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Trabalho
com
técnica
Mista:
Emotions

        

        Foi
escolhido
o
tema
Emotions,
ou
Emoções
em
português
para
o
trabalho

final
 do
 primeiro
 segmento
 da
 disciplina.
 Este
 trabalho
 abrange
 uma
 técnica

mista
com
16
fotogramas
por
segundo.


      É
 uma
 animação
 que
 engloba
 a
 mudança
 no
 estado
 de
 espírito
 de
 uma

pessoa,
que
poderia
interpretada
com
qualquer
um
de
nós;
seres
sencientes.


        Este
 trabalho
 pode
 ser
 explicado
 como
 uma
 metáfora
 à
 elevação

espiritual
 a
 partir
 do
 processo
 criativo,
 da
 atribuição
 de
 significados
 e
 do

controlo
 da
 mente.
 Tem,
 na
 sua
 essência,
 a
 mensagem
 de
 que
 o
 estado
 de
 bem

estar
 e
 felicidade
 vem
 do
 interior
 para
 o
 exterior
 do
 ser,
 e
 não
 o
 contrario.
 A

simbologia
de
tais
metáforas
encontra‐se
em
todo
o
desenrolar
desta
“evolução

emocional”,
 tanto
 a
 nível
 visual
 como
 auditivo.
 Aqui,
 todos
 os
 objectos,

intensidades
 luminosas,
 cores
 e
 símbolos
 representam
 o
 estado
 emocional
 do

personagem;
que
pode
ser
dividido
em
três
fases
ao
longo
da
animação.

       As
 três
 fases
 de
 Emotions
 pertencem
 às
 alterações
 no
 consciente
 do

personagem
 e,
 musicalmente,
 podemos
 distinguir
 a
 primeira
 fase
 da
 segunda
 e

terceira.


       Tudo
começa
com
uma
imagem
estática,
introdutória
ao
estado
inicial
da

consciência
 íntima
 do
 personagem
 principal:
 sentado
 no
 chão,
 de
 um
 modo

qualquer,
 direccionando‐se
 inseguramente
 para
 o
 vazio.
 De
 repente,
 quase
 na

direcção
 que
 aparenta
 ir
 o
 seu
 olhar,
 surge
 o
 título
 do
 tema
 “Emotions”,
 que

desvanece
 e
 dá
 o
 início
 à
 animação
 em
 si
 e
 transmite
 logo
 uma
 translação
 de

como
 as
 emoções
 são:
 tanto
 depressa
 aparecem
 como
 desaparecem,

inconscientemente
ou
não.


        Depressa
se
tem
em
conta
a
união
de
um
excerto
da
composição
musical

Toccata
 und
 Fuge
 de
 Bach
 com
 o
 ritmo,
 a
 postura
 e
 o
 interior
 do
 personagem:

existe
 tristeza,
 confusão
 e
 insegurança;
 uma
 agonia
 que
 parece
 gritar
 pela

insanidade.
Ele
muda
desesperadamente
de
posição,
põe
as
mãos
sobre
a
cara
ou

cabeça,
retrai‐se
sobre
os
joelhos...
Mas
não
cessa
o
seu
pensamento;
parece
que

tenta
 também
 combater
 interiormente
 aquilo
 que
 o
 atormenta.
 É
 assim
 que,

conforme
a
música
sobe
o
tom,
existe
um
esforço
desesperante
por
se
levantar
e

que
 acaba
 por
 conseguir
 faze‐lo;
 voltando
 assim
 as
 costas
 ao
 passado,
 à

demência
e
aflição
da
escuridão
e
abrindo
ao
mesmo
tempo
uma
porta
para
a
luz,

direccionando‐se
 para
 esta
 à
 procura
 de
 um
 novo
 estado
 emocional
 mais

agradável.

         É
 ao
 som
 alegre
 e
 progressivo
 de
 Music
 for
 a
 large
 ensemble
 de
 Steve

Reich
que
começa
a
segunda
fase
desta
animação:
aparece
parte
de
uma
mesa
ou

secretaria
 com
 uma
 iluminação
 muito
 mais
 ‘aberta’
 e
 definida,
 que
 mostra
 um

lápis,
 um
 bloco
 e
 folhas
 de
 várias
 cores
 ‐
 todos
 ferramentas
 de
 criação
 física
 e

intelectual:
factos
que
reflectem
agora
uma
maior
clareza
de
objectivos
por
parte

do
 personagem.
 Este
 é
 um
 plano
 de
 focagem
 que
 irá
 abranger
 todos
 os

elementos
 essenciais
 a
 uma
 boa
 compreensão
 do
 espectador
 para
 o
 desenrolar

da
história,
e
por
isso,
permanecerá
assim
até
ao
fim
desta.

       A
sombra
do
personagem
que
irá
aparecer
reflectida
na
parede,
afastada

da
 sua
 posição
 física
 é
 também
 uma
 alusão
 à
 distancia
 que
 ainda
 permanece

entre
 o
 seu
 “eu”
 físico
 e
 o
 seu
 “eu”
 mental;
 na
 medida
 em
 que
 ainda
 não

conseguiu
conciliar
estes
dois
no
mesmo
ponto,
na
sua
demanda
pelo
bem
estar

e
plenitude
totais.


         O
 personagem
 principal
 pega
 num
 lápis
 e
 depois
 numa
 folha
 de
 papel,

mostrando
a
sua
vontade
de
criar
algo.
Desenha
gentilmente
na
folha
um
ponto

de
interrogação
e
pousa
o
lápis,
depois
a
mão;
demonstrando
que
está
a
pensar

em
 algo,
 em
 criar
 algo
 que
 o
 possa
 ajudar
 na
 sua
 procura
 por
 um
 estado
 mais

feliz.
 É
 aqui
 que
 aparecem
 círculos
 desenhados
 ao
 ritmo
 musical,
 enquanto
 o

lápis
“dança”,
ilustrando
o
seu
raciocínio.

        Quando
 aparece
 o
 ponto
 de
 exclamação
 é
 aqui
 que,
 em
 sinergia
 visual
 e

auditiva,
quase
que
dá
para
“ouvir”
o
personagem
a
pensar
algo
como:
“Tive
uma

ideia!”,
enquanto
amarrota
a
folha
calmamente
e
arruma
o
lápis
para
desocupar

o
espaço
que
tem,
para
proceder
à
execução
da
sua
reflexão.

        Ao
mesmo
tempo
em
que
é
acrescentada
mais
uma
nota
musical
no
som,
é

tirada
uma
folha
verde;
cor
simbolizadora
da
esperança,
do
poder
da
Natureza,

do
equilíbrio
e
da
vontade
de
viver.
Esta
é
tranquilamente
abraçada
pelas
mãos

do
personagem,
até
a
cobre
totalmente
e,
como
que
por
magia,
quando
as
abre
a

folha
é
agora
um
coelho;
colocado
depois
ao
lado
do
bloco.

       Ansiosamente
é
pegada
a
folha
branca,
metáfora
para
a
busca
da
paz,
da

pureza
e
juventude;
tem
o
mesmo
rumo
que
a
folha
verde
e
transforma‐se
num

coelho
branco,
colocado
ao
lado
do
outro.

       Chega
a
vez
da
folha
azul,
que
representa
na
sua
cor
a
harmonia
e
o

espírito,
e
é
puxada
distintamente
com
um
dedo
e
transformada
num
coelho

azul;
que
é
posto
junto
aos
outros
dois.

        Criados
os
três
coelhos,
estes
ficam
durante
uma
leve
paragem
de
frames,

sem
sombra
e
completamente
iluminados
sob
o
ritmo
musical,
como
que

pedindo
uma
reflexão
ao
espectador
acerca
da
sua
presença
ali.
Os
coelhos
são
o

forte
símbolo
para
a
evolução
do
“eu”
do
personagem;
simbolizam
a
fertilidade,
o

renascimento
do
seu
estado
interior.


       É
assim
que
se
processa

a
terceira
fase
emocional
da
animação
e
a
figura

principal
aparece
‘musicalmente’
em
cena,
mais
conformada,
com
a

cabeça
sobre

os
braços;
juntando‐se
à
sua
sombra,
conciliando‐se
consigo
mesmo
naquele

momento.
Com
um
toque
único
e
especial
em
cada
coelho,
esta
dá‐lhes
vida

enquanto
esboça
um
sorriso.

       Tudo
isto
para
ilustrar
metaforicamente
o
seu
renascimento
interior,
a

sua
nova
conciliação
com
a
esperança,
a
vontade
de
viver,
o
seu
desejado
alcance

da
paz
e
harmonia
como
ser
senciente.


       O
personagem
principal
é
agora,
feliz.





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Memória Descritiva de Emotions

  • 1. Trabalho
com
técnica
Mista:
Emotions
 
 Foi
escolhido
o
tema
Emotions,
ou
Emoções
em
português
para
o
trabalho
 final
 do
 primeiro
 segmento
 da
 disciplina.
 Este
 trabalho
 abrange
 uma
 técnica
 mista
com
16
fotogramas
por
segundo.
 É
 uma
 animação
 que
 engloba
 a
 mudança
 no
 estado
 de
 espírito
 de
 uma
 pessoa,
que
poderia
interpretada
com
qualquer
um
de
nós;
seres
sencientes.
 Este
 trabalho
 pode
 ser
 explicado
 como
 uma
 metáfora
 à
 elevação
 espiritual
 a
 partir
 do
 processo
 criativo,
 da
 atribuição
 de
 significados
 e
 do
 controlo
 da
 mente.
 Tem,
 na
 sua
 essência,
 a
 mensagem
 de
 que
 o
 estado
 de
 bem
 estar
 e
 felicidade
 vem
 do
 interior
 para
 o
 exterior
 do
 ser,
 e
 não
 o
 contrario.
 A
 simbologia
de
tais
metáforas
encontra‐se
em
todo
o
desenrolar
desta
“evolução
 emocional”,
 tanto
 a
 nível
 visual
 como
 auditivo.
 Aqui,
 todos
 os
 objectos,
 intensidades
 luminosas,
 cores
 e
 símbolos
 representam
 o
 estado
 emocional
 do
 personagem;
que
pode
ser
dividido
em
três
fases
ao
longo
da
animação.
 As
 três
 fases
 de
 Emotions
 pertencem
 às
 alterações
 no
 consciente
 do
 personagem
 e,
 musicalmente,
 podemos
 distinguir
 a
 primeira
 fase
 da
 segunda
 e
 terceira.
 Tudo
começa
com
uma
imagem
estática,
introdutória
ao
estado
inicial
da
 consciência
 íntima
 do
 personagem
 principal:
 sentado
 no
 chão,
 de
 um
 modo
 qualquer,
 direccionando‐se
 inseguramente
 para
 o
 vazio.
 De
 repente,
 quase
 na
 direcção
 que
 aparenta
 ir
 o
 seu
 olhar,
 surge
 o
 título
 do
 tema
 “Emotions”,
 que
 desvanece
 e
 dá
 o
 início
 à
 animação
 em
 si
 e
 transmite
 logo
 uma
 translação
 de
 como
 as
 emoções
 são:
 tanto
 depressa
 aparecem
 como
 desaparecem,
 inconscientemente
ou
não.
 Depressa
se
tem
em
conta
a
união
de
um
excerto
da
composição
musical
 Toccata
 und
 Fuge
 de
 Bach
 com
 o
 ritmo,
 a
 postura
 e
 o
 interior
 do
 personagem:
 existe
 tristeza,
 confusão
 e
 insegurança;
 uma
 agonia
 que
 parece
 gritar
 pela
 insanidade.
Ele
muda
desesperadamente
de
posição,
põe
as
mãos
sobre
a
cara
ou
 cabeça,
retrai‐se
sobre
os
joelhos...
Mas
não
cessa
o
seu
pensamento;
parece
que
 tenta
 também
 combater
 interiormente
 aquilo
 que
 o
 atormenta.
 É
 assim
 que,
 conforme
a
música
sobe
o
tom,
existe
um
esforço
desesperante
por
se
levantar
e
 que
 acaba
 por
 conseguir
 faze‐lo;
 voltando
 assim
 as
 costas
 ao
 passado,
 à
 demência
e
aflição
da
escuridão
e
abrindo
ao
mesmo
tempo
uma
porta
para
a
luz,
 direccionando‐se
 para
 esta
 à
 procura
 de
 um
 novo
 estado
 emocional
 mais
 agradável.
 É
 ao
 som
 alegre
 e
 progressivo
 de
 Music
 for
 a
 large
 ensemble
 de
 Steve
 Reich
que
começa
a
segunda
fase
desta
animação:
aparece
parte
de
uma
mesa
ou
 secretaria
 com
 uma
 iluminação
 muito
 mais
 ‘aberta’
 e
 definida,
 que
 mostra
 um
 lápis,
 um
 bloco
 e
 folhas
 de
 várias
 cores
 ‐
 todos
 ferramentas
 de
 criação
 física
 e
 intelectual:
factos
que
reflectem
agora
uma
maior
clareza
de
objectivos
por
parte
 do
 personagem.
 Este
 é
 um
 plano
 de
 focagem
 que
 irá
 abranger
 todos
 os

  • 2. elementos
 essenciais
 a
 uma
 boa
 compreensão
 do
 espectador
 para
 o
 desenrolar
 da
história,
e
por
isso,
permanecerá
assim
até
ao
fim
desta.
 A
sombra
do
personagem
que
irá
aparecer
reflectida
na
parede,
afastada
 da
 sua
 posição
 física
 é
 também
 uma
 alusão
 à
 distancia
 que
 ainda
 permanece
 entre
 o
 seu
 “eu”
 físico
 e
 o
 seu
 “eu”
 mental;
 na
 medida
 em
 que
 ainda
 não
 conseguiu
conciliar
estes
dois
no
mesmo
ponto,
na
sua
demanda
pelo
bem
estar
 e
plenitude
totais.
 O
 personagem
 principal
 pega
 num
 lápis
 e
 depois
 numa
 folha
 de
 papel,
 mostrando
a
sua
vontade
de
criar
algo.
Desenha
gentilmente
na
folha
um
ponto
 de
interrogação
e
pousa
o
lápis,
depois
a
mão;
demonstrando
que
está
a
pensar
 em
 algo,
 em
 criar
 algo
 que
 o
 possa
 ajudar
 na
 sua
 procura
 por
 um
 estado
 mais
 feliz.
 É
 aqui
 que
 aparecem
 círculos
 desenhados
 ao
 ritmo
 musical,
 enquanto
 o
 lápis
“dança”,
ilustrando
o
seu
raciocínio.
 Quando
 aparece
 o
 ponto
 de
 exclamação
 é
 aqui
 que,
 em
 sinergia
 visual
 e
 auditiva,
quase
que
dá
para
“ouvir”
o
personagem
a
pensar
algo
como:
“Tive
uma
 ideia!”,
enquanto
amarrota
a
folha
calmamente
e
arruma
o
lápis
para
desocupar
 o
espaço
que
tem,
para
proceder
à
execução
da
sua
reflexão.
 Ao
mesmo
tempo
em
que
é
acrescentada
mais
uma
nota
musical
no
som,
é
 tirada
uma
folha
verde;
cor
simbolizadora
da
esperança,
do
poder
da
Natureza,
 do
equilíbrio
e
da
vontade
de
viver.
Esta
é
tranquilamente
abraçada
pelas
mãos
 do
personagem,
até
a
cobre
totalmente
e,
como
que
por
magia,
quando
as
abre
a
 folha
é
agora
um
coelho;
colocado
depois
ao
lado
do
bloco.
 Ansiosamente
é
pegada
a
folha
branca,
metáfora
para
a
busca
da
paz,
da
 pureza
e
juventude;
tem
o
mesmo
rumo
que
a
folha
verde
e
transforma‐se
num
 coelho
branco,
colocado
ao
lado
do
outro.
 Chega
a
vez
da
folha
azul,
que
representa
na
sua
cor
a
harmonia
e
o
 espírito,
e
é
puxada
distintamente
com
um
dedo
e
transformada
num
coelho
 azul;
que
é
posto
junto
aos
outros
dois.
 Criados
os
três
coelhos,
estes
ficam
durante
uma
leve
paragem
de
frames,
 sem
sombra
e
completamente
iluminados
sob
o
ritmo
musical,
como
que
 pedindo
uma
reflexão
ao
espectador
acerca
da
sua
presença
ali.
Os
coelhos
são
o
 forte
símbolo
para
a
evolução
do
“eu”
do
personagem;
simbolizam
a
fertilidade,
o
 renascimento
do
seu
estado
interior.
 É
assim
que
se
processa

a
terceira
fase
emocional
da
animação
e
a
figura
 principal
aparece
‘musicalmente’
em
cena,
mais
conformada,
com
a

cabeça
sobre
 os
braços;
juntando‐se
à
sua
sombra,
conciliando‐se
consigo
mesmo
naquele
 momento.
Com
um
toque
único
e
especial
em
cada
coelho,
esta
dá‐lhes
vida
 enquanto
esboça
um
sorriso.
 Tudo
isto
para
ilustrar
metaforicamente
o
seu
renascimento
interior,
a
 sua
nova
conciliação
com
a
esperança,
a
vontade
de
viver,
o
seu
desejado
alcance
 da
paz
e
harmonia
como
ser
senciente.
 O
personagem
principal
é
agora,
feliz.


  • 3.