9. Colecção Mariano Piçarra 10. Colecção Jorge Pulido Valente Conjuntos propostos a partir da organização temática de diapositivos e provas
  • 36. Fase 3: Definição e processamento bibliográfico de colecções fotográficas • Processamento bibliográfico: recurso ao SIGB da BCAM, o BIBLIObase • 1.ª fase: criação de registos de miscelânea para cada colecção • 2.ª fase: definição de subconjuntos e, eventualmente, do recurso à descrição ao nível da unidade física • Colecções estruturadas através dos campos de entradas relacionadas do UNIMARC 461, 462 e 463 • Necessidade do apoio da BIBLIOsoft: • As ligações entre os registos devem ser visíveis para os utilizadores no catálogo online
  • 37. Fase 3: Definição e processamento bibliográfico de colecções fotográficas • Descrição bibliográfica dos documentos fotográficos: • Utilização das normas em vigor: RPC, CDU • Manual de procedimentos da BCAM • Lista de termos de indexação da BCAM • Fontes de informação: • Publicações do CAM: catálogos do Museu de Mértola, Carta arqueológica do concelho, etc. • Conhecimento acumulado da equipa do CAM: arqueólogos, técnicos de conservação-restauro, técnicos de antropologia física, etc.
  • 38. Fase 4: Divulgação das imagens digitais na Web • Objectivo: divulgar a actividade do CAM e a história e património do concelho de Mértola • Público em geral: actividades do CAM, paisagem e património da região • Público especializado: documentação das escavações, artefactos arqueológicos, arquitectura tradicional, etnografia • Três questões fundamentais: • Critérios de selecção das imagens • Direitos de autor e de personalidade • Plataforma de publicação das imagens na Web
  • 39. Fase 4: Divulgação das imagens digitais na Web • Critérios de selecção das imagens: • Originalidade: exclusão de imagens repetidas ou muito semelhantes • Qualidade técnica: exclusão de imagens desfocadas, com pouca ou demasiada luz, etc. • Interesse para os públicos: devem despertar o interesse para o público em geral e/ou especializado • Direitos de autor e de personalidade
  • 40. Fase 4: Divulgação das imagens digitais na Web • Direitos de autor e de personalidade: consulta da legislação relevante • Código dos direitos de autor e direitos conexos • Código civil: secção de direitos de personalidade • Definição de um conjunto de casos que deva impedir a publicação das imagens na Web; • Análise preliminar: grande parte das imagens poderá ser publicada pois documenta a actividade do CAM (escavações, conservação- restauro, etc.) • Obter o consentimento por escrito de personalidades que doaram documentos fotográficos ao CAM • Definição e disponibilização de uma política de acesso e reprodução das imagens
  • 41. Fase 4: Divulgação das imagens digitais na Web • Utilização do Flickr para a publicação das imagens na Web • Vantagens da plataforma: • Disponibiliza gratuitamente até 1 TB de memória (até à data), sem impor limite no número de imagens; • Interface concebida para a publicação de fotografia digital, disponível em português; • Conteúdos indexados em motores de pesquisa na Web • Ligação entre os registos de catalogação do BIBLIObase e as imagens publicadas no Flickr: • Campo 856 UNIMARC (Endereço electrónico e modo de acesso) • Hiperligações das imagens e dos termos e condições de acesso
  • 42. Avaliação e trabalho futuro • Desde Março de 2014: limpeza, inventário e digitalização de 1.219 espécies. • Estas tarefas são extremamente morosas, tendo em conta: • Limitação dos meios disponíveis • Tempo destinado a outros projectos • Como tal, propomos a definição de prioridades: • Tratamento dos conjuntos temáticos mais importantes (ex: escavações arqueológicas) • Processamento bibliográfico e disponibilização na Web de parte destes conjuntos • Avaliação do trabalho efectuado no final de cada ano