O documento discute o problema do plágio na criação literária e como grandes obras como O Código Da Vinci e Harry Potter já foram acusadas de plágio, embora sem sucesso. Também levanta a questão de onde se traça a linha entre inspiração e cópia, e a liberdade artística dos autores.
2. O
plagio vem sendo um pro-
blema decorrente em todos
os meios criativos possí-
veis. A pergunta que se faz,
é quando e como a inspira-
ção em outras obras pode ou não ser utili-
zada na criação de algo novo. Ultimamen-
te, cada vez mais escritores e autores são
acusados do plágio. Aparecem processos
até contra escritores de séculos passados,
como Shakespear. O grande problema no
processo de plágio é o como o dito tex-
to é analisado. As ideias que serviram de
inspiração podem ser consideradas co-
piadas? Onde fica a liberdade artística?
Onde começa e termina o aproveitamento
de ideias? Grandes tribunais ao redor do
mundo estão se debatendo sobre isso, e
na maioria dos casos, que a verdade seja
dita, eles expressam que autores não são
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nada mais nada menos do que grandes
pesquisadores. Nomes famosos como Jo-
gos Vorazes, Crepúsculo, Harry Potter, As
viagens de Pi e O Código DaVinci já pas-
saram por diversos processos sobre suas
autorias. Dificilmente, processos assim
conseguem alguma coisa além de deixar
as obras acusadas mais famosas ainda.
Muitas vezes, esses processos somente
são iniciados na esperança de dinheiro
fácil e atenção para a devida obra, mas
as vezes também é muito interessante ou-
vir sobre eles. A pesquisa sobre o que foi,
como e quando acusado de plágio faz sen-
tido muitas vezes, mas mesmo assim não
justifica até onde o plágio deve ser vali-
dado como tal. A seguir seguem as histó-
rias dos processos contra dois dos maio-
res Best-sellers mundiais que já passaram
pelas acusações de plágio repetidamente.
E se os
seus livros
favoritos
não fossem
originais...
3. O Código Da Vinci
D
an Brown lançou o seu livro
“ O Código DaVinci “ em
2003. Ele, hoje, conta como
um dos maiores best-sellers
mundiais com mais de 8 mi-
lhões de exemplares vendidos. Desde o seu
lançamento, porém, o autor foi acusado por
plágio diversas vezes. As acusações porém,
só fizeram o seu livro ficar mais famoso ain-
da. A trama difundiu a teoria de que Jesus
Cristo teria se casado com a ex-prostituta
Maria Madalena, não morrido na cruz e ter
ido um filho que sucedeu linhagem até os
dias atuais. O Vaticano estaria ciente disso
e fará qualquer coisa para manter tudo em
segredo. Dan Brown afirma que o seu livro
é meramente fictício, porém, o conteúdo re-
ferente ao evangelho apócrifo de Maria Ma-
dalena, o Priorado de Sião e o Santo Graal
real, fonte de muitas pesquisas com ajuda
da sua esposa historiadora, Blyte Brown. E
foram justamente essas pesquisas que leva-
ram tantos processos a ele. Os autores de um
estudo chamado “ The Holy Blood and the
Holy Graal “ ( O Sangue Sagrado e o Santo
Graal ), Michael Baignet e Richard Leight
processaram Brown sob acusação de plágio
referente a teoria do Santo Graal ( A teoria
de que o Graal, na verdade, é a descendên-
cia de Jesus e Maria Madalena) A Editora
American Random House defendeu o autor,
provando a entrega do livro completo antes
da publicação do estudo dos autores. Brown,
porém, nomeou um dos seus personagens de
Sir Leight, o que fortaleceu as acusações.
Ele afirma que leu a pesquisa dos autores,
e o seu personagem foi homenageado com
o nome de Leight devido a dedicação dos
autores á pesquisa. O caso foi perdido, e
o tribunal declarou que considera Brown,
apenas , um grande pesquisador. O ato da
pesquisa é perfeitamen-
te normal para escritores.
A grande pergunta então é
até onde as pesquisas po-
dem e devem ser utilizadas
em novas obras. Há quem
fala, que plágio m obras li-
terárias não existe, pois ao
escrever, o autor tem liber-
dade de escrever o que qui-
ser. No caso de Brown, ele
declarou desde do começo
ter se baseado numa séria
de outros autores sobre o
assunto do Santo Graal e
que foi somente isso: base.
Ele nega qualquer acusa-
ção de plagio e já vendeu
outros processos como de
Dr. Mikhail anikin autor
de “ Theologie in painta” e Lewis Perdue,
“ O legado de daVinci” e “ Filha de deus”.
“O Legado Da Vinci” De
Lewis Perdue
“O Sangue Sagrado e o
Santo Graal” De M. Bai-
gent, R. Leigh e H.Lincoln
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4. Harry Potter
J
.K Rowling publicou o seu livro
Harry Potter e a Pedra Filosofal
no ano de 2001, que rapidamen-
te se tornou um best-seller mun-
dial com mais de 120 milhões de
exemplares vendidos, tornando-a, a pri-
meira pessoa a ficar millionária escre-
vendo livros. Com toda a fama e sucesso
porém, vieram as repetidas acusações de
plágio contra a autora. A escritora ameri-
cana Nancy Stouffer entrou num processo
juridicial contra a criadora do bruxo mais
querido de todos os tempos. O nome do li-
vro dela , “ A Lenda de Rah e os Trouxas”
já sugere pelo título que alguma inspiração
do seu livro foi retirada e aproveitada na
história de Rowling. O processo porém, foi
perdido, e tanto editora quanto a própria
J.K Rowling afirmam nunce ter ouvido fa-
lar do dito livro. Mas esse não foi o único
case em qual a originalidade da história do
jovem Harryque descobre ser um bruxo,
é colocada em pauta. Outro escritor ame-
ricano, Adrian Jacobs (falecido, autor de
“ As Aventuras de Willy o Feiticeiro”, foi
recentemente representado por seus her-
deiros num processo que alega plágio no
quarto mlivro da franquia Harry Potter: O
Cálice de Fogo. De novo, o setor jurídi-
co mesmo analizando as acusações uma
por uma não consegue chegar a nemuma
conclusão definitiva já que o conceito de
plágio na literatura, é algo muito compli-
cado. Rowling foi dispensada do processo
e os custos, como geralmente é feito, fica-
ram com os processadores. Não há criança
no mundo hoje que não conhece a histó-
ria do “ Menino que sobreviveu”. Mesmo
se evidências concretas fossem achadas,
a probabilidade de serem ditas como ver-
dadeiras é perto de nunca. Mesmo com
tantos casos decorrentes destas situações,
ainda é dificl para leitores, escritores e ju-
ízes decidirem até onde a liberdade literá-
ria e artística vai. Até que ponto grandes
escritores prescisam ser grandes pesqui-
sadores e até onde isso ralmente importa
para o re- sultado final da obra;
principalmente para
aquelas que como-
vem o mundo.
“As Aventuras de Willy o Feiti-
ceiro” De Adrian Jacobs
“A Lenda de Rah e os
Trouxas” De N.K. Stouffer