O poema descreve a amizade entre Fhatima e Nanda, comparando-a a estrelas que iluminam suas vidas. Nanda responde com um poema sobre como a amizade ultrapassa distâncias físicas e une suas almas.
1. – Dueto da Amizade – Fhatima e Nanda (Reeditado)
Escreve uma poesia, que tanto me ensina
Destas coisas que gritam o coração, a vida
Esta que sempre nos apresenta surpresas
Saída dos céus, e nos fazem tão felizes.
Este presente tão pleno e rico
Chama-se Amizade, elo único e
Benfazejo, são como estrelas que caem em gotas de mel
Em nossas almas, trazendo-nos o canto dos rouxinóis,
O encanto da descoberta, e alegria do amor em sóis!
Você querida amiga Nanda, trouxe todas as estrelas num punhado
De luzes coloridas que para sempre iluminaram a minha vida.
(Fhatima)
Estou feliz, por ver teu rosto amigo
e mais feliz por partilhar contigo
o olhar meigo de tua terna mãe
Quem dera eu pudesse ver a minha!
Não importa a distância entre nós
Se nada é por acaso
E ao ver-te pulsou mais forte
o bater do meu coração
numa empatia que atravessa
oceanos, trespassa muros
e se entrelaça no sorriso
e na melodia da tua doce voz,
num abraço que as nossas almas
cumprem, rompendo o tempo e o espaço
compondo o dueto da amizade. (Nanda)
2. PIANO EM TARDE DE CHUVA
Acabo por negar
teu rosto
e neste encontro
recolho teu corpo
nesta tarde de chuva
Serpentes loucas
filhas das gotas de água
comungam a minha sede
e a tua nudez me espera
na janela do provir
O meu pensamento
agitado de silêncio
ouve ao longe
as notas do piano
de Pour Elise
Mas, os meus olhos!...
Os meus olhos bebem
o mistério da ilusão
Um cálice sussurrante
e quente de solidão
a penetrar pela garganta
na voz da razão
A chuva que cai
vai escorrendo pela janela
e vejo teu rosto nela
tentando limpar
meus pecados.
E o piano toca
e nunca mais acaba…
Jorge Oliveira