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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE MANICA
DIVISÃO DE ECONOMIA, GESTÃO E TURISMO
CURSO DE LICENCIATURA EM ECOTURISMO E GESTÃO DE FAUNA
BRAVIA
GUIA PRÁTICO DE PLANTAS GRAMÍNEAS, ARBÓREAS E
ARBUSTIVAS DO JARDIM BOTÁNICO DO ISPM
Matsinho, 2019
1
CONTEÚDO
Nota dos autores.....................................................................................................................................................3
Agradecimentos......................................................................................................................................................3
INTRODUÇÃO........................................................................................................................................................4
AS PLANTAS GRAMÍNEAS ..................................................................................................................................8
Carrot seed grass Tragus berteronianus............................................................................................................9
Commun nine-awned grass................................................................................................................................9
Cyperus rotundus .............................................................................................................................................10
Goosegrass Eleusine indica .............................................................................................................................10
Buffalograss Buchloe dactyloides.....................................................................................................................11
Golden bristle Pogonathria squarrosa ..............................................................................................................11
Couch panicum.................................................................................................................................................12
Melinis repens ..................................................................................................................................................13
Sporobolus spicatus .........................................................................................................................................13
Bermuda Grass Cynodon dactylon...................................................................................................................14
Indian grass Surghastrum nutans.....................................................................................................................14
AS PLANTAS ARBUSTIVAS E ARBÓREAS......................................................................................................15
Família Apocyaceae .......................................................................................................................................16
Tabernaemontana elegans (O.M. David) .........................................................................................................16
Família Bignoniaceae.....................................................................................................................................16
Markhamia Lutea (D. A. Ngalijuane; E.E. Enecai)............................................................................................16
Família Fabaceae............................................................................................................................................17
Acácia Kirkii (S. L. I. Varela)............................................................................................................................17
Acácia burkei (M. P. Penzura)..........................................................................................................................17
Acacia xanthophloea (C. Zaba) ........................................................................................................................18
Acacia Brevispica (E. O. Sabudine)..................................................................................................................18
Millettia stuhlmannii (I. S. Jossefa). ..................................................................................................................19
2
Albizia adianthifolia (E. M. Santos; M. A. Júnior)..............................................................................................19
Piliostigma thonnigii (B. S. Halar) .....................................................................................................................20
Família Myrtaceae...........................................................................................................................................20
Psidium Cattleianum (L. M. D. Ernesto)............................................................................................................20
Psidium Guajava (S. E. Almoço) ......................................................................................................................21
Mucuna pruriens (J. F. Mouzinho; S. J. Changadeia).......................................................................................21
Família Lamiaceae..........................................................................................................................................22
Pycnostachys spp (N. M. Maveneca; X. Domingos).........................................................................................22
Família Anacardiaceae...................................................................................................................................22
Mangífera indica (I. S. Nhamajodo; O. A. António)...........................................................................................22
Família Rubiaceae ..........................................................................................................................................23
Vangeria Cyanescens (H. N. Da Costa Xavier)................................................................................................23
Família Cactaceae...........................................................................................................................................24
Pilosocereus polygonus (N. J. M. Machava)...................................................................................................24
Ficus indica (B. B. P. Manhiche).......................................................................................................................24
Família Verbenaceae......................................................................................................................................25
Lantana Camara (A. S. Mangueza)..................................................................................................................25
Família Capparaceae......................................................................................................................................26
Capparis Sepiaria (M. J. Dina)..........................................................................................................................26
Família Rutaceae ............................................................................................................................................26
Fagaropsi Angolensis (J. Da L. Tomás; S. S. Sebastião).................................................................................26
Família Combretaceae....................................................................................................................................27
Combretum Zeyheri (J. N. John) ......................................................................................................................27
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................................................28
3
Este Guia Prático para Campo de Plantas Gramíneas, Arbustivas e Arbóreas foi
desenvolvido pelos Estudantes (abaixo) do 1º nível do Curso de Ecoturismo e Gestão
de Fauna Bravia, sob orientação do Docente Zefanias Jone Magodo*
Amós Saidone Mangueza
Bambo B. Pereira Manhiche
Benisio Simão Halar
Carlos Pedro Paulino Zaba
Dário Agostinho Ngalijuane
Elsa Eduardo
Endrick Modesto
Esmail Omar Sabudine
Gaio Paulino Carlos
Hildo Nicolau Xavier
Inês Simão
Isaías Serrote
Jamila Da Lúcia Tomas
Jenet Nelson Jhon
Júlia Filipe Mouzinho
Leopordino Mário
Manuel José Dina
Manuel Piasson Pensura
Marcos Augusto
Noé Jorge Matape Machava
Noé Mateus Maveneca
Osório Manuel David
Osvaldo Arnaldo António
Pedro Manuel Pedro
Sheila Ernesto Almoço
Sílvia Luciano Varela
Stélio Silvestre
Suzana João Changadeia
Xadreque Domingos
*Licenciado em Ecoturismo e Gestão de Fauna Bravia pelo ISPM; Mestre em Gestão e Auditorias Ambientais
pela Universidade Europea del Atlântico e Mestre em Ciências Jurídicas Público Forense pelo ISCTAC.
Graduado nível II em Track & Sign Interpretation pelo Limpopo Field Guiding Academy- LFGA, África do Sul.
Nota dos autores: o presente guia de campo, não é considerado terminado, pelo que sugestões de melhoria
serão bem-vindas e poderão ser enviadas aos emails: zefanias.magodo@gmail.com ou
ecoturismo.g.f.b2019@gmail.com . As imagens na capa se referem a Tiririca (Cyperys rotundus), Vangeria
Cyanescens e Panga-panga (Millettia stuhlmannii), exemplares de plantas gramíneas, arbustivas e arbóreas,
respectivamente.
Todos direitos reservados.
Agradecimentos
Associação Pembenuca
1ª Edição
4
INTRODUÇÃO
O Jardim Botânico corresponde à uma parcela do ISPM, localizado no Campus de Matsinho, com uma área
de 8 hectares e dista da Cidade de Chimoio em 16.5 km e 4.5 km da Estrada Nacional N° 6 no desvio das
Antenas na localidade de Chiremera, Posto Administrativo de Matsinho, Distrito de Vanduzi, Província de
Manica – Moçambique.
Mapa temático do Jardim Botânico do ISPM. Fonte: Issufo, Fernandes, Segundo, Conjane, Manjate, Lisboa, Bulaque
(2017).
O jardim botânico por encontrar-se na zona tropical, apresenta um clima modificado pela altitude,
registando-se temperaturas médias no inverno de 20ºc e no verão 22ºc, com uma precipitação média de 1200
mm. Os solos são avermelhados, com boas condições para a prática de agricultura. Verificam-se ainda solos
francos argilosos, arenosos e argilosos.
Dados apontam que as plantas (vegetais), tiveram a sua evolução a partir de algas pluricelulares. As algas
fazem parte do grupo de plantas que não possuem raiz, caule, folhas e nem vasos condutores de seiva, mas
por serem aquáticas, absorvem substâncias por toda a superfície da haste, que é permeável.
5
É tarefa do gestor duma Área de Conservação entender a estrutura e função dos recursos florestais e
faunísticos, sobretudo as plantas. Os mesmos devem estar conscientes do valor e da importância das plantas e
ser capaz de realizar sua identificação e classificação.
Desde os tempos antigos, as pessoas comem as sementes de muitas gramíneas. Entre elas estão o
milho, a cevada, o painço, a aveia, o arroz, o centeio, o sorgo e o trigo, chamados de cereais, ou grãos. Animais
selvagens, bem como o gado doméstico, alimentam-se de gramíneas selvagens, (Britannica, 2017).
Para Magodo (2017) citando Roodt (2015), as Gramíneas são espécies de plantas diversas e
interessantes. Muitas delas aparecem na superfície e podem passar despercebidas, mesmo por amantes da
natureza, mas eles e o seu substrato do solo constituem a base de quase todos os processos ecológicos na
natureza.
As gramíneas são plantas com uma base ou ponto de crescimento chamado meristema apical, que gera
uma ponta chamada de leme mãe. O tronco é chamado de colmo e é composto de secções articuladas
alternadas. Essas secções compreendem cada uma: uma folha, um nó de haste, um entrenó de caule e um
broto.
Cada folha das gramíneas compreende três partes: a lâmina, a bainha, que é enrolada em torno do colmo e
suporta a lâmina e a lígula, que ocorre onde a lâmina da folha e a bainha da folha se encontram. Uma
inflorescência (cabeça de flor) é a parte que cresce no final do colmo e que tem flores.
Partes genérica da planta gramínea. Fonte: Ball; Hoveland; Lacefield (2007)
As gramíneas passam por várias fases de desenvolvimento, desde a fase vegetativa (crescimento foliar), a
fase de transição (alongamento) e a reprodutiva (floração). Compreender essas fases, dá informações aos
6
gestores para tomar decisões de maneio do habitat, como quando os animais podem pastar ou quando é
melhor realizar queimadas controladas.
As gramíneas anuais e perenes podem se reproduzir sexualmente produzindo sementes. Este é o método
exclusivo pelo qual as gramíneas anuais se reproduzem, mas as ervas perenes dependem mais fortemente da
reprodução assexuada pelo perfilhamento. Este é o processo de produção de rebentos laterais a partir dos
quais crescem novas plantas de capim. Ser capaz de se reproduzir por dois meios é útil, porque o animal que
pasta nas gramíneas pode transformar-se antes que as sementes se dispersem.
Para a realização e no intuito de responder aos objectivos traçados, que passava pela criação de uma lista
de plantas existente no Jardim Botânico e posterior elaboração do presente guião de campo foi usada uma
metodologia virada para a pesquisa bibliográfica e trabalho de campo. Na pesquisa bibliográfica, foi feita a
recolha, levantamento e análise das informações relevantes à identificação de plantas, sobretudo das
gramíneas em diversas obras literárias como manuais, jornais e artigos científicos.
No trabalho de campo, foi colhido e codificadas os espécimes, através de fotos e registadas nos blocos de
notas. Na identificação foi usado o método tradicional, que consistiu na determinação do táxon como idêntico ou
semelhante ao outro já conhecido com auxílio dos field guide grasses & grazers e Trees of Southern Africa e ao
método automatizado, que compreendeu o uso de softwares de identificação de plantas como o garden answers
e o Snap plants.
Os aspectos que tiveram em consideração na identificação de plantas, foram a taxonomia e as
características morfologias. Na Taxonomia, reparou-se para: Família, género, espécie e nomes populares. E nas
características morfológicas:
Raízes
 Subterrâneas: pivotante; tuberosa; fasciculada
 raízes superficiais: tabulares em Ficus,
 raízes respiratórias (pneumatóforos)
 raízes escoras
 raízes adeventícias
 grampiformes
Tronco
 Fuste recto, tortuoso, inclinado.
 Tortuoso.
 com espinhos.
 Inclinado.
 irregular
7
Ramificação
 tronco indiviso – Palmeiras;
 monopodial - dominância permanente do meristema apical;
 simpodial – meristema de ramos laterais dominante, não há eixo principal definido (a maioria das
Angiospermas arbóreas);
 horizontal (“pagoda crown”): Combretaceae (Terminalia catappa);
 verticilada: ramos em verticilos, com internódios sem ramos: Araucaria, Pinus,
Folhas: Filotaxia: (posição da inserção da folha no caule)
 alterna: Lauraceae e muitas outras famílias;
 oposta: Myrtaceae, Bignoniaceae;
 oposta-cruzada: Rubiaceae, (Coffea arabica);
 verticilada (> 2 folhas inseridas no mesmo nó: Apocynaceae
Flores (Inflorescências)
Frutos e Sementes.
Casca
 lisa: Myrtaceae, Leguminosas
 áspera sem fendas:
 fissuras
Espinhos / acúleos
 acúleos: formações epidérmicas sem ligação ao xilema, saem facilmente.
 espinhos: folhas ou ramos metamorfoseados, ligados ao xilema e floema, firmemente presos (Acácia,
Citrus, Caesalpinia);
8
AS PLANTAS GRAMÍNEAS
9
Carrot seed grass Tragus berteronianus
É uma grama anual erigida ou ascendente, atingindo até
45 centímetros. Deixa curto, largo e ondulado com cabelos espaçados ao longo da margem inflorescência um
espigão longo e denso. Espiguetas cobertas de pêlos farpados, que se prendem facilmente a roupas e peles.
Commun nine-awned grass
É uma gramínea resistente que pode ocorrer em áreas
densas em esteiras, especialmente após secas e ou sobre pastoreio. Muito útil que pode rapidamente colonizar
e proteger o campo perturbado. Seu comprimento pode atingir 1 metro. As folhas e colmos são cobertos com
pêlos densos e aveludados. A inflorescência é uma panícula densa e peluda que leva a um ponto agudo, aberto
ou contraído. Os nós são densamente cabeludos.
10
Cyperus rotundus
A Cyperus rotundus, mais conhecida como tiririca,
é uma planta pequena, de rápido desenvolvimento, produz pequenos tubérculos de alto poder regenerativo (um
único tubérculo cortado pode dar origem a várias plantas) ricos em fitormônios, sendo usado inclusive na
produção de mudas de outras plantas por estanqueamento. É uma planta de difícil controle no campo, quer seja
por controle mecânico (capinas) ou mesmo por herbicidas. Tida como a mais importante invasora do mundo,
devido à capacidade de competição e agressividade, bem como pela dificuldade de controle e erradicação;
possui efeito alelopático, afetando a germinação, a brotação e o desenvolvimento de outras espécies, além de
servir de hospedeira para fungos e nematoides.
Goosegrass Eleusine indica
A Eleusine indica é considerada uma erva daninha,
seus picos longos e espalhados parecem pés de ganso. As flores são anexadas a ramos, em vez de ao eixo
principal da inflorescência. Ocorre com maior freqüência em zonas não húmidas, mas raramente em zonas
húmidas.
11
Buffalograss Buchloe dactyloides
É uma erva perene nativa das Grandes Planícies de
Montana ao México. É uma das gramíneas que apoiava os grandes rebanhos de búfalos que percorriam as
Grandes Planícies. Existem basicamente 2 tipos de buffalograss: semeados e clonados. Os tipos semeados que
tem uma mistura de plantas masculinas / femininas e são usados para turfs de utilidade geral. As variedades
clonadas são apenas plantas femininas que tipicamente têm uma cor mais escura do que as plantas masculinas
estão disponíveis apenas no gramado. Cresce na maioria dos tipos de solo, mas prefere solos mais pesados.
Golden bristle Pogonathria squarrosa
Um gramado perene triturado, ou, às vezes, pouco rhizomatous,
escasso, que cresce a uma altura de 270-1400 mm de altura. As lâminas de folha são 40-330 mm de
comprimento e 2,0-5,5 mm de largura e as bainhas das folhas são glabras. A lígula é uma membrana franjada.
12
A inflorescência consiste em numerosos racemos castanhos curtos que se curvam para cima. As espiguetas
são solitárias e 3,3-7,8 mm de comprimento. É uma espécie sub-clímax que coloniza o solo arenoso perturbado
em pastagens sobrecarregadas. Ocorre em habitats secos e gramados onde a precipitação pode ser de 300 a
800 mm por ano, mas com condições tropicais quentes. Geralmente encontrado em solos arenosos ou bem
drenados.
Couch panicum
Espécie infestante em pomares, culturas anuais e
principalmente, em áreas húmidas ou temporariamente alagadas. Planta heliófita, mas tolera certo
sombreamento. Encontrada em ambientes de viveiros. Tolera períodos prolongados de seca, por possuir
rizomas bem desenvolvidos. Hospedeira de piricularia oryzae. Pode ocorrer sementes sem fertilização.
Forrageira de baixo valor nutritivo.
13
Melinis repens
Uma erva muito comum de estradas, ferrovias,
parques, jardins, trilhas, locais perturbados, áreas de resíduos, pastagens e culturas em regiões tropicais e
subtropicais. Suas cabeças de semente abertas geralmente são uma cor avermelhada distinta quando jovem,
ficando de cor-de-rosa e esbranquiçada à medida que amadurecem. É considerada uma erva ambiental em
Queensland, Nova Gales do Sul, Austrália Ocidental e Território do Norte. Também foi recentemente listado
como uma erva ambiental prioritária em pelo menos uma região de Gerenciamento de Recursos Naturais.
Semelhante ao Melinis minutiflora (planta formadora de matas com hastes rastejantes, isto é, stoloníferas e
hastes de floração semi-verticais, isto é, genicondentemente ascendentes. Suas espigas de flores são bastante
pequenas 1,5-2,5 mm de comprimento e principalmente sem pêlos, mas geralmente possuem uma pequena
mancha de cabelo 0-15 mm de comprimento).
Sporobolus spicatus
Planta perene estolonífera, com uma palatabilidade alta. Na Tanzânia
atinge uma altitude de 300-2 000 metros. As lâminas de folhas têm margens em rolo e um ponto muito rígido,
14
semelhante a uma agulha, mais raramente mais macio e plano. Ocorre em solos arenosos alcalinos, muitas
vezes em margens salinas do lago.
Bermuda Grass Cynodon dactylon
É um tipo de gramínea cultivada em pastos, fenações,
na formação de gramados e em barrancos para a cobertura do solo. Apesar dessas utilizações é uma erva
daninha em plantações de café, amendoim, canaviais e muitas outras diminuindo 80% da produção. É uma
planta que compete espaço com outras que são nativas, invade terrenos baldios e elimina a humidade do solo,
os nutrientes e o oxigénio, e o Seu pólen causa alergias e a febre do feno.
Indian grass Surghastrum nutans
São angiospérmicas, monocotiledóneas,
suas raízes fibrosas atingem profundidades de até 1,8 metro (6 pés). As folhas aglomeradas na vertical são
azúis esverdeadas e desbotam para amarelo-laranja no outono. A planta tem cachos de flores estreitos e muito
ramificados. Cada espigueta amarela é orlada de pêlos brancos, dando à planta uma aparência prateada e
dourada. Ele se regenera prontamente em uma variedade de solos e está bem-adaptado ao fogo.
15
AS PLANTAS ARBUSTIVAS E ARBÓREAS
16
Família Apocyaceae
Tabernaemontana elegans (O.M. David)
Tabernaemontana elegans é um arbusto ou uma
árvore que cresce de 1,5-15 metros de altura. O tronco pode ter 5-30 cm de diâmetro. É uma árvore de jardim
incomum, mas atraente, com suas flores cheirosas e frutos incomuns cobertas de verrugas castanhas, dando-
lhe a aparência da pele de um sapo.
Família Bignoniaceae
Markhamia Lutea (D. A. Ngalijuane; E.E. Enecai).
Apresentam caule rugoso esbranquiçado, e
possuem folhas opostas e verticiladas, podendo em alguns casos ser alternadas espiraladas, compostas
17
pinadas ou palmadas ou, ainda, ocasionalmente simples, inteiras a serreada. Possuem venação peninérvea,
folíolos terminais as vezes modificadas em gavinha ou gancho. Os frutos são geralmente longos, com capsula
septicida a loculicida. As sementes achatadas, aladas ou provida de pelos o endosperma está ausente.
Família Fabaceae
Acácia Kirkii (S. L. I. Varela)
São arbustos de tamanho médio, possuem espinhas brancas acinzentadas, flores em cabeças globos, arbóreo
em Woodland. Caule com cascas, que descascando observamos uma cor amarela esverdeado no interior do
caule, espinhas delgado, folhas com 6-14 pares, com ou sem cabelo, folhetos de 9-18 pares.
Acácia burkei (M. P. Penzura)
Árvore média a grande ocorrência em Bushveld, muitas
vezes no solo arenoso. Espinhos em pares abaixo dos nós encolhidos folhas pretas com 3-13 pares de pinnéia,
18
folhetos 14-19: pares por pinna, linear-oblongo, obova para quase arredondado 1,2-20 × 0,8-13 mm, glândula
presentes ou ausentes na base de pelo menos pares de pinnéia superior. Flores em espigas alongadas, creme
ou branco. Poda plana, avermelhado presentes ou ausentes na base de pelo menos pares de pinnéia superior.
Flores em espigas alongadas, creme ou branco.
Acacia xanthophloea (C. Zaba)
Árvore de tamanho médio, leguminosa do género
Acácia que apresenta caule geralmente liso, amarelo esverdeado, apresenta espinhos finos, cor branco. As
folhas com 3 a 6 pares de pinnae e folhetos de 8 a 20 pares de pinnaes.
Acacia Brevispica (E. O. Sabudine)
Cresce até 7 metros, marrom cinza-pálido, contem espinhos
espalhados ao longo das hastes, folhas compostas, flores perfumadas, amarelo, branco em cabeças redondas,
frutas com mais ou menos 15 cm, marrom áspero.
19
Millettia stuhlmannii (I. S. Jossefa).
Tronco direito, cilíndrico,
diâmetro de 40˗50m, ritidoma de cor branca esverdeada por vezes um pouco alaranjado, folha caducas
alternas, compostas, comprida, cordiformes ou obovados. Com flores grandes dispostas em panículas terminais.
Albizia adianthifolia (E. M. Santos; M. A. Júnior)
Árvore de tamanho médio a grande com uma coroa achatada e
espalhando casca geralmente áspera. Branchaletes densamente cobertos com pêlos castanhos ou
acinzentados, folhas com 4˗8 pares de pinhas, folhetos 6˗15 pares por pina, geralmente de forma rectangular,
sem salto, 7˗20x4 a 8mm, verde˗escuro acima, amarelo˗peludo, flores em cabeças globosas, esbranquiçadas,
tingidas de rosa, vermelho ou verde.
20
Piliostigma thonnigii (B. S. Halar)
A Piliostigma thonningii é uma árvore caducifólia com um caule único, A árvore é altamente utilizada pela
população local. Floresce de Dezembro a Fevereiro. Uma característica interessante do pé de camelo é que as
flores masculinas e femininas ocorrem em árvores diferentes na maioria dos casos. Se na mesma árvore, flores
masculinas ocorrem primeiro e depois flores femininas mais tarde, de modo que a auto-polinização não é
possível. As pequenas flores brancas não são vistosas. As flores são seguidas por vagens grandes, grossas,
castanho-avermelhadas, sem divisão, com cerca de 30 a 70 mm de comprimento. A casca é cinza-amarronzada
escura com uma superfície áspera. Uma característica notável da árvore é a sua grande, simples, duas folhas
de couro lobadas que se assemelham a um pé de camelo e são responsáveis pelo nome comum.
Família Myrtaceae
Psidium Cattleianum (L. M. D. Ernesto)
Pequena arvore não pioneira, com altura máxima de 9 metros e
copa rala. Vivem em ambiente húmidos e iluminados, não sendo encontrada no interior de matas. O tronco
21
tortuoso tem casca lisa que descama em placas finas. As folhas são coriáceas e glabras, com ate 10 cm de
comprimento. As flores são axiliares, solitária, brancas. Floresce de Junho a dezembro. Os frutos amadurecem
de setembro a março. As sementes são dispersadas por animais principalmente pássaros.
Psidium Guajava (S. E. Almoço)
Pequena árvore sem decídua de até 6m de altura,
tronco tortuoso, de casca lisa descamante tanifera, ramos novos quadrangulares, e pubescentes. Folhas
obovadas, cartáceas, descoloris ate 12cm de comprimento, flores pequenas, brancas, solitárias, formadas na
primavera.
Mucuna pruriens (J. F. Mouzinho; S. J. Changadeia).
Apresentam um caule escandente, folhas trifoliadas, a cor
da semente é castanha preto ou creme e com fruto de tamanho mais curto que 10 de comprimento. É uma
espécie anual que chega a medir até 20 metros, e possui flores roxas ou purpúreas e vagens oblongas. É
22
cultivada em outras regiões do planeta, inclusive no Brasil, como ornamental, forrageira e como adubo verde.
Também é conhecida pelos nomes de feijão-cabeludo-da-índia, feijão-de-gado, feijão-mucuna,feijão-macaco,
feijão-maluco, feijão-veludo e mucuna-vilosa.
Família Lamiaceae
Pycnostachys spp (N. M. Maveneca; X. Domingos)
Apresentam-se em forma de ervas, arbustos ou árvores, folha do
tipo simples pode estar disposta de maneiras opostas ou verticalmente, o limbo as vezes está inteiro outras
vezes pode-se apresentar dentados ou partido, todo tem pêlos que são responsáveis pela secreção dos
aromas.
Família Anacardiaceae
Mangífera indica (I. S. Nhamajodo; O. A. António)
É uma espécie de planta pertencente a família
anacardiaceae, uma planta vascular angiospérmica, uma grande arvore frutífera, que apresenta tronco com
23
ramificações, presença de folhas comum limbo simples. São plantas que produzem frutos vulgarmente
conhecidos por manga. As mangueiras são capazes de atingir a uma altura de 30 metros (100 pés) e uma
circunferência média de 3,7 metros (12 pés) as vezes chegando a 6 metros (20 pés).
Família Rubiaceae
Vangeria Cyanescens (H. N. Da Costa Xavier)
A Vangueria cyanescens é uma pequena árvore cujo elíptico é ovado, grande (80-150 x 40-90), um pouco fino e
sem couro, ápice sem pêlos, afilando-se amplamente, sua base lobada ou afilada; margem ondulada. Flores
em cachos axilares, verde amarelado, com lóbulos de cálices curtos e afilados. Fruta drupa, esférica, com cerca
de 25 mm de diâmetro, de cor amarelada a castanha alaranjada, com ponta de cicatriz circular (restos de
cálice). Também se assemelha ao Pachystigmabowkeri, uma espécie florestal de grande porte. folhas sem
pêlos e flores com longos (até 10 mm), lóbulos em forma de cinta, cálice.
24
Família Cactaceae
Pilosocereus polygonus (N. J. M. Machava).
O Pilosocereus polygonus é uma Cactaceae
cuja distribuição compreende grande parte da
região intertropical das Américas, nomeadamente do sul da Florida. Sua formação pode ser arbustiva ou
arbórea, chegando a atingir a altura de 4 metros, desenvolvendo-se em solos rasos e pedregosos e
apresentando numerosos espinhos, fortes e pontiagudos em suas aréolas. Suas flores são brancas e seu fruto,
com coloração avermelhada quando maduro, é comestível, saboroso e rico em minerais.
Ficus indica (B. B. P. Manhiche)
O caule apresenta cor verde escura acinzentada, e são
recobertos por uma camada de cera, elas têm pouco ou nenhum espinho, as flores são grandes, vistosas, e
25
podem ser brancas, amarelas, laranjas ou vermelhas. O fruto que segue e tipo baga, de formato variado,
geralmente ovóide, de cor amarela, laranja, vermelha. Suas raízes não ultrapassam 30cm, elas, no entanto são
carnosa e apresentam características únicas de adaptação a ambiente desérticos, os ramos são modificados e
chamado de artículos ou cladódios.
Família Verbenaceae
Lantana Camara (A. S. Mangueza)
A Lantana Camara é um arbusto perene, ramificado, de textura semi-herbácea, florífero, piloso. Mede 0,50-2,0
metros de altura e possuem ramos erectos ou reclinados. As inflorescências são compostas de numerosas
flores, formando mini-buquês de cores variadas como laranja, rosa, vermelhos, amarelo e branco. Podendo
ainda ocorrer colorações diferentes numa mesma inflorescência.
26
Família Capparaceae
Capparis Sepiaria (M. J. Dina)
Árvore arbustiva com ramos lenhosos, glabros ou com tricomos simples lipídotos ou estreladas folhas sésseis
ou pecíolo dos, com ou sem estipulos alternadas as vezes com gesto no ápice dos ramos. Com gestos no ápice
dos ramos. Flores aclinomorfas, tetrameros, pendiculadas, brácteas, 1-2 bacias pendiculos, globro, e mede 20
mm.
Família Rutaceae
Fagaropsi Angolensis (J. Da L. Tomás; S. S. Sebastião)
É uma árvore caducifólia com uma coroa que se estende,
geralmente cresce de 7 a 24 metros de altura. O tronco
27
geralmente é reto e cilíndrico, possui até 100 cm de diâmetro e sua casca é cinza-rosada.
Família Combretaceae
Combretum Zeyheri (J. N. John)
É uma árvore caducifólia ou semi-decidua de até 10
a 15 metros de altura com um corvo arredondado, ramificado e depois com troncos torcidos, a casca no caule
mais jovem é esbranquiçada e peluda; caules tem nós proeminentemente espessos, os pequenos galhos
suaves e escamados, são avermelhados e caídos.
28
BIBLIOGRAFIA
Britannica. (2017). Gramíneas. Disponível em:
http://escola.britannica.com.br/levels/fundamental/article/gram%C3%ADnea/481402.
Issufo, A; Fernandes, C; Segundo, F; Conjane, N; Manjate, W; Lisboa, M & Bulaque, C.,(2017). Mapa temático
do Jardim Botânico do ISPM. In: Trabalho Independente do Bloco de Construções Ecológicas. Instituto
Superior Politécnico de Manica, Matsinho.
Magodo, Z.J. (2017). Identificação de plantas (gramíneas). In: Apostila para curso de Ecoturismo e Gestão de
Fauna Bravia. Instituto Superior Politécnico de Manica, Matsinho.
Roodt, Veronica. (2015). Grasses & Grazers of Botswana and the surrounding savana. Struik Nature.
1953/000441/07. Penguin Random House South Africa.

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Guia de plantas do Jardim Botânico do ISPM

  • 1. INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE MANICA DIVISÃO DE ECONOMIA, GESTÃO E TURISMO CURSO DE LICENCIATURA EM ECOTURISMO E GESTÃO DE FAUNA BRAVIA GUIA PRÁTICO DE PLANTAS GRAMÍNEAS, ARBÓREAS E ARBUSTIVAS DO JARDIM BOTÁNICO DO ISPM Matsinho, 2019
  • 2. 1 CONTEÚDO Nota dos autores.....................................................................................................................................................3 Agradecimentos......................................................................................................................................................3 INTRODUÇÃO........................................................................................................................................................4 AS PLANTAS GRAMÍNEAS ..................................................................................................................................8 Carrot seed grass Tragus berteronianus............................................................................................................9 Commun nine-awned grass................................................................................................................................9 Cyperus rotundus .............................................................................................................................................10 Goosegrass Eleusine indica .............................................................................................................................10 Buffalograss Buchloe dactyloides.....................................................................................................................11 Golden bristle Pogonathria squarrosa ..............................................................................................................11 Couch panicum.................................................................................................................................................12 Melinis repens ..................................................................................................................................................13 Sporobolus spicatus .........................................................................................................................................13 Bermuda Grass Cynodon dactylon...................................................................................................................14 Indian grass Surghastrum nutans.....................................................................................................................14 AS PLANTAS ARBUSTIVAS E ARBÓREAS......................................................................................................15 Família Apocyaceae .......................................................................................................................................16 Tabernaemontana elegans (O.M. David) .........................................................................................................16 Família Bignoniaceae.....................................................................................................................................16 Markhamia Lutea (D. A. Ngalijuane; E.E. Enecai)............................................................................................16 Família Fabaceae............................................................................................................................................17 Acácia Kirkii (S. L. I. Varela)............................................................................................................................17 Acácia burkei (M. P. Penzura)..........................................................................................................................17 Acacia xanthophloea (C. Zaba) ........................................................................................................................18 Acacia Brevispica (E. O. Sabudine)..................................................................................................................18 Millettia stuhlmannii (I. S. Jossefa). ..................................................................................................................19
  • 3. 2 Albizia adianthifolia (E. M. Santos; M. A. Júnior)..............................................................................................19 Piliostigma thonnigii (B. S. Halar) .....................................................................................................................20 Família Myrtaceae...........................................................................................................................................20 Psidium Cattleianum (L. M. D. Ernesto)............................................................................................................20 Psidium Guajava (S. E. Almoço) ......................................................................................................................21 Mucuna pruriens (J. F. Mouzinho; S. J. Changadeia).......................................................................................21 Família Lamiaceae..........................................................................................................................................22 Pycnostachys spp (N. M. Maveneca; X. Domingos).........................................................................................22 Família Anacardiaceae...................................................................................................................................22 Mangífera indica (I. S. Nhamajodo; O. A. António)...........................................................................................22 Família Rubiaceae ..........................................................................................................................................23 Vangeria Cyanescens (H. N. Da Costa Xavier)................................................................................................23 Família Cactaceae...........................................................................................................................................24 Pilosocereus polygonus (N. J. M. Machava)...................................................................................................24 Ficus indica (B. B. P. Manhiche).......................................................................................................................24 Família Verbenaceae......................................................................................................................................25 Lantana Camara (A. S. Mangueza)..................................................................................................................25 Família Capparaceae......................................................................................................................................26 Capparis Sepiaria (M. J. Dina)..........................................................................................................................26 Família Rutaceae ............................................................................................................................................26 Fagaropsi Angolensis (J. Da L. Tomás; S. S. Sebastião).................................................................................26 Família Combretaceae....................................................................................................................................27 Combretum Zeyheri (J. N. John) ......................................................................................................................27 BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................................................28
  • 4. 3 Este Guia Prático para Campo de Plantas Gramíneas, Arbustivas e Arbóreas foi desenvolvido pelos Estudantes (abaixo) do 1º nível do Curso de Ecoturismo e Gestão de Fauna Bravia, sob orientação do Docente Zefanias Jone Magodo* Amós Saidone Mangueza Bambo B. Pereira Manhiche Benisio Simão Halar Carlos Pedro Paulino Zaba Dário Agostinho Ngalijuane Elsa Eduardo Endrick Modesto Esmail Omar Sabudine Gaio Paulino Carlos Hildo Nicolau Xavier Inês Simão Isaías Serrote Jamila Da Lúcia Tomas Jenet Nelson Jhon Júlia Filipe Mouzinho Leopordino Mário Manuel José Dina Manuel Piasson Pensura Marcos Augusto Noé Jorge Matape Machava Noé Mateus Maveneca Osório Manuel David Osvaldo Arnaldo António Pedro Manuel Pedro Sheila Ernesto Almoço Sílvia Luciano Varela Stélio Silvestre Suzana João Changadeia Xadreque Domingos *Licenciado em Ecoturismo e Gestão de Fauna Bravia pelo ISPM; Mestre em Gestão e Auditorias Ambientais pela Universidade Europea del Atlântico e Mestre em Ciências Jurídicas Público Forense pelo ISCTAC. Graduado nível II em Track & Sign Interpretation pelo Limpopo Field Guiding Academy- LFGA, África do Sul. Nota dos autores: o presente guia de campo, não é considerado terminado, pelo que sugestões de melhoria serão bem-vindas e poderão ser enviadas aos emails: zefanias.magodo@gmail.com ou ecoturismo.g.f.b2019@gmail.com . As imagens na capa se referem a Tiririca (Cyperys rotundus), Vangeria Cyanescens e Panga-panga (Millettia stuhlmannii), exemplares de plantas gramíneas, arbustivas e arbóreas, respectivamente. Todos direitos reservados. Agradecimentos Associação Pembenuca 1ª Edição
  • 5. 4 INTRODUÇÃO O Jardim Botânico corresponde à uma parcela do ISPM, localizado no Campus de Matsinho, com uma área de 8 hectares e dista da Cidade de Chimoio em 16.5 km e 4.5 km da Estrada Nacional N° 6 no desvio das Antenas na localidade de Chiremera, Posto Administrativo de Matsinho, Distrito de Vanduzi, Província de Manica – Moçambique. Mapa temático do Jardim Botânico do ISPM. Fonte: Issufo, Fernandes, Segundo, Conjane, Manjate, Lisboa, Bulaque (2017). O jardim botânico por encontrar-se na zona tropical, apresenta um clima modificado pela altitude, registando-se temperaturas médias no inverno de 20ºc e no verão 22ºc, com uma precipitação média de 1200 mm. Os solos são avermelhados, com boas condições para a prática de agricultura. Verificam-se ainda solos francos argilosos, arenosos e argilosos. Dados apontam que as plantas (vegetais), tiveram a sua evolução a partir de algas pluricelulares. As algas fazem parte do grupo de plantas que não possuem raiz, caule, folhas e nem vasos condutores de seiva, mas por serem aquáticas, absorvem substâncias por toda a superfície da haste, que é permeável.
  • 6. 5 É tarefa do gestor duma Área de Conservação entender a estrutura e função dos recursos florestais e faunísticos, sobretudo as plantas. Os mesmos devem estar conscientes do valor e da importância das plantas e ser capaz de realizar sua identificação e classificação. Desde os tempos antigos, as pessoas comem as sementes de muitas gramíneas. Entre elas estão o milho, a cevada, o painço, a aveia, o arroz, o centeio, o sorgo e o trigo, chamados de cereais, ou grãos. Animais selvagens, bem como o gado doméstico, alimentam-se de gramíneas selvagens, (Britannica, 2017). Para Magodo (2017) citando Roodt (2015), as Gramíneas são espécies de plantas diversas e interessantes. Muitas delas aparecem na superfície e podem passar despercebidas, mesmo por amantes da natureza, mas eles e o seu substrato do solo constituem a base de quase todos os processos ecológicos na natureza. As gramíneas são plantas com uma base ou ponto de crescimento chamado meristema apical, que gera uma ponta chamada de leme mãe. O tronco é chamado de colmo e é composto de secções articuladas alternadas. Essas secções compreendem cada uma: uma folha, um nó de haste, um entrenó de caule e um broto. Cada folha das gramíneas compreende três partes: a lâmina, a bainha, que é enrolada em torno do colmo e suporta a lâmina e a lígula, que ocorre onde a lâmina da folha e a bainha da folha se encontram. Uma inflorescência (cabeça de flor) é a parte que cresce no final do colmo e que tem flores. Partes genérica da planta gramínea. Fonte: Ball; Hoveland; Lacefield (2007) As gramíneas passam por várias fases de desenvolvimento, desde a fase vegetativa (crescimento foliar), a fase de transição (alongamento) e a reprodutiva (floração). Compreender essas fases, dá informações aos
  • 7. 6 gestores para tomar decisões de maneio do habitat, como quando os animais podem pastar ou quando é melhor realizar queimadas controladas. As gramíneas anuais e perenes podem se reproduzir sexualmente produzindo sementes. Este é o método exclusivo pelo qual as gramíneas anuais se reproduzem, mas as ervas perenes dependem mais fortemente da reprodução assexuada pelo perfilhamento. Este é o processo de produção de rebentos laterais a partir dos quais crescem novas plantas de capim. Ser capaz de se reproduzir por dois meios é útil, porque o animal que pasta nas gramíneas pode transformar-se antes que as sementes se dispersem. Para a realização e no intuito de responder aos objectivos traçados, que passava pela criação de uma lista de plantas existente no Jardim Botânico e posterior elaboração do presente guião de campo foi usada uma metodologia virada para a pesquisa bibliográfica e trabalho de campo. Na pesquisa bibliográfica, foi feita a recolha, levantamento e análise das informações relevantes à identificação de plantas, sobretudo das gramíneas em diversas obras literárias como manuais, jornais e artigos científicos. No trabalho de campo, foi colhido e codificadas os espécimes, através de fotos e registadas nos blocos de notas. Na identificação foi usado o método tradicional, que consistiu na determinação do táxon como idêntico ou semelhante ao outro já conhecido com auxílio dos field guide grasses & grazers e Trees of Southern Africa e ao método automatizado, que compreendeu o uso de softwares de identificação de plantas como o garden answers e o Snap plants. Os aspectos que tiveram em consideração na identificação de plantas, foram a taxonomia e as características morfologias. Na Taxonomia, reparou-se para: Família, género, espécie e nomes populares. E nas características morfológicas: Raízes  Subterrâneas: pivotante; tuberosa; fasciculada  raízes superficiais: tabulares em Ficus,  raízes respiratórias (pneumatóforos)  raízes escoras  raízes adeventícias  grampiformes Tronco  Fuste recto, tortuoso, inclinado.  Tortuoso.  com espinhos.  Inclinado.  irregular
  • 8. 7 Ramificação  tronco indiviso – Palmeiras;  monopodial - dominância permanente do meristema apical;  simpodial – meristema de ramos laterais dominante, não há eixo principal definido (a maioria das Angiospermas arbóreas);  horizontal (“pagoda crown”): Combretaceae (Terminalia catappa);  verticilada: ramos em verticilos, com internódios sem ramos: Araucaria, Pinus, Folhas: Filotaxia: (posição da inserção da folha no caule)  alterna: Lauraceae e muitas outras famílias;  oposta: Myrtaceae, Bignoniaceae;  oposta-cruzada: Rubiaceae, (Coffea arabica);  verticilada (> 2 folhas inseridas no mesmo nó: Apocynaceae Flores (Inflorescências) Frutos e Sementes. Casca  lisa: Myrtaceae, Leguminosas  áspera sem fendas:  fissuras Espinhos / acúleos  acúleos: formações epidérmicas sem ligação ao xilema, saem facilmente.  espinhos: folhas ou ramos metamorfoseados, ligados ao xilema e floema, firmemente presos (Acácia, Citrus, Caesalpinia);
  • 10. 9 Carrot seed grass Tragus berteronianus É uma grama anual erigida ou ascendente, atingindo até 45 centímetros. Deixa curto, largo e ondulado com cabelos espaçados ao longo da margem inflorescência um espigão longo e denso. Espiguetas cobertas de pêlos farpados, que se prendem facilmente a roupas e peles. Commun nine-awned grass É uma gramínea resistente que pode ocorrer em áreas densas em esteiras, especialmente após secas e ou sobre pastoreio. Muito útil que pode rapidamente colonizar e proteger o campo perturbado. Seu comprimento pode atingir 1 metro. As folhas e colmos são cobertos com pêlos densos e aveludados. A inflorescência é uma panícula densa e peluda que leva a um ponto agudo, aberto ou contraído. Os nós são densamente cabeludos.
  • 11. 10 Cyperus rotundus A Cyperus rotundus, mais conhecida como tiririca, é uma planta pequena, de rápido desenvolvimento, produz pequenos tubérculos de alto poder regenerativo (um único tubérculo cortado pode dar origem a várias plantas) ricos em fitormônios, sendo usado inclusive na produção de mudas de outras plantas por estanqueamento. É uma planta de difícil controle no campo, quer seja por controle mecânico (capinas) ou mesmo por herbicidas. Tida como a mais importante invasora do mundo, devido à capacidade de competição e agressividade, bem como pela dificuldade de controle e erradicação; possui efeito alelopático, afetando a germinação, a brotação e o desenvolvimento de outras espécies, além de servir de hospedeira para fungos e nematoides. Goosegrass Eleusine indica A Eleusine indica é considerada uma erva daninha, seus picos longos e espalhados parecem pés de ganso. As flores são anexadas a ramos, em vez de ao eixo principal da inflorescência. Ocorre com maior freqüência em zonas não húmidas, mas raramente em zonas húmidas.
  • 12. 11 Buffalograss Buchloe dactyloides É uma erva perene nativa das Grandes Planícies de Montana ao México. É uma das gramíneas que apoiava os grandes rebanhos de búfalos que percorriam as Grandes Planícies. Existem basicamente 2 tipos de buffalograss: semeados e clonados. Os tipos semeados que tem uma mistura de plantas masculinas / femininas e são usados para turfs de utilidade geral. As variedades clonadas são apenas plantas femininas que tipicamente têm uma cor mais escura do que as plantas masculinas estão disponíveis apenas no gramado. Cresce na maioria dos tipos de solo, mas prefere solos mais pesados. Golden bristle Pogonathria squarrosa Um gramado perene triturado, ou, às vezes, pouco rhizomatous, escasso, que cresce a uma altura de 270-1400 mm de altura. As lâminas de folha são 40-330 mm de comprimento e 2,0-5,5 mm de largura e as bainhas das folhas são glabras. A lígula é uma membrana franjada.
  • 13. 12 A inflorescência consiste em numerosos racemos castanhos curtos que se curvam para cima. As espiguetas são solitárias e 3,3-7,8 mm de comprimento. É uma espécie sub-clímax que coloniza o solo arenoso perturbado em pastagens sobrecarregadas. Ocorre em habitats secos e gramados onde a precipitação pode ser de 300 a 800 mm por ano, mas com condições tropicais quentes. Geralmente encontrado em solos arenosos ou bem drenados. Couch panicum Espécie infestante em pomares, culturas anuais e principalmente, em áreas húmidas ou temporariamente alagadas. Planta heliófita, mas tolera certo sombreamento. Encontrada em ambientes de viveiros. Tolera períodos prolongados de seca, por possuir rizomas bem desenvolvidos. Hospedeira de piricularia oryzae. Pode ocorrer sementes sem fertilização. Forrageira de baixo valor nutritivo.
  • 14. 13 Melinis repens Uma erva muito comum de estradas, ferrovias, parques, jardins, trilhas, locais perturbados, áreas de resíduos, pastagens e culturas em regiões tropicais e subtropicais. Suas cabeças de semente abertas geralmente são uma cor avermelhada distinta quando jovem, ficando de cor-de-rosa e esbranquiçada à medida que amadurecem. É considerada uma erva ambiental em Queensland, Nova Gales do Sul, Austrália Ocidental e Território do Norte. Também foi recentemente listado como uma erva ambiental prioritária em pelo menos uma região de Gerenciamento de Recursos Naturais. Semelhante ao Melinis minutiflora (planta formadora de matas com hastes rastejantes, isto é, stoloníferas e hastes de floração semi-verticais, isto é, genicondentemente ascendentes. Suas espigas de flores são bastante pequenas 1,5-2,5 mm de comprimento e principalmente sem pêlos, mas geralmente possuem uma pequena mancha de cabelo 0-15 mm de comprimento). Sporobolus spicatus Planta perene estolonífera, com uma palatabilidade alta. Na Tanzânia atinge uma altitude de 300-2 000 metros. As lâminas de folhas têm margens em rolo e um ponto muito rígido,
  • 15. 14 semelhante a uma agulha, mais raramente mais macio e plano. Ocorre em solos arenosos alcalinos, muitas vezes em margens salinas do lago. Bermuda Grass Cynodon dactylon É um tipo de gramínea cultivada em pastos, fenações, na formação de gramados e em barrancos para a cobertura do solo. Apesar dessas utilizações é uma erva daninha em plantações de café, amendoim, canaviais e muitas outras diminuindo 80% da produção. É uma planta que compete espaço com outras que são nativas, invade terrenos baldios e elimina a humidade do solo, os nutrientes e o oxigénio, e o Seu pólen causa alergias e a febre do feno. Indian grass Surghastrum nutans São angiospérmicas, monocotiledóneas, suas raízes fibrosas atingem profundidades de até 1,8 metro (6 pés). As folhas aglomeradas na vertical são azúis esverdeadas e desbotam para amarelo-laranja no outono. A planta tem cachos de flores estreitos e muito ramificados. Cada espigueta amarela é orlada de pêlos brancos, dando à planta uma aparência prateada e dourada. Ele se regenera prontamente em uma variedade de solos e está bem-adaptado ao fogo.
  • 17. 16 Família Apocyaceae Tabernaemontana elegans (O.M. David) Tabernaemontana elegans é um arbusto ou uma árvore que cresce de 1,5-15 metros de altura. O tronco pode ter 5-30 cm de diâmetro. É uma árvore de jardim incomum, mas atraente, com suas flores cheirosas e frutos incomuns cobertas de verrugas castanhas, dando- lhe a aparência da pele de um sapo. Família Bignoniaceae Markhamia Lutea (D. A. Ngalijuane; E.E. Enecai). Apresentam caule rugoso esbranquiçado, e possuem folhas opostas e verticiladas, podendo em alguns casos ser alternadas espiraladas, compostas
  • 18. 17 pinadas ou palmadas ou, ainda, ocasionalmente simples, inteiras a serreada. Possuem venação peninérvea, folíolos terminais as vezes modificadas em gavinha ou gancho. Os frutos são geralmente longos, com capsula septicida a loculicida. As sementes achatadas, aladas ou provida de pelos o endosperma está ausente. Família Fabaceae Acácia Kirkii (S. L. I. Varela) São arbustos de tamanho médio, possuem espinhas brancas acinzentadas, flores em cabeças globos, arbóreo em Woodland. Caule com cascas, que descascando observamos uma cor amarela esverdeado no interior do caule, espinhas delgado, folhas com 6-14 pares, com ou sem cabelo, folhetos de 9-18 pares. Acácia burkei (M. P. Penzura) Árvore média a grande ocorrência em Bushveld, muitas vezes no solo arenoso. Espinhos em pares abaixo dos nós encolhidos folhas pretas com 3-13 pares de pinnéia,
  • 19. 18 folhetos 14-19: pares por pinna, linear-oblongo, obova para quase arredondado 1,2-20 × 0,8-13 mm, glândula presentes ou ausentes na base de pelo menos pares de pinnéia superior. Flores em espigas alongadas, creme ou branco. Poda plana, avermelhado presentes ou ausentes na base de pelo menos pares de pinnéia superior. Flores em espigas alongadas, creme ou branco. Acacia xanthophloea (C. Zaba) Árvore de tamanho médio, leguminosa do género Acácia que apresenta caule geralmente liso, amarelo esverdeado, apresenta espinhos finos, cor branco. As folhas com 3 a 6 pares de pinnae e folhetos de 8 a 20 pares de pinnaes. Acacia Brevispica (E. O. Sabudine) Cresce até 7 metros, marrom cinza-pálido, contem espinhos espalhados ao longo das hastes, folhas compostas, flores perfumadas, amarelo, branco em cabeças redondas, frutas com mais ou menos 15 cm, marrom áspero.
  • 20. 19 Millettia stuhlmannii (I. S. Jossefa). Tronco direito, cilíndrico, diâmetro de 40˗50m, ritidoma de cor branca esverdeada por vezes um pouco alaranjado, folha caducas alternas, compostas, comprida, cordiformes ou obovados. Com flores grandes dispostas em panículas terminais. Albizia adianthifolia (E. M. Santos; M. A. Júnior) Árvore de tamanho médio a grande com uma coroa achatada e espalhando casca geralmente áspera. Branchaletes densamente cobertos com pêlos castanhos ou acinzentados, folhas com 4˗8 pares de pinhas, folhetos 6˗15 pares por pina, geralmente de forma rectangular, sem salto, 7˗20x4 a 8mm, verde˗escuro acima, amarelo˗peludo, flores em cabeças globosas, esbranquiçadas, tingidas de rosa, vermelho ou verde.
  • 21. 20 Piliostigma thonnigii (B. S. Halar) A Piliostigma thonningii é uma árvore caducifólia com um caule único, A árvore é altamente utilizada pela população local. Floresce de Dezembro a Fevereiro. Uma característica interessante do pé de camelo é que as flores masculinas e femininas ocorrem em árvores diferentes na maioria dos casos. Se na mesma árvore, flores masculinas ocorrem primeiro e depois flores femininas mais tarde, de modo que a auto-polinização não é possível. As pequenas flores brancas não são vistosas. As flores são seguidas por vagens grandes, grossas, castanho-avermelhadas, sem divisão, com cerca de 30 a 70 mm de comprimento. A casca é cinza-amarronzada escura com uma superfície áspera. Uma característica notável da árvore é a sua grande, simples, duas folhas de couro lobadas que se assemelham a um pé de camelo e são responsáveis pelo nome comum. Família Myrtaceae Psidium Cattleianum (L. M. D. Ernesto) Pequena arvore não pioneira, com altura máxima de 9 metros e copa rala. Vivem em ambiente húmidos e iluminados, não sendo encontrada no interior de matas. O tronco
  • 22. 21 tortuoso tem casca lisa que descama em placas finas. As folhas são coriáceas e glabras, com ate 10 cm de comprimento. As flores são axiliares, solitária, brancas. Floresce de Junho a dezembro. Os frutos amadurecem de setembro a março. As sementes são dispersadas por animais principalmente pássaros. Psidium Guajava (S. E. Almoço) Pequena árvore sem decídua de até 6m de altura, tronco tortuoso, de casca lisa descamante tanifera, ramos novos quadrangulares, e pubescentes. Folhas obovadas, cartáceas, descoloris ate 12cm de comprimento, flores pequenas, brancas, solitárias, formadas na primavera. Mucuna pruriens (J. F. Mouzinho; S. J. Changadeia). Apresentam um caule escandente, folhas trifoliadas, a cor da semente é castanha preto ou creme e com fruto de tamanho mais curto que 10 de comprimento. É uma espécie anual que chega a medir até 20 metros, e possui flores roxas ou purpúreas e vagens oblongas. É
  • 23. 22 cultivada em outras regiões do planeta, inclusive no Brasil, como ornamental, forrageira e como adubo verde. Também é conhecida pelos nomes de feijão-cabeludo-da-índia, feijão-de-gado, feijão-mucuna,feijão-macaco, feijão-maluco, feijão-veludo e mucuna-vilosa. Família Lamiaceae Pycnostachys spp (N. M. Maveneca; X. Domingos) Apresentam-se em forma de ervas, arbustos ou árvores, folha do tipo simples pode estar disposta de maneiras opostas ou verticalmente, o limbo as vezes está inteiro outras vezes pode-se apresentar dentados ou partido, todo tem pêlos que são responsáveis pela secreção dos aromas. Família Anacardiaceae Mangífera indica (I. S. Nhamajodo; O. A. António) É uma espécie de planta pertencente a família anacardiaceae, uma planta vascular angiospérmica, uma grande arvore frutífera, que apresenta tronco com
  • 24. 23 ramificações, presença de folhas comum limbo simples. São plantas que produzem frutos vulgarmente conhecidos por manga. As mangueiras são capazes de atingir a uma altura de 30 metros (100 pés) e uma circunferência média de 3,7 metros (12 pés) as vezes chegando a 6 metros (20 pés). Família Rubiaceae Vangeria Cyanescens (H. N. Da Costa Xavier) A Vangueria cyanescens é uma pequena árvore cujo elíptico é ovado, grande (80-150 x 40-90), um pouco fino e sem couro, ápice sem pêlos, afilando-se amplamente, sua base lobada ou afilada; margem ondulada. Flores em cachos axilares, verde amarelado, com lóbulos de cálices curtos e afilados. Fruta drupa, esférica, com cerca de 25 mm de diâmetro, de cor amarelada a castanha alaranjada, com ponta de cicatriz circular (restos de cálice). Também se assemelha ao Pachystigmabowkeri, uma espécie florestal de grande porte. folhas sem pêlos e flores com longos (até 10 mm), lóbulos em forma de cinta, cálice.
  • 25. 24 Família Cactaceae Pilosocereus polygonus (N. J. M. Machava). O Pilosocereus polygonus é uma Cactaceae cuja distribuição compreende grande parte da região intertropical das Américas, nomeadamente do sul da Florida. Sua formação pode ser arbustiva ou arbórea, chegando a atingir a altura de 4 metros, desenvolvendo-se em solos rasos e pedregosos e apresentando numerosos espinhos, fortes e pontiagudos em suas aréolas. Suas flores são brancas e seu fruto, com coloração avermelhada quando maduro, é comestível, saboroso e rico em minerais. Ficus indica (B. B. P. Manhiche) O caule apresenta cor verde escura acinzentada, e são recobertos por uma camada de cera, elas têm pouco ou nenhum espinho, as flores são grandes, vistosas, e
  • 26. 25 podem ser brancas, amarelas, laranjas ou vermelhas. O fruto que segue e tipo baga, de formato variado, geralmente ovóide, de cor amarela, laranja, vermelha. Suas raízes não ultrapassam 30cm, elas, no entanto são carnosa e apresentam características únicas de adaptação a ambiente desérticos, os ramos são modificados e chamado de artículos ou cladódios. Família Verbenaceae Lantana Camara (A. S. Mangueza) A Lantana Camara é um arbusto perene, ramificado, de textura semi-herbácea, florífero, piloso. Mede 0,50-2,0 metros de altura e possuem ramos erectos ou reclinados. As inflorescências são compostas de numerosas flores, formando mini-buquês de cores variadas como laranja, rosa, vermelhos, amarelo e branco. Podendo ainda ocorrer colorações diferentes numa mesma inflorescência.
  • 27. 26 Família Capparaceae Capparis Sepiaria (M. J. Dina) Árvore arbustiva com ramos lenhosos, glabros ou com tricomos simples lipídotos ou estreladas folhas sésseis ou pecíolo dos, com ou sem estipulos alternadas as vezes com gesto no ápice dos ramos. Com gestos no ápice dos ramos. Flores aclinomorfas, tetrameros, pendiculadas, brácteas, 1-2 bacias pendiculos, globro, e mede 20 mm. Família Rutaceae Fagaropsi Angolensis (J. Da L. Tomás; S. S. Sebastião) É uma árvore caducifólia com uma coroa que se estende, geralmente cresce de 7 a 24 metros de altura. O tronco
  • 28. 27 geralmente é reto e cilíndrico, possui até 100 cm de diâmetro e sua casca é cinza-rosada. Família Combretaceae Combretum Zeyheri (J. N. John) É uma árvore caducifólia ou semi-decidua de até 10 a 15 metros de altura com um corvo arredondado, ramificado e depois com troncos torcidos, a casca no caule mais jovem é esbranquiçada e peluda; caules tem nós proeminentemente espessos, os pequenos galhos suaves e escamados, são avermelhados e caídos.
  • 29. 28 BIBLIOGRAFIA Britannica. (2017). Gramíneas. Disponível em: http://escola.britannica.com.br/levels/fundamental/article/gram%C3%ADnea/481402. Issufo, A; Fernandes, C; Segundo, F; Conjane, N; Manjate, W; Lisboa, M & Bulaque, C.,(2017). Mapa temático do Jardim Botânico do ISPM. In: Trabalho Independente do Bloco de Construções Ecológicas. Instituto Superior Politécnico de Manica, Matsinho. Magodo, Z.J. (2017). Identificação de plantas (gramíneas). In: Apostila para curso de Ecoturismo e Gestão de Fauna Bravia. Instituto Superior Politécnico de Manica, Matsinho. Roodt, Veronica. (2015). Grasses & Grazers of Botswana and the surrounding savana. Struik Nature. 1953/000441/07. Penguin Random House South Africa.