Um especial da Furacao.com para homenagear os goleiros do Club Athletico Paranaense em seu centenário. Dados, informações ec curiosidades sobre os 138 goleiros que vestiram a camisa do Furacão em sua centenária história. por Jefferson Gabardo
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Good Stuff Happens in 1:1 Meetings: Why you need them and how to do them well
FURACAO.COM - 100 anos no gol: uma viagem pela história de todos que defenderam a meta do Club Athletico Paranaense em seus cem anos
1. 100 anos no
gol
Um especial da Furacao.com para
homenagear os goleiros do Club
Athletico Paranaense em seu
centenário.
por Jefferson Gabardo
2. De Tapyr a Bento: 100 anos de história
06 de abril de 1924 16 de março de 1924
3. Total: 4.941 jogos
0 500 1000 1500 2000 2500
Paranaense
Brasileiro
Internacionais
Amistosos
Torneio Inicio
Copas e Torneios
Torneio Internacionais
Jogos do Furacão por competição
34. Melhor aproveitamento entre os primeiros
Goleiro Aproveitamento nos jogos
1 Ricardo Pinto 67,1%
2 Caju 62,5%
3 Laio 60,1%
4 Flavio 59,4%
5 Alberto 58,6%
6 Altevir 57,5%
7 Bento 56,9%
8 Roberto Costa 55,4%
9 Diego 54,4%
10 Gilmar 53,4%
11 Santos 52,6%
12 Marolla 52,6%
13 Weverton 52,5%
14 Silas 52,4%
35. Família Gottardi
• São 424 jogos que a família Gottardi
defendeu na meta rubro-Negra.
• Os mais antigos diziam que Alberto, o
irmão mais velho, era tão bom quanto
Caju, mas não foi convocado para a
Seleção Brasileira.
• Celso Caju, filho de Caju, foi o que
menos jogou, com 46 partidas.
• Mas a família não era só de bons
goleiros. Alfredo, filho de Caju, foi
zagueiro do título de 1970. Rui e Aldir,
filhos de Alberto, foram excelentes
atacantes da década de 1950.
36. Medalhistas olímpicos
• O futebol brasileiro jamais havia
conquistado uma medalha
olímpica até que em 2016 nas
Olimpíadas do Brasil, Weverton,
então goleiro do Athletico, foi
convocado e o Brasil ganhou a tão
esperada medalha de ouro.
• Já nas Olímpiadas de Tóquio
2020, disputada em 2021, o
goleiro foi o Santos. Pela segunda
vez consecutiva, um goleiro do
Furacão levou o ouro
37. A invencibilidade de
Altevir
• Altevir é sétimo goleiro que mais vestiu a
camisa do Athletico. Além desta marca, Altevir
detém a maior invencibilidade de minutos sem
sofrer gol na meta rubro-negra: são 1.066
minutos, o que o coloca em top 10 no Brasil.
• 25/06/77 - Atlético 1×0 Londrina
29/06/77 - Atlético 6×0 Mourãoense
03/07/77 - Coritiba 0×0 Atlético
10/07/77 - Atlético 1×0 Colorado
13/07/77 - Atlético 0×0 Matsubara
17/07/77 - Iguaçu 0×0 Atlético
20/07/77 - Atlético 0×0 Coritiba (pror: Atlético 1×0)
31/07/77 - Atlético 0×0 União Bandeirante
07/08/77 - Matsubara 0×1 Atlético
14/08/77 - Colorado 0×0 Atlético
17/08/77 - Atlético 1×0 Iguaçu
38. Marolla, o pegador de pênaltis
• O Campeonato Brasileiro de 1988 tinha uma fórmula
de disputa que previa que em caso de empate
haveria uma disputa de pênaltis valendo um ponto
extra.
• Neste ano, o Furacão empatou 10 jogos (Sport,
Cruzeiro, Corinthians, Guarani, Santa Cruz, Palmeiras,
Portuguesa, São Paulo, Goiás e Atlético Mineiro)
• Marolla brilhou nestes duelos. Ele foi o goleiro que
mais defendeu pênaltis no campeonato: em 44
cobranças, ele fez 17 defesas.
• Além de figurar entre os 10 goleiros que mais vezes
defenderam o Furacão nos 100 anos, Marolla foi
campeão paranaense por 3 vezes: 1985, 1988 e
1990.
39. Convocados para a
Seleção Brasileira
• Caju: 1942 e 1945
• Weverton: 2017
• Santos: 2019
• Bento: 2023 e 2024
40. O goleiro presidente
• O goleiro Lauro teve a difícil
tarefa de substituir Caju em
1933, após um atrito das
Famílias Gottardi e Cecatto, que
não atuaram nos jogos de
primeira divisão daquele ano
• Anos depois, em 1972, Lauro
Rego Barros assumiu a
presidência do clube. Formou
um inesquecível time em 1972, e
exerceu o cargo até 1973.
41. Joceli: tiros em Apucarana
• Joceli chegou ao Athletico depois de se
destacar pelo Pato Branco no
Campeonato Paranaense de 1982.
• Enfrentou uma dura concorrência com
goleiros históricos: Roberto Costa,
Marolla e Rafael.
• Sua atuação mais destacada foi em
Apucarana, em 1985. O ônibus da
delegação rubro-negra foi cercado na
saída do estádio. Percebendo a
situação, Joceli sacou um revólver de
sua bolsa, atirou para o alto e dispersou
os mais exaltados.
42. Ricardo Pinto, sangue
e suor nas Laranjeiras
O Furacão foi a sensação do Brasileirão 1996.
Campeão da Série B no ano anterior, a equipe venceu
vários adversários e chegou ao confronto contra o
Fluminense, em novembro, lutando pela liderança. O
Flu lutava para não cair. O jogo foi marcado para o
modesto Estádio das Laranjeiras. A ausência de
segurança e um clima hostil causaram uma das
histórias mais triste de um goleiro. Ricardo Pinto,
goleiro revelado pelo Flu, foi xingado pela torcida.
Depois, foi agredido fisicamente pelo goleiro Léo, que
saiu da sua meta somente para cometer tal
atrocidade. A partida chegou a ser paralisada. Com a
vitória por 2 a 1 e a liderança, Ricardo Pinto vibrou
com o resultado. A torcida revoltada invadiu o campo
para agredi-lo. Bravamente, ele enfrentou os
invasores, mas foi covardemente agredido. Deu o
sangue pelo Athletico, mas as agressões o tiraram dos
jogos seguintes e comprometeram a temporada.
43. Goleiro Bola de Ouro
• A Bola de Ouro é o prêmio concedido ao melhor
jogador do Campeonato Brasileiro. Roberto Costa
conquistou o troféu em 1983 pela defesas na
grande campanha do Athletico naquele ano. Foi o
único goleiro a receber tal honraria.
• Terceiro goleiro com mais número de jogos com a
camisa do Furacão, Roberto foi bicampeão estadual
em 1982 e 1983. Também foi o goleiro nos dois
jogos de maior púbico do Estado: Athletico x
Flamengo (65.493) e Athletico x São Paulo (60.784).
44. Primeiro jogo
internacional do Paraná
O Atlanta, da Argentina, excursionou pelo Brasil e
jogou um amistoso contra a Seleção Paranaense em
4 de março de 1937. O jogo foi muito disputado e
terminou empatado por 1 x 1. O grande destaque da
partida foi Caju, goleiro do Athletico.
45. Belo em 1942, 1943 e 1946
• Belo atuou pelo Athletico nos anos de 1942 e 1943. Jogou
apenas quatro partidas, pois nesta época brilhavam Caju e Laio,
dois dos maiores da história.
• Depois de amargar a reserva, Belo deixou o Athletico e rodou
por alguns times até chegar ao Coritiba. Em 1946, a semana que
antecedeu um Atletiba foi tumultuada. O Furacão lutava pela
absolvição de Lolô, que havia sido suspenso pelo TJD. O Coritiba
não concordou com o adiamento da partida.
• Com os ânimos exaltados, o Coxa saiu na frente. Mas logo aos 8
minutos, Jackson empatou o clássico. Conhecendo a vaidade do
ex-companheiro, Cireno resolveu expor a careca de Belo. Ao
buscar a bola no fundo das redes, Cireno arrancou touca da
cabeça do goleiro e correu para o meio de campo. Belo saiu
correndo e agrediu Cireno. Confusão generalizada, e o Coxa
resolve abandonar o jogo, que entrou para história como o
Atletiba dos 8 minutos.
46. Culik, da suburbana
para o Atletiba
• Antes de ser goleiro, Culik era torcedor do
Furacão. Em 1970, aos 8 anos, esteve em
Paranaguá e acompanhou in loco a
conquista do histórico Campeonato
Paranaense de 70, o Título da Raça.
• Anos mais tarde, disputava o campeonato
suburbano de Curitiba quando foi
descoberto pelo Athletico. Em uma
situação emergencial, estreou pelo time
principal em um clássico Atletiba, em
1986.
47. Nei foi para o gol
Em uma partida contra o Paraná Clube
em 2007, na Vila Capanema, o goleiro
Cléber foi expulso. O técnico Vadão já
havia feito todas as substituições.
Algum jogador de linha precisava ir
para o gol. O escolhido foi o lateral-
direito Nei, que vestiu a camisa de
goleiro nos minutos finais e saiu de
campo sem sofrer gol.
48. O resgate do fazendeiro Tapyr
• Na final do Campeonato Paranaense de 1925,
disputada no dia 16 janeiro de 1926, o goleiro do
Athletico Tercio e seu reserva imediato foram
hospitalizados dias antes da final. Como resultado, o
clube ficou sem goleiros para a decisão.
• Surgiu uma ideia: convocar Tapyr, o primeiro goleiro da
história do clube, que havia se aposentado e se
tornado fazendeiro em Palmeira.
• A viagem para Curitiba foi uma epopeia. O trajeto de
100 km foi feito a bordo de um Ford Bigode, que teve
três pneus furados e um rio que teve que ser
atravessado a nado. O regate durou quase 6 horas.
Mesmo sem dormir e chegando minutos antes do
jogo, Tapyr se superou, fez duas estupendas partidas e
o Athletico conquistou seu primeiro título estadual.
49. Atletiba da Gripe em
1933: jornal exaltando a
atuação do goleiro
Alberto. Depois deste
jogo, o Furacão se
tornou o Clube da Raça.
50. O alerta de Santos
Em 2019, poucos momentos antes do início da partida contra o Atlético
Mineiro, o goleiro Santos pegou um telefone celular e, distraidamente,
conferiu a tela. Para surpresa geral, foi advertido pelo árbitro e recebeu
críticas da imprensa esportiva. Dias depois, o clube revelou que a ação
fazia parte de uma campanha de segurança no trânsito para alertar sobre
os perigos de dirigir e usar o celular.
51. As abelhas atacam
novamente
• Em 1972, em pleno jogo Athletico x Jandaia,
ocorreu uma infestação de abelhas na
Baixada. Os jogadores de ambos os foram
obrigados a se abaixar. Todos ficaram imóveis
até o enxame se dissipar.
• Vinte anos depois, as abelhas voltaram atacar.
Desta vez, a vítima foi o goleiro Sadi. O ataque
foi isolado nele e em alguns jornalistas que
estavam atrás do gol. Como em 72, o Furacão
venceu a partida, desta vez contra o
Matsubara por 3 x 2.
52. Flávio, o maior
campeão
• Brasileiro Série B 1995
• Paranaense 1998
• Paranaense 2000
• Paranaense 2001
• Paranaense 2002
• Copa Paraná 1998
• Seletiva da Libertadores 1999
• Campeonato Brasileiro 2001
53. O goleiro mais novo e o mais velho a estrear
Raul, 16 anos Navarro Montoya, 40 anos
54. Apelidos
• Caju – A Majestade do Arco
• Laio – A Fortaleza Voadora
• Ivan – O Grande
• Bino – O Gato Selvagem
• Marco Aurélio – Voador
• Roberto Costa – O Mão de Anjo
• Flávio - Pantera
55. Goleiros estrangeiros
• Clemata – uruguaio, jogou de 1979 até
1982, sempre reserva
• Lopez – argentino, disputou o Torneio
Mauricio Fruet e foi embora em 1985
• Navarro Montoya – nascido na Colômbia,
naturalizado argentino. Jogou três partidas
e saiu invicto
• Nicola – uruguaio, jogou 6 jogos em 2000
• Viáfara – colombiano, o goleiro estrangeiro
que mais jogou: 23 jogos em 2007
56. Caju
Os nomes Caju e Athletico se
misturam no tempo e na história.
Caju começou como gandula para
o seu irmão mais velho Alberto,
grande goleiro, e depois dirigente,
guardião da Baixada em obras e na
manutenção do gramado. Caju se
tornou o maior nome da história
do clube, a ponto de ter cedido
seu nome para o centro de
treinamentos. Foi campão em
1934, 1936, 1940, 1943, 1945,
1949.
57. Laio
O oficial da Polícia Militar Antônio Alves de
Souza chegou ao Athletico em 1941, aos
23 anos. Era uma época de amadorismo,
em que os jogos eram disputados apenas
nos domingos ou feriados. Laio juntou-se a
Caju, abrilhantando a meta do clube, que
passou a ter os dois melhores goleiros do
estado. Laio, a Fortaleza Voadora, foi
campeão em 1943, 1945 e 1949 no time
que deu origem ao nome Furacão.
58. Roberto Costa
Roberto chegou ao Athletico em 1978,
vindo do Criciúma para substituir Altevir. O
clube enfrentava um jejum de títulos, e ele
chegou com a difícil missão de substituir
um goleiro histórico. Mas com o tempo foi
se afirmando na meta, passando
segurança e iniciando uma fase vencedora.
Foi campeão paranaense em 1982 e 1983
e o goleiro da incrível campanha de 1983
no Campeonato Brasileiro, conquistando a
Bola de Ouro. Repetiu a dose no Vasco,
onde virou Roberto Costa.
59. Weverton
Foi contratado pelo Furacão em
2012, depois de se destacar pela
Portuguesa. Naquele ano,
Weverton assumiu a meta e
ajudou o clube a conquistar o
acesso para a Série A. Com
segurança, foi se firmando e
atingiu o maior número de jogos
de um goleiro do Athletico. Foi
campeão paranaense em 2016,
vice da Copa do Brasil em 2016 e
chegou à Seleção Brasileira.
60. Gilmar
Chegou ao Athletico em 1991,
contratado do Joinville. Enfrentou
os anos sem títulos e no gélido
Pinheirão. Mesmo assim, Gilmar se
tornou um dos jogadores mais
queridos da torcida atleticana, por
seu estilo arrojado e firmeza. Foi
bicampeão do Torneio
Internacional amistoso Schützi Cup
1991 (Winterthur).
61. Silas
Iniciou a carreira no Athletico, formado nas categorias de
base. Foi campeão paranaense em 1954. Suas atuações nos
anos de 1954 e 1955 chamaram a atenção do Santos e para
lá foi defender a meta praiana. Retornou ao Furacão para
encerrar a carreira nos anos de 1968 e 1969, sendo o
goleiro do último jogo do capitão Bellini.
62. Flávio
Primeiro goleiro contratado na gestão de
Mario Celso Petraglia, em 1995. Veio do
do CSA para a disputa da Série B do
Campeonato Brasileiro de 1995. Foi
banco de Ricardo Pinto, mas depois
assumiu a meta entre 1996 e 2002. Foi
campeão brasileiro de 2001 e se tornou o
mais vitorioso de todos os goleiros
atleticanos.
63. Marolla
Fiodermundo Marolla Júnior
chegou ao Athletico em 1985,
vindo do Santos para cobrir
uma lacuna deixada por
Roberto Costa e Rafael.
Defendeu o Furacão no
período de 1985 a 1990, com
uma rápida saída ao América-
SP por 6 meses. Ficou famoso
por pegar pênaltis e foi três
vezes campeão paranaense
na década de 80.
64. Diego
Diego foi contratado pelo Athletico
em 2004, depois de ter sido
destaque do Juventude. Chegou
com a difícil missão de substituir
Flávio. Fez parte do time do vice-
campeonato brasileiro de 2004 e
do vice-campeonato da
Libertadores de 2005. Conquistou
o Estadual de 2005.
65. Ricardo Pinto
Contratado do Corinthians em
1995, assumiu a meta logo no
início da campanha vitoriosa da
Série B. Foi fundamental na
campanha e rapidamente se
tornou ídolo da torcida. Encarnou
a camisa e o sangue rubro-negro
como poucos. Seus números são
impressionantes: tem o melhor
aproveitamento entre os goleiros
que mais jogaram. Em 2001, foi
campeão brasileiro como
preparador de goleiros.
66. Alberto
Alberto Gottardi iniciou sua trajetória no
Savóia, mas ao resolver disputar jogos
pelo Athletico surgiu um grande amor pelo
clube que durou para o resto de sua vida.
Como goleiro, atuou nos anos de 1928 até
1933. Foi substituído por Caju, seu irmão.
Como jogador, foi campeão em 1925, 1929
e 1930.
67. Bento
A pandemia acelerou o
desenvolvimento de Bento. Cria
das escolinhas, teve a
oportunidade de estrear pelo
Furacão em um jogo de Copa
Libertadores em 2020. Mostrou
grande potencial, o que veio a se
confirmar nos anos posteriores. Foi
campeão da Copa Sul-Americana e
dos estaduais de 2020, 2022 e
2023. Com a camisa do Athletico,
chegou à Seleção Brasileira.
68. Santos
Foi contratado pelo Athletico ainda
com idade de júnior do Porto de
Caruaru, em 2008. Fez sua
primeira partida profissional em
2010. Com a saída de Weverton,
assumiu a meta e fez fama pela
tranquilidade. Chegou à Seleção
Brasileira e acumulou conquistas:
bicampeonato sul-americano,
Copa do Brasil em 2019 e campeão
paranaense em 2016.
69. Altevir
Altevir chegou do interior do estado
para o Furacão em 1972. Foi reserva
de Picasso e depois de Gainete.
Quando a diretoria pediu a indicação
de um substituto, Gainete
respondeu que o clube já tinha um
goleiro melhor do que ele. Assim, o
carismático Altevir fez carreira no
Athletico. Bateu recorde de minutos
sem tomar gol.
70. Primeira partida nacional oficial em
1958, Willian e o goleiro
Didi seguido pelos goleiros Almir e
Clemata
71. Goleiros de 1979: Romeu, Roberto Costa e Cicero
Camisa de Altevir quando jogou pela seleção do
Paraná em 1977 contra a seleção brasileira