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Sábado, 21 de agosto de 2021.


4ª SEMANA DO SALTÉRIO.


SÁBADO


TEMPO COMUM




20ª semana do Tempo
Comum.
SÃO PIO X, PAPA


Memória


Nasceu na aldeia de Riese, na região de Veneza (Itália),
em 1835. Depois de ter desempenhado santamente o
ministério sacerdotal, foi sucessivamente bispo de
Mântua, patriarca de Veneza, e papa, eleito no ano 1903.
Adotou como lema do seu pontificado “Restaurar todas
as coisas em Cristo”, ideal que de fato orientou a sua
ação pontifícia, na simplicidade de espírito, pobreza e
fortaleza, dando assim um novo incremento à vida cristã
na Igreja. Teve também de combater energicamente
contra os erros que nela se infiltravam. Morreu no dia 20
de Agosto de 1914.


_____________________________________


Quando se reza sozinho pode-se dizer a seguinte oração:


Abri, Senhor, os meus lábios para bendizer o vosso santo
nome. Purificai o meu coração de todos os pensamentos
vãos, desordenados e estranhos. Iluminai o meu
entendimento e inflamai minha vontade para que eu
possa rezar digna, atenta e devotamente este Ofício, e
mereça ser atendido na presença de vossa divina
Majestade. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.


__________________
O Invitatório tem seu lugar no início da oração cotidiana, ou seja,
antepõe-se ao Ofício das Leituras, ou às Laudes, conforme se
comece o dia por uma ou por outra ação litúrgica.


V. Abri os meus lábios, ó Senhor.


R. E minha boca anunciará vosso louvor.


Em seguida diz-se o Salmo 94(95) com sua antífona, em forma
responsorial. Anuncia-se a antífona e imediatamente repete-se a
mesma.


R. A Jesus Cristo, o Bom Pastor,


oh! vinde, todos, adoremos.


Salmo 94(95)


Convite ao louvor de Deus


Animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda
se disser ‘hoje’(Hb 3,13).


– 1Vinde, exultemos de alegria no Senhor, *


aclamemos o Rochedo que nos salva!


– 2Ao seu encontro caminhemos com louvores, *


e com cantos de alegria o celebremos!


R. A Jesus Cristo, o Bom Pastor,


oh! vinde, todos, adoremos.
– 3Na verdade, o Senhor é o grande Deus, *


o grande Rei, muito maior que os deuses todos.


– 4Tem nas mãos as profundezas dos abismos, *


e as alturas das montanhas lhe pertencem;


– 5o mar é dele, pois foi ele quem o fez, *


e a terra firme suas mãos a modelaram.


R. A Jesus Cristo, o Bom Pastor,


oh! vinde, todos, adoremos.


– 6Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, *


e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!


= 7Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, †


e nós somos o seu povo e seu rebanho, *


as ovelhas que conduz com sua mão.


R. A Jesus Cristo, o Bom Pastor,


oh! vinde, todos, adoremos.


= 8Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: †


“Não fecheis os corações como em Meriba, *


9como em Massa, no deserto, aquele dia,


– em que outrora vossos pais me provocaram, *


apesar de terem visto as minhas obras”.


R. A Jesus Cristo, o Bom Pastor,


oh! vinde, todos, adoremos.
= 10Quarenta anos desgostou-me aquela raça †


e eu disse: “Eis um povo transviado, *


11seu coração não conheceu os meus caminhos!”


– E por isso lhes jurei na minha ira: *


“Não entrarão no meu repouso prometido!”


R. A Jesus Cristo, o Bom Pastor,


oh! vinde, todos, adoremos.


– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *


Como era no princípio, agora e sempre. Amém.


R. A Jesus Cristo, o Bom Pastor,


oh! vinde, todos, adoremos.


Laudes


Hino


(página 1523)


Para um pastor:


Hoje cantamos o triunfo


do guia sábio e bom pastor;


que já reina entre os eleitos


a testemunha do Senhor.
Sentado à cátedra de Pedro,


de imensa grei mestre e pastor,


abriu do Reino eterno a porta,


guardando as chaves do Senhor.


Oremos para que, bondoso,


peça perdão para os faltosos,


e sua prece nos conduza


do céu aos cumes luminosos.


Poder, louvor, honra e glória


ao Deus eterno e verdadeiro,


que, em suas leis, rege e sustenta,


governa e guia o mundo inteiro.


Salmodia


(página 1109)


Ant.1 Como é bom salmodiar em louvor ao Deus
Altíssimo!


Salmo 91(92)


Louvor ao Deus Criador


Louvores se proclamam pelos feitos do Cristo (Sto.
Atanásio).
–2 Como é bom agradecermos ao Senhor *


e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo!


–3 Anunciar pela manhã vossa bondade, *


e o vosso amor fiel, a noite inteira,


–4 ao som da lira de dez cordas e da harpa, *


com canto acompanhado ao som da cítara.


–5 Pois me alegrastes, ó Senhor, com vossos feitos, *


e rejubilo de alegria em vossas obras.


–6 Quão imensas, ó Senhor, são vossas obras, *


quão profundos são os vossos pensamentos!


–7 Só o homem insensato não entende, *


só o estulto não percebe nada disso!


–8 Mesmo que os ímpios floresçam como a erva, *


ou prosperem igualmente os malfeitores,


– são destinados a perder-se para sempre. *


9 Vós, porém, sois o Excelso eternamente!


=10 Eis que os vossos inimigos, ó Senhor, †


eis que os vossos inimigos vão perder-se, *


e os malfeitores serão todos dispersados.


–11 Vós me destes toda a força de um touro, *


e sobre mim um óleo puro derramastes;


–12 triunfante posso olhar meus inimigos, *


vitorioso escuto a voz de seus gemidos.
–13 O justo crescerá como a palmeira, *


florirá igual ao cedro que há no Líbano;


–14 na casa do Senhor estão plantados, *


nos átrios de meu Deus florescerão.


–15 Mesmo no tempo da velhice darão frutos, *


cheios de seiva e de folhas verdejantes;


–16 e dirão: 'É justo mesmo o Senhor Deus: *


meu Rochedo, não existe nele o mal!'


– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *


Como era no princípio, agora e sempre. Amém.


Ant. Como é bom salmodiar em louvor ao Deus
Altíssimo!


Ant.2 Dar-vos-ei um novo espírito e um novo coração.


Cântico Ez 36,24-28


Deus renovará o seu povo


Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles
(Ap 21,3).
=24 Haverei de retirar-vos do meio das nações, †


haverei de reunir-vos de todos os países, *


e de volta eu levarei todos vós à vossa terra.


=25 Haverei de derramar sobre vós uma água pura, †


e de vossas imundícies sereis purificados; *


sim, sereis purificados de toda a idolatria.


=26 Dar-vos-ei um novo espírito e um novo coração; †


tirarei de vosso peito este coração de pedra, *


no lugar colocarei novo coração de carne.


=27 Haverei de derramar meu Espírito em vós †


e farei que caminheis obedecendo a meus preceitos, *


que observeis meus mandamentos e guardeis a minha
Lei.


=28 E havereis de habitar aquela terra prometida, †


que nos tempos do passado eu doei a vossos pais, *


e sereis sempre o meu povo e eu serei o vosso Deus!


– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *


Como era no princípio, agora e sempre. Amém.


Ant. Dar-vos-ei um novo espírito e um novo coração.
Ant.3 O perfeito louvor vos é dado


pelos lábios dos mais pequeninos.


Salmo 8


Majestade de Deus e dignidade do homem


Ele pôs tudo sob os seus pés, e fez dele, que está acima
de tudo, a Cabeça da Igreja (Ef 1,22).


–2 Ó Senhor nosso Deus, como é grande *


vosso nome por todo o universo!


– Desdobrastes nos céus vossa glória *


com grandeza, esplendor, majestade.


=3 O perfeito louvor vos é dado †


pelos lábios dos mais pequeninos, *


de crianças que a mãe amamenta.


– Eis a força que opondes aos maus, *


reduzindo o inimigo ao silêncio.


–4 Contemplando estes céus que plasmastes *


e formastes com dedos de artista;


– vendo a lua e estrelas brilhantes, *


5 perguntamos: 'Senhor, que é o homem,


– para dele assim vos lembrardes *


e o tratardes com tanto carinho?'
–6 Pouco abaixo de Deus o fizestes, *


coroando-o de glória e esplendor;


–7 vós lhe destes poder sobre tudo, *


vossas obras aos pés lhe pusestes:


–8 as ovelhas, os bois, os rebanhos, *


todo o gado e as feras da mata;


–9 passarinhos e peixes dos mares, *


todo ser que se move nas águas.


–10 Ó Senhor nosso Deus, como é grande *


vosso nome por todo o universo!


– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *


Como era no princípio, agora e sempre. Amém.


Ant. O perfeito louvor vos é dado


pelos lábios dos mais pequeninos.


Leitura breve. Hb 13,7-9a


(Página 1525)


Lembrai-vos de vossos dirigentes, que vos pregaram a
palavra de Deus, e, considerando o fim de sua vida,
imitai-lhes a fé. Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje e
por toda a eternidade. Não vos deixeis enganar por
qualquer espécie de doutrina estranha.
Responsório breve


R. Colocastes sentinelas


* Vigiando vosso povo. R. Colocastes.


V. Anunciam, dia e noite, vosso nome, ó Senhor.


* Vigiando. Glória ao Pai. R. Colocastes.


Cântico evangélico (Benedictus)


Lc 1,68-79


(página 1525)


Ant. Não sois vós quem falareis,


é o Espírito do Pai que em vós há de falar.


O Messias e seu Precursor


–68 Bendito seja o Senhor Deus de Israel, *


porque a seu povo visitou e libertou;


–69 e fez surgir um poderoso Salvador *


na casa de Davi, seu servidor,


–70 como falara pela boca de seus santos, *


os profetas desde os tempos mais antigos,


–71 para salvar-nos do poder dos inimigos *


e da mão de todos quantos nos odeiam.
–72 Assim mostrou misericórdia a nossos pais, *


recordando a sua santa Aliança


–73 e o juramento a Abraão, o nosso pai, *


de conceder-nos 74 que, libertos do inimigo,


= a ele nós sirvamos sem temor †


75 em santidade e em justiça diante dele, *


enquanto perdurarem nossos dias.


=76 Serás profeta do Altíssimo, ó menino, †


pois irás andando à frente do Senhor *


para aplainar e preparar os seus caminhos,


–77 anunciando ao seu povo a salvação, *


que está na remissão de seus pecados;


–78 pela bondade e compaixão de nosso Deus, *


que sobre nós fará brilhar o Sol nascente,


–79 para iluminar a quantos jazem entre as trevas *


e na sombra da morte estão sentados


– e para dirigir os nossos passos, *


guiando-os no caminho da paz.


– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *


Como era no princípio, agora e sempre. Amém.


Ant. Não sois vós quem falareis,


é o Espírito do Pai que em vós há de falar.
Preces


(Página 1525)


Agradeçamos a Cristo, o bom Pastor que deu a vida por
suas ovelhas; e lhe peçamos:


R. Apascentai, Senhor, o vosso rebanho!


Cristo, quisestes mostrar vosso amor e misericórdia nos
santos pastores;


– por meio deles, sede sempre misericordioso para
conosco. R.


Através dos vossos representantes na terra, continuais a
ser o Pastor das nossas almas;


– não vos canseis de nos dirigir por intermédio de nossos
pastores. R.


Em vossos santos, que guiam os povos, sois o médico
dos corpos e das almas;


– não cesseis de exercer para conosco o ministério da
vida e da santidade. R.


Pela sabedoria e caridade dos santos, instruístes o vosso
rebanho;


– guiados pelos nossos pastores, fazei-nos crescer na
santidade. R.


(intenções livres)
E agora digamos juntos a oração que o Cristo Senhor nos
ensinou: Pai nosso...


Oração


(Página 1338)


Ó Deus, que para defender a fé católica e restaurar todas
as coisas em Cristo, cumulastes o papa São Pio X de
sabedoria divina e coragem apostólica, fazei-nos
alcançar o prêmio eterno, dóceis às suas instruções e
seus exemplos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.


Conclusão da Hora


O Senhor nos abençoe,


nos livre de todo o mal


e nos conduza à vida eterna. Amém.
PAPA FRANCISCO


Irmãos e irmãs, bom dia!


São Paulo, apaixonado por Jesus
Cristo, pois tinha entendido bem o que
era a salvação, ensinou-nos que os
«filhos da promessa» (Gl 4, 28) – isto
é, todos nós, justificados por Jesus
Cristo – não estão sob o vínculo da Lei,
mas são chamados ao estilo de vida
exigente na liberdade do Evangelho. No
entanto, a Lei existe. Mas existe de
outro modo: a mesma Lei, os Dez
Mandamentos, mas de outro modo,
pois uma vez que o Senhor Jesus veio
ela não pode justificar-se por si
mesma. E portanto, na catequese de
hoje, gostaria de explicar isto. E
perguntemo-nos: qual é, segundo a
Carta aos Gálatas, o papel da Lei? No
trecho que ouvimos, Paulo diz que a Lei
foi como um pedagogo. É uma bonita
imagem, a do pedagogo sobre o qual
falamos na audiência passada, uma
imagem que merece ser compreendida
no seu justo significado.


Parece que o Apóstolo sugere que os
cristãos dividem a história da salvação
em duas, e também a própria história
pessoal. São dois os momentos: antes
de se tornar crentes em Jesus Cristo e
depois de ter recebido a fé. No centro
está o acontecimento da morte e
ressurreição de Jesus, que Paulo
pregou a fim de suscitar a fé no Filho
de Deus, fonte da salvação, e somos
justificados em Cristo Jesus. Somos
justificados pela gratuidade da fé em
Cristo Jesus. Por conseguinte, partindo
da fé em Cristo, há um “antes” e um
“depois” em relação à própria Lei, pois
a lei existe, os Mandamentos existem,
mas há uma atitude antes da vinda de
Jesus e outra depois. A história anterior
é determinada pelo facto de estar “sob
a Lei”. E quem percorria o caminho da
Lei se salvava, era justificado; a
história sucessiva – depois da vinda de
Jesus – deve ser vivida seguindo o
Espírito Santo (cf. Gl 5, 25). É a
primeira vez que Paulo usa esta
expressão: estar “sob a Lei”. O
significado subjacente implica a ideia
de uma servidão negativa, típica dos
escravos: “estar submetido”. O
Apóstolo torna-o explícito, dizendo que
quando se está “sob a Lei” é como ser
“vigiado” e “preso”, uma espécie de
prisão preventiva. Este tempo, diz São
Paulo, durou muito – desde Moisés até
à vinda de Jesus – e perpetua-se
enquanto se vive no pecado.


A relação entre a Lei e o pecado será
e x p l i c a d a d e u m a f o r m a m a i s
sistemática pelo Apóstolo na sua Carta
aos Romanos, escrita alguns anos após
a Carta aos Gálatas. Em síntese, a Lei
leva a definir a transgressão e a tornar
as pessoas conscientes do próprio
pecado: “Fizeste isto, portanto a Lei –
os Dez Mandamentos – diz assim: tu
estás no pecado”. Aliás, como ensina a
experiência comum, o preceito acaba
por estimular a transgressão. Na Carta
aos Romanos, escreve: «Quando
estávamos na carne, as paixões
pecaminosas, fortalecidas pela lei,
operavam nos nossos membros e
produziam frutos para a morte. Agora,
porém, livres da lei, estamos mortos
para o que nos sujeitara, de modo que
servimos num espírito novo e não
segundo uma lei antiquada» (7, 5-6).
Porquê? Porque veio a justificação de
Jesus Cristo. Paulo expõe a sua visão
da Lei: «O aguilhão da morte é o
pecado, e a força do pecado é a Lei» (1
Cor 15, 56). Um diálogo: tu estás
submetido à Lei, e estás ali com a
porta aberta ao pecado.


Neste contexto, a referência ao papel
pedagógico desempenhado pela Lei
assume o seu pleno sentido. Mas a Lei
é o pedagogo, que te leva para onde?
Para Jesus. No sistema escolar da
antiguidade, o pedagogo não tinha a
função que lhe atribuímos hoje, ou
seja, dar educação a um jovem ou a
uma jovem. Naquela época, ele era um
escravo cuja tarefa consistia em
acompanhar o filho do dono ao mestre
e depois trazê-lo para casa. Desta
forma devia protegê-lo do perigo,
vigiar para que não se comportasse
mal. A sua função era bastante
disciplinar. Quando o jovem se tornava
adulto, o pedagogo cessava as suas
funções. O pedagogo ao qual Paulo se
referia não era o professor, mas aquele
que o acompanhava à escola, vigiava
sobre o menino e depois levava-o para
casa.


A referência à Lei, nestes termos,
permite que São Paulo esclareça a sua
função na história de Israel. A Torá,
isto é, a Lei, fora um ato de
magnanimidade por parte de Deus para
com o seu povo. Depois da eleição de
Abraão, outro ato importante foi a Lei:
definir o caminho para ir em frente.
Certamente tinha funções restritivas,
mas ao mesmo tempo protegia o povo,
educava-o, disciplinava-o e apoiava-o
na sua fraqueza, sobretudo com a
proteção face ao paganismo; naqueles
tempos, havia muitos comportamentos
pagãos. A Torá diz: “Existe um único
Deus que nos pôs a caminho”. Um ato
de bondade do Senhor. E certamente,
como eu já disse, tivera funções
restritivas, mas ao mesmo tempo,
p r o t e g e r a o p o v o , e d u c a r a - o ,
disciplinara-o, apoiara-o na sua
debilidade. É por esta razão que o
Apóstolo reflete sucessivamente,
descrevendo a fase da menoridade. Diz
assim: «Enquanto o herdeiro é menino,
em nada difere do servo, ainda que
seja senhor de tudo, pois está sob o
domínio de tutores e administradores,
até ao dia determinado pelo pai. Assim
também nós, quando éramos meninos,
estávamos subjugados pelos elementos
do mundo» (Gl 4, 1-3). Em síntese, a
convicção do Apóstolo é que a Lei tem
certamente uma função positiva –
portanto, como pedagogo, leva em
frente – mas é uma função limitada no
tempo. A sua duração não pode ser
prolongada além, pois está ligada ao
amadurecimento das pessoas e à sua
escolha de liberdade. Quando se chega
à fé, a Lei esgota o seu valor
propedêutico e deve dar lugar a outra
autoridade. O que isto significa? Que
quando acaba a Lei, podemos dizer:
“Cremos em Jesus Cristo e fazemos o
q u e n o s a p e t e c e ? ”. N ã o ! O s
Mandamentos existem, mas não nos
justificam. Quem nos justifica é Jesus
C r i s t o . D e v e m o s o b s e r v a r o s
Mandamentos, mas eles não nos dão a
justiça; há a gratuidade de Jesus
Cristo, o encontro com Jesus Cristo que
nos justifica gratuitamente. O mérito
da fé é receber Jesus. O único mérito:
abrir o coração. E o que fazemos com
os Mandamentos? Devemos observá-
los, mas como ajuda para o encontro
com Jesus Cristo.
Este ensinamento sobre o valor da lei é
muito importante e merece ser
considerado cuidadosamente para não
cair em equívocos nem dar passos
falsos. Far-nos-á bem perguntar-nos se
ainda vivemos no período em que
precisamos da Lei, ou se estamos bem
conscientes de que recebemos a graça
de nos tornarmos filhos de Deus para
viver no amor. De que maneira vivo?
Temendo que se eu não fizer isto, irei
para o inferno? Ou vivo também com
aquela esperança, com a alegria da
gratuidade da salvação em Jesus
Cristo? É uma boa pergunta. E também
a segunda: desprezo os Mandamentos?
Não! Observo-os, mas não como
absolutos, pois sei que quem me
justifica é Jesus Cristo.

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Laudes 21 de agosto de 2021.

  • 1. Sábado, 21 de agosto de 2021. 4ª SEMANA DO SALTÉRIO. SÁBADO TEMPO COMUM 20ª semana do Tempo Comum.
  • 2. SÃO PIO X, PAPA Memória Nasceu na aldeia de Riese, na região de Veneza (Itália), em 1835. Depois de ter desempenhado santamente o ministério sacerdotal, foi sucessivamente bispo de Mântua, patriarca de Veneza, e papa, eleito no ano 1903. Adotou como lema do seu pontificado “Restaurar todas as coisas em Cristo”, ideal que de fato orientou a sua ação pontifícia, na simplicidade de espírito, pobreza e fortaleza, dando assim um novo incremento à vida cristã na Igreja. Teve também de combater energicamente contra os erros que nela se infiltravam. Morreu no dia 20 de Agosto de 1914. _____________________________________ Quando se reza sozinho pode-se dizer a seguinte oração: Abri, Senhor, os meus lábios para bendizer o vosso santo nome. Purificai o meu coração de todos os pensamentos vãos, desordenados e estranhos. Iluminai o meu entendimento e inflamai minha vontade para que eu possa rezar digna, atenta e devotamente este Ofício, e mereça ser atendido na presença de vossa divina Majestade. Por Cristo, nosso Senhor. Amém. __________________
  • 3. O Invitatório tem seu lugar no início da oração cotidiana, ou seja, antepõe-se ao Ofício das Leituras, ou às Laudes, conforme se comece o dia por uma ou por outra ação litúrgica. V. Abri os meus lábios, ó Senhor. R. E minha boca anunciará vosso louvor. Em seguida diz-se o Salmo 94(95) com sua antífona, em forma responsorial. Anuncia-se a antífona e imediatamente repete-se a mesma. R. A Jesus Cristo, o Bom Pastor, oh! vinde, todos, adoremos. Salmo 94(95) Convite ao louvor de Deus Animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser ‘hoje’(Hb 3,13). – 1Vinde, exultemos de alegria no Senhor, * aclamemos o Rochedo que nos salva! – 2Ao seu encontro caminhemos com louvores, * e com cantos de alegria o celebremos! R. A Jesus Cristo, o Bom Pastor, oh! vinde, todos, adoremos.
  • 4. – 3Na verdade, o Senhor é o grande Deus, * o grande Rei, muito maior que os deuses todos. – 4Tem nas mãos as profundezas dos abismos, * e as alturas das montanhas lhe pertencem; – 5o mar é dele, pois foi ele quem o fez, * e a terra firme suas mãos a modelaram. R. A Jesus Cristo, o Bom Pastor, oh! vinde, todos, adoremos. – 6Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, * e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! = 7Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, † e nós somos o seu povo e seu rebanho, * as ovelhas que conduz com sua mão. R. A Jesus Cristo, o Bom Pastor, oh! vinde, todos, adoremos. = 8Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: † “Não fecheis os corações como em Meriba, * 9como em Massa, no deserto, aquele dia, – em que outrora vossos pais me provocaram, * apesar de terem visto as minhas obras”. R. A Jesus Cristo, o Bom Pastor, oh! vinde, todos, adoremos.
  • 5. = 10Quarenta anos desgostou-me aquela raça † e eu disse: “Eis um povo transviado, * 11seu coração não conheceu os meus caminhos!” – E por isso lhes jurei na minha ira: * “Não entrarão no meu repouso prometido!” R. A Jesus Cristo, o Bom Pastor, oh! vinde, todos, adoremos. – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * Como era no princípio, agora e sempre. Amém. R. A Jesus Cristo, o Bom Pastor, oh! vinde, todos, adoremos. Laudes Hino (página 1523) Para um pastor: Hoje cantamos o triunfo do guia sábio e bom pastor; que já reina entre os eleitos a testemunha do Senhor.
  • 6. Sentado à cátedra de Pedro, de imensa grei mestre e pastor, abriu do Reino eterno a porta, guardando as chaves do Senhor. Oremos para que, bondoso, peça perdão para os faltosos, e sua prece nos conduza do céu aos cumes luminosos. Poder, louvor, honra e glória ao Deus eterno e verdadeiro, que, em suas leis, rege e sustenta, governa e guia o mundo inteiro. Salmodia (página 1109) Ant.1 Como é bom salmodiar em louvor ao Deus Altíssimo! Salmo 91(92) Louvor ao Deus Criador Louvores se proclamam pelos feitos do Cristo (Sto. Atanásio).
  • 7. –2 Como é bom agradecermos ao Senhor * e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo! –3 Anunciar pela manhã vossa bondade, * e o vosso amor fiel, a noite inteira, –4 ao som da lira de dez cordas e da harpa, * com canto acompanhado ao som da cítara. –5 Pois me alegrastes, ó Senhor, com vossos feitos, * e rejubilo de alegria em vossas obras. –6 Quão imensas, ó Senhor, são vossas obras, * quão profundos são os vossos pensamentos! –7 Só o homem insensato não entende, * só o estulto não percebe nada disso! –8 Mesmo que os ímpios floresçam como a erva, * ou prosperem igualmente os malfeitores, – são destinados a perder-se para sempre. * 9 Vós, porém, sois o Excelso eternamente! =10 Eis que os vossos inimigos, ó Senhor, † eis que os vossos inimigos vão perder-se, * e os malfeitores serão todos dispersados. –11 Vós me destes toda a força de um touro, * e sobre mim um óleo puro derramastes; –12 triunfante posso olhar meus inimigos, * vitorioso escuto a voz de seus gemidos.
  • 8. –13 O justo crescerá como a palmeira, * florirá igual ao cedro que há no Líbano; –14 na casa do Senhor estão plantados, * nos átrios de meu Deus florescerão. –15 Mesmo no tempo da velhice darão frutos, * cheios de seiva e de folhas verdejantes; –16 e dirão: 'É justo mesmo o Senhor Deus: * meu Rochedo, não existe nele o mal!' – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Ant. Como é bom salmodiar em louvor ao Deus Altíssimo! Ant.2 Dar-vos-ei um novo espírito e um novo coração. Cântico Ez 36,24-28 Deus renovará o seu povo Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles (Ap 21,3).
  • 9. =24 Haverei de retirar-vos do meio das nações, † haverei de reunir-vos de todos os países, * e de volta eu levarei todos vós à vossa terra. =25 Haverei de derramar sobre vós uma água pura, † e de vossas imundícies sereis purificados; * sim, sereis purificados de toda a idolatria. =26 Dar-vos-ei um novo espírito e um novo coração; † tirarei de vosso peito este coração de pedra, * no lugar colocarei novo coração de carne. =27 Haverei de derramar meu Espírito em vós † e farei que caminheis obedecendo a meus preceitos, * que observeis meus mandamentos e guardeis a minha Lei. =28 E havereis de habitar aquela terra prometida, † que nos tempos do passado eu doei a vossos pais, * e sereis sempre o meu povo e eu serei o vosso Deus! – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Ant. Dar-vos-ei um novo espírito e um novo coração.
  • 10. Ant.3 O perfeito louvor vos é dado pelos lábios dos mais pequeninos. Salmo 8 Majestade de Deus e dignidade do homem Ele pôs tudo sob os seus pés, e fez dele, que está acima de tudo, a Cabeça da Igreja (Ef 1,22). –2 Ó Senhor nosso Deus, como é grande * vosso nome por todo o universo! – Desdobrastes nos céus vossa glória * com grandeza, esplendor, majestade. =3 O perfeito louvor vos é dado † pelos lábios dos mais pequeninos, * de crianças que a mãe amamenta. – Eis a força que opondes aos maus, * reduzindo o inimigo ao silêncio. –4 Contemplando estes céus que plasmastes * e formastes com dedos de artista; – vendo a lua e estrelas brilhantes, * 5 perguntamos: 'Senhor, que é o homem, – para dele assim vos lembrardes * e o tratardes com tanto carinho?'
  • 11. –6 Pouco abaixo de Deus o fizestes, * coroando-o de glória e esplendor; –7 vós lhe destes poder sobre tudo, * vossas obras aos pés lhe pusestes: –8 as ovelhas, os bois, os rebanhos, * todo o gado e as feras da mata; –9 passarinhos e peixes dos mares, * todo ser que se move nas águas. –10 Ó Senhor nosso Deus, como é grande * vosso nome por todo o universo! – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Ant. O perfeito louvor vos é dado pelos lábios dos mais pequeninos. Leitura breve. Hb 13,7-9a (Página 1525) Lembrai-vos de vossos dirigentes, que vos pregaram a palavra de Deus, e, considerando o fim de sua vida, imitai-lhes a fé. Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje e por toda a eternidade. Não vos deixeis enganar por qualquer espécie de doutrina estranha.
  • 12. Responsório breve R. Colocastes sentinelas * Vigiando vosso povo. R. Colocastes. V. Anunciam, dia e noite, vosso nome, ó Senhor. * Vigiando. Glória ao Pai. R. Colocastes. Cântico evangélico (Benedictus) Lc 1,68-79 (página 1525) Ant. Não sois vós quem falareis, é o Espírito do Pai que em vós há de falar. O Messias e seu Precursor –68 Bendito seja o Senhor Deus de Israel, * porque a seu povo visitou e libertou; –69 e fez surgir um poderoso Salvador * na casa de Davi, seu servidor, –70 como falara pela boca de seus santos, * os profetas desde os tempos mais antigos, –71 para salvar-nos do poder dos inimigos * e da mão de todos quantos nos odeiam.
  • 13. –72 Assim mostrou misericórdia a nossos pais, * recordando a sua santa Aliança –73 e o juramento a Abraão, o nosso pai, * de conceder-nos 74 que, libertos do inimigo, = a ele nós sirvamos sem temor † 75 em santidade e em justiça diante dele, * enquanto perdurarem nossos dias. =76 Serás profeta do Altíssimo, ó menino, † pois irás andando à frente do Senhor * para aplainar e preparar os seus caminhos, –77 anunciando ao seu povo a salvação, * que está na remissão de seus pecados; –78 pela bondade e compaixão de nosso Deus, * que sobre nós fará brilhar o Sol nascente, –79 para iluminar a quantos jazem entre as trevas * e na sombra da morte estão sentados – e para dirigir os nossos passos, * guiando-os no caminho da paz. – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Ant. Não sois vós quem falareis, é o Espírito do Pai que em vós há de falar.
  • 14. Preces (Página 1525) Agradeçamos a Cristo, o bom Pastor que deu a vida por suas ovelhas; e lhe peçamos: R. Apascentai, Senhor, o vosso rebanho! Cristo, quisestes mostrar vosso amor e misericórdia nos santos pastores; – por meio deles, sede sempre misericordioso para conosco. R. Através dos vossos representantes na terra, continuais a ser o Pastor das nossas almas; – não vos canseis de nos dirigir por intermédio de nossos pastores. R. Em vossos santos, que guiam os povos, sois o médico dos corpos e das almas; – não cesseis de exercer para conosco o ministério da vida e da santidade. R. Pela sabedoria e caridade dos santos, instruístes o vosso rebanho; – guiados pelos nossos pastores, fazei-nos crescer na santidade. R. (intenções livres)
  • 15. E agora digamos juntos a oração que o Cristo Senhor nos ensinou: Pai nosso... Oração (Página 1338) Ó Deus, que para defender a fé católica e restaurar todas as coisas em Cristo, cumulastes o papa São Pio X de sabedoria divina e coragem apostólica, fazei-nos alcançar o prêmio eterno, dóceis às suas instruções e seus exemplos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Conclusão da Hora O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna. Amém.
  • 16. PAPA FRANCISCO Irmãos e irmãs, bom dia! São Paulo, apaixonado por Jesus Cristo, pois tinha entendido bem o que era a salvação, ensinou-nos que os «filhos da promessa» (Gl 4, 28) – isto é, todos nós, justificados por Jesus Cristo – não estão sob o vínculo da Lei, mas são chamados ao estilo de vida exigente na liberdade do Evangelho. No entanto, a Lei existe. Mas existe de outro modo: a mesma Lei, os Dez Mandamentos, mas de outro modo, pois uma vez que o Senhor Jesus veio ela não pode justificar-se por si mesma. E portanto, na catequese de hoje, gostaria de explicar isto. E perguntemo-nos: qual é, segundo a Carta aos Gálatas, o papel da Lei? No trecho que ouvimos, Paulo diz que a Lei foi como um pedagogo. É uma bonita imagem, a do pedagogo sobre o qual falamos na audiência passada, uma
  • 17. imagem que merece ser compreendida no seu justo significado. Parece que o Apóstolo sugere que os cristãos dividem a história da salvação em duas, e também a própria história pessoal. São dois os momentos: antes de se tornar crentes em Jesus Cristo e depois de ter recebido a fé. No centro está o acontecimento da morte e ressurreição de Jesus, que Paulo pregou a fim de suscitar a fé no Filho de Deus, fonte da salvação, e somos justificados em Cristo Jesus. Somos justificados pela gratuidade da fé em Cristo Jesus. Por conseguinte, partindo da fé em Cristo, há um “antes” e um “depois” em relação à própria Lei, pois a lei existe, os Mandamentos existem, mas há uma atitude antes da vinda de Jesus e outra depois. A história anterior é determinada pelo facto de estar “sob a Lei”. E quem percorria o caminho da Lei se salvava, era justificado; a história sucessiva – depois da vinda de
  • 18. Jesus – deve ser vivida seguindo o Espírito Santo (cf. Gl 5, 25). É a primeira vez que Paulo usa esta expressão: estar “sob a Lei”. O significado subjacente implica a ideia de uma servidão negativa, típica dos escravos: “estar submetido”. O Apóstolo torna-o explícito, dizendo que quando se está “sob a Lei” é como ser “vigiado” e “preso”, uma espécie de prisão preventiva. Este tempo, diz São Paulo, durou muito – desde Moisés até à vinda de Jesus – e perpetua-se enquanto se vive no pecado. A relação entre a Lei e o pecado será e x p l i c a d a d e u m a f o r m a m a i s sistemática pelo Apóstolo na sua Carta aos Romanos, escrita alguns anos após a Carta aos Gálatas. Em síntese, a Lei leva a definir a transgressão e a tornar as pessoas conscientes do próprio pecado: “Fizeste isto, portanto a Lei – os Dez Mandamentos – diz assim: tu estás no pecado”. Aliás, como ensina a
  • 19. experiência comum, o preceito acaba por estimular a transgressão. Na Carta aos Romanos, escreve: «Quando estávamos na carne, as paixões pecaminosas, fortalecidas pela lei, operavam nos nossos membros e produziam frutos para a morte. Agora, porém, livres da lei, estamos mortos para o que nos sujeitara, de modo que servimos num espírito novo e não segundo uma lei antiquada» (7, 5-6). Porquê? Porque veio a justificação de Jesus Cristo. Paulo expõe a sua visão da Lei: «O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei» (1 Cor 15, 56). Um diálogo: tu estás submetido à Lei, e estás ali com a porta aberta ao pecado. Neste contexto, a referência ao papel pedagógico desempenhado pela Lei assume o seu pleno sentido. Mas a Lei é o pedagogo, que te leva para onde? Para Jesus. No sistema escolar da antiguidade, o pedagogo não tinha a
  • 20. função que lhe atribuímos hoje, ou seja, dar educação a um jovem ou a uma jovem. Naquela época, ele era um escravo cuja tarefa consistia em acompanhar o filho do dono ao mestre e depois trazê-lo para casa. Desta forma devia protegê-lo do perigo, vigiar para que não se comportasse mal. A sua função era bastante disciplinar. Quando o jovem se tornava adulto, o pedagogo cessava as suas funções. O pedagogo ao qual Paulo se referia não era o professor, mas aquele que o acompanhava à escola, vigiava sobre o menino e depois levava-o para casa. A referência à Lei, nestes termos, permite que São Paulo esclareça a sua função na história de Israel. A Torá, isto é, a Lei, fora um ato de magnanimidade por parte de Deus para com o seu povo. Depois da eleição de Abraão, outro ato importante foi a Lei: definir o caminho para ir em frente.
  • 21. Certamente tinha funções restritivas, mas ao mesmo tempo protegia o povo, educava-o, disciplinava-o e apoiava-o na sua fraqueza, sobretudo com a proteção face ao paganismo; naqueles tempos, havia muitos comportamentos pagãos. A Torá diz: “Existe um único Deus que nos pôs a caminho”. Um ato de bondade do Senhor. E certamente, como eu já disse, tivera funções restritivas, mas ao mesmo tempo, p r o t e g e r a o p o v o , e d u c a r a - o , disciplinara-o, apoiara-o na sua debilidade. É por esta razão que o Apóstolo reflete sucessivamente, descrevendo a fase da menoridade. Diz assim: «Enquanto o herdeiro é menino, em nada difere do servo, ainda que seja senhor de tudo, pois está sob o domínio de tutores e administradores, até ao dia determinado pelo pai. Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos subjugados pelos elementos do mundo» (Gl 4, 1-3). Em síntese, a convicção do Apóstolo é que a Lei tem
  • 22. certamente uma função positiva – portanto, como pedagogo, leva em frente – mas é uma função limitada no tempo. A sua duração não pode ser prolongada além, pois está ligada ao amadurecimento das pessoas e à sua escolha de liberdade. Quando se chega à fé, a Lei esgota o seu valor propedêutico e deve dar lugar a outra autoridade. O que isto significa? Que quando acaba a Lei, podemos dizer: “Cremos em Jesus Cristo e fazemos o q u e n o s a p e t e c e ? ”. N ã o ! O s Mandamentos existem, mas não nos justificam. Quem nos justifica é Jesus C r i s t o . D e v e m o s o b s e r v a r o s Mandamentos, mas eles não nos dão a justiça; há a gratuidade de Jesus Cristo, o encontro com Jesus Cristo que nos justifica gratuitamente. O mérito da fé é receber Jesus. O único mérito: abrir o coração. E o que fazemos com os Mandamentos? Devemos observá- los, mas como ajuda para o encontro com Jesus Cristo.
  • 23. Este ensinamento sobre o valor da lei é muito importante e merece ser considerado cuidadosamente para não cair em equívocos nem dar passos falsos. Far-nos-á bem perguntar-nos se ainda vivemos no período em que precisamos da Lei, ou se estamos bem conscientes de que recebemos a graça de nos tornarmos filhos de Deus para viver no amor. De que maneira vivo? Temendo que se eu não fizer isto, irei para o inferno? Ou vivo também com aquela esperança, com a alegria da gratuidade da salvação em Jesus Cristo? É uma boa pergunta. E também a segunda: desprezo os Mandamentos? Não! Observo-os, mas não como absolutos, pois sei que quem me justifica é Jesus Cristo.